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Conteudista: Prof. Esp. Franklin Kerber Revisão Textual: Prof.ª Dra. Selma Aparecida Cesarin Material Teórico Material Complementar Referências Binocularidade Sensorial Introdução A visão humana é um processo dinâmico em vários sentidos. Movimentos oculares, ajuste de foco para estímulos em diferentes distâncias e adaptações sensoriais a diferentes condições de luminosidade e contraste são apenas algumas das formas como nosso Sistema Visual se adapta às mais diferentes circunstâncias a �m de prover uma experiência sensorial satisfatória. Do ponto de vista sensorial, a visão binocular única, com percepção estereoscópica é o mais re�nado patamar que o sentido da visão pode alcançar. Alcançar esse patamar, no entanto, requer uma série de pré-requisitos, e está sujeito a uma série de condicionantes, que devem ser respeitados. 1 / 3 Material Teórico Objetivo da Unidade: Apresentar as funções relacionadas ao processamento visual e binocularidade sensorial em seus diferentes níveis de complexidade, dados pelos graus da visão binocular. Fixação Chama-se �xação a habilidade visual de se direcionar os olhos na direção de um determinado ponto no espaço, de forma que o eixo visual do olho �xador coincida com o objeto ou cena visual observada e, em condições ideais, com a fóvea do olho �xador. A fóvea, ponto central da mácula lútea, é uma pequena depressão no tapete retiniano, densamente povoado por cones, em que a acuidade visual e a percepção de cores é máxima. Se a imagem projetada pelo objeto observado se forma sobre esse ponto da retina, esse objeto é percebido com o máximo de nitidez. Movimentos binoculares regulares se intercalam a instantes de �xação quando um determinado detalhe da cena visual chama atenção do observador, ou ele pretende examiná-lo com mais atenção. A�rmar de�nitivamente que um, ou ambos os olhos, são capazes de �xar seus eixos visuais perfeitamente sobre um objeto de atenção é, a rigor, impreciso. Mesmo ao se �xar a visão em um objeto estacionário, os olhos realizam pequenos movimentos que regulam e corrigem a �xação de cada um deles, a �m de manter as condições de visibilidade. Durante a �xação, esses pequenos movimentos oculares modi�cam incessantemente a posição do olhar e ocorrem até mesmo quando se pretende ou se imagina manter o olhar �xo em um determinado ponto. Eles consistem na alternância contínua entre microssacadas (ou sacadas de �xação) e períodos de movimentos oculares erráticos e relativamente lentos. Estudos demonstram que sem esses pequenos movimentos, isto é, em uma condição perfeitamente estática de �xação, a percepção visual se deteriora rapidamente. Figura 1 – Trajeto percorrido pelos olhos em movimentos de sacada Fonte: Wikimedia Commons Microssacadas Microssacadas são minúsculos movimentos binoculares, realizados involuntariamente, principalmente, durante períodos de �xação prolongada. O propósito exato desses movimentos não está desvendado, e nem sequer claro. Diversas teorias dividem espaço buscando compreender a função das microssacadas. Dentre os estudos mais destacados, estão os que sugerem que as microssacadas estão, de alguma forma, ligadas à percepção de movimento ilusório. Embora não se tenha elucidado as razões por trás desses movimentos, é certo que atividades que demandam processamento visual mais complexo alteram o padrão das microssacadas, como durante a leitura, por exemplo. Microtremores oculares Movimentos de pequena amplitude, oscilando rapidamente em alta frequência, os microtremores oculares também não estão claramente elucidados. Parece haver correlação entre os microtremores e a percepção estereoscópica �na. Mesmo sem se conhecer precisamente o propósito dos microtremores oculares, esses movimentos têm sido usados para avaliação da progressão de doenças degenerativas que afetem o Sistema Nervoso Central, e na determinação de níveis de consciência em pacientes hospitalizados. Drifts oculares Rápidos desvios do olho durante a �xação, que acontecem aparentemente de forma aleatória, o drift ou deriva ocular parece ter ligação com o rastreio de detalhes mais meticulosos de objetos estacionários e percepção espacial. Os drifts também têm relevância diagnóstica para a avaliação de neuropatias. Desenvolvimento da �xação macular Ao nascer, a acuidade visual da criança é relativamente baixa. Retina e córtex visual primário ainda precisam de algumas semanas para alcançar um nível de maturidade su�ciente para, entre outras coisas, controlar os movimentos oculomotores. Por essa razão, até por volta da oitava semana, os olhos do recém-nascido podem apresentar algum desalinhamento transitório que, geralmente, preocupa os pais. A �xação foveal monocular se estabelece em torno dos dois meses de vida, enquanto a visão binocular só é alcançada entre os três e os sete meses, sendo esse o período crítico para o estabelecimento de fusão bifoveal e, na presença de algum fator limitante, uma eventual �xação excêntrica, e correspondência retiniana anômala. Campo Visual O campo de visão de um indivíduo é a área no espaço em que uma cena visual está disponível e pode ser experimentada pelo observador. Os campos de visão podem ser de�nidos em função de um dos olhos, ou binocularmente. O campo visual pode ser de�nido por uma medida angular a partir do seu centro, que corresponde monocularmente ao eixo visual, e binocularmente ao egocentro. Horizontalmente, um olho saudável tem, em média, um campo visual temporal de aproximadamente 95°, e um campo visual nasal aproximado de 60°. Verticalmente, os campos visuais têm os mesmos alcances, sendo 75° o campo superior e 60° inferior. Cada olho, portanto, tem cerca de 155° de campo visual horizontal e 135° de campo visual vertical. Horizontalmente, os campos visuais monoculares se sobrepõem, de maneira que parte do campo do olho direito se sobrepõe a parte do campo do olho esquerdo. Figura 2 – Campos visuais monoculares sobrepostos A mácula corresponde a cerca de 13° centrais do seu campo visual. O centro da mácula, a fóvea, tem a maior concentração de cones e corresponde às 3° centrais do seu campo de visão. A papila (cabeça do nervo óptico) não possui fotorreceptores. Logo, a luz que incide sobre a cabeça do nervo óptico é um escotoma, um ponto cego a aproximadamente 15° temporariamente a partir do eixo visual. A fusão binocular é possível em qualquer ponto no qual os campos visuais do olho direito e do olho esquerdo coincidam, mas a visão em três dimensões (estereopsia) só é experimentada no setor correspondente às máculas de ambos os olhos. Vias Visuais Como vimos, cada olho enxerga apenas uma porção do espaço visual que de�ne seu campo visual. Os campos visuais de cada um dos olhos se sobrepõem para criar um campo visual binocular. O campo visual total é a soma dos hemicampos direito e esquerdo e consiste em uma zona binocular e duas zonas monoculares. Assim como o campo visual é dividido em dois hemicampos, cada retina pode ser dividida pela metade, em relação à fóvea, em uma hemirretina nasal e uma hemirretina temporal. Cada hemicampo é projetado na hemirretina nasal do olho ipsilateral, e na hemirretina temporal do olho contralateral. Figura 3 Fonte: Wikimedia Commons Hemicampo esquerdo, em vermelho, projetado na retina nasal do olho esquerdo (o olho ipsilateral) e na retina temporal do olho direito (olho contralateral). Equivalentemente, em azul, o campo visual direito, e suas projeções nas retinas nasal direita e temporal esquerda. Os axônios das células ganglionares saem dos olhos por meio do nervo óptico, cruzam parcialmente no quiasma óptico, e formam dois tratos ópticos, de modo que os hemicampos direito e esquerdo alcançam os lados esquerdo e direito hemisférios. Cada trato óptico recebe as �bras do hemicampo oposto, combinando entradas da hemirretina temporal ipsilateral e a hemirretina nasal contralateral. Projeções centrais da retina A retina se projeta para quatroregiões subcorticais no cérebro: O núcleo geniculado lateral, o principal centro subcortical retransmitindo informações visuais para o córtex visual primário; O colículo superior, que controla os movimentos oculares de orientação; O hipotálamo, que regula os ciclos circadianos; O núcleo pré-tectal, que controla o re�exo pupilar à luz. Núcleo pré-tectal A incidência de luz sobre os olhos faz com que pupila se contraia, por re�exo. O núcleo pré- tectal controla a ação do músculo constritor da pupila por meio da sua projeção para ambos os Núcleos de Edinger-Westphal, cujos neurônios enviam seus axônios para o gânglio ciliar por meio do terceiro nervo craniano. As projeções bilaterais do núcleo pré-tectal para os núcleos Edinger-Westphal garantem que ambos os olhos reagem à luz: incidir uma luz no olho esquerdo provoca um re�exo pupilar direto no olho e um re�exo pupilar consensual no olho direito. Esse re�exo serve de parâmetro para a avaliação das vias visuais aferentes e eferentes de um indivíduo. Figura 4 – Via do re�exo pupilar Fonte: Wikimedia Commons Núcleo geniculado lateral O Núcleo Geniculado Lateral (NGL) no tálamo é o principal destino das células ganglionares da retina. Ele recebe entradas de ambos os olhos e retransmite essas mensagens para o córtex visual primário por meio das radiações ópticas. As células ganglionares da retina magno e parvo projetam-se respectivamente para duas camadas magnocelulares centrais e 4 camadas parvocelulares dorsais do Núcleo Geniculado Lateral. Cada uma das seis camadas do NGL recebe entradas do olho ipsilateral ou contralateral, ou seja, as células ganglionares do olho esquerdo se projetam para as camadas 1, 4 e 6 do NGL direito e as células ganglionares do olho direito se projetam para as camadas 2, 3 e 5. Figura 5 – NGL, e as camadas de 1 a 6 Fonte: Wikimedia Commons Lesões seletivas das camadas NGL parvocelulares e magnocelulares alteram funções visuais especí�cas. Lesões restritas às camadas parvocelulares perturbam gravemente o processamento de cores e de acuidade visual, enquanto as lesões das camadas magnocelulares prejudicam gravemente a detecção de estímulos em movimento rápido, não afetando a visão de cores e detalhes. Radiações ópticas As projeções NGL alcançam o córtex visual primário por meio das radiações ópticas. Axônios levam informação sobre a varredura do campo visual superior em torno do corno lateral do ventrículo no lobo temporal (Alça de Meyer). Os axônios conduzem informação sobre o curso inferior do campo visual, sob o córtex do lobo parietal. Figura 6 – Via óptica Fonte: Wikimedia Commons 1, Retina; 2, Fibras nervosas retinais nasais; 3, Fibras nervosas retinais temporais; 4, quiasma óptico; 5, nervos ópticos; 6, Trato óptico; 7, colículo superior (dextra); 8, Corpo geniculado lateral (dextra); 9, alça de Meyer; 10, Feixe anterior das radiações ópticas; 11, Feixe central das radiações ópticas; 12, feixe dorsal das radiações ópticas; 13, córtex visual (lobo occipital); 14, Mesencéfalo; 15, Trígono (ou átrio) do sistema ventricular; 16, Corno temporal do sistema ventricular; 17, lobo temporal esquerdo; 18, lobo temporal direito. Córtex visual primário O córtex visual primário (V1) tem uma representação do hemicampo visual contralateral. A região foveal é mapeada em sua parte mais posterior, enquanto as regiões mais periféricas são mapeadas em partes progressivamente mais anteriores. O campo visual superior é mapeado na margem inferior da �ssura calcarina, o campo visual inferior na margem superior. Por causa da alta densidade de células ganglionares na fóvea, o córtex visual tem uma expressiva representação da fóvea. Horóptero e Área de Panum Conhecendo os conceitos de campo visual e a forma como o córtex visual primário recebe a informação sensorial vinda de cada um dos olhos e as fusiona, o próximo passo é compreender os modelos teóricos que descrevem a visão binocular, seu alcance espacial e limitações. Binocularidade é um termo amplo que se refere ao uso dos dois olhos ao mesmo tempo. Uma visão binocular normal geralmente resulta em visão tridimensional confortável, o mais elevado grau da visão binocular Ao se posicionar um objeto a uma distância conveniente na frente de um observador, no nível dos olhos e no plano médio da cabeça, se os olhos estiverem alinhados corretamente e se o objeto estiver �xado binocularmente, uma imagem será recebida nas áreas correspondentes das duas retinas. Figura 7 – Horóptero Fonte: Wikimedia Commons Conhecendo os conceitos de campo visual e a forma como o córtex visual primário recebe a informação sensorial vinda de cada um dos olhos e as fusiona, o próximo passo é compreender os modelos teóricos que descrevem a visão binocular, seu alcance espacial e limitações. Binocularidade é um termo amplo que se refere ao uso dos dois olhos ao mesmo tempo. Uma visão binocular normal geralmente resulta em visão tridimensional confortável, o mais elevado grau da visão binocular. Ao se posicionar um objeto a uma distância conveniente na frente de um observador, no nível dos olhos e no plano médio da cabeça, se os olhos estiverem alinhados corretamente e se o objeto estiver �xado binocularmente, uma imagem será recebida nas áreas correspondentes das duas retinas. Saiba Mais Que tal experimentar um simulador de horóptero e da área de Panum? ACESSE Se os olhos estiverem funcionando normal e igualmente, as duas imagens terão o mesmo tamanho, luminosidade e cor. Graças aos fenômenos que aprendemos sobre o processamento visual no córtex visual primário, apesar da presença das duas imagens físicas (retinianas) separadas, apenas um objeto visual é percebido pelo observador. https://isle.hanover.edu/Ch07DepthSize/Ch07Panum.html Hororóptero é a união dos in�nitos pontos no espaço, na qual os estímulos visuais recebidos por cada um dos olhos podem ser processados e compreendidos como único. Horóptero deriva do grego: horos (limite) e opter (observador). Esses pontos no espaço, a uma determinada distância, estimulam simultaneamente os elementos retinais correspondentes, dando origem a uma única imagem. O horóptero empírico forma uma linha variável dependendo da distância do objeto de �xação do olho. As imagens em pontos não correspondentes (cada um com uma direção visual diferente) são vistas em diplopia. No entanto, pontos retinianos ligeiramente díspares a serem estimulados por imagens semelhantes produzem uma única imagem porque os pontos retinianos estão dentro da área de Panum. Peter Ludvig Panum, �siologista dinamarquês, descobriu que, na região próxima à fóvea, apenas um ligeiro grau de disparidade era possível antes que a estereopsia falhasse e ocorresse a diplopia; mais perto da periferia, pontos retinianos mais amplamente díspares dão origem à estereopsia em vez de diplopia. Figura 8 – Peter Ludvig Panum Fonte: Wikimedia Commons Portanto, as áreas de imagem de pontos díspares são muito pequenas perto da fóvea e aumentam de tamanho à medida que se aproximam da periferia da retina. Área de Panum: Área de fusão em torno dos pontos correspondentes na retina; Espaço de Panum: O espaço em ambos os lados do horóptero contendo objetos no espaço, as imagens que cairão em elementos retinais ligeiramente díspares dentro das áreas de fusão de Panum das duas retinas de modo que sejam encontradas como estereopsia. Graus da Visão Binocular Claud Worth, famoso oftalmologista britânico, estabeleceu certas diretrizes para de�nir o que é visão binocular. Worth passou a designar a binocularidade em termos dessa hierarquia de habilidades, da mais rudimentar, que ainda pudesse ser assim chamada de visão binocular, até a mais re�nada. Os três graus da visão binocular como ainda os conhecemos, estão apresentados a seguir. Percepção simultânea A percepção simultânea é o primeiro, e mais básico grau da visão binocular. Percepção simultânea, para Worth, signi�ca a capacidade de discriminar duascenas visuais, uma com cada olho, simultaneamente. Nesse estágio, ainda não se considera como essas imagens serão interpretadas pelo córtex visual, isto é, que experiência sensorial essa capacidade provê. Pouco importa, para estabelecermos que há percepção simultânea, se o indivíduo enxerga duplo ou simples a cena (ou as cenas) projetadas em cada retina. Figura 9 – O indivíduo mesmo em diplopia, tem percepção simultânea Fonte: Wikimedia Commons Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos El horóptero 2 / 3 Material Complementar El horóptero https://www.youtube.com/watch?v=9nVPaYGrJMU Leitura Via óptica Optometria do Amblíope Via óptica - Distúrbios oftalmológicos - Manuais MSD edição para pro�ssionais Via óptica - Etiologia, pato�siologia, sintomas, sinais, diagnóstico e prognóstico nos Manuais MSD - Versão para Pro�ssionais de Saúde. LEIA MAIS MANUAIS MSD EDIÇÃO PARA PROFISSIONAIS Page 1 of 50 UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-oftalmol%C3%B3gicos/dist%C3%BArbios-do-nervo-%C3%B3ptico/via-%C3%B3ptica https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-oftalmol%C3%B3gicos/dist%C3%BArbios-do-nervo-%C3%B3ptico/via-%C3%B3ptica https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-oftalmol%C3%B3gicos/dist%C3%BArbios-do-nervo-%C3%B3ptico/via-%C3%B3ptica Optometria Funcional – Sistema Visual ACESSE 2o CICLO: OPTOMETRIA DO AMBLÍOPE Page 1 / 50 https://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/42121?mode=full 3 / 3 Referências AMES, A.; et al. Corresponding retinal points, the horopter and size and shape of ocular images. JOSA, v. 22, n. 11, p. 575-631, 1932. CRUNDALL, D.; et al. Driving experience and the functional �eld of view. Perception, v. 28, n. 9, p. 1075-1087, 1999. DAVIS, I. How do we know what babies know? 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