Prévia do material em texto
A CONTRIBUIÇÃO DA NEUROPSICOPEDAGOGIA DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NAS ESCOLAS REGULARES THE CONTRIBUTION OF NEUROPSYCHOPEDAGOGY FOR STUDENTS WITH INTELLECTUAL DISABILITIES IN REGULAR SCHOOLS RESUMO Introdução: A escola se caracteriza pela inclusão e promoção na qualidade de ensino para alunos com Transtornos Globais do Conhecimento - TGC- garantindo e assegurando que os mesmos tenham vivências e aprendizados significativos e notórios em seu desenvolvimento. Objetivo: Analisar e apontar os benefícios da inclusão escolar para alunos com deficiência intelectual. Metodologia: Revisão literária, cujos dados foram coletados nas bases de dados SCIELO, PUBMED e livros. Resultados: Conseguimos esclarecer a importância da inclusão em escolas regulares para pessoas com deficiências intelectuais, seus desafios e melhoras cognitivas. Conclusão: É necessário que os responsáveis por estas pessoas consigam se embasar em conhecimento, para que assim, lutem por seus direitos, dando condições melhores de vida para seus parentes e para si mesmo. Palavras-chave:Escola; Inclusão; Transtornos Globais do Conhecimento. ABSTRACT Introduction: Objective: Methodology: Key Words: INTRODUÇÃO Este trabalho tem como intuito abordar os principais benefícios da inclusão de alunos com TGC (TRANSTORNOS GLOBAIS DO CONHECIMENTO) em escolas regulares, suas dificuldades, seus avanços e metodologias utilizadas pelos professores. Segundo, Stainback & Stainback, (1999) entre a década de 70 e 80 os alunos com deficiências começaram a ser inseridos nas escolas regulares, sabemos que o tema inclusão vem sendo muito discutido nas últimas décadas, assim como seus progressos, alterações de leis, inserções efetivas destas pessoas na educação. Através de uma conferência, na Espanha, em 1994, com ajuda da UNESCO, pessoas ligadas à área da educação foram reunidas a fim de que fosse discutido o termo Inclusão nas Escolas, reuniu-se diferentes organizações, sendo elas: internacionais, não governamentais, financiadores, Nações Unidas, entre outros. Oficializou-se, neste encontro, o termo Declaração de Salamanca, documento mais importante da área da educação especial até o momento. A escola tem como principal papel atender as demandas dos alunos com TGC, encontrando alternativas para as quais, mantendo a qualidade e igualdade de seus direitos e oportunidades. Para que isso não se torne apenas teoria, os professores devem qualificar-se, trabalhar de forma eficaz, garantindo que atinja- se as competências pretendidas, enfrentando as dificuldades que lhe aparecerem. (Mantoan, (2015). METODOLOGIA Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, como alternativa de pesquisa, propondo buscar e analisar publicações referentes ao tema, de forma mais aprofundada. A revisão integrativa da literatura resulta em uma construção de análises mais vasta da literatura, colaborando para discussões a respeito de métodos e resultados de pesquisas, assim como reflexões e realização de futuros estudos. Este método de pesquisa obtém um enorme entendimento sobre um determinado fenômeno baseado em estudos anteriores (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008). A coleta de dados foi realizada por intermédio de consultas das publicações na área e posteriormente a leitura dos títulos e resumos. REFERENCIAL TEÓRICO Evidenciou-se que a partir do momento que pessoas com deficiências passaram a frequentar as redes de escolas regulares, os métodos tradicionais e organizados de forma homogênea foram sendo excluídos. Existem dois modelos que orientam a escolarização, que é o modelo médico e o modelo social, sendo o modelo médico realizado em espaços segregados, entendendo a deficiência como uma condição exclusiva do paciente, passível de tratamento, porém em ambientes individuais, inalterados, sendo o deficiente que deveria se adequar ao ambiente para que assim fosse inserido na escola regular. E no ambiente social, a deficiência é algo compreendida, acessível, quebrando barreiras sociais, fazendo com que a sociedade se adapte a estas acessibilidades. Estabelece “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (BRASIL, [2019]a, art. 3, IV). Define, ainda, no artigo 205, a educação como um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. No artigo 206, inciso I, estabelece a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola” como um dos princípios para o ensino e garante, como dever do Estado, a oferta do atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208). Em 1989 é sancionada a lei 7.853/89, que prevê crime ‘’recusar, cobrar valores adicionais, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar inscrição de aluno, em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, em razão de sua deficiência’’, (BRASIL, (20190), art.8, l). Segundo o artigo 55 do estatuto da criança e do adolescente, determina- se que os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos na rede regular de ensino (BRASIL, (2019), art.55). Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no artigo 59, impõe-se que os sistemas de ensino assegurem que os alunos tenham recursos e organização específica para atender sua necessidade, bem como, o término do ensino fundamental em virtude de suas deficiências. Segue abaixo, uma ordem cronológica de alguns dos últimos marcos importantes: ANO MARCOS POLÍTICOS LEGAIS SÍNTESE 2007 Decreto n. 6.094/2007: Dispõe sobre a implementação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, pela União Federal. Estabelece diretrizes do Compromisso Todos pela Educação, entre elas, a garantia do acesso e permanência no ensino regular e o atendimento aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação, fortalecendo seu ingresso nas escolas públicas. 2007 Portaria Ministerial n. 555, de 5 de junho de 2007, prorrogada pela Portaria n. 948, de 09 de outubro de 2007. Nomeia grupo de trabalho que elabora o texto da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva de 2008. Grupo formado por técnicos do Ministério da Educação e de universidades vinculados à área de pesquisa da educação especial. 2008 Publicação da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva de 2008. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva tem como objetivo o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas regulare 2008 O Decreto n. 6.571/2008, incorporado pelo Decreto n°. 7.611/2011, institui a política pública de financiamento no âmbito do FUNDEB. Estabelece o duplo cômputo das matrículas dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades /superdotação. Também define o atendimento educacional especializado complementar ou suplementar à escolarização e os demais serviços da educação especial 2009 Resolução CNE/CEB, 04/2009. Institui as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado – AEE na Educação Básica Este documento determina o público alvo da educação especial, define o caráter complementar ou suplementar do AEE, prevendo sua institucionalização no projeto político pedagógico da escola. 2009 Decreto n. 6.949/2009 - Ratifica a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência /ONU Com status de Emenda Constitucional, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas (ONU) e o seu Protocolo é ratificada pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo 186,de 09 de junho de 2008 e promulgada pelo Presidente da República 2010 Resolução CNE/CEB n. 04/2010- Institui Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. O caráter não substitutivo e transversal da educação especial é ratificado nesta resolução. Os sistemas de ensino devem matricular os estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação nas classes comuns do ensino regular e no Atendimento Educacional Especializado - AEE, complementar ou suplementar à escolarização, ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em centros de AEE da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos. 2011 Decreto n. 7.612/2011, o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite. Visa promover políticas públicas de inclusão social das pessoas com deficiência, dentre as quais, aquelas que efetivam um sistema educacional inclusivo, nos termos da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. 2012 Lei n. 12.764/2012. Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do espectro Autista. Além de consolidar um conjunto de direitos, esta lei em seu artigo 7º, veda a recusa de matrícula à pessoas com qualquer tipo de deficiência e estabelece punição para o gestor escolar ou autoridade competente que pratique esse ato discriminatório. 2014 Lei n. 13.005/2014, que institui o Plano Nacional de Educação – PNE (2014-2024). Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços e 2015 Lei 13.146/2015 - Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem. Segundo Morgado (2010), a inclusão de um aluno em sala de aula depende de multifatores e hierarquias, dentre elas: direção, professores, funcionários, pais e toda equipe escolar, é um processo a ser construído, com o envolvimento de todos estes indivíduos. ESTUDO DE CASO ???????? É dever da sociedade, da família, e do estado, assegurar que toda criança e adolescente tenha direito e qualidade de vida, alimentação, educação, lazer, cultura, profissionalização, dignidade, respeito, liberdade e direito à convivência familiar. Todas estas características influenciam diretamente ou indiretamente a organização de uma sociedade e a qualidade de vida das pessoas com TGC. A educação familiar é à base de tudo, a escola sozinha não faz milagres, escola e família precisam caminhar de mãos dadas, tendo como objetivo a inclusão do aluno com deficiência de forma plena. “Toda pedagogia diferenciada exige a cooperação ativa dos alunos e de seus pais”. (Perrenoud, 2000.p.64). Através da Tecnologia Assistiva, em novembro de 2016, pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República - SEDH/PR, pela portaria n° 142, institui-se o Comitê de Ajudas Técnicas - CAT, o mesmo tem como objetivo apresentar propostas e parcerias para a área de tecnologia assistiva, bem como, manter e ajudar na progressão desta modalidade. O intuito do CAT é favorecer as pessoas com TGC, a fim de torná-las mais autônomas e independentes em tarefas do cotidiano e em seu cuidado pessoal, em atividades como: alimentar-se, cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades especiais. Alguns exemplos seriam: talheres modificados, suporte para utensílios domésticos, roupas desenhadas a fim de facilitar a vestimenta, barras de apoio, consultar relógios, identificar cores, entre outros. RESULTADOS E DISCUSSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS METODOLOGIA CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS