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BNCC e o desenvolvimento de competências para ciências naturais

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Prévia do material em texto

BNCC e o desenvolvimento de competências para ciências
naturais
Prof.ª Rayane Nogueira Alves Macedo
Descrição
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), suas competências e
aprendizagens essenciais para educação básica e a contribuição para
um ensino de qualidade na área das ciências naturais.
Propósito
Compreender o papel da BNCC na educação básica e sua proposta para
as ciências naturais é essencial para todos os profissionais dedicados à
área.
Objetivos
Módulo 1
Por que ensinar ciências naturais na
educação básica?
Reconhecer a importância do ensino de ciências naturais na
educação básica com foco nas possibilidades implementadas pela
BNCC.
Módulo 2
Ciências naturais: prática social e princípios
éticos sustentáveis
Identificar na BNCC as contribuições das ciências naturais no
desenvolvimento de competências de prática social e princípios
éticos sustentáveis.
Módulo 3
Informação cientí�ca e tecnológica
Relacionar informação científica e tecnológica e desenvolvimento do
letramento científico com a aplicação das competências indicadas
pela BNCC para a aprendizagem de ciências naturais.
Introdução
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem como objetivo
nortear os conteúdos abordados em sala de aula em âmbito
nacional, dispondo de metodologias de ensino, propostas
pedagógicas, entre outros. Esses materiais são adaptados de
acordo com a etapa em que o aluno se encontra (educação
infantil, ensino fundamental e ensino médio) e essas normas
devem ser igualitárias em todo Brasil, para todos os sistemas e
redes de ensino, públicas ou particulares.
A BNCC foi instituída no dia 6 de abril de 2017, e é a legislação
que busca garantir uma base curricular igual em todo o território

nacional, corrigindo as diferenças existentes nos currículos
escolares dos sistemas de ensino públicos e privados no país.
No caso das ciências naturais, de acordo com a BNCC, os
profissionais da educação devem atuar para que seus alunos
desenvolvam a capacidade associativa com o meio ambiente,
aprimorem a capacidade de perceber, interpretar e entender os
fenômenos naturais que os cercam, por meio do processo
chamado de letramento científico, pois assim o aprendizado se
torna mais eficaz.
1 - Por que ensinar ciências naturais na educação básica?
Ao �nal deste módulo, esperamos que você reconheça a importância do ensino de ciências
naturais na educação básica com foco nas possibilidades implementadas pela BNCC.
Currículo, BNCC e ciências naturais
Uma preocupação sempre presente na reflexão e no debate sobre a
educação no Brasil foi o currículo escolar. São muitas as vertentes
reflexivas e os apontamentos práticos sobre esse que é um dilema
educacional.
A escola é a instituição em que o indivíduo passa mais tempo de sua
vida. Consequentemente, muito do que ele é constituiu-se no cotidiano
escolar. Por isso, não pode ser breve e superficial a decisão sobre as
bases que mantêm o cotidiano escolar. Uma das bases, talvez a mais
importante, é o currículo.
Muitas questões envolvem o currículo escolar, pois nele estão inúmeras
dimensões da condição humana: conhecimento formal, conhecimento
informal, cultura, relações humanas, formação profissional, formação
cidadã, entre tantas. A fragmentação curricular e humana deve dar lugar
à educação integral, conforme afirma a introdução do documento da
Base Nacional Comum Curricular (BNCC):
Nesse contexto, a BNCC afirma, de maneira
explícita, o seu compromisso com a
educação integral. Reconhece, assim, que a
Educação Básica deve visar à formação e ao
desenvolvimento humano global, o que
implica compreender a complexidade e a não
linearidade desse desenvolvimento,
rompendo com visões reducionistas que
privilegiam ou a dimensão intelectual
(cognitiva) ou a dimensão afetiva. Significa,
ainda, assumir uma visão plural, singular e
integral da criança, do adolescente, do jovem
e do adulto - considerando-os como sujeitos
de aprendizagem - e promover uma educação
voltada ao seu acolhimento, reconhecimento
e desenvolvimento pleno, nas suas
singularidades e diversidades. Além disso, a
escola, como espaço de aprendizagem e de
democracia inclusiva, deve se fortalecer na
prática coercitiva de não discriminação, não
preconceito e respeito às diferenças e
diversidades.
(BRASIL, 2018, p.14)
A criação da Base Nacional Comum Curricular impulsionou a reflexão
acerca dos sentidos do currículo. Como autenticado pela própria
definição da BNCC, o currículo envolve o cotidiano da vida, o
conhecimento, a ciência e pode ser via de inclusão ou de exclusão. Um
exemplo é a exigência dos órgãos de pesquisa para que os profissionais
de diversas áreas tenham seus currículos cadastrados.
Nesse sentido, podemos entender a relação entre o currículo e a vida do
educando como o caminho de cada sujeito e suas experiências
formativas e profissionais.
No Brasil, a plataforma Lattes, do Conselho Nacional de Pesquisas
(CNPq), abriga milhares de currículos de professores, estudantes,
pesquisadores de todas as áreas, que relatam sua trajetória, expõem
suas experiências e revelam as habilidades e competências. Todos os
estudantes e profissionais devem registrar seus currículos.
Os currículos registrados na plataforma Lattes, ainda que sejam grandes
amostras curriculares, não contemplam outras dimensões essenciais
quando o objeto de reflexão é currículo. Lembrando que a vida cotidiana,
a cultura, os saberes diários, a política, a religião e tudo o que envolve a
cotidianidade do sujeito se integram ao currículo.
Mas o que essa re�exão tem a ver com ciências naturais e
BNCC?
Exatamente tudo. Humana e historicamente!
Há uma relação direta entre as ciências naturais, a BNCC e o currículo
Lattes, pois a BNCC se sustenta no currículo, tendo como bases a vida e
a ciência.
Nessa lógica, a BNCC respalda, incentiva, motiva e obriga que a
educação básica forme integralmente e desenvolva o espírito da
pesquisa, que pode ser traduzido em letramento científico, e tem como
características a busca das respostas, a investigação e o desejo de
superar o real imediato. O currículo Lattes, indicado pelos órgãos de
pesquisa do Brasil, é um canal que expressa, divulga e externaliza a
ação daqueles que desejam continuar essa busca.
A educação básica - educação infantil, ensino fundamental e ensino
médio - é o itinerário essencial por onde passaram os pesquisadores em
potencial. Portanto, a vida cotidiana deve ser levada em conta e ser
transformada em objeto de pesquisa recorrendo à cientificidade.
A BNCC, ao traçar o currículo básico da educação nacional, pretendeu
ser a equidade do conhecimento, o caminho para correção das
distorções. Essa é uma forma para que mais brasileiros possam chegar
à plataforma Lattes. Ao pensarmos na integralidade e plenitude da
vivência escolar, é essencial que tenhamos em mente que a ciência
também está presente nesse cotidiano.
O ensino de ciências naturais, assim como as demais ciências de outras
áreas do conhecimento, deve motivar para a constituição do
pensamento científico, para a pesquisa. O aprendizado que não
consegue intervir na realidade não cumpre a plenitude de seus sentidos.
Logo, se a escola quer ter uma função
integral de educação, deve organizar-se de
sorte que a criança encontre aí um ambiente
social em que viva plenamente. A escola não
pode ser uma simples classe de exercícios
intelectuais especializados. Assim, é a nova
psicologia da aprendizagem que obriga a
transformar a escola em um centro onde se
vive e não em um centro onde se prepara
para viver.
(TEIXEIRA, 2000, p. 46)
Anísio Teixeira (1900-1971), um dos pioneiros da educação no Brasil, em
1930, já chamava atenção para o papel da escola como lócus da própria
vida.
Papel das ciências naturais na
educação básica
Aprender conteúdo de ciências naturais, a partir do que aponta a BNCC
é intervir nos processos sociais modificando-os. Veja um exemplo:
Um adolescente, nas aulas de ciências naturais, aprendeu quequalquer
alteração nas características físicas, químicas ou biológicas do meio
ambiente é considerado um impacto, pois causa danos de pequenas a
grandes dimensões que influenciam na qualidade de vida das espécies.
Ele tirou 10 na prova integrada das disciplinas. Em determinada ocasião,
ele e mais dois colegas, que também eram de sua turma na escola,
tiveram a ideia de utilizarem terreno vazio do bairro para jogarem bola.
Em uma iniciativa integradora, resolveram limpar o terreno. Pediram
autorização ao dono e retiraram entulhos, pedras, madeiras, e demais
empecilhos, colocaram tudo em carrinhos de mão e despejaram no rio
que passa perto.
Em muitas situações, o ensino de ciências naturais termina na nota da
prova. Portanto, o aprendizado deve ser para além do aprender, deve ser
apreender, superar a reação imediata do real, partindo para a
compreensão científica do fenômeno nas situações da vida.
No caso estudado, o conteúdo do currículo não
transformou a realidade.
Para que o conhecimento tenha toda a sua
eficácia, é preciso que agora o espírito se
transforme. É preciso que ele se transforme
nas suas raízes para poder assimilar nos
seus rebentos. As próprias condições da
unidade da vida do espírito impõem uma
variação na vida do espírito, uma mutação
humana profunda. Em suma, a ciência instrui
a razão. A razão deve obedecer à ciência
mais evoluída, à ciência em evolução. A razão
nada deve sobrevalorizar uma experiência
imediata; deve pelo contrário, pôr se em
equilíbrio com a experiência mais ricamente
estruturada. Em todas as circunstâncias, o
imediato deve ceder ao construído.
(BACHAELARD, 1972. p. 45)
Nesse contexto, vale reconhecer a importância do ensino de ciências
naturais na educação básica pelas possibilidades implementadas pela
BNCC. O currículo não é inerte, ao contrário, tem grande influência na
vida, portanto, a BNCC preconiza a ligação direta entre conteúdo,
competências, habilidades e cidadania.
É possível verificar, de forma mensurada, no texto da BNCC, que ela tem
como foco o currículo, ou seja, é um documento obrigatório com força
de lei, que zela pela necessidade de que a educação nacional garanta o
conhecimento necessário com equidade e levando em conta a
cientificidade e a vida.
Confirmando a importância, na BNCC:
86
É a quantidade de vezes que a palavra currículo aparece.
432
É a quantidade de vezes que a palavra curricular aparece.
85
É a quantidade de vezes que a palavra curriculares aparece.
Vejamos como uma proposta de Base Curricular única pode superar a
desigualdade presente no âmbito educacional:
No Brasil, um país caracterizado pela
autonomia dos entes federados, acentuada
diversidade cultural e profundas
desigualdades sociais, os sistemas e redes
de ensino devem construir currículos, e as
escolas precisam elaborar propostas
pedagógicas que considerem as
necessidades, as possibilidades e os
interesses dos estudantes, assim como suas
identidades linguísticas, étnicas e culturais.
Nesse processo, a BNCC desempenha papel
fundamental, pois explicita as aprendizagens
essenciais que todos os estudantes devem
desenvolver e expressa, portanto, a igualdade
educacional sobre a qual as singularidades
devem ser consideradas e atendidas. Essa
igualdade deve valer também para as
oportunidades de ingresso e permanência em
uma escola de educação básica, sem o que o
direito de aprender não se concretiza.
(BRASIL, 2018, p. 15)
Ensinar ciências naturais na educação básica visa desenvolver a
capacidade no aluno, durante sua formação escolar, de sua atuação em
diferentes áreas, de perceber e interagir com o ambiente, reconhecendo
os fenômenos estudados, sejam relacionados ao conhecimento das
áreas de biologia, química ou física, em fatores cotidianos.
Abordar questões presentes na vida do aluno ajuda de maneira
considerável para o ensino de ciências, utilizando técnicas de análises
reflexivas e críticas:
Com a homologação da BNCC, as redes de
ensino e escolas particulares terão diante de
si a tarefa de construir currículos, com base
nas aprendizagens essenciais estabelecidas
na BNCC, passando, assim, do plano
normativo propositivo para o plano da ação e
da gestão curricular que envolve todo o
conjunto de decisões e ações definidoras do
currículo e de sua dinâmica.
(BRASIL, 2018, p. 20)
Ensino das ciências naturais na
educação básica
Ciências da natureza e educação
básica

Neste vídeo, a especialista nos apresenta argumentos que mostram a
urgência contemporânea de uma consciência ecológica, especialmente
a partir dos estudos das ciências da natureza na educação básica.
O processo de aprendizagem de ciências naturais para atuação docente
deve ser motivado pela busca constante de explicações para
fenômenos, para que o professor, conhecendo mais sobre si mesmo,
sobre outros seres vivos e o mundo, possa estimular seus alunos a
investigarem também.
Para que a ciência objetiva seja plenamente
educadora, é preciso que seu ensino seja
socialmente ativo. É um alto desprezo pela
instrução o ato de instaurar, sem recíproca, a
inflexível relação professor-aluno. […] O ser
vivo aperfeiçoa-se na medida em que pode
ligar o seu ponto de vista, fato de um instante
e de um centro, a durações e espaços
maiores. O homem é homem porque seu
comportamento objetivo não é imediato nem
local.
(BACHAELARD, 1972, p. 300)
Para isso, deve ser incentivado o espírito científico nos alunos, para que
elaborem ideias, saiam da posição passiva (zona de conforto), criem
teorias, analisem hipóteses, mantenham abertas as interrogações e
construam conhecimentos científicos, tornando-se pessoas capazes de
absorver ideias já estabelecidas e de estimular novas ideias.
Na introdução da BNCC, é estabelecido que as decisões pedagógicas
devem visar ao desenvolvimento de competências. Para tal, é
necessário indicar os conhecimentos e as competências esperadas dos
alunos, sobretudo, o “saber fazer” voltado para a vida cotidiana, para a
profissão e a cidadania. Dessa maneira, indicar as competências
oferece referências para consolidar ações com foco nas aprendizagens
essenciais estipuladas no documento normativo.
A formação de alunos com consciência sobre o mundo desde cedo,
com a habilidade para reconhecer e valorizar o meio ambiente e a vida
em si, é o que buscamos, com o objetivo de formar um cidadão mais
assertivo em suas decisões interpessoais e com a natureza.
O ensino de ciências naturais pode colaborar de forma intensa para
reconstruir a relação ser humano com natureza em outros termos,
contribuindo para o desenvolvimento da consciência social e planetária.
Você sabe o que isso signi�ca?
Significa que o ensino de ciências naturais corrobora com a mudança de
comportamento na relação com a natureza, superando a ideia de
supremacia humana sobre o meio ambiente. Dessa maneira, a produção
de consumo não será mais uma exploração desenfreada, mas uma
relação de troca respeitosa, colocando-se como uma das partes do
meio.
Chegamos a uma dimensão urgente e inadiável, a educação pretendida
integral tem como obrigação a formação da consciência planetária, e
não uma suposta consciência do ser humano como dono ou dominador
do planeta. Nesse sentido, ocorre uma mudança de paradigma.
O ser humano deve se despojar de sua arrogância de explorador dos
recursos do meio ambiente como se eles existissem somente para
servi-lo. Esses recursos podem e devem ser utilizados na preservação
da vida e das espécies, mas com profunda e comprometida integração e
interação entre o ser humano e tudo o que compõe o planeta.
A consciência planetária reinaugura as relações, apresentando a
proposta de um salto do imediato e do micro para o perene e macro. A
responsabilidade pela vida compreende todas e quaisquer dimensões,
sejam elas ligadas:
Aos espaços físicos do meio social
Bairros, municípios, estados, países.
Ao nosso ecossistema
Terra, água, plantas, animais.
A própria relação entre humanos precisa deatenção. Urge o
restabelecimento da relação de respeito mútuo, o que pode ser
traduzido na unidade na diversidade. A ação humana maltratou o meio
ambiente, usou e abusou sem critérios e desrespeitou as espécies. As
consequências são trágicas: enchentes, aquecimento, devastação,
deslizamentos, banalização da vida em todas as instâncias,
desagregação humanitária e tantas outras.
É a consciência planetária, o caminho proposto para a
retomada. Ou formamos alunos com essa consciência ou
o�cializamos o caos.
Bombeiros atuando em resgate após deslizamento de terra causado por fortes chuvas em
Petrópolis/RJ.
Precisamos nos libertar do poder destrutivo e garantir a sustentação do
planeta nas ações solidárias. A terra grita! Não é tarefa fácil refletir
questões tão complexas, mas é ainda mais complexo chegar à
conclusão de que é o homem o grande responsável de impactos
ambientais que colocam ele mesmo em risco.
Talvez esse comportamento esteja respaldado pela ideia da
efemeridade da vida, ou seja, “não verei as consequências futuras,
portanto, aproveito de tudo no presente”.
Na condição de cuidados e zelo pela integridade da vida, reside a
necessidade de que o meio ambiente natural seja modificado com todas
as condições para que a alteração humana não cause danos
irreversíveis, prejudicando todas as vidas que nele habitam. Ao contrário,
que a busca da implementação do ambiente físico para o bem-estar
humano seja também um bem-estar para o meio ambiente. O conceito
de consciência planetária pode ser encontrado no preâmbulo da Carta
da Terra:
Estamos diante de um momento crítico na
história da Terra, numa época em que a
humanidade deve escolher o seu futuro. À
medida que o mundo torna-se cada vez mais
interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao
mesmo tempo, grandes perigos e grandes
promessas. Para seguir adiante, devemos
reconhecer que, no meio da uma magnífica
diversidade de culturas e formas de vida,
somos uma família humana e uma
comunidade terrestre com um destino
comum. Devemos somar forças para gerar
uma sociedade sustentável global baseada
no respeito pela natureza, nos direitos
humanos universais, na justiça econômica e
numa cultura da paz. Para chegar a este
propósito, é imperativo que nós, os povos da
Terra, declaremos nossa responsabilidade
uns para com os outros, com a grande
comunidade da vida, e com as futuras
gerações.
(CARTA DA TERRA, 2000)
Portanto, como todas as outras disciplinas, o ensino das ciências
naturais não diverge dos objetivos e atividades da vida escolar. Por isso,
abordar os temas utilizando a metodologia de interdisciplinaridade é
fundamental, como indicado na introdução da BNCC.
Decidir sobre formas de organização
interdisciplinar dos componentes curriculares
e fortalecer a competência pedagógica das
equipes escolares para adotar estratégias
mais dinâmicas, interativas e colaborativas
em relação à gestão do ensino e da
aprendizagem.
(BRASIL, 2018, p.16)
O processo de aprendizagem deve proporcionar a relação do assunto
principal com outras matérias, pois na natureza os fenômenos nunca
ocorrem individualizados, ou seja, tudo está interligado, e o aluno
precisa compreender esta situação.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que
foi instituído em 2017 e tem como foco as aprendizagens
essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo da
educação básica. Não é um documento de orientações, mas de
caráter normativo. Entre os possíveis objetivos de ensino na área
das ciências naturais, de acordo com a BNCC, na educação básica,
pode-se desenvolver as seguintes competências:
I. Motivar para a constituição do pensamento científico, para a
pesquisa.
II. Apreensão do aprendido intervir nos processos sociais,
modificando-os.
III. Além do aprender, apreender e superar a reação imediata do real.
IV. Compreensão científica do fenômeno nas situações da vida.
V. Reforçar a fragmentação entre conteúdo, competências,
habilidades e cidadania.
Parabéns! A alternativa E está correta.
De acordo com a BNCC, o ensino de ciências naturais deve
desenvolver o pensamento crítico, científico que leva à
transformação da realidade, superando a ideia do aprendizado do
real imediato. Também espera que a aprendizagem seja
significativa e rompa com a compartimentalização do
conhecimento e suas consequências práticas no cotidiano da vida.
Questão 2
(Adaptado de AMEOSC - 2019 - Prefeitura de Iporã do Oeste - SC -
Professor de Ciências) Na educação contemporânea, o ensino de
ciências naturais é uma das áreas em que se pode reconstruir a
relação ser humano/natureza em outros termos, contribuindo para
o desenvolvimento de
A Estão corretas somente as afirmativas I e II, V.
B Estão corretas somente as afirmativas I, II e III.
C Estão corretas somente as afirmativas III, IV e V.
D Estão corretas somente as afirmativas II, IV e V.
E Estão corretas somente as afirmativas I, II, III, IV.
Parabéns! A alternativa A está correta.
A proposta do ensino de ciências naturais contempla a relação do
aluno com a natureza, ou seja, a reconstrução dessa ligação, por
meio do desenvolvimento de consciência social e planetária,
visando a uma transformação que combate a ideia de supremacia
humana sobre a natureza.
2 - Ciências naturais: prática social e princípios éticos
sustentáveis
A uma consciência social e planetária.
B interesses políticos e econômicos.
C ciência.
D
uma herança biológica quanto às condições
culturais, sociais e afetivas.
E área espacial geométrica.
Ao �nal deste módulo, esperamos que você identi�que na BNCC as contribuições das ciências
naturais no desenvolvimento de competências de prática social e princípios éticos
sustentáveis.
BNCC e a prática social
A Base Curricular Comum Nacional (BNCC) é enfática acerca das
contribuições das ciências no desenvolvimento de competências da
prática social e dos princípios éticos sustentáveis, com o foco nas
ciências naturais.
Em qualquer área, a BNCC aponta a necessidade da concepção do
conhecimento curricular contextualizado, ou seja, a valorização da
realidade local, social e individual da escola e dos alunos.
A contextualização das ciências da natureza é tratada nas páginas 547
a 552 do documento. Há uma explícita preocupação com as questões
globais e locais, visando à aplicação dos conhecimentos e
procedimentos científicos na resolução de seus problemas cotidianos.
Tal constatação corrobora a
necessidade de a educação básica -
em especial, a área de ciências da
natureza - comprometer-se com o
letramento científico da população.
(BRASIL, 2018, p. 547).
Atualmente, não é mais possível conceber a escola estanque, distante,
neutra e aquém da realidade social. Dessa maneira, as ciências da
natureza e o seu processo de ensino rompem com a mesmice, a
estagnação, a fragmentação e com o desvinculamento entre ciência e
realidade.
Estamos diante da proposta de uma inseparável sintonia entre vida e
ciência. O rompimento esperado não é entre ciência e vida, ao contrário,
esse encontro deve ser ressignificado.
As ciências da natureza fazem parte da condição humana, na
constituição do mundo e na concepção da vida. Como as disciplinas
biologia, física e química fazem parte do cotidiano, pelo letramento
científico, os conhecimentos serão desvelados e aplicados na resolução
dos problemas, dando significância à vida e a vida à ciência.
Ora, se a vida não é mais que um tecido de
experiência de toda sorte, se não podemos
viver sem estar constantemente sofrendo e
fazendo experiências, é que a vida é toda ela
uma longa aprendizagem. Vida, experiência,
aprendizagem - não se pode separar.
Simultaneamente vivemos, experimentamos,
aprendemos. [...] A experiência alarga, deste
modo, os conhecimentos, enriquece o nosso
espírito e dá, dia-a-dia, significação mais
profunda à vida. E é nisso que consiste a
educação. Educar-se é crescer,não no
sentido puramente fisiológico, mas no
sentido espiritual, no sentido humano, no
sentido de uma vida cada vez mais larga,
mais rica e mais bela, em um mundo cada
vez mais adaptado, mais propício, mais
benfazejo para o homem.
(DEWEY, 1980, p. 115-116)
A BNCC garante a base comum nacional dos conteúdos das disciplinas,
e assegura as aprendizagens essenciais que valorizam o contexto
histórico de seus sujeitos, com envolvimento e participação das famílias
e da comunidade, considerando a autonomia dos sistemas ou das redes
de ensino e das instituições escolares. Há especificidades que devem
ser respeitadas, assim como há singularidades que não podem ser
banidas, como é o caso da base comum do conhecimento nacional,
assim como ressaltado na introdução da BNCC:
Contextualizar os conteúdos dos
componentes curriculares, identificando
estratégias para apresentá-los, representá-
los, exemplificá-los, conectá-los e torná-los
significativos, com base na realidade do lugar
e do tempo nos quais as aprendizagens
estão situadas.
(BRASIL, 2018, p. 16)
Para o processo de ensino e aprendizagem, necessitamos de etapas
pedagógicas, nas quais estão inclusas partes práticas e teóricas, o
método pedagógico histórico-crítica (SAVIANI, 2011), que inclui prática
social inicial, problematização, instrumentalização, catarse e prática
social final.
A prática social inicial é o conhecimento prévio desse aluno, por isso é
preciso que os profissionais da educação compreendam que cada aluno
possui vivências, conhecimentos e experiência diferentes, adquiridos
por meio de interações sociais. “Trata-se de se apropriar dos
instrumentos teóricos e práticos necessários ao equacionamento dos
problemas detectados na prática social” (SAVIANI, 1997, p. 81).
Com a pessoa inserida na escola, o objetivo é a prática social final,
alcançada por meio de conteúdos pedagógicos ensinados, somados a
conhecimentos prévios de sua realidade. Dessa maneira, ocorrerá uma
mudança na visão do aluno sobre o que o cerca e suas oportunidades,
tendo uma transformação qualitativa de suas habilidades sociais,
devido ao conhecimento científico adquirido em sala de aula. Muitas
vezes, o resultado positivo da prática social em escolas exerce um papel
em que minorias têm base para transformar sua realidade.
Prática social em ciências naturais
Na BNCC, o conteúdo da área de ciências da natureza está bem
distribuído pelo ensino fundamental e pelo médio. Vejamos as principais
diferenças:
Ensino fundamental
O conteúdo é
apresentado como um
único componente:
ciência da natureza.
Ensino médio
O conteúdo está
dividido entre os
componentes
curriculares: biologia,
física e química.
São quatro eixos estruturantes que fazem a organização dos
componentes curriculares do ensino médio:
conhecimento conceitual das ciências da natureza;
contextualização histórica, social e cultural das ciências da
natureza;
processos e práticas de investigação em ciências da natureza;
linguagens das ciências da natureza.
Cada eixo estruturante tem objetivos específicos a serem alcançados.
Ao mesmo tempo, a área de ciências naturais é privilegiada por conter
uma diversidade grande de tópicos e de maneira de abordá-los, o que
facilita o corpo docente e discente, com diferentes métodos de
explicação, o que faz com que a aprendizagem se torne mais eficaz.
Com a proposta da BNCC, o aprendizado de ciências naturais ganha
ainda mais força na necessidade de contextualização e sintonia com o
processo histórico social. A busca de um currículo alinhado à educação
integral joga luz e areja os objetivos das ciências naturais.
Mas o que vem a ser um currículo de educação integral?
É a busca do desenvolvimento global. Essa concepção parte da ideia de
que a educação básica deve ser o canal de desenvolvimento do sujeito
em todas as suas dimensões. É essa a intenção firmada pela BNCC.

Vale lembrar que essa intenção tem como foco os sujeitos que serão
responsáveis pela vida social, portanto, deve sair da educação básica
com as condições de cidadão que integra em si as competências e
habilidades para vivenciar e promover o bem comum.
Re�exão
O que teria acontecido em nossa sociedade se, durante as décadas
passadas, a educação escolar tivesse conseguido colocar em prática
esses ideais?
Quando se trata de aula de ciências naturais, é sempre interessante que
o professor contribua de forma prática e teórica para melhor
aproveitamento da aula, trazendo a teoria abordada durante a aula para
aproximação na prática, às vezes, em coisas do cotidiano. As ciências
naturais têm muito a contribuir com a educação integral, iniciando com
a tarefa de ressignificar a intensa relação entre ciência e vida.
Ao pensar em um currículo de educação integral, é necessário lembrar
que o desenvolvimento científico e tecnológico deve estar presente em
toda ação docente. Para isso, devem ser planejadas várias atividades
que possam suscitar nos alunos o desenvolvimento das habilidades
esperadas, conforme consta no quadro das situações que o ensino de
ciências deve promover:
definição de problemas;
levantamento, análise e representação;
comunicação;
intervenção.
São muitas as possibilidades de atividades que podem ser promovidas
em ciências, entre elas, as inúmeras experimentações, que acabam
sendo esvaziadas em seus sentidos, confundindo-se como atividade
lúdica. A experimentação também promove ludicidade, mas não se
encerra nela. Há um fenômeno que deve ser investigado e
compreendido. Nenhuma atividade, por mais simples que seja,
envolvendo experimento, será sem propósito. Basta se lembrar dos
grãos de feijão germinando no algodão.
Os laboratórios de escolas, guardando os devidos cuidados e as regras
da faixa etária, devem ser frequentados pelos alunos e cumprir o seu
devido sentido: não adianta ir para o laboratório e continuar com aulas
expositivas ou mesmo apenas assistir a um vídeo de ciências. Em
escolas com ou sem laboratórios, é essencial motivar que os espaços,
durante as aulas de ciências, sejam sentidos como laboratórios nos
quais os alunos se sintam envolvidos para apresentarem suas
interrogações, hipóteses, descobertas e resultados.
Os recursos para o ensino de ciências da natureza são muitos, desde
grandes inovações, até os mais tradicionais e corriqueiros. A ausência
de recursos tecnológicos dificulta, mas não impede o letramento
científico. Veja alguns exemplos de recursos audiovisuais e
tecnológicos:
Recursos audiovisuais
Imagens, reportagens, recortes, revistas, jornais.
Recursos tecnológicos
Celulares e outros aparelhos, os jogos, os elementos do
cotidiano, como, por exemplo, embalagens dos produtos
químicos, observação e levantamento de dados vitais dos bairros,
pequenas e grandes invenções.
Na década de 1990, ainda quando não havia tecnologias digitais, surgiu
a Coleção Jovem Cientista com dez volumes. Cada volume representava
uma área das ciências da natureza, oferecendo variadas experiências:
eletricidade, magnetismo, energia, som, gravidade, luz, máquinas,
números, água, movimento, clima, quente/frio, sentidos, crescimento,
cores.
A discussão sobre letramento científico ainda não havia ganhado campo
acadêmico, mas a coleção já trazia essa proposta, tornando o fenômeno
científico uma condição cotidiana. Isso foi feito de maneira didática,
divertida e com a superação da compreensão do real imediato para o
real científico.
A chave para o ensino das ciências da natureza é identificar as
contribuições das ciências naturais no desenvolvimento de
competências da prática social e os princípios éticos sustentáveis na
BNCC, apesar de ser um grande desafio.
A principal tarefa para construir um currículo é pensar a
contextualização, a significância, a preocupação de uma formação
crítica e cidadã, o que não significa, em hipótese alguma, abrir mão da
cientificidade, da pesquisa, da teoria. A BNCC traz a educação integral
partindo do conceito de competências.
Em que as ciênciasnaturais podem contribuir para a
formação de competências?
A primeira delas, que será aprofundada mais a frente, é o letramento
científico. A grande fragilidade das ciências da natureza está
fundamentada na ausência desse letramento, ou seja, parece ter havido,
ao longo das décadas, uma espécie de banalização da necessidade de
compreensão do fenômeno científico.
O ensino de ciências, muitas vezes, na tentativa de oferecer aos alunos
uma aprendizagem significativa, com a realização das experiências,
acaba se confundindo e tornando as tentativas de experiências
científicas em práticas de ludicidade.
Evidentemente, a ludicidade não deve ser excluída do ensino de ciências
naturais, ao contrário, ela é aliada na significação e na promoção de um
ensino mais prazeroso. No entanto, quando se consome em si mesma,
acaba contribuindo para a banalização, já que o entendimento,
aprendizado e a apreensão do fenômeno científico não terá sido
alcançado.
No compromisso de garantir o desenvolvimento de competências na
área do conhecimento de ciências naturais, é possível obter um melhor
entendimento de como ocorrem os fenômenos científicos e como eles
têm ligação direta com o contexto social.
Provavelmente, será mais fácil manter o interesse pela aula por meio
das experimentações, da pesquisa e do aprofundamento nas ciências
da natureza. Muitas vezes, os alunos já têm curiosidade sobre alguns
fenômenos e veem a necessidade de resolver essas dúvidas, o que o
professor deve estimular e desenvolver nos alunos que ainda não
desenvolveram.
O papel do professor não é somente daquele que
ensina, mas também daquele que possibilita o
desenvolvimento do interesse de aprender.
Nos casos em que não é possível para o aluno chegar à solução
observando seu cotidiano, constata-se a importância do letramento
científico, muito incentivado pela experimentação. Veja como
funcionaria uma experiência científica para o aluno, guiada pelo
professor:
 O professor, quando se propõe a realizar uma
experiência científica juntamente com seus alunos,
utiliza ação pedagógica na qual a prática social
está inserida. Mesmo antes de começar o
l á f õ
experimento, os alunos já fazem suas suposições e
interpretações, com base em seus conhecimentos
prévios, caracterizados por prática social inicial. É a
sintonia entre a vida e a ciência, que se apresentam
em uma simbiose perfeita.
 Durante todo o experimento, o aluno articula
possíveis hipóteses e resultados. Quando os
questionamentos são respondidos, novos
conhecimentos científicos terão sido absorvidos
por meio de uma problematização em forma de
experiência no ambiente escolar, e essa informação
será utilizada para outra matéria, aula, e em sua
vida cotidiana.
 Dessa maneira, a escola se torna um centro de
interesse para o aluno, absorvendo-o por meio de
suas potencialidades, em diversas atividades
educativas, sendo o principal instrumento da
aprendizagem.
Afinal, “ensinar bem é ensinar apelando para as capacidades que o
aluno já possui” (DEWEY, 1980, p. 176). Dessa maneira, o letramento
científico começa e continua, a partir da própria vivência, não reforçando
o senso comum, mas elucidando os fatos do cotidiano com a
explicação científica e aproveitando dos acontecimentos da vida, como
objeto de pesquisa, de aprofundamento, de desvelamento.
Princípios éticos sustentáveis em
ciências naturais
Ciências da natureza e cidadania
Neste vídeo, a especialista demostra a importância de um planejamento
sustentável do âmbito de políticas públicas somado ao necessário
comprometimento individual para construção da cidadania.
Segundo a BNCC, os alunos devem conhecer seu potencial como
veículo de transformação da sociedade, pois ela está em constante
evolução e renovação. É essencial que tenham consciência sobre os
sentidos e significados da cidadania, e visem a uma sociedade justa,
democrática e sustentável. É preciso desenvolver a compreensão de que
são interessantes atitudes pessoais, porém também é importante agir
em conjunto, com outras pessoas, tendo como objetivo tornar o mundo

em que vivemos mais igualitário, ético, flexível, inclusivo, solidário entre
outros.
O art. 225, incisos I e VII, da Constituição Federal, com seus sete
parágrafos definindo as incumbências do poder público acerca da
proteção do meio ambiente, é rígido e claro ao legislar que:
Todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida,
impondo-se ao poder público
e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para
as presentes e futuras
gerações.
(BRASIL, 1988)
A Constituição Federal tem competência para garantir as condições
vitais dos cidadãos e nela estão contidas as responsabilidades
daqueles que devem zelar pela integridade da vida.
É evidente que as políticas públicas devem resguardar os direitos vitais
pelo estabelecimento das legislações e ações concretas. No entanto,
nessa reflexão, não é possível renunciar ao papel individual de cada
pessoa, de cada cidadão. Essa é uma questão para todos. Nesse
contexto de emergência, a BNCC recorda, apela e não deixa esquecer o
legado da educação. A BNCC indica a educação integral e de caráter
global, pois todos somos responsáveis pela sustentabilidade, pela
inclusão, pela vida em todas as suas dimensões.
Nesse cenário, as ciências naturais ganham destaque, pois circundam
os fenômenos naturais e oferecem inúmeras formas de compreensão
dos perigos que colocam a vida em risco, mas, igualmente, oferecem
caminhos, estratégias e ações para preservá-la. Reside aí a significância
de formar para a sustentabilidade, para os princípios éticos
sustentáveis.
Para aprimorar a sociedade, de maneira sustentável, ética, inclusiva, a
BNCC traçou objetivos para os professores desenvolverem com os
alunos até o final do ensino fundamental uma etapa obrigatória da
educação básica:
Direitos e responsabilidades
Os alunos precisam conhecer seus direitos e suas
responsabilidades, no sentido de que devem saber se impor
quando necessário para defender seus direitos, assim como
devem cumprir suas responsabilidades. E o julgamento de
interesses de como se posicionar deve ser pensando no bem
comum, além de suas vontades pessoais.
Decisões
Os alunos precisam ter o discernimento de analisar suas
opções na hora de decidir algo, pensar no coletivo, como isso
afeta a sociedade ou os envolvidos e se responsabilizar pelas
suas escolhas.
Consequências
Analisar possíveis consequências, pensar antes de agir, refletir
sobre como suas atitudes podem impactar os demais ou até a
si mesmos no futuro.
Valores
Entender seus próprios valores, identificar quais valores são
importantes para eles. Refletir sobre atitudes, levando seus
valores em consideração, como será o reflexo neles e nos
outros.
Ética
Saber identificar conflitos éticos, para se posicionar e tomar
decisões de forma ética.
Interação social e liderança
Saber realizar projetos escolares em grupos, conseguir se
comunicar com as pessoas passando a sua visão, saber se
organizar para gerir recursos e pessoas.
Problemas
Lidar com problemas complexos, conseguir lidar com
situações desagradáveis, muitas vezes com situações novas, e
encarar o desafio, propondo possíveis soluções.
A BNCC espera que, até o fim do ensino fundamental, uma etapa da
educação básica obrigatória para todos, os alunos já tenham construído
autonomia e saibam ponderar suas atitudes e decisões, aprendendo e
aperfeiçoando com o passar do tempo, na prática e experiência da vida,
de forma gradual. Os professores devem estar preparados para
promover espaço para que os alunos desenvolvam suas competências.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(CISCOPAR - Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do
Paraná- 2015 - Pedagogo) O método pedagógico da pedagogia
histórico-crítica contempla as seguintes etapas: prática social
inicial, problematização,instrumentalização, catarse e prática social
final. O principal defensor dessa tendência pedagógica é
Parabéns! A alternativa E está correta.
O método pedagógico da pedagogia histórico-crítica é de Dermeval
Saviani. O método conta com cinco etapas que devem nortear o
processo de ensino-aprendizagem, ser significativas e contemplar a
análise da realidade: prática social inicial, problematização,
instrumentalização, catarse e prática social final. Vygotsky é o
criador da proposta da aprendizagem pela zona proximal. John
Dewey foi o criador da educação progressiva que defendia a escola
como a própria vida e não como uma imitação da vida. Paulo Freire
foi quem criou a pedagogia do oprimido e propôs uma educação
como prática de liberdade. Piaget foi o criador do estágio do
desenvolvimento.
Questão 2
(Adaptada de VUNESP - 2011 - SAP-SP - Analista Sociocultural –
Pedagogia) A nação brasileira, por meio de suas instituições, e no
âmbito de seus entes federativos, vem assumindo
responsabilidades crescentes para que a educação básica seja
prioridade nacional como garantia inalienável do exercício da
cidadania plena. A BNCC espera que, até o final do ensino
fundamental, uma etapa obrigatória da educação básica para todos,
os alunos já:
I - Saibam impor-se quando necessário para defender seus direitos,
assim como devem cumprir suas responsabilidades.
II - Tomem decisões e possuam o discernimento de analisar suas
A Lev Vygotsky.
B John Dewey.
C Jean Piaget.
D Paulo Freire.
E Dermeval Saviani.
opções, opiniões na hora de decidir algo, pensar no coletivo.
III - Saibam pensar antes de agir e reflitam sobre como suas
atitudes podem impactar os demais ou até a si mesmo no futuro.
IV - Reflitam sobre atitudes levando seus valores em consideração,
compreendendo que escolhas pessoais não causam reflexos nos
outros.
V - Saibam identificar conflitos éticos, evitem se posicionar, e
tomem decisões de forma ética, lidando com problemas complexos
propondo possíveis soluções.
Parabéns! A alternativa B está correta.
A educação básica é obrigatória pela Lei de Diretrizes e Bases nº
9394/1996 e pela Constituição Federal de 1988. Quatro dos tópicos
apresentados fazem parte do que se espera do perfil do egresso do
aluno do ensino fundamental, que dura nove anos, do 1º ao 9º ano.
Está incorreta a opção que apresenta que as escolhas pessoais não
causam reflexos nos outros, já que o exercício da cidadania nos
exige pensar no bem comum e as ações pessoais não estão
isoladas do todo social.
A Estão corretas somente I, II, III, IV.
B Estão corretas somente I, II, III, V.
C Estão corretas somente I, II, IV, V.
D Estão corretas somente II, III, IV, V.
E Estão corretas somente III, IV, V.
3 - Informação cienti�ca e tecnológica
Ao �nal deste módulo, esperamos que você relacione informação cientí�ca e tecnológica ao
desenvolvimento do letramento cientí�co com a aplicação das competências indicadas pela
BNCC para a aprendizagem de ciências naturais.
Letramento cientí�co e tecnológico
A prática para as ciências naturais de acordo com a BNCC pode ser
compreendida na orientação para o desenvolvimento do letramento
científico dos alunos. A aprendizagem, ao longo da educação básica,
deve ser um itinerário de formação para a compreensão e intervenção
do mundo, levando em consideração o conhecimento científico, o saber
tecnológico, sintonizando ciência e vida nas mais variadas dimensões
da existência.
Juntando todos esses fatores e o “apetite” pelo saber, próprio da
infância, da adolescência e da juventude, no sentido cronológico, mas
também do sentido figurado, considerando que não há idade para o
encantamento científico, podendo ocorrer também mais tarde, é o que
faz destacar o trabalho na educação de jovens e adultos (EJA).
O ensino das disciplinas da área de ciências da natureza deve levar o
aluno a entender o dinamismo e a integração entre os conteúdos. Deve
ser o grande motivador e incentivador da pesquisa e da construção do
pensamento científico. O emprego de metodologias ativas pode facilitar
o processo de ensino aprendizagem. O ensino-aprendizagem de
ciências, que deveria levar à pesquisa e ao aprofundamento, à
construção do pensamento científico e à aplicação desses
aprendizados na vida, em muitos casos, termina na execução da
experimentação, pois o entendimento do fenômeno científico não foi
compreendido.
Portanto, uma das essenciais contribuições das
ciências da natureza na formação de competências é
fazer com que as experiências, teóricas e práticas
superem a reação imediata do real representado,
partindo para a compreensão científica do fenômeno.
Há especificidades para cada área do conhecimento na BNCC, e as
ciências da natureza têm sua essência, sua contribuição formativa para
a educação integral. Cada área tem um conjunto de métodos, códigos e
campos que são propriamente dela.
Atenção!
Devemos ter cuidado para que a área seja respeitada em suas
especificidades, em seus direcionamentos teóricos e práticos. Não se
trata de uma compartimentalização do conhecimento, tampouco de
fragmentação. Esses são problemas que a própria BNCC critica e almeja
superar.
A área do conhecimento é uma garantia das competências específicas e
dos componentes curriculares essenciais, base comum curricular para a
formação integral. Essas competências e componentes curriculares
serão aliados para a formação de competências da prática social e de
princípios éticos sustentáveis.
O uso de metodologias ativas e recursos didáticos variados é essencial
no processo de ensino-aprendizagem, de maneira que colabora com o
aluno no entendimento do problema e o auxilia a pensar de forma ativa
no desenvolvimento de hipóteses.
Aprendizagem significativa e metodologias ativas têm feito parte com
frequência do cotidiano da educação escolar. A aplicação das
metodologias ativas está pautada no processo ensino-aprendizagem,
tendo o aluno como protagonista do processo, portanto, não está
centrada na figura do professor.
Além disso, é fundamentada pelo desenvolvimento das habilidades e
das competências, promovendo aprendizagem que viabilize a
capacidade de desenvolver problemas, motivando a busca de
informações, a autoavaliação, a avaliação grupal, entre outras
possibilidades, ressignificando o interesse dos alunos pela vida escolar.
As metodologias ativas propiciam ao aluno um aprendizado mais
participativo e como sujeito ativo, passando a ser o centro do processo
de ensino-aprendizagem.
A tecnologia muito colabora para a implementação de metodologias
ativas. O uso de jogos em sala de aula durante o processo de ensino-
aprendizagem é muito positivo, por desenvolver nos alunos discussões
e conversas sobre o assunto tratado por meio de uma competição.
A gamificação é uma das metodologias ativas e é colaborativa, pois
promove a condição do aluno como protagonista de sua aprendizagem.
Ciências naturais e educação infantil
Letramento cientí�co
Você sabe o que é letramento científico? Neste vídeo, entenderemos seu
conceito e também a importância de inseri-lo no contexto da educação
básica o mais cedo possível.

A educação básica compreende:
A educação infantil
Creche, pré-escolar.
O ensino fundamental
1º ao 5º ano; 6º ao 9º ano.
O ensino médio
1º ao 3º ano.
Para a educação infantil, primeira etapa da educação básica, a BNCC é
pensada pela ótica de aprendizagens, e o desenvolvimento tem como
eixos estruturantes as interações e a brincadeira.
Os verbos (ações) que definem e asseguram esses direitos são:
conviver, brincar, participar, explorar, expressar-se e conhecer-se.
Para atingir tais metas, a BNCC para educação infantil está estruturada
em cinco campos de experiências que definem os objetivos e
desenvolvimento:
o eu, o outro e o nós;
corpo, gestos e movimentos;
traços, sons, cores e formas;
escuta, fala, pensamento e imaginação;
espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
A BNCC instrumentaliza e organiza o que estápreconizado nas
diretrizes curriculares nacionais da educação infantil (DCNEI, Resolução
CNE/CEB nº 5/2009). Entre as páginas 35 e 53, a BNCC trata
especificamente da etapa da educação infantil.
Comentário
Na educação infantil, as ciências naturais têm igualmente um essencial
e relevante papel e lugar, pois nas atividades dos cinco campos de
experiências deve estar implícito e explícito o letramento científico.
Há uma gama de possibilidades para que as crianças experimentem as
interrogações acerca dos fenômenos que envolvem as ciências da
natureza e sua descoberta.
Não se conhece a infância: com as falsas
ideias que dela temos, quanto mais longe
vamos, mais nos extraviamos. Os mais
sábios apegam-se ao que importa que
sabiam os homens, sem considerar que as
crianças se acham em estado de aprender.
Eles procuram sempre o homem na criança,
sem pensar no que esta é antes de ser
homem.
(ROUSSEAU, 1995, p.76)
A BNCC possibilita a compreensão de que a educação infantil é a etapa
privilegiada da imaginação, da ludicidade e da brincadeira. No entanto, a
BNCC não retira, não minimiza, não reduz a educação infantil a uma não
etapa de letramento científico, ao contrário, potencializa essa etapa tão
favorável para explorar a busca, o desejo de saber, a liberdade da
criação e da interpretação. É a fase da curiosidade natural, da
interrogação investigativa e observadora que deve ser motivada,
cultivada. É o cientista que já se apresenta.
A BNCC indica uma prática pedagógica que relacione experiências e
saberes das crianças com uma intencionalidade educativa e promova
situações para a produção científica.
Na educação infantil, as condições para que
as crianças aprendam em situações nas
quais possam desempenhar um papel ativo
em ambientes que as convidem a vivenciar
desafios e a sentirem-se provocadas a
resolvê-los, nos quais possam construir
significados sobre si, os outros e o mundo
social e natural.
(BRASIL, 2018 p. 35)
Competências: ensino fundamental e
médio
A BNCC traça competências específicas para a área de ciências da
natureza no ensino fundamental e no ensino médio. As competências
especificas para o ensino fundamental, que podemos interpretar como a
prática na área de ciências naturais propostas pelo BNCC (BRASIL, 2018,
p. 321), são:
1.
Compreender as ciências da natureza como empreendimento
humano, e o conhecimento científico como provisório, cultural e
histórico.
2.
Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das
ciências da natureza, bem como dominar processos, práticas e
procedimentos da investigação científica, de fato a sentir
segurança no debate de questões científicas, tecnológicas,
socioambientais e do mundo do trabalho. Portanto, continuar
aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva.
3.
Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e
processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico
(incluindo o digital), como também as relações que se estabelecem
entre eles. Ou seja, exercitando a curiosidade para fazer perguntas,
buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com
base nos conhecimentos das ciências da natureza.
4.
Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e
culturais da ciência e de suas tecnologias para propor alternativas
aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo aqueles relativos
ao mundo do trabalho.
Já para o ensino médio, encontramos na BNCC (BRASIL, 2018, p. 554):
1.
Verificar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base
nas interações e relações entre matéria e energia, para propor
ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos
produtivos, minimizem impactos socioambientais e melhorem as
condições de vida em âmbito local, regional e global.
2.
Analisar e utilizar interpretações sobre a dinâmica da vida, da Terra
e do cosmos para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o
funcionamento e a evolução dos seres vivos e do universo, e
fundamentar e defender decisões éticas e responsáveis.
3.
Investigar situações-problema e avaliar aplicações do
conhecimento científico e tecnológico e suas implicações no
mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das
ciências da natureza, para propor soluções que considerem
demandas locais, regionais e/ou globais. Ou seja, comunicar suas
descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos
contextos e por meio de diferentes mídias e tecnologias digitais de
informação e comunicação (TDIC).
A BNCC aborda diferentes matérias em conjunto, no caso das ciências
naturais, a união com disciplinas envolvendo tecnologia, como
engenharia, física, entre outras.
A forma metodológica é a transdisciplinaridade, adotada com o objetivo
de solucionar problemas e desenvolver novos projetos que acrescentem
algo positivo à população com seus resultados. A transdisciplinaridade
é o viés para que sejam rompidas as barreiras entre as disciplinas e seja
possível uma intercomunicação por meio de tema comum, conhecido
como tema transversal.
Para colocar essa ideia na prática, cinco passos devem ser seguidos:
Investigação
Nesta etapa, o estudante precisa fazer uma pesquisa sobre o
tema escolhido para seu projeto, pois ele não deve receber
essas informações, mas buscá-las para ser o mais ativo
possível em sua pesquisa.
Descoberta
Nesta etapa, conforme o projeto anda, o aluno absorve o
conteúdo sobre seu projeto, aumentando sua curiosidade e já
começando a elaborar possíveis soluções.
Conexão
Nesta etapa, o aluno trabalhará de forma transdisciplinar; após
suas pesquisas e a elaboração de possíveis hipóteses, ele deve
uni-las, passando a trabalhar utilizando o conhecimento de
cada conteúdo de forma integrada.
Criação
Nesta etapa, hipóteses sobre como solucionar o tema central
de seu projeto devem ser levantadas, com todos os conteúdos
unificados. Assim, diversas maneiras distintas para se
experimentar surgirão, com isso, devem ser filtradas; e as que
melhor responderem ao problema em questão devem ser
selecionadas para experimento.
Re�exão
Nesta etapa o objetivo é estimular o pensamento crítico por
meio da reflexão sobre o processo de ensino-aprendizagem.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Em 2017, foi instituído um documento normativo que define o
conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais a
serem desenvolvidas ao longo das etapas e modalidades da
educação básica. A partir do previsto na BNCC, é possível afirmar
que o ensino-aprendizagem de ciências deve:
I. Fazer com que as experiências, teóricas e práticas, superem a
reação imediata do real representado, partindo para a compreensão
científica do fenômeno.
II. Levar à pesquisa e ao aprofundamento, à construção do
pensamento científico e à aplicação dele na vida.
III. Reforçar a reação imediata do real e a construção do
pensamento pelas bases do senso comum, compreendendo com
mais clareza os fenômenos.
A Somente I, II estão corretas.
Parabéns! A alternativa A está correta.
Está previsto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o
ensino de ciências naturais que o aprendizado supere a reação
imediata do real e desenvolva o letramento científico, o que
possibilita a aplicação do conhecimento à vida e que a vida seja
levada para a reflexão.
Questão 2
(AMEOSC - 2021 - Prefeitura de Mondaí - SC - Professor de
Ciências) Das competências específicas para o ensino de ciências
da natureza para o ensino fundamental, para comunicar, acessar e
divulgar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas
das ciências da natureza de forma crítica, obrigatória, reflexiva e
ética, a BNCC recomenda que o aluno
B Somente I, III estão corretas.
C Somente I está correta.
D Somente II está correta.
E Somente III está correta.
A
utilize diferentes linguagens e tecnologias digitais
de informação e comunicação.
B
construa argumentos com base em dados,
evidênciase informações confiáveis.
C
compreenda as ciências da natureza como
empreendimento humano.
Parabéns! A alternativa A está correta.
Por meio do uso de diferentes linguagens e tecnologias digitais de
informação e comunicação, é possível acessar e divulgar
informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das
ciências da natureza de forma crítica, obrigatória, reflexiva e ética.
Considerações �nais
Como vimos durante nossos estudos, a BNCC destaca o ensino de
ciências naturais desde a educação básica, por estar presente na vida
do aluno desde sempre, visto que a ciência está em tudo o que nos
cerca, desde a natureza, a eletricidade, o remédio etc., por isso
valorizando o letramento científico.
Também abordamos que a BNCC, nas ciências naturais, prega
habilidades sobre o entendimento dos recursos naturais que temos
disponíveis em nosso planeta e por que devemos usá-los com
sabedoria, assim como enfatiza a sustentabilidade. Para a BNCC, a
construção da autonomia é um evento importante que deve ser
trabalhado pelo corpo docente, com intuito de orientar os alunos sobre
quais prioridades devem ser lembradas na hora de se fazer uma
escolha.
Por fim, vimos as informações científicas evidenciadas pela BNCC no
ensino fundamental e médio, juntamente com as informações
tecnológicas.
D compreenda o conhecimento científico como
provisório, cultural e histórico.
E
compreenda o conhecimento científico como
imutável, cultural e histórico.

Podcast
Fique agora com a entrevista da especialista Cínthia Hoch, que
compartilha sua trajetória pessoal e profissional no âmbito da pesquisa.
Explore +
O Canal Ciência em Show, no YouTube, traz uma série de
experiências científicas, a maioria fundamentada teoricamente, que
podem ser facilmente replicadas no âmbito da educação escolar.
O site Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações traz não
somente atualização no âmbito nacional acerca do
desenvolvimento da pesquisa científica no país, como também
possibilidade de bolsas e concurso, cujo objetivo é valorização do
saber científico.
O portal Plataforma BNCC, em parceria com Ministério da
Educação, traz inúmeras possibilidades de aplicação e discussão
da BNCC em diversas áreas do conhecimento.
Leia o artigo História do ensino de ciências na educação básica no
Brasil (do Império até os dias atuais), de Inara Carolina da Silva-
Batista e Renan Rangel Moraes, publicado na Revista Educação
Pública, que apresenta um panorama simplificado mas relevante
sobre o tema.
O Programa de Rádio Tome Ciência, disponível no Portal Domínio
Público, permite baixar uma série de programas, agrupados por
temas, a fim de resgatar o áudio como ferramenta de ensino.
Referências
ARCE, Alessandra; SILVA, Debora A. S. M. da; VAROTTO, Michele.
Ensinando ciências na educação infantil. Campinas: Alínea, 2011. 133 p.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular.
Brasília, DF: MEC, 2018.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Brasília, DF: Casa Civil, 1988. Consultado na internet em: 2 mar. 2022.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Carta da Terra. Consultado na
internet em: 1 mar. 2022.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares
Nacionais: Ciências Naturais/ Secretaria de Educação Fundamental.
Brasília, DF: MEC/CEF, 1997.
BACHAELARD, G. A formação do espírito científico. Rio de Janeiro:
Contraponto, 1972.
CURRÍCULO. In: DICIONÁRIO Michaelis. Consultado na internet em: 26
fev. 2022.
DEWEY, John. Coleção Os Pensadores. São Paulo, Abril Cultural, 1980.
ROUSSEAU. J. Emílio ou Da Educação. São Paulo, Martins Fontes, 1995.
SAVIANI, D. Escola e democracia. 31. ed. Campinas: Autores
Associados, 1997.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 11. ed.
Campinas: Autores Associados, 2011.
TEIXEIRA, Anísio. Pequena Introdução à Filosofia da Educação - A
Escola Progressiva ou a Transformação da escola. Rio de Janeiro:
DP&A, 2000.
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