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Aluna: Tainá Cyriaco de Morais MAT 2112865 CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA DEMOSTRAÇÕES CONTABÉIS NOVA IGUAÇU – RJ, 28 DE SETEMBRO DE 2023 Relatório Técnico apresentado à Universidade do Grande Rio – AFYA” como parte dos requisitos necessários a aprovação na disciplina de Contabilidade Intermediária Orientador(a): Hugo Cardozo Nova Iguaçu – RJ 28 de setembro 2023 Sumário INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 4 DEMOSTRAÇÕES CONTÁBEIS .................................................................................. 5 DMPL ............................................................................................................................. 5 Para que serve a DMPL? ........................................................................................... 5 Como fazer a DMPL? ................................................................................................ 6 Estrutura da DMPL .................................................................................................... 6 Entendendo a DMPL na prática ................................................................................. 7 Diferenças e semelhanças entre DMPL e DFC ......................................................... 7 DRA ............................................................................................................................... 8 Como é feita a Demonstração do Resultado Abrangente? ....................................... 9 O que precisa constar na DRA? ................................................................................ 9 Como utilizar a Demonstração do Resultado Abrangente? .................................... 10 DVA.............................................................................................................................. 10 Quais empresas precisam elaborar a Demonstração do Valor Adicionado? .......... 11 Como a DVA é feita? ................................................................................................ 11 Como a DVA é calculada? ....................................................................................... 11 CONCLUSÃO .............................................................................................................. 13 REFERENCIAS ........................................................................................................... 14 INTRODUÇÃO As demonstrações contábeis representam um importante instrumento para o processo de tomada de decisões em diferentes níveis, por fornecer informações patrimoniais, financeiras e econômicas das entidades em geral. No presente trabalho, faremos uma pesquisa sobre as demonstrações contábeis DMPL, DRA e DVA e falaremos sobre suas finalidades e vantagens. DEMOSTRAÇÕES CONTÁBEIS As demonstrações contábeis são um conjunto de documentos que apontam a realidade econômica de uma empresa em um determinado período. Como um recorte, elas mostram o desempenho do negócio em formato de números e são fundamentais para a organização e planejamento financeiro e patrimonial do seu cliente. Elas trazem consigo um apanhado de dados que podem ajudar na tomada de decisão do gestor, que passa a contar com relatórios detalhados sobre a situação do negócio. Dessa forma, se torna mais fácil planejar os próximos passos de forma assertiva e segura, tendo insumos valiosos para: • Fazer projeções futuras; • Conhecer a rentabilidade do negócio; • Entender se há ganhos com determinado investimento realizado; Entre outras ações. Além disso, de acordo com a Lei n° 6.404/76, a divulgação destes demonstrativos é obrigatória para empresas de sociedade por ações, apresentadas ao público que tenham interesse, como acionistas ou sócios. DMPL DMPL é a sigla para Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. Sua função tem a ver com o gerenciamento de recursos de uma organização, mais especificamente do seu do patrimônio líquido. A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) é um documento contábil que as companhias fazem para evidenciar alterações em seu patrimônio líquido. Tal demonstração não é obrigatória por lei, mas a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) exige que as empresas de capital aberto a elaborem e publiquem. A demonstração registra a movimentação dos recursos da empresa — expondo de forma clara de onde eles vêm e para onde eles vão durante o exercício. Para que serve a DMPL? http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm https://www.suno.com.br/artigos/patrimonio-liquido/ https://www.suno.com.br/artigos/patrimonio-liquido/ Antes de saber como funciona a DMPL, é necessário estar ciente de que sua principal função é monitorar as finanças da empresa. Portanto, o objetivo da DMPL está ligado diretamente ao controle do fluxo de caixa. Por isso, algumas das funções da DMPL são: 1. Acompanhar a evolução do patrimônio da organização; 2. Monitorar a influência deste patrimônio (valor) no mercado; 3. Determinar estratégias para o crescimento da empresa no mercado. Como fazer a DMPL? Um modelo de DMPL envolve primeiramente uma tabela. Nessa tabela, cada conta do patrimônio líquido da organização corresponde a uma coluna. A última das colunas da tabela do modelo de DMPL é reservada ao resultado final. O próximo passo é registrar os números nas colunas, sendo que em cada linha ficam os dados de cada transação. O modelo se divide em: 1. Reservas de capital: valores monetários que fazem parte do capital social da organização. Se não houver reserva de lucro, ocorre sua compensação em forma de lucro acumulado; 2. Reservas de lucro: baseadas no lucro líquido do exercício, conforme determinações administrativas; 3. Lucros ou prejuízos acumulados: têm a ver com os acionistas da organização. Mais especificamente, o prejuízo que podem sofrer ou os lucros mínimos que podem obter. Esse dado muda de acordo com os resultados da gestão da empresa. Estrutura da DMPL Sendo assim, pode-se dizer que a estrutura da DMPL costuma seguir o seguinte modelo: https://www.suno.com.br/artigos/fluxo-de-caixa/ https://www.suno.com.br/artigos/reserva-capital/ • Saldos do começo do período considerado; • Ajustes de exercícios anteriores; • Capital acrescido; • Compensações relacionadas a prejuízos; • Destinação, no exercício, do lucro líquido; • Como os lucros são distribuídos; • Avaliação de ativos; • Diminuição do capital; • Resultado líquido obtido no exercício; • Reversão de reservas e lucros, bem como transferências destes; • Saldos obtidos quando da finalização do exercício. Entendendo a DMPL na prática Um exemplo de DMPL de uma empresa X, portanto, pode ser uma tabela com as colunas: • Descrição; • Capital social; • Lucros ou prejuízos acumulados; • Reserva de lucros; • Patrimônio líquido. E as linhas: • Saldo inicial em X data, contendo o lucro líquido do exercício e a distribuição dos lucros; • Saldo em Y data (após 1 ano), contendo o lucro líquido do exercício, a distribuição dos lucros e os lucros a distribuir; • Saldo final em Z data (após 1 ano) . Diferenças e semelhanças entre DMPL e DFC Por se tratarem de demonstrações de movimentação financeira, pode-se dizer existe uma certa relação da DMPL com a Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC). Porém, existe uma grande diferença entre DMPL e DFC. A DFC apresenta entradas e saídas do caixa da empresa em certo período, e o resultado dessas movimentações. Toda sociedade de capital aberto deve realizar a DFC, ou então a que tenha patrimônio líquido maior que R$ 2 milhões. Já os dados da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido servem como complemento aoBalanço Patrimonial da organização, a exemplo do relatório DFC. Este demonstra as condições em que se encontra o patrimônio em certo período. A DMPL de uma companhia aberta é um documento contábil disponível para a análise de qualquer investidor. DRA A sigla DRA significa Demonstração do Resultado Abrangente. A DRA integra as demonstrações contábeis de uma empresa, com seus dados afetando o balanço patrimonial. De acordo com o regulamento internacional, a DRA explicita “uma alteração no patrimônio líquido de uma sociedade durante um período, decorrente de transações e outros eventos e circunstâncias não originados dos sócios. Isso inclui todas as mudanças no patrimônio durante o período, exceto aquelas resultantes de investimentos dos sócios e distribuições aos sócios”. Dessa forma, a Demonstração do Resultado Abrangente, também conhecida como DRA, tem como objetivo atualizar o que é patrimônio da empresa e o capital dos sócios, para que os investidores consigam fazer esta diferenciação ao analisar os dados do empreendimento. Em 2009, esta prática foi regulamentada no Brasil e hoje a Demonstração do Resultado Abrangente é obrigatória. Isto ocorreu com a publicação do Pronunciamento Técnico nº 26o pelo Comitê de Pronunciamento Contábil – CPC. Assim, a DRA faz parte das Normas Internacionais de Contabilidade e é destinada aos usuários externos destes dados. https://www.suno.com.br/artigos/demonstrativo-fluxo-de-caixa/ https://www.suno.com.br/artigos/lucro-liquido/ https://www.suno.com.br/artigos/lucro-liquido/ https://www.suno.com.br/artigos/capital-proprio/ https://www.suno.com.br/artigos/capital-proprio/ Ou seja, é feita para que os acionistas e investidores possam conhecer melhor a situação da empresa. Como é feita a Demonstração do Resultado Abrangente? A DRA é utilizada para a evidenciação das receitas, despesas e outras mutações que afetam o patrimônio líquido da empresa. No entanto, o objetivo da demonstração de resultados é abordar os pontos que não são reconhecidos na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). Isso porque a DRA é, em resumo, a soma do resultado líquido constante na DRE com os outros resultados abrangentes. Porém, os eventos abordados na DRA não derivam de transações com os sócios. Ou seja, o aumento ou devolução de capital, bem como a distribuição de lucro, ficam de fora desta declaração. Lembrando que no Brasil a apresentação do resultado abrangente é feita separadamente à DRE. Daí a necessidade de entrega da DRA. Porém, há a possibilidade de que a Demonstração do Resultado Abrangente seja apenas parte da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL). O que precisa constar na DRA? Por serem voltadas a um público externo e não necessariamente com grandes conhecimentos em Contabilidade, estas informações precisam ser claras. Isso para que o investidor consiga analisar a DRA. Ainda é necessário que os dados sejam: relevantes, comprovados, neutros e tempestivos. Por isso, toda DRA precisa conter os seguintes tópicos: • Resultados líquidos do mês, trimestre, semestre ou ano; • Especificação de cada um dos itens dos resultados abrangentes, de acordo com a sua natureza; • Equivalência patrimonial de outros resultados abrangentes; e • Resultado abrangente total. https://www.suno.com.br/artigos/demonstracao-resultado-exercicio/ https://www.suno.com.br/artigos/dmpl/ https://www.suno.com.br/artigos/lucro-liquido/ O resultado abrangente total inclui: • Ajuste de avaliação patrimonial; • Variações da reserva de reavaliação; • Ganhos e perdas atuariais em planos de pensão; e • Ganhos e perdas derivados da conversão de demonstrações de operações no exterior. Em caso de reclassificação de itens presentes em outros resultados abrangentes, a empresa ainda precisará divulgar as mudanças em notas explicativas. Como utilizar a Demonstração do Resultado Abrangente? O ideal para os investidores é comparar a evolução das DRAs para verificar tendências na sua posição patrimonial, financeira e no seu desempenho. Isso a partir do resultado abrangente da empresa. Assim será mais fácil descobrir se vale a pena ou não aplicar mais recursos ali, por meio de uma análise gerencial. DVA A sigla DVA significa DEMOSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO. A DVA é uma importante ferramenta para conhecer a situação operacional de um negócio e avaliar a sua lucratividade e sustentabilidade financeira. O DVA é o demonstrativo contábil que evidencia, de forma sucinta, o valor gerado por uma empresa em determinado período, bem como a sua distribuição entre todos aqueles que participaram de sua produção. Como o próprio nome sugere, a DVA mostra quanta “riqueza” foi adicionada no balanço da empresa entre uma data e outra. Essa riqueza, chamada de valor adicionado, é igual a diferença entre o custo que a empresa teve para produzir e tudo que ela efetivamente produziu de bens e serviços no final do processo. Dessa forma, o DVA detalha especificamente quem contribuiu https://www.suno.com.br/artigos/ebitda/ https://www.suno.com.br/artigos/demonstracoes-financeiras/ https://www.suno.com.br/artigos/custo-producao/ https://www.suno.com.br/artigos/custo-producao/ para gerar esse valor e como ele foi distribuído entre todos os setores envolvidos diretamente ou indiretamente na produção – como fornecedores, funcionários, financiadores, sócios e até o governo. Quais empresas precisam elaborar a Demonstração do Valor Adicionado? De acordo com a Lei 11.638/2007, a toda empresa de capital aberto é obrigada a elaborar a DVA a cada exercício contábil. Ou seja, nessas companhias, a demonstração deve ser divulgada ao menos anualmente, junto com os demais demonstrativos financeiros e relatórios de contabilidade. Mas mesmo não sendo obrigatória para as demais empresas, muitas delas optam por elaborar a DVA por questões gerenciais. Normalmente, o demonstrativo é usado principalmente para medir a eficiência da empresa em transformar seus recursos produtivos em valor. Como a DVA é feita? Para elaborar a Demonstração do Valor Adicionado, são utilizadas principalmente as informações disponíveis na Demonstração de Resultados do Exercício (DRE) da empresa. Além disso, por ser uma análise temporal, a Demonstração do Valor Adicionado deve ser apresentada de forma comparativa. A DVA deve contrapor o valor adicionado entre um período e outro, mostrando a evolução absoluta (numeral) e relativa (percentual) entre as duas datas. Como a DVA é calculada? O cálculo da DVA começa contabilizando as receitas operacionais e não- operacionais que a empresa recebeu. Já no segundo grupo, são informados os insumos, matérias-primas e todos os despesas operacionais que a empresa teve para funcionar durante o período. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm https://www.suno.com.br/artigos/demonstracao-resultado-exercicio/ https://www.suno.com.br/artigos/receita-operacional/ https://www.suno.com.br/artigos/despesas-operacionais/ A diferença entre os valores dos dois grupos será igual ao valor adicionado bruto. Porém, desse valor são descontadas as demais despesas não-operacionais da empresa – como juros, amortizações, depreciações e exaustão. Com isso, chega-se ao valor adicionado líquido que foi produzido pela organização. Depois de detalhar como o valor que a empresa gerou, a segunda metade da DVA deve detalhar como esse valor foi distribuído. Ou seja, essa parte mostra exatamente quanto desse valor foi destinado para pagar salários e benefícios (funcionários), impostos (governo), remuneração de terceiros (bancos, locadores, financiadores) e finalmente, o lucro distribuído entre os acionistas e sócios. Dessa forma, a estrutura da DVA é formada de acordo com o seguinte modelo: 1. VALOR ADICIONADO + Receitas (valores brutos, com impostos);– Insumos adquiridos de terceiros (com ICMS e IPI); = Valor adicionado bruto; – Retenções com depreciação, amortização e exaustão; = Valor adicionado líquido produzido; 2. DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO • Pessoal (Remuneração dos funcionários); • Governo (Impostos, taxas e contribuições); • Financiadores (Remuneração de capitais de terceiros); • Acionistas e sócios (Remuneração de capitais próprios). Logo, é obrigatório que o resultado apurado na primeira metade (valor adicionado total líquido) seja rigorosamente igual ao resultado da segunda metade (distribuição do valor adicionado). Se isso não ocorrer, a Demonstração do Valor Adicionado está com algum erro contábil. CONCLUSÃO Concluiu-se que as demonstrações contábeis auxiliam na tomada de decisão de empresários e gestores. No entanto, além disso, elas também se tornam documentos essenciais para apresentar a situação real da empresa, de forma transparente e assertiva, para agentes externos, podendo assim, avaliar sua evolução, traçar metas e buscar o objetivo principal que é o lucro Real e a tomada decisões. REFERENCIAS https://analize.com.br/blog/o-que-sao-demonstracoes-contabeis-e-qual-sua- importancia-.html Acessado em <28/09/2023> https://www.gestta.com.br/demonstracoes-contabeis/ Acessado em <28/09/2023> https://www.suno.com.br/artigos/dmpl/ Acessado em <28/09/2023> https://www.suno.com.br/artigos/demonstracao-do-resultado-abrangente/ Acessado em <28/09/2023> https://www.suno.com.br/artigos/demonstracao-valor-adicionado-dva/ Acessado em <28/09/2023> https://analize.com.br/blog/o-que-sao-demonstracoes-contabeis-e-qual-sua-importancia-.html https://analize.com.br/blog/o-que-sao-demonstracoes-contabeis-e-qual-sua-importancia-.html https://www.gestta.com.br/demonstracoes-contabeis/ https://www.suno.com.br/artigos/dmpl/ https://www.suno.com.br/artigos/demonstracao-do-resultado-abrangente/ https://www.suno.com.br/artigos/demonstracao-valor-adicionado-dva/
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