Buscar

Fluor e dentição - odontoped UNIMAR

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

ODONTOPEDIATRIA – Erupção dental
Definição: Movimento migratório, realizado por um dente em formação do seu local de desenvolvimento dentro do processo alveolar para sua posição funcional na cavidade bucal.
Dividida em 3 fases:
• Pré-eruptiva.
• Eruptiva ou pré-funcional. 
• Pós-eruptiva ou funcional.
Fase Pré-eruptiva - fase intra-óssea (tudo o que está acontecendo só consigo ver através de radiografia)
- Início: Rompimento do pedículo que une o germe dentário a lâmina dentária (durante a fase de campânula). 
- Fim: Formação completa da coroa.
Inicialmente existe um grande espaço entre os germes dentários, porém devido ao rápido crescimento eles se aglomeram especialmente na região de incisivos e caninos.
Esse apinhamento diminui com o crescimento ósseo. 
Dividida em 2 movimentos:
1° Movimento de corpo:
• Movimento para a vestibular (largura aumenta). 
• Movimento para a oclusal (altura aumenta).
A medida que a coroa do dente começa a entrar em erupção, ela se move gradualmente para oclusal e vestibular para proporcionar espaço subjacente ao dente para que a raiz se forme.
2° Movimento excêntrico:
Uma parte do germe dental permanece estacionária, enquanto o restante continua a crescer, levando a uma mudança em seu centro.
Fase Eruptiva ou pré-funcional
Fase mista (intra e extra-óssea) 
- Início: Quando a coroa dental está completamente formada.
-Fim: Quando o dente atinge o plano oclusal.
• Crescimento diferencial (osso alveolar e dente).
• Formação das raízes, ligamento periodontal e junção dentogengival.
• Movimentos em direção ao plano oclusal.
• Pequenos movimentos de acomodação para vestibular, lingual/palatina, mesial, distal e rotação.
Fase Pós-eruptiva ou funcional - Fase extra-óssea
– Início: Quando o dente entra em oclusão com o antagonista.
–Fim: Com a perda do elemento dental ou sua extração, ou com a morte do indivíduo.
Movimentos pós-eruptivos são responsáveis por manter a posição do dente, entanto o maxilar continua crescendo.
Teoria folicular (Teoria mais aceita)
O folículo dental é capaz de induzir, orientar e coordenar a reabsorção óssea acima da coroa, sendo responsável pela regulação da fase intraóssea da erupção dental.
Obs: Aposição óssea abaixo da raiz em formação. 
Cronologia de erupção: Em nível celular ocorre o influxo de células mononucleoses no folículo dental, que migram em direção ao osso alveolar e se diferenciam em osteoblastos para formar o caminho eruptivo.
Erupção dentes decíduos:
Início de 6 a 8 meses de idade.
Sequência de erupção de dentes decíduos:
• Incisivo central.
• Incisivo lateral.
• 1° molar.
• Canino.
• 2° molar
(ICI, ILI, ICS, ILS ou ICI, ICS, ILI, ILS)
Erupção dentes permanentes:
Início de 6 a 7 anos.
Sequência de erupção de dentes permanentes:
-Superior (maxila): 
• 1° molar (6).
• Incisivo central (1).
• Incisivo lateral (2).
• 1° pré-molar (4).
• 2° pré-molar (5).
• Canino (3).
• 2° molar (7).
• 3° molar (8).
-Inferior (mandíbula):
• 1° molar (6).
• Incisivo central (1). 
• Incisivo lateral (2). 
• Canino (3).
• 1° pré-molar (4).
• 2° pré-molar (5).
• 2° molar (7).
• 3° molar (8)
ESTÁGIO DE DESENVOLVIMENTO DA DENTIÇÃO PERMANENTE / ESTÁGIO DE NOLLA
0: ausência de cripta.
1: presença de cripta.
2: calcificação inicial.
3: 1/3 da coroa completa. 
4: 2/3 da coroa completa. 
5: coroa quase completa. 
6: coroa completa.
7: 1/3 da raiz completa.
8: 2/3 da raiz completa.
9: raiz quase completa (ápice aberto). 
10: ápice radicular completo. 
ESTÁGIOS IMPORTANTES
2: início da formação do dente.
6: início de movimentos pré-eruptivos. 8: dente aparece na cavidade bucal.
Cronologia de erupção:
A reabsorção e esfoliação dos dentes decíduos levam de 1,5 a 2 anos (incisivos) e 2,5 a 6 anos (caninos e molares).
O período médio entre a esfoliação dos dentes decíduos e a emergência de seus sucessores permanentes variam entre o dia zero e 4 a 5 meses.
Fatores de ordem geral que alteram a cronologia de erupção:
• Estado nutricional.
 •Sexo 
•Raça.
• Condições socioeconômicas. 
• Padrão familiar.
•Fatores hormonais. 
• Doença de origem sistêmica ou infecciosas.
Dentição decídua:
Condição socioeconômica: a criança que apresenta deficiência nutricional tem erupção retardada.
Genética: é mais influente no retardamento ou aceleramento
Dentição permanente:
Sexo: na menina o dente erupciona primeiro.
Fatores de ordem local que afetam a cronologia de erupção:
Dentição permanente - retardam:
• Trauma. • Odontoma.
• Fibrose gengival. 
• Ausência de espaço no arco.
• Cistos de erupção.
 • Retenção prolongada do dente decíduo. 
• Perda precoce (se a perda precoce acontecer antes do estágio 6, vai retardar a erupção).
• Fibrose gengival. 
• Anquilose do dente decíduo.
• Raizes residuais.
• Presença de dentes supranumerários. 
Dentição permanente- aceleram:
• Tratamento endodôntico. • Trauma.
• Perda precoce. • Infecção crônica.
Manifestações da criança
Erupção dos dentes decíduos:
• Irritabilidade.
 • Alterações gastrointestinais, diarreia.
• Aumento de secreção nasal.
 • Estado febril.
• Alterações na pele. 
• Perda de apetite.
• Vômito, tosse.
 • Aumento da salivação.
• Cisto de erupção.
Erupção dos dentes permanentes:
• Opérculo gengival (quando inflama vira pericoronarite).
É fisiológico e a pericoronarite é patológico 
FLÚOR 
Coletivo: fluoretacao da água 
Individual: dentifrício fluoretado, enxaguatório bucal
Profissional: gel, mousse, verniz fluoretado, material restaurador
FLUORTERAPIA (ISOLADA)
Não paralisa cárie dentária
FLUORTERAPIA + HIGIENE (COMBINADA) Diminuição da cárie dentária.
Efeitos do flúor
Flúor incorporado no esmalte: 
Pouco efeito na prevenção.
Flúor presente na saliva:
Mais importante.
Fluoreto de sódio a 2% f: • pH neutro
Fluorfosfato acidulado a 1,23% f
Dentifrícios: Forma mais eficaz no controle de cárie (associa a vantagem do flúor com a higiene oral).
• Flúor constante na cavidade.
• Escovação de 2 a 3x ao dia (de 0 a 6 anos realizada pelos pais).
• Todas as crianças a partir da erupção dos primeiros dentes.
• Usar dentifrícios com no mínimo 1100 ppm de flúor.
Indicação dos dentifrícios:
DENTIFRÍCIOS 500 PPM: Crianças menores de 3 anos com baixo risco a cárie, residente em regiões fluoretada.
DENTIFRÍCIOS 1.000 PPM:
Em todos os outros casos, principalmente com alto risco a cárie, respeitando a quantidade ideal na escova.
TÉCNICA DO GRÃO DE ARROZ:
• Dentifrício em forma de pasta/creme dental. 
• Cerdas da escova levemente lambuzada.
• Quantidade de um grão de arroz (0,1g).
• Crianças menores de 3 anos de idade.
• 0,50g pode levar ao risco de fluorose. 
TÉCNICA DO GRÃO DE ERVILHA:
• Dentifrício em forma de pasta/creme dental.
• Tubo posicionado perpendicular ao longo eixo da escova.
• Quantidade de um grão de ervilha (0,25g). • Crianças de 3 a 6 anos de idade.
• 0,50g pode levar ao risco de fluorose
TÉCNICA DE ESCOVAÇÃO:
Crianças que não apresentam dente na cavidade:
• Crianças até 6 meses.
• Higienização com gaze e água filtrada.
• Técnica do joelho a joelho.
Crianças com dentes:
a partir dos 6 meses:
• Creme dental. • Escova correta.
• Auxílio dos pais. • Fio dental.
A partir dos 3 anos:
TÉCNICA DE STARKEY:
• Criança em pé na frente e de costas para a mãe, encostando a cabeça contra ela.
• Uma mão escova e outra mão afasta a mucosa e lábio.
TÉCNICA DE FONES:
Indicada para remoção de biofilme em crianças de idade pré-escolar e/ou pacientes menos hábeis.
• Movimentos circulares nas faces vestibulares e linguais ou palatinas de todos os dentes.
• Nas faces linguais e palatinas, a escova deve ser posicionada verticalmente em relação ao longo eixo do dente.
• Movimento no sentido ântero-posterior nas faces oclusais.
TÉCNICA DE STILLMAN:
Indicada para crianças com mais de 7 anos de idade e pacientes com retração múltipla.
• A cabeça da escova é colocada à 45° em relação ao longo eixo do dente.
• As cerdas não penetram no sulco gengival - repousando uma parte na cervical do dente outra na gengiva.
• Cerdas apontando em direção apical (ângulo oblíquo com o longo eixo).
• Pressão leve contra a margem gengival (isquemiaperceptível).
• Escovar de 3 em 3 dentes.
• Nas faces oclusais: movimentos curtos de vai e vem pressionando as cerdas nas fissuras.
TÉCNICA DE STILLMAN MODIFICADA:
Semelhante a original, com o mesmo posicionamento da escova.
• Após a escovação a cada grupo de dente, realizar um movimento de rolagem da escova em sentido oclusal.
TÉCNICA DE BASS:
Indicada para remoção de biofilme em pacientes com doenças periodontais.
• A cabeça da escova é colocada à 45° em relação à superfície dentária, com as cerdas penetrando no sulco gengival (até 0,5 mm).
• São realizados movimentos vibratórios de vai- vem horizontal.
• Movimento força as cerdas para dentro do sulco gengival e áreas interproximais.
• Pressão exercida pela escova: leve isquemia no tecido gengival.
• Escovar de 3 em 3 dentes.
• Nas faces oclusais: movimentos curtos de vai- e vem pressionando as cerdas nas fissuras.
TÉCNICA DE BASS MODIFICADA:
Semelhante a original, com o mesmo posicionamento da escova.
• Após a escovação a cada grupo de dente, realizar um movimento de rolagem da escova em sentido oclusal.
ENXAGUATÓRIOS:
Indicações:
• Crianças maiores de 5 anos. • Alta atividade de cárie,
• Programas de saúde pública (grupo de risco). 
Desvantagens:
• Não indicado para crianças menores de 6 anos de idade.
• Avaliar custo-benefício (alta atividade de cárie).
VERNIZ (22.600ppm)
Vantagens:
• Maior contato do flúor com o dente.
• Facilidade de uso. • Menor toxicidade.
• Grande aceitação pelas crianças.
• Indicado na primeira infância.
Desvantagens:
• Alteração de cor temporária.
• Vernizes importados (custo maior).
• Vernizes nacionais: eficiência nao comprovada.
• Possiblidade de reação alérgica (corante). 
TÉCNICA DE APLICAÇÃO *
• Profilaxia.
• Lavar e secar abundantemente.
• Isolamento relativo.
• Inicie a aplicação pela proximal pincelando uma fina camada de verniz.
• Usar fio dental nas próximas.
• Não é necessário secar ou enxaguar após a aplicação.
OBS: Após aplicação não escovar os dentes naquele dia.
GEL:
TÉCNICA DE APLICAÇÃO *
• Profilaxia.
• Paciente sentado (90o).
• Secar bem os dentes com jato de ar. • Isolamento relativo.
• Aplicar o gel sobre o quadrante.
• Passar fio dental para o gel chegar nas proximais.
• Deixar 1 minuto. • Remover excessos.
Indicações:
• Crianças com mais de 4 anos de idade (risco de deglutição).
• Presença de cárie ou risco de cárie. OBS
• Nunca fazer aplicação com o paciente em jejum.
• Sempre alertar o paciente antes da aplicação para não engolir o produto.
• Não transferir o produto para recipiente de vidro.
MOUSSE
TÉCNICA DE APLICAÇÃO *
• Profilaxia. • Paciente sentado (90o).
• Secar bem os dentes com jato de ar.
• Inserir a moldeira com o mousse (uma colher de chá ou a parte rasa do dappen de plástico), um arco de cada vez.
• Permanecer com a moldeira por 4 minutos pressionando para o gel atingir as proximais.
• Remover a moldeira.
• Remover os excessos (pedir para a criança cuspir exaustivamente).
		Isadora Paião

Continue navegando