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Formação em Linguagens e suas Tecnologias
Formação Geral Básica: Área de Linguagens
Apresentação
Sejam bem-vindos(as) ao primeiro módulo da Formação em Linguagens e suas Tecnologias!
Neste módulo, composto de duas unidades, serão apresentados os pressupostos da BNCC na área de Linguagens e uma visão geral da proposta do Novo Ensino Médio em relação à área de Linguagens. Serão, ainda, trabalhados alguns dos aspectos do Novo Ensino Médio especificamente em relação à área de Linguagens, no que tange à formação geral.
No sumário a seguir você poderá visualizar melhor o que te espera neste primeiro módulo:
· Unidade 1 - Estrutura geral do Novo Ensino Médio01
· 1.1 Revendo alguns pressupostos02
· 1.1 Dicas para a transição para o Novo Ensino Médio05
· 1.2 Dicas para a aplicação das novas propostas da BNCC06
· Unidade 2 - Competências gerais da BNCC e competências específicas da Área de Linguagens no Ensino Médio: subsídios para a Formação Geral Básica08
· 2.1 Competências gerais da BNCC08
· 2.2 As competências no Ensino Médio10
· 2.3 Competências específicas de Linguagens e suas tecnologias no Ensino Médio11
· 2.4 O trabalho articulado entre os componentes da área de linguagens16
· Considerações Finais28
· Referências29
Progresso do Módulo
Unidade 1 – Estrutura geral do Novo Ensino Médio
Nesta primeira unidade o objetivo principal é apresentar a estrutura geral do Novo Ensino Médio, tendo em vista os pressupostos da organização curricular e dos itinerários formativos.
Questões-chave
Qual é a organização curricular do Novo Ensino Médio?
Entre as mudanças propostas pelo Novo Ensino Médio (reforma estabelecida pela Lei 13.415, de 16/02/2017) estão a valorização do protagonismo juvenil e a flexibilização do currículo nessa etapa de ensino, resultando no rompimento com a lógica das disciplinas ao se introduzirem as competências e as habilidades por áreas do conhecimento (Linguagens e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Sociais Humanas e Sociais Aplicadas) e a Formação Técnica Profissional. Assim, as redes devem organizar seus currículos de forma que os componentes de uma mesma área sejam trabalhados de forma integrada. Língua Portuguesa e Matemática são as únicas disciplinas com habilidades específicas, que precisarão ser trabalhadas obrigatoriamente durante toda a extensão do Ensino Médio.
Fonte: http://portal.educacao.rs.gov.br/novo-ensino-medio. Acesso em: 12 agosto 2021.
Diante da mudança legal, o Conselho Nacional de Educação (CNE) emitiu a Resolução n. 3/2018, atualizando as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para o Ensino Médio. Nesse documento está explícito que os currículos desta etapa passam a ser compostos por uma formação geral básica e por itinerários formativos.
A formação geral básica é composta por competências e habilidades previstas na BNCC, a ser enriquecida pelo contexto histórico, econômico, social, ambiental e cultural local, do mundo do trabalho e da prática social. Possui carga horária total máxima de 1.800 horas e deverá ser organizada nas quatro áreas de conhecimento (BRASIL, 2018).
Por sua vez, os itinerários formativos representam a parte flexível do currículo, com carga horária de 1.200 horas. Devem ser orientados para o aprofundamento acadêmico e a ampliação das aprendizagens em uma ou mais áreas do conhecimento da base comum ou para a formação técnica e profissional. Essa estrutura busca atender as especificidades locais e a multiplicidade de interesses dos estudantes, estimulando o exercício do protagonismo juvenil.
Progresso do Módulo
Os itinerários formativos são constituídos por conjuntos de unidades curriculares, cujo detalhamento é prerrogativa dos diferentes sistemas, redes e escolas, conforme previsto na Lei n.º 13.415/2017. Objetivam possibilitar ao estudante o aprofundamento de seus conhecimentos de modo a prepará-los para prosseguir nos estudos ou adentrar no mundo do trabalho. A DCN de Ensino Médio estabelece, ainda, que os itinerários devem se organizar em torno de um ou mais dos eixos estruturantes.
Interaja no infográfico, clicando em cada um dos Eixos Estruturantes a seguir, para conhecer mais sobre cada um deles, uma vez que eles devem estar presentes na configuração do Novo Ensino Médio.
Eixos Estruturantes
· Integram os diferentes arranjos de Itinerários Formativos
· Conectam experiências educativas com a realidade contemporânea
· Desenvolvem habilidades relevantes para a formação integral
INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO SOCIOCULTURAL
PROCESSOS CRIATIVOS
EMPREENDEDORISMO
EIXO: Investigação científica
Justificativa:
Criar condições para que o jovem possa participar da sociedade da informação compreendendo e intervindo na realidade e lidando de forma crítica, reflexiva e produtiva com a quantidade cada vez maior de informações disponíveis.
Objetivos:
· Aprofundar conceitos fundantes das ciências para a interpretação de ideias, fenômenos e processos;
· Ampliar habilidades relacionadas ao pensar e fazer cientifica;
· Utilizar esses conceitos e habilidades em procedimentos de investigação voltados a compreensão e enfrentamento de situações cotidianas, com proposição de intervenções que considerem o desenvolvimento local e a melhoria da qualidade de vida da comunidade.
Foco Pedagógico:
Investigar a realidade por meio da realização de uma pesquisa científica identificando uma dúvida, questão ou problema; levantando, formulando e testando hipóteses; selecionando informações e fontes confiáveis; interpretando, elaborando e usando de forma ética as informações coletadas; identificando de como utilizar os conhecimentos gerados para solucionar problemas diversos; e comunicando conclusões com a utilização de diferentes linguagens.
Fonte: http://educacaointegral.org.br/reportagens/novo-ensino-medio-entenda-os-itinerarios-formativos/ 
Cabe ressaltar que o Novo Ensino Médio não exclui disciplinas dos currículos, mas busca mobilizar conhecimentos de todos os componentes curriculares em suas competências e habilidades. O que se almeja é, antes, atender às necessidades e às expectativas dos jovens, permitindo a eles fazer escolhas em relação aos conhecimentos em que pretendem se aprofundar, sempre com o objetivo de reforçar o protagonismo juvenil.
Observação
É importante observar que a BNCC não se constitui como o currículo do Ensino Médio. Ela apenas define as aprendizagens essenciais que, a partir da reelaboração dos currículos pelas escolas, deverão ser alcançadas pelos alunos nos três anos de formação dessa etapa.
Nesse contexto, temos um conceito importante, o de Unidades Curriculares. As Unidades Curriculares são os elementos com carga horária pré-definida, cujo objetivo é desenvolver competências específicas, seja da formação geral básica, seja dos itinerários formativos. Além da tradicional organização por disciplinas, as redes e escolas podem escolher criar unidades que melhor respondam aos seus contextos e às suas condições, como projetos, oficinas, atividades e práticas contextualizadas, entre outras situações de trabalho. O conjunto de unidades curriculares de um itinerário deve desenvolver as habilidades de pelo menos um dos eixos estruturantes apresentados nos referenciais para a elaboração dos itinerários formativos.
Desse modo, para atender ao que preconiza a BNCC, a organização dos currículos no Novo Ensino Médio deve evitar a fragmentação das unidades curriculares, buscando a construção de currículos interdisciplinares que mobilizem as habilidades de todos os atuais componentes curriculares, bem como os temas contemporâneos que afetam a vida humana em escala local, regional e global, preferencialmente de forma transversal e integradora.
Progresso do Módulo
Face a esse novo contexto, cabe às escolas de Ensino Médio proporcionar experiências e processos  que garantam aos estudantes as aprendizagens necessárias para a leitura crítica da realidade, o  enfrentamento dos desafios atuais, a participação cidadã e a tomada de decisões acertadas. 
O mundo físico, social e culturaldeve ser objeto de investigação e intervenção, de modo que os estudantes se sintam estimulados a buscar soluções e a descobrirem novas possibilidades de ser, viver e agir. Assim, esta última etapa da Educação Básica precisa atender com qualidade os anseios das diversas juventudes que acorrem à escola com suas múltiplas necessidades e  aspirações (BRASIL, 2011).
No quadro a seguir, são apresentadas algumas mudanças que ocorrerão, em conformidade ao que é proposto pelo Novo Ensino Médio:
Colocar em prática as mudanças propostas constitui a etapa final de um percurso que teve início com estudos desenvolvidos pelas redes, seguidos de um processo de diagnóstico das capacidades por meio da escuta efetiva dos vários segmentos envolvidos, como os jovens, os professores, os gestores e a sociedade, buscando apoio no processo de (re)elaboração dos currículos e de implementação da nova arquitetura do Ensino Médio. A (re)elaboração dos currículos por cada rede vem sendo desenvolvida – alguns estados já tiveram suas propostas homologadas – visando contemplar as aprendizagens definidas na BNCC e as diferentes possibilidades de itinerários formativos.
Para a implementação efetiva do Novo Ensino Médio, com início previsto para 2022, as redes deverão adotar ações que incluam um cronograma de implementação progressiva e, se possível, realizar projetos-piloto para entender quais organizações curriculares melhor respondem às diferentes realidades.
Progresso do Módulo
A seguir, apresentamos algumas orientações a respeito de como implementar essas mudanças no âmbito das escolas:
1.1 Dicas para ajudar a escola na transição para o Novo Ensino Médio e na aplicação das novas propostas da BNCC:
· Planeje a implantação considerando o contexto da escola, como o tempo destinado para reuniões de professores e da gestão, conhecimento prévio da equipe, desejos da comunidade escolar e recursos materiais.
· A implementação deve ser gradativa, considerando a capacidade e a velocidade de transformação da escola e da comunidade.
· A formação de professores pode ser feita em etapas e foca na compreensão das competências gerais e no uso de metodologias ativas; na interdisciplinaridade aplicada à prática docente; e nos processos avaliativos para diferentes competências cognitivas e socioemocionais.
· É necessário muito estudo para ter um entendimento satisfatório da Base. Desdobre a BNCC e todos os conceitos pedagógicos e pressupostos teóricos por trás do documento.
· Envolva os professores na elaboração do currículo da escola, que deve ser feito de forma colaborativa.
· Compartilhe experiências, conheça os êxitos e fracassos de outras comunidades e exponha os seus.
· Ouça a comunidade e faça pesquisas para a elaboração e construção da oferta de itinerários formativos, a parte flexível da BNCC. Uma oferta de itinerários que não responda aos desejos e necessidades dos alunos os mantém sem escolhas.
· Considere a parte administrativa para algumas decisões. Por exemplo, a quantidade de itinerários, formato, duração e distribuição têm relação com a parte pedagógica, mas também envolve espaços, número de alunos por sala, professores para lecionarem etc.
Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/20257/trilha-ensino-medio-como-trabalhar-por-areas-do-conhecimento.
Em resumo
Como vimos, o Novo Ensino Médio propõe uma maior integração entre as disciplinas, além da oferta de itinerários formativos (sobre os quais trataremos mais detalhadamente no Módulo 2 deste curso). Com relação à implementação das mudanças nessa etapa do ensino, sabemos que muitos estados já elaboraram seus currículos de referência, a serem postos em prática a partir de 2022. A principal característica presente nesses novos currículos é justamente a integração entre as disciplinas tendo em vista as quatro áreas do conhecimento (Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas).
Para muitos professores ainda parece ser difícil encontrar a forma de fazer a integração das disciplinas, por considerarem um desafio o trabalho em conjunto com outros profissionais que ministram aulas de disciplinas que compõem a mesma área que a sua matéria.
Há, no entanto, caminhos que podem tornar esse processo mais fácil. O primeiro passo é entender como as áreas são separadas e qual é a principal função deste agrupamento de disciplinas.
Veja, a seguir, mais dicas para ajudar a escola nesse processo de transição!
Progresso do Módulo
1.2 Mais dicas para ajudar a escola na transição para o Novo Ensino Médio e na aplicação das novas propostas da BNCC
ÁREAS DO CONHECIMENTO
Tomando como exemplo a área de Linguagens, os alunos aprenderão, de forma integrada, conhecimentos ligados à língua portuguesa, língua inglesa, educação artística e educação física. Essa junção das quatro disciplinas tratando de um mesmo assunto com diferentes pontos de vista é o grande diferencial dessa nova maneira de ensinar e aprender.
Muitos estudos apontam que o conhecimento por áreas é mais fácil para o aprendizado dos alunos, sendo um modo mais orgânico de construir o conhecimento. Isso ocorre porque as disciplinas reúnem componentes que podem se complementar mutuamente sobre um determinado assunto. No caso da área de Linguagens, é preciso incentivar a capacidade de ler e se expressar no mundo.
É preciso ter em mente que o sucesso do aprendizado dos alunos está estreitamente ligado à organização dos professores com relação ao material que será oferecido aos estudantes. Nesse sentido, os professores de cada área devem fazer um planejamento disciplinar abrangente. Assim, os alunos poderão ampliar o repertório e ter contato com diferentes pontos de vista sobre um mesmo assunto e isso pode contribuir com a formação de um sujeito mais apto a ler criticamente a realidade.
OS BENEFÍCIOS DO TRABALHO EM GRUPO
Inicialmente, a divisão das disciplinas por áreas causou um estranhamento em muitos alunos e professores, pois houve a preocupação de que essa organização do currículo tirasse um pouco da autonomia de cada matéria. Entretanto, ao entender o conhecimento de forma integrada, as novas orientações curriculares podem enriquecer o aprendizado, ampliando as possibilidades de serem feitas conexões entre o que é trabalhado pelas diferentes disciplinas, tornando os conteúdos mais atrativos e relevantes.
Progresso do Módulo
UNIDADE II – Competências gerais da BNCC e competências específicas da Área de Linguagens no Ensino Médio: subsídios para a Formação Geral Básica
Nesta segunda unidade, o objetivo é apresentar as competências gerais da BNCC e as competências específicas da área de Linguagens, com vistas à prática pedagógica.
Questões-chave
Quais são as competências da BNCC e como aplicá-las na sala de aula no contexto do Novo Ensino Médio?
2.1 Competências gerais da BNCC
Como vimos na Unidade I, os currículos do Novo Ensino Médio são compostos, indissociavelmente, pela formação geral básica e pelos itinerários formativos. A formação geral básica, no que lhe concerne, é composta por competências e habilidades previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e articuladas como um todo também indissociável, enriquecidas pelo contexto histórico, econômico, social, ambiental, cultural local, sendo organizada por áreas de conhecimento e com vistas ao mundo do trabalho e da prática social
Nesta Unidade, vamos tratar das competências gerais da BNCC e das competências e habilidades que se aplicam mais especificamente à área de Linguagens e suas tecnologias, para que você, professor, tenha a oportunidade de aperfeiçoar suas práticas pedagógicas visando adequá-las à nova configuração do Ensino Médio.
Para iniciar esse trajeto, cabe ressaltar que, na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho. Ao definir essas competências, a BNCC reconhece que a “educação deve afirmar valores e estimular ações que contribuampara a transformação da sociedade, tornando-a mais humana, socialmente justa e, também, voltada para a preservação da natureza” (BRASIL, 2013).
Vamos, então, observar, no infográfico a seguir, as 10 competências gerais estabelecidas pela BNCC:
Fonte:http://ctj.thomas.org.br/makerspace/a-intersecao-entre-o-maker-centered-learning-e-a-base-nacional-comum-curricular-bncc/
Progresso do Módulo
Uma pergunta que pode surgir ao professor é: Como ensinar as competências?
É importante assinalar que a ideia proposta pela BNCC não é a de planejar uma aula específica sobre essas competências ou transformá-las em componente curricular, em conteúdo a ser ensinado, mas sim de articular a sua aprendizagem à de outras habilidades relacionadas às áreas do conhecimento. Como se pode observar, algumas dessas competências estão relacionadas ao desenvolvimento socioemocional, e este, para que efetivamente aconteça, deve estar incorporado ao cotidiano escolar, permeando disciplinas e ações. O desafio, portanto, é complexo, pois impacta não apenas os currículos, mas nos processos de ensino e aprendizagem, gestão, formação de professores e avaliação.
Desse modo, as 10 competências gerais da BNCC são elementos fundamentais para a arquitetura dos diferentes currículos. Neles, os estudantes devem ser desafiados, em seus respectivos contextos, a se tornarem protagonistas de seus processos formativos. É importante não perder de vista que, na BNCC, cada área do conhecimento possui competências específicas que visam mobilizar, articular e integrar conhecimentos, habilidades, atitudes e valores. Relacionadas a cada uma dessas competências, são descritas habilidades a serem desenvolvidas ao longo de cada etapa de ensino.
Antes de passar às competências específicas de nossa área de conhecimento, vamos nos aprofundar um pouco mais nas competências gerais da BNCC. Para tanto, realize a atividade 1 desta unidade
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO 1
Assista ao vídeo “As competências gerais da BNCC” e responda às questões, a seguir:
Questão 1
A que diz respeito o conceito de Educação Integral proposto pela BNCC?
Questão 2
Segundo a BNCC, qual deveria ser o foco na elaboração dos currículos?
Questão 3
Qual a relação entre competências gerais, competências específicas e habilidades?
Questão 4
O que seriam as práticas pedagógicas interdisciplinares?
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Respondidas 0 de 4 questões
SAIBA MAIS
E-book – “Competências Gerais da BNCC”. Disponível em:  https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/JQtb9x4pJtbXaRk9VxTBEbTQu7sHHSM8kVyCsTkfHwYgA8rdfAbFhJsQg5eh/guiabncccompetenciasgeraisnovaescola.pdf
Progresso do Módulo
2.3 Competências específicas de Linguagens e suas tecnologias no Ensino Médio
Tendo em vista os pressupostos da BNCC, os currículos para o Ensino Médio se organizam por áreas do conhecimento, não com o objetivo de excluir componentes curriculares, mas, sim, de fortalecer as relações entre eles e a contextualização para intervenção na realidade. Entre as finalidades desta organização curricular, está a de proporcionar um trabalho integrado e cooperativo dos professores.
Assim, a BNCC propõe, para a área de Linguagens e suas Tecnologias no Ensino Médio, a consolidação e a ampliação das aprendizagens previstas na BNCC do Ensino Fundamental nos componentes Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e Língua Inglesa.
Em alguns dos currículos estaduais já elaborados e aprovados, encontramos interessantes aprofundamentos e proposições quanto à efetivação dos pressupostos da BNCC para a área de Linguagens.
No Currículo Referência de Minas Gerais, por exemplo, é enfatizado o objetivo essencial da área de Linguagens e Suas Tecnologias, como sendo o de “propiciar aos estudantes condições para se tornarem capazes de: dialogar e criar entendimento mútuo; compreender o outro; se expressar; debater ideias de maneira crítica, baseando-se no respeito e na ética, com consideração de diferentes perspectivas e valores culturais; de valer-se de diferentes linguagens e mídias, em diferentes processos de interação, com uso crítico de ferramentas digitais. Além disso, busca aperfeiçoar a capacidade dos estudantes de elaborar e avaliar metas e construir seus projetos de vida e de profissões, para exercer proativamente seus variados papéis sociais, conhecendo seus direitos e deveres como cidadãos, e agindo por meio das linguagens em favor deles e da transformação social”.
Nessa mesma direção, a Proposta Curricular do Ensino Médio da Paraíba, prevê que os estudantes “desenvolvam competências e habilidades que lhes possibilitem mobilizar e articular conhecimentos desses componentes simultaneamente às dimensões socioemocionais, em situações de aprendizagem que lhes sejam significativas e relevantes para sua formação integral”.
No Currículo Paulista – Etapa Ensino Médio, o ensino e a aprendizagem das Linguagens, propõe “uma formação voltada a possibilitar a participação plena dos jovens nas diferentes práticas socioculturais que envolvem o uso das linguagens”.
Progresso do Módulo
Considerando os aspectos citados no slide anterior, são priorizados cinco campos de atuação social para a proposta de práticas de linguagem. Veja quais são eles:
O campo da vida pessoal organiza-se de modo a possibilitar uma reflexão sobre as condições que cercam a vida contemporânea e a condição juvenil no Brasil e no mundo e sobre temas e questões que afetam os jovens. As experiências, análises críticas e aprendizagens propostas neste campo podem se constituir como suporte para os processos de construção de identidade e de projetos de vida, por meio do mapeamento e do resgate de trajetórias, interesses, afinidades, antipatias, angústias, temores, etc., que possibilitam uma ampliação de referências e experiências culturais diversas e do conhecimento sobre si.
O campo das práticas de estudo e pesquisa abrange a pesquisa, recepção, apreciação, análise, aplicação e produção de discursos/textos expositivos, analíticos e argumentativos, que circulam tanto na esfera escolar como na acadêmica e de pesquisa, assim como no jornalismo de divulgação científica. O domínio desse campo é fundamental para ampliar a reflexão sobre as linguagens, contribuir para a construção do conhecimento científico e para aprender a aprender.
O campo jornalístico-midiático refere-se aos discursos/textos da mídia informativa (impressa, televisiva, radiofônica e digital) e ao discurso publicitário. Sua exploração permite construir uma consciência crítica e seletiva em relação à produção e circulação de informações, posicionamentos e induções ao consumo
O campo de atuação na vida pública contempla os discursos/textos normativos, legais e jurídicos que regulam a convivência em sociedade, assim como discursos/textos propositivos e reivindicatórios (petições, manifestos, etc.). Sua exploração permite ao estudante refletir e participar na vida pública, pautando-se pela ética. 
O campo artístico-literário abrange o espaço de circulação das manifestações artísticas em geral, contribuindo para a construção da apreciação estética, significativa para a constituição de identidades, a vivência de processos criativos, o reconhecimento da diversidade e da multiculturalidade e a expressão de sentimentos e emoções. Possibilita ao estudante, portanto, reconhecer, valorizar, fruir e produzir tais manifestações, com base em critérios estéticos e no exercício da sensibilidade.
Essa estrutura também é utilizada no Currículo de Referência de Mato Grosso do Sul — Ensino Médio para a área de Linguagens e suas Tecnologias. O referido documento apresenta um Organizador Curricular, que corresponde a um quadro composto por cinco (05) colunas contendo: eixo temático (campo de atuação social), habilidades, componente curricular, objeto de conhecimento e sugestões didáticas, os quais indicam os saberes que devem ser aprofundados com os estudantes, por meio de competências e habilidades, em cada componente curricular da área de conhecimento no respectivo ano, no sentido de dar respaldo pedagógico aos professores.
Diante dessas e de outras propostasencontradas nos diferentes currículos para o Ensino Médio, vimos ser variadas as formas de se organizar as competências, as habilidades e os objetos de conhecimento:
· As competências, as habilidades e os objetos de conhecimento podem ser organizados por conceitos estruturantes, temas integrados, situações problemas, situações de aprendizagem e unidades temáticas.
· É recomendado que sejam organizados em uma escala de complexidade e integralidade e partindo dos conhecimentos gerais para os específicos. Nessa organização, os objetos de conhecimento são as expressões dos componentes curriculares que, em conjunto, potencializam o desenvolvimento das habilidades e competências das áreas do conhecimento.
Progresso do Módulo
Antes de passarmos ao detalhamento das competências específicas da área de Linguagens, assista ao vídeo produzido pela Secretaria de Estado de Educação de Goiás, intitulado “Competências e habilidades na perspectiva da BNCC”:
São sete as competências específicas da área do conhecimento de Linguagens e suas Tecnologias para o Ensino Médio. Veja quais são elas:
· Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas culturais (artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de discursos nos diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de participação social, o entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica da realidade e para continuar aprendendo.
· Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitando as diversidades e a pluralidade de ideias e posições, e atuar socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia, na igualdade e nos Direitos Humanos, exercitando o autoconhecimento, a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação e combatendo preconceitos de qualquer natureza.
· Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) para exercer, com autonomia e colaboração, protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, de forma crítica, criativa, ética e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o outro e promovam os Direitos Humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável, em âmbito local, regional e global.
· Compreender as línguas como fenômeno (geo)político, histórico, cultural, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo suas variedades e vivenciando-as como formas de expressões identitárias, pessoais e coletivas, bem como agindo no enfrentamento de preconceitos de qualquer natureza
· Compreender os processos de produção e negociação de sentidos nas práticas corporais, reconhecendo-as e vivenciando-as como formas de expressão de valores e identidades, em uma perspectiva democrática e de respeito à diversidade.
· Apreciar esteticamente as mais diversas produções artísticas e culturais, considerando suas características locais, regionais e globais, e mobilizar seus conhecimentos sobre as linguagens artísticas para dar significado e (re)construir produções autorais individuais e coletivas, exercendo protagonismo de maneira crítica e criativa, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.
· Mobilizar práticas de linguagem no universo digital, considerando as dimensões técnicas, críticas, criativas, éticas e estéticas, para expandir as formas de produzir sentidos, de engajar-se em práticas autorais e coletivas e de aprender a aprender nos campos da ciência, cultura, trabalho, informação e vida pessoal e coletiva.
SAIBA MAIS
O material “Área de Linguagens na BNCC” faz uma síntese dos aspectos mais importantes definidos pela BNCC para cada um dos componentes da área de Linguagens (Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Artes e Educação Física). 
 
Leia o texto e assista aos vídeos, buscando identificar as particularidades de cada componente e as possibilidades de convergências entre eles com vistas à proposta interdisciplinar da BNCC.
 
Você pode acessá-lo através do link, a seguir:
https://movimentopelabase.org.br/acontece/area-de-linguagens-na-bncc/
Progresso do Módulo
Introdução: família, base da sociedade
· (EM13LGG101) Compreender e analisar processos de produção e circulação de discursos, nas diferentes linguagens, para fazer escolhas fundamentadas em função de interesses pessoais e coletivos.
· (EM13LGG102) Analisar visões de mundo, conflitos de interesse, preconceitos e ideologias presentes nos discursos veiculados nas diferentes mídias como forma de ampliar suas possibilidades de explicação e interpretação crítica da realidade.
· (EM13LGG103) Analisar, de maneira cada vez mais aprofundada, o funcionamento das linguagens, para interpretar e produzir criticamente discursos em textos de diversas semioses.
· (EM13LGG104) Utilizar as diferentes linguagens, levando em conta seus funcionamentos, para a compreensão e produção de textos e discursos em diversos campos de atuação social.
· (EM13LGG105) Analisar e experimentar diversos processos de remidiação de produções multissemióticas, multimídia e transmídia, como forma de fomentar diferentes modos de participação e intervenção social.
· (EM13LGG202) Analisar interesses, relações de poder e perspectivas de mundo nos discursos das diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e verbais), para compreender o modo como circulam, constituem-se e (re)produzem significação e ideologias.
· (EM13LGG203) Analisar os diálogos e conflitos entre diversidades e os processos de disputa por legitimidade nas práticas de linguagem e suas produções (artísticas, corporais e verbais), presentes na cultura local e em outras culturas.
· (EM13LGG204) Negociar sentidos e produzir entendimento mútuo, nas diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais), com vistas ao interesse comum pautado em princípios e valores de equidade assentados na democracia e nos Direitos Humanos.
· (EM13LGG301) Participar de processos de produção individual e colaborativa em diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais), levando em conta seus funcionamentos, para produzir sentidos em diferentes contextos.
· (EM13LGG302) Compreender e posicionar-se criticamente diante de diversas visões de mundo presentes nos discursos em diferentes linguagens, levando em conta seus contextos de produção e de circulação.
· (EM13LGG303) Debater questões polêmicas de relevância social, analisando diferentes argumentos e opiniões manifestados, para negociar e sustentar posições, formular propostas, e intervir e tomar decisões democraticamente sustentadas, que levem em conta o bem comum e os Direitos Humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global.
· (EM13LGG304) Mapear e criar, por meio de práticas de linguagem, possibilidades de atuação social, política, artística e cultural para enfrentar desafios contemporâneos, discutindo seus princípios e objetivos de maneira crítica, criativa, solidária e ética.
· (EM13LGG401) Analisar textos de modo a caracterizar as línguas como fenômeno (geo)político, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso.
Progresso do Módulo
· EM13LGG402) Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de língua adequados à situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso, respeitando os usos das línguas por esse(s) interlocutor(es) e combatendo situações de preconceito linguístico.
· (EM13LGG403) Fazer uso do inglês como língua do mundo global, levando em conta a multiplicidade e variedade de usos, usuários e funções dessa língua no mundo contemporâneo.
· (EM13LGG501) Selecionar e utilizar movimentos corporais de forma consciente e intencional para interagir socialmente em práticas da cultura corporal, de modo a estabelecer relações construtivas, éticas e de respeito às diferenças.
· (EM13LGG502) Analisar criticamente preconceitos, estereótipos e relações de poder subjacentes às práticas e discursos verbais e imagéticos na apreciação e produção das práticasda cultura corporal de movimento.
· (EM13LGG503) Praticar, significar e valorizar a cultura corporal de movimento como forma de autoconhecimento, autocuidado e construção de laços sociais em seus projetos de vida.
· (EM13LGG601) Apropriar-se do patrimônio artístico e da cultura corporal de movimento de diferentes tempos e lugares, compreendendo a sua diversidade, bem como os processos de disputa por legitimidade.
· (EM13LGG602) Fruir e apreciar esteticamente diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, assim como delas participar, de modo a aguçar continuamente a sensibilidade, a imaginação e a criatividade.
· (EM13LGG603) Expressar-se e atuar em processos criativos que integrem diferentes linguagens artísticas e referências estéticas e culturais, recorrendo a conhecimentos de naturezas diversas (artísticos, históricos, sociais e políticos) e experiências individuais e coletivas.
· (EM13LGG604) Relacionar as práticas artísticas e da cultura corporal do movimento às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica e econômica.
· (EM13LGG701) Explorar tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC), compreendendo seus princípios e funcionalidades, e mobilizá-las de modo ético, responsável e adequado a práticas de linguagem em diferentes contextos.
· (EM13LGG702) Avaliar o impacto das tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC) na formação do sujeito e em suas práticas sociais, para fazer uso crítico dessa mídia em práticas de seleção, compreensão e produção de discursos em ambiente digital.
· (EM13LGG703) Utilizar diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais em processos de produção coletiva, colaborativa e projetos autorais em ambientes digitais.
· (EM13LGG704) Apropriar-se criticamente de processos de pesquisa e busca de informação, por meio de ferramentas e dos novos formatos de produção e distribuição do conhecimento na cultura de rede.
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2.4 O trabalho articulado entre os componentes da área de linguagens
No novo cenário que se desenha para o Ensino Médio, voltado para a formação de um indivíduo crítico, competente e comprometido consigo mesmo, com o outro e com a natureza, é importante que se faça presente uma educação que busca produzir sentidos, estimulando a compreensão da realidade que extrapola as barreiras disciplinares.
Os diversos saberes, atrelados aos contextos de sua produção, situados no tempo e no espaço, precisam integrar-se sob a perspectiva da interdisciplinaridade, promovendo a articulação entre os componentes de área para demonstrar que diferentes conhecimentos subsidiam a construção de outros, numa integração contínua de conhecimentos, em que se dá um diálogo entre campos do saber, a despeito dos componentes curriculares aos quais estejam ligados
Assim sendo, compreende-se que as estratégias pedagógicas, enquanto atividades planejadas para alavancar o desempenho dos estudantes, devem priorizar temáticas que atendam à construção da identidade, à leitura crítica de mundo e à promoção de ações voltadas para o bem comum numa perspectiva inter e transdisciplinar.
Nesse sentido, o foco da área de Linguagens e suas Tecnologias no Ensino Médio está na ampliação da autonomia, do protagonismo e da autoria nas práticas de diferentes linguagens (verbais, corporais e artísticas); na identificação e na crítica aos diferentes usos das linguagens, explicitando seu poder no estabelecimento de relações; na apreciação e na participação em diversas manifestações artísticas e culturais; e no uso criativo das diversas mídias. (BRASIL, 2018).
Importa ressaltar que os sentidos produzidos pela linguagem, representados por palavras, imagens, sons, gestos e movimentos materializam-se em cada componente curricular, estando todos os diferentes campos da atividade humana ligados ao uso da linguagem. Entendemos, então, ser esse o elo entre os componentes curriculares da área − Arte, Educação Física, Língua Inglesa e Língua Portuguesa.
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Componentes curriculares da área de linguagens
Os componentes curriculares da área em debate são responsáveis por ampliar as habilidades no uso das diversas formas de linguagens. A seguir, vamos falar sobre o tratamento dado pela BNCC a cada um deles, e como essa abordagem se traduz nas práticas pedagógicas.
O componente Arte na BNCC está centrado nas linguagens das artes visuais, dança, música, teatro e artes integradas, contribuindo para o desenvolvimento da autonomia criativa e expressiva dos estudantes, por meio da conexão entre racionalidade, sensibilidade, intuição e ludicidade. Ela é, também, propulsora da ampliação do conhecimento do sujeito relacionado a si, ao outro e ao mundo. É na aprendizagem, na pesquisa e no fazer artístico que as percepções e compreensões do mundo se ampliam no âmbito da sensibilidade e se interconectam, permitindo aos sujeitos estarem abertos às percepções e experiências, por meio da capacidade de imaginar e ressignificar os cotidianos e rotinas.
Nessa perspectiva, o trabalho com as linguagens artísticas deve contemplar aspectos corporais, gestuais, teatrais, visuais, espaciais e sonoros, possibilitando aos estudantes explorar, de forma interconectada, as especificidades das Artes Visuais, do Audiovisual, da Dança, da Música e do Teatro.
Esses processos criativos devem permitir incorporar estudo, pesquisa e referências estéticas, poéticas, sociais, culturais e políticas, para criar relações entre sujeitos e seus modos de olhar para si e para o mundo. Eles são, portanto, capazes de gerar processos de transformação, crescimento e reelaboração de poéticas individuais e coletivas.
No decorrer desses processos, os estudantes podem também relacionar, de forma crítica e problematizadora, os modos como as manifestações artísticas e culturais se apresentam na contemporaneidade, estabelecendo relações entre arte, mídia, mercado e consumo. Podem, assim, aprimorar sua capacidade de elaboração de análises em relação às produções estéticas que observam/vivenciam e criam.
Assim, o trabalho com a Arte no Ensino Médio deve promover o cruzamento de culturas e saberes, possibilitando aos estudantes o acesso e a interação com as distintas manifestações culturais populares presentes na sua comunidade. O mesmo deve ocorrer com outras manifestações presentes nos centros culturais, museus e outros espaços, de modo a garantir o exercício da crítica, da apreciação e da fruição de exposições, concertos, apresentações musicais e de dança, filmes, peças de teatro, poemas e obras literárias, entre outros.
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O componente Educação Física tem como objetivo principal promover ao estudante a apropriação crítica da cultura corporal, sendo esta o conjunto de sentidos e significados das práticas corporais construídas historicamente. Para tal apropriação crítica, a escola deve oferecer condições para que o estudante não apenas conheça os sentidos e significados nas práticas corporais, mas também construa e reconstrua, contribuindo para uma aprendizagem significativa e com foco no aluno.
Exatamente devido a esse conjunto de sentidos e significados, símbolos e signos, a Educação Física Escolar faz parte da grande Área de Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias. Ou seja, o homem é produtor de textos não verbais, através da linguagem das práticas corporais (BRASIL, 1997). Além disso, toda produção cultural humana se traduz em movimento, sendo este intrínseco à cultura.
Diferentemente de outras épocas da educação brasileira, na Base Nacional Comum Curricular e no Referencial Curricular Amapaense para o Ensino Médio, a Educação Física tem como foco a formação integral do estudante, contribuindo para a aprendizagem das competências gerais da BNCC, desenvolvendo habilidades por meio dos objetos de conhecimento relacionados às práticas corporais.
Sendo assim, a BNCC propõe que as aulas de Educação Física no Ensino Médio devem aprofundar a reflexão sobre as práticas corporais através não somente de vivências, mas também pela reflexão sobre a própria prática,atribuindo a elas valores e sentidos para a apropriação e uso crítico e consciente para a vida. Desse modo, deve-se buscar promover experiências pedagógicas que permitam aos estudantes reconhecerem o significado da cultura corporal por meio da sua prática contemporânea e histórica, do estudo e da pesquisa de textos científicos, jornalísticos, jurídicos e normativos, além da apreciação de manifestações artísticas.
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O componente Língua Inglesa propicia a criação de novas formas de interação e participação dos alunos em um mundo social cada vez mais globalizado, em que fronteiras entre países e interesses pessoais, locais, regionais, nacionais e transnacionais podem possibilitar a todos o acesso aos saberes linguísticos e ampliar as possibilidades de interação e mobilidade. E nesse caráter formativo, proposto desde o Ensino Fundamental, em que se inscreve a aprendizagem do inglês em uma perspectiva de educação linguística, consciente e crítica na etapa do Ensino Médio, segundo as orientações e aprendizagens essenciais definidas na BNCC desta etapa. (BRASIL, 2018)
Assim, a Língua Inglesa, cujo estudo é obrigatório no Ensino Médio (LDB, Art. 35-A, § 4º), continua a ser compreendida como língua de caráter global, utilizando-se da multiplicidade e variedade de usos, usuários e funções na contemporaneidade, permitindo, portanto, aos estudantes ampliar as formas de participação social, o entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica da realidade, explorar as culturas digitais, aprofundar estudos e pesquisas, ampliar os projetos de vida e as perspectivas em relação à sua vida pessoal e profissional.
Nessa concepção, esse componente permite entender a língua como um fenômeno marcado pela heterogeneidade e variedade de registros, dialetos, estilizações e usos bem variados, fazendo com que o estudante respeite todas essas diferenças, posicione-se criticamente diante de diversas visões de mundo e interaja com grupos multilíngues e multiculturais.
A BNCC do Ensino Médio traz como proposta para o ensino da Língua Inglesa que seu status mude de língua estrangeira para língua franca, ou seja, é a língua que diversas pessoas, que falam idiomas diferentes, adotam para a comunicação entre si. Nesse sentido, a BNCC legitima o Inglês, não só como a língua falada em países como nos Estados Unidos ou na Inglaterra, mas como uma oportunidade de acesso ao mundo globalizado. Com esse conhecimento, todos os jovens e crianças têm a possibilidade de exercer a cidadania e ampliar suas possibilidades de interação nos mais diversos contextos.
Através da perspectiva de língua franca, o Inglês deixa de ser apenas dos falantes nativos (para os quais é ensinada como língua materna), e passa a ser uma língua que varia, nos diferentes contextos, trazendo uma visão de educação linguística voltada para a interculturalidade, desvinculada da noção de posse de um ou outro território.
Deste modo, a língua inglesa não é mais aquela do “estrangeiro”, oriundo de países hegemônicos, cujos falantes servem de modelo a ser seguido, nem tampouco se trata de uma variante da língua inglesa. Nessa perspectiva, são acolhidos e legitimados os usos que dela fazem falantes espalhados no mundo inteiro, com diferentes repertórios linguísticos e culturais, o que possibilita, por exemplo, questionar a visão de que o único inglês “correto” – e a ser ensinado – é aquele falado por estadunidenses ou britânicos (BNCC, 2018)
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O componente Língua Portuguesa é o único que tem suas competências e habilidades específicas descritas na BNCC. Esse componente, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio, deve estar presente em todos os anos do Ensino Médio e também nos itinerários formativos.As habilidades específicas do componente Língua Portuguesa são responsáveis pela integração efetiva com os demais componentes da área, promovendo aos estudantes experiências significativas na utilização das práticas de linguagem em diferentes mídias e gêneros textuais dentro dos cinco campos de atuação social propiciando o desenvolvimento de práticas cidadãs, culturais e sociais em seus estudos.
A BNCC propõe que os estudantes possam vivenciar experiências práticas de linguagem em diferentes mídias (impressa, digital, analógica), situadas em campos de atuação social diversos, vinculados com o enriquecimento cultural próprio, as práticas cidadãs, o trabalho e a continuação dos estudos. (BRASIL, 2018)
Partindo deste pressuposto, a Língua Portuguesa integrada aos demais componentes da área, deve levar aos discentes um ensino em que as aprendizagens estejam voltadas às diversas práticas de linguagens e seus contextos de produção/recriação, a maneira de inter-relação entre os sujeitos e a relação destes com as várias formas de desenvolver o ato de comunicar, expressar valores, perceber e analisar ideologias, tomar atitudes éticas e saber lidar com sentimentos.
Desse modo, é preciso trabalhar com os componentes da área de forma interdisciplinar assegurando direitos linguísticos aos diferentes povos e grupos sociais brasileiros. Para tanto, é previsto que os estudantes desenvolvam competências e habilidades que lhes possibilitem mobilizar e articular conhecimentos desses componentes simultaneamente às dimensões socioemocionais, em situação de aprendizagem que lhes sejam significativas e relevantes para sua formação integral.
A BNCC, no que tange à Língua Portuguesa, divide as práticas de linguagem em quatro categorias: leitura, escuta, produção de textos (orais, escritos, multissemióticos) e análise linguística/semiótica.
As Práticas de Leitura e Escrita ampliam o repertório do aluno, garantindo-lhe ter acesso à leitura e produção dos chamados textos multissemióticos, ou seja, textos que extrapolam a ideia da escrita, incorporando elementos de diversas mídias e linguagens.
As Práticas de Oralidade enquadram-se na concepção de textos multissemióticos, sendo possível considerar podcasts, textos teatrais, debates, jogos argumentativos, vídeos e produções nos quais a voz do aluno seja respeitada, de forma protagonista e reflexiva.
O Eixo da Análise Linguística/Semiótica durante o processo de leitura e produção de textos (orais, escritos e multissemióticos) requer procedimentos de análise e avaliação cognitiva na observação das materialidades dos textos e seus efeitos.
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Em consonância com o que diz a BNCC, de que a semiose é um sistema de signos em sua organização própria, é possível explorar a diversidade de linguagens, promovendo reflexões que envolvam o exercício de análise de elementos discursivos, composicionais e formais de enunciados nas diferentes semioses visuais (imagens estáticas e em movimento), sonoras (música, ruídos, sonoridades), verbais (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita) e corporais (gestuais, cênicas, danças). Os elementos e páginas textuais trazem consigo não apenas a linguagem verbal escrita, como também recursos visuais.
Partindo-se dessa premissa, há um universo de elementos imagéticos e visuais que corroboram na geração de determinados efeitos de sentido, como a seleção das cores empregadas em um dado texto, a seleção da letra, do formato, da cor e outros, proporcionados pela disseminação da tecnologia. Dessa forma, novas modalidades vão surgindo e o texto passa a assumir um caráter multimodal.
Assim, o trabalho com essas práticas contemporâneas de linguagem na escola assume maior importância no Ensino Médio, tendo em vista os novos letramentos, multiletramentos e as práticas de cultura digital, que permitem ao estudante desenvolver habilidades nas diversas linguagens. Nesse sentido, a BNCC procura contemplar a cultura digital, diferentes linguagens e diferentes letramentos, desde aqueles basicamente lineares, com baixo nível de hipertextualidade, até aqueles que envolvem a hipermídia. (BRASIL, 2018).
Em relação à literatura, a leitura do texto literário, que ocupa o centro do trabalho no Ensino Fundamental, deve permanecer nuclear também no Ensino Médio. Porforça de certa simplificação didática, as biografias de autores, as características de épocas, os resumos e outros gêneros artísticos substitutivos, como o cinema e as histórias em quadrinhos, têm relegado o texto literário a um plano secundário do ensino. Assim, é importante não só (re)colocá-lo como ponto de partida para o trabalho com a literatura, como intensificar seu convívio com os estudantes.
Para além da simples apresentação cronológica e histórica, o desenvolvimento da prática de leitura de obras literárias, em seus diversos gêneros textuais, visa promover a formação do leitor-fruidor, pela imersão dos estudantes no mundo criativo da literatura ao longo de todas as etapas do ensino fundamental, assegurando o desenvolvimento de um olhar crítico sobre o contexto de produção, recepção e circulação de discursos literários e a apreensão de sentidos para o exercício do diálogo cultural.
É desse pressuposto que a área de Linguagens no Ensino Médio deve mediar as aprendizagens dos jovens e juventudes que nasceram num tempo de transformações científicas e que presenciam o avanço da cultura digital nas diferentes esferas da sociedade contemporânea. Assim, as novas leituras e comportamentos leitores, o processo de autoria, a compreensão do ser/estar no mundo continua exigindo dos sujeitos que vivem e fazem educação: repensar posturas de práxis pedagógicas sobre o próprio fazer pedagógico do ato de ensinar, mediar conhecimento.
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O diálogo entre os componentes da área de Linguagens
O ponto de partida para que Arte, Educação Física, Língua Inglesa e Língua Portuguesa não se tornem meros instrumentos disciplinares com conhecimentos estanques e sem significados na vida do jovem e das juventudes da nova era implica pensar a educação das juventudes de forma que a dimensão crítico-reflexiva sobre o saber ensinado nas escolas esteja constantemente em prática.
Assim, a área de Linguagens, como propulsora de estudos e reflexões sobre os campos de atuação e suas práticas de usos e criação, deve apresentar diálogos, discursos, gêneros de discursos, textos orais, escritos e audiovisuais, novos formas de leitura e compreensão de textos multimídias, transmídias com contextos articulados e inter-relacionados.
Veja, a seguir, algumas sugestões didáticas para os componentes curriculares da área de linguagens (a serem articuladas aos campos de atuação, às habilidades e aos objetos de conhecimento estabelecidos pelos currículos estaduais em relação à área):
Arte
· Investigação e análise da arte africana, sua origem e características, bem como sua influência na formação da cultura e do folclore brasileiro, contrastando e ressignificando as diferentes visões de mundo que cada grupo traz em si e em suas manifestações artísticas e sociais.
Atividades relacionadas: produção de máscara, escultura, pintura, dança e/ou música, para vivenciar a cultura africana, com respeito ao uso das linguagens artísticas, sem preconceitos e limitações de gostos pessoais, expressando ideias e atuando nos mais diversos contextos da vida social
· Pesquisa sobre as diversas culturas dos povos Maias, Incas e Astecas, no período Pré-Colombiano, utilizando diferentes tecnologias, bem como recursos digitais, para acesso e apreciação das práticas e dos repertórios artísticos desses povos antigos, de modo reflexivo, ético e responsável.
Atividades relacionadas: produção de seminários, retomando os conhecimentos referentes a esse gênero, para compartilhamento das informações sobre as principais características socioculturais desses povos.
· Investigação sobre o Renascimento e os patamares da Renascença Europeia, das pinturas, dos principais artistas, escultores e da importância da arquitetura renascentista para o mundo. Questionamentos e análise relacionados à valorização temporal da arte, por meio de instrumentos diversos, para a formação de julgamentos éticos, estéticos e políticos nas produções artísticas e culturais.
Atividades relacionadas: valendo-se das linguagens artísticas, criar e/ou reconstruir artes digitais inspiradas nas obras renascentistas e ou desenhos, grafites, histórias em quadrinhos, tirinhas, charges, seminários, dentre outros, contrastando com a atualidade e valorizando a produção criativa.
· Pesquisa sobre a Música no Brasil e a Música Popular Brasileira (MPB), os compositores, músicos e intérpretes que se destacaram no país, no final do século XIX e no decorrer do século XX. Identificação das diferentes fontes sonoras convencionais (instrumentos musicais) e não convencionais (movimentos com o corpo e objetos que podem produzir sons) usadas nessas composições.
Atividades relacionadas: criação de videoclipes com músicas produzidas, por meio de percussão corporal, a fim de transformar o corpo em instrumentos musicais e/ou usando as novas tecnologias digitais, para criar efeitos sonoros. É possível, ainda, elaborar paródias, seminários, apresentações, dentre outros, explorando as habilidades musicais de cada estudante, mediante a experimentação, desenvolvendo a organização, determinação, responsabilidade e o trabalho em conjunto.
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Educação Física
· Pesquisa, em diferentes mídias, sobre o conceito de lazer e sua garantia nas práticas inclusivas, como um direito de todos, em seu período de ociosidade, bem como dos tipos de lazer ofertados na comunidade e fora dela (clubes, praças ao ar livre, espaços abertos ou fechados ao público).
Atividades relacionadas: discussão sobre os espaços disponíveis, em âmbito local e/ou regional, para o entretenimento a partir de atividades esportivas; organização de cronograma para ações recreativas em ambiente escolar, a fim de vivenciar momentos de lazer que poderão ser, posteriormente, compartilhados em ambiente familiar, desenvolvendo o entusiasmo e praticando a iniciativa social como indivíduo protagonista de sua aprendizagem.
· Investigação da realidade acerca das práticas da linguagem corporal, para compreensão crítica de diferentes pontos de vista sobre temas controversos, de relevância social das modalidades esportivas. Uso significativo das diversas linguagens em várias mídias e semioses que levem em consideração a abordagem sobre ações discriminatórias no esporte.
Atividades relacionadas: promoção de um festival audiovisual com encenações de situações de preconceitos, relacionadas ao mundo do esporte, fomentando a empatia e o respeito e combatendo discursos discriminatórios.
· Problematização, a partir de questionamentos sobre os prós e contras do uso de videogames no desenvolvimento cognitivo e motor; uso das tecnologias como ferramentas pedagógicas e inclusivas, de modo que, nesse processo, compreenda-se o significado da gamificação, com curiosidade para aprender e estímulo à imaginação criativa.
Atividades relacionadas: análise dos tipos de habilidades motoras executadas, dos seus benefícios e malefícios, e orientação quanto à postura adequada, visando à produção autoral de manuais ergonômicos.
· Pesquisa e reflexão sobre os aspectos fisiológicos para compreensão e apropriação dos princípios relativos à manutenção da saúde e ao corpo.
Atividades relacionadas: selecionar e praticar atividades físicas variadas, observando as alterações fisiológicas ocorridas no corpo; produzir material, como, por exemplo, um e-book, a respeito dos processos fisiológicos observados − respiração, circulação, digestão, dentre outros −, de forma colaborativa, estimulando a criatividade e o engajamento com o outro.
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Língua inglesa
· Leitura e discussão de textos em língua inglesa, veiculados em diferentes suportes de comunicação, como jornais e revistas, pertinentes à faixa etária que tratem dos Temas Transversais Contemporâneos: consumo, trabalho e/ou violência no meio juvenil. Verificação da veracidade dos fatos, nos canais de comunicação, reconhecendo o que são realmente fatos ou fake news e desenvolvendo a autogestão e a amabilidade.
Atividades relacionadas: produção de textos multimodais (tirinhas, charges, HQs, memes e/ou gifs), por meio de aplicativos,desenhos e/ou outros recursos digitais. Reflexão, ampliação e prática das competências linguísticas na criação de manchetes jornalísticas, com ênfase nos quantifiers (much, many, few, little, a lot of, some and any) e tempos verbais no presente.
· Apropriação de elementos de obras ou textos, observando as características de cada gênero textual, bem como os termos neles utilizados, enfatizando o uso do verbo modal - Would para fazer um convite, um pedido ou oferecer algo a alguém.
Atividades relacionadas: leitura de textos clássicos e contemporâneos, com temas abrangentes da Cultura Pop, para criação de fanfics, com apresentação de versões finais diferentes e/ou comparação de personagens, incentivando a imaginação criativa e a curiosidade para aprender.
· Utilização de filmes ou documentários que tenham como foco temas sobre questões multiculturais, científicas e/ou tecnológicas, de meio ambiente e sustentabilidade, para gerar discussões, produções escritas, encenação de diálogos, etc., visando à ampliação do vocabulário, ao desenvolvimento da pronúncia (speaking) e à compreensão auditiva (listening), para fortalecer a empatia e o entusiasmo. 
Atividades relacionadas: elaboração de ações didáticas que possibilitem a produção textual, a aplicação dos conhecimentos gramaticais necessários às produções e a análise coletiva ou, ainda, a troca dos textos para serem revisados, tendo como base um parâmetro de correção pré-definido pelo grupo.
· Leitura de textos que privilegiem o uso da linguagem não-verbal ou multimodal (cartoons, HQs, charges), nos quais os recursos linguístico-discursivos possam ser empregados, obedecendo a uma gradação de complexidade cognitiva, à pronúncia adequada das palavras em língua inglesa, para aprimorar a fluência do idioma e favorecer a comunicação.
Atividades relacionadas: produção colaborativa de texto oral ou escrito em podcasts, vídeos e demais recursos tecnológicos, além de charges e/ou textos jornalísticos opinativos em inglês, visando promover a discussão e a reflexão sobre a sociedade atual, a cidadania, bem como ação e intervenção na comunidade escolar.
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Língua portuguesa
· Abordagem de Temas Transversais Contemporâneos de interesse local e global, por meio de pesquisa bibliográfica, problematização e análise de situações de conflitos, preconceitos e ideologias, materializados nos discursos veiculados em mídias diversas. Leitura e análise de situações comunicativas de uso formal e informal da língua, em que sejam apresentadas, de forma oral e escrita, as variantes linguísticas. Problematização e investigação de discursos que atribuem a algumas variantes da língua a condição de prestígio ou desqualificação, com foco na adequação dos níveis de linguagem.
Atividades relacionadas: produção escrita de textos informativos, notícias, telejornais, documentários, editoriais, fotodenúncias, fotorreportagens, oportunizando a vivência do papel de repórter, analista crítico e editorialista, relacionando-a aos aspectos linguísticos voltados aos usos notacionais da língua padrão. Socialização das referidas produções com a comunidade escolar interna e externa, em redes sociais, jornal da escola e/ou da cidade, expressando as opiniões e os pontos de vista, com organização, segurança e respeito.
· Análise da intertextualidade intergêneros (hibridização decorrente da mistura de gênero), no meio virtual, tendo em vista a estrutura textual, finalidade, intencionalidade, o público-alvo, os recursos visuais e linguísticos, conteúdos temáticos, dentre outros, que possibilitam a identificação dos gêneros, observando que estes, assim como a linguagem, são dinâmicos, por isso, podem sofrer alterações ao longo dos anos.
Atividades relacionadas: produção colaborativa de um gênero textual, aliando, por exemplo, elementos próprios do gênero poesia ao gênero anúncio publicitário, em ambientes digitais, com o propósito de melhorar a comunicação com o interlocutor e permitir que este interprete, adequadamente, todas as informações. Nesta ação, é possível o desenvolvimento da curiosidade para aprender, da imaginação criativa e do interesse artístico, promovendo a abertura a novas experiências estéticas, culturais e intelectuais.
· Pesquisa sobre os empréstimos linguísticos no cotidiano dos brasileiros, objetivando a reflexão sobre seu uso em charges, fotos, figuras, dentre outros. Seleção de anglicismos, para discussão relacionada à pronúncia e contribuição de palavras e expressões advindas do inglês nos discursos, bem como adaptações de vocábulos desse idioma para a língua portuguesa.
Atividades relacionadas: produção de artigos de opinião, de forma crítica e colaborativa, que comprovem a necessidade ou não do emprego de estrangeirismos na Língua Portuguesa, com defesa de ponto de vista sustentado por argumentos que expressam a ideologia dos integrantes do grupo.
· Investigação sobre a estrutura de gêneros híbridos, a partir de variados textos, observando, por exemplo, as reflexões e digressões líricas, humorísticas, sociais e políticas contidas na crônica que contempla o jornalismo e a literatura.
Atividades relacionadas: criação autoral de blogs e/ou fanpages, com temas atuais relacionados à comunidade escolar, a fim de servir como intervenção social, utilizando os recursos da língua e as ferramentas que permitam a publicação gratuita em sites, com ética e responsabilidade.
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Considerações finais
Parabéns! Você chegou ao final do módulo 1 da Formação em Linguagens e suas Tecnologias!
Especialistas consideram que um ponto forte da BNCC está no desenvolvimento de competências, com habilidades que articulam a aquisição de conhecimentos. As habilidades dizem aquilo que os alunos são capazes de fazer, em vez de simplesmente destacar os conhecimentos e a compreensão que se espera que eles adquiram. Esse pressuposto está presente também na proposta do Novo Ensino Médio e nas formulações curriculares dele oriundas. A Formação Geral Básica é a parte comum do currículo onde todos os estudantes terão acesso aos conhecimentos essenciais para a sua formação integral, tendo sido construída a partir da BNCC.
Este Módulo 1 parte de um curso de aperfeiçoamento de professores com foco na BNCC e no Novo Ensino Médio, e tratou da Formação Geral relacionada à área de Linguagens e suas tecnologias, buscando subsidiar professores para a implementação de novas práticas pedagógicas. Em continuidade, o Módulo 2 tratará dos Itinerários Formativos e seus Eixos Estruturantes.
Entre os currículos estaduais já reformulados e homologados, é possível perceber que as proposições avançaram sobremaneira no quesito da flexibilidade dos conteúdos e na promoção do protagonismo juvenil. Além disso, puderam ser observadas preocupações específicas com a questão da diversidade e das especificidades regionais, aproximando os currículos da realidade dos estudantes de cada estado. Outro aspecto de destaque foi a observância do diálogo entre as áreas, não mais vistas como conteúdos estanques e, sim, como conhecimentos que se integram, se atravessam e promovem a inserção social e a postura cidadã do estudante.
Esperamos que você tenha aproveitado o conteúdo estudado. Se quiser aprofundar ainda mais seus estudos, veja a lista de referências no próximo slide.
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Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em 12 ago. 2021.
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em 12 ago. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CEB n.º 5, de 04 de maio de 2011. Define Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=8016- pceb005-11&category_slug=maio-2011-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 12 ago. 2021.
BRASIL. Ministérioda Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília/DF, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base. Acesso em: 12 ago. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. Guia de Implementação do Novo Ensino Médio. 2019. Disponível em: http://novoensinomedio.mec.gov.br/resources/downloads/pdf/Guia.pdf. Acesso em: 12 ago. 2021.
Linguagens e suas tecnologias
SUMÁRIO
M2
Itinerários: Área de Linguagens
Apresentação
Sejam bem-vindos(as) ao segundo módulo da Formação em Linguagens e suas Tecnologias!
Neste módulo, voltado aos itinerários formativos, temos três unidades: na primeira, veremos como os itinerários formativos foram pensados, de forma geral e também em relação à Área de Linguagens.  Na segunda, apresentaremos algumas propostas interdisciplinares nas quais a Área de Linguagens dialoga com outras áreas do conhecimento. Por fim, na terceira e última unidade, trataremos das possibilidades do chamado projeto de vida no que tange à área de Linguagens. 
No sumário a seguir você poderá visualizar melhor o que te espera neste segundo módulo:
· Unidade 1 - Itinerários formativos na área de Linguagens01
· 1.1 Revendo alguns pressupostos02
· 1.2 Trilha de aprofundamento (Área de Linguagens): Produção cultural04
· 1.3 Eletivas14
· Unidade 2 - Propostas interdisciplinares: Linguagens e outras áreas do conhecimento18
· 2.1 Propostas interdisciplinares18
· Unidade 3 - Linguagens e projeto de vida: possibilidades20
· 3.1 O que é projeto de vida?20
· 3.2 Objetivos do projeto de vida20
· 3.3 Dimensões do projeto de vida21
· 3.4 Projetos de vida na escola - Como colocar em prática?21
· Considerações Finais24
· Referências25
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Unidade 1 - Itinerários formativos na área de Linguagens 
Nesta primeira unidade, o objetivo é apresentar os pressupostos dos itinerários formativos na área de Linguagens, com vistas à prática pedagógica.
Questões-chave
O que são os itinerários formativos e como eles se aplicam à Área de Linguagens no contexto do Novo Ensino Médio?
1.1 Revendo alguns pressupostos
A formação geral básica, que vimos no Módulo 1 deste curso, é composta por competências e habilidades previstas na BNCC, a ser enriquecida pelo contexto histórico, econômico, social, ambiental e cultural local, do mundo do trabalho e da prática social. Possui carga horária total máxima de 1.800 horas e deverá ser organizada nas quatro áreas de conhecimento (BRASIL, 2018).
Por sua vez, os itinerários formativos, objeto deste Módulo 2 de nosso curso, representam a parte flexível do currículo, com carga horária de 1.200 horas. Devem ser orientados para o aprofundamento acadêmico e para a ampliação das aprendizagens em uma ou mais áreas do conhecimento da base comum, ou, ainda, para a formação técnica e profissional. Essa estrutura busca atender as especificidades locais e a multiplicidade de interesses dos estudantes,  estimulando o exercício do protagonismo juvenil.
Fonte: http://portal.educacao.rs.gov.br/novo-ensino-medio. Acesso em: 12 agosto 2021.
Já os itinerários formativos são o conjunto de disciplinas, projetos, oficinas, núcleos de estudo, entre outras situações de trabalho, que os estudantes poderão escolher no Ensino Médio. Os itinerários formativos podem se aprofundar nos conhecimentos de uma área do conhecimento (Matemáticas e suas Tecnologias, Linguagens e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas) e da formação técnica e profissional (FTP), ou mesmo nos conhecimentos de duas, ou mais áreas e da FTP. As redes de ensino têm autonomia para definir quais os itinerários formativos irão ofertar, considerando um processo que envolva a participação de toda a comunidade escolar.
Nesse sentido, os itinerários formativos objetivam possibilitar ao estudante o aprofundamento de seus conhecimentos de modo a prepará-los para prosseguir nos estudos ou adentrar no mundo do trabalho. As Diretrizes Curriculares Nacionais de  Ensino Médio estabelecem, ainda, que os itinerários devem se organizar em torno, de um ou mais,  dos eixos estruturantes, cuja estrutura geral vamos rever a seguir.
Clique sobre cada um dos Eixos Estruturantes para interagir e conhecer mais sobre cada um deles, conforme também foi visto no Módulo 1 deste curso.
Eixos Estruturantes
· Integram os diferentes arranjos de Itinerários Formativos
· Conectam experiências educativas com a realidade contemporânea
· Desenvolvem habilidades relevantes para a formação integral
INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO SOCIOCULTURAL
PROCESSOS CRIATIVOS
EMPREENDEDORISMO
EIXO: Investigação científica
Justificativa:
Criar condições para que o jovem possa participar da sociedade da informação compreendendo e intervindo na realidade e lidando de forma crítica, reflexiva e produtiva com a quantidade cada vez maior de informações disponíveis.
Objetivos:
· Aprofundar conceitos fundantes das ciências para a interpretação de ideias, fenômenos e processos;
· Ampliar habilidades relacionadas ao pensar e fazer cientifica;
· Utilizar esses conceitos e habilidades em procedimentos de investigação voltados a compreensão e enfrentamento de situações cotidianas, com proposição de intervenções que considerem o desenvolvimento local e a melhoria da qualidade de vida da comunidade.
Foco Pedagógico:
Investigar a realidade por meio da realização de uma pesquisa científica identificando uma dúvida, questão ou problema; levantando, formulando e testando hipóteses; selecionando informações e fontes confiáveis; interpretando, elaborando e usando de forma ética as informações coletadas; identificando de como utilizar os conhecimentos gerados para solucionar problemas diversos; e comunicando conclusões com a utilização de diferentes linguagens.
Fonte: http://educacaointegral.org.br/reportagens/novo-ensino-medio-entenda-os-itinerarios-formativos/ 
Progresso do Módulo
ATIVIDADE DE REFLEXÃO 1
Questão 1
Agora que você tomou conhecimento dos principais elementos que compõem os eixos estruturantes, em torno dos quais os itinerários formativos devem ser organizados, faça a seguinte reflexão:
Tendo em vista a área de Linguagens, que temas poderiam ser trabalhados ao se escolherem os itinerários? Procure pensar em, no mínimo, dois temas.
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Para enriquecer sua reflexão, cabe assinalar outro aspecto importante sobre os itinerários formativos:  eles estão associados às competências da BNCC, tanto as gerais de cada área (vimos as de Linguagens no Módulo 1), quanto às específicas, ligadas a cada um dos eixos estruturantes.
Nas tabelas a seguir, podemos entender melhor como se dá essa associação:
Tabela 1: Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC – Área de Linguagens
Fonte: BRASIL, 2018 (PORTARIA Nº 1.432, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2018 - Estabelece os referenciais para elaboração dos itinerários formativos conforme preveem as Diretrizes Nacionais do Ensino Médio). Disponível em: https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/70268199. Acesso em: 12. ago . 2021.
Tabela 2: Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes
Fonte: BRASIL, 2018 (PORTARIA Nº 1.432, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2018 - Estabelece os referenciais para elaboração dos itinerários formativos conforme preveem as Diretrizes Nacionais do Ensino Médio). Disponível em: https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/70268199. Acesso em: 12. ago . 2021.
Voltamos a ressaltar o que foi dito no Módulo 1: o Novo Ensino Médio não exclui disciplinas dos currículos, mas busca mobilizar conhecimentos de todos os componentes curriculares em suas competências e habilidades. A associação dessas habilidades aos itinerários formativos vem no sentido de atender às necessidades e às expectativas dos jovens, permitindo a eles fazer escolhas em relação aos conhecimentos em que pretendem se aprofundar, sempre com o objetivo de reforçar o protagonismo juvenil.
Face a esse novo contexto, cabe às escolasde Ensino Médio proporcionar experiências e processos  que garantam aos estudantes as aprendizagens necessárias para a leitura crítica da realidade, o  enfrentamento dos desafios atuais, a participação cidadã e a tomada de decisões acertadas. O mundo físico, social e cultural deve ser objeto de investigação e intervenção, de modo que os estudantes se sintam estimulados a buscar soluções e a descobrirem novas possibilidades de ser, viver e agir. Assim, esta última etapa da Educação Básica precisa atender com qualidade os anseios das diversas juventudes que acorrem à escola com suas múltiplas necessidades e  aspirações (BRASIL, 2011). 
Progresso do Módulo
ATIVIDADE DE REFLEXÃO 2
Questão 1
Agora que você conheceu mais detalhadamente a associação entre os itinerários formativos e as habilidades ficou mais fácil pensar em temas a serem trabalhados?
Atividade Respondida
Respondida 1 de 1 questão
SAIBA MAIS
Textos:
· Referenciais Curriculares para Elaboração de Itinerários Formativos https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=05/04/2019&jornal=515&pagina=94
· Diretrizes Currículares Nacionais para o Ensino Médio https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=22/11/2018&jornal=515&pagina=21
· Diretrizes Currículares Nacionais para Educação Profissional e Tecnológica https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-cne/cp-n-1-de-5-de-janeiro-de-2021-297767578
· Base Nacional Comum Curricular – BNCC http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
· Guia para Implementação do Novo Ensino Médio https://anec.org.br/wp-content/uploads/2021/04/Guia-de-implantacao-do-Novo-Ensino-Medio.pdf
· Vídeos
· Os Itinerários Formativos do Novo Ensino Médio. Disponível em: https://youtu.be/9zPshUn0ZNg
· Orientações práticas para a implementação dos Itinerários Formativos. Disponível em: https://youtu.be/sJQzzNwMt3U
Antes de seguir adiante, vejamos alguns conceitos:
− O que entendemos por itinerários formativos?
Os Itinerários Formativos são um conjunto articulado de unidades curriculares que promovem aprofundamento em Área do Conhecimento ou Formação Técnica e Profissional, em percurso com começo, meio e fim, abarcando os eixos estruturantes.
− O que compõe um Itinerário Formativo?
Os Itinerários Formativos são compostos por Trilha de Aprofundamento, Projeto de Vida e Eletivas.
1.2 Trilha de aprofundamento (Área de Linguagens): Produção cultural
Área do conhecimento: Linguagens e suas tecnologias.
Carga horária: 160 h ou 240 h, a depender da matriz curricular em funcionamento  na Unidade Escolar.
Aulas semanais: 10 ou 15 aulas, conforme matriz em funcionamento na Unidade  Escolar.
Perfil docente: Quatro professores licenciados, ao menos um para cada componente da Área  de Linguagens e suas tecnologias, que trabalhem de maneira articulada:
· Habilitação em Língua Portuguesa: 4 aulas ou 6 aulas, a depender da matriz curricular em funcionamento na Unidade Escolar;
· Habilitação em Língua Inglesa: 2 aulas em todas as matrizes;
· Habilitação em Arte: 2 aulas ou 5 aulas, a depender da matriz curricular em funcionamento na Unidade Escolar;
· Habilitação em Educação Física: 2 aulas em todas as matrizes curriculares.
Unidades Curriculares
· UC - Territorialidade e cultura – 40 h ou 60 h, a depender da matriz curricular vigente na Unidade Escolar.
· UC: Produção cultural: pesquisa e planejamento – 30 h ou 50 h, a depender da matriz curricular em funcionamento na Unidade Escolar.
· UC: Processos criativos e produção cultural em diálogo – 40 h ou 60 h, a depender da matriz curricular em funcionamento na Unidade Escolar.
· UC: (Re)criação sociocultural – 50 h ou 70 h, a depender da matriz curricular em funcionamento na Unidade Escolar.
Progresso do Módulo
Desenvolvimento
O corpo docente será composto por professores habilitados, com formação específica, especialmente na área de Linguagens e suas tecnologias: Arte (artes visuais, dança, música e teatro), Educação Física e Línguas. Salienta-se, obviamente, que para o desenvolvimento das habilidades mencionadas são importantes os conteúdos dos demais componentes da formação básica, quais sejam, os das Ciências da Natureza e suas tecnologias, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e da Matemática e suas tecnologias, para os(as) estudantes compreenderem a rede complexa do conhecimento.
Almeja-se que os professores, além dos conhecimentos específicos, compreendam que o desenvolvimento da aprendizagem depende de ampla teia de relações entre estudantes e professores, por meio da mediação colaborativa, e sejam capazes de rever objetivos e metas propostos em um constante exercício de reelaboração de sua prática pedagógica, com base na discussão e análise coletiva.
Também se espera dos professores que sejam capazes de promover espaços de empatia, inclusão e respeito, com um perfil investigativo e experiência em cultura plural, articulados com a escola e a comunidade; que sejam capazes de albergar os diversos afetos nos processos, atentos às políticas educacionais e culturais e estudiosos da Teoria Histórico-Cultural.
Caracterização da trilha
A produção cultural e artística abarca a cultura em três dimensões: a simbólica, a cidadã e a econômica.
A dimensão simbólica fundamenta-se na ideia de que é inerente aos seres humanos a capacidade de simbolizar. Toda ação humana é socialmente construída por meio de signos que, entrelaçados, formam redes de significados que variam conforme os diferentes contextos sociais e históricos.
A dimensão cidadã apoia-se no princípio de que os direitos culturais são parte integrante dos direitos humanos e devem constituir-se como plataforma de sustentação das políticas culturais e das diversidades.
A dimensão econômica compreende que a cultura, progressivamente, vem se transformando num dos segmentos mais dinâmicos das economias dos países, gerando trabalho e riqueza. Mais do que isso, a cultura é hoje considerada elemento estratégico da chamada nova economia, que se baseia na informação, na criatividade e no conhecimento.
A economia da cultura gera efeitos para além dela mesma, pois seus produtos fortalecem os vínculos de sociabilidade e identidade, criam lazer e bem-estar, contribuem com a educação e com o desenvolvimento econômico, gerando uma economia solidária.
Há que se ter em mente que a produção cultural tem particularidades que a distinguem dos processos rotineiros e mecânicos, que caracterizam a confecção da maioria dos produtos. Por ser criativo e inovador, o bem cultural e artístico pouco se coaduna com os tempos e meios de produção, distribuição e consumo das mercadorias produzidas em escala.
Nessa trilha de aprofundamento, propõe-se um olhar cuidadoso para as possibilidades de criação e invenção de processos individuais e coletivos que possam gerar potencial econômico e solidário. Neste sentido, as unidades curriculares propostas têm como foco pensar o processo criativo e ético, a reflexão sobre os modos de produção e de circulação da cultura e da arte, bem como o desenvolvimento de ações que envolvam modos de produção e consumo cultural e artístico.
Essas ações precisam ser pensadas com base em metas que tenham por foco a educação, o bem-estar e o desenvolvimento regional. Para tal, as unidades curriculares são desenvolvidas em quatro momentos, conforme a figura a seguir.
Figura 1 – Produção cultural: unidades curriculares em quatro momentos.
Progresso do Módulo
Orientações metodológicas
O desenho metodológico desta trilha considera as cinco ações mentais previstas por Davidov (1988) em Atividade de Estudo. Com base nessa perspectiva de aprofundamento do pensamento na relação com a ação em comunidade e com a avaliação do conhecimento elaborado, propõe-se: a) formação de uma base teórica, b) análise mental do processo; c) formação da postura teórica; d) exploração do conhecimento situado e concreto e e) exame qualitativo dos fundamentos (JAKOBOWSKI E SCHROEDER, 2020).
Destaca-se que a organização da proposta segue a lógica do ensino desenvolvimental. Nas trilhas, porém, a ordem de tais ações pode ser flexível. O objetivo do

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