Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Programa de Pós-Graduação em F́ısica da UFRGS Disciplina: Mecânica Quântica (FIP00003) Professor: Gerardo Mart́ınez Aluna: Emanuelly da Silva Santos Primeira lista de exerćıcios Problema 1 Sabemos da equação 1.4.45 do Sakurai que a probabilidade de obter |c′⟩ no caso (a) é dada por: |⟨c′|b′⟩|2|⟨b′|a′⟩|2 Então, somando sobre todos os b′ temos:∑ b′ |⟨c′|b′⟩|2|⟨b′|a′⟩|2 = ∑ b′ ⟨c′|b′⟩⟨c′|b′⟩∗⟨b′|a′⟩⟨b′|a′⟩∗ = ∑ b′ ⟨c′|b′⟩⟨b′|c′⟩⟨b′|a′⟩⟨a′|b′⟩ = ∑ b′ ⟨c′|b′⟩⟨b′|a′⟩⟨a′|b′⟩⟨b′|c′⟩ Mostrando assim que: ∑ b′ |⟨c′|b′⟩|2|⟨b′|a′⟩|2 = ⟨c′|b′⟩⟨b′|a′⟩⟨a′|b′⟩⟨b′|c′⟩ Agora, na configuração (b) a probabilidade de obter |c′⟩ será diferente. Primeiro, sabemos que podemos fazer: |a′⟩ = ∑ b′ |b′⟩⟨b′|a′⟩ ∴ ⟨a′| = ∑ b′′ ⟨b′′|⟨a′|b′′⟩ Dessa forma: |⟨c′|a′⟩|2 = ⟨c′|a′⟩⟨c′|a′⟩∗ = ⟨c′|a′⟩⟨a′|c′⟩ = ∑ b′ ⟨c′||b′⟩⟨b′|a′⟩ ∑ b′′ ⟨b′′|⟨a′|b′′⟩|c′⟩ = ∑ b′′ ∑ b′ ⟨a′|b′′⟩⟨b′′|c′⟩⟨b′|a′⟩⟨c′|b′⟩ Primeira lista de exerćıcios Então: |⟨c′|a′⟩|2 = ∑ b′ ∑ b′′ ⟨c′|b′⟩⟨b′|a′⟩⟨a′|b′′⟩⟨b′′|c′⟩ Agora nos perguntemos quais as implicações quando temos ao menos uma dessas opções: [A,B] = 0 ∴ [B,C] = 0 Vejamos, se [A,B] = 0: A|a′⟩ = a′|a′⟩ B|a′⟩ = b′|a′⟩ Dessa forma, se aplicarmos um ⟨b′′| em ambos os lados da segunda expressão nós teremos: ⟨b′′|B|a′⟩ = b′⟨b′′|a′⟩ −→ (b′′ − b′)⟨b′′|a′⟩ = 0 −→ ⟨b′′|a′⟩ = δb′b′′⟨b′|a′⟩ Assim: ⟨b′′|a′⟩ = δb′b′′⟨b′|a′⟩ ⟨a′|b′′⟩ = δb′b′′⟨a′|b′⟩ Agora, podemos verificar que a probabilidade na configuração (b) será dada por: |⟨c′|a′⟩|2 = ∑ b′ ∑ b′′ ⟨c′|b′⟩⟨b′|a′⟩⟨a′|b′′⟩⟨b′′|c′⟩ = ∑ b′ ∑ b′′ δb′b′′⟨c′|b′⟩⟨b′|a′⟩⟨a′|b′⟩⟨b′′|c′⟩ = ∑ b′ ⟨c′|b′⟩⟨b′|a′⟩⟨a′|b′⟩⟨b′|c′⟩ = ∑ b′ |⟨c′|b′⟩|2|⟨b′|a′⟩|2 Ou seja, as probabilidades serão iguais. Da mesma forma, se: [B,C] = 0 −→ ⟨b′′|c′⟩ = δb′b′′⟨b′|c′⟩ Então as probabilidades serão novamente iguais. Resumindo, se A e B comutam, os autoestados de |a′⟩ ou |b′⟩ vão ser autoestados simultâneos de A ou de B (racioćınio similar para B e C). Logo, em [A,B] = 0, o B não altera o estado quântico de |a′⟩. Pelo mesmo principio |b′⟩ não seria alterado ao passar pelo experimento C caso [B,C] = 0. Em termos de observáveis conclúımos que se os observáveis são incompat́ıveis as probabilidades são afetadas pela medida de um estado B intermediário. Primeira lista de exerćıcios Problema 2 Para provar a desigualdade de Schwarz tomemos primeiro um |γ⟩ dado por: |γ⟩ = |α⟩+ c|β⟩ Sabemos que: ⟨γ|γ⟩ ≥ 0 Então: (⟨α|+ λ∗⟨β|)(|α⟩+ λ|β⟩) ≥ 0 ⟨α|α⟩+ λ⟨α|β⟩+ λ∗⟨β|α⟩+ λ∗λ⟨β|β⟩ ≥ 0 Agora, tomemos um valor espećıfico de λ tal que ⟨β|γ⟩ = 0, assim: ⟨β|α⟩+ λ⟨β|β⟩ = 0 −→ λ = −⟨β|α⟩ ⟨β|β⟩ Isso nos leva a: ⟨α|α⟩+ ( −⟨β|α⟩ ⟨β|β⟩ ) ⟨α|β⟩+ ( −⟨β|α⟩ ⟨β|β⟩ )∗ ⟨β|α⟩+ ( −⟨β|α⟩ ⟨β|β⟩ )∗( −⟨β|α⟩ ⟨β|β⟩ ) ⟨β|β⟩ ≥ 0 ⟨α|α⟩ − ⟨β|α⟩⟨α|β⟩ ⟨β|β⟩ − ⟨α|β⟩⟨β|α⟩ ⟨β|β⟩ + ⟨α|β⟩⟨β|α⟩ |⟨β|β⟩|2 ⟨β|β⟩ ≥ 0 ⟨α|α⟩ − |⟨α|β⟩| 2 ⟨β|β⟩ ≥ 0 E finalmente: ⟨α|α⟩⟨β|β⟩ ≥ |⟨α|β⟩|2 Agora, assumindo os lemas 1.2 e 1.2 do Sakurai tomemos: ∆A|j⟩ = |α⟩ ⇒ ⟨j|(∆A)† = ⟨α| ∆B|j⟩ = |β⟩ ⇒ ⟨j|(∆B)† = ⟨β| Então da desigualdade de Schwarz: ⟨j|(∆A)†(∆A)|j⟩⟨j|(∆B)†(∆B)|j⟩ ≥ |⟨j|(∆A)†(∆B)|j⟩|2 Primeira lista de exerćıcios Mas pelos lemas: ∆A = (∆A)† e ∆B = (∆B)† Então: ⟨(∆A)2⟩⟨(∆B)2⟩ ≥ |⟨(∆A)(∆B)⟩|2 Mas: [∆A,∆B] = ∆A∆B −∆B∆A {∆A,∆B} = ∆A∆B +∆B∆A −→ ∆A∆B = 1 2 ([∆A,∆B] + {∆A,∆B}) E: [∆A,∆B] = (A−∆A)(B −∆B)− (B −∆B)(A−∆A) = AB −A⟨B⟩ − ⟨A⟩B −BA+B⟨A⟩+A⟨B⟩ − ⟨A⟩⟨B⟩+ ⟨A⟩⟨B⟩ = AB −BA = [A,B] Onde [∆A,∆B] é claramente anti-hermitiano (Sakurai, equação 1.4.61) e seu anticomutador her- mitiano. Dessa forma: ⟨(∆A)(∆B)⟩ = 1 2 ⟨[A,B]⟩+ 1 2 ⟨{∆A,∆B}⟩ E então finalmente: ⟨(∆A)2⟩⟨(∆B)2⟩ ≥ 1 4 |⟨[A,B]⟩|2 Aplicando ao caso de operadores de posição e momento, temos: 〈 (∆x)2 〉 〈 (∆px) 2 〉 ≥ 1 4 |⟨[x, px]⟩|2 Mas: [x, px] = iℏ Logo: 〈 (∆x)2 〉 〈 (∆px) 2 〉 ≥ ℏ 2 4 Primeira lista de exerćıcios Agora, seguindo a sugestão da questão, tomemos: ∆A|α⟩ = λ∆B|α⟩ Com: λ∗ = −λ O que implica: ⟨α|∆A = −λ⟨α|∆B Para uma part́ıcula em um estado |α⟩ nós teremos então: ⟨α|[A,B]|α⟩ = ⟨α|∆A∆B −∆B∆A|α⟩ = −λ⟨α|∆B∆B −∆Bλ∆B|α⟩ = −λ(⟨α|(∆B)2 + (∆B)2(∆B)2|α⟩) = −λ(⟨α|2(∆B)2|α⟩) = −2λ⟨α|(∆B)2|α⟩ E esta é a igualdade que claramente satisfaz a relação de incerteza generalizada. Isso explicita o fato de o valor esperado de um operador anti-hermitiano ([∆A,∆B]) ser um imaginário puro. Primeira lista de exerćıcios Problema 3 Do enunciado temos que: X = a0 + ax ( 0 1 1 0 ) + ay ( 0 −i i 0 ) + az ( 1 0 0 −1 ) = a0 ( 1 0 0 1 ) + ax ( 0 1 1 0 ) + ay ( 0 −i i 0 ) + az ( 1 0 0 −1 ) = ( a0 0 0 a0 ) + ( 0 ax ax 0 ) + ( 0 −iay iay 0 ) + ( az 0 0 −az ) = ( a0 + az ax − iay ax + iay a0 − az ) Onde utilizamos a matriz identidade como auxiliar para conseguirmos somar o a0 as demais ma- trizes. a) Dado o exposto e sabendo que o traço de uma matriz é definido como a soma dos n elementos de sua diagonal principal, temos que: tr(X) = (a0 + az) + (a0 − az) = 2a0 Logo: a0 = tr(X) 2 Além disso: Tr(σkX) = Tr(σ1X) + Tr(σ2X) + Tr(σ3X) Onde: σxX = ( 0 1 1 0 )( a0 + az ax − iay ax + iay a0 − az ) = ( ax + iay a0 − z a0 + z ax − iay ) σyX = ( 0 −i i 0 )( a0 + az ax − iay ax + iay a0 − az ) = ( −iax + ay −ia0 + iaz ia0 + iaz iax + ay ) σzX = ( 1 0 0 −1 )( a0 + az ax − iay ax + iay a0 − az ) = ( a0 + az ax − iay −ax − iay −a0 + az ) Primeira lista de exerćıcios Com isso, fica fácil perceber que: Tr(σkX) = Tr(σxX) + Tr(σyX) + Tr(σzX) = 2ax + 2ay + 2az = 2δkxax + 2δkyay + 2δkzaz = 2ak Então: ak = Tr(σkX) 2 b) Em termos dos componentes de X, utilizando as relações deduzidas na letra (a), temos: a0 = X11 +X22 2 ax = X21 +X12 2 ay = −iX21 + iX12 2 az = X11 −X22 2 Primeira lista de exerćıcios Problema 4 Sabemos da equação 1.3.34 do Sakurai que: A = ∑ a′ a′︸︷︷︸ autovalor |a′⟩⟨a′|︸ ︷︷ ︸ projetor = ∑ a′ a′Λa′ Aplicando isso ao sistema de spin 12 temos: • Para Sx: Sx = ℏ 2 |S+x ⟩⟨S+x | − ℏ 2 |S−x ⟩⟨S−x | = ℏ 2 [ 1√ 2 (|+⟩+ |−⟩) · 1√ 2 (⟨+|+ ⟨−|) ] − ℏ 2 [ 1√ 2 (|+⟩ − |−⟩) · 1√ 2 (⟨+| − ⟨−|) ] = ℏ 2 [ 1 2 (|+⟩⟨+|+ |+⟩⟨−|+ |−⟩⟨+|+ |−⟩⟨−|) ] − ℏ 2 [ 1 2 (|+⟩⟨+| − |+⟩⟨−| − |−⟩⟨+| − |−⟩⟨−|) ] = ℏ 2 [ 1 2 |+⟩⟨−|+ 1 2 |−⟩⟨+|+ 1 2 |+⟩⟨−|+ 1 2 |−⟩⟨+| ] = ℏ 2 [|+⟩⟨−|+ |−⟩⟨+|] • Para Sy: Sy = ℏ 2 |S+y ⟩⟨S+y | − ℏ 2 |S−y ⟩⟨S−y | = ℏ 2 [( 1√ 2 |+⟩+ i√ 2 |−⟩ ) · ( 1√ 2 ⟨+| − i√ 2 ⟨−| )] − ℏ 2 [( 1√ 2 |+⟩ − i√ 2 |−⟩ ) · ( 1√ 2 ⟨+|+ i√ 2 ⟨−| )] = ℏ 2 [ 1 2 |+⟩⟨+| − i 2 |+⟩⟨−|+ i 2 |−⟩⟨+|+ 1 2 |−⟩⟨−| ] − ℏ 2 [ 1 2 |+⟩⟨+|+ i 2 |+⟩⟨−| − i 2 |−⟩⟨+|+ 1 2 |−⟩⟨−| ] = ℏ 2 [ − i 2 |+⟩⟨−|+ i 2 |−⟩⟨+| − i 2 |+⟩⟨−|+ i 2 |−⟩⟨+| ] = iℏ 2 [−|+⟩⟨−|+ |−⟩⟨+|] • Para Sz: Sz = ℏ 2 |S+z ⟩⟨S+z | − ℏ 2 |S−z ⟩⟨S−z | = ℏ 2 [|+⟩⟨+|]− ℏ 2 [|−⟩⟨−|] = ℏ 2 [|+⟩⟨+| − |−⟩⟨−|] Assim terminamos de construir os operadores Sx, Sy e Sz na base |+⟩ e |−⟩: Sx = ℏ 2 [|+⟩⟨−|+ |−⟩⟨+|] Sy = iℏ 2 [|−⟩⟨+| − |+⟩⟨−|] Sz = ℏ 2 [|+⟩⟨+| − |−⟩⟨−|] Primeira lista de exerćıcios Tendo isso em mãos, agora vamos provar o que se pede. Primeiro, sabemos que: [Si, Sj ] = SiSj − SjSi Então calculando [Sx, Sy], temos que: SxSy = ℏ 2 (|+⟩⟨−|+ |−⟩⟨+|) iℏ 2 (|−⟩⟨+| − |+⟩⟨−|) = ℏ 2 iℏ 2 (|+⟩⟨−⟩−⟨+| − |+⟩⟨−⟩+⟨−|+ |−⟩⟨+⟩−⟨+| − |−⟩⟨+⟩+⟨−|) = iℏ2 4 (|+⟩⟨+| − |−⟩⟨−|) SySx = iℏ 2 (|−⟩⟨+| − |+⟩⟨−|)ℏ 2 (|+⟩⟨−|+ |−⟩⟨+|) = iℏ2 4 (|−⟩⟨+⟩+⟨−|+ |−⟩⟨+⟩−⟨+| − |+⟩⟨−⟩+⟨−| − |+⟩⟨−⟩−⟨+|) = iℏ2 4 (|−⟩⟨−| − |+⟩⟨+|) = −SxSy Portanto: [Sx, Sy] = SxSy − (−SxSy) = iℏ2 4 (|+⟩⟨+| − |−⟩⟨−|) + iℏ 2 4 (|+⟩⟨+| − |−⟩⟨−|) = iℏ2 2 (|+⟩⟨+| − |−⟩⟨−|) = iℏSz E para [Sz, Sx]: SzSx = ℏ 2 (|+⟩⟨+| − |−⟩⟨−|)ℏ 2 (|+⟩⟨−|+ |−⟩⟨+|) = ℏ2 4 (|+⟩⟨+⟩+⟨−|+ |+⟩⟨+⟩−⟨+| − |−⟩|−⟩+⟨−| − |−⟩⟨−⟩−⟨+|) = ℏ2 4 (|+⟩⟨−| − |−⟩⟨+|) SxSz = ℏ 2 (|+⟩⟨−|+ |−⟩⟨+|)ℏ 2 (|+⟩⟨+| − |−⟩⟨−|) = ℏ2 4 (|+⟩⟨−⟩+⟨+| − |+⟩⟨−⟩−⟨−|+ |−⟩⟨+⟩+⟨+| − |−⟩⟨+⟩−⟨−|) = ℏ2 4 (−|+⟩⟨−|+ |−⟩⟨+|) = −SzSx Primeira lista de exerćıcios Logo: [Sz, Sx] = SzSx − (−SzSx) = ℏ2 2 (|+⟩⟨−| − |−⟩⟨+|) = iℏSy Finalmente para [Sy, Sz]: SySz = iℏ 2 (|−⟩⟨+| − |+⟩⟨−|)ℏ 2 (|+⟩⟨+| − |−⟩⟨−|) = iℏ2 4 (|−⟩⟨+⟩+⟨+| − |−⟩⟨+⟩−⟨−|− |+⟩⟨−⟩+⟨+|+ |+⟩⟨−⟩−⟨−|) = iℏ2 4 (|−⟩⟨+|+ |+⟩⟨−|) SzSy = ℏ 2 (|+⟩⟨+| − |−⟩⟨−|) iℏ 2 (|−⟩⟨+| − |+⟩⟨−|) = iℏ2 4 (|+⟩⟨+⟩−⟨+| − |+⟩⟨+⟩+⟨−| − |−⟩⟨−⟩−⟨+|+ |−⟩⟨−⟩+⟨−|) = iℏ2 4 (−|+⟩⟨−| − |−⟩⟨+|) = −SySz Portanto: [Sy, Sz] = SySz − (−SySz) = iℏ2 2 (|−⟩⟨+|+ |+⟩⟨−|) = iℏSx Usando a seguinte propriedade: [A,B] = −[B,A], podemos concluir também que: [Sz, Sy] = −iℏSx [Sx, Sz] = −iℏSy [Sy, Sx] = −iℏSz Todos os casos caem então na formulação: [Si, Sj ] = iϵi,j,kℏSk � Primeira lista de exerćıcios Partindo para provar a outra relação, nós sabemos que: {Si, Sj} = SiSj + SjSi Então calculando {Sx, Sy}, temos que: {Sx, Sy} = SxSy + (−SxSy) = 0 Já para {Sz, Sx}: {Sz, Sx} = SzSx + (−SzSx) = 0 E para {Sy, Sz}: {Sy, Sz} = SySz + (−SySz) = 0 Usando a seguinte propriedade: {A,B} = {B,A}, conclúımos que: {Sz, Sy} = 0 {Sx, Sz} = 0 {Sy, Sx} = 0 Agora, calculando {Sx, Sx}, temos que: {Sx, Sx} = 2SxSx = 2 ℏ2 4 (|+⟩⟨−|+ |−⟩⟨+|)2 = ℏ2 2 (|+⟩⟨−⟩+⟨−|+ |+⟩⟨−⟩−⟨+|+ |−⟩⟨+⟩+⟨−|+ |−⟩⟨+⟩−⟨+|) = ℏ2 2 (|+⟩⟨+|+ |−⟩⟨−|) = ℏ2 2 Primeira lista de exerćıcios E {Sy, Sy}: {Sy, Sy} = 2SySy = 2 ℏ2 4 (|−⟩⟨+| − |+⟩⟨−|)2 = ℏ2 2 (|−⟩⟨+⟩−⟨+| − |−⟩⟨+||+⟩⟨−| − |+⟩⟨−⟩−⟨+|+ |+⟩⟨−⟩+⟨−|) = ℏ2 2 (|+⟩⟨+|+ |−⟩⟨−|) = ℏ2 2 Já {Sz, Sz}: {Sz, Sz} = 2SzSz = 2 ℏ2 4 (|+⟩⟨+| − |−⟩⟨−|)2 = ℏ2 2 (|+⟩⟨+⟩+⟨+| − |+⟩⟨+⟩−⟨−| − |−⟩⟨−⟩+⟨+|+ |−⟩⟨−⟩−⟨−|) = ℏ2 2 (|+⟩⟨+|+ |−⟩⟨−|) = ℏ2 2 Portanto, por construção, deduzimos que: {Si, Sj} = ℏ2 2 δi,j � Primeira lista de exerćıcios Problema 5 Primeiro, vamos aplicar o operador hamiltoniano a cada um dos vetores da base, então teremos: H|1⟩ = a(|1⟩⟨1| − |2⟩⟨2|+ |1⟩⟨2|+ |2⟩⟨1|)(|1⟩) = a|1⟩⟨1 | 1⟩ − a|2⟩⟨2 | 1⟩+ a|1⟩⟨2 | 1⟩+ a|2⟩⟨1 | 1⟩ = a|1⟩+ a|2⟩ H|2⟩ = a(|1⟩⟨1| − |2⟩⟨2|+ |1⟩⟨2|+ |2⟩⟨1|)|2⟩ = a|1⟩⟨1 | 2⟩ − a|2⟩⟨2 | 2⟩+ a|1⟩⟨2 | 2⟩+ a|2⟩⟨1 | 2⟩ = a|1⟩ − a|2⟩ Isso implica: H = ( H11 H12 H21 H22 ) = ( a a a −a ) Pois: H|1⟩ = H11|1⟩+H21|2⟩ H|2⟩ = H12|1⟩+H22|2⟩ Com a matriz em mãos, podemos diagonalizar e encontrar os autovalores. Vejamos: det ( a− λ a a −a− λ ) = 0 [ (a− λ)(−a− λ)− a2 ] = 0( λ2 − a2 − a2 ) = 0 λ2 − 2a2 = 0 Isso implica autovalores dados por: λ1 = + √ 2a λ2 = − √ 2a Agora, queremos encontrar os autoestados correspondentes, dados por X, onde: (H − λI)X = 0 X = ( x1 x2 ) Primeira lista de exerćıcios Desse modo: • Para λ1: ( −a( √ 2− 1) a a −a( √ 2 + 1) )( x1 x2 ) = ( 0 0 ) ( −a( √ 2− 1)x1 + ax2 ax1 − a( √ 2 + 1)x2 ) = ( 0 0 ) • Para λ2: ( a( √ 2 + 1) a a a( √ 2− 1) )( x1 x2 ) = ( 0 0 ) ( a (√ 2 + 1 ) x1 + ax2 ax1 + a (√ 2− 1 ) x2 ) = ( 0 0 ) Resolvendo cada conjunto de equações encontramos respectivamente duas posśıveis soluções: x+2 = ( √ 2− 1)x1 x−2 = −( √ 2 + 1)x1 Em notação matricial: ∣∣x+2 〉 = x1 ( 1√ 2− 1 ) ∣∣x−2 〉 = x1 ( 1 −( √ 2 + 1) ) Finalmente normalizando, temos: x21[1 2 + ( √ 2− 1)2] = 1 ∴ x+1 = 1√ 1 + ( √ 2− 1)2 = 1√ 4− 2 √ 2 x21[1 2 + (− √ 2− 1)2] = 1 ∴ x−1 = 1√ 1 + (− √ 2− 1)2 = 1√ 4 + 2 √ 2 Com isso conclúımos que os autoestados (devidamente normalizados) associados a λ1 = + √ 2a e λ2 = − √ 2a são: ∣∣x+2 〉 = 1√ 4− 2 √ 2 ( 1√ 2− 1 ) ∣∣x−2 〉 = 1√ 4 + 2 √ 2 ( 1 −( √ 2 + 1) ) Primeira lista de exerćıcios Problema 6 Primeiro, vamos criar um esquema do experimento para entendermos melhor o que ocorre. Segue que: Agora, precisamos entender que esse experimento é sequencial, então para obtermos informações a respeito do feixe Sz = −ℏ/2 final devemos analisar o que acontece nas etapas anteriores. Vejamos: • A etapa (a) deixa passar |S+z ⟩ • Agora na etapa (b) queremos que o |S+z ⟩ salte em |S+n ⟩. A probabilidade disso ocorrer é: P|S+z ⟩→|S+n ⟩ = |⟨S + n |S+z ⟩|2 = | ( cos (β/2)⟨+|+ eiα sin (β/2)⟨−| ) (|+⟩) |2 = | cos (β/2)⟨+|+⟩+ eiα sin (β/2)⟨−|+⟩|2 = cos2 (β/2) • Então finalmente na etapa (c) queremos que o |S+n ⟩ salte em |S−z ⟩. A probabilidade disso ocorrer é: P|S+n ⟩→|S−z ⟩ = |⟨S − z |S+n ⟩|2 = | (⟨−|) ( cos (β/2)|+⟩+ eiα sin (β/2)|−⟩ ) |2 = | cos (β/2)⟨−|+⟩+ eiα sin (β/2)⟨−|−⟩|2 = sin2 (β/2) Logo, a resposta para a nossa primeira pergunta é a probabilidade total: Primeira lista de exerćıcios Ptotal = P|S+z ⟩→|S+n ⟩ + P|S+n ⟩→|S−z ⟩ = cos 2 (β/2) + sin2 (β/2) = ( sin (β) 2 )2 = sin2 (β) 4 Agora para discutir nossa segunda questão é importante notar que a função de probabilidade que encontramos se comporta da seguinte forma: 0 2 32 2 0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 Pr ob ab ilid ad e to ta l É posśıvel ver no gráfico que a probabilidade é máxima quando o sin (β) atinge seu valor máximo, isso ocorre nos valores de β = π2 , 3π 2 e seus equivalentes. Nesses ângulos, o n̂ está alinhado com o Sx. Portanto, se queremos maximizar o feixe final, o segundo aparato de medida deve estar posicionado nessa direção. Primeira lista de exerćıcios Problema 7 a) Temos que: B = b 0 00 0 −ib 0 ib 0 Vamos então encontrar os autovalores dessa matriz para saber se B também possui espectro dege- nerado. Diagonalizando: det b− λ 0 00 −λ −ib 0 ib −λ = 0 {[ λ2(b− λ) ] − [ −i2b2(b− λ) ]} = 0[ λ2(b− λ)− b2(b− λ) ] = 0 (b− λ)(λ2 − b2) = 0 (b− λ)(λ+ b)(λ− b) = 0 Logo os autovalores são: λ1 = −b λ2 = +b λ3 = +b Assim, o espectro de B também é degenerado. b) Queremos provar que: [A,B] = 0 Então, por calculo direto, temos que: AB = a 0 00 −a 0 0 0 −a b 0 00 0 −ib 0 ib 0 = ab 0 00 0 iab 0 −iab 0 BA = b 0 00 0 −ib 0 ib 0 a 0 00 −a 0 0 0 −a = ba 0 00 0 iba 0 −iba 0 Como a e b são reais: AB = BA Provando assim que A e B comutam. Primeira lista de exerćıcios c) Primeiro, como [A,B] comutam, os autovetores de B são simultaneamente autovetores de A. Vamos então determinar os autovetores de B: • Autoket associado ao λ1: B|b1⟩ = λ1|b1⟩ ⇒ B|b1⟩ = −b|b1⟩ Temos que achar as componentes: ⟨1|b1⟩ ⟨2|b1⟩ ⟨3|b1⟩ O sistema será dado por: b 0 00 0 −ib 0 ib 0 ⟨1|b1⟩⟨2|b1⟩ ⟨3|b1⟩ = −b ⟨1|b1⟩⟨2|b1⟩ ⟨3|b1⟩ Isso nos leva a: b⟨1|b1⟩ = −b⟨1|b1⟩ ⇒ ⟨1|b1⟩ = 0 −ib⟨3|b1⟩ = −b⟨2|b1⟩ib⟨2|b1⟩ = −b⟨3|b1⟩ ⇒ ⟨3|b1⟩ = −i⟨2|b1⟩ Logo: |b1⟩ = 0|1⟩+ (⟨2|b1⟩)|2⟩+ (⟨3|b1⟩)|3⟩ = (⟨2|b1⟩)|2⟩ − i(⟨2|b1⟩)|3⟩ E normalizando ⟨b1|b1⟩ = 0: |b1⟩ = 1√ 2 |2⟩ − i√ 2 |3⟩ • Autoket associado ao λ2 e λ2: B|b2⟩ = λ2|b1⟩ ⇒ B|b2⟩ = b|b2⟩ O sistema será dado por: b 0 00 0 −ib 0 ib 0 ⟨1|b2⟩⟨2|b2⟩ ⟨3|b2⟩ = −b ⟨1|b2⟩⟨2|b2⟩ ⟨3|b2⟩ Primeira lista de exerćıcios Isso nos leva a: b⟨1|b2⟩ = b⟨1|b2⟩ −ib⟨3|b2⟩ = b⟨2|b2⟩ib⟨2|b2⟩ = b⟨3|b2⟩ ⇒ ⟨3|b2⟩ = i⟨2|b2⟩ Escolhendo ⟨1|b2⟩ = 1: ⟨3|b2⟩ = ⟨2|b2⟩ = 0 E: |b2⟩ = |1⟩ Agora, pra λ3 os cálculos são iguais, mas nesse final vamos escolher ⟨1|b3⟩ = 0, então: |b3⟩ = 1√ 2 |2⟩+ i√ 2 |3⟩ Pegando os resultados obtidos e agora aplicando a A, ficamos com: A|b1⟩ = A ( 1√ 2 |2⟩ − i√ 2 |3⟩ ) A|b2⟩ = A|1⟩ A|b3⟩ = A ( 1√ 2 |2⟩+ i√ 2 |3⟩ ) Logo: |b1⟩ = | − a,−b⟩ |b2⟩ = |a, b⟩ |b3⟩ = | − a, b⟩ E finalmente, em uma notação mais completa: |a, b⟩ = |1⟩ | − a, b⟩ = 1√ 2 (|2⟩+ i|3⟩) | − a,−b⟩ = 1√ 2 (|2⟩ − i|3⟩) Primeira lista de exerćıcios Problema 8 a) Seja: U |+⟩ = 1√ 2 [( 1 0 0 1 ) + i ( 0 1 1 0 )]( 1 0 ) = 1√ 2 ( 1 i i 1 )( 1 0 ) = 1√ 2 ( 1 i ) Podemos reescrever como: U |+⟩ = 1√ 2 ( 1 i ) = 1√ 2 ( 1 0 ) + i√ 2 ( 0 1 ) = 1√ 2 |+⟩+ i√ 2 |−⟩ Mas pela definição do Sakurai na equação 1.4.17b: |Sy;±⟩ = 1√ 2 |+⟩ ± i√ 2 |−⟩ Logo: U |+⟩ = |Sy; +⟩ Analogamente, temos: U |−⟩ = 1√ 2 [( 1 0 0 1 ) + i ( 0 1 1 0 )]( 0 1 ) = 1√ 2 ( 1 i i 1 )( 0 1 ) = 1√ 2 ( i 1 ) = i√ 2 ( 1 0 ) + 1√ 2 ( 0 1 ) = i [ 1√ 2 ( 1 0 ) + 1 i √ 2 ( 0 1 )] = i [ 1√ 2 ( 1 0 ) − i√ 2 ( 0 1 )] = i |Sy;−⟩ Assim, quando o operador U é aplicado, ele produz uma rotação do estado de spin. Nesse caso, U leva o estado |±⟩ para um estado |Sy;±⟩, isso implica uma rotação de 90 graus ao redor do eixo x. Primeira lista de exerćıcios b) Na base ⟨Sy,±⟩, arepresentação matricial de Sz é: Sz = ( ⟨Sy; + |Sz|Sy; +⟩ ⟨Sy; + |Sz|Sy;−⟩ ⟨Sy;− |Sz|Sy; +⟩ ⟨Sy;− |Sz|Sy;−⟩ ) = ( 〈 + ∣∣U †SzU ∣∣+〉 −i 〈+ ∣∣U †SzU ∣∣−〉 i 〈 − ∣∣U †SzU ∣∣+〉 〈− ∣∣U †SzU ∣∣−〉 ) Mas temos que: U †SzU = 1√ 2 (1− iσx) ℏ 2 σz 1√ 2 (1 + iσx) = ℏ 4 (1− iσx)2 σz = −iℏ 2 σxσz = −iℏ 2 ( 0 1 1 0 )( 1 0 0 −1 ) = ℏ 2 ( 0 i −i 0 ) Então, calculando cada termo temos: 〈 + ∣∣∣U †SzU ∣∣∣+〉 = ℏ 2 ( 1 0 )( 0 i −i 0 )( 1 0 ) = ℏ 2 ( 0 i )(1 0 ) = 0 −i 〈 + ∣∣∣U †SzU ∣∣∣−〉 = −iℏ 2 ( 1 0 )( 0 i −i 0 )( 0 1 ) = −iℏ 2 ( 0 i )(0 1 ) = −iℏ 2 i = ℏ 2 Primeira lista de exerćıcios i 〈 − ∣∣∣U †SzU ∣∣∣+〉 = iℏ 2 ( 0 1 )( 0 i −i 0 )( 1 0 ) = i ℏ 2 ( −i 0 )(1 0 ) = i ℏ 2 (−i) = ℏ 2 〈 + ∣∣∣U †SzU ∣∣∣+〉 = ℏ 2 ( 0 1 )( 0 i −i 0 )( 0 1 ) = ℏ 2 ( −i 0 )(0 1 ) = 0 O que nos leva a finalmente: Sz = ( 0 ℏ2 ℏ 2 0 ) = ℏ 2 ( 0 1 1 0 ) = ℏ 2 σx Primeira lista de exerćıcios Problema 9 Sabemos que o operador x é hermitiano na base x, de modo que, os autovalores de x na base |x′⟩ são reais. Já os elementos da matriz do operador x na base do momento são: 〈 p′|x|p′′ 〉 = ∫ 〈 p′|x|x′ 〉 〈 x′ | p′′ 〉 dx′ = ∫ x′ 〈 p′ | x′ 〉 〈 x′ | p′′ 〉 = 1 2πℏ ∫ x′ exp ( − ip ′x ℏ ) exp ( ip′′x ℏ ) dx = 1 2πℏ ∫ x′ exp ( i (p′′ − p′)x′ ℏ ) dx′ Fazendo agora uma substituição do tipo: t = p′′ − p′ y = x′/ℏ Nós teremos: 〈 p′|x|p′′ 〉 = 1 2πℏ ∫ x′ exp ( i (p′′ − p′)x′ ℏ ) dx′ = 1 2πℏ ∫ ℏyeityℏdy = ℏ 2π ∫ yeitydy E usando também: d dt ∫ eitydy = ∫ iyeitydy ⇒ ∫ yeitydy = 1 i d dt ∫ eitydy Podemos reescrever ⟨p′|x|p′′⟩ como: 〈 p′|x|p′′ 〉 = ℏ 2π 1 i d dt ∫ eitydy = ℏ 2πi d dt ∫ ei(p ′′−p′)ydy = ℏ 2πi d dt 2πδ ( p′′ − p′ ) = ℏ i d dt δ ( p′′ − p′ ) Como a função delta é puramente real, este resultado é imaginário. Logo, mesmo que os elementos da matriz do operador x na base da posição sejam reais, na base do momento eles são imaginários . Primeira lista de exerćıcios Problema 10 a) Sabemos que o ket de um estado f́ısico arbitrário pode ser expandido em termos de |x′⟩, de modo que: |α⟩ = ∫ dx′|x′⟩⟨x′|α⟩ Logo: ⟨p′|x|α⟩ = ⟨p′|x| ∫ dx′|x′⟩⟨x′|α⟩ = ∫ dx′⟨p′|x|x′⟩⟨x′|α⟩ = ∫ dx′⟨p′|x′|x′⟩⟨x′|α⟩ = ∫ dx′x′⟨p′|x′⟩⟨x′|α⟩ Também sabemos da equação 1.7.33a do Sakurai que podemos fazer uma mudança de base de modo que: ⟨x′|α⟩ = ∫ dp′′⟨x′|p′′⟩⟨p′′|α⟩ Então: ⟨p′|x|α⟩ = ∫ dx′x′⟨p′|x′⟩ ∫ dp′′⟨x′|p′′⟩⟨p′′|α⟩ E da solução para ondas planas dada pela equação 1.7.32, temos: ⟨x′|p′⟩ = 1√ 2πℏ exp ( ip′x′ ℏ ) ∴ ⟨p′|x′⟩ = 1√ 2πℏ exp ( −ip′x′ ℏ ) Logo: ⟨p′|x|α⟩ = ∫ dx′x′ 1√ 2πℏ exp ( −ip′x′ ℏ )∫ dp′′ 1√ 2πℏ exp ( ip′′x′ ℏ ) ⟨p′′|α⟩ = 1 2πℏ ∫ dp′′ ∫ dx′x′exp ( −ip′x′ ℏ ) exp ( ip′′x′ ℏ ) ⟨p′′|α⟩ = 1 2πℏ ∫ dp′′ ∫ dx′x′exp [ i(p′′ − p′)x′ ℏ ] ⟨p′′|α⟩ Veja que podemos rearranjar alguns termos, dessa forma: x′exp [ i(p′′ − p′)x′ ℏ ] = −ℏ i ∂ ∂p′ { exp [ i(p′′ − p′)x′ ℏ ]} Primeira lista de exerćıcios Então: ⟨p′|x|α⟩ = 1 2πℏ ∫ dp′′ ∫ dx′ ( −ℏ i ) ∂ ∂p′ { exp [ i(p′′ − p′)x′ ℏ ]} ⟨p′′|α⟩ Mas, da ortogonalização das ondas planas: ∫ dx′exp [ i(p′′ − p′)x′ ℏ ] = 2πℏδ(p′′ − p′) Assim: ⟨p′|x|α⟩ = − 1 2πi ∫ dp′′ ∂ ∂p′ {∫ dx′exp [ i(p′′ − p′)x′ ℏ ]} ⟨p′′|α⟩ = − 1 2πi ∫ dp′′ ∂ ∂p′ [ 2πℏδ(p′′ − p′) ] ⟨p′′|α⟩ = iℏ ∂ ∂p′ ∫ dp′′δ(p′′ − p′)⟨p′′|α⟩ E finalmente: ⟨p′|x|α⟩ = iℏ ∂ ∂p′ ⟨p′|α⟩ b) Como não temos nenhuma informação sobre β, vamos tentar expandi-lo no espaço dos momentos. Então: ⟨β| = ∫ dp′⟨β|p′⟩⟨p′| Agora, aplicando essa expansão, temos: ⟨β|x|α⟩ = ∫ dp′⟨β|p′⟩⟨p′|x|α⟩ Mas do item i sabemos o resultado do termo ⟨p′|x|α⟩ e segundo o enunciado Φα(p′) = ⟨p′|α⟩ e Φβ(p ′) = ⟨p′|β⟩. Substituindo essas informações: ⟨β|x|α⟩ = ∫ dp′⟨β|p′⟩iℏ ∂ ∂p′ ⟨p′|α⟩ = ∫ dp′Φ∗β(p ′)iℏ ∂ ∂p′ Φα(p ′) Primeira lista de exerćıcios Provando assim que: ⟨β|x|α⟩ = ∫ dp′Φ∗β(p ′)iℏ ∂ ∂p′ Φα(p ′) c) O operador exp( ixΞℏ ) parece muito com um operador translação no espaço de posição. Como nesse caso o Ξ tem unidade de momento o meu palpite principal é que este seja um operador translação no espaço dos momentos. Vamos tentar provar isto. Primeiro, das relações de completeza temos: exp ( ixΞ ℏ ) |p⟩ = ∫ dx exp ( ixΞ ℏ ) |x⟩⟨x|p⟩ Mas da relação 1.7.32 do Sakurai: ⟨x|p⟩ = 1√ 2πℏ exp ( ipx ℏ ) Então: ∫ dx exp ( ixΞ ℏ ) |x⟩⟨x|p⟩ = ∫ dx exp ( ixΞ ℏ ) 1√ 2πℏ exp ( ipx ℏ ) |x⟩ = ∫ dx|x⟩ 1√ 2πℏ exp ( i(p+ Ξ)x ℏ ) ︸ ︷︷ ︸ mas este é o mesmo formato de 1.7.32 Com isso: exp ( ixΞ ℏ ) |p⟩ = exp ( ixΞ ℏ ) |p+ Ξ⟩ Provando então que este é efetivamente um gerador de translações no espaço de momento. Primeira lista de exerćıcios Referências [1] SAKURAI, Jun John; NAPOLITANO, Jim. Mecânica quântica moderna. bookman, 2013.
Compartilhar