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Christiane Novais- 8º semestre| medicina SÍNDROMES HEMORRÁGICAS DA 1ª METADE DA GESTAÇÃO - ABORTO QUADRO CLÍNICO GLOBAL: ੦ Dor abdominal em cólica; ੦ Hemorragia genital; ੦ Eliminação de tecidos embrionários; Atenção! Para todos os casos! ੦ Pode haver hemorragia feto-materna e isoimunização Rh ੦ Em casos selecionados (Rh negativo e Coombs negativo), indica-se imunoglobulina anti D/Rh 300 μg IM CONCEITO Interrupção da gestação antes de 20/22 semanas ou feto com peso menor que 500 g. Classificação: ੦ Abortamento precoce: • até 12 semanas – 80% ੦ Abortamento tardio: • 12 a 20/22 semanas ੦ Espontâneo versus provocado INCIDÊNCIA ੦ Complicação mais frequente da gravidez ੦ 20% das gestações clínicas- 1 a cada 5! ੦ Maior ainda gestações químicas (teste + mas nada aparece na USG) ou não diagnosticadas - 64% ੦ Causas maternas versus causas fetais CAUSAS FETAIS • Alterações cromossômicas / genéticas de 50 a 80% abortamentos precoces; ੦ Mais comum: • Trissomias autossômicas (50%); CAUSAS ENDÓCRINAS ੦ Insuficiência de corpo lúteo; ੦ Diabetes materna mal controlada; ੦ Tireoidopatias; ੦ Síndrome do ovário policístico; ABUSO DE SUBSTÂNCIAS ੦ Tabagismo; ੦ Drogas ilícitas; ੦ Àlcool; ੦ Cafeína? (ano passado saiu um artigo que fala que não existe nenhuma dose segura- ainda não é uma verdade absoluta) CAUSAS INFECCIOSAS ੦ Virais (CMV, hepatites, sarampo, rubéola); ੦ Bacterianas (ITU, IST, clamídia, pneumonia); ੦ Protozoários (toxoplasmose); TROMBOFILIAS ੦ Adquiridas; ੦ Hereditárias; TRAUMA O risco é maior quando maior a idade gestacional (no início fica protegido pela pelve); CAUSAS ANATÔMICAS SÍNDROME DE ASHERMAN (SINEQUIAS UTERINAS) Paciente que já teve intervenção/ manipulação uterina, formando fibroses. Diagnóstico: ੦ Histerossalpingografia; ੦ Histeroscopia; Tratamento: ੦ Lise de sinequias por histeroscopia + DIU; Malformações uterinas ੦ Defeitos na fusão do ducto de Müller Miomas Localização: ੦ Submucoso ੦ Intramural Decidualização inadequada Pólipos Incompetência istmocervical - Inabilidade do colo em se manter ocluído; FORMAS CLÍNICAS- CLASSIFICAÇÃO AMEAÇA DE ABORTO OU ABORTAMENTO EVITÁVEL ੦ Sangramento genital; ੦ Pode ou não haver cólicas; ੦ Colo uterino fechado / impérvio ao TV; ੦ Volume uterino compatível com idade gestacional; ੦ Feto vivo à ultrassonografia (obrigatório); Não precisa fazer repouso! A maioria dos abortos são devido a alterações cromossomais! Progesterona intra vaginal não é referência 1 A (apenas se for por deficiência de corpo lúteo). Tto= sintomáticos + observação + progesterona (se for insuficiência de corpo lúteo) ABORTAMENTO EM CURSO OU INEVITÁVEL ੦ Sangramento vaginal moderado / intenso; ੦ Forte cólica; ੦ Especular: sangramento ativo / restos ovulares; ੦ TV: colo com dilatação; ੦ Volume uterino menor que esperado; Completo: ੦ Expulsão do produto conceptual; • Dor melhora rápido; • Colo uterino se fecha em poucas horas; ੦ Ultrassonografia: Cavidade vazia / coágulos; ੦ Falta de consenso sobre eco endometrial - <=15 mm? Incompleto: ੦ Sangramento uterino moderado / intenso; ੦ Cólica; ੦ Pode haver restos ovulares ao especular (puxa para tentar virar completo); ੦ TV: colo uterino aberto; ੦ Volume uterino menor que esperado; ੦ USG: Ministério da Saúde coloca como não obrigatório! BOM SENSO, NÉ? ੦ Tratamento: • AMIU • curetagem uterina ABORTAMENTO RETIDO ੦ Regressão dos sinais e sintomas da gestação; ੦ Morte do produto conceptual com retenção dentro do útero; ੦ Sangramento ausente/mínimo; ੦ Volume uterino menor que esperado; ੦ Colo uterino fechado ao toque; ੦ Ultrassonografia confirma diagnóstico; CURETAGEM OU ASPIRAÇÃO MANUAL INTRAUTERINA? ੦ Antes de 12 semanas: qualquer um direto! ੦ Após 12 semanas – indução até eliminação do produto conceptual antes do procedimento; ੦ ossos fetais já formados podem causar perfuração uterina ੦ misoprostol. COMPLICAÇÕES HEMORRAGIAS ੦ Uso de misoprostol irregular; ABORTAMENTO INFECTADO ੦ Manipulações da cavidade uterina -–provocado; ੦ Infecções: polimicrobianas (bactérias da flora vaginal); MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ੦ Febre ੦ Sangramento genital com odor fétido ("água de salsicha"); ੦ Dores abdominais; ੦ Secreção purulenta; ੦ Queda do estado geral; EXAMES SUBSIDIÁRIOS ੦ Hemograma com contagem de plaquetas ੦ Urina tipo I ੦ Coagulograma ੦ Hemocultura ੦ Cultura da secreção vaginal e do material endometrial ੦ Raios X do abdome ੦ Ultrassonografia pélvica ੦ Tomografia (coleções intracavitárias) TRATAMENTO ੦ medidas clínicas gerais ੦ esvaziamento uterino ੦ antibioticoterapia de amplo espectro • clindamicina + gentamicina • ampicilina / penicilina + gentamicina + metronidazol ੦ Cirurgia • drenagem de abscesso • histerectomia total abdominal ABORTAMENTO HABITUAL/ DE REPETIÇÃO/ RECORRENTE ੦ Não existe consenso quanto à definição de abortamento habitual; ੦ O conceito clássico é de quando há três ou mais perdas espontâneas sucessivas; ੦ A Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva já considera recorrente quando há duas perdas clinicamente reconhecidas (gestação confirmada por imagem ultrassonográfica ou por estudo anotomopatológico); ੦ O risco de novo aborto chega a 40% após três perdas sucessivas ੦ Sua causa não é identificável em 40 – 50% dos casais Causas: ੦ Malformações uterinas ੦ Miomatose uterina ੦ Insuficiência do corpo lúteo ੦ Fatores imunológicos ੦ Fatores endócrinos ੦ Fatores infecciosos ੦ Trombofilias ੦ Fatores genéticos INCOMPETÊNCIA ISTMOCERVICAL ੦ Perda recorrente tipicamente no 2º trimestre – principal causa de aborto habitual tardio ੦ Decorre da insuficiência do sistema de oclusão do colo uterino ੦ 15 a 20% dos abortamentos habituais ੦ Diagnóstico retrospectivo pela história da paciente (DIAGNÓSTICO CLÍNICO) • Parto prematuro extremo; • Abortamento tardio; EXAMES DIAGNÓSTICOS ੦ Histerossalpingografia ੦ Passagem de vela de Hegar número 8 por OI ੦ Ultrassonografia: ajuda, mas não define ੦ Afunilamento/ herniação das membranas amnióticas pelo canal cervical (sinal de “dedo de luva”) NÃO É COLO CURTO! <25 mm: risco de prematuridade. ੦ Comprimento do colo < 25 mm – preditor de prematuridade! CAUSAS ੦ Trauma cirúrgico no colo uterino ੦ Laceração cervical pós-parto ੦ Amputação/ conização do colo ੦ Alterações do colágeno ੦ Exposição intrauterina ao dietilestilbestrol TRATAMENTO ੦ Cerclagem/ circlagem uterina- até no máximo 26 semanas ੦ Técnica de McDonald - vaginal (em bolsa) ੦ Profilática: 12 a 16 semanas (de preferência- morfológico entre 11 e 13s+ 6 dias, se morfológico normal, pode realizar a profilaxia). BENSON-DURFEE REALIZADA POR VIA ABDOMINAL Via vaginal impossibilitada por: ੦ Ausência de colo ੦ Colo muito curto ੦ Irregularidade acentuada no colo uterino Cerclagem na ultrassonografia INCOMPETÊNCIA ISTMOCERVICAL RETIRADA DOS PONTOS 36/37 semanas Ou se: ੦ Trabalho de parto prematuro incontrolável ੦ Amniorrexia prematura ੦ Corioamnionite ੦ Óbito fetal
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