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1. Considerando as informações contextuais da crônica de Clarice Lispector, a função principal da mulher, no ano de 1960, como dona de casa era: Dirigir um lar – Clarice Lispector - 24 de fevereiro de 1960 Somente uma mulher, e dona de casa, sabe e reconhece a grande tarefa que é bem dirigir uma casa. A dona de casa tem de ser, antes de tudo, uma economista, uma “equilibrista” das finanças, principalmente, com as dificuldades da vida atual. O lar é o lugar onde devemos encontrar a nossa paz de espírito num ambiente limpo, sadio e agradável e cabe à mulher providenciar isso [...] A boa dona de casa é a que sabe dar ordens e acompanha de perto a sua execução. É a que mantém a limpeza, a ordem, o capricho em sua casa, sem fazer desta um eterno lugar de cerimônias, de deveres, onde tudo é proibido. É a que faz de sua casa o lugar de descanso, da felicidade, do marido e dos filhos, onde eles se sentem realmente bem, à vontade e são bem tratados. O melhor lugar do mundo. A. Promover a espiritualidade da família. As questões espirituais não foram sinalizadas no texto. B. Definir o que era permitido ou proibido. Esta função não foi sinalizada no texto. C. Preparar um lugar cerimonioso. Esta função não foi sinalizada como função principal do texto. D. Gerir a casa e mantê-la em ordem. Essa função foi definida no início do texto e explicitada ao longo dele. E. Promover a paz de espírito dos moradores. Esta função não foi enfatizada no texto como função da mulher, talvez resultado. 2. A capa da Revista Veja, de 11 de março de 2013, traz a notícia da morte de Hugo Chávez e posiciona a Revista Veja contrária à imagem do presidente falecido. Assinale a opção que NÃO evidencia esse posicionamento: A. A imagem escura. Os tons escuros são normalmente associados a informações negativas. B. Um olhar calculista fixo e sombrio. O olho contornado pela sombra pode provocar medo no espectador. C. A expressão “herança sombria”. Os termos escolhidos associando Chávez a uma herança negativa. D. A predominância de tons pretos e avermelhados. Esses tons são associados a informações negativas. E. O período em que Hugo Chávez comandou a Venezuela. O período da vida dele é uma informação referencial, aparentemente, sem posicionamento associado. 3. Ao tematizar o mesmo fato da Revista Veja, a Revista Carta Capital de 11 de março de 2013, traz também a notícia da morte de Hugo Chávez. Observe as informações contextuais presentes na capa e julgue as três asserções que seguem com relação ao posicionamento deste veículo quanto às ações do ex-presidente. Das três afirmativas, pode-se dizer que: I. A Revista Carta Capital, provavelmente, foi favorável à política do ex-presidente, o que pode ser afirmado pela manchete “a morte de um líder” e pela imagem de um líder que olha para frente com um semblante de visionário. II. A Revista Carta Capital, provavelmente, foi contrária à política do ex-presidente, o que pode ser afirmado pela opção por uma imagem desfocada e cores vibrantes. III. Os indícios deixados na capa não são suficientes para que o leitor infira sobre o posicionamento da Revista Carta Capital em relação à política do ex-presidente. A. Está correta a asserção III. Todos os indícios verbais e não verbais da capa da revista são suficientes para que o leitor conclua sobre o posicionamento da Revista Carta Capital em relação à política do ex-presidente. B. Estão corretas as asserções I e II. As asserções I e II são opostas, visto que uma afirma que a Revista Carta Capital, provavelmente, foi favorável à política do ex-presidente, enquanto a outra diz que a Revista Carta Capital, provavelmente, foi contrária à política do ex-presidente. C. Estão corretas as asserções II e III. As asserções II e III se contradizem, visto que uma afirma que a Revista Carta Capital, provavelmente, foi contrária à política do ex-presidente, enquanto a outra diz que os indícios deixados na capa são insuficientes para ser tirar tal conclusão. D. Está correta a asserção I. Todos os indícios verbais e não verbais da capa da revista incidem para um posicionamento da revista favorável a Hugo Chávez. E. Está correta a asserção II. Os indícios deixados na capa são suficientes para que o leitor entenda o posicionamento favorável da Revista Carta Capital em relação à política do ex-presidente. 4. Língua - Caetano Veloso Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões Gosto de ser e de estar E quero me dedicar a criar confusões de prosódia E uma profusão de paródias Que encurtem dores E furtem cores como camaleões Gosto do Pessoa na pessoa Da rosa no Rosa E sei que a poesia está para a prosa Assim como o amor está para a amizade E quem há de negar que esta lhe é superior? E deixe os Portugais morrerem à míngua "Minha pátria é minha língua" Fala Mangueira! Fala! Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó O que quer O que pode esta língua? Dos versos destacados a seguir, qual dispensa inferências a conhecimentos específicos para que o leitor possa construir um sentido? A. Gosto do Pessoa na pessoa. O autor se refere ao poeta português Fernando Pessoa, o qual deve ser do conhecimento do leitor, para que ele produza sentido do texto. B. [Gosto] Da rosa no Rosa. O autor se refere ao cantor Noel Rosa, o qual o leitor deve conhecer para ser mais efetivo na leitura. C. E deixe os Portugais morrerem à míngua. O autor se refere à origem da Língua Portuguesa para o Brasil e a situação atual do país. D. Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó. Trata-se de um dos nomes dados à Língua Portuguesa, sendo o Lácio uma região italiana de onde surgiu o português. Outros termos como latim em pó também se referem à origem da Língua Portuguesa. E. O que quer/ O que pode esta língua? Não há referência a um conteúdo específico. O leitor é livre para construir o sentido que desejar para esta pergunta. 5. A rosa de Hiroshima – Vinícius de Morais Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas oh não se esqueçam Da rosa da rosa Da rosa de Hiroshima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida. A rosa com cirrose A anti-rosa atômica Sem cor sem perfume Sem rosa sem nada. Ao intitular a poesia de “A rosa de Hiroshima”, Vinícius de Morais faz uma associação entre as imagens da rosa e da bomba de Hiroshima. Os termos que, objetivamente, conduzem o leitor para tal ligação são: A. Rosa com cirrose, rosas cálidas. Os termos destacados "cirrose" e "cálidas" – doentes e quentes – não vinculam objetivamente a imagem da rosa à imagem da bomba atômica. B. Rotas alteradas; cegas inexatas. Os termos destacados "rotas alteradas" e "cegas inexatas" não vinculam objetivamente a imagem da rosa à imagem da bomba atômica. C. Rosa radioativa, anti-rosa atômica. As duas expressões associam objetivamente as imagens da rosa/anti-rosa à imagem da bomba "radioativa" e "atômica". D. Crianças mudas, feridas. Crianças mudas e feridas não podem ser relacionadas, objetivamente, a nenhuma das imagens em análise. E. Crianças telepáticas; rosas cálidas. Crianças telepáticas não se referem à imagem em análise e rosas cálidas não se vinculam à imagem da bomba.
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