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Requerimentos de energia

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18/06/2023, 19:52 Requerimentos de energia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/02776/index.html# 1/27
Objetivos
Módulo 1
Obtenção de energia pelo organismo
Identificar como o organismo obtém energia.
Acessar módulo
Módulo 2
Estimativa das necessidades energéticas
Aplicar os diferentes métodos de estimativa das necessidades energéticas.
Acessar módulo
Requerimentos
de energia
Profª Adriana Schlecht Ribeiro
Descrição
A utilização dos requerimentos energéticos em indivíduos saudáveis com idade, sexo, peso, altura e nível de atividade
física de acordo com um bom estado de saúde.
Propósito
O cálculo do gasto energético é uma etapa importante no dia a dia do nutricionista, considerando a importância de se
obter valores mais precisos para individualizar a estratégia nutricional do seu paciente.
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18/06/2023, 19:52 Requerimentos de energia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/02776/index.html# 2/27
Introdução
Os seres vivos utilizam energia para manter suas funções orgânicas básicas, para formar e depositar novos tecidos e para sua atividade física. O
aporte de energia é definido como o teor calórico do alimento fornecido pelas principais fontes de energia da dieta: carboidratos, proteínas, lipídeos
e álcool.
A determinação do gasto energético de um ser vivo permite estabelecer o estado de balanço energético, seus requerimentos e as condições
metabólicas gerais de uma pessoa. Sabendo disso, de quanta energia nós precisamos para manter a vida e os nossos depósitos corporais de
energia? Por que algumas pessoas precisam de mais energia e outras de menos? Em outras palavras, quais são as demandas energéticas dos
diferentes tipos de indivíduos? Com base na definição de balanço energético, as demandas ou as necessidades energéticas do corpo para manter o
balanço energético precisam ser iguais ao gasto energético diário total. O gasto energético diário total é a soma dos componentes individuais do
gasto energético e representa as necessidades totais de energia de um indivíduo requeridas para manter o balanço de energia.
1

Obtenção de energia pelo organismo
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar como o organismo obtém energia.
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Determinação do conteúdo energético disponível no alimento
Os seres vivos, sem exceção, necessitam de energia para sobreviver. É por meio dos alimentos que conseguimos essa energia, necessária para a
realização das funções vitais do nosso organismo, como: promover manutenção, crescimento, reparo, locomoção, reprodução, entre outras.
Portanto, a energia que vem da nossa alimentação é responsável pelo funcionamento do cérebro, pela atividade muscular, pelos batimentos
cardíacos e até mesmo pelo crescimento dos cabelos e das unhas.
Para exemplificar, considere a combustão de uma única molécula de glicose pelo corpo:
Rotacione a tela. 
O organismo é extremamente econômico no que diz respeito ao uso do substrato energético disponível. No período pós-absortivo, o organismo
utiliza para oxidação apenas a quantidade de nutrientes necessária para suprir suas necessidades energéticas fisiológicas. Logo,
independentemente do substrato energético ingerido, tudo o que não for prontamente utilizado não é excretado, mas, sim, armazenado para que
possa ser usado no período de jejum.
Nos seres humanos, a energia fornecida pelos alimentos consumidos origina-se dos principais macronutrientes, também chamados
de nutrientes energéticos: carboidratos, proteínas e lipídeos, assim como do álcool. Quando o alimento é queimado com a
participação do oxigênio, libera essa energia química.
No corpo, o alimento consumido é oxidado ou sofre combustão, na presença de oxigênio, para liberar dióxido de carbono, água e
calor. Entretanto, quando o alimento ingerido é utilizado para obter energia, a liberação e a transferência de energia ocorrem através
de uma série de vias metabólicas rigorosamente controladas, nas quais a energia potencial do alimento é liberada de maneira lenta e
gradual. Esse processo assegura que o corpo tenha um depósito gradual e constante de energia, em vez de se basear na liberação
súbita proveniente da combustão imediata do alimento ingerido.
C6H 12O6 + 6O2 → C6H 2O + 6CO2 + calor
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A manutenção do peso corpóreo dentro da faixa de eutrofia tem-se constituído por uma busca constante. Assim, é
possível entender o peso corpóreo como o resultado da relação entre ingestão de energia e o gasto energético, que
caracteriza o balanço energético.
O balanço energético neutro ocorre quando o conteúdo de energia do alimento iguala-se à quantidade total de energia gasta pelo corpo, o que
implicará na manutenção do peso corporal.
Quando o aporte energético excede o gasto energético diário, ocorre um estado de balanço energético positivo e um aumento do peso corporal.
Logo, o balanço energético é positivo nos casos de alimentação excessiva em relação às necessidades energéticas, e o corpo aumenta seus
depósitos de energia. Crianças ou adultos que se recuperam de doenças e de emagrecimento necessitam de mais energia para a formação de
tecidos novos, enquanto as gestantes e as nutrizes requerem energia adicional para manter o crescimento dos seus filhos.
Quando o aporte energético é menor que o gasto energético, o balanço energético é negativo, com perda de peso corporal, como, por exemplo,
durante os períodos de inanição.
Como o calor é um dos resultantes da energia liberada pelo corpo, a caloria e o joule são unidades de medidas utilizadas para quantificar a energia
produzida. A unidade apropriada para expressar energia é o joule (energia gasta para deslocar 1kg à distância de 1 metro pela força de 1 newton).
No entanto, tipicamente, utiliza-se a caloria (quantidade de calor necessária para elevar em 1oC, de 14,5 a 15,5oC, a temperatura de 1g de água). A
quilocaloria equivale a mil calorias ou à quantidade de calor necessária para elevar em 1oC, de 14,5 a 15,5oC, a temperatura de 1kg de água. Na
prática, o termo quilocaloria é utilizado tanto para caloria quanto para quilocaloria.
Para fazer a conversão de uma unidade para outra, são usados os seguintes fatores: 1kcal = 4,184kJ (cerca de
4,2kJ) ou 1kJ = 0,239kcal. Logo, para converter kcal em kJ, deve-se multiplicar as quilocalorias por 4,2.
A determinação do conteúdo de energia dos alimentos pode ser feita por meio da bomba calorimétrica, que envolve a combustão completa de uma
amostra de alimento com peso conhecido dentro de uma câmara selada, onde o calor liberado pela combustão dessa pequena amostra de alimento
é registrado com precisão. Essa energia total do alimento é conhecida como energia de combustão ou energia bruta.
No entanto, a energia de combustão, determinada pela bomba calorimétrica, não é exatamente a mesma quando comparada ao valor energético do
alimento obtido pelo organismo humano. Não somos capazes de aproveitar 100% do conteúdo energético dos alimentos. Por diversos motivos,
parte da energia de combustão não está disponível ao metabolismo humano, pois é perdida durante os processos de utilização dos alimentos e dos
nutrientes, como digestão, absorção e metabolização.
Atenção!
A regulação do balanço energético é obtida a longo prazo, apesar das grandes flutuações no aporte e no gasto de energia em um mesmo
dia e em dias diferentes. Se o aporte energético exceder cronicamente o gasto energético, com o passar do tempo, a pessoa aumentará
substancialmente o seu peso corporal.

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A porcentagem da energia de combustão absorvida pelo trato digestório é conhecida como energia digerível. Porém, nem mesmo a energia
digerível está totalmentedisponível ao organismo. Os aminoácidos, por exemplo, são oxidados apenas até a ureia ou a amônia. E esses compostos
ainda apresentam energia, a qual é eliminada na urina. Logo, entende-se como energia metabolizável aquela contida nos alimentos e nos nutrientes
disponíveis para utilização pelo organismo humano.
Conforme observado na imagem a seguir, a energia metabolizável para os carboidratos e as proteínas é 4kcal/g, para o álcool 7kcal/g, e para os
lipídeos 9kcal/g. A maior quantidade de energia fornecida por lipídeos deve-se à maior proporção de hidrogênio: oxigênio dos ácidos graxos em
relação aos outros nutrientes. Logo, há maior quantidade de hidrogênio para as reações de oxidação na geração de energia. Portanto, se forem
conhecidas as quantidades em grama de nutrientes em qualquer tipo de alimento, o teor de energia pode ser facilmente calculado. Por exemplo, se
uma barrinha de cereais rica em proteínas contém 21g de carboidratos, 6g de lipídeos e 14g de proteínas, então o teor total de energia é de (21 × 4)
+ (6 × 9) + (14 × 4) = 194kcal.
Exemplo
Componentes das fibras alimentares não sofrem digestão e absorção pelo trato digestório, e esse conteúdo energético é excretado pelas
fezes.

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Energia disponível nos nutrientes após processos de utilização.
Com base cientí�ca, é possível a�rmar que existem alimentos termogênicos?
A especialista Aline Monteiro abordará os alimentos que podem contribuir para elevação do gasto energético.

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Componentes do gasto energético diário e os fatores que os afetam
A energia necessária para manter as atividades diárias de um indivíduo, chamado gasto energético diário, corresponde àquela gasta em um período
de 24 horas. Compreende a taxa metabólica basal, necessária para a realização das funções vitais do organismo; o gasto energético da atividade
física, que engloba as atividades físicas do cotidiano e o exercício físico; o efeito térmico dos alimentos, relacionado com a digestão, a absorção e o
metabolismo dos alimentos; e, eventualmente, a termogênese facultativa decorrente de mudanças na temperatura, estresse emocional e outros
fatores.
Taxa metabólica basal e de repouso
A taxa metabólica basal (TMB) é a quantidade mínima de energia gasta pelo corpo para manter as suas funções fisiológicas básicas, como
batimento cardíaco, contração e função muscular, respiração, circulação, renovação e reparação celular, bombeamento iônico e manutenção da
temperatura corporal. Ela é considerada o principal componente do gasto energético diário e representa cerca de 60 a 75% do total.
A TMB é um termo específico, usado para descrever o consumo de energia em condições cuidadosamente controladas: deve ser medida logo após
acordar pela manhã, com o indivíduo deitado, em jejum de 12 a 14 horas, sem ter realizado qualquer atividade física desgastante no dia anterior, e
em um ambiente com temperatura agradável. Esses cuidados devem ser tomados para que os efeitos da atividade física, do alimento e da
temperatura ambiente tenham mínima influência sobre o metabolismo. Se quaisquer das condições para a taxa metabólica basal não forem
atingidas, o gasto energético deve ser indicado como a taxa metabólica de repouso (TMR).
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Fatores que afetam a taxa metabólica basal:
Efeito térmico dos alimentos (ETA)
Além da TMB, ocorre um aumento no gasto de energia em resposta ao consumo de alimentos. O efeito térmico dos alimentos e das bebidas,
também conhecido como termogênese induzida pela dieta, representa o gasto energético obrigatório necessário para absorver, digerir, transportar,
oxidar, sintetizar e armazenar os nutrientes energéticos fornecidos por uma refeição. Ele representa cerca de 5 a 15% do gasto energético diário.
Fatores que afetam o efeito térmico dos alimentos
Saiba mais
Hoje, por razões práticas, a TMB é raramente medida. Em seu lugar, as medidas de TMR, devido às suas condições menos restritas, são
utilizadas. A principal diferença entre elas é que a medida da TMR pode ser realizada após o indivíduo se deslocar até o local do exame e
não requer um período de jejum de 12 a 14 horas. O indivíduo deve permanecer em repouso por 30 minutos antes de realizar o teste.
Devido a essas diferenças, a TMR tende a ser de 10 a 20% maior que a TMB em razão do efeito térmico do alimento e da influência da
atividade física.

Composição corporal 
Tamanho corporal 
Gênero 
Idade 
Clima e temperatura corporal 
Estado Hormonal 
Outros Fatores 
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O ETA é afetado pela quantidade e pela composição de macronutrientes dos alimentos consumidos, com o gasto energético aumentando
diretamente após a ingestão de alimentos.
Esse efeito termogênico das proteínas pode ser devido ao aumento da síntese proteica e ao gasto energético na síntese de ligações peptídicas.
Além disso, o organismo humano não é capaz de armazenar proteínas e aminoácidos, como ocorre com carboidratos e lipídeos, o que determina
que sejam metabolizados imediatamente após sua ingestão. Isso gera uma demanda energética ainda maior para que ocorram reações de
desaminação, produção de ureia e metabolização dos esqueletos carbonados caso não sejam oxidados a CO2 e H2O. Se esses esqueletos
carbonados forem convertidos a glicogênio, à glicose ou à gordura, mais energia será necessária para que ocorra essa transformação. Os
carboidratos requerem energia adicional para conversão em glicogênio, enquanto os lipídios são, em sua maioria, armazenados de forma eficiente
logo após a sua ingestão, exercendo menor influência sobre o consumo de O2 e produção de CO2.
Em uma dieta mista, habitual, o ETA corresponde aproximadamente a 10% do seu conteúdo energético. Embora o
grau do ETA dependa da quantidade e composição de macronutrientes da refeição, ele diminui após a ingestão ao
longo de 30 a 90 minutos.
Refeições com alimentos picantes, como pimenta e mostarda, podem aumentar a taxa metabólica em 33% a mais do que em refeições não
apimentadas. Esse efeito pode ser prolongado por mais de 3 horas. A cafeína, a capsaicina e os diferentes tipos de chás, como chá-verde, branco e
oolong, também podem aumentar o gasto energético.
Atividade física
O gasto energético da atividade física (ou efeito térmico do exercício, ETE) é o termo frequentemente utilizado para descrever o aumento na taxa
metabólica causado pelo uso da musculatura esquelética para qualquer tipo de movimento físico. O ETE é o segundo maior componente do gasto
energético, comprometendo em torno de 15 a 30% das necessidades diárias de energia. O ETE pode alcançar 50% nos indivíduos muito ativos
fisicamente.
A proteína é considerada a que possui maior poder termogênico (20 a 30%).
Seguida pelos carboidratos (5 a 10%).
Posteriormente, pelos lipídios (0 a 3%).
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O ETE é o componente mais variável do gasto energético diário. As diferenças entre as atividades físicas são
responsáveis pela maior parte da variação das necessidades energéticas entre os indivíduos. Com exceção do
dormir e comer, o gasto de energia com a atividade física abrange as atividades cotidianas e do trabalho, o lazer, o
exercício físico e a prática de esportes.
Fatores que afetam o efeito térmico do exercício
Devido à natureza voluntária e variável dos tipos de atividade física, o ETE varia consideravelmente dependendo da composição corporal e do nível
de treinamento de cada indivíduo, além da intensidade com que a atividade física é realizada.
Vem que eu te explico!Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Determinação do conteúdo energético disponível no alimento
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Fatores que afetam a taxa metabólica basal
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Fatores que afetam o efeito térmico dos alimentos
Termogênese facultativa 
Crescimento 
Gestação 
Lactação 

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Questão 1
(IFPI – 2019) A energia disponibilizada pelos alimentos na forma de nutrientes energéticos (proteína, lipídios e carboidratos) permite a
realização de todas as atividades físicas diárias, além de ser indispensável, no ponto de vista metabólico, para a realização de todas as reações
químicas que ocorrem nas células. Partindo desse princípio, a quantidade total de energia de um alimento que possui, em sua composição
nutricional, 18g de carboidrato, 7g de proteínas e 2g de lipídio é:

Vamos praticar alguns conceitos?
Falta pouco para atingir seus objetivos.
A 27kcal.
B 108kcal.
C 118kcal.
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Questão 2
(INSTITUTO AOCP – Prefeitura de Angra dos Reis – RJ, 2015) A taxa de metabolismo basal (TMB), o efeito térmico da atividade física e do
alimento e a termogênese facultativa são considerados os componentes do gasto energético de 24 horas. Referente ao assunto, assinale a
alternativa correta.
2
D 143kcal.
E 198kcal.
Responder
A O efeito térmico dos alimentos contribui com cerca de 50% do gasto energético diário.
B A taxa de metabolismo de repouso tende a ser de 10 a 20% menor do que a TMB.
C A TMB corresponde a cerca de 60 a 75% do gasto energético diário.
D
O efeito térmico da atividade física é o segundo maior componente do gasto energético, comprometendo cerca de 50% das
necessidades diárias de energia.
E A termogênese facultativa refere-se ao gasto de energia decorrente do processo de absorção dos alimentos.
Responder
Estimativa das necessidades energéticas
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Calorimetria direta
O gasto energético diário (GER) deve fazer parte das avaliações por ser de extrema importância para determinar a oferta energética necessária,
tanto para perda quanto para manutenção ou ganho de peso corporal. O equilíbrio entre o gasto e o consumo energético promove o equilíbrio do
peso corporal. O gasto energético pode ser medido/estimado por:
Ao final deste módulo, você será capaz de aplicar os diferentes métodos de estimativa das necessidades energéticas.
Método direto: Calorimetria direta
Método indireto: Calorimetria indireta e água duplamente marcada
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A calorimetria direta é um método que mede diretamente a perda de calor por um indivíduo dentro de uma câmara calorimétrica com dimensões
pequenas e médias, equipada com complexos sensores térmicos e permutadores de calor. Porém, a sua aplicabilidade é tecnicamente complexa,
com custo muito elevado para construção e manutenção do equipamento. Além disso, restringe os indivíduos a um ambiente artificial, alterando
suas atividades de vida. Não é utilizada com frequência e, sim, apenas para estudos clínicos.
Calorimetria indireta
A calorimetria indireta é um método que mede a produção de calor por meio da mensuração do consumo de oxigênio (O2) e da produção de dióxido
de carbono (CO2) que ocorrem durante a oxidação de carboidratos, lipídeos, proteínas e álcool. A quantidade de energia gasta é estimada
indiretamente, por meio da conversão do O2 consumido, daí o nome de calorimetria indireta. Os diferentes substratos energéticos consomem
diferentes quantidades de O2 e produzem diferentes quantidades de CO2 no seu metabolismo. Para se obter maior precisão, é necessário medir
também as perdas urinárias de nitrogênio (UN) para estimar a oxidação proteica. Esses valores são incluídos na equação de Weir, que fornece o
gasto energético do indivíduo.
Equação de Weir
Rotacione a tela. 
A análise dos gases respiratórios pode ser facilmente realizada nos indivíduos, através de curtos períodos de medida em repouso ou durante a
prática de atividade física, utilizando uma máscara facial, bocal (com clipes nasais) ou sistema para coleta de gases (capuz ventilado) conectados a
um calorímetro, onde será feita a medição dos volumes inspirados e expirados. A TMR é medida em condições de jejum de, no mínimo, 5 horas.
Cafeína deve ser evitada por, no mínimo, 4 horas, e bebidas alcoólicas e cigarros por, no mínimo, 2 horas. O teste deve ser feito, no mínimo, 2 horas
após exercícios moderados.
Em casos de exercícios intensos de resistência, aconselha-se fazer o teste após 14 horas. Deve haver um período de repouso de 10 a 20 minutos
antes de se realizar a medição.
A calorimetria indireta tem uma vantagem adicional porque a relação entre a produção de CO2 e o consumo de O2, chamado quociente
respiratório (QR), indica o tipo de combustível energético oxidado no momento em que o exame está sendo realizado. O QR na oxidação de
gordura é de 0,70; na oxidação de carboidrato, de 1,0; e na oxidação de proteína, de aproximadamente 0,8. Valores de QR entre 0,7 a 1,0 indicam
oxidação de uma mistura de combustíveis energéticos (carboidratos, lipídeos e proteínas).
Equações de predição
GE = (3, 9×VO²) + (1, 1×VCO²) − (2, 17×NU)
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Sendo a TMB ou TMR a maior fração do gasto energético diário, sua estimativa precisa é necessária para a prescrição de um plano alimentar
adequado aos requerimentos energéticos reais. O método calorimetria indireta é considerado preciso para a avaliação da TMB e TMR, mais fácil e
menos dispendioso quando comparado à calorimetria direta. Porém, não é frequentemente utilizado na prática clínica devido ao seu alto custo
operacional, não sendo acessível para a maioria dos profissionais. Já em unidades de terapia intensiva, a calorimetria indireta tem sido empregada
na avaliação de pacientes com dificuldades de serem retirados da assistência ventilatória mecânica e em pacientes com instabilidade
hemodinâmica. Ela é usada nesses casos porque permite uma prescrição energética mais adequada e previne o desenvolvimento de desnutrição
nesses pacientes que apresentam dispêndio energético normalmente elevado. Também é utilizada em estudos clínicos.
Água duplamente marcada (ADM)
Esse método é uma forma de calorimetria indireta. É considerado padrão-ouro para a avaliação do gasto energético total, uma vez que permite
medir o gasto energético de indivíduos fora do confinamento, sem causar nenhuma modificação das suas atividades cotidianas. O método da ADM
consiste na ingestão de água marcada com os isótopos deutério (2H2) e oxigênio (18O), o que permite avaliar o GED pela diferença entre o ritmo de
desaparecimento do oxigênio marcado e do deutério na urina. O seu princípio baseia-se na premissa de que a produção de CO2 pode ser estimada a
partir das diferenças de eliminação de deutério (como H2O) e oxigênio (como H2O e CO2) do corpo, e esta pode ser convertida em consumo de
energia por meio dos métodos clássicos de calorimetria indireta.
Equações preditivas para estimativa de gasto energético
Devido à impossibilidade de se obter rotineiramente a TMB por meio de métodos mais precisos, como a calorimetria, a Organização Mundial da
Saúde (OMS) propôs, em 1985, o emprego de equações preditivas para a obtenção dessas medidas, devido à importância desse parâmetro para o
cálculo das necessidades diárias de energia da população em geral. Ao longo dos anos, diversas equações preditivas foram desenvolvidas para se
mediro gasto energético (basal ou diário, dependendo da fórmula), a fim de que possamos estimá-lo na prática clínica.
As equações disponíveis para determinação da TMB foram validadas a partir de um método considerado padrão-
ouro (calorimetria ou água duplamente marcada) e desenvolvidas para alguma população específica. Como não
existem equações para todas as populações e em diferentes condições de saúde, elas acabam sendo utilizadas em
diferentes situações, o que pode tornar a estimativa bastante imprecisa.
Atenção!
O alto custo do isótopo de oxigênio e do equipamento de espectrometria de massa usado para medir os isótopos dificulta o uso corrente
desse método. É utilizado em estudos clínicos. Esse método é o ideal para estudos epidemiológicos quando se deseja saber o GED.

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A estimativa do gasto energético diário começa com equações para medir a TMB. Os fatores adicionais para o efeito térmico dos alimentos (ETA) e
para o efeito térmico do exercício (ETE) devem ser acrescentados. É importante lembrar que as equações para cálculo da TMB são estimativas, e
algumas podem ser mais precisas do que outras, o que pode superestimar o gasto energético basal. Assim, adicionar uma porcentagem respectiva
ao ETA pode aumentar ainda mais essa superestimação. Por isso, na prática clínica, esse componente do GED é omitido. Utiliza-se então um fator
atividade física que é multiplicado pela TMB calculada.
Dessa forma, é possível estimar a necessidade energética diária de um indivíduo dependendo do seu nível de atividade física.
GED = Gasto energético diário
TMB = Taxa metabólica basal
FA = Fator atividade física
Rotacione a tela. 
Gênero, idade e peso corporal são importantes determinantes do gasto energético diário. Por isso, os requisitos energéticos são apresentados
separadamente para cada gênero e várias faixas etárias, sendo expressos como unidades de energia por dia.
Harris e Benedict (1919)
As equações de Harris e Benedict são as mais antigas e utilizadas para indivíduos saudáveis e enfermos. Essas equações ajustam o valor obtido da
TMB por gênero, peso corpóreo, estatura e idade, variáveis utilizadas nas fórmulas. Essas fórmulas podem superestimar em cerca de 7 a 27% a TMB
de pessoas eutróficas e obesas. Por essa razão, têm sido utilizadas para determinar requerimentos energéticos de indivíduos com diversas
doenças, os quais apresentam aumento nas suas necessidades energéticas. Apesar de serem utilizadas em pessoas enfermas, foram
desenvolvidas para o uso em indivíduos saudáveis, e sua aplicação para qualquer outro tipo de população é questionável.
P = Peso em kg; A = Altura em cm; I = Idade em anos.
GED = TMB×F A
Homem
66,5 + (13,8 × P) + (5,0 × A) - (6,8 × I)
Mulher
655,1 + (9,5 × P) + (1,8 × A) - (4,7 × I)
18/06/2023, 19:52 Requerimentos de energia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/02776/index.html# 17/27
Para a determinação do GED utilizando-se as equações de Harris e Benedict, considera-se o fator atividade (tabela a seguir) que acrescenta à TMB a
energia necessária para as atividades diárias de um indivíduo, multiplicando-se o tempo gasto em cada atividade pelo seu respectivo índice. O fator
obtido pela média das 24h é então multiplicado pela TMB.
Atividade
Valor representativo para o fator atividade, por
unidade de tempo de atividade
Repouso: dormir, descansar. 1,0
Muito leve: sentar e estar parado em pé, motorista, trabalho em laboratório, cozinheiro,
tocador de instrumento musical, pintor, datilógrafo e passadeira.
1,5
Leve: caminhar de 4,0 a 4,8km/h em superfície plana, manobrista, eletricista, carpinteiro,
faxineira, babá, golfista, navegador, tenista de mesa, trabalhar em restaurante.
2,5
Moderada: caminhar de 5,6 a 6,4km/h devagar, carregando peso, ciclista, esquiador,
dançarino, tenista de quadra.
5,0
Intensa: caminhar (subir) carregando peso, lavrador, jogador de basquete, jogador de
futebol e alpinista.
7,0
Tabela: Valores do fator atividade para o cálculo de gasto energético diário (GED).
National Research Council (US) Subcommittee on the Tenth Edition of the Recommended Dietary Allowances, 1989, p. 27.
Por exemplo: indivíduo do sexo feminino, com 35 anos de idade, altura de 165cm e peso de 63kg. Sabe-se que ele dorme durante 9 horas, fica em
repouso durante 5 horas, faz atividade leve durante 5 horas, atividade moderada durante 1 hora e atividades socialmente desejáveis durante 4 horas.
TMB = 655,1 + (9,5 × P) + (1,8 × A) - (4,7 × I)
TMB = 655,1 + (9,5 × 63) + (1,8 × 165) - (4,7 × 35)
TMB = 655,1 + 598,5 + 297 - 164,5 = 1.386kcal
Atividade física:
Dormir e repouso: 14 × 1 = 14
Atividades muito leve: 4 × 1,5 = 6
Atividades leve: 5 × 2,5 = 12,5
Atividades moderada: 1 × 5 = 5
FA = (14 + 6 + 12,5 + 5) ÷ 24 = 1,56
GED = TMB × FA = 1.386 × 1,56 = 2.162kcal/dia
Scho�eld (1985)
Schofield (1985) realizou uma compilação de dados para o desenvolvimento de equações preditivas para TMB. Durante anos, suas equações foram
recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Entretanto, estudos demonstraram que essas equações também fornecem estimativas
elevadas de taxa metabólica basal (TMB) quando utilizadas em diferentes grupos populacionais. A TMB deve ser posteriormente multiplicada pelo
fator atividade para que tenhamos o gasto energético total.
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Idade (anos) Gênero feminino kcal/dia Gênero masculino kcal/dia
3 a 10 anos (0,085 × P + 2,033) × 239 (0,095 × P + 2,110) × 239
10 a 18 anos (0,056 × P + 2,898) × 239 (0,074 × P + 2,754) × 239
18 a 30 anos (0,062 × P + 2,036) × 239 (0,063 × P + 2,896) × 239
30 a 60 anos (0,034 × P + 3,538) × 239 (0,048 × P + 3,653) × 239
A partir de 60 anos (0,049 × P + 2,459) × 239 (0,038 × P + 2,755) × 239
P = Peso em kg.
Tabela: Equações para TMB de Schofield.
Schofield, 1985, p. 5-41.
Sexo Leve Moderada Intensa
Masculino 1,55 1,78 2,10
Feminino 1,56 1,64 1,82
Tabela: Fator atividade física (FAO, 1985)
FAO, WHO, UNU, 1985, p. 78.
Henry e Rees (1991)
Henry e Rees (1991) analisaram um banco de dados com 2.822 avaliações de TMB realizadas em indivíduos que residem em regiões de clima
tropical. Eles desenvolveram equações específicas para essas populações na expectativa de minimizar as diferenças na estimativa da TMB. A TMB
deve ser posteriormente multiplicada pelo fator atividade para que tenhamos o gasto energético total. Apesar de essas equações levarem em
consideração, gênero, idade e peso, parecem, ainda, superestimar a TMB.
Idade (anos) Gênero masculino TMB (kcal/dia) Gênero feminino TMB (kcal/dia)
3 – 10 (0,113 × P + 1,689) × 239 (0,063 × P + 2,466) × 239
10 – 18 (0,084 × P + 2,122) × 239 (0,047 × P + 2,951) × 239
18 – 30 (0,056 × P + 2,800) × 239 (0,048 × P + 2,562) × 239
30 – 60 (0,046 × P + 3,160) × 239 (0,048 × P + 2,448) × 239
P = Peso em kg.
Tabela: Equações para TMB de Henry e Rees.
Henry e Rees, 1991, p. 177-185.
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FAO/WHO/UNU (2004)
O cálculo do GED é feito por meio da equação da TMB definida por FAO/WHO/UNU, de 2004, (tabela a seguir), considerando a atividade física,
conforme coeficientes mostrados na tabela.
dade (anos) Homens TMB (kcal/dia) Mulheres TMB (kcal/dia)
< 3 59,512 × P - 30,4 58,317 × P - 31,1
3 – 9,9 22,706 × P + 504,3 20,315 × P + 485,9
10 – 17,9 17,686 × P + 658,2 13,384 × P + 692,6
18 – 29,9 15,057 × P + 692,2 14,818 × P + 486,6
30 – 59,9 11,472 × P + 873,1 8,126 × P + 845,6
≥ 60
11,711 × P + 587,7 9,082 × P + 658,5
P = Peso em kg.
Tabela: Equações para TMB de FAO/WHO/UNU.
FAO, WHO, UNU, 2004, p. 11-52.
Categoria Fator atividade física
Sedentário ou atividade leve 1,40 – 1,69
Ativo ou moderadamente ativo 1,70 – 1,99
Muito ativo ou vigoroso 2,0 – 2,40*
* É difícilde manter o fator atividade física maior que 2,40 por longos períodos.
Tabela: Coeficientes de atividade física ou fator atividade física (FA).
FAO, WHO, UNU, 2004, p. 38.
Por exemplo: indivíduo do sexo feminino, com 29 anos de idade, altura de 1,70m, peso de 60kg e nível de atividade física moderadamente ativo.
TMB = 14,818 × P + 486,6 = 14,818 × 60 + 486,6
TMB = 889,08 + 486,6 = 1.375,68kcal
FA (ponto médio do nível de atividade física moderadamente ativo) = 1,85
GED = TMB × FA = 1.375,68 × 1,85 = 2.545kcal/dia
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Necessidade estimada de energia (EER)
Média de ingestão energética dietética que mantém o balanço energético em indivíduos saudáveis com idade, sexo, peso, altura e nível de atividade
física de acordo com um bom estado de saúde. Para o cálculo da EER, são utilizadas equações de predição a partir de um banco de dados de gasto
energético de 24 horas. Foi proposta pelo comitê de energia da Ingestão Diária de Referência (Dietary Reference Intakes - DRIs) no ano de 2002. O
Instituto de Medicina (IOM) desenvolveu novas equações para indivíduos eutróficos, avaliando o método da água duplamente marcada.
Posteriormente, foram divulgadas novas equações para sobrepeso e obesidade, as quais parecem superestimar menos o GED do que as equações
propostas pela OMS. Diferentemente das outras equações, nas da DRI, não se calcula a TMB, pois já estão inclusos os múltiplos para cada grau de
atividade física. Nas equações da DRI, deve ser utilizado o peso corporal atual. Todas as equações foram feitas para manutenção do peso corporal e
promover o crescimento, quando necessário.
As recomendações de nutrientes se baseiam na média das necessidades somada a 2 desvios-padrão. Porém, esse conceito não se aplica às
recomendações de energia, pois parte da população iria ingerir mais do que sua real necessidade, contribuindo dessa forma com balanço
energético positivo e, assim, ganho de peso. Por isso, não há Ingestão Dietética Recomendada (RDA) e Nível Máximo de Ingestão Tolerável (UL) para
as EERs.
Idade EER
0 – 3 m (89 × P - 100) + 175 (Energia para deposição)
4 – 6 m (89 × P - 100) + 56 (Energia para deposição)
7 – 12 m (89 × P - 100) + 22 (Energia para deposição)
13 – 35 m (89 × P - 100) + 20 (Energia para deposição)
3 – 8 a (meninos) 88,5 - (61,9 × I) + CAF × [(26,7 × P) + (903 × A)] + 20 (Energia para deposição)
3 – 8 a (meninas) 135,3 - (30,8 × I) + CAF × [(10 × P) + (934 × A)] + 20 (Energia para deposição)
9 – 18 a (masculino) 88,5 - (61,9 × I) + CAF × [(26,7 × P) + (903 × A)] + 25 (Energia para deposição)
9 – 18 a (feminino) 135,3 - (30,8 × I) + CAF × [(10 × P) + (934 × A)] + 25 (Energia para deposição)
≥ 19 a (masculino) 662 - (9,53 × I) + CAF × [(15,91 × P) + (539,6 × A)]
≥ 19 a (feminino) 354 - (6,91 × I) + CAF × [(9,36 × P) + (726 × A)]
Gestante (14 - 18 a) EER Adolescente + Adicional para deposição gestante
Primeiro Trimestre EER Adolescente + 0 (Adicional)
Segundo Trimestre EER Adolescente + 160 (8kcal/semana × 20 semanas) + 180kcal
Terceiro Trimestre EER Adolescente + 272 (8kcal/semana × 34 semanas) + 180kcal
Gestante (19 - 50 a) EER Adulto + Adicional para deposição gestante
Primeiro Trimestre EER Adolescente + 0 (Adicional)
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Idade EER
Segundo Trimestre EER Adolescente + 160 (8kcal/semana × 20 semanas) + 180kcal
Terceiro Trimestre EER Adolescente + 272 (8kcal/semana × 34 semanas) + 180kcal
Lactante (14 - 18 a) EER Adolescente + Energia para produção LM - Perda de peso
Primeiros 6 meses EER Adolescente + 500 - 170
Segundos 6 meses EER Adolescente + 400 - 0
Lactante (19 - 50 a) EER Adulto + Energia para produção LM - Perda de peso
Primeiros 6 meses EER Adulto + 500 - 170
Segundos 6 meses EER Adulto + 400 - 0
m = Meses; a = Anos; P = Peso em kg; I = Idade; A = Altura em metros; CAF = Coeficiente de atividade física.
Tabela: Equações para o cálculo da necessidade estimada de energia (EER) de indivíduos eutróficos.
Institute of Medicine/Food and Nutrition Board, 2005, p. 107-264.
Nível de atividade física (NAF) Coeficiente de atividade física
Masculino Feminino
Sedentário (NAF ≥ 1 < 1,4) 1,00 1,00
Pouco ativo (NAF ≥ 1,4 < 1,6) 1,13 1,16
Ativo (NAF ≥ 1,6 < 1,9) 1,26 1,31
Muito ativo (NAF ≥ 1,9 < 2,5) 1,42 1,56
Tabela: Valores de CAF de acordo com gênero para indivíduos de 3 a 18 anos eutróficos.
Institute of Medicine/Food and Nutrition Board, 2005, p. 175-182.
Nível de atividade física (NAF) Coeficiente de atividade física
Masculino Feminino
Sedentário (NAF ≥ 1 < 1,4) 1,00 1,00
Pouco ativo (NAF ≥ 1,4 < 1,6) 1,11 1,12
Ativo (NAF ≥ 1,6 < 1,9) 1,25 1,27
Muito ativo (NAF ≥ 1,9 < 2,5) 1,48 1,45
Tabela: Valores de CAF de acordo com gênero para indivíduos de 19 anos ou mais eutróficos.
Institute of Medicine/Food and Nutrition Board, 2005, p. 185.
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Por exemplo: indivíduo do sexo masculino, com 29 anos, altura de 1,80m, peso de 78kg e nível de atividade física moderado.
662 - (9,53 × I) + CAF × [(15,91 × P) + (539,6 × A)]
662 - (9,53 × 29) + 1,25 × [(15,91 × 78) + (539,6 × 1,80)]
662 - 276,37 + 1,25 × [1.240,98 + 971,28]
662 - 276,37 + 1,25 × 2.212,26
662 - 276,37 + 2.765,3
EER = 3.151kcal/dia
Considerando o intervalo de confiança de 95% para a equação, há a possibilidade da correção da oferta calórica para a promoção do ganho ou da
perda de peso. Para tanto, deve-se empregar um valor correspondente a duas vezes o desvio padrão (199kcal para o gênero masculino e 162kcal
para o gênero feminino). Assim, no exemplo citado, a ingestão de energia será 3.151kcal (2 x 199), ou seja, entre 2.753 e 3.549kcal/dia. Se o
objetivo for ganho de peso, utiliza-se o maior valor; se for perda de peso, o menor.
Na prática clínica vamos calcular o requerimento de energia para um
indivíduo saudável
A especialista Aline Monteiro abordará o cálculo de energia necessária para um adulto saudável.
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
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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Água duplamente marcada (ADM)
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Harris & Benedict (1919)
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Necessidade estimada de energia (EER)
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Questão 1
(INEP – ENADE 2007) O método usual para a medição do gasto energético em indivíduos é a calorimetria indireta. Entre as técnicas de
calorimetria indireta, a mais aplicada é a da câmara metabólica. Atualmente, a técnica da água duplamente marcada (ADM) também é utilizada.
Entre as vantagens da ADM inclui-se:
I. A medição com o indivíduo exercendo suas atividades cotidianas.
II. O cálculo preciso da produção de CO2.
III. A obtenção de acurácia superior à da câmara metabólica.
IV. A aplicação em estudos epidemiológicos.
V. O desenvolvimento de estudos de baixo custo.
Estão certos apenas os itens:
Questão 2
A respeito da calorimetria indireta:
Vamos praticar alguns conceitos?
Falta pouco para atingir seus objetivos.
A I, II e III.
B I, II e IV.
C I, III e V.
D II, IV e V.
E III, IV e V.
Responder
18/06/2023, 19:52 Requerimentos de energia
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I. A calorimetria indireta é um método caro e cada vez menos utilizado na prática clínica diária. Além disso, os resultados obtidos por esse
método são duvidosos.
II. A calorimetria indireta é um método preciso de medida de gasto calórico, realizado somente em ambulatório, mas inapropriado para aferir
pacientescríticos sob ventilação mecânica.
III. Para aferição da calorimetria indireta, não é necessário que o indivíduo esteja em jejum, o que facilita a realização do exame, diferentemente
do exame de bioimpedância.
IV. Nessa avaliação, o termo “indireta” indica que a produção de energia é calculada por equivalentes calóricos de oxigênio consumido e gás
carbônico produzido, considerando que todo o oxigênio consumido é utilizado para oxidar os substratos energéticos, e todo gás carbônico é
eliminado pela respiração.
Assinale a opção correta.
Considerações �nais
A manutenção dos processos vitais em seres humanos é condicionada à energia obtida pela oxidação dos nutrientes presentes nos alimentos
ingeridos diariamente. A estimativa de necessidade de energia é de suma importância para o começo do planejamento alimentar do paciente, tendo
como prioridade alcançar os objetivos do planejamento e o equilíbrio ou a adequação no balanço energético do indivíduo. Para tal, é necessário
conhecer os componentes do gasto energético e os fatores que podem afetá-los. Os métodos de calorimetria indireta e água duplamente marcada
são considerados os métodos com maior acurácia. Contudo, ainda têm seu uso limitado no dia a dia da prática clínica, principalmente devido ao alto
custo da técnica.
Temos ainda as equações preditivas, desenvolvidas por meio de estudos populacionais, que apresentam métodos simples, são de baixo custo e
fáceis de serem calculadas. Porém, ao mesmo tempo, vários estudos vêm demonstrando que algumas dessas equações tendem a superestimar ou
A Apenas I e IV são falsas.
B Somente I e II são falsas.
C Somente III e IV são falsas.
D Apenas I, II e III são falsas.
E Apenas II, III e IV são falsas.
Responder
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subestimar o gasto energético basal de grupos populacionais específicos, principalmente, indivíduos com sobrepeso, obesos ou atletas, podendo
ocasionar uma conduta nutricional inadequada. Mesmo assim, as equações preditivas ainda são consideradas a melhor maneira de estimar o gasto
energético, principalmente, em indivíduos saudáveis. Logo, o nutricionista deve escolher a equação que mais se adequa ao seu paciente e, sempre
que possível, indicar a calorimetria indireta, em especial, aos indivíduos enfermos.
Podcast
Agora, a especialista Aline Monteiro abordará se as equações preditivas são precisas em relação ao cálculo da real necessidade energética
do paciente.
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Para aprofundar os seus conhecimentos no assunto estudado:
Leia:
BENDAVID, I.; LOBO, D.N.; BARAZZONI, R.; CEDERHOLM, T. et al. The centenary of the Harris–Benedict equations: how to assess energy
requirements best? recommendations from the espen expert group. Clinical Nutrition, v. 40, n. 3, p. 690-701, mar. 2021.
Acesse:
A calculadora interativa disponível no site da Global RPH.
Referências
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CUPPARI, L. Guia de Nutrição: nutrição clínica no adulto. Barueri: Manole, 2005.
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FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION. FAO; WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO; UNITED NATIONS UNIVERSITY. UNU. Human Energy
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HARRIS, J. A, BENEDICT, F. G. Biometric studies of basal metabolism in man. Washington: Carnegie Institute of Washington, 1919 apud COELHO, K.
D. Base da Nutrição e Dietética. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016, p. 32.
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18/06/2023, 19:52 Requerimentos de energia
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HARRIS, J. A; BENEDICT, F. G. Biometric studies of basal metabolism in man. Washington: Carnegie Institute of Washington, 1919.
HENRY, C. J.; REES, D. G. New predictive equations for the estimation of basal metabolic rate in tropical peoples. Eur J Clin Nutr. v. 45, n. 4, 1991.
INSTITUTE OF MEDICINE/FOOD AND NUTRITION BOARD. Dietary Reference Intakes for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids, Cholesterol,
Protein, and Amino Acids. Washington: National Academies Press, 2005.
MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J. L. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.
MANN, J.; TRUSWELL, A. S. Nutrição Humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
NATIONAL RESEARCH COUNCIL (US) SUBCOMMITTEE ON THE TENTH EDITION OF THE RECOMMENDED DIETARY ALLOWANCES. Recommended
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SCHOFIELD, W. N. Predicting basal metabolic rate, new standards and review of previous work. Clinical Nutrition, v. 39, suppl. 1, 1985.
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