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ANESTESIOLOGIA EM ODONTOPEDIATRIA


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Odontopediatria – Anestesiologia em Odontopediatria 
 O procedimento anestésico causa muito medo em adultos e crianças; 
 Anestesia local e a anestesia geral são responsáveis pelo bloqueio da dor e reduzir 
ansiedade, medo e desconforto do paciente. 
  Aumenta a confiança da criança. 
 É o mesmo princípio utilizado em adultos, salvos as diferenças anatômicas metabólicas, 
além do reforço de técnicas complementares que inspirem confiança e reduzam o medo 
e ansiedade. 
 A metabolização é mais lenta nas crianças, pois os órgãos ainda estão em 
desenvolvimento; 
 Realizar técnicas de reforço do comportamento se necessário: dizer, mostrar e fazer e 
reforço positivo; 
O QUE CONSIDERAR INICIALMENTE NO CONTROLE DA DOR EM ODONTOPEDIATRIA? 
 Considerar a natureza da dor, os valores e atitudes frente à ela; 
 Até 2 anos de idade são mais sensíveis a dor; 
 Até 11 ou 12 anos apresentam dificuldade para diferenciar a dor e o desconforto à 
manipulação. 
 A dor pode ser desencadeada por: estímulos táteis, visuais ou sonoros 
 Considerar o histórico do paciente; medo de situações novas e experiências negativas. 
IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DA DOR EM ODONTOPEDIATRIA 
 Sucesso do tratamento 
 Colaboração dos pais 
 Não causar traumas ou aversão 
 Experiência agradável à criança 
FATORES IMPORTANTES NA DE BOA ACEITAÇÃO 
 Manejo da criança 
 Anatomia, fisiologia e farmacologia 
 Delicadeza e destreza 
 Material adequado 
 Boa técnica 
 
 
 
QUANDO INDICAR ANESTESIA LOCAL? 
 Procedimentos que provoquem dor, como exodontias, tratamento endodônticos... 
ANESTÉSICOS LOCAIS 
 Articaina 
 Lidocaína 
 Priliocaina 
 Mepivacaina 
 Benzocaina – ester 
O QUE PODE INFLUENCIAR NA ABSORÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS? 
 Local de injeção 
 Presença de vasoconstrictor 
 Dose 
 Agente anestésico 
ADMINISTRAÇÃO E DOSAGEM 
 Deve-se procurar utilizar o menor volume de concentração necessário para se obter a 
anestesia satisfatória; 
 A solução anestésica deve ser injetada lentamente, pois a velocidade da injeção é um 
fator na rapidez da absorção do medicamento e nas reações tóxicas subsequentes. 
VASOCONSTRICTORES 
 Reduzem absorção do anestésico local; 
 Reduz o risco de efeitos tóxicos; 
 Promove maior hemostasia. 
 Anestésicos locais sem vasoconstrictores devem ter seu uso limitado em crianças. 
PRINCIPAIS VASOCONSTRICTORES 
 EPINEFRINA  mais indicado em odontologia / poucos efeitos cardíacos 
significantes; 
 NORIEPINEFRINA  pouco utilizada, descamação necrose e tecidual l 
 FELIPRESSINA  ter atenção em crianças com problemas de anemia, porque nesses 
pacientes pode acontecer que as hemácias ficam oxidadas, menos oxigenação. 
REQUISITOS DOS AL: 
 Especificidade de ação 
 Reversibilidade: sua ação deve 
permitir a volta às condições 
normais 
 Potência e baixa toxicidade 
 Efeito rápido e duração 
suficiente 
 Não deve produzir reações 
alérgicas ou idiossincrásicas 
 Estabilidade 
 Estéril ou de fácil esterilização 
 Custo relativamente baixo. 
 
 
 Menos efeitos hipertensivos e hiperglicêmicos, crianças, idosos, hipertensos e 
diabéticos. Estimula contração uterina em gestantes. 
INDICAÇÕES EM ODONTOPEDIATRIA 
 1° Lidocaína a 2% + epinefrina 1:100.00 
 2° Mepicavacaína a 2% + epinefrina 1:100.00 
 3° Prilocaína a 3% + felipressina (crianças com anemia – metamoglobinemia: associada a 
prilocaina) 
 Hemoglobina é oxidada formando a metemoglobina, impedindo a molécula de 
transportar oxigênio. Administração intravenosa de azul de metileno a 1% na dosagem 
de 1,5mg/kg de peso corporal, através da injeção lenta. 
 
COMO CALCULAR A DOSE MÁXIMA DE ANESTÉSICOS LOCAIS PARA CRIANÇA? Peso do paciente (kg), 
% do anestésico e DM/kg. 
 Dose máxima / kg 
 Lidocaina: 4,4mg/kg 
 Mepivacaina: 4,4mg/kg 
 Prilocaina: 6,0 mg/kg 
 
 
 
 
 
 
Toxicidade no sangue: 
 Paciente falante com aumento dos batimentos; 
 Maior pressão sanguínea; 
 Contrações e convulsões. 
TÉCNICAS ANESTÉSICAS EM CRIANÇAS 
 Anamanese, doenças sistêmicas, experiências anteriores... 
 Preparo psicológico da criança: dizer-mostrar-fazer, explicar sintomas, dizer que são 
passageiro e respeitar o tempo da criança. 
É mais comum a ocorrência de 
toxicidade em crianças do que em 
adultos; 
Devido as maiores chances de 
apresentarem elevados níveis de AL 
no sangue. 
 
 
Características peculiares nas crianças: 
 Menor densidade óssea; 
 Maior espessamento medular; 
 Órgãos metabolizadores imaturos. 
 Evitar ficar em silencio; 
 Continuar conversando com a criança naturalmente. 
Anestésico tópico 
 Minimizar ou suprimir a dor decorrente da puntura da agulha; 
 Preferir em forma de gel ou pomada; 
 Não usar sobre lesões ulceradas. 
 Principais: benzoicaína 20% 
Passo a passo: 
 Secar a mucosa com leves jatos de ar ou algodão; 
 Manter sugador de saliva em boca; 
 Aplicar na mucosa seca um pouco do gel anestésico um cotonete/bolinha de algodão; 
 Colocar um pedaço de algodão sobre a pomada; 
 Manter por 3 minutos o algodão no local e removê-lo; 
 Verificar a mucosa rugosa e seca, indicando que o efeito foi atingido. 
Técnicas anestésicas em crianças 
Infiltrativa 
 Todos os dentes superiores 
 Dentes anteriores inferiores** 
 Decíduos e permanentes 
 *Molares inferiores, desde que o 1° molar permanente não erupcionado 
Bloqueio do nervo alveolar inferior ou pterigomandibular (método direto ou indireto) 
 Dentes inferiores decíduos e permanentes; 
 Intervenções no tecido ósseo e mucoso da mandíbula; 
Modificações na criança: 
 Quanto mais jovem mais aberto o ângulo; 
 
 
 Crianças < de 6 anos: abaixo do plano oclusal, agulha inclinada abaixo do plano 
oclusal; 
 Criança com 6 – 10 anos: no nível do plano oclusal dos molares. 
 Agulha curta; 
 Mas a profundidade da inserção varia conforme a idade do paciente. (podendo usar 
agulha longa). 
Interpapilar e Transpapilar 
Alternativa para complementar a técnica infiltrativa/bloqueio 
 Indicada para região lingual ou palatina 
Intraligamentar ou peridentária 
Alternativa para complementar outras técnicas anestésicas; 
Agulha é inserida pelo longo eixo da raiz. 
Intrapulpar 
 Anestesico diretamente na polpa dental; 
 Técnica complementar, principalmente em casos de pulpite irreversivel; 
 Intensa dor. 
Orientar os pais e responsáveis, evitar que a criança morda o lábio motivada pelo efeito do 
anestésico local.

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