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CLUBE DO CONCURSO DIREITO ADMINISTRATIVO (IAPEN TARDE-NOITE) PROFª NEIDA FLEXA _____________________________________________________________________________________________ Avenida Presidente Vargas, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes, Centro, Macapá-AP. ATOS ADMINISTRATIVOS CONCEITO Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, ato administrativo é a declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob o regime jurídico de direito público e sujeita ao controle pelo Poder Público. Observação: elementos presentes no conceito: - Manifestação de vontade; - Praticada pela Administração Pública ou por quem lhe faça às vezes; - Sob o regime de direito público - Com prerrogativas em relação ao particular; - Submissão ao controle judicial. Diferenças: • Fato administrativo (para algumas bancas examinadoras é sinônimo de atos materiais): são atos praticados pela Administração desprovidos de manifestação de vontade cuja natureza é meramente executória. Ex. Demolição de uma casa, construção de uma parede na Administração, realização de um serviço etc. • Atos da Administração: são atos praticados pelo Poder Público sob o amparo do direito privado. Neste caso, a Administração é tratada igualitariamente com o particular. É o caso, por exemplo, da permuta, compra e venda, locação, doação etc. ATO ADMINISTRATIVO FATO ADMINISTRATIVO Declarações- enunciados (oral, escrito, mímica, sinais) Não são declarações, não há pronunciamento algum Admite anulação e revogação Não são anuláveis, nem revogáveis Gozam de presunção de legitimidade Não gozam de presunção de legitimidade A vontade é relevante Vontade não é relevante E o silêncio administrativo é ato ou fato: Se o ato administrativo é exteriorizador da vontade da Administração, do silêncio não se poderia extrair as intenções comunicativas do Poder Público, não haveria como entende-lo como ato. Helly Lopes Meirelles: “O silêncio não é ato administrativo; é conduta omissiva da Administração que, quando ofende direito individual ou coletivo dos administrados ou de seus servidores, sujeita-se a correção judicial e a reparação decorrente de sua inércia”. ATOS ADMINISTRATIVOS Sentido amplo Sentido estrito É a declaração do Estado ou de quem lhe faça às vezes (concessionário, permissionário de serviço público), no exercício de prerrogativas públicas, manifestada mediante providências jurídicas complementares à lei para lhe dar cumprimento e se sujeita ao controle do poder judiciário. Ex: regulamentos, instruções, resoluções, contratos administrativos Esta definição engloba, além dos atos administrativos em sentido estrito, os atos normativos da administração Pública, que são gerais e abstratos (como regulamentos, instruções), além dos atos convencionais( contratos administrativos) É a declaração unilateral da Administração Pública no exercício de suas prerrogativas, manifestada mediante comandos concretos complementares da lei, expedidos a título de lhe dar cumprimento e sujeitos a controle pelo Poder judiciário. Leva em conta apenas os atos administrativos que apresentem as características de concreção e unilateralidade, excluindo- se os atos normativos da Administração Pública (gerais e abstratos) e os atos convencionais (contratos administrativos). O atos administrativos são espécie do gênero “ato jurídico”. Fazendo uma rápida digressão, na seara do direito privado, podemos afirmar que tudo aquilo que interessa ao direito – isto é, todos os eventos, naturais ou humanos, a que o direito atribui significação, e aos quais vincula consequências jurídicas – integra os denominados fatos jurídicos em sentido amplo. Esses fatos jurídicos em sentido amplo subdividem-se em: a) fatos jurídicos em sentido estrito: são eventos da natureza- ou seja, acontecimentos que não decorrem diretamente de manifestação de vontade humana- dos quais resultam consequências jurídicas. Ex: o nascimento, a morte, uma inundação que ocasione destruição de bens. Diante desta última diferenciação, é possível alegar que existem atos da Administração (por terem sido praticados pelo Poder Executivo) que não são atos administrativos (pois não são regidos pelo direito público). CLUBE DO CONCURSO DIREITO ADMINISTRATIVO (IAPEN TARDE-NOITE) PROFª NEIDA FLEXA _____________________________________________________________________________________________ Avenida Presidente Vargas, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes, Centro, Macapá-AP. b) atos jurídicos: são qualquer manifestação unilateral humana voluntária que tenha a finalidade imediata (direta) de produzir determinada alteração no mundo jurídico. Os atos administrativos são sempre manifestações unilaterais de vontade (as bilaterais compõem os chamados contratos administrativos). Observação: Embora os atos administrativos sejam os atos típicos do Poder Executivo no exercício de suas funções próprias, não se deve esquecer que os Poderes Judiciário e Legislativo também editam atos administrativos, principalmente relacionados ao exercício de suas atividades de gestão interna, como atos relativos à contratação de eu pessoal, à aquisição de material de consumo. ATRIBUTOS Diante da importância dos interesses públicos protegidos pela Administração Pública, ela necessita de prerrogativas não conferidas aos particulares. Em razão disso, os atos administrativos possuem atributos, também chamados de características, que os tornam distintos dos demais atos jurídicos. a) Presunção de legitimidade e veracidade dos atos administrativos: Os atos administrativos são presumidos verdadeiros e legais até que se prove o contrário. Assim, a Administração não tem o ônus de provar que seus atos são legais e a situação que gerou a necessidade de sua prática realmente existiu, cabendo ao destinatário do ato o encargo de provar que o agente administrativo agiu de forma ilegítima. Este atributo está presente em todos os atos administrativos. Principais informações sobre o atributo: - Fundamento Rapidez e agilidade na execução dos atos administrativos. Garante celeridade. - Natureza da presunção Relativa, uma vez que pode ser desconstituída pela prova que deve ser produzida pelo interessado prejudicado. - Inversão do ônus da prova O particular prejudicado que possui o dever de provar que a Administração Pública contrariou a lei ou os fatos mencionados por ela não são verdadeiros. Consequências: - Até a sua desconstituição, o ato continua a produzir seus efeitos normalmente; - Tanto a Administração como o Poder Judiciário têm legitimidade para analisar as presunções mencionadas. b) Autoexecutoriedade Os atos administrativos podem ser executados pela própria Administração Pública diretamente, independentemente de autorização dos outros poderes. De acordo com a doutrina majoritária, o atributo da autoexecutoriedade não está presente em todos os atos administrativos, mas somente: Quando a lei estabelecer. Ex. Contratos administrativos (retenção da caução quando houver prejuízo na prestação do serviço pelo particular). Em casos de urgência. Ex. Demolição de um prédio que coloca em risco a vida das pessoas. A autoexecutoriedade apresenta dois aspectos: a) Exigibilidade: é o poder que a Administração tem de exigir que seus atos sejam cumpridos se utilizando de meios indiretos de coerção. Esse atributo permite que o administrador decida, sem a exigênciade controle pelo Poder Judiciário, representando a tomada de decisão. Ex: multas administrativas, independentemente de ter que ingressar em juízo para impor ao administrado sua observância ou cumprimento. b) Executoriedade: é a possibilidade que tem o administrador de fazer cumprir as suas decisões e executá-las, independentemente da autorização de outro poder. A grande diferença está no meio coercitivo utilizado: na exigibilidade a Administração Pública utiliza-se de meios indiretos de coerção, sempre previstos em lei como, por exemplo, a multa, além de outras penalidades, pelo descumprimento do ato. Já na executoriedade, a Administração Pública emprega meios diretos de coerção, compelindo materialmente o administrado, utilizando inclusive a força, independente de previsão legal para socorrer situação emergente. c) Tipicidade É o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras previamente definidas pela lei como aptas a produzir determinados efeitos. O presente atributo é uma verdadeira garantia ao particular que impede a Administração de agir absolutamente de forma discricionária. Assim, para cada caso, há a previsão de uso de certo tipo de ato em espécie. Ex: para concessão de licença a lei prevê que o ato seja alvará; se for um regulamento será decreto, se for uma instrução ou ordem de serviço será portaria. d) Imperatividade Os atos administrativos são impostos a todos independentemente da vontade do destinatário. De acordo com Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, rigorosamente, imperatividade traduz a possibilidade de a Administração Pública, unilateralmente, criar obrigações para os administrados, ou impor-lhe restrições. No entanto, o atributo somente está presente nos atos que impõem ao particular obrigação (comandos administrativos). Há imperatividade, portanto, nos atos de apreensão de alimentos, interdição de estabelecimento etc. REQUISITOS Os elementos do ato administrativo estabelecem sua formação, são também chamados de requisitos. A doutrina não é pacífica ao enumerá-los, entretanto, a maioria aponta como sendo cinco os elementos: sujeito ou competência, forma, finalidade, motivo ou causa e objeto. CLUBE DO CONCURSO DIREITO ADMINISTRATIVO (IAPEN TARDE-NOITE) PROFª NEIDA FLEXA _____________________________________________________________________________________________ Avenida Presidente Vargas, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes, Centro, Macapá-AP. a) Sujeito competente ou Competência: É o poder decorrente da lei conferido ao agente administrativo para o desempenho regular de suas atribuições. Somente a lei pode determinar a competência dos agentes na exata medida necessária para alcançar os fins desejados. É um elemento sempre vinculado. Sujeito competente é o agente público, ou seja, qualquer pessoa que exerça de forma temporária ou permanente, com ou sem remuneração, uma função pública, devendo estar, de alguma forma, ligado á Administração Pública. Celso Antônio Bandeira de Mello enumera as principais características do elemento: Exercício obrigatório para órgãos e agentes públicos; Intransferível e irrenunciável. Vale lembrar que a delegação permitida pela lei não transfere a competência, mas sim a execução temporária do ato. Imodificável pela vontade do agente; Imprescritível, já que o não exercício da competência não gera a sua extinção. A Lei 9784/99 permite a delegação (transferência de funções de um sujeito, normalmente para outro hierarquicamente inferior) e a avocação (órgão superior atrais para si a competência para cumprir determinado ato atribuído a outro inferior) dos atos administrativos. Contudo, em face do primeiro, a lei menciona: Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: I - a edição de atos de caráter normativo; II - a decisão de recursos administrativos; III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. Entre as espécies do gênero abuso de poder tem o excesso de poder, que ocorre quando o agente público excede os limites de sua competência. b) Finalidade A finalidade, segundo os ensinamentos de Di Pietro, é o resultado que a Administração deve alcançar com a prática do ato. É aquilo que se pretende com o ato administrativo. Serão nulos os atos administrativos que não satisfaçam o interesse público. Se o ato administrativo visar interesses ilícitos ou contrários ao interesse público, haverá vício de finalidade, denominado desvio de poder ou desvio de finalidade. De acordo com o princípio da finalidade, a Administração Pública deve buscar sempre o interesse público e, em uma análise mais restrita, a finalidade determinada pela lei. É um elemento sempre vinculado.Assim, o elemento pode ser considerado em seu sentido amplo (qualquer atividade que busca o interesse público) ou restrito (resultado específico de determinada atividade previsto na lei). O vício no elemento finalidade gera o desvio de finalidade, que é uma modalidade de abuso de poder. c) Forma O ato deve respeitar a forma exigida para a sua prática. É a materialização, ou seja, como o ato se apresenta no mundo real. A regra na Administração Pública é que todos os atos são formais, diferentemente do direito privado que se aplica a liberdade das formas. È um elemento sempre vinculado, de acordo com a doutrina majoritária. Todos os atos, em regra, devem ser escritos e motivados. Excepcionalmente, podem ser praticados atos administrativos através de gestos e símbolos. Ex. semáforos de trânsito, apitos de policiais. d) Objeto É a modificação fática realizada pelo ato no mundo jurídico. São as inovações trazidas pelo ato na vida de seu destinatário. Exemplos: - Ato: licença para construir; Objeto: permitir que o interessado edifique legitimamente; - Ato: Aplicação de multa; Objeto: efetivar uma punição. Segundo Fernanda Marinela, o objeto corresponde ao efeito jurídico imediato do ato, ou seja, o resultado prático causado em uma esfera de direitos. Representa uma consequência para o mundo fático em que vivemos e, em decorrência dele, nasce, extingue-se, transforma-se um determinado direito. É um elemento vinculado e discricionário. e) Motivo O motivo é a causa, representa as razões que justificam a edição do ato, isto é, a situação de fato ou de direito que ensejam a prática do ato. A situação de fato é a situação, a circunstância que levou a Administração a praticar o ato. A situação de direito é o dispositivo legal que serviu de embasamento. Como exemplo, tem-se: no ato administrativo de punição do funcionário, o motivo é a infração que ele praticou; na exoneração do funcionário estável. É o pedido por ele formulado. O motivo pode ser vinculado, quando expresso em lei, ou discricionário, quando a lei autoriza valoração por parte do administrador, mas sempre deve se mostrar compatível com a situação fática que o ensejou. O motivo será ilegal e o ato administrativo será inválido quando o fato alegado não for verdadeiro, isto é, o motivo não existir; quando não existir compatibilidade entre o motivo declarado no ato e a previsão legal; quando inexistir congruência entre o motivo e o resultado do ato e, por fim, quando o motivo CLUBE DO CONCURSO DIREITO ADMINISTRATIVO (IAPEN TARDE-NOITE) PROFª NEIDA FLEXA _____________________________________________________________________________________________ Avenida Presidente Vargas, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes, Centro, Macapá-AP. depender de um critério subjetivo de valoração do administrador e este extrapolar os limites legais, vale dizer,não for razoável e proporcional. Se houver ausência do motivo ou a indicação de motivo falso na prática do ato administrativo gerará a invalidação do ato praticado. Não confundir motivo e motivação. Esta, por sua vez, é a demonstração dos motivos, ou seja, é a justificativa por escrito de que os pressupostos de fato realmente existiram. Por fim, vale lembrar que o motivo pode ser discricionário ou vinculado. Segundo Edimur Ferreira de Faria, o motivo deve estar previsto na lei explícita ou implicitamente. Se explícito, à autoridade não compete escolha; deve praticar o ato de acordo com o motivo, sempre que a hipótese se verificar. Não estando o motivo evidenciado na lei, cabe ao agente, no exercício da faculdade discricionária, escolher ou indicar o motivo, devidamente justificado. O renomado autor o menciona a possibilidade de o motivo ser um elemento vinculado na primeira situação narrada, ou discricionário na parte final de sua conclusão. Assim, não se deve confundir motivação com motivo do ato administrativo. A motivação faz parte da forma do ato, isto é, ela integra o elemento forma e não o elemento motivo. Se o ato deve ser motivado para ser válido, e a motivação não é feita, o ato é nulo por vício de forma e não por vício de motivo. Ex: na demissão de um servidor, o elemento motivo é a infração por ele praticada, determinante dessa modalidade de punição; já a motivação consiste na caracterização, por escrito, da infração, mediante a descrição dos fatos ocorridos, o relato da conduta adotada pelo servidor, a enumeração dos elementos que demonstram a existência de dolo ou culpa e na indicação, por escrito, de que aquela infração está enquadrada em um dispositivo legal que determina a demissão do servidor. • Competência Vinculado; • Forma Vinculado; • Finalidade Vinculado; • Motivo Vinculado / Discricionário • Objeto Vinculado/ Discricionário TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES A denominada teoria dos motivos determinantes consiste em, simplesmente, explicitar que a administração pública está sujeita ao controle administrativo e judicial (portanto, controle de legalidade ou legitimidade) relativo à existência e à pertinência ou adequação dos motivos – fático e legal – que ela declarou como causa determinante da prática de um ato. Caso seja comprovada a não ocorrência da situação declarada, ou a inadequação entre a situação ocorrida (pressuposto de fato) e o motivo descrito na lei 9pressuposto de direito), o ato será nulo. A teoria dos motivos determinantes aplica-se tanto a atos vinculados quanto a atos discricionários, mesmo aos atos discricionários em que, embora não fosse obrigatória, tenha havido a motivação. É importante frisar que a teoria dos motivos determinantes tem aplicação mesmo que a motivação do ato não fosse obrigatória, mas tenha sido efetivamente realizada pela administração. Exemplo: a nomeação e a exoneração do servidor ocupante de cargo em comissão independem de motivação declarada. O administrador pode, portanto, dentro da sua esfera de competências, nomear e exonerar livremente, sem estar obrigado a apresentar qualquer motivação. Contudo, caso ele decida motivar o seu ato, ficará sujeito à verificação da existência e da adequação do motivo exposto. Dessa forma, supondo que a autoridade competente exonerasse um servidor comissionado e decidisse motivar por escrito o ato de exoneração, afirmando que o servidor foi exonerado em razão de sua inassiduidade, poderia o servidor contestar perante o Judiciário (ou perante a própria administração, mediante um recurso administrativo) esse motivo, comprovando, se for o caso, sua inexistência, isto é, provocando que não faltava ao serviço, nem se atrasava. Assim, se o servidor não teve faltas nem atrasos durante o período em que esteve comissionado, ficaria evidente a inexistência do motivo declarado como determinante do ato de exoneração. Esse ato de exoneração, portanto, seria inválido e poderia ser anulado pelo Poder Judiciário ou pela própria administração. Exemplo 2: Um determinado governador de um Estado tem uma filha que está namorando um rapaz que não é de seu agrado. Sabendo que esse indivíduo é um servidor público estadual, decide removê-lo para uma cidade bem distante, alegando necessidade do serviço, quando, na verdade, o administrador deseja prejudicar o relacionamento. Nesse caso, o ato fica viciado em virtude de o motivo ser incompatível com a lei, havendo inexistência material e jurídica dos motivos. MÉRITO Nos atos administrativos vinculados, os cinco elementos – competência, finalidade, forma, motivo e objeto – encontram-se rigidamente determinados no texto legal, restando ao agente público nenhuma liberdade ao praticá-los. Significa dizer: os requisitos de validade dos atos vinculados são, todos eles sempre vinculados. Nos atos discricionários, somente são estritamente vinculados os elementos competência, finalidade e forma, enquanto os elementos motivo e objeto são discricionários. Em que pesem as discordâncias existentes na doutrina, trabalharemos, aqui, com o posicionamento consagrado, segundo o qual, em qualquer ato administrativo – vinculado ou discricionário-, a competência, a finalidade e a forma são requisitos de validade sempre vinculados. No âmbito dos requisitos de validade motivo e objeto, especificamente nos atos administrativos, discricionários, reside o que a doutrina e a jurisprudência costumam chamar de “MÉRITO ADMINISTRATIVO”. ✓ MÉRITO ADMINISTRATIVO: é o poder conferido pela lei ao agente público para que ele decida sobre a oportunidade e a conveniência de praticar determinado ato discricionário, e escolha o conteúdo desse ato, dentro dos limites estabelecidos na lei. VALE REPETIR, SÓ EXISTE CLUBE DO CONCURSO DIREITO ADMINISTRATIVO (IAPEN TARDE-NOITE) PROFª NEIDA FLEXA _____________________________________________________________________________________________ Avenida Presidente Vargas, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes, Centro, Macapá-AP. MÉRITO ADMINISTRATIVO EM ATOS DISCRICIONÁRIOS. Na tradicional definição do Prof. Hely Lopes Meireles, o mérito administrativo consiste “na valoração dos motivos e na escolha do objeto do ato, feitas pela Administração Pública incumbida de sua prática, quando autorizada a decidir sobre a conveniência, oportunidade e justiça do ato a realizar”. Quando se diz que o mérito administrativo não está sujeito ao controle judicial – e tal asserção está correta-, deve-se bem entender essa afirmação: controle de mérito é sempre controle de oportunidade e conveniência; portanto, controle de mérito resulta na revogação ou não do ato, nunca em sua anulação; O Poder Judiciário, no exercício de função jurisdicional, não revoga atos administrativos, somente os anula, se houver ilegalidade ou ilegitimidade. Assim, em um ato discricionário o Poder Judiciário pode apreciar, quanto à legalidade e legitimidade, a sua competência, a sua finalidade, a sua forma e, também, o seu motivo e o seu objeto, ressalvada a existência, nesses elementos motivo e objeto, de uma esfera privativa de apreciação pela administração pública (o mérito administrativo), estabelecida pela lei; a extrapolação ou não, pela administração, dos limites dessa esfera de mérito administrativo é passível de controle pelo Poder Judiciário, o que configura controle de legalidade ou legitimidade, e não controle de mérito. Frise-se, o Poder Judiciário, no exercício de sua função jurisdicional, nunca vai adentrar o mérito administrativo para dizer se o ato foi ou não conveniente e oportuno, substituindo a administração nessa análise. Isso seria controle de mérito, pelo Judiciário, de atos administrativosde outro Poder, o que nosso ordenamento jurídico não permite (ofende o princípio da separação dos poderes). O Judiciário deve se limitar a controlar a legalidade do exercício da discricionariedade pela administração, mas não substituí-la no juízo de conveniência e oportunidade, vale dizer, no juízo de mérito. ESPÉCIES a) Atos normativos: emanam atos gerais e abstratos visando correta aplicação da lei. Tais atos não têm destinatários determinados; incidem sobre todos os fatos ou situações que se enquadrem nas hipóteses que abstratamente preveem. Os atos normativos possuem conteúdo análogo ao das leis. A principal diferença- além do aspecto formal – é que os atos administrativos normativos não podem inovar o ordenamento jurídico. São destinados a possibilitar a fiel execução de leis pela administração, os atos normativos devem detalhar, explicitar o conteúdo das lei que regulamentam e, sobretudo, uniformizar a atuação e os procedimento a serem adotados pelos agentes administrativos, sempre que se deparem com situações concretas semelhantes. Ex: Decreto: atos normativos exclusivos do chefe do executivo; Regulamento: visa especificar mandamentos previstos ou não em leis; Regimento: tem força normativa interna e visa reger funcionamento de órgãos; Resolução: expedidos pelas altas autoridades do executivo para regulamentar matéria exclusiva. Deliberação: decisões tomadas por órgãos colegiados. b) Atos ordinatórios: visa disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta de seus agentes. São atos administrativos internos, endereçados aos servidores públicos, que veiculam determinações concernentes ao adequado desempenho de suas funções. Os atos ordinatórios têm fundamento no poder hierárquico e somente vinculam os servidores que se encontrem subordinados à autoridade que os expediu. Não atingem os administrados. Não atingem os administrados; não criam para eles direitos e obrigações. Ex: Instruções: orientação do subalterno pelo superior hierárquico de como desempenhar certa função; Circulares: ordem escrita e uniforme expedida para determinados funcionários ou agentes; Avisos: atos de titularidade de Ministros em relação ao Ministério; Portarias: atos emanados por chefes de órgãos públicos aos seus subalternos determinando a realização de atos gerais ou especiais; Ofícios: comunicações oficiais realizadas pela Administração a terceiros; Despachos administrativos: decisões tomadas pela Administração. c) Atos negociais:os atos negociais são editados em situações nas quais o ordenamento jurídico exige que o particular obtenha anuência prévia da administração para realizar determinada atividade de interesse dele, ou exercer determinado direito. Como se vê, não cabe cogitar a existência de imperatividade, coercitividade ou autoexecutoriedade nos atos negociais. O administrado solicita à administração consentimento para exercer determinada atividade, ou requer o reconhecimento de um direito; a administração, caso o ato requerido atenda ao interesse público, defere o pedido do administrado. Deve ficar claro que um ato negocial não é um contrato, e sim manifestação unilateral da administração (provocada mediante requerimento e solicitação do particular), coincidente com a pretensão do particular. Os atos negociais podem ser: a) Vinculados: são aqueles que reconhecem um direito subjetivo do particular. Uma vez demonstrado pelo particular, em seu requerimento, que estão atendidos todos os requisitos previstos em lei para a obtenção do ato, não há escolha para a administração: o ato terá que ser praticado conforme a lei determina. b) Discricionários: são aqueles que podem, ou não, ser editados, conforme juízo de oportunidade e conveniência administrativa. Assim, mesmo que o particular tenha atendido CLUBE DO CONCURSO DIREITO ADMINISTRATIVO (IAPEN TARDE-NOITE) PROFª NEIDA FLEXA _____________________________________________________________________________________________ Avenida Presidente Vargas, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes, Centro, Macapá-AP. às exigências da lei necessárias para a solicitação do ato, poderá ser negada a sua edição pela administração. A edição do ato depende do juízo de oportunidade e conveniência, privativo da administração pública. c) Precários: podem ser revogados a qualquer tempo, não geram direito adquirido para os seus destinatários. Ademais, como regra, a revogação não implica direito à indenização para o particular. d) Definitivos: são aqueles praticados em face de um direito individual do requerente. São atos administrativos vinculados e, por isso, não comportam revogação. Pode, entretanto, ocorrer a cassação do ato pela administração, na hipótese de serem exigidas do particular condições para manutenção do ato e essas condições deixarem de ser cumpridas. Pode, ainda, como se dá com qualquer ato administrativo, ser o ato negocial definitivo anulado, se tiver havido ilegalidade na sua edição. Ex: Licença: ato vinculado e definitivo (não precário) em que a Administração concede ao Administrado a faculdade de realizar uma atividade. Autorização: ato discricionário e precário em que a Administração concede ao administrado a faculdade de exercer uma atividade. Permissão: ato discricionário e precário em que a Administração concede ao administrado a faculdade de exercer certa atividade nas condições estabelecidas por ela; Aprovação: análise pela própria administração de atividades prestadas por seus órgãos; Visto: é a declaração de legitimidade de certo ato praticado pela própria Administração como forma de exequibilidade; Homologação: análise da conveniência e legalidade de ato praticado pelos seus órgãos como forma de lhe dar eficácia; Dispensa: ato administrativo que exime o particular do cumprimento de determinada obrigação até então exigida por lei. Ex. Dispensa de prestação do serviço militar; Renúncia: ato administrativo pelo qual o poder Público extingue unilateralmente um direito próprio, liberando definitivamente a pessoa obrigada perante a Administração Pública. A sua principal característica é a irreversibilidade depois de consumada. d) Atos enunciativos: a Administração certifica ou atesta um fato sem vincular ao seu conteúdo. Ex: Atestado: são atos pelos quais a Administração Pública comprova um fato ou uma situação de que tenha conhecimento por seus órgãos competentes; Certidão: são cópias ou fotocópias fiéis e autenticadas de atos ou fatos constantes em processo, livros ou documentos que se encontrem na repartição pública; Pareceres: são manifestações de órgãos técnicos sobre assuntos submetidos à sua consideração. e) Atos punitivos: atos que emanam punições aos particulares e servidores. Assim, podem ser originados do Poder de Polícia ou do Poder Disciplinar. CLASSIFICAÇÃO a) Quanto ao seu regramento: Atos vinculados: praticados de acordo com a vontade da lei. São aqueles em que a lei estabelece as condições e o momento da sua realização. Atos discricionários: praticados com liberdade pelo administrador. Ou seja, são aqueles que a Administração pode praticar com certa liberdade de escolha de seu conteúdo, destinatário, conveniência, oportunidade e modo de execução. b) Quanto ao destinatário: Atos gerais: dirigidos a coletividade em geral. Tem finalidade normativa, atingindo uma gama de pessoas que estejam na mesma situação jurídica nele estabelecida. Por ter natureza erga omnes (aplicabilidade coletiva) não pode ser objeto de impugnação individual. Atos individuais: dirigidos a pessoa certa e determinada, criandosituações jurídicas individuais. Por gerar direitos subjetivos (direitos individuais) podem ser objeto de contestação por seu titular. c) Quanto ao seu alcance: Atos internos: praticados no âmbito interno da Administração, incidindo sobre órgãos e agentes administrativos. Atos externos: praticados no âmbito externo da Administração, atingindo administrados e contratados. Contudo, vale ressaltar que a obrigatoriedade destes atos somente começa incidir após a sua publicação no Diário Oficial. d) Quanto ao seu objeto: Atos de império: praticados com supremacia em relação ao particular e servidor, impondo o seu obrigatório cumprimento. Atos de gestão: praticados em igualdade de condição com o particular, ou seja, sem usar de suas prerrogativas sobre o destinatário. Atos de expediente: praticados para dar andamento a processos e papéis que tramitam internamente na administração pública. São atos de rotina administrativa. e) Quanto a formação (processo de elaboração): Ato simples: nasce por meio da manifestação de vontade de um órgão (unipessoal ou colegiado) ou agente da Administração. CLUBE DO CONCURSO DIREITO ADMINISTRATIVO (IAPEN TARDE-NOITE) PROFª NEIDA FLEXA _____________________________________________________________________________________________ Avenida Presidente Vargas, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes, Centro, Macapá-AP. Ato complexo: nasce da manifestação de vontade de mais de um órgão ou agente administrativo. Ato composto: nasce da manifestação de vontade de um órgão ou agente, mas depende de outra vontade que o ratifique para produzir efeitos e tornar-se exequível. EXTINÇÃO O ato administrativo permanecerá no mundo jurídico até que seja verificada situação que demonstre algum vício genético de legalidade ou que simplesmente comprove a sua desnecessidade superveniente. Alguns atos ao serem elaborados podem vir defeituosos no que tange a sua legalidade. Neste caso, a Administração Pública ou o Poder Judiciário são legitimados para declarar a sua extinção por meio da anulação. Por ser um vício verificado desde o seu nascedouro, ao ser declarada a sua anulação os efeitos desta retroagem a data de sua criação, apagando todos as situações determinadas pelo ato extinto. No entanto, às vezes o ato ao nascer pode estar de acordo com a legislação, mas deixa de ser conveniente e oportuno com o passar do tempo. Desta forma, a sua extinção somente poder ser declarada pela Administração Pública através da revogação. Apesar de inconvenientes, os atos são considerados legais, ou seja, de acordo com a lei vigente. Dessa distinção surgem as noções de revogação, anulação, dentre outras: a) Anulação: deve ocorrer quando há vício no ato, relativo à legalidade ou legitimidade. É sempre um controle da legalidade, nunca um controle do mérito. Um vício de legalidade ou legitimidade pode ser sanável ou não. A anulação do ato que contenha vício insanável é obrigatória; já o ato que contenha vício sanável e não acarrete lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros pode ser anulado ou convalidado (a convalidação é ato discricionário, privativo da administração). A anulação de atos com vícios insanáveis, por ser obrigatórias, é, ela própria, um ato vinculado. É relevante notar que tanto os atos vinculados quanto os atos discricionários são passíveis de anulação. O que nunca existe é anulação de um ato por questão de mérito administrativo, ou seja, a esfera do mérito não é passível de controle de legalidade. Como a anulação retira do mundo jurídico atos com defeito de validade, ela retroagem seus efeitos ao momento da prática do ato (extunc). b) Revogação: é a retirada, do mundo jurídico, de um ato válido, mas que, segundo critério discricionário da administração, tornou-se inoportuno ou inconveniente. A revogação tem fundamento no poder discricionário. Ela somente se aplica aos atos discricionários. A revogação de atos administrativos configura o denominado “controle de mérito”, que incide sobre atos válidos, sem quaisquer vícios, diferentemente do controle de legalidade ou de legitimidade, que incide sobre atos ilegais ou ilegítimos, anulando-os. A revogação sobre produz efeitos prospectivos, para frente (ex nunc), porque o ato revogado era válido, não tinha vício nenhum. Além disso, devem ser respeitados os direitos adquiridos. Outras formas de extinção do ato: Retirada Cassação (Recusa a condições): retirada do ato em virtude do descumprimento pelo beneficiário de uma condição imposta pela Administração. Caducidade (Lei superveniente): Retirada do ato administrativo em razão da superveniência da norma jurídica que impede a sua manutenção. Contraposição ou derrubada (Ato contraditório): retirada em virtude da edição de um ato que impede a manutenção do ato até então vigente. Renúncia (Rejeição pelo beneficiário): retirada do ato pela rejeição realizada pelo beneficiário do ato. Convalidação do ato administrativo: Convalidação é o ato jurídico praticado pela Administração Pública para corrigir determinado ato anulável, de forma a ser mantido no mundo jurídico para que possa permanecer produzindo seus efeitos regulares. O instituto pode ser utilizado em atos vinculados ou discricionários. A Lei 9784/99 prevê a convalidação, e assim prescreve: CLUBE DO CONCURSO DIREITO ADMINISTRATIVO (IAPEN TARDE-NOITE) PROFª NEIDA FLEXA _____________________________________________________________________________________________ Avenida Presidente Vargas, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes, Centro, Macapá-AP. Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. Com base na legislação mencionada, podemos entender que a convalidação é uma faculdade concedida a Administração. Desta forma, o administrador poderá ao constatar um defeito de legalidade anular ou convalidar o ato. Somente poderá ser objeto de convalidação os atos cujos defeitos forem sanáveis, ou seja, se for um vício que recaia no elemento competência (salvo se for exclusiva) ou forma (salvo se esta for substância do próprio ato administrativo). Ao ser convalidado, a correção do ato retroage a data de sua elaboração, tendo, assim, efeito ex tunc. QUESTÕES 1. Ano: 2017, Banca: FCC, Concurso: TRE PR, Cargo: Analista Judiciário A decisão proferida pela autoridade competente, que demite determinado servidor público dos quadros da Administração pública, em razão da comprovação de infração disciplinar assim apenada tem natureza jurídica de: A.ato jurisdicional, mas que não faz coisa julgada pois está sujeita a recurso e à revisão dos próprios atos pela Administração pública. B.ato administrativo impróprio, porque tem natureza jurisdicional e produz coisa julgada, mas não foi proferido por órgão do Poder Judiciário, não podendo ser revisto nesse âmbito. C.ato dependente de homologação judicial para receber o efeito de definitividade, que impede sua alteração, principalmente no âmbito do Poder Judiciário. D.ato administrativo, sujeito a recurso administrativo, conforme previsto na legislação pertinente, não se podendo afastar o controle judicial sobre o mesmo, respeitado seu espectro de exame. E.ato administrativo jurisdicional, que admite recurso judicial, em cuja apreciação o Poder Judiciário poderá exercer controle de legalidade e de mérito, para garantir a adequação da pena à infração disciplinar tipificada. 2.Ano: 2017,Banca: FCC, Concurso: TRT 24ª, Cargo: Analista Judiciário Fabio, servidor público federal e chefe de determinada repartição, concedeu licença a seu subordinado Gilmar, pelo período de um mês, para tratar de interesses particulares. No último dia da licença em curso, Fabio decide revogá-la por razões de conveniência e oportunidade. A propósito dos fatos, é correto afirmar que a revogação A.não é possível, pois o ato já exauriu seus efeitos. B.não é possível, pois apenas o superior de Fabio poderia assim o fazer. C.é possível, em razão da discricionariedade administrativa e da possibilidade de ocorrer com efeitos ex tunc. D.não é possível, pois somente caberia o instituto da revogação se houvesse algum vício no ato administrativo. E.é possível, desde que haja a concordância expressa de Gilmar. 3.Ano: 2017, Banca: FCC, Concurso: TRT 24ª, Cargo: Analista Judiciário Considere: I. O atributo da presunção de legitimidade dos atos administrativos depende de lei expressa. II. A imperatividade significa que os atos administrativos são cogentes, obrigando a todos quantos se encontrem em seu circulo de incidência, ainda que o objetivo por ele alcançado contrarie interesses privados. III. Em alguns atos administrativos, como as permissões e autorizações, está ausente o cunho coercitivo. IV. A presunção de legitimidade dos atos administrativos é juris et de jure, ou seja, presunção relativa. No que concerne aos atributos dos atos administrativos, está correto o que se afirma APENAS em: A.I, II e IV. B.III e IV. C.II e III. D.I e III. E.II. 4.Ano: 2017, Banca: FCC, Concurso: TRT 24ª, Cargo: Analista Judiciário Manoel, servidor público e chefe de determinada repartição, emitiu certidão de dados funcionais a seu subordinado, o servidor Pedro. Passados alguns dias da prática do ato administrativo, Manoel decide revogá-lo por razões de conveniência e oportunidade. Cumpre salientar que o mencionado ato não continha vício de ilegalidade. A propósito dos fatos narrados, a revogação está A.incorreta, pois somente caberia tal instituto se feito pela autoridade máxima do órgão ou entidade a que pertence Manoel. B.incorreta, pois somente caberia tal instituto se houvesse a concordância do servidor Pedro. C.correta. D.incorreta, porque o instituto adequado ao caso é a anulação. E.incorreta, porque certidão é ato administrativo que não comporta tal instituto. 5.Ano: 2017, Banca: FCC, Concurso: TRT 11ª, Cargo: Analista Judiciário Atena, servidora pública federal e chefe de determinada repartição, aplicou penalidade de suspensão ao servidor Dionísio em razão de falta cometida. Antes do cumprimento da sanção, Atena descobriu que Dionísio não cometeu a infração, vez que praticada por outro servidor. Nesse caso, o ato administrativo A.pode ser revogado, competindo à própria Administração pública assim o fazer. B.deve ser anulado. C.comporta convalidação, no entanto, deverá ser alterado o sujeito passivo da penalidade. D.será revogado obrigatoriamente pelo Poder Judiciário. E.deve permanecer no mundo jurídico, vez que Dionísio ainda não havia cumprido a penalidade, bastando mera correção no próprio ato de suspensão. 6.Ano: 2017, Banca: FCC, Concurso: TRT 24ª, Cargo: Analista Judiciário O ato administrativo discricionário https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2017 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/tre-pr https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/tre-pr https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2017 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-24a https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-24a https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2017 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-24a https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-24a https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2017 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-24a https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-24a https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2017 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-11a https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-11a https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2017 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-24a https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-24a CLUBE DO CONCURSO DIREITO ADMINISTRATIVO (IAPEN TARDE-NOITE) PROFª NEIDA FLEXA _____________________________________________________________________________________________ Avenida Presidente Vargas, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes, Centro, Macapá-AP. A.apresenta discricionariedade em todos os seus requisitos, exceto quanto à competência para a prática do ato. B.apresenta discricionariedade em um de seus requisitos, qual seja, a finalidade. C.não comporta anulação. D.é passível de revogação. E.não está sujeito a controle judicial. 7. Ano: 2017, Banca: FCC, Concurso: Polícia Civil - AP, Cargo: Agente de Polícia Civil Um servidor da Polícia Civil foi submetido a processo disciplinar para apuração de responsabilidade pela prática de infração disciplinar apenada com demissão. Concluídas as fases do processo e proferida a decisão pela demissão do servidor, este demandou o Poder Judiciário, para buscar a anulação do ato administrativo, sob o fundamento de que as provas colhidas no processo não seriam suficientes para demonstrar sua culpabilidade. Afirmou, assim, não ter havido correta aplicação da lei ao caso concreto. A pretensão do servidor A.não procede, tendo em vista que seria necessário ao Poder Judiciário adentrar ao exame de provas no processo disciplinar para que fosse possível a anulação de ato administrativo vinculado. B.pode ser acolhida pelo Poder Judiciário, que exerce controle integral de legalidade e discricionariedade sobre os atos administrativos, o que autoriza correta análise dos fatos e provas colacionados aos autos e correta aplicação da sanção administrativa. C.seria admitida pelo Judiciário apenas para a suspensão do processo disciplinar por eventual vício de legalidade durante a tramitação, não sendo possível fazê-lo quando já proferida a decisão administrativa. D.pode ser procedente caso não tenha decorrido prazo superior a 5 anos, hipótese em que prescreve a possibilidade de revisão dos atos administrativos no âmbito do Poder Judiciário, remanescendo a possibilidade de revisão administrativa. E.viola a discricionariedade administrativa, que não admite controle judicial, sendo o controle dos vícios de legalidade, conveniência e oportunidade restrito ao poder da Administração pública de rever seus próprios atos. 8.Ano: 2017, Banca: FCC, Concurso: TRE SP, Cargo: Técnico Judiciário Os atos administrativos são dotados de atributos que lhe conferem peculiaridades em relação aos atos praticados pela iniciativa privada. Quando dotados do atributo da autoexecutoriedadeA.não podem ser objeto de controle pelo judiciário, tendo em vista que podem ser executados diretamente pela própria Administração pública. B.submetem-se ao controle de legalidade e de mérito realizado pelo Judiciário, tendo em vista que se trata de medida de exceção, em que a Administração pública adota medidas materiais para fazer cumprir suas decisões, ainda que não haja previsão legal. C.dependem apenas de homologação do Judiciário para serem executados diretamente pela Administração pública. D.admitem somente controle judicial posterior, ou seja, após a execução da decisão pela Administração pública, mas a análise abrange todos os aspectos do ato administrativo. E.implicam na prerrogativa da própria Administração executar, por meios diretos, suas próprias decisões, sendo possível ao Judiciário analisar a legalidade do ato. 9.Ano: 2017, Banca: FCC, Concurso: TRE PR, Cargo: Técnico Judiciário A distinção entre ato administrativo vinculado e discricionário pode se fazer presente em diversas situações e âmbitos de análise jurídica. Quanto aos efeitos, predicar um ato administrativo como discricionário ou vinculado A.interfere no nível de autonomia conferido ao administrador, na medida em que os atos vinculados estão expressamente previstos em lei e os atos discricionários não encontram previsão normativa, fundamentando-se apenas na competência para emiti-lo. B.impacta na existência ou não de controle judicial sobre o mesmo, tendo em vista que os atos vinculados estão sujeitos à análise judicial, enquanto os discricionários apenas admitem controle interno da própria Administração pública. • C.impede considerar aspectos externos do caso concreto na análise, tendo em vista que nos dois casos deve haver previsão normativa específica sobre qual ato deve ser praticado e em que grau e medida, ainda que nos atos discricionários a norma deva elencar as soluções possíveis. D.possibilita inferir a extensão do controle judicial de determinado ato, posto que nos atos vinculados todos os aspectos estão contemplados pela norma, cabendo ao administrador subsumir um determinado caso concreto ao ato a ele atribuído pela lei. E.permite que os atos discricionários sejam alterados com maior agilidade, sem necessidade de previsão legal, enquanto para os vinculados é obrigatória autorização Judicial. 11. Ano: 2017, Banca: FCC, Concurso: TRT 24ª, Cargo: Técnico Judiciário O Prefeito de determinado Município concedeu licença por motivo de doença em pessoa da família a servidor público municipal já falecido. Nesse caso, o ato administrativo citado apresenta vício de A.objeto. B.motivo. C.forma. D.sujeito. E.finalidade. 12. Ano: 2017, Banca: FCC, Concurso: TRT 11ª, Cargo: Técnico Judiciário Rodrigo é servidor público federal e chefe de determinada repartição pública. Rodrigo indeferiu as férias pleiteadas por um de seus subordinados, o servidor José, alegando escassez de pessoal na repartição. No entanto, José comprovou, que há excesso de servidores na repartição pública. No caso narrado, A.há vício de motivo no ato administrativo. B.o ato deve, obrigatoriamente, permanecer no mundo jurídico, vez que sequer exigia fundamentação. C.inexiste vício no ato administrativo, no entanto, o ato comporta revogação. D.o ato praticado por Rodrigo encontra-se viciado, no entanto, não admite anulação, haja vista a discricionariedade administrativa na hipótese. E.o objeto do ato administrativo encontra-se viciado. 13.Ano: 2016, Banca: FCC, Concurso: PGE/MT, Cargo: An alista PGE Agente público produziu ato administrativo com vício de legalidade. O ato deve ser https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2017 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/policia-civil-ap https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/policia-civil-ap https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2017 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/tre-sp https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/tre-sp https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2017 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/tre-pr https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/tre-pr https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2017 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-24a https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-24a https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2017 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-11a https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-11a https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2016 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/pge-mt CLUBE DO CONCURSO DIREITO ADMINISTRATIVO (IAPEN TARDE-NOITE) PROFª NEIDA FLEXA _____________________________________________________________________________________________ Avenida Presidente Vargas, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes, Centro, Macapá-AP. A.revogado pela Administração pública, produzindo a revogação efeitos para o futuro, isto é, a partir da data em que publicado o ato de revogação. B.convalidado pela Administração pública, se o vício em questão for sanável, produzindo a convalidação efeitos apenas para o futuro, a partir da data de publicação do ato de convalidação. C.revogado pela Administração pública, produzindo a revogação efeitos retroativos à data na qual foi publicado. D.anulado pela Administração pública, produzindo a anulação efeitos retroativos à data na qual foi publicado. E.anulado pela Administração pública, produzindo a anulação efeitos apenas para o futuro, a partir da data de publicação do ato de anulação. 14.Ano: 2016, Banca: FCC, Concurso: PGE/MT, Cargo: An alista PGE Os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário que o pratica, mas ao órgão ou entidade administrativa em nome do qual age o funcionário. Este é um mero agente da Administração Pública, de sorte que não é ele o autor institucional do ato. Ele é apenas o órgão que formalmente manifesta a vontade estatal. (José Afonso da Silva em Comentário Contextual à Constituição) Esse comentário refere-se ao princípio da Administração pública da A.impessoalidade. B.legalidade. C.moralidade. D.eficiência. E.publicidade. 15.Ano: 2016, Banca: FCC, Concurso: PGE/MT, Cargo: An alista PGE A respeito do atributo da presunção de validade dos atos administrativos, considere: I. Trata-se de presunção absoluta, que inadmite prova em contrário. II. Trata-se de atributo importante ao adequado funcionamento do Estado de Direito, visto ser manifestação da autoridade estatal, merecedora de fé pública e credibilidade até prova em contrário. III. Trata-se de atributo que não exime a Administração pública de motivar as suas decisões. IV. Trata-se de atributo que não exime a Administração pública de decidir mediante procedimentos administrativos. V. Trata-se de atributo por força do qual a validade dos atos administrativosé insuscetível de impugnação por eventuais interessados, exceto pela via judicial. Está correto o que se afirma APENAS em • A.II, III e IV. • B.I, III e IV. • C.IV e V. • D.II, III e V. • E.I, II e V. 16.Ano: 2016, Banca: FCC, Concurso: PGE/MT, Cargo: An alista PGE A respeito da motivação dos atos administrativos, é correto afirmar: • A.Pode ser dispensada a critério da autoridade competente, em homenagem ao princípio constitucional da duração razoável do processo. • B.É válida a motivação de caráter genérico, que se resuma a apontar que a decisão é tomada por razões de interesse público?. • C.Em regra, as motivações podem ser implícitas, cumprindo ao interessado revelá-las se necessário. • D.Atos administrativos discricionários prescindem de motivação para serem válidos, visto que são produzidos a critério da Administração pública, por razões de conveniência ou oportunidade. • E.Em regra, a motivação é requisito de validade do ato administrativo, devendo envolver, para ser suficiente, o apontamento das razões de fato e de Direito que o informam. 17.Ano: 2016, Banca: FCC, Concurso: Assembleia Legislativa - MS, Cargo: Agente de Apoio Legislativo Considere o seguinte trecho destacado da obra de Regis Fernandes de Oliveira (Ato Administrativo, São Paulo: Revista dos Tribunais, 5o ed. 2007, p.50): O que distingue, in principio, o ato administrativo dos demais praticados pela Administração e dos atos privados é a desnecessidade de ir a juízo para impor- se. O autor se refere ao atributo do ato administrativo denominado • A.presunção de legitimidade. B.exigibilidade. C.executividade. D.imperatividade. E.autoexecutoriedade. 18.Ano: 2016, Banca: FCC, Concurso: TRT 20ª, Cargo: Analista Judiciário Marcos, servidor público federal, praticou ato administrativo com vício de forma, não observando formalidade indispensável à existência do ato. O servidor, ao constatar o vício, revogou o ato administrativo e proferiu novo ato observando a formalidade exigida por lei. No caso narrado, A.é possível a revogação, desde que se dê com efeitos ex tunc. B.não é possível a revogação, haja vista a ilegalidade do ato praticado. C.é possível a revogação, desde que se dê com efeitos ex nunc. D.Marcos deveria ter se utilizado do instituto da convalidação, sempre possível para ato com vício de forma. E.Marcos deveria ter se utilizado do instituto da anulação, com efeitos ex nunc. 19.Ano: 2016, Banca: FCC, Concurso: Assembleia Legislativa - MS, Cargo: Assistente Legislativo A Administração pública expede atos administrativos vinculados e atos administrativos discricionários, sendo que A.os primeiros devem, obrigatoriamente, ser motivados, já os segundos, sujeitos a juízo de conveniência e oportunidade, prescindem de motivação para sua validade. B.se abre, ao Administrador, a escolha entre expedir uns ou outros independentemente do que estabelece a lei de regência, ante a superação do princípio da estrita legalidade pelo princípio da eficiência. C.ambos se sujeitam à lei de regência e são passíveis de controle judicial, que, no entanto, tem extensão e profundidade diversa. https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2016 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/pge-mt https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2016 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/pge-mt https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2016 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/pge-mt https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2016 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/assembleia-legislativa-ms https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/assembleia-legislativa-ms https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2016 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-20a https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-20a https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2016 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/assembleia-legislativa-ms https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/assembleia-legislativa-ms CLUBE DO CONCURSO DIREITO ADMINISTRATIVO (IAPEN TARDE-NOITE) PROFª NEIDA FLEXA _____________________________________________________________________________________________ Avenida Presidente Vargas, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes, Centro, Macapá-AP. D.os primeiros se sujeitam à lei de regência e ao controle do judiciário, já os segundos encontram fundamento em ato regulamentar e não são sindicáveis. E.ambos prescindem, para validade, de fundamento último em lei, desde que respeitem os princípios da fundamentação e da publicidade. 20.Ano: 2016, Banca: FCC, Concurso: TRT 20ª, Cargo: Técnico Judiciário Sergio, servidor público federal e chefe de determinada repartição pública, demitiu Antônio sob o fundamento de que o mesmo havia cometido falta grave. Cumpre salientar que Antônio não era servidor concursado, mas sim ocupante de cargo em comissão. Transcorridos quinze dias após a demissão, descobriu-se que Antônio não havia praticado falta grave e que Sergio pretendia colocar um colega seu no cargo anteriormente ocupado por Antônio. Neste caso, é correto afirmar: A.Por ser falso o motivo do ato administrativo, o ato de demissão é nulo. B.O ato de demissão é válido, haja vista tratar-se de cargo demissível ad nutum e que, portanto, sequer exigia motivação. C.Não incide a teoria dos motivos determinantes, haja vista que o vício é na forma e na finalidade do ato administrativo de demissão. D.Aplica-se, na hipótese, a convalidação do ato administrativo; portanto, Antônio, injustamente demitido, poderá retornar ao seu cargo. E.O ato é válido porque a finalidade pública foi mantida, sendo admissível a substituição de um servidor por outro, desde que o cargo seja adequadamente preenchido, de modo a não trazer prejuízo ao interesse público. 21.Ano: 2016, Banca: FCC, Concurso: TRT 23ª, Cargo: Técnico Judiciário Considere: I. A revogação é sempre discricionária. II. O ato vinculado, em regra, pode ser revogado. III. O ato discricionário não comporta anulação. IV. Na revogação, extingue-se ato válido. Está correto o que consta APENAS em A.IV. B.II e III. C.I, II e III. D.I e IV. E.I, II e IV. 22.Ano: 2015, Banca: FCC, Concurso: TRE SE, Cargo: Analista Judiciário A revogação dos atos administrativos A.destina-se a atos válidos. B.atinge atos discricionários e vinculados. C.compete ao administrador público e ao Judiciário. D.é ato discricionário, podendo, excepcionalmente, classificar- se como ato vinculado. E.tem efeitos retroativos. 23.Ano: 2015, Banca: FCC, Concurso: TRT 4ª, Cargo: Analista Judiciário Os atos administrativos gozam de presunção de legitimidade e veracidade, o que não impede, contudo, que a Administração, utilizando-se de seu poder de revisão dos próprios atos, proceda à anulação ou revogação dos mesmos, com variada margem de liberdade de decisão.No caso dos atos passíveis de revogação existe, no mais das vezes, maior grau de discricionariedade, sem que se prescinda de consistente motivação e interesse público para a tomada de decisão. No caso de vícios que ensejam a anulação, a Administração pública possui, em regra, menor discricionariedade, o que não lhe dispensa da observância de certas formalidades e garantias para proferir a decisão final. Dentre essas limitações ou formalidades a que está adstrita a Administração pública para a anulação de seus atos administrativos, destaca-se a • A.obrigatoriedade de submissão à prévia decisão judicial para anulação de atos administrativos dos quais já tenham decorridos efeitos concretos e que venham a representar possível diminuição patrimonial para o administrado. • B.necessidade de comunicação de servidores ativos ou inativos sobre redução de remuneração levada à efeito em seus vencimentos, decorrente da alteração da forma de cálculo de gratificação, não sendo obrigatório prévia garantia de contraditório e ampla defesa, em face da indisponibilidade e da supremacia do interesse público. • C.possibilidade de anulação de atos administrativos cujos efeitos se exauriram, instaurando-se, contudo, processo administrativo para reconstituição do status quo ante, com observância de contraditório e ampla defesa para o caso de haver impacto financeiro para o administrado. • D.necessidade de instauração de processo administrativo para as hipóteses de anulação de ato administrativo que tenha repercutido na esfera de interesses individuais, para que o administrado possa exercer a garantia do contraditório e da ampla defesa. E.submissão obrigatória do processo anulatório à prévia manifestação do Tribunal de Contas competente, como órgão externo de controle do Executivo, que tutelará os interesses do administrado para que esse tenha preservados seus direitos. 24.Ano: 2015, Banca: FCC, Concurso: TRT 4ª, Cargo: Analista Judiciário Considere que determinada autoridade pública tenha concedido licença para funcionamento de um estabelecimento comercial sem, contudo, atentar para o fato de que não estavam presentes os requisitos legais para a concessão. Referido ato é passível de A.revogação pela mesma autoridade que o praticou, indicando o vício de legalidade incorrido. B.anulação pela própria Administração, com base no princípio da autotutela ou pelo Poder Judiciário me diante provocação. C.anulação pela autoridade superior àquela que praticou o ato, com base no poder de polícia administrativa. D.revogação, pela via judicial, por ofensa aos princípios básicos da Administração pública. E.anulação, pela própria Administração, com base no princípio da discricionariedade administrativa. 25. Ano: 2015, Banca: FCC, Concurso: TRT 9ª, Cargo: Analista Judiciário Os atos emanados no exercício da função administrativa possuem atributos que os distinguem dos demais atos jurídicos. Nesse sentido, a Administração edita atos que constituem terceiros em obrigações, independentemente da vontade destes. Referido atributo é chamado de https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2016 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-20a https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-20a https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2016 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-23a https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-23a https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2015 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/tre-se https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/tre-se https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2015 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-4a https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-4a https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2015 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-4a https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-4a https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2015 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-9a https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/trt-9a CLUBE DO CONCURSO DIREITO ADMINISTRATIVO (IAPEN TARDE-NOITE) PROFª NEIDA FLEXA _____________________________________________________________________________________________ Avenida Presidente Vargas, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes, Centro, Macapá-AP. A.imperatividade, que após a constitucionalização do direito administrativo, que mitigou o poder extroverso da Administração, exige para produção de efeitos a participação do Poder Judiciário. B.imperatividade, que não está presente em todos os atos emanados pela Administração, mas apenas naqueles que impõem obrigações. C.autoexecutoriedade que está presente em todos os atos emanados pela Administração, em razão do princípio da supremacia do interesse público sobre o privado. D.autoexecutoriedade, que não está presente em todos os atos emanados pela Administração, mas apenas nos que conferem direitos aos administrados, como, por exemplo, as licenças e autorizações. E.presunção de legitimidade ou de veracidade, que encontra seu fundamento último na submissão da Administração ao princípio da legalidade, o qual autoriza a produção de efeitos sem a participação do Poder Judiciário. 26.Ano: 2015, Banca: FCC, Concurso: TRE RR , Cargo: Analista Judiciário Henrique, servidor público e chefe de determinada repartição pública, publicou portaria na qual foram expedidas determinações especiais a seus subordinados. No que concerne à classificação dos atos administrativos, a portaria constitui ato administrativo A.punitivo. B.normativo. C.enunciativo. D.ordinatório. E.negocial. 27.Ano: 2015, Banca: FCC, Concurso: MPE/PB, Cargo: Téc nico Ministerial Cindy, Técnica do Ministério Público do Estado da Paraíba, praticou determinado ato administrativo. Dias depois, foi procurada pelo particular Nuno, que comprovou ter o ato vício de finalidade, haja vista ter se distanciado da finalidade pública. Nesse caso, Cindy A.deve anular o ato, que também pode ser anulado pelo Poder Judiciário. B.deve revogar o ato. C.deve manter o ato no mundo jurídico. D.deve comunicar o ocorrido ao seu superior hierárquico e, apenas este último, é que deverá revogar o ato. E.pode optar por anular ou manter o ato administrativo no mundo jurídico. 28.Ano: 2015, Banca: FCC, Concurso: MPE/PB, Cargo: Téc nico Ministerial Manoel, servidor público estadual, praticou o ato administrativo denominado visto, de modo a controlar ato do administrado Francisco, aferindo sua legitimidade formal e, assim, dando-lhe exequibilidade. O visto corresponde a ato administrativo A.enunciativo. B.normativo. C.ordinatório. D.negocial. E.punitivo. 29.Ano: 2015, Banca: FCC, Concurso: MPE/PB, Cargo: Téc nico Ministerial Considere duas situações distintas: I. José, servidor público estadual e responsável pela conduçãode determinado processo administrativo, aplicou pena de advertência a servidor quando cabível a pena de suspensão. II. Josefina, servidora pública estadual, revogou ato de permissão de uso, sob o fundamento de que a Administração pública necessitava daquele bem público; no entanto, a seguir, permitiu o uso do mesmo bem a terceira pessoa. As situações narradas apresentam vício de • A.motivo e objeto, respectivamente. • B.objeto e motivo, respectivamente. • C.motivo em ambos os casos. • D.forma e finalidade, respectivamente. • E.objeto e sujeito, respectivamente. 30.Ano: 2015, Banca: FCC, Concurso: MPE/PB, Cargo: Téc nico Ministerial Considere a seguinte situação hipotética: Determinado órgão público do Estado da Paraíba nomeia Marcílio para cargo público inexistente. Nesse caso, o ato administrativo de nomeação apresenta vício de • A.motivo. • B.forma. • C.competência. • D.objeto. • E.mérito. 31.Ano: 2015, Banca: FCC, Concurso: DPE/SP, Cargo: Age nte de Defensoria Pública Acerca dos atos administrativos, é correto afirmar: • A.Todos os atos válidos são necessariamente eficazes. • B.Os atos produzidos com vícios no elemento formal devem ser, necessariamente, anulados. • C.Um ato pode ser perfeito e ao mesmo tempo inválido. D.A autoexecutoriedade é atributo presente em todos os atos administrativos. E.Somente gozam de presunção de legitimidade os atos acusatórios da Administração pública. Gabarito 1D 2A 3C 4E 5B 6D 7A 8E 9D 11A 12A 13D 14A 15A 16E 17E 18B 19C 20A 21D 22A 23D 24B 25B 26D 27A 28D 29B 30D 31C https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2015 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/tre-rr https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/tre-rr https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2015 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/mpe-pb https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2015 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/mpe-pb https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2015 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/mpe-pb https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2015 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/mpe-pb https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/ano/2015 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-administrativo/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/dpe-sp