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slides das semanas 1 a 7 de projetos

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PROJETOS E MÉTODOS PARA A 
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
Senso comum e ciência
SENSO COMUM E CIÊNCIA
O Mundo está aberto às indagações. Elas 
estão em nosso dia a dia e são essas 
perguntas que, ao longo da história, fizeram 
a humanidade se desenvolver. 
Do cotidiano ao conhecimento científico, 
homem e ciência caminham, produzindo 
teorias e métodos – a pesquisa - que buscam 
desvendar a dinâmica da realidade e seus 
segredos.
Vamos ver um exemplo
Na antiguidade, o camponês sabe semear, colher, usar adubos, 
se proteger de pragas e qual o melhor solo para cada cultura.
senso comum e ciência
No período feudal, adota o sistema de faixas, cultivo e repouso.
Na 1ª revolução agrícola, utiliza arados, enxadas, 
maquinários em geral.
Em seguida, usa culturas que permitiam o cultivo
contínuo da terra sem pousio.
Hoje, utiliza sementes selecionadas, adubo 
químico, defensivos, chegando aos transgênicos. 
SENSO COMUM E CIÊNCIA
As diferenças não são pela natureza do objeto ou pela 
veracidade de um ou outro.
Na forma
A diferença está No modo ou método
Nos instrumentos
Teoria
Objetividade
Ir para além do cotidiano
Ciência
Percepção e ação Senso comum
O
B
S
E
R
V
A
Ç
Ã
O
HOMEM NATUREZA
Senso comum é resultado dessa relação.
Senso comum 
• não apresenta um sistema metodológico 
• surge e se reproduz em um grupo social,
é subjetivo, refletindo sentimentos e opiniões 
• transmitido de geração para geração
• o homem embasa o cotidiano e explica a 
realidade em que vive, método experimental
SENSO COMUM
CONHECIMENTO
CIÊNCIA
HOMEM NATUREZA
Ciência é resultado dessa relação.
• forma de conhecimento da realidade
• conhecimento racional, metódico e 
sistemático
• resultado de descobertas ocasionais e de 
pesquisas metódicas
• técnica, fatos empíricos, leis, método 
científico, caráter de objetividade
• transmitida de geração para geração
CONHECIMENTO
Na história
• homem sempre desenvolveu conhecimento, 
técnicas, invenções
• Revolução Científica – método experimental -
séculos XVI e XVII – estabelecimento de um 
conjunto de regras para realização de 
experiências
• século XVIII – conhecimento da estrutura e 
funções dos organismos vivos (química, 
biologia), átomo, luz, eletricidade, energia...
• Século XIX – mudança na forma de pensar e 
produzir (revolução industrial)
MÉTODO CIENTÍFICO
CONHECIMENTO
MÉTODO CIENTÍFICO
Na história
• século XX – pesquisas no mundo físico e 
humano – navegações espaciais e 
transplantes
• século XXI 
 superação de paradigmas – transgênicos, 
genomas, informática, etc.
 criação de outros paradigmas – questão 
ambiental, esgotamento dos recursos 
naturais e como o homem se manterá no 
planeta (e não foi aqui que tudo começou?).
CONHECIMENTO
SENSO COMUM E CIÊNCIA
uma relação entre sujeito e objeto
Complexidade do real
HOMEM NATUREZA
CONHECIMENTO 
DIFERENTES 
TIPOS
TIPOS DE CONHECIMENTO
TEOLÓGICO
CIENTÍFCIO
EMPÍRICO
FILOSÓFICO
HOMEM/PESQUISADOR 
MOVE-SE EM 4 
NÍVEIS/TIPOS DE 
CONHECIMENTO
TIPOS DE CONHECIMENTO
empírico/vulgar/senso comum – obtido pelo 
sujeito na sua relação com o meio ambiente ou 
meio social (superficial “porque todo mundo 
diz”), na forma de ensaios/tentativas (subjetivo), 
resultando em erros/acertos – interações e 
experiências cotidianas (sensitivo), sem visar 
uma sistematização das ideias (assistemático) e, 
não se manifesta criticamente (acrítico).
Científico – é real, factual
procura compreender o objeto, fato ou fenômeno em sua 
estrutura, organização, composição, causas, leis
passível de comprovação ou negação 
através da experimentação de proposições ou hipóteses
formado por um sistema de ideias/teorias, sendo 
sistemático
TIPOS DE CONHECIMENTO
falível porque não é definitivo, absoluto, final
objetividade, interesse intelectual e espírito 
crítico
Filosófico – é valorativo, emerge da experiência
objeto advém de realidades imperceptíveis aos sentidos
dados de ordem metafísica, não sensíveis, razão da 
existência
parte do particular ao universal
filosofar é interrogar sobre fatos e problemas 
dos seres humanos de forma concreta em seu 
contexto histórico
Verificável – limitado ao âmbito diário, o que se 
percebe no dia a dia
TIPOS DE CONHECIMENTO
Religioso/teológico – trata de algo oculto ou um mistério, 
tudo que provoca curiosidade e sua busca
apoia-se em doutrinas de proposições sagradas 
(valorativas) reveladas pelo sobrenatural (inspiracional)
o que revela o oculto é o próprio homem ou Deus
Fé teológica – ligada a alguém que testemunha 
Deus diante de outras pessoas 
evidências não são verificadas – implícita uma 
atitude de fé
ensinamentos de textos sagrados
TIPOS DE CONHECIMENTO
CIÊNCIA – MÉTODO E METODOLOGIA
CIÊNCIA 
Compreensiva
Contexto e 
conteúdo
Metodológica operacional
2 dimensões
CIÊNCIA – MÉTODO E METODOLOGIA
Ciência Metodologia Métodos 
processos e 
técnicas 
conhecer 
agir e intervir na 
realidade 
Estudo crítico do método
Lógica particular de uma 
disciplina
Passos dados na busca 
de um conhecimento, 
uma análise da realidade 
social
CIÊNCIA – MÉTODO E METODOLOGIA
METODOLOGIA 
ESTUDA
DESCREVE
EXPLICA
INTERPRETA
COMPREENDE
AVALIA
MÉTODO
Forma ordenada de proceder ao longo de um 
caminho. Conjunto de processos ou fases 
empregadas na investigação
CIÊNCIA – MÉTODO E METODOLOGIA
PESQUISADOR CONCEPÇÃO 
FILOSÓFICA 
DE HOMEM E 
DE MUNDO
CONSTRUÇÃO DE CATEGORIAS TEÓRICAS
Delimitação de objetivos 
da pesquisa REALIDADE 
SOCIAL
MÉTODOS – PESQUISA Procedimentos 
Investigação
Técnicas
CIÊNCIA - CLASSIFICAÇÃO
CIÊNCIA
FORMAIS
FACTUAIS
Lógica
Matemática
NATURAIS
SOCIAIS
Física
Química
Biologia 
e outras
Antropologia
Direito
Economia
Política
Psicologia
Sociologia
Estudo 
das 
ideias
Estudo 
dos 
fatos
complexidade
Conteúdo
Objeto ou temas
Enunciados
Metodologia 
empregada
CIÊNCIA HOJE
PROJETOS E MÉTODOS PARA A 
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
Fundamentos da 
metodologia científica e 
técnicas de pesquisa
METODOLOGIA CIENTÍFICA
• Estudar
• Descrever
• Explicar
• Interpretar
• Compreender
• Avaliar
RETOMANDO A IDEIA
FAZER CIÊNCIA
O ponto de partida é a CURIOSIDADE
sobre a REALIDADE
Tratar
Analisar
Sintetizar
de forma lógica e 
Coerente
CIÊNCIA SE FAZ EM 
LABORATÓRIOS OU EM
CAMPO
POSTURA CIENTÍFICA
CONSCIÊNCIA CRÍTICA OBJETIVA RACIONAL
Criticar – julgar, distinguir, analisar para poder avaliar, da 
melhor forma, os elementos da questão proposta
Tomada de posição a partir da comprovação
Objetivar – superar, romper com as posições
subjetivas (conhecimento vulgar)
OBJETIVIDADE - CONDIÇÃO BÁSICA DA CIÊNCIA
Ação racional – a explicação deve ser 
Intelectual. Não há arbitrariedade/coração/
sentimento
LÓGICA DA CIÊNCIA
Envolve operações e procedimentos 
intelectuais
• Possibilita a observação e controle de 
fatos e fenômenos
• Permite interpretar e explicar os fatos e 
fenômenos
• Contribui para a verificação dos fatos e 
fenômenos pela experimentação e 
observação
• Fundamenta a generalização ou o 
estabelecimento de princípios e leis 
Fundamentos Comuns às Ciências
 formulação de questões/perguntas/problemas
 levantar hipóteses/possíveis respostas
 observar e medir
 registrar o observado e medido
 explicar o que foi encontrado 
ou rever o que já foi produzido diante 
das novas evidências encontradas
Ferramentas teóricas – fundamento 
da ciência
conceitos
leis
teorias
doutrinas
Para 
Perguntar
Responder
Observar 
Registrar 
Explicar
é preciso 
utilizar
Conceitos
Construções lógicas, conjunto de referências, instrumentos 
de trabalho de cada ciência. É a base sólida, o fundamento 
para construção da teoria.
Leis
Exprimem relações que derivam da natureza das coisas: 
• existência e coexistência (água corpo 
incolor e inodoro que assume estado 
líquido, sólido e gasoso) 
• causalidade
ou sucessão (água ferve a cem 
graus, calor dilata metais)
• relações de finalidade (fígado tem a função 
de regular o açúcar no sangue)
Teorias
No conhecimento científico é mais que referir-se ao 
conhecimento (saber, conhecer) em oposição à prática (agir, 
fazer). Se integram ao mundo do discurso, orientam o 
pesquisador, refletem o estado da arte do conhecimento e da 
própria ciência. 
Doutrinas
Propõem diretrizes para a ação. Apresentam 
ideias morais, posições filosóficas e políticas, 
interesses individuais e de classes, concepções 
éticas. 
Vamos fechar com o método científico
Ciência – procedimento metodológico – objetivo é conhecer e 
interpretar a realidade.
Não há um método único – reflete as condições históricas do 
momento do conhecimento – diferentes visões 
Observação
Indução
Dedução
Experimentação
Principais processos
Formas de Raciocínio, reflexão 
Processos do método científico
Observação – {estrutura: assistemática (sem controle e 
instrumental apropriado) e sistemática (estruturada e
com controle)} [ participação do observador (participante
e não participante)]
Indução – do particular ao geral 
Dedução 
do geral ao particular
Experimentação 
procedimentos para 
verificação de hipóteses
TÉCNICAS
Cada método tem 
uma base de 
PROJETOS E MÉTODOS PARA A 
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
Fundamentos da 
metodologia científica e 
técnicas de pesquisa
PROJETOS E MÉTODOS PARA A 
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
Fundamentos da 
metodologia científica e 
técnicas de pesquisa
MÉTODO E TÉCNICAS DE PESQUISA
Método de pesquisa se concretiza nas técnicas
Técnicas
• procedimentos científicos utilizados por 
uma ciência
• Meios de executar operações de interesse 
de uma ciência 
Método – fundamento de todas as ciências em qualquer 
tipo de pesquisa
OBSERVAÇÃO DESCRIÇÃO COMPARAÇÃO 
 ANÁLISE SÍNTESE
Técnicas de pesquisa
Relacionadas à coleta de dados (parte prática da pesquisa). 
Conjuntos de normas de cada área das ciências 
É a instrumentação da coleta de dados
organizadas em dois tipos de procedimentos
 
documentação indireta - pesquisa documental 
 e bibliográfica
 
documentação direta – pesquisa de 
laboratório e pesquisa de campo
Técnicas de pesquisa
documentação indireta
Fontes primárias - arquivos públicos e particulares
Fontes estatísticas
Outras fontes (Iconográficas - gravuras, pinturas; 
fotografias; objetos; canções folclóricas; 
vestuário; folclore)
Fontes secundárias
Pesquisa bibliográfica – Identificação, 
Localização, Compilação, Fichamento
Pesquisa na internet
Técnicas de pesquisa
documentação direta - levantamento de dados no 
local onde os fenômenos ocorrem
• Pesquisa de laboratório 
• Pesquisa de campo
• Observação direta intensiva
Entrevista (estruturada e não estruturada)
Painel (o grupo em momentos diferentes)
• Observação direta extensiva
Questionário
Formulário
História oral / Tradição oral (grupo x preservação) 
História de vida (relato da vida pessoal) / 
História oral temática (grupo sobre um tema)
PROJETOS E MÉTODOS PARA A 
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
Fundamentos da 
metodologia científica e 
técnicas de pesquisa
PROJETOS E MÉTODOS PARA A 
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
A comunicação científica: 
rigor e ética em pesquisa
COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA
COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA
INFORMAÇÃO CIENTÍFICA
conhecimento dinâmico, caro à sociedade, 
contínuo e que se renova
FONTE DO CONHECIMENTO 
CIENTÍFICO 
atividades científicas e técnicas 
desenvolvidas pela pesquisa
INFORMAÇÕES resultados de 
pesquisas registrados e divulgados
resultado de pesquisa 
divulgado é resultado 
reconhecido 
informação é fundamental 
para a ciência
Comunicação científica
circulação
processo/ato/
mecanismo de
intermediação
intercâmbio de 
ideias entre os 
indivíduos
implica aceitação dos resultados, 
constitui o estoque universal de 
conhecimentos
engloba as atividades associadas à 
produção, disseminação e uso da informação
Comunicação científica
Produção científica 
produto
Produtores 
pesquisadores
Comunicação 
informal
Comunicação 
formal
Visibilidade 
e
Credibilidade
comunicação escrita
livros, periódicos, obras 
de referência em geral,
relatórios técnicos e 
revisões de literatura
Reuniões 
Científicas
Pessoa a 
pessoa
COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA
Capítulo
Livro
Periódicos
Resumos
Resenhas
Comunicação 
científica
O resultado do estudo de um 
tema/problema publicado
Sistema formal Sistema 
informal
COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA ELETRÔNICA 
dimensão virtual - novo canal
transmissão de informações científicas via meios eletrônicos
processo de mudanças estruturais induzido tecnologicamente 
recurso para incrementar e aperfeiçoar o contato entre 
cientistas
COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA
novas tecnologias da comunicação e 
informação
indústrias de equipamentos
eletrônica, informática, telefonia, cabos, 
satélites, entretenimento e comunicação
Antes de mais nada é preciso dizer que RESPEITO é uma 
palavra-chave no desenvolvimento da pesquisa
• às normas, regras e procedimentos para o 
desenvolvimento da pesquisa 
• às pessoas pesquisadas (objeto)
• às instituições envolvidas
• aos códigos e comitês de ética, quando 
existirem
• ao pesquisador/autor quando for sua fonte
ÉTICA E RIGOR NA PESQUISA
ÉTICA E RIGOR NA PESQUISA
Atitudes éticas
Não prejuízo ao participante
Produzir em benefício da sociedade
Respeito aos valores e decisões dos participantes
Tratamento igual para todos os participantes
Princípios éticos
Consentimento 
Confiabilidade
Anonimato
Proteção dos dados
ÉTICA E RIGOR NA PESQUISA
Para concluir
Dois pontos importantes
A pesquisa envolve questões de integridade e 
objetividade
Nenhuma abordagem metodológica ou 
qualquer ciência está isenta de princípios 
éticos
LER E ESTUDAR
Ler e analisar
Como ler?
Registro da leitura - tipos
Fichamentos
Resumos
Resenhas
VAMOS CONTINUAR...
PESQUISA
PRODUÇÃO
CIENTÍFICA
RESULTADOS
Livros 
Artigos Científicos 
Comunicações científicas
Objetos de 
estudos e 
aprendizagem
ESTUDO E APRENDIZAGEM
NA UNIVERSIDADE
ESTUDO E APRENDIZAGEM
• volta-se ao conhecimento e à ação 
• do senso comum à formulação de juízo 
sistematizado, adequado e comunicável à 
área de formação
• instrumentalizar-se para o trabalho científico
• dispor-se a ler e analisar textos e obras
• produzir resultados originais
• aprender a pensar e planejar atividades 
através de métodos e técnicas de estudo
ESTUDAR 
• processo investigatório – aprendizagem e modos de 
conhecimento
Ler e analisar textos
Por quê? Acompanhar o pensamento do autor 
(o desenvolvimento): verificar se o autor: 
informa; explica; analisa; discute; demonstra...
Quem? Captar o raciocínio do autor, objetivo do 
autor e da obra (raciocínio indutivo ou dedutivo; 
método; técnica de exposição; estilo...).
Quando? Onde? Quais?
Como ler um texto, um livro... Perguntas importantes 
Para quê ? Ter um objetivo para leitura
O que é? Captar o esboço da obra (exame inicial): sumário; 
prefácio/apresentação; títulos; subtítulos; introdução; 
capítulos; referências; anexo(s); apêndice; glossário; índice.
Quando sublinhar
• sem valor: quando se lê o texto pela primeira vez
• com valor: quando se estabelece um propósito
Como sublinhar
• formular questões sobre o texto na primeira
leitura
• tentar localizar na segunda leitura:
a)ideia principal
b)detalhes importantes
c)conceitos
d)termos técnicos
Ler e analisar - técnica de sublinhar
Ler e analisar
três formas básicas de apresentação de análise de um texto 
acadêmico 
Fichamentos- primeiro passo na realização de uma pesquisa
Resumos - atividade, um exercício de raciocínio 
que visa entendimento e síntese de uma obra
Resenhas - uma atividade de análise e síntese
Ler e analisar - FICHAMENTO
Deve conter:
• a referência completa da obra
• trechos literais extraídos dos textos devem aparecer como 
citações 
• toda citação
direta ou indireta deve seguir uma normalização
• dispor coerentemente o texto
• Incluir todas as informações necessárias 
sobre o tema fichado
• se possível, use suas próprias palavras 
entre as citações (o fichamento reelabora ideias)
• sempre que possível, procure fazer uma 
síntese geral no início ou no final do fichamento
Ler e analisar - FICHAMENTO
Modelo de ficha
Ler e analisar - FICHAMENTO
Modelo de ficha – formato de planilha/excel
Ler e analisar - RESUMO
fazer um resumo a partir da leitura de um texto:
 encontrar a ideia principal
 localizar detalhes importantes, sublinhar
 fazer esquema
 usar frases curtas e diretas
 ler resumos de livros, artigos que se 
encontram nas revistas e publicações 
especializadas
 não fazer o resumo enquanto se lê
apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento
objeto importante da comunicação científica
presente em artigos, congressos, projetos de pesquisa. 
É a representação gráfica do que se lê
• expresso através de ideias centrais do texto
• deve ser fiel ao original, ter uma estrutura lógica e
ser flexível e funcional
• pode ser também exposto como mapa conceitual
Ler e analisar – ESQUEMA
Relações são 
importantes
Ler e analisar - RESENHA
consiste em um trabalho de examinar e apresentar o 
conteúdo de obras prontas, acompanhadas ou não de 
avaliação crítica
O que é necessário para fazer a resenha
• ter conhecimento completo da obra resenhada
• ter competência na matéria exposta da obra e 
no método
• ter um senso de espírito crítico e 
independência de juízo (sem preconceitos)
• ter fidelidade ao pensamento do autor
PROJETOS E MÉTODOS PARA A 
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
A comunicação científica: 
rigor e ética em pesquisa
PROJETOS E MÉTODOS PARA A 
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
Organização de trabalho 
científico
FASES DO TRABALHO CIENTÍFICO
REVISÃO DE LITERATURA
PRINCÍPIOS 
BÁSICOS
CAMPO/TEMA
TEORIAS
MÉTODOS
LEVANTAMENTO DE DADOS
PRINCÍPIOS 
BÁSICOS
MÉTODOS
EMPIRIA
ANÁLISE
CAMPO/TEMA
EVIDÊNCIAS
TEORIA
REVISÃO DA LITERATURA
PESQUISAR 
É
LER
FAMILIARIZAR-SE 
COM O CAMPO/TEMA
O QUE É
RELEVANTE
NOVOS 
INSIGHTS
LITERATURA 
CIENTÍFICA
FONTES 
PRIMÁRIAS 
IMEDIATAS
FONTES 
SECUNDÁRIAS 
FONTES TRATADAS
JORNAIS E 
REVISTAS
TEXTOS 
ACADÊMICOS OU 
CIENTÍFICOS
PARA LER
4 níveis de leitura
Leitura elementar – visão geral
Leitura inspecional - tomar conhecimento 
do texto sem atentar para o conteúdo
Leitura analítica – interpretar, examinar o 
conteúdo do texto 
Leitura sintópica – relacionar 
comparativamente o conteúdo 
com outros textos
Resenha
Revisões
Bibliográficas
ÁREAS DA LITERATURA
TEÓRICA – conceitos, definições, teorias
METODOLÓGICA – procedimentos e técnicas
EMPÍRICA – os resultados e seus tratamentos
TEÓRICO-EMPÍRICA – campo/experimentos 
segundo uma teoria
Revisão da literatura ou
Revisão bibliográfica
fase de levantamento e leitura das publicações
permite uma comparação dos documentos científicos
à postura teórica, filosófica e técnica 
Trabalhos acadêmicos/científicos
TCC, monografia
Dissertações
Teses
relatórios técnicos
livros/capítulos
Artigos
Comunicações eventos
Bibliotecas – acervo digital nacional e internacional
Como e onde buscar
Artigo científico – publicado em periódicos ou revistas 
científicas
Textos que tratam de um tema/questão/problema estudado 
cientificamente - são os resultados comunicados do estudo
Livros e capítulos - Obras completas ou coletâneas
Relatório técnico-científico – texto que relata 
a pesquisa desenvolvida, procedimentos, 
resultados e análise
Paper ou comunicação científica - texto de 
suporte para uma comunicação oral em congressos,
simpósios, reuniões científicas
Tipos de trabalhos científicos
ABNT 14724/2011
• Elementos pré-textuais
antecedem o texto - informações para identificação e utilização 
do trabalho
• Elementos textuais – Parte de exposição da matéria
três partes: introdução, desenvolvimento e 
conclusão/considerações finais
• Elementos Pós-Textuais
• Complementam o texto: referências 
bibliográficas (obrigatório) glossário, apêndice, 
anexo e índice (opcionais)
Estrutura do trabalho acadêmico
EXEMPLO de artigo
INFORMAÇÕES
TÍTULO
AUTORES
RESUMO
ABSTRACT
PALAVRAS-
CHAVE
INÍCIO DO TEXTO
E CORPO DO ARTIGO
EXEMPLO de artigo
ILUSTRAÇÕES
GRÁFICOS, 
FOTOS, TABELAS
Considerações Finais
Conclusões ou 
Comentários
EXEMPLO de artigo
Parte referencial
EXEMPLO de artigo
Usando a bibliografia/referências
CITAÇÕES
“A citação é a menção de uma informação extraída de 
outra fonte” (NBR 10.520, 2002, p.1)
Tipos
Direta transcrição textual
Indireta transcrição livre do texto, ou seja, em 
que se comenta ou parafraseia a ideia do autor
Citação de Citação transcrição do texto direta 
ou indireta sem acesso ao original 
Utiliza-se a palavra apud
Podem estar no texto 
ou em notas de rodapé
EXEMPLOS citação direta
Até 3 linhas
Autores fora do 
parênteses 
letras 
minúsculas
+ 3 linhas texto recuado
Autores dentro do 
parênteses 
letras maiúsculas
Ano da publicação
Nº das pgs.
EXEMPLOS citação indireta
PROJETOS E MÉTODOS PARA A 
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
Organização de trabalho 
científico
PROJETOS E MÉTODOS PARA A 
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
Base de dados científicos 
As pesquisas quantitativa e 
qualitativa
COLETA DE DADOS
FASE DA PESQUISA - indagação da 
realidade/levantamento de dados através da 
aplicação de técnicas 
Instrumento de pesquisa/técnica – escolha 
depende 
do tipo de informação e do tipo de objeto
Levantamento de dados 
pesquisa de campo 
pesquisa de laboratório
Técnicas mais utilizadas em pesquisas
científicas
Pesquisa de Campo – obter informações sobre um objeto, 
observação de fatos e fenômenos através de técnicas de 
coleta com registro para posterior análise.
Pesquisa de laboratório – mais exato, exige 
instrumental específico, preciso e ambiente 
adequado, variando conforme a ciência
4 aspectos importantes: Objeto (pessoas, 
animais, vegetais e minerais)
Objetivo Instrumental técnicas 
Pesquisa Quantitativa e Qualitativa
Diferença fundamental – natureza
OBJETIVIDADE - quantitativo
SUBJETIVIDADE - qualitativo
Pesquisa Quantitativa
Amostras amplas
Informações numéricas
apreensão do objeto pela sua característica, 
vísivel, concreto, morfológico.
Operacionalização de variáveis, equações, 
estatísticas. 
Emprego da quantificação na coleta e no 
tratamento e técnicas estatísticas.
Pesquisa Qualitativa
Amostras reduzidas
Dados de conteúdo psicossocial e instrumentos não
estruturados
Aprofunda no mundo dos 
significados, dos hábitos, das ações, 
crenças, valores, tendências de comportamento
e atitudes. 
COLETA DE DADOS
TÉCNICAS
Coleta documental
Questionário
Entrevista
Formulário
História Oral
Medidas de opiniões e atitudes
História de vida
Diário de campo
Pesquisa de laboratório
Análise de conteúdo 
Sociometria Testes
Técnicas mercadológicas
Técnicas mais utilizadas em pesquisas
científicas
Observação – uso dos sentidos de forma metódica.
Diário de campo – forma de registrar fatos 
campo ou laboratório – feitos à mão, gravados 
(som e imagem, fotografias)
Questionário – instrumento mais usado –
conjunto de questões entregue por escrito e 
respondido por escrito. 
Com perguntas fechadas ou abertas
ou os dois tipos. Deve ser organizado, 
claro, não extenso. Pré-teste.
Técnicas mais utilizadas em pesquisas
científicas
Formulário – coleta de informações através de uma lista de 
questões perguntadas e anotadas pelo pesquisador – contato 
face a face – grau de exatidão.
História de vida – pesquisa social – relato da
própria história obtido através de entrevistas
História Oral - relato da história de alguém na
comunidade
Entrevista – permite o relacionamento estreito 
entre entrevistado e pesquisador
estruturada (questões formuladas) 
e não estruturada (roteiro de temas)
PROJETOS
E MÉTODOS PARA A 
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
Base de dados científicos 
As pesquisas quantitativa e 
qualitativa
PROJETOS E MÉTODOS PARA A 
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
Desenvolvimento do projeto 
de pesquisa
PROJETO DE PESQUISA
O que é um Projeto 
de Pesquisa?
É um roteiro, uma 
proposta, um 
instrumento, um guia 
base para a elaboração 
de pesquisa em áreas 
distintas
É um esquema de 
coleta, de 
mensuração e de 
análise de dados
PROJETO DE PESQUISA
C
IÊ
N
C
IA
BIOLÓGICAS
EXATAS
HUMANAS
Tema 
Problema
Teoria 
Metodologia
áreas do conhecimento
Fins acadêmicos
Demandas 
Institucionais/Fomento
Como chegar a um projeto de pesquisa?
Projetar é antever e metodizar as etapas ou fases de 
operacionalização de um trabalho. 
 Definição do problema de pesquisa detectado
após um estudo exploratório – é a seletividade
O que pesquisar? O quê? Onde?
Por que se deseja fazer a pesquisa? Por quê? 
Como pesquisar? Como?
Com quais recursos?
Em que período? Quando? 
PROJETO DE PESQUISA
Qual o caminho mais seguro?
Não há regra formal quanto aos itens
que compõem o projeto
Importante demonstrar claramente
o problema de estudo
a metodologia
a apresentação das técnicas
as formas de análise dos dados
O desenho da amostra
PROJETO DE PESQUISA
Quantitativa
Objetividade
Qualitativa
Subjetividade
PARTES DO PROJETO DE PESQUISA
estrutura básica
título, introdução, objetivos, formulação do problema, 
hipótese(s), justificativa e relevância do tema, referencial 
teórico, metodologia, cronograma (desenvolvimento do 
trabalho), orçamento (financiamento), referências 
bibliográficas. 
parte externa capa e lombada
parte interna elementos pré-textuais, 
textuais e pós-textuais
PARTES DO PROJETO DE PESQUISA
parte externa CAPA 
a) nome da entidade para qual deve ser submetido, quando 
solicitado;
b) nome(s) do(s) autor(es);
c) título;
d) subtítulo (se houver, deve ser evidenciada sua 
subordinação ao título, precedido de dois pontos, 
(:) ou distinguido tipograficamente;
e) local (cidade) 
f) ano de depósito (entrega)
PARTES DO PROJETO DE PESQUISA
parte interna - elementos pré-textuais
Folha de rosto (obrigatória)
a) nome(s) do (s) autor (es);
b) título;
c) subtítulo (se houver);
d) tipo de projeto de pesquisa e nome da 
entidade a que deve ser submetido;
e) local (cidade);
f) ano de depósito (entrega)
PARTES DO PROJETO DE PESQUISA
parte interna - elementos textuais
Tema: é a definição do assunto em que será abordado no 
projeto, de maneira clara e precisa
Problema: este deve ser empírico, ter 
possibilidade de solução – perguntas –
problemática da pesquisa
Hipótese: é uma resposta provisória ao problema, 
submetida a teste - verdadeira ou falsa, 
formulada no contexto teórico 
de acordo esse enfoque, esse item não precisa 
ser considerado. 
PARTES DO PROJETO DE PESQUISA
parte interna - elementos textuais
Objetivo(s): define(m) o que se quer alcançar e quais são os 
resultados esperados. 
objetivos dividem-se em:
Objetivo Geral: apresenta o contexto mais amplo
Objetivos Específicos: apresentam o 
detalhamento do problema a ser estudado.
PARTES DO PROJETO DE PESQUISA
parte interna - elementos textuais
Justificativa (s): a justificativa responde à pergunta: 
“por que?” fazer a pesquisa
Deve mostrar a importância social, científica, tecnológica
Referencial Teórico 
também chamado de fundamentação teórica básica 
ou revisão de literatura
procurar conhecer o que já foi produzido sobre 
o tema, através de um rigoroso levantamento 
bibliográfico e também na internet. 
PARTES DO PROJETO DE PESQUISA
parte interna - elementos textuais
Metodologia
“caminho” a ser percorrido na pesquisa
procedimentos metodológicos - métodos 
e as técnicas e materiais
Cronograma
A delimitação do tempo, inicial e final, 
da pesquisa - duração de cada item 
pode ser organizado de forma mensal, 
bimestral, trimestral, semestral. 
Referências 
relação das fontes utilizadas 
PROJETO DE PESQUISA 
PARA LEMBRAR
Não se executa pesquisa sem que se faça antes um PROJETO
Definir um bom problema
Planejar as etapas
Definir a metodologia
O projeto deve ser escrito com os verbos 
no futuro – é algo que ainda vai ser executado
PROJETOS E MÉTODOS PARA A 
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
Desenvolvimento do projeto 
de pesquisa
PROJETOS E MÉTODOS PARA A 
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
Planejamento e elaboração de 
pesquisa
Planejamento e elaboração de pesquisa
Ações do 
pesquisador
ler
planejar
buscar
interpretar
escrever
• Ler, ler muito e sempre é, como já dissemos, 
fundamental. 
• Planejar é conduzir seu tempo, lembrando que 
nenhum projeto é para sempre. 
• Buscar é estar atento, procurando 
informações, documentos, materiais que 
sejam uteis na investigação. 
• Questionar é obter, a partir de instrumentos 
metodológicos, em laboratório ou em campo, 
os dados necessários para responder à sua 
hipótese, conciliando teoria e prática. 
Planejamento e elaboração de pesquisa
• Medir/tabular é, através de instrumentos estatísticos e 
interpretativos, estimar como os dados se comportam em 
resposta ao problema proposto. 
• Interpretar é a análise dos dados, descrevendo ou 
interpretando com base nas leituras, confirmando ou não 
problema e hipóteses. 
• Escrever é relatar todas as fases de 
desenvolvimento da pesquisa, na qual o 
autor deverá demonstrar domínio sobre o 
assunto, sistematizando, recriando e 
criticando o material coletado. 
Planejamento e elaboração de pesquisa
Fases do trabalho científico
Pesquisa quantitativa – processo planejado 
de maneira linear – um passo segue o outro 
do projeto à execução
Modelo linear 
teoria hipóteses operacionalização
amostragem coleta interpretação Validação
Pesquisa qualitativa – a não linearidade pode 
omitir alguns passos e a formulação de 
hipóteses é dispensada
Fases do trabalho científico
Modelo circular 
Coleta
Interpretação
Caso
Coleta
Interpretação
Caso
Coleta
Interpretação
Caso
Suposições 
preliminares
teoria
comparação
amostragem
Distribuição dos elementos textuais –
parte escrita – CORPO do texto
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
Conteúdo do trabalho científico
Dúvidas
O que escrever?
Em que ordem colocar os assuntos?
Como utilizar as anotações e valorizar o 
texto com outros autores?
Como dar uma fundamentação científica 
ao texto? 
Conteúdo do trabalho científico
Características principais
• linguagem científica 
2 grupos 
– interno - técnico e acadêmico 
– externo – coloquial e leigos
• princípios e parâmetros ao escrever:
Impessoalidade
Objetividade 
Modéstia e cortesia
Clareza e precisão
CORPO do texto
Introdução – definição do tema, problema e 
hipóteses, metodologia seguida, como está
organizado o texto
Desenvolvimento - resultados da pesquisa
apresentados em diversas partes integradas –
Histórico e contextualização do problema; 
fundamentação e discussão teórica; e análise
Conclusão – resumo dos argumentos principais, 
síntese interpretativa, ponto de chegada. 
Conteúdo do trabalho científico
Aspectos formais de textos
adequação às normas linguísticas e aos modelos de 
apresentação e representação de informações (notas, 
bibliografia, mapas, quadros, tabelas, fotos, esquemas 
gráficos, anexos, etc.)
Redação
Pontuação
Termos coloquiais 
Uso inadequado de palavra onde / questão
Uma boa e correta redação é parte integrante 
de um bom texto
Partes de um texto
I – A REDE URBANA DO SUDESTE – Capítulo
1 – A Rede Urbana do Sudeste – Subcapítulo
1.1 - A rede urbana do Sudeste – item
(a) - a rede urbana do Sudeste – subitem
Divisão em capítulos, subcapítulos – uma 
divisão usual e simples – itens e subitens. 
Cada uma distinta por tamanho das letras e 
número de dígitos
Tabelas, quadros e fotos
Devem ser precisas, objetivas e claras
• tabela - menor número de tipos de 
informação - duas ou três informações 
dispostas
em duas ou três colunas -
numéricas
• quadro - um número maior de tipos de 
informação - textuais
• Foto - tamanho que permita a sua exploração 
visual - conter texto descritivo, a localização, 
data e autoria
Para além da parte escrita
Conteúdo do trabalho científico
Bibliografia
PAPEL 
CRUCIAL 
TEXTO 
CIENTÍFICO 
referências 
teórico-
metodológicas 
informações 
empíricas 
Processo
movimento 
o que já foi 
produzido. 
relação entre 
pesquisador 
objeto de 
conhecimento
TEXTO
BIBLIOGRAFIA
último 
sobrenome
Aspectos de Conteúdo
• A consistência interna do texto - lógica que articula 
problemática, questionamentos, operacionalização e 
resultados.
• As relações entre base teórica, problemática e os 
questionamentos.
• A pertinência das informações consideradas 
e o seu uso.
• A pertinência dos procedimentos 
operacionais. 
• A adequação dos resultados aos 
procedimentos operacionais.
QUANDO SEU TEXTO FOR LIDO
Análise crítica de textos científicos
Não é nunca a última palavra
É uma interpretação realizada por um indivíduo 
e um dado momento
Destacam-se os caminhos trilhados pelos 
pesquisadores e a importância dos resultados e 
das novas questões que emergiram 
Pode e deve ser refeita sempre
Avaliação - natureza e significado 
dos trabalhos científicos
Análise crítica de textos PARÂMETROS
base epistemológica que alicerça o texto
procedimentos operacionais com os quais o 
mundo real é analisado ou em relação a ele 
pretende-se intervir
o enquadramento no âmbito da história da 
ciência e das referências teóricas do tema 
tratado
Análise crítica de textos
artigo, monografia de conclusão de curso de graduação, 
dissertação de mestrado, tese de doutorado 
seguir um conjunto de regras e 
sequências de análise 
uma interpretação mais solta - imaginação 
e experiência.
Aspectos formais conteúdo
PROJETOS E MÉTODOS PARA A 
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
Planejamento e elaboração de 
pesquisa
 
4 
 
 
 
 
 
Vera Lúcia Salazar Pessôa 
MANUAL PARA 
ELABORAÇÃO 
DE TRABALHOS 
ACADÊMICOS 
Material para fins didáticos 
Revisado em fevereiro 2020 
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL 
 
A arte de fazer trabalhos é um recurso antigo, usado pelos professores como estratégia 
para avaliar os estudantes em todas as instâncias do ensino. Entretanto, o que se observa é que 
esses trabalhos, na maioria das vezes, são transcrições dos manuais consultados porque os 
estudantes desconhecem o instrumental científico básico, ou seja, as normas técnico-científicas. 
Ao buscar as fontes para a construção do conhecimento, o aluno descobre o caminho da 
investigação. Nessa trajetória, o rigor científico se faz necessário para que os resultados de seu 
trabalho sejam reconhecidos no mundo acadêmico. Dessa forma, o conhecimento das normas 
técnico-científicas é condição fundamental para a elaboração correta dos trabalhos. 
A “construção” desse material vem sendo feita desde 1996 e sempre procuramos fazer 
sua atualização. O material é usado nos cursos de Metodologia Científica1 como material 
didático para auxiliar os estudantes na realização de seus trabalhos acadêmicos. Parte desse 
material também foi utilizado na elaboração do Manual para os Cursos de Graduação e Pós-
Graduação em Geografia da UNIOESTE/Campus Francisco Beltrão (PR), em 2013. Porém, 
ele não substitui a consulta aos livros de Metodologia Científica e às Normas da Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). É preciso estar sempre pesquisando nas referidas obras 
para evitar erros, muitas vezes encontrados, nos trabalhos de graduação, nas dissertações, nas 
teses e nas publicações. Esperamos que este material possa contribuir para melhor realização 
dos trabalhos acadêmicos. 
 
 
Fevereiro de 2020 
 
Vera Lúcia Salazar Pessôa 
 
 
 
 
 
 
1 Pela autora e colegas de outras IES. 
SUMÁRIO 
 
1 A LEITURA: o ponto de partida ......................................................................................... 4 
1.1 Como ler um texto, um livro ......................................................................................... 4 
1.2 A técnica de sublinhar e fazer resumo ........................................................................... 4 
2 RESUMO E SINOPSE........................................................................................................ 6 
2.1 Resumo ........................................................................................................................ 6 
2.2 Extensão do resumo ...................................................................................................... 7 
2.3 Resenha ........................................................................................................................ 7 
2.4 Sinopse ......................................................................................................................... 9 
3 DOCUMENTAÇÃO DOS DADOS: anotações e fichamentos .......................................... 10 
3.1 Importância das fichas ................................................................................................ 10 
3.2 Composição das fichas................................................................................................ 10 
3.3 Tipos de fichas............................................................................................................ 10 
3.4 Fichamento: o que é? .................................................................................................. 11 
4 TÉCNICAS DE PESQUISA ............................................................................................. 13 
4.1 Documentação indireta ............................................................................................... 13 
4.2 Documentação direta .................................................................................................. 15 
5 AMOSTRAGEM: noções gerais ....................................................................................... 22 
6 PROJETO DE PESQUISA: etapas .................................................................................... 24 
7 CITAÇÕES ....................................................................................................................... 38 
7.1 Tipos de citações ........................................................................................................ 38 
7.2. Localização das citações ............................................................................................ 38 
7.3 Apresentação das citações ........................................................................................... 38 
7.4 Como fazer as citações ............................................................................................... 39 
7.5 Outras observações importantes .................................................................................. 42 
8 ILUSTRAÇÕES E TABELAS .......................................................................................... 45 
8.1 O que são as ilustrações no trabalho científico ............................................................ 45 
8.2 Como proceder com o uso das ilustrações e tabelas ..................................................... 45 
8.3 Como as ilustrações e tabelas podem ser colocadas no texto ....................................... 46 
8.4 Como apresentar e organizar as tabelas e quadros ....................................................... 46 
9 REFERÊNCIAS NOS TRABALHOS ACADÊMICOS..................................................... 48 
10 NOTAS, ABREVIATURAS, SIGLAS E NUMERAIS ................................................... 49 
10.1 As notas .................................................................................................................... 49 
10.2 As abreviaturas e siglas .............................................................................................
50 
10.3 Os numerais .............................................................................................................. 51 
11 EXPRESSÕES E ABREVIATURAS LATINAS ............................................................ 53 
12 REDAÇÃO DO TEXTO CIENTÍFICO: algumas normas básicas ................................... 60 
13 ORIENTAÇÃO PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS.......... 64 
13.1 Tipo de papel ............................................................................................................ 64 
13.2 Margens .................................................................................................................... 64 
13.3 Espacejamento .......................................................................................................... 64 
13.4 Tipos de Letra ........................................................................................................... 65 
13.5 Entradas .................................................................................................................... 65 
13.6 Numeração das folhas ............................................................................................... 65 
13.7. Títulos e subtítulos ................................................................................................... 66 
14 A COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS DO TRABALHO ACADÊMICO ............... 69 
14.1 Artigo científico........................................................................................................ 69 
14.2 Relatório técnico-científico ....................................................................................... 70 
14.3 Paper ou comunicação científica ............................................................................... 71 
14.4 Ensaio científico ....................................................................................................... 72 
15 SEMINÁRIO: como organizar ........................................................................................ 73 
15.1 Conceito ................................................................................................................... 73 
15.2 Importância............................................................................................................... 73 
15.3 Objetivos .................................................................................................................. 73 
15.4 Tipos de Seminários ................................................................................................. 74 
15.5 Organização do Seminário ........................................................................................ 74 
15.6 Duração .................................................................................................................... 75 
15.7 Temas (Assuntos) ..................................................................................................... 75 
15.8 Roteiro de Seminário ................................................................................................ 75 
15.9 Texto-roteiro de seminário (para Seminários de Textos e Seminário de Temas) ........ 76 
15.10 Dinâmica para o debate ........................................................................................... 77 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 A LEITURA: o ponto de partida 
 
1.1 Como ler um texto, um livro 
 
1.1.1 Ter um objetivo para a leitura 
1.1.2 Captar o esboço da obra (exame inicial): sumário, prefácio/apresentação, títulos, 
subtítulos, introdução, capítulos, referências, apêndice (s); anexo(s), glossário, índice. 
1.1.3 Acompanhar o pensamento do autor (o desenvolvimento): verificar se o autor: informa, 
explica, analisa, discute, demonstra... 
1.1.4 Captar o raciocínio autor, a proposição (objetivo) do autor e da obra (raciocínio indutivo 
ou dedutivo, método de interpretação e método de pesquisa, técnica de exposição, estilo...) 
1.1.5 Perguntas importantes quando se lê: 
a) O que é? [o assunto] 
b) Quem? [autor (es) que escreveu (eram)] 
c) Quando? [a obra foi escrita} e Onde? [o assunto acontece] 
d) Por quê? [a obra foi escrita] 
e) Para que? [contribuição da obra] 
 
1.2 A técnica de sublinhar e fazer resumo 
 
1.2.1 Sublinhar sem valor: quando se lê o texto pela primeira vez e faz os grifos 
1.2.2 Sublinhar com valor: quando se estabelece um propósito (objetivo): ler, primeiramente, 
depois sublinhar o que é mais importante 
1.2.3 Como sublinhar 
a) Formular questões sobre o texto na primeira leitura 
b) Tentar localizar na segunda leitura 
a) A ideia principal 
b) Detalhes importantes 
c) Conceitos 
5 
 
d Termos técnicos 
 
“Dicas”: 
- use sinais que julgar importantes: x, *, ( .), ... 
- na segunda leitura não sublinhe as orações, somente os termos 
- volte a ler o que foi sublinhado. 
 
Referência 
SALOMON, D. V. Como resumir. In: ______. Como fazer uma monografia. São Paulo: 
Martins Fontes, 1993, p. 65-86. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
2 RESUMO E SINOPSE 
 
2.1 Resumo1 
 
2.1.1 Definição: resumo é a apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento. 
2.2.2 Tipos de resumo 
a) Resumo crítico: resumo redigido por especialistas com análise crítica de um documento. É 
também chamado de resenha. Quando analisa apenas uma determinada edição entre várias, 
denomina-se recensão (grifo nosso). 
b) Resumo indicativo: indica apenas os pontos principais do documento, não apresentando 
dados qualitativos e quantitativos. De modo geral, não dispensa a consulta ao original (grifo 
nosso). 
 
Esse tipo de resumo é encontrado nos catálogos de editoras e livrarias. 
 
c) Resumo informativo: informa o leitor finalidades, resultados e conclusões do documento, de 
tal forma que este possa [...] dispensar a consulta ao original (grifo nosso). 
 
 2.2.3 Estilo de resumo 
a) O resumo deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do documento. 
A ordem e a extensão destes itens dependem do tipo de resumo (indicativo ou informativo) e 
do tratamento que cada item recebe no documento original. 
b) O resumo deve ser precedido da referência do documento, exceto se o resumo estiver inserido 
no próprio documento. 
c) o resumo deve ser composto de uma sequência de frases concisas, afirmativas e não de 
enumeração de tópicos. Recomenda-se o uso de parágrafo único. 
 
1 As informações estão fundamentadas na ABNT/NBR - 6028 – resumos – nov. 2003. 
7 
 
d) A primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal do documento. A seguir, 
deve-se indicar a informação sobre a categoria do tratamento (memória, estudo de caso, análise 
da situação etc.). 
e) Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular. 
f) As palavras-chave devem figurar logo abaixo do resumo, antecedidas da expressão Palavras-
chave:, separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto. 
g) Devem-se evitar: símbolos e contrações que não sejam de uso corrente, fórmulas, equações, 
diagramas etc., que não sejam absolutamente necessários. Quando seu emprego for 
imprescindível, deve-se defini-lo na primeira vez que aparecem. 
 
2.2 Extensão do resumo 
 
Quanto a sua extensão os resumos devem ter: 
a) de 150 a 500 palavras: trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e outros) e relatórios 
técnico-científicos; 
b) de 100 a 250 palavras: artigos de periódicos; 
c) de 50 a 100 palavras: indicações breves. 
 
Os resumos críticos, por suas características especiais, não estão sujeitos a limite de palavras. 
 
2.3 Resenha 
 
A resenha é, na maioria das vezes, o trabalho mais solicitado nas atividades acadêmicas 
e também nas atividades relacionadas a algumas profissões, como jornalismo, teatro, cinema, 
música, literatura (ANDRADE, 2006). 
 A resenha acadêmica estrutura-se nas seguintes partes lógico-relacionais (SEVERINO, 
2000, p.
131-132). 
 
1. Cabeçalho: são transcritos dados bibliográficos completos da publicação resenhada; 
2. Informação sobre o autor: dispensável se o autor for muito conhecido; 
8 
 
3. Exposição: sintética do conteúdo do texto: deve ser objetivo e conter os pontos 
principais e mais significativos da obra analisada, acompanhando os capítulos ou parte 
por parte. Deve passar ao leitor uma visão precisa do conteúdo do texto de acordo com 
a análise temática destacando o assunto, os objetivos, a ideia central, os principais 
passos do raciocínio do autor. 
4. Comentário crítico: avaliação que a resenhista faz do texto que leu e sintetizou. Essa 
avaliação crítica pode assinalar tanto os aspectos positivos quanto os aspectos negativos 
do mesmo. [...] Pode-se destacar a contribuição que o texto traz para determinados 
setores da leitura, sua qualidade científica, literária ou filosóficas, sua originalidade etc., 
negativamente, pode-se explicar as falhas, incoerências e limitações do texto. 
 
O autor ainda faz as seguintes observações sobre a resenha. (p. 132): 
 
 O comentário é feito como último momento da resenha, após a exposição do conteúdo, 
mas pode ser distribuído difusamente, junto com os momentos anteriores: expõe-se e 
comenta-se simultaneamente as ideias do autor; 
 As críticas devem ser dirigidas as ideias e posições do autor, nunca a sua pessoa ou às 
condições pessoais de existência; 
 É sempre bom contextualizar a obra a ser analisada, no âmbito do pensamento do autor 
relacionando-o com seus outros trabalhos e com as condições gerais da cultura da área, 
na época de sua produção. 
 
Além das normas para elaboração de resumo, recomendadas pela ABNT, citadas 
anteriormente, Santos (2002, p. 39) mostra que 
 
o resumo, normalmente um texto mais longo (10% a 25% do texto original), 
presta-se ao mesmo propósito da sinopse. Apenas vai mais longe, já que 
levanta as idéias essenciais do texto-base e deve manter o espírito do autor. 
Procura preservar suas intenções e ênfases, tratando com mais detalhamento 
aquilo que o autor trata mais longamente. 
 
 
 
9 
 
2.4 Sinopse 
 
A sinopse, de acordo com Santos (2002, p.39), 
 
é um pequeno texto (25 a 30 linhas), geralmente redigido pelo autor ou pelo 
editor de uma obra. A característica essencial as sinopse é a apresentação 
concisa dos traços gerais, das grandes linhas de uma obra. É um texto 
normalmente inserido no início dos textos, maiores publicados e é muito útil 
para a realização de levantamentos bibliográficos. 
 
 
 
Referências 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: resumo. Rio de 
Janeiro, 2003. 
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Como resumir. In: ______. Metodologia do 
trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, 
publicações e trabalhos científicos. 4. ed. rev. São Paulo: Atlas, 1992. p.73-79. 
LEITE, M. Q. Resumo. São Paulo: Paulistana, 2006 (Coleção aprenda a fazer). 
SALOMON, D. V. Como resumir. In: ______. Como fazer uma monografia. 2. ed. rev. 
atual. São Paulo: Martins Fontes, 1993. p.65-86. 
SANTOS, A. R. dos. Metodologia científica: a construção do conhecimento. 5.ed. rev. Rio 
de Janeiro: DP & A, 2002. 
 
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 21. ed. rev. ampl. São Paulo: Cortez, 
2000. 
 
10 
 
3 DOCUMENTAÇÃO DOS DADOS: anotações e fichamentos 
 
3.1 Importância das fichas 
 
A leitura de qualquer obra (livros, textos...) deve culminar com anotações do leitor, 
considerando os objetivos do trabalho. Ao fazer as anotações o pesquisador pode utilizar a ficha, 
um importante e necessário instrumento de trabalho. 
Ao manusear as referências que serão utilizadas na pesquisa, o pesquisador pode, 
através das fichas: identificar as obras; conhecer seu conteúdo; fazer citações; analisar o 
material; elaborar críticas. 
 
3.2 Composição das fichas 
 
A estrutura das fichas, de qualquer tipo, compreende três partes principais: cabeçalho, 
referência e corpo ou texto (LAKATOS; MARCONI, 1992). 
 
3.3 Tipos de fichas 
 
Nesse item serão apresentadas algumas sugestões de fichas que podem ser utilizadas 
nos trabalhos, de acordo com os seus objetivos. 
De acordo com Lakatos e Marconi (1992, p. 51-67) as fichas podem ser: 
 
1) Ficha bibliográfica: apresenta as referências da obra em análise. 
2) Ficha de citações: consiste na reprodução fiel de frases ou sentenças consideradas relevantes 
ao estudo em pauta. 
3) Fichas de resumo ou de conteúdo: apresentam uma síntese bem clara e concisa das ideias 
principais do autor ou um resumo dos aspectos essenciais da obra. 
 
Todo material retirado da internet também pode ser organizado em fichas. 
 
11 
 
Outra forma de organizar o material coletado é a Documentação Geral. De acordo com 
Severino (2000, p. 37-40): 
- Documentação geral: é aquela que se organiza e guarda documentos úteis retirados de fontes 
perecíveis. Trata-se de passar para pastas, sistematicamente organizadas, documentos cuja 
conservação seja julgada importante. Assim, recortes de jornais, xerox de revistas, apostilas são 
fontes que nem sempre são encontradas disponíveis fora da época de sua publicação. Para esse 
tipo de documentação são utilizadas as folhas tamanho ofício. Nelas são colados os recortes, 
deixando-se margens suficientes para os títulos e demais referências bibliográficas, como o 
nome do jornal ou revista em que foram retirados, a data e a página. 
 
3.4 Fichamento: o que é? 
 
Fichamento é o “ato de fichar, ou seja, anotar ou registrar em fichas, catalogar”3. De 
acordo com Jacobini (2004, p.17), 
 
Fichamento designa o processo de registrar elementos de um discurso em 
meio material. O termo lembra que o exercício de registrar esses elementos se 
deu, por um tempo considerável, sobre fichas. O fichamento no âmbito da 
atividade de estudo e pesquisa visa à documentação e à classificação de um 
conteúdo. 
 
O fichamento, muitas vezes, é confundido com um simples resumo ou mesmo com a 
interpretação de um texto. De maneira mais ampla, o fichamento pode conter (JACOBINI, 
2004, p.17): 
- Indicação da referência. 
- Resumo do texto. 
- Registro de comentários e críticas ao texto. 
- Registro de ideias [...] a partir do texto. 
- Transcrições do texto que poderão ser usadas posteriormente como citação no [..] próprio 
trabalho. 
 
 
3 FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3.ed. 
rev. ampl. imp. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. p. 899. 
12 
 
Outra sugestão de fichamento4 
 
1 - Indicação da referência. 
2 - Esboço da biografia do autor da obra analisada. 
3 - Resumo (informativo) do texto. 
4 - Análise da obra. 
4.1 - Objetivo(s). 
4.2 - Tese defendida pelo autor. 
4.3 - Referencial teórico. 
4.4 - Método de interpretação. 
4.5 - Metodologia. 
4.6 - Contribuição da obra. 
5 - Comentário sobre as fontes, obras de referência, obras de autores clássicos 
 
 
Referências 
ANDRADE, M. M. de. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de 
trabalhos de graduação. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1998. 
INÁCIO FILHO, G. A monografia nos cursos de graduação. Uberlândia: UFU, 1992. 107p. 
JACOBINI, M. L. de P. Metodologia do trabalho acadêmico. 2.ed. Campinas: Alínea, 2004. 
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fichas. In: ______. Metodologia do trabalho 
científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e 
trabalhos científicos. 4.ed. rev. São Paulo: Atlas, 1992. p. 51-77. 
SEVERINO, A. J. A documentação como método de estudo pessoal. In: ______. 
Metodologia do trabalho científico. 21.ed. rev. e ampl. São Paulo: Cortez, 2000. p. 37-42. 
 
 
4 Organizado por V.L. S. Pessôa, out. 2001. 
13 
 
4 TÉCNICAS DE PESQUISA 
 
As técnicas
de pesquisa estão relacionadas à coleta de dados (parte prática da pesquisa). 
Portanto, “as técnicas são conjuntos de normas usadas especificamente em cada área das 
ciências, podendo-se afirmar que a técnica é a instrumentação específica da coleta de dados” 
(ANDRADE, 1998, p. 115). 
As técnicas podem ser organizadas em dois tipos de procedimentos: a documentação 
indireta e a documentação direta5. 
 
4.1 Documentação indireta 
 
É a fase do levantamento de dados. É o primeiro passo de qualquer pesquisa e pode ser 
feito de duas formas: a pesquisa documental (ou de fontes primárias) e a pesquisa bibliográfica 
(de fontes secundárias) e a pesquisa na Internet, após a “invenção” do computador). 
 
4.1.1 Pesquisa documental (ou de fontes primárias): pode ser feita nas seguintes fontes de 
documentos: 
a) Arquivos públicos: nacionais, estaduais e municipais. Nesses locais podem ser 
encontrados: 
a.1) Documentos oficiais: anuários, editoriais, leis, atas, relatórios, ofícios, 
correspondências, alvarás, panfletos etc. 
a.2) Documentos jurídicos: são documentos oriundos de cartórios, registros gerais 
de falência, inventários, testamentos, escrituras de compra e venda, hipotecas, nascimentos, 
casamentos, mortes etc. 
 
4.1.2 Arquivos particulares: representados pelos: 
a) Domicílios particulares; 
b) Instituições de ordem privada; 
 
5 Grande parte das ideias desse item estão baseadas em MARCONI; LAKATOS, 2003. 
14 
 
c) Instituições públicas, do tipo delegacias, postos etc. 
 
4.1.3 Fontes estatísticas: IBGE, departamentos estaduais e municipais de estatística, IBOP 
(Instituto Brasileiro de Opinião Pública), Instituto Gallup etc. 
4.1.4 Outras fontes: 
a) Iconografia (gravuras, estampas, desenhos, pinturas); 
b) fotografias; 
c) objetos; 
d) canções folclóricas; 
e) vestuário; 
f) folclore. 
 
4.1.5 Pesquisa bibliográfica (ou de fontes secundárias) 
Esta etapa da pesquisa representa o levantamento das referências já publicadas e que 
esteja relacionada com o tema em estudo. A finalidade é colocar o pesquisador em contato 
direto com o que foi escrito sobre determinado assunto. Nesse item estão incluídas a imprensa 
escrita, os meios audiovisuais, o material cartográfico, as publicações. 
As fases da pesquisa bibliográfica são: 
1) Identificação: ou reconhecimento do assunto relacionado ao tema em estudo. É a fase 
também chamada de levantamento bibliográfico. 
2) Localização: após o levantamento bibliográfico é feita a localização das obras a serem 
utilizadas na pesquisa. 
3) Compilação: é a fase de reunir, de forma sistemática, o material bibliográfico. 
4) Fichamento: fase que corresponde à elaboração das fichas bibliográficas (para livros, textos, 
artigos, jornais...), possibilitando assim a identificação das publicações. 
 
4.1.6 Pesquisa na internet 
Ao mostrar os benefícios do uso da informática nas várias etapas da produção 
científica, Azevedo (1993, p.86) faz o seguinte comentário: “entre o velho, o novo e o 
15 
 
novíssimo transita a produção científica quanto aos recursos para a coleta de dados”, e 
poderíamos acrescentar ainda a redação e editoração dos trabalhos científicos. Nesse sentido, a 
“Internet tornou-se uma indispensável fonte de pesquisa para os diversos campos de 
conhecimento” (SEVERINO, 2000, p. 133). 
 
4.2 Documentação direta 
 
É a fase de levantamento de dados no próprio local onde os fenômenos ocorrem. Nessa 
etapa, os dados podem ser obtidos de duas maneiras: pesquisa de laboratório e pesquisa de 
campo. 
 
4.2.1 Pesquisa de laboratório: é um procedimento de investigação mais difícil, porém mais 
exato; descreve e analisa o que será ou ocorrerá em situações controladas; exige instrumental 
específico, preciso e ambientes adequados. O objetivo vai depender do que propôs a analisar e 
deve ser previamente estabelecido e relacionado com determinada ciência ou ramo de estudo. 
As técnicas utilizadas irão variar de acordo com o estudo a ser feito. As experiências são feitas 
em recintos fechados (casas, laboratórios, salas) ou ao ar livre; em ambientes artificiais ou reais 
(de acordo com o campo da ciência que está realizando a pesquisa) e se restringem a 
determinadas manipulações (MARCONI; LAKATOS, 2003). 
 
4.2.2 Pesquisa de campo6: é usada com o objetivo de obter informações e/ou conhecimentos 
sobre o problema levantado para o qual se procura uma resposta, ou para a hipótese que se 
queira comprovar. Outro objetivo dessa fase é descobrir novos fenômenos ou as relações entre 
eles (MARCONI; LAKATOS, 2003). Nessa etapa da pesquisa de campo, a coleta de dados 
constitui uma etapa importante, e não deve ser confundida com a pesquisa propriamente dita. 
É importante determinar as técnicas que serão usadas para coletar os dados, definir a amostra 
que deve ser representativa e suficiente para chegar às conclusões. Uma vez coletados os dados, 
esses serão elaborados, analisados, interpretados e representado de forma gráfica. Por último, 
será feita a discussão dos resultados da pesquisa, a partir da análise e interpretação dos dados 
(ANDRADE, 1998; MARCONI; LAKATOS, 2003). 
 
6 Para maiores informações sobre pesquisa de campo ver: FACHIN, O. Fundamentos de metodologia. 4.ed. 
São Paulo: Saraiva, 2003. 
16 
 
A coleta de dados pode ser feita utilizando algumas das seguintes técnicas: 
1) Observação 
É uma técnica de coleta de dados para conseguir informações e utiliza os sentidos da 
observação de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas 
também em examinar fatos ou fenômenos que se desejam estudar (MARCONI; LAKATOS, 
2003, p. 190). 
De acordo com Gil (1999, p. 111), a observação pode ser: 
 
a) Observação simples: o pesquisador permanece alheio à comunidade, grupo ou situação que 
pretende estudar, observa de maneira espontânea os fatos que aí ocorrem. Nesse procedimento, 
o pesquisador é muito mais um espectador que um ator (p. 111). 
 
b) Observação participante ou observação ativa: consiste na participação rela do conhecimento 
na vida da comunidade, do grupo ou de uma situação determinada. Neste caso, o observador 
assume, pelo menos até certo ponto, o papel de um membro do grupo. Daí por que se pode 
definir observação participante como técnica pela qual se chega ao conhecimento da vida de 
grupo a partir do interior dele mesmo (p. 111, grifo nosso). 
 A técnica da observação participante foi introduzida na pesquisa social pelos 
antropólogos no estudo das chamadas “sociedades primitivas”. A partir daí passou a ser 
utilizada também pelos antropólogos nos estudos de comunidades e de subculturas específicas 
(p. 113). Na década de 1980 passou a ser adotada como técnica fundamental nos estudos 
designados como pesquisa participante por Carlos Rodrigues Brandão, em sua obra Pesquisa 
participante, publicada pela Editora Brasiliense. 
 
c) Observação sistemática (GIL, 1999, p.114): é frequentemente utilizada em pesquisas que têm 
como objetivo a descrição precisa dos fenômenos ou o teste de hipóteses. Nas pesquisas deste 
tipo, o pesquisador sabe quais os aspectos da comunidade ou grupo que são significativos para 
alcançar os objetivos pretendidos. Por esta razão, elabora previamente um plano de observação. 
A observação sistemática pode ocorrer em situações de campo ou de laboratório. 
Para mais informações sobre esta técnica, consultar Gil (1999, p. 115), em que há o 
roteiro com as doze categorias padronizadas de comportamento, criadas por R.F. Bates (1950), 
denominado “Registro de Interação do Grupo”. 
17 
 
2) Pesquisa-ação 
As expressões “pesquisa participante” e “pesquisa-ação” são frequentemente dadas 
como sinônimas (THIOLLENT, 1994, p.7). Para o autor, as expressões não são sinônimas 
porque pesquisa-ação, além da participação, supõe uma forma de ação planejada
de caráter 
social, educacional, técnico ou outro, que nem sempre se encontra em propostas de pesquisa 
participante (p.7). A pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é 
concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema 
coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do 
problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo (THIOLLENT, 1994, p.14).
 As áreas de aplicação da pesquisa-ação (THIOLLENT, 1994, p.73-95) são: educação, 
comunicação, serviço social, organização e sistemas, desenvolvimento rural e difusão de 
tecnologia e práticas políticas. 
 
3) Entrevista 
É a técnica em que o investigador se apresenta frente ao investigado e lhe formula 
perguntas, com o objetivo de obtenção de dados que interessam à investigação. A entrevista é, 
portanto, uma forma de interação social. Mais especificamente, é uma forma de diálogo 
assimétrico, em que uma das partes busca coletar dados e a outra se apresenta como fonte de 
informação (GIL, 1999, p.119). 
As entrevistas podem ser classificadas em (GIL, 1999, p. 120-121): 
 
a) Informais; 
b) Entrevista focalizada; 
c) Entrevista por pautas; 
d) Entrevista estruturada. 
 
Além desses tipos, há ainda a entrevista por telefone e Skype, pelo computador e celular 
e pelas redes sociais. É importante registrar (gravar, anotar) a entrevista, com autorização do 
entrevistado. 
 
 
 
18 
 
4) História oral 
 
Para Freitas (2002, p. 18), especialista no assunto, história oral é 
 
um método de pesquisa que utiliza a técnica da entrevista e outros 
procedimentos articulados entre si, no registro de narrativas da experiência 
humana [...] De abrangência multidisciplinar [a história oral] tem sido 
sistematicamente utilizada por diversas áreas das ciências humanas: História, 
Sociologia, Antropologia, Linguística, Psicologia, entre outras. 
 
Para a referida autora, a história oral pode ser dividida em três gêneros distintos: tradição 
oral, história de vida, história temática assim caracterizados (FREITAS, 2002, p. 17-22): 
a) Tradição oral: presente nas comunidades tribais e nas sociedades rurais e urbanas como 
forma de preservar a sabedoria dos ancestrais (2002, p. 19). 
b) História de vida7: um relato autobiográfico, mas do qual a escrita – que define a 
autobiografia – está ausente. Na história de vida é feita uma reconstituição do passado, 
efetuado pelo próprio indivíduo, sobre o próprio indivíduo. Esse relato – que não é 
necessariamente conduzido pelo pesquisador – pode abranger a totalidade da existência 
do informante. Para tanto, seriam necessárias inúmeras horas de gravação (2002, p. 21). 
c) História oral temática: a entrevista tem caráter temático e é realizado com um grupo de 
pessoas, sobre um assunto específico. Essa entrevista – que tem característica de 
depoimento – não abrange necessariamente a totalidade da existência do informante. 
Dessa maneira, os depoimentos podem ser mais numerosos, resultado em maiores 
quantidades de informações, o que permite uma comparação entre eles, apontando 
divergências, convergências e evidências de uma memória coletiva, por exemplo (2002, 
p. 22). 
 
5) Estudo de caso 
O estudo de caso se caracteriza como um tipo de pesquisa cujo objeto é uma unidade 
que se analisa profundamente. Visa ao exame detalhado de um ambiente, de um simples sujeito 
ou de uma situação particular[...] O propósito fundamental do estudo de caso (como tipo de 
pesquisa) é analisar intensivamente uma dada unidade social, que pode ser, por exemplo, um 
líder sindical, uma empresa que vem desenvolvendo um sistema inédito de controle de 
 
7 Ver também CHIZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 1991. 
19 
 
qualidade, um grupo de pessoas envolvido com a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes) de uma grande indústria que apresenta baixos índices de acidentes de trabalho [...] 
O estudo de caso tem se tornado a estratégia preferida quando os pesquisadores procuram 
responder às questões “como” e “por que” certos fenômenos ocorrem, quando há pouca 
possibilidade de controle sobre os eventos estudados e quando o foco de interesse é sobre 
fenômenos atuais, que só poderão ser analisados dentro de algum contexto de vida real[...] No 
estudo de caso, o pesquisador geralmente utiliza uma variedade de dados coletados em 
diferentes momentos, por meio de variadas fontes de informação. Tem como técnicas 
fundamentais de pesquisa a observação e a entrevista [...] Ainda que os estudos de caso sejam, 
em essência, pesquisa de caráter qualitativo, podem comportar dados quantitativos para aclarar 
algum aspecto da questão investigativa. É importante ressaltar que, quando há análise 
quantitativa, geralmente, o tratamento estatístico não é sofisticado (GODOY, 1995, p.25-26). 
Um bom estudo de caso constitui tarefa difícil de realizar. Mas é comum encontrar 
pesquisadores inexperientes, entusiasmados pela flexibilidade metodológica dos estudos de 
caso, que decidem adotá-lo em situações para as quais não é recomendado. Como consequência, 
ao final de sua pesquisa, conseguem apenas um amontoado de dados que não conseguem 
analisar e interpretar (GIL,1999, p. 55). 
 
6) Diário de campo 
Embora pareça fácil, a confecção de um diário de campo requer um certo grau de 
esforço, porque não se trata apenas de escrever uma série de dados num caderno de páginas em 
branco. Trata-se de registrar o convívio com os nossos informantes, convívio este que não está 
representado apenas pela fala dos mesmos, no registro que fazemos do próprio espaço (LOPES, 
2002, p. 135). 
 
7) Questionário 
É um instrumento de coleta de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas 
que devem ser respondidas, por escrito, e sem a presença do entrevistador. Em geral, o 
pesquisador envia o questionário ao informante, pelo, pela internet [mais comum no contexto 
atual] ou por um portador. Depois de preenchido, o pesquisado devolve o questionário do 
mesmo modo. Junto com o questionário deve-se enviar uma nota ou carta, explicando a natureza 
da pesquisa, sua importância e a necessidade de obter respostas, tentando despertar o interesse 
20 
 
do recebedor, no sentido de que ele preencha e devolva o questionário dentro de um prazo 
razoável. O questionário deve ter natureza impessoal para assegurar uniformidade na avaliação 
da pesquisa abordada. Em média, os questionários expedidos pelos pesquisadores alcançam 
25% de devolução (MARCONI; LAKATOS, 2003; RIBAS, 2004). 
 
7) Formulário 
É um instrumento que se caracteriza pelo contato face a face entre pesquisador e 
informante. A diferença entre o questionário é que o formulário pode ser usualmente preenchido 
pelo próprio investigador. Uma das vantagens que o informante recebe do pesquisador, podendo 
inclusive reformular a proposta, esclarecer algumas perguntas, dar explicações, ou seja, ajustar 
o formulário à experiência e à compreensão de cada informante. Por isso, pode englobar 
questões mais complexas que o questionário (RIBAS, 2004; MARCONI; LAKATOS, 2003). 
 
 
 
 
Referências 
 
ANDRADE, M. M. de. Introdução à metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 
2010. 176 p. 
CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 1991 
(Biblioteca da educação. Série 1. Escolar; v. 6). 
FACHIN, O. Fundamentos de metodologia. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 2003. 
FREITAS, S. M. de. História oral: possibilidades e procedimentos São Paulo: 
Humanitas/FFLCH/USP: Imprensa Oficial do Estado, 2002. 
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2002. 
______. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999. 
GODOY, A. S. Pesquisa qualitativa: tipos fundamentais. Revista de Administração de 
Empresas, São Paulo, v.35, n.3, p.
20-29,maio/jun. 1995. 
LOPES, D. L. Diário de campo: o registro da reconstrução da natureza e da cultura. In: 
WITHAKER, D. C.A. Sociologia rural: questões metodológicas emergentes. Presidente 
Wenceslau/São Paulo: Letras à Margem, 2002. p. 35-142. 
Para maior aprofundamento sobre o assunto ver: RIBAS, 2004; MARCONI; 
LAKATOS, 2003. 
21 
 
MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos da metodologia científica. 5.ed. São 
Paulo: Atlas, 2003. 
RIBAS, S. A. Metodologia científica aplicada. Rio de Janeiro: Ed UERJ, 2004. 
 
THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. 6.ed. São Paulo: Cortez, 1994. 
 
WHYTE, W. F. Sociedade da esquina: a estrutura social de uma área urbana pobre e 
degradada. Tradução de Maria Lucia de Oliveira. Revisão técnica de Karina Kuchnir. 
Apresentação de Gilberto Velho. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005 (1ª. Edição:1943). 
 
 
 
 
 
 
22 
5 AMOSTRAGEM: noções gerais 
 
De acordo com a natureza da pesquisa8, o pesquisador necessita fazer levantamentos 
para avaliar a variabilidade dos fenômenos no espaço e ao longo do tempo. Entretanto, “há 
situações em que um levantamento completo é inviável, senão impossível, devido a restrições 
de custo, tempo, material, mão-de-obra, etc. [...], o que nos leva a adotar a amostragem como 
solução” (GERARDI; NENTWIG -SILVA, 1981, p.12). 
O conhecimento e a compreensão de alguns termos são importantes, antes de realizar a 
pesquisa (GERARDI; NENTWIG -SILVA, 1981; REY, 1993): 
- universo ou população: conjunto de todos os seres (pessoas, objetos ou fatos) que 
apresentem pelo menos uma característica em comum); 
- amostra: é uma parte representativa de uma população; 
- amostragem: é o processo de retirada da amostra; 
- unidades amostrais (ou unidades taxonômicas de observação): são elementos a partir 
dos quais são levantadas as informações (por exemplo, municípios, propriedades 
agrícolas, postos meteorológicos, pontos em fotos aéreas, estabelecimentos comerciais 
ou industriais). 
Os tipos de amostragem podem ser classificados em dois grandes grupos: amostragem 
probabilística e não-probabilística. 
Na abordagem quantitativa usa-se a probabilística: os dados são rigorosamente 
científicos e baseiam-se nas leis dos grandes números; de regularidade estatística; da inércia 
dos grandes números; da permanência. Os tipos são: aleatória simples, sistemática e 
estratificada. 
Na abordagem qualitativa usa-se a não probabilística: os dados não apresentam 
fundamentação matemática ou estatística, dependendo unicamente dos critérios pesquisados. 
Os procedimentos são mais críticos em relação à validade dos seus resultados. Os tipos são por 
acessibilidade, tipicidade e cotas (GIL, 1999). 
 
 
 
8 Para maiores esclarecimentos sobre amostragem recomenda-se a leitura de GERARDI; SILVA, 1981; GIL, 1999. 
(RETIRAR ESTA NOTA) 
 
 
23 
Outros tipos de amostragem não probabilísticas usados para selecionar os sujeitos na 
pesquisa qualitativa são (TURATO, 2003, p. 368): 
saturação: os sujeitos são incluídos e reunidos pelo critério da homogeneidade ampla. Esta 
amostra é fechada quando as respostas de novos informantes se tornam expressamente 
repetitivas, na avaliação de seu pesquisador, de seus supervisores e dos pares acadêmicos; 
bola de neve: os sujeitos são estudados em profundidade, incluídos por vivência, 
desenvolvimento de teoria, novo sujeito indicado pelo anterior e melhor estruturação teórica, 
sucessivas entrevistas e revisões da teoria até considerá-las organizadas; 
por variedade de tipos: os sujeitos são incluídos e reunidos pelo critério da homogeneidade 
fundamental. Esta amostra é fechada no número de tipos de informantes segundo características 
várias, eleitas pelo pesquisador. 
A definição do tamanho da amostra geralmente ocorre por meio da utilização de 
técnicas estatísticas, principalmente quando se realiza uma pesquisa quantitativa. Nesse caso, 
se o pesquisador não tiver o domínio da Estatística deverá recorrer a um profissional da área. 
 
Referências 
 
GERARDI, L. H. de O.; NENTWIG-SILVA, B. C. N. Quantificação em geografia. São Paulo: 
DIFEL, 1981. 
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999. 
REY, L. Planejar e redigir trabalhos científicos. 2.ed. rev. ampl. São Paulo: Edgard Blücher, 
1993. 
TURATO, E. R. Decidindo quais indivíduos estudar. Tratado de metodologia da pesquisa 
qualitativa. Petrópolis: Vozes, 2003. p. 351-358. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
6 PROJETO DE PESQUISA: etapas 
 
O projeto de pesquisa é a intenção de executar a pesquisa visando solucionar o problema 
que levou o investigador a essa proposta. A partir de um roteiro pré-estabelecido as etapas são 
desenvolvidas para chegar ao resultado final. 
O roteiro a seguir está baseado na Norma Brasileira Registrada – NBR 15287, abr./2011, 
da ABNT. 
 
SUGESTÃO A 
A estrutura básica de um projeto de pesquisa compõe-se de parte externa (capa e lombada) e 
parte interna (elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais): 
 
1) PARTE EXTERNA 
Capa (opcional) 
Lombada (opcional) 
2) PARTE INTERNA 
2.1 Elementos pré-textuais 
Folha de Rosto (obrigatório) 
Listas (opcional) 
Sumário (obrigatório) 
2.2) Elementos textuais 
Parte introdutória (tema, problema, hipóteses (quando houver), objetivos: geral e específicos e 
justificativa) 
Referencial teórico 
Metodologia 
Recursos 
Cronograma 
 
 
25 
2.3 Elementos pós-textuais 
Referências (obrigatório) 
Apêndice(s) e anexo(s) (opcional) 
Índice(s) (opcional) 
 
O que deve conter cada item: 
1) PARTE EXTERNA 
CAPA (Opcional) 
Apresenta as seguintes informações: 
a) nome da entidade para qual deve ser submetido, quando solicitado; 
b) nome (s) do (s) autor (es); 
c) título; 
d) subtítulo (se houver, deve ser evidenciada sua subordinação ao título, precedido de dois 
pontos (:) ou distinguido tipograficamente; 
e) local (cidade) a entidade, onde deve ser apresentado; 
f) ano de depósito (entrega). 
LOMBADA (Opcional) 
Parte da capa que reúne as margens internas ou dobras das folhas, sejam elas costuradas, 
grampeadas, coladas ou mantidas de outra maneira. Também chamada de dorso (ABNT NBR 
12225-2004). 
2) PARTE INTERNA 
2.1 Elementos pré-textuais 
Folha de rosto (obrigatória) 
Apresenta as seguintes informações: 
a) nome(s) do (s) autor (es); 
b) título; 
 
 
26 
c) subtítulo (se houver, deve ser evidenciada a sua subordinação ao título, precedido de dois 
pontos (:), ou distinguido tipograficamente; 
d) tipo de projeto de pesquisa e nome da entidade a que deve ser submetido; 
e) local (cidade) da entidade onde deve ser apresentado; 
f) ano de depósito (entrega). 
 
NOTA: se exigido pela entidade, devem ser apresentados dados curriculares do(s) autor (es) 
em folha(s) distinta(s) após a folha de rosto. 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES (Opcional) 
Lista elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado 
por seu nome específico, acompanhado do respectivo número da página. Quando necessário, 
recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de ilustração (desenhos, esquemas, 
fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros). 
 
LISTA DE TABELAS (opcional) 
Lista elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado 
por seu nome específico, acompanhado do respectivo número de página. 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS (opcional) 
Consiste na relação alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das 
palavras ou expressões correspondentes grafadas por extenso. Recomenda-se a elaboração de 
lista própria para cada tipo. 
 
LISTA DE SÍMBOLOS (Opcional) 
Elemento opcional, que deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, 
com o devido significado. 
 
 
27 
SUMÁRIO (obrigatório) 
É a enumeração das divisões,

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