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INCONTINÊNCIA URINÁRIA FISIOLOGIA DA MICÇÃO Comandada por 3 sistemas nervosos: Simpático Parassimpático (AUTÔNOMO) Somático -> Voluntário Fibras Parassimpáticas: motoras (receptor M3) + sensitivas (distensão e dor) Fibras Simpáticas: inibidora (detrusor β3) + motora (esfíncter interno α1) + sensitivas Somático: motora (esfíncter externo + assoalho pélvico) + sensitiva (colo vesical) 2 FASES: ENCHIMENTO VESICAL E ESVAZIAMENTO Capacidade vesical normal 300 a 750ml Ciclos a cada 4 horas -> predomínio do ciclo de enchimento 1º desejo de urinar -> 60% da capacidade vesical DEFINIÇÃO: Incontinência Urinária é qualquer perda involuntária de urina, causando problema social ou higiênico Classificação: Incontinência Urinária de Esforço Incontinência Urinária de Urgência – Sd da bexiga hiperativa Incontinência Urinária Mista EPIDEMIOLOGIA: Pelo menos 40% das mulheres já tiveram algum episódio de IU Em torno de 60% das mulheres acima de 60 anos tem IU Maioria das pacientes com incontinência possuem incontinência urinária de Esforço FATORES DE RISCO: · Gestação · Parto normal · DPOC · Idade Avançada · Diabetes Mellitus · Obesidade INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO: Perda urinária que ocorre após exercício físico, riso, tosse, espirro. 2 categorias: Hipermobilidade do colo vesical: alterações no mecanismo uretral extrínseco, secundário à mudança da posição do colo vesical e da uretra proximal. Pressão de perda >90 cmH2O Insuficiência esfincteriana intrínseca: inabilidade do mecanismo esfincteriano uretral. Pressão de perda <60 cmH2O INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE URGÊNCIA OU BEXIGA HIPERATIVA: Perda de urina devido à urgência miccional Presença de contrações do músculo detrusor durante a fase de enchimento vesical, desencadeada espontaneamente ou em resposta a estímulos, demonstrada de forma objetiva, quando a paciente tenta inibir a contração. Sintomas: urgência, aumento de frequência urinária, noctúria, falta de controle ao tentar inibir a micção INCONTINENCIA URINARIA MISTA: Em situações de esforço, além das deformidades anatômicas apresentam contrações não inibidas do detrusor DIAGNÓSTICO: História Clínica: início de sintomas, frequência, gravidade, hábito intestinal e impacto na qualidade de vida. Associação com esforço ou urgência Exame Físico: deprivação estrogênica, distopias pélvicas, presença de fístulas, sequelas cirúrgicas Exames complementares: · Teste do cotonete · Teste do absorvente · Diário miccional · Avaliação Urodinâmica AVALIAÇÃO URODINÂMICA: Analisa as relações entre a pressão abdominal, vesical e uretral nas diversas fases de enchimento da bexiga. Indicação: incontinência urinária, obstrução infravesical e disfunção vesical de origem neurogênica, falha terapêutica, necessidade da confirmação diagnóstica, Intervenção cirúrgica planejada, alterações no fluxo e retenção urinária, prolapso genital associado. Componentes da avaliação urodinâmica: Urofluxometria Cistometria Estudos miccionais de fluxo e pressão Estudos de pressão uretral Eletromiografia do esfíncter uretral externo Videourodinâmica TRATAMENTO: Fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico Treinamento vesical Diminuição do consumo de cafeína e tabagismo Estrogênio tópico Cinesioterapia e eletroestimulação FARMACOLÓGICO: Incontinência Urinária de Urgência ou Mista Anticolinérgicos: Oxibutinina, 2,5mg, 3x ao dia Solifenacina 5-10mg/dia Contraindicações: Glaucoma de Ângulo fechado e arritmia cardíaca Inibidor de recaptação de serotonina: Imipramina 25-75 mg/dia Incontinência Urinária de Esforço: Inibidor de recaptação de serotonina Duloxetina – 40mg 2x/ dia Botox Neuromodulação sacral
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