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Guia de Bolso de 
NEONATOLOGIA
2ª Edição
Irmandade da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo
José Luiz Egydio Setúbal
Provedor da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia 
de São Paulo (ISCMSP).
José Carlos Ferrreira Villela
Superintendente da Irmandade da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo (ISCMSP).
Marcelo Mercadante
Diretor Clinico da Irmandade da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo (ISCMSP).
Rogério Pecchini
Diretor Técnico do Hospital Central da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo (ISCMSP).
Valdir Golin
Diretor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa 
de Misericórdia de São Paulo (FCMSCSP).
José Eduardo Lutaif Dolci
Diretor do Curso de Medicina da Faculdade de Ciências 
Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo 
(FCMSCSP).
Marco Aurélio P. Sáfadi
Diretor do Departamento de Pediatria da Irmandade 
da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP).
Mauricio Magalhães
Chefe do Serviço de Neonatologia do Departamento 
de Pediatria da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia 
de São Paulo (ISCMSP).
Editores
Mauricio Magalhaes
Francisco Paulo Martins Rodrigues
Clery Bernardi Gallacci
Paulo Roberto Pachi
Maria Renata Tollio Chopard
Tabajara Barbosa Lima Neto
Guia de Bolso de 
NEONATOLOGIA
2ª Edição
EDITORA ATHENEU
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
MAGALHÃES, M.; RODRIGUES, F.P.M; GALLACCI, C.B; PACHI, P.R.; CHOPARD, M.R.T.; LIMA NETO, T.B.
Guia de Bolso de Neonatologia – 2ª Edição
©Direitos reservados à Editora Atheneu – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, 2016.
São Paulo — Rua Jesuíno Pascoal, 30 
 Tel.: (11) 2858-8750 
 Fax: (11) 2858-8766
 E-mail: atheneu@atheneu.com.br
Rio de Janeiro — Rua Bambina, 74
 Tel.: (21)3094-1295
 Fax: (21)3094-1284
 E-mail: atheneu@atheneu.com.br
Belo Horizonte — Rua Domingos Vieira, 319 — conj. 1.104
Guia de bolso de neonatologia / editor Mauricio
Magalhães. -- 2. ed. -- São Paulo : Editora
Atheneu, 2016.
Bibliografia
ISBN 978-85-388-0727-8
1. Neonatologia 2. Recém-nascidos - Doenças -
Diagnóstico 3. Recém-nascidos - Doenças -
Diagnóstico - Tratamento I. Magalhães, Maurício.
16-06082 CDD-618.9201
CAPA: Equipe Atheneu
PRODUÇÃO EDITORIAL: MWS Design
Índices para catálogo sistemático:
1. Neonatologia : Medicina 618.9201
2. Pediatria neonatal : Medicina 618.9201
Editores
Mauricio Magalhães
Professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo. Médico Neonatologista do Hospital 
Israelita Albert Einstein. Chefe do Serviço Neonatologia do 
Departamento de Pediatria da Santa Casa de Misericórdia 
de São Paulo.
Francisco Paulo Martins Rodrigues
Mestre e Doutor em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da 
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.Professor da Faculdade de 
Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. 
Médico Assistente do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo. Médico Neonatologista do Hospital 
Municipal Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha, São Paulo.
Clery Bernardi Gallacci
Doutora em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade 
de São Paulo. Professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa 
Casa de Misericórdia de São Paulo. Médica Assistente do Serviço de 
Neonatologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. 
Médica Responsável pelos Berçários Setoriais do Hospital e 
Maternidade Santa Joana.
Paulo Roberto Pachi
Mestre e Doutor em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da 
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.Professor da Faculdade de 
Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.Médico 
Assistente do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de Misericórdia 
de São Paulo. Médico Neonatologista da Maternidade Pro Matre 
Paulista.
Maria Renata Tollio Chopard
Mestre em Pediatria pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa 
Casa de Misericórdia de São Paulo. Médica Assistente do Serviço de 
Neonatologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Tabajara Barbosa Lima Neto
Médico Neonatologista pela Santa Casa de Misericórdia 
de São Paulo.
Colaboradores
Adriana Nishimoto Kinoshita
Médica Residente de Neonatologia do Departamento de Pediatria da 
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Alexandre Netto
Médico Assistente do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo. Médico Neonatologista do Hospital e 
Maternidade São Luiz.
Amanda Melhado
Médica Assistente do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo. Médica Neonatologista do Hospital 
Israelita Albert Einstein.
Ana Luiza Teixeira Balloti
Médica do Curso de Especialização de Neonatologia do 
Departamento de Pediatria da Santa Casa de Misericórdia 
de São Paulo.
Beatriz Helena de Morais Millioni
Ex-Residente de Neonatologia do Departamento de Pediatria da 
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Daniella Gregoria Bonfim Prado da Silva
Médica Assistente do Serviço de Infectologia Pediátrica da Santa 
Casa de Misericórdia de São Paulo.
Eliana Tiemi Maekawa
Ex-Residente de Neonatologia do Departamento de Pediatria da 
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Eliane Redondo
Especialista em Terapia Intensiva e Nefrologia pela UNIFESP.
Docente da Escola de Enfermagem da Santa Casa de São Paulo.
Élida Nicolau Silva Amorim
Ex-Residente de Neonatologia do Departamento de Pediatria da 
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Erica Vince Marrara
Ex-Especializanda de Neonatologia do Departamento de Pediatria da 
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Fernando Lamano Ferreira
Ex-Assistente do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo.Pós-graduado em Perinatologia pelo 
Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Israelita Albert Einstein.
Fernando Perroud da Silveira Foresti
Médico Residente de Neonatologia do Departamento de Pediatria da 
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Gabriel F. T. Variane
Médico Assistente do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo. Médico Neonatologista do Hospital e 
Maternidade Santa Joana.
Gabriela Pereira de Almeida Rossetti
Médica Assistente do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo. Médica Neonatologista do Hospital e 
Israelita Albert Einstein.
Inez Carvalho Oliveira 
Médica Assistente do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo. Médica Neonatologista do Hospital e 
Israelita Albert Einstein.
Ivan Cese Marchetti
Médico Residente do Serviço de Infectologia Pediátrica da Santa 
Casa de Misericórdia de São Paulo.
Juliana de Castro Maturana
Ex-Especializanda de Neonatologia do Departamento de Pediatria da 
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Livia Vargas de Souza Orrico Poli
Especialista em Fisioterapia Respiratória da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo. Especialista em Fisioterapia em Terapia 
Intensiva Neonatal da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Mara Silvia Battaglini Sanchez
Médica Assistente do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo. Médica da UTI Pediátrica do Hospital 
Infantil Cândido Fontoura. Médica da UTI Pediátrica do Hospital 
São Luiz Unidade Morumbi.
Marcela Chaves M. Pimenta Bosco 
Médica Assistente do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo.
Marcelo Massanori Okuma
Médico Assistente do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo. Médico Neonatologista do Hospital e 
Maternidade Santa Joana.
Marco Aurélio P. Sáfadi
Professor Adjunto da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa 
de Misericórdia de São Paulo. Diretor do Departamento de Pediatria 
e Puericultura da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Mariana Werneck Costa
Especialista em Fisioterapia Respiratória – ISCMSP.
Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva Neonatal 
– ISCMSP.
Marianna Corsante Monte
Ex-Assistente do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo. Médica Neonatoloistado Hospital Infantil 
Cândido Fontoura.
Marilia Mira Gonçalves
Ex-Especializanda de Neonatologia do Departamento de Pediatria da 
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Marta Lucas Teixeira Caldeirão
Especialista em Enfermagem Neonatal pelo Hospital das Clínicas da 
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Enfermeira 
Assistencial da UTI Neonatal da Santa Casa de Misericórdia 
de São Paulo. Professora da escola de Enfermagem da Santa Casa 
de Misericórdia de São Paulo.
Nathalie Fonseca Thurler
Médica Assistente do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo.
Paulo Woon Ki Hong
Médico Assistente do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo.
Pedro Augusto Pereira do Amaral
Ex-Especializando de Neonatologia do Departamento de Pediatria da 
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Rafaela Fabri Rodrigues
Médica Residente de Neonatologia do Departamento de Pediatria da 
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Renata Pereira Condes
Mestre em Psicologia Clínica pela PUC/SP. Especialista em 
Teoria, Pesquisa e Intervenção em Luto pelo 4 Estações Instituto 
de Psicologia. Psicóloga do Serviço de Psicologia da Santa Casa 
de Misericórdia de São Paulo. Membro do Departamento de Saúde 
Mental da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
Renato G. Gasperini
Médico Assistente do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo. Médico Neonatologista do Hospital e 
Israelita Albert Einstein.
Rodrigo de Jesus Gonçalves Figueredo
Médico Assistente do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo.
Sabrina Boni Braga de Carvalho
Médica Residente de Neonatologia do Departamento de Pediatria da 
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Sabrina Carreira Godoy
Especialista em Fisioterapia Respiratória – ISCMSP. Especialista em 
Fisioterapia em Terapia Intensiva Neonatal – ISCMSP.
Sandra Yuriko Kanashiro
Médica Assistente do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo. Médica Neonatologista do Hospital e 
Maternidade Santa Joana.
Sara Neves de Souza
Especialista em Cuidados Intensivos e Emergenciais à criança e ao 
Adolescente. Chefe de Enfermagem do Departamento de Pediatria da 
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Silvia Rodrigues da Silva 
Médica Assistente do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo.
Simone Dutra Rodrigues Santos
Médica Assistente do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo.
Tatiana Paula de Souza Pereira 
Fonoaudióloga do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo.
Tiago Luna Lacerda
Médico Assistente do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo. Médico Neonatologista da Maternidade 
Pro Matre Paulista.
Victoria Catarina de Albuquerque Melo
Médica Assistente do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo. Responsável Técnica pela Equipe de 
Neonatologia da Casa Amparo Maternal. Médica Neonatologista do 
Hospital e Maternidade São Luiz - Unidade Anália Franco.
Prefácio à Segunda Edição
É com muita alegria e satisfação que temos a honra de prefaciar a segunda edição 
do Guia de Bolso de Neonatologia, realizado sob a coordenação do grupo responsável 
pelo serviço de neonatologia da Santa Casa de São Paulo.
As elevadas taxas de morbidade e mortalidade que caracterizam o período neonatal 
sempre foram um grande desafio aos pediatras neonatologistas, desde os primórdios 
da criação desta especialidade, no século passado. Nas últimas décadas, entretanto, 
obtivemos êxitos e avanços de fundamental importância para o aumento das taxas 
de sobrevida e especialmente para a diminuição das sequelas relacionadas com a 
prematuridade.
Nesse contexto, vale destacar a importância do grupo de neonatologia da 
Santa Casa de São Paulo, que vem há décadas formando profissionais que hoje 
desempenham importante papel em nível assistencial, de ensino e pesquisa não só no 
Brasil, mas também em outros países. A contribuição científica dos neonatologistas 
que trabalham em nossa Instituição, em parceria com a Faculdade de Ciências 
Médicas da Santa Casa de São Paulo, é inequívoca e consagrada na literatura médica, 
desde os pioneiros trabalhos que culminaram no reconhecimento da importância da 
fototerapia para o tratamento da icterícia neonatal até os mais recentes avanços no 
uso da hipotermia para diminuição da mortalidade e das sequelas neurológicas do 
recém-nascido asfixiado. 
Com uma linguagem prática e concisa, este guia contempla em diversos capítulos 
as principais patologias do recém-nascido, com protocolos objetivos e didáticos que 
procuram orientar e atualizar os profissionais que trabalham em unidades neonatais. 
Nestes capítulos, o leitor irá encontrar um resumo dos cuidados fundamentais no manejo 
das situações clínicas mais frequentes do dia a dia do neonatologista. 
Esperamos, com esta publicação, poder dividir com os leitores um pouco da nossa 
experiência e, assim, promover uma melhor assistência aos recém-nascidos que exigem 
cuidados intensivos.
São Paulo, agosto de 2016
Prof. Dr. Marco Aurélio P. Sáfadi 
A Neonatologia é uma especialidade médica que experimenta grandes avanços, 
passando pela utilização de incubadoras no início do século XX, introdução de 
ventilação mecânica com pressão positiva e sua evolução tecnológica, minimizando 
os efeitos deletérios decorrentes do seu uso. Outro, importante marco, foi o uso do 
surfactante exógeno, utilizado há mais de 20 anos e juntamente com o óxido nítrico 
inalatório diminuindo a mortalidade neonatal. E mais recentemente o uso da hipotermia 
corpórea reduzindo a mortalidade e as sequelas neurológicas nos asfixiados, associado 
a monitorização cerebral com o eletroencefalograma de amplitude integrada. Assim, o 
pediatra torna-se figura importante na diminuição da morbimortalidade infantil, neonatal 
precoce e tardia, que o Brasil vem apresentando.
Com toda evolução do conhecimento fisiológico, fisiopatológico e da terapêutica, 
notamos cada vez mais que o médico pediatra e neonatologista necessita de ferramentas 
que o auxiliam no dia a dia, estando ao lado e cuidando do recém-nascido, seja na 
terapia intensiva, na sala de parto ou no alojamento conjunto. A partir daí, surgiu a ideia 
de escrevermos um livro com características específicas, onde o aluno de medicina, o 
médico residente ou o pediatra tivesse à sua mão ou no bolso do avental um manual 
para consulta, sobre os principais problemas que acometem os neonatos. Esgotada a 
primeira edição e necessitando atualizações, quase obrigatoriamente fizemos esta nova 
edição, atualizando e escrevendo novos capítulos, dando ainda uma nova diagramação, 
que tornará esta obra uma ferramenta mais valorizada.
Nós, do Serviço de Neonatologia do Departamento de Pediatria da Santa Casa de 
São Paulo e da Faculdade de Ciências Médicas, pela experiência, conhecimento e análise 
Apresentação à Segunda Edição
da literatura, nos sentimos à vontade para elaborar, cuidadosamente, o presente livro, que 
auxiliará a todos que querem e se preocupam em oferecer o mais atual cuidado médico-
humanizado ao pequeno paciente, que dependerá desses cuidados para se tornar um 
adulto melhor.
São Paulo, agosto de 2016
Mauricio Magalhães
Sumário
Seção 1 – O Feto e o Parto
 1 Nomenclaturas, Avaliação de Idade Gestacional 
e Curvas de Crescimento Neonatal, 3
Pedro Augusto Pereira do Amaral
Tiago Luna Lacerda
 2 Repercussões Fetais e Neonatais de Doenças Maternas, 13
Marianna Corsante Monte
Pedro Augusto Pereira do Amaral 
 3 Reanimação Neonatal, 17
Francisco Paulo Martins Rodrigues
Pedro Augusto Pereira do Amaral
 4 Tocotraumatismo, 23
Francisco Paulo Martins Rodrigues
Seção 2 – O Recém-nascido e Condições Especiais
Parte 1 – Balanço Hídrico, Seus Distúrbios e Nutrição
 5 Balanço Hídrico e Distúrbios Hidroeletrolíticos e Metabólicos, 29
Beatriz Helena de Morais Miioni 
Clery Bernardi Gallacci
Mara SilviaBattaglini Sanchez
Victoria Catarina de Albuquerque Melo 
 6 Nutrição Parenteral Prolongada (NPP), 39
Beatriz Helena de Morais Miioni
Francisco Paulo Martins Rodrigues
Victoria Catarina de Albuquerque Melo
 7 Alimentação Enteral no RN, 43
Amanda Melhado
Ana Luiza Teixeira Balloti
Francisco Paulo Martins Rodrigues
 8 Níveis de Recomendação de Fármacos para Tratamento 
de Condições Comuns durante a Amamentação, 47
Beatriz Helena de Morais Miioni
Francisco Paulo Martins Rodrigues
Marianna Corsante Monte
Parte 2 – Neurologia e Seus Distúrbios
 9 Asfixia Perinatal, 59
Erica Vince Marrara 
Francisco Paulo Martins Rodrigues
Mauricio Magalhães
 10 Hipotermia Neuroprotetora, 63
Erica Vince Marrara 
Francisco Paulo Martins Rodrigues
Mauricio Magalhães
 11 Eletroencefalograma de Amplitude Integrada 
(aEEG) Indicações e Interpretação, 67
Gabriel F. T. Variane
Mauricio Magalhães
Renato G. Gasperini
 12 Convulsão Neonatal, 73
Gabriel F. T. Variane
Mauricio Magalhães
Renato G. Gasperini
 13 Hemorragia Peri-intraventricular, 77
Erica Vince Marrara 
Mauricio Magalhães
Parte 3 – Distúrbios Respiratórios
 14 Distúrbios Respiratórios no Período Neonatal, 83
Mauricio Magalhães
Paulo Roberto Pachi 
Rodrigo de Jesus Gonçalves Figueredo
 15 Uso do Surfactante e Protocolo do Uso Minimamente Invasivo, 91
Marília Mira Gonçalves
Mauricio Magalhães
Victoria Catarina de Albuquerque Melo
 16 Apneia de Prematuridade, 95
Ana Luiza Teixeira Balloti
Tabajara Barbosa Lima Neto
 17 Ventilação Mecânica em Neonatologia, 99
Maria Renata Tollio Chopard
Paulo Roberto Pachi 
Rodrigo de Jesus Gonçalves Figueredo
Parte 4 – Infecção
 18 Prevenção e Tratamento da Doença Perinatal 
pelo Estreptococo do Grupo B, 107
Nathalie Fonseca Thurler
Tabajara Barbosa Lima Neto
 19 Sepse Neonatal, 111
Fernando Perroud da Silveira Foresti 
Silvia Rodrigues da Silva 
Tabajara Barbosa Lima Neto
 20 Infecção Fúngica Neonatal, 117
Daniella Gregória Bonfim Prado da Silva
Élida Nicolau Silva Amorim
Gabriela Pereira de Almeida Rossetti
Marco Marco Aurélio P. Sáfadi
Tabajara Barbosa Lima Neto
 21 Enterocolite Necrosante, 121
Fernando Lamano Ferreira
Fernando Perroud da Silveira Foresti 
 22 Infecções Congênitas, 123
Francisco Paulo Martins Rodrigues
Mauricio Magalhães
Sabrina Boni Braga de Carvalho
Simone Dutra Rodrigues Santos
 23 HIV, 129
Fernando Perroud da Silveira Foresti
Francisco Paulo Martins Rodrigues
Ivan Cese Marchetti 
Simone Dutra Rodrigues Santos
 24 Hepatites B e C, 133
Rafaela Fabri Rodrigues
Simone Dutra Rodrigues Santos 
 25 Tuberculose, 135
Simone Dutra Rodrigues Santos 
 26 Prevenção da Infecção pelo Vírus Sincicial 
Respiratório – Palivizumabe, 137
Élida Nicolau Silva Amorim
Marcelo Massanori Okuma
Paulo Woon Ki Hong
 27 Microcefalia: Conduta nos Casos Suspeitos 
de Infecção pelo Zika Vírus, 139
Francisco Paulo Martins Rodrigues
Marco Aurélio P. Sáfadi
Pedro Augusto Pereira do Amaral
Parte 5 – Cardiologia e Distúrbios Hemodinâmicos
 28 Hipertensão Pulmonar Neonatal e Protocolo 
do Uso de Óxido Nítrico, 145
Ana Luiza Teixeira Balloti
Marcela Chaves M. Pimenta Bosco
Mauricio Magalhães
 29 Cardiopatias Congênitas, 147
Amanda Melhado
Marcela Chaves M. Pimenta Bosco
 30 Choque Neonatal, 151
Eliana Tiemi Maekawa 
Marcela Chaves M. Pimenta Bosco
Mauricio Magalhães
 31 Ecocardiografia Funcional, 155
Eliana Tiemi Maekawa
Marcela Chaves M. Pimenta Bosco
Rodrigo de Jesus Gonçalves Figueredo
 32 Persistência do Canal Arterial , 159
Fernando Perroud da Silveira Foresti
Rodrigo de Jesus Gonçalves Figueredo
Parte 6 – Doenças Hematológicas no Neonato
 33 Doenças Hematológicas no Neonato, 163
Juliana de Castro Maturana
Maria Renata Tollio Chopard
Victoria Catarina de Albuquerque Melo
Parte 7 – Miscelânea
 34 Icterícia Neonatal, 179
Clery Bernardi Gallacci
Francisco Paulo Martins Rodrigues
Sabrina Boni Braga de Carvalho
 35 Doença Metabólica Óssea, 187
Alexandre Netto
Sabrina Boni Braga de Carvalho
 36 Patologias Cirúrgicas no Período Neonatal, 191
Marcela Chaves M. Pimenta Bosco
Mauricio Magalhães
 37 Doença do Refluxo Gastroesofágico no Período 
Neonatal, 195
Mauricio Magalhães
Rafaela Fabri Rodrigues
 38 Insuficiência Renal Aguda, 197
Amanda Melhado
Fernando Lamano Ferreira
 39 Retinopatia da Prematuridade, 203
Paulo Roberto Pachi
Sabrina Boni Braga de Carvalho
 40 Procedimentos em Neonatologia, 207
Ana Luiza Teixeira Balloti
Sandra Yuriko Kanashiro
Simone Dutra Rodrigues Santos
 41 Principais Drogas Utilizadas em Neonatologia, 217
Alexandre Netto
Erica Vince Marrara
 42 Analgesia e Sedação no Recém-nascido, e Manejo 
da Síndrome de Abstinência, 223
Marcelo Massanori Okuma
Paulo Woon Ki Hong
Silvia Rodrigues da Silva
 43 Valores Laboratoriais, 233
Alexandre Netto
Élida Nicolau Silva Amorim
 44 Triagem Auditiva Neonatal (TAN), 239
Clery Bernardi Gallacci
Victoria Catarina de Albuquerque Melo
 45 Índice Prognóstico em UTI Neonatal, 243
Inez Carvalho Oliveira
Marianna Corsante Monte
 46 Vacinação do Prematuro, 247
Mauricio Magalhães
Parte 8 – Equipe Multiprofissional
 47 Cateter Central de Inserção Periférica, 253
Marta Lucas Teixeira Caldeirão
Sara Neves de Souza
 48 Humanização em Neonatologia, 257
Eliane Redondo
Renata Pereira Condes
 49 A Psicologia na UTI Neonatal, 259
Renata Pereira Condes
 50 Fisioterapia em Neonatologia, 261
Lívia Vargas de Souza Orrico Poli 
Sabrina Carreira Godoy
 51 O Papel do Fonoaudiólogo em Unidade de Terapia 
Intensiva Neonatal e Berçário de Risco, 267
Tatiana Paula de Souza Pereira
Parte 9 – Alta e Seguimento
 52 Critérios e Preparo de Alta do Prematuro, 273
Adriana Nishimoto Kinoshita
Inez Carvalho Oliveira
Paulo Roberto Pachi 
 53 Protocolo de Seguimento Ambulatorial do Prematuro, 275
Paulo Roberto Pachi
Rafaela Fabri Rodrigues
Parte 10 – Rotinas do Alojamento Conjunto
 54 Rotinas do Alojamento Conjunto, 281
Amanda Melhado 
Mauricio Magalhães 
Victoria Catarina de Albuquerque Melo
 0 Índice Remissivo, 291
O FETO E O PARTO
Seção 1
_Guia de Bolso de Neonatologia – Magalhães.indb 1 16/08/2016 11:12:51
_Guia de Bolso de Neonatologia – Magalhães.indb 2 16/08/2016 11:12:51
3
Mortalidade infantil
CoefiCiente de Mortalidade 
infantil (CMi)
Mortalidade infantil
•	 Coeficiente	de	Mortalidade	Infantil	(CMI)
Número	de	mortes	de	
menores	de	um	ano	de	vida
´	1.000
Número	de	nascidos	vivos
•	 Mortalidade	neonatal	precoce:	0-6	dias	de	
vida;
•	 Mortalidade	 neonatal	 tardia:	 7-27	 dias	 de	
vida;
•	 Mortalidade	pós-natal:	28-364	dias	de	vida.
noMenClatura téCniCa
•	 Nascido	 vivo:	 produto	 de	 concepção	 que,	
após	 expulsão	 ou	 extração	 completa	 do	
corpo	materno,	apresente	qualquer	sinal	de	
vitalidade	(respiração,	batimento	cardíaco,	
pulsação	 de	 cordão	 umbilical	 ou	 contra-
ção	muscular	 voluntária),	 estando	 ou	não	
desprendida	 a	 placenta.	 Para	 indicar	 pro-
cedimentos	 de	 reanimação	 neonatal,	 vale	
este	conceito,	independentemente	da	idade	
gestacional	ou	do	peso;
•	 Óbito	 fetal	 ou	natimorto:	 produto	de	 con-
cepção	 com	 idade	 gestacional	 de	 22	 se-
manas	ou	mais,	ou	peso	de	500	g	ou	mais,	
que,	 após	 expulsão	 ou	 extração	 completa	
do	corpo	materno,	não	apresente	qualquer	
sinal	de	vitalidade;
•	 Aborto:	produto	de	concepção	com	menos	
de	22	semanas	completas	de	idade	gestacio-
nal	ou	peso	menor	que	500	g.
Peso de nasCiMento
Idealmente,	pesar	até	a	primeira	hora	de	vida.
É	determinante	direto	da	mortalidade	neonatal.
ClassifiCação
•	 Baixo	peso:	<	2.500	g;
•	 Muito	baixo	peso:	<	1.500	g;
•	 Extremo	baixo	peso:	<	1.000	g.
idade gestaCional
ClassifiCação (oMs)
•	 Termo:	37-41	semanas	e	6	dias;
•	 Pós-termo:	a	partir	de	42	semanas;
•	 Pré-termo:	<	37	semanas;
nomenclaturas, avaliação de 
idade gestacional e Curvas 
de Crescimento neonatal
 Pedro Augusto Pereira do Amaral
 Tiago Luna Lacerda
1
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4
G u i a d e B o l s o d e N e o N at o l o G i a | c a p í t u l o 1
•	 Limítrofe:	36-36	semanas	e	6	dias;•	 Moderado:	31-35	semanas	e	6	dias;
•	 Extremo:	<	31	semanas;
•	 Tardio:	34-36	semanas	e	6	dias.
Peso Para a idade gestaCional
ClassifiCação
•	 Adequado	para	a	Idade	Gestacional	(AIG):	
p10	<	peso	<	p90;
•	 Grande	 para	 a	 Idade	 Gestacional	 (GIG):	
peso	>	p90;
•	 Pequeno	 para	 a	 Idade	 Gestacional	 (PIG):	
peso	<	p10;
•	 PIG	simétrico:	PC	<	p10;
•	 PIG	assimétrico:	PC	>	p10.
Usamos	no	Serviço	de	Neonatologia	da	Santa	
Casa	as	seguintes	curvas:
_Guia de Bolso de Neonatologia – Magalhães.indb 4 16/08/2016 11:12:51
5
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_Guia de Bolso de Neonatologia – Magalhães.indb 5 16/08/2016 11:12:52
6
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7
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8
G u i a d e B o l s o d e N e o N at o l o G i a | c a p í t u l o 1
Outra	Tabela	de	peso	que	pode	ser	usada	é	a	seguinte:
Tabela	de	Alexander
TAbElA 1.1 – PercenTis de Peso Ao nAscer (g) PArA A idAde gesTAcionAL
Idade
gestacional 
(semanas)
Percentis
5 10 50 90 95
20 249 275 412 772 912
21 280 314 433 790 957
22 330 376 496 826 1023
23 385 440 582 882 1107
24 435 498 674 977 1223
25 480 558 779 1138 1397
26 529 625 899 1362 1640
27 591 702 1035 1635 1927
28 670 798 1196 1977 2237
29 772 925 1394 2361 2553
30 910 1085 1637 2710 2847
31 1088 1278 1918 2986 3108
32 1294 1495 2203 3200 3338
33 1513 1725 2458 3370 3536
34 1735 1950 2667 3502 3697
35 1950 2159 2831 3596 3812
36 2156 2354 2974 3668 3888
37 2357 2541 3117 3755 3956
38 2543 2714 3263 3867 4027
39 2685 2852 3400 3980 4107
40 2761 2929 3495 4060 4185
41 2777 2948 3527 4094 4217
42 2764 2935 3522 4098 4213
43 2741 2907 3505 4096 4178
44 2724 2885 3491 4096 4122
_Guia de Bolso de Neonatologia – Magalhães.indb 8 16/08/2016 11:12:53
9
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Gráficos	de	Fenton	–	Para	o	seguimento	do	crescimento	do	prematuro.
_Guia de Bolso de Neonatologia – Magalhães.indb 9 16/08/2016 11:12:54
10
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11
G u i a d e B o l s o d e N e o N at o l o G i a | c a p í t u l o 1
esCore de Maturidade – noVo Método de ballard
Sinais Pontos Pontos
-1 0 1 2 3 4 5
Postura
Angulação 
do punho
recuo do 
braço
Ângulo 
poplíteo
sinal do 
cachecol
calcanhar à 
orelha
Total neuromuscular score
 MATURIDADE FÍSICA
Sinais Pontos Pontos
-1 0 1 2 3 4 5
Pele Úmida, friável, 
transparente
gelatinosa, 
vermelha, 
translúcida
Homogêneo 
róseo, veias 
visíveis
descamação super-
fi cial e/ou erupções, 
poucas veias
Áreas pálidas, 
rachaduras, 
raras veias
 Apergami-
-nhada
com sulcos
Tipo 
“couro” 
enrugada
Lanugem nenhuma esparsa Abundante diminuída Áreas desprovi-
das de pelos
Quase total-
mente
sem pelos
superfície 
plantar
calcanhar hálux 
40-50 mm: 1 < 
40 mm: 2
> 50 mm sem 
sulcos
discretas mar-
cas vermelhas
somente sulcos 
transversais an-
teriores
sulcos nos 2/3 
anteriores
sulcos toda a 
planta do pé
nódulo 
mamário, 
aréola
imperceptível Pouco
perceptível
Aréola 
achatada, sem 
nódulo
Aréola pontilhada, 
nódulo
1-2 mm
Aréola saliente, 
nódulo
3-4 mm
Aréola comple-
ta, nódulo
5-10 mm
olho e
orelha
Fenda palpebral 
fechada frouxa-
mente -1
fi rme-mente -2
Pálpebras 
abertas, borda 
achatada, perma-
nece dobrada
Borda levemen-
te curta, macia, 
com recuo 
lento
Borda bem recur-
vada, macia, com 
recuo rápido
Formada e 
fi rme, com recuo 
instantâneo
cartilagem 
espessa, orelha 
rígida
genitália 
mascu-
lino
escroto plano 
e liso
escroto vazio
sem rugas
Testículos no 
canal alto, raras 
rugas
Testículos descen-
do, poucas rugas
Testículos na 
bolsa, mais 
rugas
Testículos pen-
dentes, rugas 
completas
genitália 
feminina
clitóris proemi-
nente e lábios 
planos
clitóris proemi-
nente pequenos
lábios reduzidos
clitóris 
proeminente 
pequenos lábios 
aumentado
grandes e 
pequenos lábios 
igualmente proemi-
nentes
grandes lábios 
proeminentes, 
pequenos lábios 
mais reduzidos
grandes 
lábios recobrem 
clitóris e lábios 
menores
Total physical maturity score
Ballard JL, Khoury Jc, Wedig K, et al: new Ballard score, expanded to include extremely Premature infants. J Pediatrics 1991; 119:417-423.
_Guia de Bolso de Neonatologia – Magalhães.indb 11 16/08/2016 11:12:55
12
G u i a d e B o l s o d e N e o N at o l o G i a | c a p í t u l o 1
referênCias bibliográfiCas
1. Alexander,	G.	R.;	Caunes,	F.;	Hulsey,	T.	C.;	Cor-
nely,	D.	A.	Gestacional	 age	 reporting	and	pre-
term	 and	 pretern	 delivery.	 Public	 Health	 Rep	
1990.105:267-75.	
2. Fenton	R	Tanis,	 Kim	H	 Jae. A	 systematic	 re-
view	 and	 meta-analysis	 to	 revise	 the	 Fenton	
growth	chart	for	preterm	infants.	BMC	Pedia-
trics.2013,	13:59
3. Ballard	 JL,	Khoury	 JC,	Wedig	K,	 et	 al:	New	
Ballard	 Score,	 expanded	 to	 include	 extre-
mely	 premature	 infants.	 J	 Pediatrics	 1991;	
119:417-423.
4. Ministério	da	Saúde	–	Datasus.	IDB	2008	(Da-
dos	compilados	até	2006)	–	www.datasus.gov.br
5. Olsen	 IE,	Clark	R,	Zemel	B.	New	 intrauterine	
growth	 curves	 based	 on	 U.S.	 data.	 Pediatrics,	
Volume	125,	Pages	e214-244.
_Guia de Bolso de Neonatologia – Magalhães.indb 12 16/08/2016 11:12:55
13
Distúrbios gravídicos têm papel importante 
e fundamental no desenvolvimento e patolo­
gias do concepto que pode repercutir na saúde 
ao longo de toda a vida. Então, é importante 
conhecermos as principais doenças maternas 
gravídicas e sua relação ao concepto.
Hipertensão materna
A hipertensão complica cerca de 10% das 
gestações e é uma causa importante de morbi­
mortalidade materna e fetal.
A hipertensão materna altera a adaptação 
circulatória materno­fetal levando a um cres­
cimento prejudicado (RCIU – restrição de 
crescimento intrauterino) e aumento do risco 
de prematuridade, que são as principais con­
sequências neonatais da hipertensão materna 
e levam às demais manifestações.
riscos da Hipertensão 
materna na gestação
•	 Riscos fetais e neonatais:
•	 Restrição crescimento intrauterino (RCIU) 
por insuficiência placentária;
•	 Acidemia fetal;
•	 Prematuridade;
•	 Aumento morbidade perinatal geral;
•	 Morte fetal (↑2 – 4 ´);
•	 Trombocitopenia neonatal.
A taxa mortalidade fetal é três vezes maior se 
PAD materna for > 95 mmHg e na presença 
de proteinúria.
Alguns efeitos fetais refletem vasoespasmo na 
perfusão placentária levando a descolamento 
de placenta (maior risco nas pacientes com 
pré­eclampsia superposta em relação a pa­
cientes HAC), RCIU, oligoâmnio, cardiotoco­
grafia com padrão não tranquilizador.
A hipertensão materna poderá trazer con­
sequências imediatas e a longo prazo para o 
RN caracteristicamente PIG e frequentemente 
prematuro.
manifestações imediatas
•	 Hipoglicemia;
•	 Hipocalcemia;
•	 Hiponatremia;
•	 Hiperglicemia;
•	 Hipermagnesemia (pelo uso materno com 
sulfato de magnésio);
•	 Hipotermia;
•	 Alterações hematológicas:
repercussões fetais 
e neonatais de 
doenças maternas
 Marianna Corsante Monte
 Pedro Augusto Pereira do Amaral 
2
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G u i a d e B o l s o d e N e o N at o l o G i a | c a p í t u l o 2
•	 Hipoxia fetal: eleva eritropoetina, levando 
a hiperviscosidade, policitemia e hiperbi­
lirrubinemia;
•	 Neutropenia;
•	 Trombocitopenia;
•	 Provas coagulação alteradas;
•	 Alterações imunológicas;
•	 Diminui a IgG;
•	 Timo 50% menor em seu tamanho;
•	 Diminui o número linfócitos periféricos.
manifestações tardias
•	 Atraso no desenvolvimento neuropsicomo­tor nos primeiros anos de vida;
•	 Diabetes tipo II: associado a sensibilidade 
dos receptores de insulina na vida adulta 
levando a resistência insulínica;
•	 Doença cardíaca: baixo IMC ao nascimen­
to predispõe a doença coronariana na vida 
adulta;
•	 Hipertensão arterial;
•	 Dislipidemias;
•	 Doenças psiquiátricas: principalmente alte­
ração do afeto e depressão.
diabetes mellitus
A diabetes gestacional complica quase 4% das 
gestações. 
•	 Repercussões fetais:
•	 Risco de aborto espontâneo: principal­
mente nas gestantes com DM pré­ges­
tacional.
•	 RCIU: mãe com alteração vascular de­
vido diabetes pré­gestacional levando a 
uma insuficiência uteroplacentária.
•	 Macrossomia: origem multifatorial com 
aumento da insulina fetal e fatores de 
crescimento (IGF I e II).
•	 Polidrâmnio: etiologia desconhecida no 
DG, mas malformações fetais e mau con­
trole glicêmico podem estar relacionados.
•	 Hipoxemia fetal em gestantes mal con­
troladas principalmente no último 
trimestre. Maior risco para hipervisco­
sidade, hiperbilirrubinemia e trombose 
vascular renal.
•	 Anomalias Congênitas: associado a hi­
perglicemia nas primeiras semanas de 
gestação. As principais são as malfor­
mações do SNC como a síndrome de re­
gressão caudal e as cardíacas como CIV, 
TGA e PCA. Mais frequentes em pacien­
tes portadoras de DM pré­gestacional.
•	 Repercussões neonatais:
•	 Hipoglicemia: pelo hiperinsulismo e 
hiperglicemia fetal. O controle da hiper­
glicemia materna reduz chance de hipo­
glicemia neonatal.
•	 Hipocalcemia: segundo distúrbio mais 
frequente surge entre 24 e 72 horas de 
vida.
•	 Hipomagnesemia: comumente associa­
do à hipocalcemia.
•	 Policitemia: associado ao estímulo da 
eritropoiese pela hipoxia tecidual.
•	 Hiperbilirrubinemia: a patogênese é 
multifatorial (hemólise aumentada, eri­
tropoiese ineficaz e outros).
•	 Alteração cardíaca: hipertrofia do septo 
ventricular e miocardiopatia hipertró­
fica que pode evoluir com insuficiência 
cardíaca congestiva e baixo débito.
•	 Síndrome do colón esquerdo curto: as­
sociado à imaturidade intestinal.
•	 Doença de Membrana Hialina: mais fre­
quente. A hiperinsulinemia bloqueia a 
maturação pulmonar.
A diabetes gestacional diagnosticado no início 
da gravidez e com necessidade de dieta e in­
sulina para controle, evolui de maneira seme­
lhante ao diabetes pré­gestacional, com risco 
de malformações fetais e natimortos.
Lúpus eritematoso sistêmico (Les)
Associado a altas taxas de perda fetal: abortos 
espontâneos, RCIU, TPP, natimorto e morte 
_Guia de Bolso de Neonatologia – Magalhães.indb 14 16/08/2016 11:12:55
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G u i a d e B o l s o d e N e o N at o l o G i a | c a p í t u l o 2
perinatal. A sobrevida fetal é mais alta quando 
a doença está em remissão.
Outros fatores preditivos de perda fetal são 
nefrite ativa, hipertensão, anticorpos antifos­
folipídes circulantes (fator mais importante).
riscos para rn
Síndrome de lúpus neonatal: associado a anor­
malidades cardíacas por transferência trans­
placentária de anticorpos.
•	 BAVT congênito: anomalia cardíaca mais 
frequente:
•	 Depósito de imunoglobulina (auto­
anticorpo IgG contra antígenos das nu­
cleoproteínas ribossômicas anti Ro ou 
SSA e, em menor grau, anti­La ou SSB 
no tecido cardíaco fetal;
•	 Ac anti­Ro (maioria) e anti­La: 40­50% 
pacientes com LES;
•	 Ausência de defeitos estruturais;
•	 Arritmia fetal;
•	 USG: derrame pericárdico ou hidropisia 
por ICC ou miocardite;
•	 Alta taxa de mortalidade;
•	 Marca­passo neonatal nos sobrevi­
ventes;
•	 Tratamento materno com plasmaférese e 
dexametasona: tentativa de reduzir anti­
corpos circulantes e assim, com menos 
passagem transplacentária, evitar LES 
neonatal – reversão BAV fetal e melhora 
na contratilidade cardíaca.
•	 Pele:
•	 Exantema maculoso difuso;
•	 Exantema em asa de borboleta e lesões 
discoides nas primeiras semanas de vida 
e desaparecem espontaneamente até os 6 
meses, concomitante ao desaparecimen­
to dos anticorpos maternos na circula­
ção fetal;
•	 Anemia e trombocitopenia, glomerulo­
nefrite, hepatoesplenomegalia, sintomas 
neurológicos – incomuns.
síndrome antifosfoLipídio (safL)
•	 Complicações clínicas: efeitos sobre 
gravidez, trombocitopenia autoimune e 
trombose;
•	 Anticorpos (Ac) contra fosfolipídeos de car­
ga negativa das membranas celulares, prin­
cipalmente plaquetas e células endoteliais;
•	 Ac mais comuns: anticoagulante lúpico e 
anticardiolipina;
•	 Complicações na gestação:
•	 Perda fetal/embrionária recorrente;
•	 RCIU;
•	 Infarto placentário;
•	 Prematuridade;
•	 Pré­eclâmpsia grave de início precoce;
•	 Padrões de FC não tranquilizadores
•	 Síndrome pós­parto incomum (doença 
cardiopulmonar, febre, síndrome hemo­
lítico­urêmica);
•	 Efeitos incomuns já relatados: trombose 
fetal ou neonatal por transferência anti­
corpos maternos e por efeitos fetais do 
tratamento.
distúrbios da tireoide
Hipertireoidismo
•	 1 em 2.000 gestações: tireotoxicose;
•	 Maioria (95%): doença de Graves;
•	 Morbimortalidade fetal associada a hiperti­
reoidismo materno mal controlado;
•	 Riscos fetais e neonatais:
•	 Prematuridade;
•	 Hipotireoidismo e bócio fetais por ex­
posição prolongada a iodeto após 10–12 
semanas de gestação;
•	 Tireotoxicose fetal: por passagem trans­
placentária de TSI podendo ocorrer 
morte fetal.
Hipotireoidismo
•	 Causas: após tireoidectomia ou terapia com 
iodo radioativo, tireoidite de Hashimoto, 
carcinoma, reposição insuficiente;
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16
G u i a d e B o l s o d e N e o N at o l o G i a | c a p í t u l o 2
•	 Maior risco para pré­eclampsia e descola­
mento prematuro de placenta;
•	 Riscos fetais e neonatais:
•	 Aumento da natimortalidade;
•	 Baixo peso ao nascer;
•	 Prematuridade;
•	 Hipotireoidismo neonatal se mãe usou 
iodo radioativo.
É fundamental observar manifestações clí­
nicas tanto de hipotireoidismo, quanto hi­
potireoidismo que o recém­nascido pode 
apresentar logo nos primeiros dias de vida. A 
experiência tem demonstrado que a grande 
maioria dos RN não apresentam qualquer ma­
nifestação clínica durante o período neonatal.
referências bibLiográficas
1. Landy, H.J. O impacto das doenças maternas 
no recém­nascido. In: Macdonald; M.G.; Mul­
let, M.D.; Seshia, M.M.K. Neonatologia: Fisio­
patologia e Tratamento do Recém­Nascido. 6a 
Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; ano. p. 
184­197.
2. Silveira, R.C.; Procianoy, R.S. O recém ­nascido 
de mãe hipertensa. In: Procianoy, R.S.; Leone, 
C.R. Programa de Atualização em Neonatolo­
gia. Ciclo 4 Módulo 1. 1a Ed. Porto Alegre: Art­
med/Panamericana; 2006. p.115­147.
3. Costa, H.P.F. Recém­nascido de mãe diabética. 
In: Procianoy, R.S.; Leone, C.R. Programa de 
Atualização em Neonatologia. Ciclo 4 Módulo 
3. 1a Ed. Porto Alegre: Artmed/Panamericana; 
2006. p.9­46.
_Guia de Bolso de Neonatologia – Magalhães.indb 16 16/08/2016 11:12:55
17
O Programa de Reanimação Neonatal 
baseado no Consenso em Ciência e Re-
comendações Terapêuticas do Internatio-
nal Liaison Committee on Resuscitation 
(ILCOR - publicado em 20 de outubro de 
2015) e na Reunião de Consenso para as 
diretrizes da Sociedade Brasileira de Pe-
diatria realizada em 25 e 26 de novembro 
de 2015, em São Paulo SP, com o Grupo 
Executivo e as Coordenações Estaduais do 
PRN-SBP publicou um documento de atu-
alização em reanimação neonatal válido a 
partir de 2016.
Principais tópicos de atualização neonatal:
Clampeamento do 
Cordão umbiliCal
•	 RN termo com boa vitalidade: 1-3 minutos;
•	 RN pré-termo com boa vitalidade: > 30 se-
gundos; 
•	 RN que precisa de reanimação: clampear 
imediatamente o cordão, pois as evidências 
são insuficientes para recomendar clampe-
amento tardio nessa situação; 
•	 Ordenha de cordão: só no contexto de pes-
quisa clínica.
manutenção da 
temperatura Corporal
•	 Manter normotermia: 36,5-37,5ºC;
•	 RN termo e pré-termo: temperatura da sala 
de parto 23-26ºC; camposaquecidos e fon-
te de calor radiante; 
•	 RN termo: secar e desprezar campos úmidos; 
•	 RN pré-termo: envolver o corpo no saco 
plástico sem secar; touca dupla cobrindo 
o couro cabeludo com plástico e, por cima, 
outra touca de lã ou algodão; colchão tér-
mico no pré-termo < 1.000 g;
•	 Lembrar que a aspiração está reservada aos 
pacientes que apresentam obstrução de vias 
aéreas por excesso de secreções.
avaliação da frequênCia 
CardíaCa
•	 A frequência cardíaca é o principal parâ-
metro que determina a indicação e a eficá-
cia da reanimação;
•	 RN termo e pré-termo: avaliação inicial da 
frequência cardíaca com estetoscópio; 
•	 Após início da ventilação com pressão po-
sitiva, considerar a monitoração da FC por 
ECG (3 eletrodos) – evidências indicam 
que a ausculta do precórdio e a oximetria 
reanimação neonatal
 Francisco Paulo Martins Rodrigues
 Pedro Augusto Pereira do Amaral
3
_Guia de Bolso de Neonatologia – Magalhães.indb 17 16/08/2016 11:12:55
18
G u i a d e B o l s o d e N e o N at o l o G i a | c a p í t u l o 3
de pulso podem subestimar a FC nos pri-
meiros minutos após o nascimento.
ventilação
•	 No RN em que foram realizados os passos 
iniciais da estabilização e a avaliação a se-
guir mostrou respiração ausente ou irre-
gular ou FC < 100 bpm, iniciar a VPP nos 
primeiros 60 segundos após o nascimento 
e acompanhar a FC pelo monitor cardíaco 
e a saturação de oxigênio (SatO2) pelo oxí-
metro de pulso;
•	 A ventilação pulmonar é o procedimento 
mais simples, importante e efetivo na rea-
nimação do RN;
•	 Balão autoinflável: baixo custo e não preci-
sa de fonte de gás. Não dá PEEP confiável e 
não permite CPAP;
•	 Ventilador Mecânico Manual em T: fácil 
de usar oferece PEEP e CPAP. Precisa de 
fonte de gás pressurizada e tem custo mais 
elevado;
•	 Recomenda-se o uso do Ventilador Mecâ-
nico Manual em T se o nascimento ocorrer 
em local com infraestrutura;
•	 40 a 60 movimentos/minuto; 
•	 Pressão suficiente para normalizar a FC;
•	 Não usar insuflação sustentada (1ª ventila-
ção > 5 segundos).
oxigênio na ventilação
•	 Considerar uso de oximetria de pulso para 
monitorar o uso de O2 suplementar;
•	 RN termo: iniciar com ar ambiente; 
•	 RN pré-termo < 34 semanas: iniciar com 30%; 
•	 O uso de [O2] > 60% é extremamente raro e 
deve ser desencorajado; 
•	 Titular a fração inspirada de gás de acordo 
com a monitoração de SatO2 pré-ductal re-
comendada;
•	 Diante da não melhora com ventilação em 
30%, SEMPRE corrigir a técnica antes de 
aumentar a [O2];
•	 Nos pacientes em que há necessidade de 
aumento de O2, fazer incrementos de 20% 
e aguardar cerca de 30 segundos para veri-
ficar a SatO2 e indicar novos incrementos.
intubação traqueal e Conduta 
no rn Com líquido meConial
•	 Ventilação com máscara não efetiva/pro-
longada;
•	 Necessidade de massagem cardíaca;
•	 Suspeita ou presença de hérnia diafrag-
mática;
•	 Não existem evidências para indicar de 
modo rotineiro a aspiração sob visualiza-
ção direta do RN não vigoroso com líquido 
amniótico meconial (ILCOR/2015). Assim, 
no RN com líquido amniótico meconial 
que apresenta apneia, respiração irregular 
e/ou FC < 100 bpm, iniciar a VPP com 
máscara facial e ar ambiente nos primeiros 
60 segundos de vida. Se após 30 segundos 
de ventilação efetiva, o neonato não melho-
ra e há forte suspeita de obstrução de vias 
aéreas, pode-se indicar a retirada do me-
cônio residual da hipofaringe e da traqueia 
sob visualização direta. A aspiração tra-
queal propriamente dita é feita através da 
cânula traqueal conectada a um dispositivo 
para aspiração de mecônio e ao aspirador 
a vácuo, com uma pressão máxima de 100 
mmHg. Nessa situação, aspirar o excesso de 
mecônio uma única vez.
massagem CardíaCa
•	 A massagem cardíaca é iniciada se a FC es-
tiver < 60 bpm após 30 segundos de VPP 
com técnica adequada por meio da cânula 
traqueal e uso de concentração de oxigênio 
de 60-100%;
•	 Massagem coordenada à ventilação – 3:1 
(intubado);
•	 A única situação em que se pode conside-
rar a aplicação de 15 compressões cardíacas 
_Guia de Bolso de Neonatologia – Magalhães.indb 18 16/08/2016 11:12:56
19
G u i a d e B o l s o d e N e o N at o l o G i a | c a p í t u l o 3
intercaladas com 2 ventilações é a do pa-
ciente internado em unidade neonatal, cuja 
origem da parada cardiorrespiratória é pro-
vavelmente cardíaca, como nos portadores 
de cardiopatias congênitas;
•	 Terço inferior do esterno;
•	 Técnica dos 2 polegares (sobrepostos) com 
as mãos envolvendo o tórax é a mais efetiva 
para manter o débito cardíaco;
•	 Equipe: quem massageia fica atrás do RN e 
quem ventila se desloca para o lado;
•	 Deve-se aplicar a massagem cardíaca coor-
denada à ventilação por 60 segundos, antes 
de reavaliar a FC, pois este é o tempo míni-
mo para que a massagem cardíaca efetiva 
possa restabelecer a pressão de perfusão 
coronariana.
mediCações
•	 O uso de adrenalina está indicado se FC 
< 60 bpm após 30 segundos de ventilação 
com insuflação pulmonar por cânula tra-
queal e mais 60 segundos de massagem 
cardíaca coordenada com a ventilação e O2 
a 100%;
•	 Uma dose endotraqueal de adrenalina pode 
ser feita, mas se não houver melhora ime-
diata, administrar a 2ª dose por cateter um-
bilical venoso. O cateter venoso umbilical 
deve ser inserido de emergência e, assim 
que houver indicação do uso de medica-
ções na sala de parto. Introduzir o cateter 
na veia e progredir apenas 1-2 cm após o 
ânulo, mantendo-o periférico, de modo a 
evitar sua localização em nível hepático;
•	 Quando não há reversão da bradicardia 
com a adrenalina endovenosa, assegurar 
que a VPP e a massagem cardíaca estão 
adequadas, repetir a administração de 
adrenalina a cada 3-5 minutos (sempre por 
via endovenosa) e considerar o uso do ex-
pansor de volume.
transporte do rnpt da sala 
de parto à unidade neonatal
•	 Para qualquer RNPT < 34 semanas, transfe-
rir do centro obstétrico à unidade neonatal 
em incubadora de transporte de dupla pa-
rede. Manter a temperatura da incubadora 
entre 35-37ºC. O saco plástico que envolve 
o corpo do paciente e a dupla touca (plás-
tica e de algodão ou lã) devem ser manti-
dos durante o transporte e retirados após a 
chegada ao destino, quando já houver esta-
bilidade térmica, com a temperatura axilar 
entre 36,5 e 37,5ºC;
•	 O RNPT, após sua estabilização ao nasci-
mento, pode se encontrar em três diferentes 
situações em relação ao suporte respirató-
rio: 1) O paciente está com FC > 100 bpm, 
respiração rítmica e regular e em ar am-
biente, com SatO2 nos limites desejáveis. 
Nesse caso, não há necessidade de suporte 
respiratório, devendo-se ter cuidado com 
a permeabilidade de vias aéreas durante o 
transporte; 2) O paciente está com FC >100 
bpm e respiração espontânea, mas com 
desconforto respiratório e/ou necessitan-
do de oxigênio suplementar para manter 
a SatO2 nos limites desejáveis. Nesse caso, 
há indicação de transporte em CPAP por 
máscara facial; 3) O paciente está com FC > 
100 bpm, mas com respiração irregular ou 
ausente ou, ainda, a equipe fez a opção de 
manter a cânula traqueal durante o trans-
porte. Nesse caso, o suporte respiratório 
deve ser feito com ventilador mecânico/
ventilador mecânico manual em T conec-
tado à cânula traqueal. Para as duas últimas 
situações, deve ser ofertada a menor con-
centração possível de oxigênio, de manei-
ra a manter a SatO2 nos limites desejáveis. 
O ventilador deve ser ajustado com fluxo 
de 5-10 l/minuto (ventilador mecânico) 
ou 5-15 L/minuto (ventilador manual em 
T), pressão inspiratória de 15-20 cmH2O, 
_Guia de Bolso de Neonatologia – Magalhães.indb 19 16/08/2016 11:12:56
20
G u i a d e B o l s o d e N e o N at o l o G i a | c a p í t u l o 3
PEEP ao redor de 5 cmH2O, frequência res-
piratória de 40-60 movimentos/minutos.
reanimação prolongada 
– quando interromper
•	 Apgar = zero aos 10 minutos é um forte 
preditor de mortalidade e morbidade em 
RN termo e pré-termotardio;
•	 Em RN com Apgar = zero após 10 min. de 
reanimação, se a frequência cardíaca não é 
detectada, é razoável interromper a reani-
mação; 
•	 Entretanto, a decisão de continuar ou in-
terromper a reanimação precisa ser indi-
vidualizada.
aspeCtos étiCos da assistênCia 
ao rn na sala de parto
•	 -No que concerne à prematuridade, uma 
das controvérsias mais importantes refere-
-se à decisão de não iniciar a reanimação na 
sala de parto. Os dados disponíveis indicam 
que, em geral, recém-nascidos com menos 
de 23 semanas de gestação são muito ima-
turos para sobreviver com a tecnologia 
atual e a oferta de cuidados para esse grupo 
de neonatos, que não sejam os de conforto, 
não parece ser razoável na maioria dos pa-
íses desenvolvidos. Tais pacientes precisam 
ser recepcionados por uma equipe apta a 
fornecer cuidados paliativos ao concepto e 
apoio à mãe, ao pai e à família. Já os recém-
-nascidos com 25 semanas ou mais de idade 
gestacional apresentam taxas significativas 
de sobrevida e, em grande proporção, sem 
sequelas graves, sendo justificada a máxi-
ma intervenção nesse grupo em termos de 
reanimação na sala de parto. O problema 
maior se concentra naqueles que nascem 
entre 23 e 24 semanas de idade gestacional, 
sendo tal intervalo crítico e polêmico, pois 
suscita dúvidas éticas a respeito de como 
proceder. Esse período é referido como 
“zona cinzenta”, pois a sobrevivência e o 
prognóstico são incertos e há dúvida sobre 
qual a melhor conduta a ser adotada e so-
bre o grau de investimento e intervenção a 
ser feito. Os desejos da família precisam ser 
ouvidos, de preferência e quando possível 
antes do nascimento, pela equipe multipro-
fissional que atende à gestante, o que inclui 
a conversa do pediatra com a família.
•	 Para o RN ≥ 34 semanas, o aspecto ético 
controverso só se coloca diante de mal-
formações congênitas letais ou potencial-
mente letais. Nesses casos, é necessário 
ter a comprovação diagnóstica antenatal e 
considerar a vontade dos pais e os avanços 
terapêuticos existentes para decidir quanto 
à conduta em sala de parto. A possibili-
dade de reanimação deve ser discutida de 
preferência antes do parto, mas a decisão 
final, diante das incertezas acima mencio-
nadas, é feita no momento do nascimento. 
Se não houver certeza quanto à decisão de 
não reanimar o RN, todos os procedimen-
tos necessários devem ser feitos de acordo 
com o fluxograma da reanimação neonatal 
(Figura 3.1).
Bicarbonato de sódio, naloxone e vasopres-
sores não são recomendados na reanimação. 
Só administrar se o neonato estiver ventilado 
de maneira efetiva. Indicado de modo excep-
cional quando não houver resposta às outras 
medidas terapêuticas.
boletim de apgar
Em 1953, a anestesista Virginia Apgar, desen-
volveu um boletim para objetivar a condição 
de nascimento do concepto a partir de 5 pa-
râmetros clínicos: frequência cardíaca, regula-
ridade da respiração, tônus muscular, reflexos 
e coloração da pele. Estes parâmetros são até 
hoje utilizados mundialmente e expressam o 
grau de anoxia que o recém-nascido esteve 
submetido, classificando a anoxia em grave 
_Guia de Bolso de Neonatologia – Magalhães.indb 20 16/08/2016 11:12:56
21
G u i a d e B o l s o d e N e o N at o l o G i a | c a p í t u l o 3
Figura 3.1 – Reanimação neonatal em sala de paRto. diRetRizes 2016 da sociedade BRasileiRa de pediatRia.
Gestação a termo?
Respirando ou chorando?
Tônus muscular em flexão?
Prover calor
Posiconar cabeça
Aspirar vias aéreas s/n
Secar
Cuidados de rotina junto à mãe: prover 
calor, manter vias aéreas pérvias e avaliar 
a vitalidade de maneira contínua
FC < 100 bpm, apneia ou 
respiração irregular? Desconforto respiratório?
FC <100 bpm?
FC < 60 bpm?
FC < 60 bpm?
Ventilação com pressão positiva
Monitorar SatO2
Considerar ECC para avaliar FC
Monitorar SatO2 pré-ductal
Considerar CPAP
Garantir adaptação face/máscara
Assegurar ventilação adequada com 
movimento do tórax
Considerar intubação
Intubação traqueal
Massagem cardíaca coordenada 
com ventilação adequada (3:1)
Considerar O2 a 100%
Monitorar FC com ECG
Considerar cateterismo venoso
Adrenalina endovenosa
Considerar hipovolemia
Minutos 
de vida
SatO2 
pré-ductal
até 5 70-80%
5-10 80-90%
> 10 85-95%
Nascimento
60 segundos
(Golden minute)
Manter normotermia
Não
Não
SimSim
Sim
Sim
Sim
_Guia de Bolso de Neonatologia – Magalhães.indb 21 16/08/2016 11:12:56
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G u i a d e B o l s o d e N e o N at o l o G i a | c a p í t u l o 3
(Apgar 0,1,2,3), moderada (Apgar 4,5,6) e leve 
(Apgar 7). 
É importante salientar que o boletim de Apgar 
não deve ser utilizado para indicar o início das 
manobras de reanimação pois estas devem 
ser instituídas tão logo o recém-nascido não 
estabeleça movimentação respiratória eficien-
te e regular. O boletim, entretanto é útil para 
avaliar a resposta do neonato às manobras de 
reanimação no 10 no 5 0 minutos de vida e se 
necessário no 10 0 , 15 0 e 20 0 minutos. 
referênCias bibliográfiCas
1. American Heart Association, American Acade-
my of Pediatrics. Textbook of Neonatal Ressus-
citation. 7. ed. USA, 2015.
2. Apgar V. A proposal for a new method of evalua-
tion of newborn infant. AesthAnalg 32: 260, 1953.
Tabela 3.1 – MEDICAçõES PARA REANIMAçãO NEONATAl NA SAlA DE PARTO
adrenalina endovenosa adrenalina endotraqueal expansor de volume
Diluição 1:10.000
1 ml adrenalina
1:1000 em 9 ml de SF 0,9%
1:10.000
1 ml adrenalina
1:1000 em 9 ml de SF 0,9%
SF 0,9%
Preparo 1 ml 5 ml 2 seringas de 20 ml
Dose 0,1 - 0,3 ml/kg 0,5 - 1,0 ml/kg 10 ml/kg EV
Peso ao nascer
1 kg 0,1 - 0,3 ml/kg 0,5 - 1,0 ml/kg 10 ml/kg EV
2 kg 0,2 - 0,6 ml/kg 1,0 - 2,0 ml/kg 20 ml/kg EV
3 kg 0,3 - 0,9 ml/kg 1,5 - 3,0 ml/kg 30 ml/kg EV
4 kg 0,4 – 1,2 ml/kg 2,0 - 4,0 ml/kg 40 ml/kg EV
Velocidade e precauções Infundir rápido na veia umbilical 
e, a seguir, infundir 0,5-1,0 ml 
de SF 0,9%
Infundir diretamente na cânula 
traqueal e ventilar a seguir.
USO ÚNICO
Infundir o expansor de volume 
na veia umbilical lentamente, 
em 5 a 10 minutos
Tabela 3.2 – BOlETIM DE APGAR (MODIFICADO)
Sinal 0 1 2
Frequência cardíaca Ausente < 100 >100
Respiração Ausente Irregular Choro forte
Tônus muscular Flacidez Alguma flexão de extremidades Boa movimentação
Reflexos (estímulo nasal) Ausente Algum movimento Espirros
Cor Cianose e/ou palidez Corpo róseo e extremidades cianóticas Róseo
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23
ClassifiCação
Tabela 4.1 – ClassifiCação quanto à gravidade
Gravidade Traumatismo
tipo i – leve escoriações, adiponecrose, ferimentos cortocontusos de partes moles, fratura de 
clavícula, hemorragia subconjuntival, Baudeloque (marca de fórcipe)
tipo ii – moderado Paresia: braquial, facial, céfalo-hematoma, trauma do esternocleidomastoideo, paralisia 
unilateral de cordas vocais
tipo iii - grave Hemorragia intracraniana, rotura de vísceras, fratura face, crânio, ossos longos, 
paralisia: diafragma, facial, braquial
CaraCterístiCas ClíniCas e manejo
Tabela 4.2 – lesões de Partes moles
lesão Fatores de risco Quadro clínico Conduta atenção
Hematomas Parto fórcipe, extração a 
vácuo, posição pélvica
edema e hematoma se grandes, observar ↑ 
bilirrubina
reavaliação de icterícia, 
após a alta
Petéquias Posições defletidas face e pescoço, não 
progressivas
observação afastar coagulopatias 
s/n
adiponecrose Parto traumático nódulos/placas firmes e 
endurecidas, eritemato-
sos ou azulados
autolimitado; resolução 
em até seis a oito 
semanas
Pode ocorrer hiper-
calcemia
lacerações Parto cesárea escalpo e face são mais 
comuns
Curativo comum, 
com aproximação; 
plástica s/n
se ocorrer em face ou 
periocular
tocotraumatismo
 francisco Paulo martins rodrigues
4
_Guia de Bolso de Neonatologia – Magalhães.indb 23 16/08/2016 11:12:56
24
G u i a d e B o l s o d e N e o N at o l o G i a | c a p í t u l o 4
Tabela 4.3 – lesões extraCranianas
lesão Fatores de riscoQuadro clínico Conduta atenção
Bossa expulsivo prolongado, 
extração a vácuo
tumefação do escalpo 
sobre o periósteo, sobre as 
linhas de sutura
observar se sanguinolenta, pode 
levar a ↑ bilirrubina
Céfalo-hematoma Parto fórcipe ou 
extração a vácuo
Coleção sanguínea 
subperiostal, que respeita 
as linhas de sutura
regride em algumas 
semanas. Podem ocorrer 
calcificações, infecção
as calcificações podem 
levar a deformidades 
ósseas. tC/rnm s/n
Hemorragia subgaleal Parto traumático, parto 
fórcipe, extração a vácuo
rotura venosa: sangra-
mento entre o periósteo 
do crânio e a aponeurose. 
Progressivo, flutuante, 
pode ser móvel
monitorar sinais vitais, 
seriar Ht e PC; afastar 
coagulopatias
↑ mortalidade se não 
controlado. tC/ rnm s/n
lesões de face
 nasal Compressão contra a 
sínfise púbica materna
narinas assimétricas e 
achatamento
redução por otorrino ao 
terceiro dia
desconforto respiratório 
obstrutivo
ocular Parto traumático leve (hemorragia sub-
conjuntival ou retiniana, 
edema palpebral) ou grave 
(hifema, hemorragia vítrea, 
fratura órbita)
se leve, aguardar resolu-
ção. se grave, avaliação 
oftalmológica
Tabela 4.4 – lesões intraCranianas
lesão hemorrágica Fatores de risco Quadro clínico Conduta atenção
subdural 
(é a mais comum)
Parto fórcipe, extração 
a vácuo
entre a dura-máter e a m. 
subaracnóidea. sintomas nas 
24 – 48 h: depressão respi-
ratória, apneia e convulsões; 
irritabilidade, hipotonia, ↓ 
nível de consciência
tC. Cirurgia se sinais 
de hipertensão intra-
craniana.
fenobarbital se 
convulsão
Hipertensão intracra-
niana pode ocorrer, 
principalmente, se 
fossa posterior (menor 
plasticidade local do 
crânio)
subaracnóidea 
(segunda mais 
comum)
Parto fórcipe, extração 
a vácuo
rotura venosa no espaço 
subaracnóideo, sintomas nas 
24 – 48 h: dep. respiratória, 
apneia, convulsões
tC raramente hidrocefalia 
por obstrução (coágulos)
epidural (rara) Parto fórcipe, extração 
a vácuo
entre a dura e a tábua óssea, 
lesão arterial (meníngea mé-
dia). Hipotonia e convulsões
tC; monitorar sinais 
vitais e de hipertensão 
intracraniana. em geral, 
tratamento conservador
Potencialmente 
letal, pelo sangramento 
arterial
intraventricular Parto fórcipe, extração 
a vácuo
em geral, assintomática, a 
não ser em prematuridade, 
asfixia ou distúrbio de 
coagulação
observação. monitorar 
PC
Hidrocefalia por obstru-
ção (coágulos)
Parenquimatosa (rara) Parto fórcipe, extração 
a vácuo
Cerebral ou cerebelar, em 
geral, assintomática
afastar distúrbios de 
coagulação
Pode haver sequelas 
neurológicas tardias
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Tabela 4.5 – fraturas
Fratura Fatores de risco Quadro clínico Conduta atenção
Clavícula 
(mais comum)
Parto fórcipe, extração a 
vácuo, distócia de ombro, 
macrossomia
Completa (desviada) ou 
incompleta. assimetria, 
↓ movimento, dor à 
palpação, crepitação
rx. analgesia e imobilização 
(com malha tubular, ao 
longo do tórax, com flexão de 
cotovelo a 90 graus) s/n
em geral resolução 
espontânea
Úmero macrossomia, baixo peso 
ao nascer, distócia de 
ombro, parto cesárea
Principalmente 1/3 proxi-
mal, com ↓ movimentos, 
moro incompleto, dor, 
edema, crepitação
rx, diferencial com lesão de 
plexo, usg s/n. imobilização 
(como na de clavícula) em 
todos os casos
imobilização inadequa-
da pode gerar deformi-
dades de rotação
fêmur (rara) gemelaridade, posição 
pélvica, prematuridade, 
osteoporose
1/3 Proximal, em espiral. 
inicialmente assintomática, 
evolui com dor progressiva
rx. Pode ser usado suspensó-
rio de Pavlik
uso inadequado do 
suspensório pode gerar 
necrose da cabeça do 
fêmur
Crânio Parto fórcipe em geral, assintomática 
se não estiver relacionada 
a sangramentos intra-
cranianos
rx e tC para avaliar extensão 
e sangramentos. intervenção 
cirúrgica se necessário
atenção para sinais de 
lesão vascular associada
Tabela 4.6 – lesões intra-aBdominais
lesão Fatores de risco Quadro clínico Conduta atenção
intra-abdominal
 fígado 
 Baço
 adrenal
Parto fórcipe, extração 
a vácuo
na hemorragia subcap-
sular leve, taquipneia, 
dificuldade alimentar e 
taquicardia
usg (triagem). tC 
ou rnm s/n. afastar 
coagulopatias
Perda sanguínea, pode 
evoluir para o choque.
laparotomia se 
instabilidade
Tabela 4.7 – lesões neurológiCas
lesão neuro-
lógica
Fatores de risco Quadro clínico Conduta atenção
Plexo braquial 
(mais comum)
obesidade, diabetes 
gestacional, macrosso-
mia, posição pélvica, 
distócia ombro
↓ movimentos, reflexo de 
moro incompleto, síndrome de 
Horner pode estar presente
afastar fraturas. reso-
lução espontânea na 
maior parte dos casos
15 – 20% persistem, 
mesmo com fisioterapia. 
discutir cirurgia
facial Parto fórcipe, macrosso-
mia, prematuridade
↓ movimentos unilateral, 
perda do sulco nasolabial, 
fechamento parcial do olho 
afetado, “boca caída”, desvio 
de rima para o lado são
diferencial com síndro-
mes. em geral, resolução 
espontânea em duas 
semanas.
assegurar aos pais da 
benignidade
laríngeo Parto fórcipe, extração 
a vácuo
Paralisia de cordas vocais – 
uni ou bilateral –, com choro 
fraco ou ausente, disfagia
nasofibrolaringoscopia 
ou laringoscopia direta 
para diagnóstico
fisioterapia, fonoaudio-
logia, cirurgia s/n
frênico Parto fórcipe, extração 
a vácuo
desconforto respiratório, 
respiração paradoxal
rx de tórax. afastar 
cardio ou pneumopatia
associação: lesão de 
plexo braquial
medula espinhal Parto fórcipe, apresenta-
ção pélvica
em geral, mais proximal, pela 
rotação
usg (triagem), rnm
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26
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referênCias bibliográfiCas
1. Alexander, J.M.; Leveno, K.J.; Hauth, J. et al. 
Fetal injury associated with cesarean delivery. 
Obstet Gynecol 2006; 108:885.
2. Borgia, F.; De Pasquale, L.; Cacace, C. et al. Sub-
cutaneous fat necrosis of the newborn: be awa-
re of hypercalcaemia. J Paediatr Child Health 
2006; 42:316.
3. Gomella, T.L.; Cunningham, M.D.; Eyal, F.G.; 
Zenk, K.E. Parto traumático. In: Neonatologia: 
manejo, procedimentos, problemas no plantão 
e farmacologia neonatal. Tradução Oliveira, M. 
G. 5. Ed. Porto Alegre: Artmed; 2006, p. 384-91.
4. Rosenberg, A. Traumatic birth injury. NeoRe-
views 2003; 4:270.
5. Uhing, M.R.; Management of birth injuries. Pe-
diatr Clin North Am 2004; 51:1169.
_Guia de Bolso de Neonatologia – Magalhães.indb 26 16/08/2016 11:12:56
O Recém-nascidO e cOndições especiais
Parte 1 – Balanço Hídrico, Seus Distúrbios e Nutrição
seção 2
_Guia de Bolso de Neonatologia – Magalhães.indb 27 16/08/2016 11:12:56
_Guia de Bolso de Neonatologia – Magalhães.indb 28 16/08/2016 11:12:56
29
O balanço hídrico no RN está relacionado ao 
conteúdo de água corporal, intensidade de 
perda hídrica e volume de líquidos adminis-
trados. Essas variáveis se alteram de acordo 
com a idade gestacional e pós-natal.
Perda hídrica insensível (PHI): perda de 
água por evaporação da pele e trato respirató-
rio; expressa em relação à superfície corpórea 
e ao peso; inversamente proporcional ao peso 
de nascimento e idade gestacional. 
•	 Devemos acrescentar 10 mL a 20 mL/kg/
dia até 150-170 mL/kg/dia.
•	 Iniciar aporte proteico e lipídico dentro das 
primeiras 24 hs de vida.
•	 Umidificação da incubadora: Indicada 
nos prematuros, manter em torno de 80 a 
90% na primeira semana de vida, sendo re-
duzida gradativamente a partir da segunda 
semana conforme controles de DU, diurese, 
peso e balanço hídrico chegando ao basal 
em torno de 50 a 60%.
Balanço Hídrico e 
Distúrbios Hidroeletrolíticos 
e Metabólicos
 Beatriz Helena de Morais Miioni
 Clery Bernardi Gallacci
 Mara Silvia Battaglini Sanchez
 Victoria Catarina de Albuquerque Melo 
5
Fatores que aumentam a pHi Fatores quediminuem a pHi
· Aumento da ventilação-minuto (cardiopatia congênita, disfun-
ção pulmonar, acidose metabólica)
· Temperatura ambiental acima da zona térmica neutra e 
temperatura corpórea elevada
· Perda da continuidade cutânea
· Defeitos congênitos (gastrosquise, onfalocele)
· Fototerapia
· Aumento da atividade motora e choro
· Perda de líquor
· Perda pelas fezes
· Sonda gástrica aberta
· Aumento da umidade ou pressão de vapor de água no gás 
inspirado
· Aumento da umidade ambiental
· Cobertura plástica 
· Membrana semipermeável e agentes tópicos
Tabela 5.1 – ESquEMA DE HiDrATAção no 1o DiA DE ViDA
idade gestacional aporte de líquido Glicose sódio potássio
rnT 70 mL/kg/dia 4 a 6 mg/kg/min - -
rnPT 80 mL/kg/dia 3 a 5 mg/kg/min - -
_Guia de Bolso de Neonatologia – Magalhães.indb 29 16/08/2016 11:12:57
30
G u i a d e B o l s o d e N e o N at o l o G i a | c a p í t u l o 5
ElEtrólitos
sódio potássio
· rn > 1.500 g: 3 a 5 mEq/
kg/dia a partir de 48 hv
· rn < 1.500 g: somente 
oferecer 2 a 3 mEq/kg/
dia quando na sérico se 
aproximar a 130 mEq/L
· 1 a 3 mEq/kg/dia após 48 hv
· Prematuros extremos: risco 
de hipercalemia; retardar a 
infusão desse íon
· Aumentar a oferta se K < 3 
mEq/L 
· reduzir a oferta se K > 5,5 
mEq/L
HipoglicEMia nEonatal 
DEfinição
Não existe um valor pelo qual definimos hipo-
glicemia. O ideal é que a glicemia plasmática 
nas primeiras 4 horas de vida esteja acima de 
40 mg/dL (fase de adaptação do RN) e entre 4 
e 24 horas de vida acima de 45 mg/dL.
ManifEstaçõEs clínicas
· Apneia
· Taquipneia, taquicardia
· Tremores
· Hipotonia, letargia, estupor
· Sucção débil
· Hipotermia
· irritabilidade 
· Crises de cianose
· Choro débil
· Convulsões
· Apatia 
· Sudorese
causas
Diminuição da produção 
de glicose
Prematuridade, rCiu, PiG, 
ingestão calórica insuficiente, 
demora no início da ali-
mentação
Aumento na utilização e/ou 
na diminuição da produção
Estresse perinatal: asfixia 
sepse, choque, hipotermia e 
desconforto respiratório.
Exsanguineotransfusão com 
sangue heparinizado, erro 
inato do metabolismo de 
carboidrato ou aminoácidos, 
deficiência endócrina, 
policitemia, uso materno de 
betabloqueadores
QuEM E QuanDo triar
rn filho de 
mãe DMG 
e GiG
1ª, 3ª, 6ª hora de vida e após 
de 8/8 h pré-mamada
Manter por mais de 24 hs se Dx < 45 mg/dL
rnPT tardio, 
PiG, filho de 
mãe usuária de 
betabloqueador
3ª, 6ª hora de vida e após 
de 8/8 h pré-mamada
Manter por mais de 24 hs, se < 45 mg/dL
nos PiG manter controle por 48 h
nos PT tardios avaliar mamadas e 
Dx para suspensão do mesmo
trataMEnto
Iniciar aleitamento materno o mais precoce 
possível, de preferência na primeira hora de 
vida. Objetivo é manter controle glicêmico 
acima de 45 mg/dL.
RN sintomáticos
Considerar hipoglicemia quando Dx < 40 mg/
dL e iniciar infusão contínua de glicose (VIG 
6-8 mg/kg/min). Checar glicemia capilar após 
30 min, se persistir sintomático aumentar VIG 
de 2 em 2 mg/kg/min. Após estabilização, 
manter controles de glicemia a cada 8 horas.
 Nos casos de crises convulsivas realizar push 
de glicose a 10% 2 mL/kg em bolus.
 
RN filho de mãe com DMG
Considerar hipoglicemia quando Dx < 40 mg/
dL, estimular o aleitamento materno e ofere-
cer complemento, repetir dextro em 30 min. 
 Encaminhar a UTI neonatal se mantiver Dx < 
40 mg/dL e iniciar infusão de glicose endove-
nosa (VIG 6-8 mg/kg/min). Realizar controle 
de glicemia após 30 min, se Dx < 40 mg/dL, 
aumentar VIG de 2 em 2 mg/kg/min. Após 
estabilização, manter controles de glicemia a 
cada 8 horas.
Nos casos de diabetes insulinodependentes ini-
ciar a correção da hipoglicemia com glicose EV.
_Guia de Bolso de Neonatologia – Magalhães.indb 30 16/08/2016 11:12:57
31
G u i a d e B o l s o d e N e o N at o l o G i a | c a p í t u l o 5
Hipoglicemia persistente
Duração maior que 5 a 7 dias, com impossibi-
lidade de retirada da glicose endovenosa. 
Investigar hiperinsulismo, desordens endócri-
nas e erros inatos do metabolismo. 
Quando houver a necessidade de administrar 
infusão de glicose acima de 12 a 14 mg/kg/
min, colher glicemia, cortisol, GH, insulina 
séricas e solicitar avaliação endocrinológica. 
Se, mesmo com essa infusão, não se obtiver 
elevação da glicemia, iniciar: 
corticostEroiDEs
•	 Hidrocortisona: 5 mg/kg/dia EV cada 8 a 12 h.
•	 Prednisona: 1 a 2 mg/kg/dia VO cada 12 h.
Não havendo resposta, pode-se utilizar, na 
sequência: 
•	 Glucagon: 0,3 mg/kg EV ou IM. Pode-se 
repetir após 6 a 12 h (máx 1 mg).
•	 Epinefrina: utilização limitada devido a 
alterações cardiovasculares; 0.1 mL/kg 
(1:10.000) SC.
•	 Diazóxido: reservado pela sua potente ação 
hipotensora, 10 a 25 mg/kg/dia VO a cada 8 
a 12 h. Efeito colateral: hirsutismo, edema, 
náuseas.
•	 Somatostatina (octreotide): utilizado em 
hiperinsulinismo persistente, 20 a 50 mcg 
SC a cada 6 a 8 h. Efeito colateral: vômitos, 
hepatite, diarreia. 
Se Dx > 45 mg/dL, manter VIG 12 mg/kg/min 
e corticosteroide por 24 h. Reduzir a VIG 1 
ponto cada 12 h até VIG 6, após passar para 
VIG 4 e reduzir gradualmente nas 4 a 6 h se-
guintes.
Obs.: se a insulina tiver valores maiores que 10 
mcU/mL em vigência de hipoglicemia e/ou a 
relação insulina/glicose for maior que 0.3 a 0.5 
sugerem hiperinsulinemia. 
Fórmula para o cálculo da VIG (velocidade de 
infusão de glicose): 
Quantidade de 
glicose (g) =
VIG ´ peso (kg) ´ 1.440 
(n° de minutos do dia) 
1.000
 
HipErglicEMia nEonatal 
DEfinição
Glicemia plasmática > 150 mg/dL.
ManifEstação clínica
•	 Glicosúria com diurese osmótica e desidrata-
ção podem ser observadas em alguns casos. 
RN assintomático
FiGuRa 5.1 – Fluxograma - tratamento no rn assintomático.
Do nascimento até 4 hs de vida
iniciar amamentação na 1ª hv
realizar 1º Dx 30 min após primeira mamada
Dx < 25 mg⁄dL → amamentar e novo dextro em 1 hora
se Dx < 25 mg⁄dl
Glicose EV 
(ViG 4-6 mg/kg/min)
Aumento da ViG 
2-2 mg/kg/min, se 
Dx < 40 mg/dL
se Dx 25-40 mg⁄dl
Manter aleitamento 
e complemento
Controle de sintomas e 
Dx 3/3 h pré-mamada
se Dx < 35 mg⁄dl
Glicose EV 
(ViG 4-6 mg/kg/min)
Aumento da ViG 
2-2 mg/kg/min, se 
Dx < 40 mg/dL
se Dx 35-40 mg⁄dl
Manter aleitamento 
e complemento
Controle de sintomas e 
Dx 3/3 h pré-mamada
De 4 hs até 24 hs de vida
iniciar amamentação na 1ª hv
Amamentar cada 2-3 h
Dx < 35 mg⁄dL → amamentar e novo dextro em 1 hora
_Guia de Bolso de Neonatologia – Magalhães.indb 31 16/08/2016 11:12:57
32
G u i a d e B o l s o d e N e o N at o l o G i a | c a p í t u l o 5
fatorEs DE risco para HipErglicEMia
· iatrogenia (excesso de 
oferta de glicose)
· Prematuridade extrema
· rCiu
· BP principalmente <1000g
· Diabetes mellitus neonatal: 
geralmente transitório
· Sepse
· Ausência de alimentação en-
teral (↓ secreção de incretina 
– ↓ secreção de insulina)
· uso de teofilina, corticosteroi-
des, metilxantinas
· Defeitos do metabolismo 
(galactosemia, frutosemia)
· Pós-operatório (estresse, dor)
trataMEnto
•	 Reduzir a infusão de glicose (2 mg/kg/min) 
a cada 4 a 6 h, progressivamente, com con-
troles de glicemia plasmá tica e/ou capilar; 
redução mais rápida se glicose > 200 mg/
dL. Caso persista hiperglicemia (> 250 mg/
dL), avaliar o uso de: 
•	 Insulina regular 
 – 0,1 UI/kg EV em 15 a 20 min (se hi-
perglicemia com glicosúria e desidra-
tação);
 – 0,01 a 0,1 UI/kg/hora EV contínua ou 
0,1 a 0,2 UI/kg SC a cada 6 a 8 h;
 – Diluir a insulina em soro fisiológico.
•	 Administração precoce de aminoácidos 
(NPP) em RNMBP logo ao nascimento - ↑ 
liberação de insulina.
coMplicaçõEs
•	 Alterações no balanço hidroeletrolítico 
(glicosúria e diurese osmótica). 
•	 Hemorragia peri e intraventricular (devido 
ao aumento da osmolaridade sérica). 
HipocalcEMia 
DEfinição
•	 Ca total sérico < 8 mg/dL recém-nascido 
de termo; 
•	 Ca total sérico < 7 mg/dL recém-nascido 
pré-termo; 
•	 Ca ionizável < 4,4 mg/dL em RNT e RNPT. 
ManifEstaçõEs clínicas
· Tremores
· Apneia
· Cianose
· Letargia
· recusaalimentar
· Vômitos
· Distensão abdominal
· Hiperatividade neuromuscular
· Convulsões
· Espasmos 
· Choro estridente
fatorEs DE risco
· início precoce
 - Prematuridade 
 - rn de mãe diabética
 - Asfixia
· início tardio
- Hipoparatireoidismo secundário: hiperparatireoidismo mater-
no, hipocalciúria hipercalcêmica materna, hipomagnesemia
- Hipoparatireoidismo primário: hipoparatireoidismo 
congênito transitório, sd. de Di George, familiar, pseudo-
-hipoparatireoidismo
- Deficiência de vitamina D: terapia anticonvulsivante 
materna, dieta, má absorção, insuf. renal, hepatopatia
- Hiperfosfatemia: fórmula a base de LV, administração ↑ fosfato
trataMEnto
sintomática com 
convulsões ou apneia
assintomática e/ou 
manutenção
· GluCa 10%: 1 a 2 mL/kg 
(100 a 200 mg/kg = 0,5 
a 1 mEq/kg) EV em 5 a 10 
minutos
· Manutenção com 200 mg/
kg/dia até normalização
· Alimentação enteral precoce
· GluCa 10%: 
- 1 a 2 mL/kg/dia EV diluído 
no soro de manutenção ou
- Vo dividido em 4 tomadas
· Hipoparatireoidismo: cálcio 
oral + vitamina D
*Evitar infusão de cálcio em veia periférica.
HipErcalcEMia 
DEfinição 
•	 Ca total sérico > 11 mg/dL (2.7 mMol/L); 
•	 Ca ionizável > 5,5 mg/dL (1.2 mMol/L). 
QuaDro clínico
· Letargia
· irritabilidade
· Dispneia
· Poliúria
· Vômitos
· Hipertensão
· Convulsão
· nefrocalcinose
· Desidratação
· Constipação
_Guia de Bolso de Neonatologia – Magalhães.indb 32 16/08/2016 11:12:57
33
G u i a d e B o l s o d e N e o N at o l o G i a | c a p í t u l o 5
Etiologia
· Hiperparatireoidismo neonatal (transitório /permanente)
· Hipoparatireoidismo materno
· Suplementação excessiva de cálcio
· Suplementação excessiva de vitamina D
· Síndrome de Willliams
· Hipercalcemia hipocalciúrica familiar
· Depleção de fosfato
· Hipervitaminose A
· uso de diuréticos tiazídicos
· Hipertireoidismo
· insuficiência adrenal
· necrose de gordura subcutânea
· intoxicação por alumínio
· Hipofosfatemia
· Condrodistrofia primária (displasia metafisária)
trataMEnto
· Controle das causas 
subjacentes específicas
· Suplementação de fosfato: 
0,5 a 1 mMol de fósforo 
elementar/kg/dia ou 30 a 50 
mg/kg/dia
· Casos agudos: expansão do 
extracelular com SF 0,9% 
10 a 20 mL/kg seguido 
da infusão EV de diurético 
cíclico (por exemplo, furose-
mida 2 mg/kg), podendo ser 
repetida a cada 4 a 6 horas
HipErcalEMia 
DEfinição
Potássio sérico > 6 mEq/L 
ManifEstaçõEs clínicas
Arritmias cardíacas - onda T apiculada, QRS 
alargado, bradicardia, taquicardia, TSV, TV 
e FV. 
Etiologias
· Acidemia
· Hipertonicidade
· Deficiência de insulina
· necrose celular
· ingestão aumentada de 
potássio
· Disfunção renal
· rn prematuros com asfixia
· Hipoaldosteronismo
· não resposta tubular a 
aldosterona 
· Trombocitose, leucocitose, 
amostra sanguínea com lise 
celular
· Hemorragia intracraniana
· Transfusão sanguínea 
· Hiperplasia adrenal congênita
trataMEnto
droga dose início 
ação
duração Observações
Glucona-
to de Ca 
10%
1 a 2 
mL/kg
 ime-
diato
 Minutos EV em 5 min 
com monitori-
zação ECG
naHC03 1 a 2 
mEq/kg
 15 a 30 
min
 Horas EV 10 a 30 min
Glicose 
(insulina)
0,5 a 
1 g/kg 
(0,1 u/kg)
30 a 60 
min
 Horas EV 15 a 30 min 
(EV ou SC)
Furose-
mida
1 a 4 
mg/kg
15 min 
a 1 h
 
resinas 
trocado-
ras de K 
(kayexa-
late ou 
sorcal)
1 a 2 
horas
4 a 6 
horas
Vo ou enema, 
diluído em 
SG 5% (dilui-
ção: 15 g/60 
mL): 2 a 4 mL/
kg com 1 a 
2 h de reten-
ção, 6/6 h
HipocalEMia 
DEfinição
K sérico < 3,5 mEq/L. 
ManifEstaçõEs clínicas 
(QuanDo K < 2,5 mEq/l)
· Sonolência, irritabilidade, 
confusão mental, podendo 
até entrar em coma
· Fraqueza muscular, diminui-
ção dos ruídos hidroaéreos e 
distensão abdominal 
· Depleção do segmento ST 
e diminuição da amplitude 
da onda T. quedas mais 
se veras: aumento da 
amplitude da onda P, prolon-
gamento Pr e alargamento 
do qrS
Etiologia
· Diuréticos
· Diarreia
· Disfunção renal
· Drenagem por SnG
· Baixo aporte de K
· Alcalose
· digoxina
_Guia de Bolso de Neonatologia – Magalhães.indb 33 16/08/2016 11:12:57
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G u i a d e B o l s o d e N e o N at o l o G i a | c a p í t u l o 5
trataMEnto
· Hipocalemia leve ou 
preventiva: KCl xarope 6% 
(0,8 mEq/mL) via oral na 
dose de 3 mEq/kg/dia a 
cada 6 horas 
· Correção rápida: não 
ultrapassar a velocidade de 
infusão de 0,3 a 0,5 mEq/
kg/h de KCl 19,1% em 4 a 6 
horas
· Manutenção no soro: 
3 a 3,5 mEq/kg/dia em 
concentração máxima de 80 
a 100 mEq/L
HipoMagnEsEMia 
DEfinição
Mg sérico < 1,5 mg/dL. 
ManifEstaçõEs clínicas (QuanDo 
Mg sérico < 1,2 mg/dl)
· Hiperexcitabilidade neuro-
muscular
· Hipertonia muscular
· Convulsões tônicas focais ou 
generalizadas
· Cianose
· Apneia
fatorEs DE risco 
· rn de mãe diabética (hipo-
calcemia neonatal e redução 
da função paratireoide). 
· rn com rCiu/PiG/prematuro
· rn com hipocalcemia
· rn submetido à exsangui-
neotransfusão com sangue 
citratado
· uso de anfotericina
· Atresia de vias biliares
· Hepatite neonatal
· Diuréticos de alça e altas 
doses de aminoglicosídeos
· Hiperfosfatemia 
· Hiperparatireoidismo 
materno
· Hipoparatireoidismo
· ressecção intestinal, 
principalmente jejunoileal
trataMEnto
assintomático sintomático
· reposição oral ou aumento 
do aporte venoso
· Sais de sulfato, gluconato, 
cloreto ou citrato – 100 a 200 
mg/kg/dia a cada 6 a 8 h
· MgSo4 50% – 0,25 mL/kg 
EV ou iM a cada 8 ou 12 h
· MgSo4 50% – 25 a 50 
mg/kg EV em 1 minuto se 
fibrilação ventricular, tetania 
ou convulsões
Antídoto: GluCa 10% – 100 
a 200 mg/kg se houver hipo-
tensão ou arritmia cardíaca 
durante infusão do Mg
HipErMagnEsEMia 
DEfinição
Mg sérico > 2,8 mg/dL (1,15 mMol/L). 
ManifEstaçõEs clínicas
· na maior parte das 
vezes, é assintomática
· Depressão neuromuscular com 
letargia, flacidez, déficit sucção, 
depressão respiratória e atraso na 
eliminação de mecônio
Etiologia
· Prematuridade
· Asfixia neonatal
· Administração de sulfato de Mg à 
mãe (eclâmpsia/pré-eclâmpsia)
· Terapia neonatal com Mg: nPP 
prolongada, reposição no soro, 
enemas, antiácidos
trataMEnto
· GluCa 10% 100 a 200 mg/kg EV: funciona como antídoto
· Diurético de alça + hidratação adequada para aumentar a 
excreção de Mg
· Diálise peritoneal/hemodiálise em casos graves refratários
· Assistência cardiorrespiratória
 
HiponatrEMia 
DEfinição
Na sérico < 130 mEq/L. 
fatorEs DE risco 
· Administração excessiva ou 
retensão de água livre 
· Síndrome do desconforto 
respiratório
· Hiperbilirrubinemia
· necrose tubular aguda
· Policitemia
· Baixo aporte de na na 
alimentação
· Drogas: furosemida, 
dopamina, tolazolina, PGE2 
e aminofilina
· injúria ao SnC causando 
SSiHAD (síndrome da 
secreção inapropriada de 
hormônio antidiurético)
· Diarreia e vômitos
· Hidrocefalia com derivação 
externa
· Hiperplasia congênita de 
adrenal
trataMEnto
Se sintomatologia ou se Na< 120 mEq/L.
_Guia de Bolso de Neonatologia – Magalhães.indb 34 16/08/2016 11:12:57
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G u i a d e B o l s o d e N e o N at o l o G i a | c a p í t u l o 5
Déficit de Na (mEq ) = 
peso (kg) ´ 0,6 ´ (130 - Na desejado)
•	 Agudos Na desejado = 130. 
•	 Crônicos Na desejado = 120. 
•	 Usar NaCl 3%; velocidade infusão de 5 
mEq/kg/H (10 mL/kg/h) nas agudas e 2,5 
mEq/kg/h (5 mL/kg/h) nas crônicas. Cor-
rigir de 4 a 6 h.
coMplicaçõEs
Aumento brusco pode causar desmielinização 
osmótica da ponte à mielinólise central ponti-
na: paraparesia, quadriplegia, disartria, disfa-
gia e alte rações da consciência e coma. 
•	 Não elevar o Na mais que 12 mEq/L nas 
primeiras 24 h. 
•	 Diálise, se as medidas anteriores não forem 
eficientes.
Diagnóstico DifErEncial 
DE HiponatrEMia no rn
· insuficiência renal
· insuficiência adrenal
· Variante de Barther. no período 
intrauterino, ocorre polidrâmnio. no 
período neonatal, ocorre alcalose 
metabólica hipocalêmica, natriurese 
e hipercalciúria, podendo associar-
-se a nefrocalcinose e osteopenia)
HipErnatrEMia 
DEfinição
Na sérico >

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