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Programa de Pós-Graduação em F́ısica da UFRGS Disciplina: Mecânica Quântica (FIP00003) Professor: Gerardo Mart́ınez Aluna: Emanuelly da Silva Santos Segunda lista de exerćıcios Problema 1 Para a representação de Heisenberg, invocamos o nosso operador de evolução temporal dado por: U(t) = exp ( −iHt ℏ ) Então um operador A qualquer será expresso como: A(H)(t) = U†A(S)U Onde o (H) indica que o operador está na representação de Heisenberg e o (S) indica que ele está na representação de Schrodinger. Derivando o operador A em relação ao tempo nós chegaremos na famosa equação de movimento de Heisenberg (2.2.19 do Sakurai): dA(H) dt = 1 iℏ [A(H), H] E explorando a comutação de U e H chegamos também na seguinte relação: [A(H), H] = U†A(S)UH −HU†A(S)U = U†A(S)HU − U†HA(S)U = U†[A(S), H]U = [A(S), H](H) Sabendo disso, vamos então para a questão dos três operadores, vejamos: • Para Sx(t): dSx(t) dt = 1 iℏ [Sx, H] (H) = 1 iℏ [Sx, wSz] (H) = w iℏ [Sx, Sz] (H) = w iℏ (−iℏ)Sy Segunda lista de exerćıcios Logo: dSx(t) dt = −wSy(t) • Para Sy(t): dSy(t) dt = 1 iℏ [Sy, H] (H) = 1 iℏ [Sy, wSz] (H) = w iℏ [Sy, Sz] (H) = w iℏ (iℏ)Sx Logo: dSy(t) dt = wSx(t) • Para Sz(t): dSz(t) dt = 1 iℏ [Sz, H] (H) = 1 iℏ [Sz, wSz] (H) = w iℏ [Sz, Sz] (H) = 0 Logo: dSz(t) dt = 0 Isso nos gera o sistema: dSx(t) dt = −wSy(t) dSy(t) dt = wSx(t) dSz(t) dt = 0 Trabalhando nas soluções, temos da primeira equação: d2Sx(t) dt = −wdSy(t) dt = −w(wSx(t)) ⇒ d2Sx(t) dt + w2Sx(t) = 0 Segunda lista de exerćıcios Com solução conhecida de: Sx(t) = A cos (wt) +B sin (wt) De modo similar, a segunda equação do sistema nos diz: d2Sy(t) dt = w dSx(t) dt = w(−wSy(t)) ⇒ d2Sy(t) dt + w2Sy(t) = 0 Com solução: Sy(t) = C cos (wt) +D sin (wt) Finalmente da terceira equação: dSz(t) dt = 0 ⇒ Sz(t) = cte = Sz(0) Agora para descobrir o valor das constantes suponhamos: Sx(0) = A+B · 0 ∴ A = Sx(0) Então: ( dSx(t) dt ) t=0 = −wSy(0) ⇒ [Aw(− sin (wt) +Bw cos (wt)]t=0 = −wSy(0) O que implica: Bw = −wSy(0) ∴ B = −Sy(0) De modo similar: Sy(0) = C +D · 0 ∴ C = Sy(0) Assim: ( dSy(t) dt ) t=0 = wSx(0) ⇒ [Cw(− sin (wt) +Dw cos (wt)]t=0 = wSx(0) E: Dw = wSx(0) ∴ D = Sx(0) Segunda lista de exerćıcios O que nos leva ao resultado final: Sx(t) = Sx(0) cos (wt)− Sy(0) sin (wt) Sy(t) = Sy(0) cos (wt) + Sx(0) sin (wt) Sz(t) = Sz(0) Problema 2 a) O hamiltoniano do sistema é dado por: H = e mec S⃗ · B⃗ Onde: S⃗ = ℏ 2 σ⃗ E: B⃗ = Bẑ Então: H = eB mec ℏ 2 σz = ωSz Escrevendo agora S⃗ · n̂ em termos dos autoestados do operador Sz, temos a evolução temporal do operador: S⃗ · n̂ = cos ( β 2 ) |+⟩+ sen ( β 2 ) |−⟩ Logo: |Sn(t)⟩ = ∑ j e− iEjt ℏ |j⟩⟨j|Sn = e−iωt/2 cos ( β 2 ) |+⟩+ eiωt/2sen ( β 2 ) |−⟩ Agora vamos encontrar o estado |Sx,+⟩ na base Sz, para tanto devemos achar a sobreposição entre |Sn⟩ e |Sx⟩: |Sx; +⟩ = cos (π 4 ) |+⟩+ sen (π 4 ) |−⟩ = (1/ √ 2)|+⟩+ (1/ √ 2)|−⟩ Segunda lista de exerćıcios Sendo assim, a probabilidade de |Sn⟩ ser mensurado no estado |Sx,+⟩ é: P (x,+)(t) = |⟨Sx; + | α, t⟩|2 = ∣∣∣∣ 1√2e−iωt/2 cos ( β 2 ) + 1√ 2 eiωt/2sen ( β 2 )∣∣∣∣2 = 1 2 cos2 ( β 2 ) + 1 2 ( eiωt + e−iωt ) cos ( β 2 ) sen ( β 2 ) + 1 2 sen2 ( β 2 ) = 1 2 (1 + 2 cos(ωt) cos(β/2)sen(β/2)) = 1 2 (1 + sen(β) cos(ωt)) Logo: P (x,+)(t) = 1 2 (1 + sen(β) cos(ωt)) b) Como são 2 estados do sistema, a probabilidade de P (x,−) é: P (x,−) = 1− P (x,+) Então: P (x,+)(t) = 1− 1 2 (1 + sen(β) cos(ωt)) = 1 2 (1− sen(β) cos(ωt)) Portanto: ⟨Sx⟩ = P (x,+) ℏ 2 + ( −ℏ 2 ) P (x,−) = ℏ 2 sen ( β 2 ) cos ( β 2 )[ eiωt + e−ωt ] Logo: ⟨Sx⟩ = ℏ 2 sen(β) cos(ωt) c) Para β = 0: ⟨Sx⟩ = ℏ 2 sen(0) cosωt = 0 Para β = π2 : ⟨Sx⟩ = ℏ 2 sen (π 2 ) cos(ωt) = ℏ 2 Segunda lista de exerćıcios Problema 3 a) O hamiltoniano dado na representação matricial fica: H = ( 0 δ δ 0 ) Diagonalizando temos: det ( −λ δ δ −λ ) = 0 λ2 − δ2 = 0 Logo os autovalores são: λ1 = +δ λ2 = −δ Agora para os autoestados temos: • Para λ1: ( −λ1 δ δ −λ1 )( x1 x2 ) = ( 0 0 ) λ1=δ===⇒ −δx1 + δx2 = 0δx1 − δx2 = 0 Ambas as equações nos leva a: x1 = x2 Normalizando: |x1|2 + |x2|2 = 1 ⇒ x1 = ± 1√ 2 Ou seja, o autoestado associado a λ1 é dado por um |Λ1⟩ com: |Λ1⟩ = 1√ 2 |a′⟩+ 1√ 2 |a′′⟩ • Para λ2: ( −λ2 δ δ −λ2 )( x1 x2 ) = ( 0 0 ) λ2=−δ====⇒ δx1 + δx2 = 0δx1 + δx2 = 0 Ambas as equações nos leva a: x1 = −x2 Segunda lista de exerćıcios Normalizando: |x1|2 + |x2|2 = 1 ⇒ x1 = 1√ 2 Ou seja, o autoestado associado a λ2 é dado por um |Λ2⟩ com: |Λ2⟩ = 1√ 2 |a′⟩ − 1√ 2 |a′′⟩ b) Primeiro vamos colocar o nosso |a′⟩ na base do hamiltoniano, vejamos: |Λ1⟩ = 1√ 2 |a′⟩+ 1√ 2 |a′′⟩ |Λ2⟩ = 1√ 2 |a′⟩ − 1√ 2 |a′′⟩ Isso implica: |Λ1⟩+ |Λ2⟩ = 2√ 2 |a′⟩ Portanto: |a′⟩ = 1√ 2 [|Λ1⟩+ |Λ2⟩] Dessa forma: |α⟩0 = |a′⟩ = 1√ 2 [|Λ1⟩+ |Λ2⟩] Então podemos desenvolver, de modo que: |α⟩t = exp ( −iHt ℏ ) |α⟩0 = 1√ 2 exp ( −iHt ℏ ) [|Λ1⟩+ |Λ2⟩] = 1√ 2 [ exp ( −iHt ℏ ) |Λ1⟩+ exp ( −iHt ℏ ) |Λ2⟩ ] = 1√ 2 [ exp ( −iE1t ℏ ) |Λ1⟩+ exp ( −iE2t ℏ ) |Λ2⟩ ] = 1√ 2 [ exp ( −iλ1t ℏ ) |Λ1⟩+ exp ( −iλ2t ℏ ) |Λ2⟩ ] Assim podemos concluir que o vetor estado no quadro de Schrodinger para t > 0 é dado por: |α⟩t = 1√ 2 [ exp ( −iδt ℏ ) |Λ1⟩+ exp ( iδt ℏ ) |Λ2⟩ ] Segunda lista de exerćıcios Este resultado está na base do hamiltoniano, se quisermos obter o resultado na base inicial preci- samos fazer: |α⟩t = 1√ 2 { exp ( −iδt ℏ )( 1√ 2 |a′⟩+ 1√ 2 |a′′⟩ ) + exp ( iδt ℏ )( 1√ 2 |a′⟩ − 1√ 2 |a′′⟩ )} Então: |α⟩t = exp (−iδt ℏ ) 2 |a′⟩+ exp ( iδt ℏ ) 2 |a′⟩+ exp (−iδt ℏ ) 2 |a′′⟩ − exp ( iδt ℏ ) 2 |a′′⟩ = cos (δt/ℏ)|a′⟩ − i sin (δt/ℏ)|a′′⟩ Onde foram utilizadas as relações: eiθ + e−iθ = 2 cos (θ) eiθ − e−iθ = 2i sin (θ) Dessa forma: |α⟩t = cos (δt/ℏ)|a′⟩ − i sin (δt/ℏ)|a′′⟩ c) Agora referente a probabilidade de encontrar o sistema em |a′′⟩ temos: P (t) = |⟨a′′|α⟩t|2 = ⟨a′′|α⟩⟨a′′|α⟩∗ = |a′′⟩ [ cos (δt/ℏ)|a′⟩ − i sin (δt/ℏ)|a′′⟩ ] ( |a′′⟩ [ cos (δt/ℏ)|a′⟩ − i sin (δt/ℏ)|a′′⟩ ])∗ = −i sin (δt/ℏ) [−i sin (δt/ℏ)]∗ = −i sin (δt/ℏ)i sin (δt/ℏ) Logo: P (t) = sin2 (δt/ℏ) d) Sim, um sistema de spin 1/2. Note: H = ( 0 δ δ 0 ) A = ( 0 a′ a′′ 0 ) Isso poderia muito bem ser: H = βSx com δ = βℏ 2 A = Sz com a ′ = ℏ/2 e a′′ = −ℏ/2 Segunda lista de exerćıcios Problema 4 a) Na representação de Schrodinger, apenas o estado ket evolui no tempo. Já no quadro de Heisenberg, o operador e o ket de base evoluem no tempo. Ou seja, para escrevermos x e p como variáveis dinâmicas devemos explorar o quadro de Heisenberg. Vejamos, o hamiltoniano para o oscilador harmônico simples é: H = p2 2m + 1 2 mω2x2 Então para o operador posição: dxH dt = i ℏ [H,xH ] + ( dx dt ) H = i ℏ [H,xH ] = i ℏ [ H, Û †xÛ ] = i ℏ Û † [H,x] Û Onde o ı́ndice H no operador se refere a representação de Heisenberg. Agora substituindo o hamiltoniano na expressão encontrada, temos: dxH dt = i ℏ Û † [H,xH ] Û = i ℏ Û † [( p2 2m + 1 2 mω2x2 ) , x ] Û = i ℏ Û † [ p2 2m ,x ] Û + i ℏ Û † [ 1 2 mω2x2, x ] Û = i 2mℏ Û † [ p2, x ] Û = i 2mℏ Û † {p [p, x] + p [p, x]} Û = i 2mℏ Û † [−iℏp+−iℏp] Û = Û †pÛ m = pH m Segunda lista de exerćıcios De maneira similar para o operador momento: dpH dt = i ℏ [H, pH ] + ( dp dt ) H = i ℏ [H, pH ] = i ℏ [ H, Û †pÛ ] = i ℏ Û † [H, p] Û = i ℏ Û † [( p2 2m + 1 2 mω2x2 ) , p ] Û = i ℏ Û † [ p2 2m , p ] Û + i ℏ Û † [ 1 2 mω2x2, p ] Û = imω2 2ℏ Û † [ x2, p ] Û = imω2 2ℏ Û † {x [x, p] + x [x, p]} Û = imω2 2ℏ Û † [iℏx+ iℏx] Û = −mω2Û †xÛ = −mω2xH Então, podemos agora unir as duas equações anteriores para resolver as expressões dependentes do tempo dos operadores de momento e posição. A prinćıpio, considerando a derivada temporal daequação para o operador de momento, obtemos: d2pH dt2 = −mω2dxH dt = −mω2 pH m = −ω2pH Isso implica: d2pH dt2 + ω2pH = 0 Com solução conhecida de: pH(t) = Acos(ωt) +Bsin(ωt) Segunda lista de exerćıcios De maneira semelhante: d2xH dt2 = 1 m dpH dt = − 1 m ( mω2xH ) = −ω2xH Assim: d2xH dt2 + ω2xH = 0 Com solução: xH(t) = Ccos(ωt) +Dsin(ωt) Agora vamos descobrir os valores das constantes: pH(0) = Acos(0) +Bsin(0) = A ⇒ A = p(0) E ( dpH dt ) t=0 = −ωAsin(0) + ωBcos(0) = ωB ⇒ ωB = −mω2x ⇒ B = −mωx Para x: xH(0) = Ccos(0) +Dsin(0) = C ⇒ C = x(0) E: ( dxH dt ) t=0 = −ωCsin(0) + ωDcos(0) = ωD ⇒ ωD = p m ⇒ D = p mω Nos levando finalmente a: x(H)(t) = x(0) cosωt+ p(0) mω sinωt p(H)(t) = p(0) cosωt−mωx(0) sinωt Elas se parecem com as equações clássicas de movimento. Vemos que os operadores x e p “osci- lam”exatamente como seus análogos clássicos. Segunda lista de exerćıcios b) Na representação de Heisenberg o estado ket |ψ⟩ é estacionário enquanto na imagem de Schor- dinger o estado ket evolui de acordo com |ψ; t⟩ = ∞∑ n=0 cne −iω(n+1/2)t|n⟩ Onde |n⟩ são autoestados de energia H|n⟩ = En|n⟩;En = ℏω(n+ 1/2). Problema 5 a) Temos que: ⟨x′|p′⟩ = (2πℏ)−1/2 exp ( ip′x′ ℏ ) ∴ ⟨p′|x′⟩ = (2πℏ)−1/2 exp ( −ip′x′ ℏ ) Agora vamos resolver isso com poucos passos pois essa resolução já foi abordada com mais detalhes na lista 1 (problema 10), vejamos: ⟨p′|x|α⟩ = ∫ dx′⟨p′|x′⟩x′⟨x′|α⟩ = ∫ dx′x′⟨p′|x′⟩⟨x′|α⟩ Mas o termo x′⟨p′|x′⟩ pode ser reescrito de modo que: x′⟨p′|x′⟩ = iℏ ∂ ∂p′ [ (2πℏ)−1/2 exp ( −ip′x′ ℏ )] = iℏ ∂ ∂p′ ⟨p′|x′⟩ Então: ⟨p′|x|α⟩ = ∫ dx′x′⟨p′|x′⟩⟨x′|α⟩ = ∫ dx′iℏ ∂ ∂p′ ⟨p′|x′⟩⟨x′|α⟩ = iℏ ∂ ∂p′ ∫ dx′⟨p′|x′⟩⟨x′|α⟩ No entanto a equação 1.7.33b do Sakurai diz que: ⟨p′|α⟩ = ∫ dx′⟨p′|x′⟩⟨x′|α⟩ Então, finalmente temos: ⟨p′|x|α⟩ = iℏ ∂ ∂p′ ⟨p′|α⟩ b) Para o oscilador harmônico temos: H = p2 2m + mw2x2 2 Segunda lista de exerćıcios Então a equação de Schrodinger seria: ( p2 2m + mw2x2 2 ) |α⟩ = E|α⟩ E no espaço dos momentos: ⟨p′| ( p2 2m + mw2x2 2 ) |α⟩ = ⟨p′|E|α⟩ O que implica: 1 2m ⟨p′|p2|α⟩+ mw 2 2 ⟨p′|x2|α⟩ = E⟨p′|α⟩ E pelo exerćıcio anterior: ⟨p′|x2|α⟩ = iℏ ∂ ∂p′ ⟨p′|x|α⟩ = −ℏ2 ∂ 2 ∂p′2 ⟨p′|α′⟩ Ademais (por 1.7.22): ⟨p′|p2 = ⟨p′|p′2 Logo: p′2 2m ⟨p′|α⟩ − mℏ 2w2 2 ∂2 ∂p′2 ⟨p′|α⟩ = E⟨p′|α′⟩ E como uα(p ′) = ⟨p′|α′⟩ teremos: 1 2m p′2uα(p ′)− mℏ 2w2 2 d2uα dp′2 = Euα(p ′) No espaço dos momentos em termos dos polinômios de Hermite temos a solução: e−p 2/2p20Hn(p/p0) com p0 = √ ℏmw Problema 6 a) Vamos primeiro mostrar que este é um estado coerente, para isso vamos aplicar o operador a de modo que: a|λ⟩ = e−|λ|2/2aeλa† |0⟩ Mas: [a, eλa † ] = aeλa † − eλa†a ⇒ [a, eλa† ] + eλa†a = aeλa† Segunda lista de exerćıcios Então: a|λ⟩ = e−|λ|2/2aeλa† |0⟩ = e−|λ| 2/2 ( [a, eλa † ] + eλa † a ) |0⟩ = e−|λ| 2/2[a, eλa † ]|0⟩+ e−|λ|2/2eλa†a|0⟩ Como: a|0⟩ = 0 Temos: a|λ⟩ = e−|λ|2/2[a, eλa† ]|0⟩ Agora, podemos escrever: eλa † = ∞∑ 0 (λa†)n n! Isso implica: a|λ⟩ = e−|λ|2/2[a, eλa† ]|0⟩ = e−|λ| 2/2 [ a, ∞∑ 0 (λa†)n n! ] |0⟩ = e−|λ| 2/2 ∞∑ 0 λn n! [a, a†n]|0⟩ Agora, sabemos a seguinte propriedade: [A,B(x)] = ∂B(x) ∂x [a, x] Então: a|λ⟩ = e−|λ|2/2 ∞∑ 0 λn n! na†(n−1)[a, a†]|0⟩ Segunda lista de exerćıcios E como [a, a†] = 1: a|λ⟩ = e−|λ|2/2 ∞∑ 0 λn n! na†(n−1)|0⟩ = e−|λ| 2/2 ( 0 + ∞∑ 1 λn n! na†(n−1) ) |0⟩ = e−|λ| 2/2 ( λ λ ∞∑ 1 λn n(n− 1)! na†(n−1) ) |0⟩ = e−|λ| 2/2 ( λ ∞∑ 1 λn−1 (n− 1)! a†(n−1) ) |0⟩ Agora vamos fazer uma substituição onde: n− 1 = k ∴ n = 1 ⇒ k = 0 Então: a|λ⟩ = e−|λ|2/2 ( λ ∞∑ 0 λk k! a†k ) |0⟩ = e−|λ|2/2λeλa† |0⟩ E como λ é um número não há problemas com comutação, dessa forma: a|λ⟩ = λe−|λ|2/2eλa† |0⟩ Mas: λe−|λ| 2/2eλa † |0⟩ = |λ⟩ Logo o estado é coerente, pois: a|λ⟩ = λ|λ⟩ Agora vamos conferir se é normalizável: ⟨λ|λ⟩ = ⟨0|e−|λ|2/2eλ∗aeλa†e−|λ|2/2|0⟩ = e−|λ| 2⟨0|eλ∗aeλa† |0⟩ = e−|λ| 2⟨0| ∞∑ n=0 (λ∗a)n n! ∞∑ m=0 (λa†)m m! |0⟩ = e−|λ| 2 ∞∑ n=0 (λ∗)n n! ∞∑ m=0 (λ)m m! ⟨0|ana†m|0⟩ Segunda lista de exerćıcios E como: a†m|0⟩ = √ m!|m⟩ ⟨0|an = a†n|0⟩ = √ n!|n⟩ Disso podemos tirar que √ n!|n⟩ = ⟨m| √ n! ∗ , mas como o √ n! é um número inteiro, então: ⟨λ|λ⟩ = e−|λ|2 ∞∑ n=0 (λ∗)n n! ∞∑ m=0 (λ)m m! ⟨0|ana†m|0⟩ = e−|λ| 2 ∞∑ n=0 (λ∗)n n! ∞∑ m=0 (λ)m m! ⟨n| √ n! √ m!|m⟩ = e−|λ| 2 ∞∑ n=0 (λ∗)n n! ∞∑ m=0 (λ)m m! √ n! √ m!⟨n|m⟩ = e−|λ| 2 ∞∑ n=0 (λ∗)n n! ∞∑ m=0 (λ)m m! √ n! √ m!δn,m Então, quando n = m: ⟨λ|λ⟩ = e−|λ|2 ∞∑ n=0 |λ|2n (n!)2 n! = e−|λ| 2 e|λ| 2 Logo o estado é normalizável, pois como acabamos de demonstrar: ⟨λ|λ⟩ = 1 b) Queremos saber da relação de mı́nima incerteza, para tanto vamos usar além dos fatos da letra (a) e das propriedades dos operadores escadas as seguintes definições: x = √ ℏ 2mw (a+ a†) p = i √ mℏw 2 (−a+ a†) Vejamos: • O ⟨x⟩ é: ⟨x⟩ = ⟨λ|x|λ⟩ = √ ℏ 2mw (⟨λ|a|λ⟩+ ⟨λ|a†|λ⟩) = √ ℏ 2mw (λ+ λ∗) Segunda lista de exerćıcios • Portanto o ⟨x⟩2 é: ⟨x⟩2 = ℏ 2mw (λ+ λ∗)2 • Já ⟨x2⟩: ⟨x2⟩ = ⟨λ|xx|λ⟩ = ℏ 2mw ⟨λ|(a+ a†)(a+ a†)|λ⟩ = ℏ 2mw (⟨λ|aa|λ⟩+ 2⟨λ|a†a|λ⟩+ ⟨λ|I|λ⟩+ ⟨λ|a†a†|λ⟩) = ℏ 2mw (λ2 + (λ∗)2 + 2λ∗λ+ 1) = ℏ 2mw ((λ∗ + λ)2 + 1) • Agora para ⟨p⟩: ⟨p⟩ = i √ mℏw 2 ⟨λ|(a† − a)|λ⟩ = −i √ mℏw 2 (λ∗ − λ) • E então ⟨p⟩: ⟨p⟩2 = mℏw 2 (λ∗ − λ)2 • Para ⟨p2⟩: ⟨p2⟩ = ⟨λ|pp|λ⟩ = −mℏw 2 ⟨λ|(−a+ a†)(−a+ a†)|λ⟩ = −mℏw 2 (⟨λ|aa|λ⟩ − 2⟨λ|a†a|λ⟩ − ⟨λ|I|λ⟩+ ⟨λ|a†a†|λ⟩) = −mℏw 2 (λ2 + (λ∗)2 − 2λ∗λ− 1) = −mℏw 2 ((λ∗ − λ)2 − 1) • Sendo assim, ∆x é: ∆x = √ ⟨x2⟩ − ⟨x⟩2 = √ ℏ 2mw ((λ∗ + λ)2 + 1)− ℏ 2mw (λ+ λ∗)2 = √ ℏ 2mw + ℏ 2mw (λ+ λ∗)2 − ℏ 2mw (λ+ λ∗)2 = √ ℏ 2mw Segunda lista de exerćıcios • E ∆p é: ∆p = √ ⟨p2⟩ − ⟨p⟩2 = √ −mℏw 2 ((λ∗ − λ)2 − 1) + mℏw 2 (λ− λ∗)2 = √ mℏw 2 − mℏw 2 (λ− λ∗)2 + mℏw 2 (λ− λ∗)2 = √ mℏw 2 • Finalmente, ∆x∆p: ∆x∆p = √ ℏ 2mw √ mℏw 2 = √ mℏ2w 4mw Logo chegamos na relação que queŕıamos: ∆x∆p = ℏ 2 c) Temos que: |λ⟩ = e−|λ|2/2eλa† |0⟩ Expandindo o potencial e usando a†n|0⟩ = √ n!|n⟩, temos: |λ⟩ = e−|λ|2/2eλa† |0⟩ = e−|λ| 2/2 ∞∑ n=0 (λa†)n n! |0⟩ = e−|λ| 2/2 ∞∑ n=0 λn √ n n! |n⟩ = e−|λ| 2/2 ∞∑ n=0 λn√ n! |n⟩ = ∞∑ n=0 e−|λ| 2/2 λ n √ n! |n⟩ Segunda lista de exerćıcios Sendo: f(n) = e−|λ| 2/2 λ n √ n! Então: |f(n)|2 = e−|λ|2 λ 2n n! Porém, uma função de poisson é dada por: f(α, β) = e−ββα α! Nesse caso, β = λ2 e α = n. Agora para a energia: Ep = ℏw ( np + 1 2 ) Para encontrar np: np = ⟨λ|N |λ⟩ = ⟨λ|a†a|λ⟩ = λ∗λ⟨λ|λ⟩ = |λ|2 Portanto: Ep = ℏw ( |λ|2 + 1 2 ) d) Temos e− ipl ℏ |0⟩, onde p é dado por p = i √ mℏw 2 (−a+ a †) = 1i √ mℏw 2 (a− a †). Então: |λ⟩ = exp ( − il ℏ ( 1 i √ mℏw 2 (a− a†) )) |0⟩ = exp ( l h (a− a†) √ mℏw 2 ) |0⟩ Segunda lista de exerćıcios Sabendo que: eA+B = eAeBe−[A,B]/2, onde, A = a†, B = −a, [A,B] = [a†,−a] = 1, temos que: |λ⟩ = exp ( l ℏ √ mℏw 2 a† ) exp ( − l ℏ √ mℏw 2 a ) exp 1 2 ( l ℏ √ mℏw 2 )2 |0⟩ = exp ( l ℏ √ mℏw 2 a† ) exp 1 2 ( l ℏ √ mℏw 2 )2 exp(− l ℏ √ mℏw 2 a ) |0⟩ = exp ( l ℏ √ mℏw 2 a† ) exp 1 2 ( l ℏ √ mℏw 2 )2A Onde: A = exp ( − l ℏ √ mℏw 2 a ) |0⟩ = ∞∑ n=0 ( − lℏ √ mℏw 2 )n n! an|0⟩ = ∞∑ n=0 0n n! |0⟩ = |0⟩ Logo: |λ⟩ = exp ( l ℏ √ mℏw 2 a† ) exp 1 2 ( l ℏ √ mℏw 2 )2A = exp ( l ℏ √ mℏw 2 a† ) exp 1 2 ( l ℏ √ mℏw 2 )2 |0⟩ Fazendo, λ = lℏ √ mℏw 2 : |λ⟩ = e λ2 2 eλa † |0⟩ Problema 7 Sabemos que as bases de kets evoluem ao longo do tempo como ∣∣p′, t〉 = U(t)† ∣∣p′, 0〉 E também que: 〈 p′, t ∣∣ = 〈p′, 0∣∣U(t) No caso da part́ıcula livre o hamiltoniano associado é dado por: H = p2 2m Segunda lista de exerćıcios Ademais, o operador de evolução temporal para qualquer estado no espaço de momento é: U(t) = e iHt ℏ = exp [ ip2t 2mℏ ] Sendo assim: ∣∣p′, t〉 = U(t)† ∣∣p′, 0〉 = ⟨p′′, 0| exp [ ip2t0 2mℏ ] E também: 〈 p′, t ∣∣ = 〈p′, 0∣∣U(t) = 〈p′, t0∣∣ exp [ ip2t 2mℏ ] Então:〈 p′′, t | p′, t0 〉 = 〈 p′′, 0 ∣∣∣∣exp [ ip2t2mℏ ] exp [ ip2t0 2mℏ ]∣∣∣∣p′, 0〉 = exp [ ip2 2mℏ (t− t0) ] 〈 p′′, 0 | p′, 0 〉 = exp [ ip2 2mℏ (t− t0) ] δ ( p′′ − p′ ) Portanto, a expressão correspondente do propagador no espaço de momentum para a part́ıcula livre é dada por: K(p′′, t;p′, t0) = 〈 p′′, t | p′, t0 〉 = exp [ ip2 2mℏ (t− t0) ] δ ( p′′ − p′ ) Problema 8 a) A ação clássica é dada por: S(n, n− 1) = ∫ tn tn−1 dtL(x, ẋ) Mas a lagrangiana do oscilador harmônico simples é dada por: L = 1 2 mẋ2 − 1 2 mw2x2 Sabendo que temos um intervalo de tempo finito vamos manipular utilizando os mesmos prinćıpios da equação 2.6.41, de modo que: S(n, n− 1) = ∫ tn tn−1 dt [ 1 2 mẋ2 − 1 2 mw2x2 ] = ∆tm 2 [( xn − xn−1 ∆t )2 − w2 ( xn + xn−1 2 )2] Segunda lista de exerćıcios Então: S(n, n− 1) = m 2 [ (xn − xn−1)2 ∆t − w2 ( 2xn + xn − xn−1 2 )2 ∆t ] = m 2 [ (xn − xn−1)2 ∆t − w2 ( xn + ∆x 2 )2 ∆t ] = m 2 [ (xn − xn−1)2 ∆t − w2 ( x2n + xn∆x+ ∆x2 4 ) ∆t ] = m 2 [ (xn − xn−1)2 ∆t − w2 ( x2n∆t+ xn∆x∆t+ ∆x2∆t 4 )] Mas os intervalos são muito pequenos então podemos desconsiderar os termos em vermelho, fazendo esse truncamento na ordem temos como resultado final: S(n, n− 1) = m(xn − xn−1) 2 2∆t − mw 2x2n∆t 2 b) Na prescrição de Feynman temos: ⟨xn, tn|xn−1, tn−1⟩ = 1 w(∆t) exp ( iS(n, n− 1) ℏ ) Para o caso da part́ıcula livre: w(∆t) = √ 2πiℏ∆t m Então: ⟨xn, tn|xn−1, tn−1⟩ = √ m 2πiℏ∆t exp ( im(xn − xn−1)2 2ℏ∆t − imw 2x2n∆t 2ℏ ) Agora, vamos verificar se o limite (t−t0) → 0 coincide com as notas de aula. Primeiro, por definição sabemos que: k(xn, tn;xn−1, tn−1) = √ mw 2πiℏ sin (w(tn − tn−1)) exp [ ( imw 2ℏ sin (w(tn − tn−1)) ) × ( (x2n + x 2 n−1) cos (w(tn − tn−1))− 2xnxn−1 ) ] = √ mw 2πiℏ sin (w∆t) exp [( imw 2ℏ sin (w∆t) )( (x2n + x 2 n−1) cos (w∆t)− 2xnxn−1 )] Segunda lista de exerćıcios Para valores muito pequenos de w∆t temos: sin (w∆t) ≈ w∆t Então: k(xn, tn;xn−1, tn−1) = √ mw 2πiℏ(w∆t) exp [( imw 2ℏ(w∆t) )( (x2n + x 2 n−1) cos (w∆t)− 2xnxn−1 )] E tomando: cos (w∆t) = 1− w 2∆t2 2 Temos: k(xn, tn;xn−1, tn−1) = √ m 2πiℏ(∆t) exp [( im 2ℏ(∆t) )( (x2n + x 2 n−1) ( 1− w 2∆t2 2 ) − 2xnxn−1 )] = √ m 2πiℏ(∆t) exp [( im 2ℏ(∆t) )( (xn + xn−1) 2 − (x2n + x 2 n−1) 2 w2∆t2 )] = √ m 2πiℏ(∆t) exp [( im 2ℏ(∆t) )( (xn + xn−1) 2 − x2nw2∆t2 )] Portanto, em coerência com as notas de aula, chegamos ao resultado: ⟨xn, tn|xn−1, tn−1⟩ = √ m 2πiℏ∆t exp ( im(xn − xn−1)2 2ℏ∆t − imw 2x2n∆t 2ℏ ) Segunda lista de exerćıcios Referências [1] SAKURAI, Jun John; NAPOLITANO, Jim. Mecânica quântica moderna. bookman, 2013.
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