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TIPOS DE SONDAS, INDICAÇÃO E O QUE CABE OBSERVAR Sondas gástricas É um tubo rígido composto por polivinil, geralmente curto. Pode ser introduzida pelo nariz (sondagem nasogástrica) ou pela boca (sondagem Orogástrica) para alcançar o estômago. A mais utilizada é a sonda de Levin, que possui uma única luz, variando, para adultos, do n. 14 ao 18 Fr (French: escala francesa). As indicações das sondas gástricas são: • Remover líquidos e gases do trato gastrintestinal superior. • Obter amostra do conteúdo de ácido do estômago. • Administrar medicamentos e dieta. À enfermagem, cabe observar: • Local de inserção e localização: orogástrica, nasogástrica. • Fixação da sonda. • Tipo de sonda utilizada e o porquê de sua indicação. • O débito da sonda quanto a aspecto, volume e cor. • Realização do teste de localização da sonda antes de administrar líquidos. • Manutenção do decúbito acima de 30°, quando administrar as dietas. SONDAS ENTÉRICAS As sondas entéricas são sondas especiais para alimentação enteral, empregadas em pacientes que não podem comer, mas cujos tratos gastrintestinais apresentam absorção adequada. A mais utilizada é a sonda Dobbhoff, que tem de 50 a 150 cm de comprimento e diâmetro médio interno de 1,6 mm e externo de 4 mm. É composta de materiais como poliuretano e silicone, não sofre alteração física na presença de pH ácido, conserva flexibilidade, maleabilidade e durabilidade, não irrita a mucosa digestiva e, por ser de pequeno calibre, permite o fechamento dos esfíncteres cárdia e piloro. As sondas entéricas possuem uma ogiva distal de 2 a 3 g, confeccionada geralmente de tungstênio. Essa ogiva faz com que o peristaltismo gástrico e intestinal, agindo sobre ela, posicione a sonda corretamente, além do esfíncter piloro, e permite a administração de dietas de maneira mais confortável e segura, principalmente em idosos, acamados e em pessoas com reflexos diminuídos. Em geral, é necessário transcorrer 24 horas para que a sonda migre do estômago para o duodeno. Por serem bastante maleáveis, guias metálicas e flexíveis para facilitar sua introdução. Todas têm marcas numéricas ao longo de sua extensão, que facilitam a verificação do seu posicionamento final. Por serem radiopacas, possibilitam que sua localização seja confirmada por meio de exame radiológico. Na parte proximal, são encontrados adaptadores simples ou duplos. Os duplos facilitam a irrigação da sonda ou a administração de medicamentos, sem necessidade de interromper a infusão de dieta. As sondas entéricas são indicadas para: • Pacientes desnutridos, incapacitados de ingerir quantidades suficientes de alimentos, para corrigir o déficit nutricional. • Pacientes incapacitados de comer por tempo prolongado, tais como pacientes graves, submetidos a intubação orotraqueal e sedação contínua ou doentes neurológicos. À enfermagem, cabe observar: • Local de inserção e localização: oroenteral ou nasoenteral. • Fixação da sonda, levando em consideração o conforto do paciente e a integridade de sua pele. • Tipo de sonda utilizada e o porquê de sua indicação. • O débito da sonda, quanto a aspecto, volume e cor. • Realização do teste de localização da sonda antes de administrar dietas, líquidos e/ou medicamentos. • Monitoração dos volumes residuais antes de cada alimentação. • Monitoração do volume, da velocidade e da temperatura da infusão. • Monitoração de sensações de plenitude, náusea e vômito, sons intestinais e diarreia. • Monitoração da integridade da pele ao redor do local da inserção da sonda. • Manutenção de decúbito acima de 30°, quando administrar as dietas. SONDAS PARA OSTOMIAS As sondas para alimentação também podem ser instaladas no estômago ou no jejuno por meio de ostomias, utilizando-se sondas especiais. O material que as compõe pode ser silicone ou poliuretano. As sondas de gastrostomia apresentam paredes finas e flexíveis, numeradas e com duas vias que facilitam a irrigação e a administração de medicamentos, mesmo durante a infusão da dieta. As vias possuem tampas e adaptadores que evitam vazamentos, além de permitir uma conexão segura com o equipo. Os dispositivos na parte distal com balões insufláveis ou do tipo estrela permitem que a sonda se mantenha bem posicionada no estômago e impedem que secreções digestivas saiam pelo conduto e lesem a pele. As sondas usadas para alimentação gástrica têm comprimento aproximado de 35 cm e diâmetro variando de 9 a 24 Fr. As utilizadas para jejunostomia possuem diâmetro menor do que as de gastrostomia, em torno de 9 a 15 Fr. As técnicas atuais permitem que o posicionamento seja feito por meio de perfusão cutânea, sem necessidade de procedimento cirúrgico. É um método útil de alimentação, quando existe impossibilidade parcial ou total de o paciente comer pela boca por períodos longos e até mesmos definitivos, quando existe qualquer barreira fisiológica nas porções mais altas do tubo digestivo, o que pode dificultar a passagem de uma sonda nasoentérica. As vantagens das ostomias incluem: menor risco de refluxo da dieta e aspiração, facilidade dieta ser administrada pelo próprio paciente, além de manter sua aparência sem a presença da sonda na face, o que representa um fator positivo para sua autoimagem. As complicações que podem ocorrer nas ostomias são basicamente as mesmas encontradas quando se usam sondas nasogástricas e nasoentérica. A pele ao redor da ostomia deverá ser mantida sempre limpa e seca, ou devem ser utilizadas placas adesivas de hidrocoloide. CATETERISMO VESICAL O cateterismo vesical de demora é a introdução de um cateter ou sonda estéril pelo meato uretral até a bexiga. A sonda é caracterizada pela presença de lúmen duplo ou triplo. O primeiro lúmen é composto por um balão, inflado com água estéril, para garantir que o dispositivo permaneça na bexiga após sua inserção. O segundo lúmen favorece a drenagem urinária, e o terceiro, quando presente, tem como finalidade a irrigação. A sonda é conectada a um sistema de bolsa de drenagem fechado e estéril, de preferência com válvula antirrefluxo, medidas que reduzem a incidência de infecções. O material que compõe as sondas utilizadas para esse procedimento são látex, siliconizado, 100% silicone, e algumas apresentam impregnação com antimicrobianos. Têm por finalidade: aliviar a retenção urinária, controlar o débito urinário, preparar pacientes para cirurgias, exames e tratamentos especiais, proporcionar conforto aos pacientes incontinentes e coletar urina para exames. Deve ser utilizada técnica asséptica no procedimento, por profissional adequadamente capacitado (enfermeiro ou médico), a fim de evitar infecção no trato urinário. As possíveis complicações do uso da sonda vesical de demora são: infecção, hematúria, dor à micção, retenção urinária em pacientes portadores de hiperplasia benigna de próstata. O cateterismo vesical também pode ser intermitente ou de alívio. É utilizado para drenar a bexiga por curtos períodos (5 a 10 minutos) e deve ser removido imediatamente após seu esvaziamento. Indicado em casos de incontinência urinária aguda e/ou temporária ou para pacientes crônicos, é realizado com sondas constituídas de material mais rígido. Para os homens, existe um dispositivo não invasivo para melhor controle do débito urinário, que é um tipo de condo adaptado externamente ao pênis, chamado Uripen®, o qual é ligado a uma extensão e, esta, ao coletor de urina de sistema aberto. À enfermagem, cabe observar: • Fixação adequada da sonda vesical de demora, na face interna da coxa para mulheres e na região supra púbica para os homens. • Fixação adequada do Uripen® com esparadrapo antialérgico (se necessário, fazer tricotomia local para melhor fixação). • Características do débito urinário quanto a volume, coloração e aspecto, verificandoa presença de sedimentos, pus ou sangue. • Presença de secreção na inserção da sonda. • Realização da higiene externa da sonda, do meato para fora. • Esvaziar o sistema coletor regularmente, utilizando recipiente coletor individual e evitar contato do tubo de drenagem com o recipiente coletor. • Manutenção do sistema fechado de drenagem abaixo do nível da bexiga e acima do chão. • Troca da fixação sempre que necessário.
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