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Aluna: Vanda Regina Modesto Leira Matei: 201801021491 Campus: R-9 TAQUARA Estágio 4 Professor: Jonathan AO excelentíssimo senhor doutor juiz de direito da Vara cível da comarca de Jacarepaguá -RJ Processo: xxxxx Apelante: Banco do Brasil, já qualificado nos autos e epígrafe, veio por seu advogado inscrito na OAB sob o número XXXXX, com endereço profissional à ( endereço completo com CEP ), endereço eletrônico XXXXX, com procuração anexa, interpor o presente recurso de APELAÇÃO, no prazo legal em conformidade com os artigos: 508 e 513 do C.P.C., com fulcro no artigo 1009 do CPC/15, em discordância com a decisão proferida por este juízo na ação que move a apelada Sra Maria, também já qualificada Requer desde já o seu recebimento com a imediata Intimação da apelada, querendo oferecer Contrarrazões e ato contínuo, seja os autos com as razões anexas remetidas ao EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO para fins aqui aduzidos. Conforme redação do Artigo 520 do CPC requer que seja recebida no seu efeito devolutivo e suspensivo, portanto, faz juntar o comprovante de efetivação do preparo em conformidade com o artigo: 511 do CPC. Termos em que pede deferimento Local/Data Advogado/OAB RAZÕES DE RECURSO DE APELAÇÃO; Apelante: Banco do Brasil Apelado: Maria Processo: XXXXX Origem : Vara cível da Comarca de Jacarepaguá- RJ EGRÉGIO TRIBUNAL/ COLENDRA CÂMARA I- DA TEMPESTIVIDADE; O presente recurso de apelação é tempestivo, visto que interposto dentro do prazo de 15 dias determinado pelo artigo 1.003, § 5º do CPC/15 (Lei nº 13.105/15) II- FO PREPARO; Foram comprovados os pagamentos das custas conforme o artigo: 1007 do CPC/15. III- DOS FATOS; A apelada é cliente do Banco do Brasil e alega ter sofrido fraude em sua conta bancária, através de seus cartões: de débito e crédito. A apelada procurou o Banco do Brasil (Réu) para tentar encontrar uma solução diante do ocorrido, mas porém, não logrou êxito no seu pleito. Em vista do exposto, ajuizou ação em face do Apelante, sendo o réu citado para contestar, e assim, o fez alegando que a falha de inexistência de prestação de serviço, sendo assim, não tem o dever de indenizar.. A parte recorrida apresentou réplica e em seguida o juiz intimou as partes em provas e pugnaram pela não necessidade de outras provas além das já apresentadas, seja na petição inicial, seja na contestação. Por fim, o juiz proferiu a sentença nos seguintes termos: É O RELATÓRIO DECIDO: O feito comporta julgamento antecipado, nos termos do art.355 do CPC/2015, eis que as partes não pugnaram pela produção de qualquer prova O réu arguiu preliminar de ilegitimidade passiva a qual não merece acolhida, ante a teoria da asserção. Se o mesmo possui ou não res- ponsabilidade pelos fatos narrados, tal diz ao mérito e não à caren- cia acionária. Também sem razão o réu em sua preliminar de falta de interesse de agir, eis que presente o binômio necessidade/utilidade da movimen- tação da máquina judiciária. A impugnação a gratuidade de justiça merece igual rejeição, uma vez que o réu não apresentou nos autos qualquer prova que vá de encontro aos documentos apresentados junto com a petição inicial, os quais não afastam a autora da condição alegada. Rejeito todas as preliminares, No mérito, razão assiste à autora. A relação entre as partes é de consumo, eis que o réu é prestados de serviços (art.3° paragrafo 2° do CDC ) e a autora é destinatária final do serviço ( art. 2° c/c art. 4°, I do CDC ) sendo esta a parte mais fraca e vulnerável desta relação. Aplicável, in casu, a teoria de risco de empreendimento ( art.14 do CDC ), segundo a qual todo aquele que exerce uma atividade, ofere- cendo seus serviços à sociedade, reponde pala sua qualidade e segu- rança, responsabilizando-se objetivamente por eventuais falhas, ou seja, ainda que ausente o elemento culpa ( artigos 5°, X da CF/88 c/c 14 do CDC e 186 e 927 do CC/2002). A autora narra que teve o seu cartão bancário furtado por pessoa que se dizia ser preposto no Colégio Pedro II, local em que trabalhou por cerca de 30 anos e que , após o furto, foram realizadas diversas com- pras e saques dos dias 3 e 7 de fevereiro de 2022 e que não logrou so- lucionar o problema junto ao réu. O réu aduz não ter cancelado as compras impugnadas em razão de as mesmas terem sido feitas de forma presencial e com a utilização do cartão, pelo que não tem reponsabilidade sobre os fatos narrados. Tal alegação, contudo, não se sustenta, É pacífico o entendimento do E .STJ no sentido de que a fraude ban- cária deve ser reputada como fortuito interno e relação à atividade do banco, conforme a Súmula 479 do STJ. A autoria comprovou nos autos que, após ter ciência das compras e saques que estavam sendo realizados em seu cartão, informou ao réu que não havia realizado tais compras e solícitos o bloqueio do plásti- co, O documento de fls 15087583 comprova ainda ter a autora regis- trado boletim de ocorrência acerca do furto do seu cartão e das com- pras e saques não autorizados, não sendo crível que a autora fizesse uma falsa comunicação de crime para fraudar o banco réu. O réu, em contrapartida, não fez prova concreta nos autos de que as transações impugnadas estejam dentro dos padrões de consumo da autora, ou de que tenha tomado todas as medidas necessárias de segu- rançã a fim de evitar as transações fraudulentas objeto da lide, ônus que lhe competia, a teor do art.373, II do CPC. Configurada, pois, a falha na prestação de serviços do réu, o que da ensejo ao integral acolhimento dos pedidos formulados. Os danos morais restaram configurados na hipótese, ante os sentimen- tos de angústia, frustração e impotência experimentados pela autora ao Comunicar ao réu não ter realizado as compras impugnadas e não ter estornado os valores utilizados indevidamente. Tais sentimentos se in- serem na órbita do dano moral e merecem ser compensados. O arbitramento de indenização por dano mora deve ser moderada e equitativo para que não se converta o sofrimento em móvel de captação de lucro ( o lucrocapiendo). Considerando as circunstâncias do caso concreto e em atenção aos prin- cípios da razoabilidade e da proporcionalidade, fixo o valor de indeniza- ção em R$ 4.000,00 atendendo tal fixação à finalidade reparação/ san- ção. Ante ao exposto, JULGO PROCEDENTES OS PEDIDOS, torno defi- nitiva a tutela de fls, 16273489, declaro canceladas as compras realiza- das no cartão de crédito objeto da lide, entre os dias 03 e 07 de fevereiro de 2022, no valor de R$ 6.155,58 e seus acréscimos e condeno o réu a: a) Estornar para a conta da autora o valor de R$ 6.567,70, debitado entre o período de 03 a 07 de fevereiro de 2022, acrescidos de juros de 1 porcento ao mês a partir da citação e correção monetária a partir de débito efetuado; b) Restaurar o limite do cheque especial da conta bancária da autora ao exato valor do dia 02/02/2022, no prazo de 10 dias, sob pena de multa equivalente ao dobro do valor negativo que constar do cheque especial. c) Pagar à autora o valor de R$ 4.000,00, a título de danos morais, acrescidos de juros de 1 porcento ao mês a partir da citação e correção monetária a partir da intimação da sentença ( súmula 362 do STJ) Condeno o réu, por fim, ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios que ora fixo em 10 porcento sobre o valor atualizado da condenação, em observância ao disposto no art.85 parágrafo 2° e 8° do CPC/2015. Transitado em julgado e nada requerendo as partes no prazo de 10 dias, dê-se baixa e arquive-se Publique-se e intimem-se. IV PEDIDOS 1- Que a presente apelação seja recebida, visto que é tempestiva. 2- Que no mérito seja dado provimento a apelação par que a sentença seja reformada julgando improcedentes os pedidos autorais . 3- Subsidiariamente, se for o caso, que seja minorado o quantum indenizatório 4- Condenação do apelado ao pagamento das despesas e honorários de advogado em 20% sobre o valor da causa. Termos em que pede deferimento Local... Data... Advogado... OAB/UF...
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