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Direito Tributário CRÉDITO TRIBUTÁRIO • LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO –AUTO DE INFRAÇÃO • SUSPENSÃO DO CT • EXCLUSÃO DO CT • EXTINÇÃO DO CT A HISTÓRIA DE VIDA DE UM AUTO DE INFRAÇÃO HI •Hipótese de Incidência •Previsão legal do fato que gera dever de pagar tributo FG •Fato Gerador •Materialização da HI –pratica do fato previsto em lei OT •Obrigação Tributária •Resultante da prática do Fato Gerador –obrigação de pagar tributo CT •Crédito Tributário •Exigível a partir da formalização da obrigação tributária -lançamento Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana -IPTU HI •CTN, art. 32 a 34 FG •A propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município. OT •Sujeito Ativo: Município •Sujeito Passivo: proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título (locatário ou mero detentor não!) •Base de cálculo: Valor venal do imóvel. CT •Lançamento de Ofício Art. 139 CTN • O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta • Torna-se exigível a partir do lançamento tributário • Apenas após constituído o crédito tributário o Fisco pode exigir o cumprimento da obrigação tributária LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO Art. 142 CTN • Procedimento administrativo tendente a o verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação o determinar a matéria tributável o calcular o montante do tributo devido o identificar o sujeito passivo o propor a aplicação da penalidade cabível (sendo caso) Art. 142 e 144 CTN • Competência privativa da autoridade administrativa • Atividade vinculada e obrigatória • Lançamento constitui o crédito tributário • Confere certeza e liquidez à relação jurídico-tributária • Reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação • Rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO – MODALIDADES –CTN arts. 147 a 150 DE OFÍCIO Art. 149 CTN Efetuado e Revisto pela autoridade administrativa POR DECLARAÇÃO Art. 147 CTN Declaração do Sujeito Passivo ou terceiro sobre fatos Prestada ao Fisco POR HOMOLOGAÇÃO Art. 147 CTN O Sujeito Passivo tem o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa Ao Fisco compete homologar o procedimento do SP DE OFÍCIO FISCO Não precisa de nenhum ato ou participação do Sujeito Passivo Ex: IPTU, IPVA POR DECLARAÇÃO FISCO + Contribuinte (Misto) Lançamento realizado pela autoridade administrativa com base em informação prestada pelo SP EX: ITBI, II, IE POR HOMOLOGAÇÃO Contribuinte O Sujeito Passivo tem o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa Ao Fisco compete homologar o procedimento do SP EX: ICMS, IR, IPI, PIS, Cofins, etc. Decreto 70.235/72 –PAF, arts. 9,10 e 11 • Auto de Infração o Emitido por auditor-fiscal o Informa a disposição legal infringida e a penalidade aplicável • Notificação do Lançamento o Expedido pelo órgão que controla o tributo o Apenas disposição legal infringida, sem aplicação de penalidades * Auto lançamento –lançamento por homologação SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO • Constituído o Crédito Tributário, ele pode ser exigido pelo Sujeito Ativo • Existem situações que suspendem a exigibilidade do crédito tributário pela Fazenda Pública –CTN art. 151: o I -moratória o II -o depósito do seu montante integral; o III -as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; o IV -a concessão de medida liminar em mandado de segurança. o V –a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; (Incluído pela Lcpnº 104, de 2001) o VI –o parcelamento. • A suspensão da exigibilidade do crédito tributário não impede a emissão de CND – Certidão Negativa de Débito (Certidão Positiva com Efeitos de Negativa) • Sujeito Passivo considera-se regular em relação ao Fisco AS RECLAMAÇÕES E OS RECURSOS, NOS TERMOS DAS LEIS REGULADORAS DO PROCESSO TRIBUTÁRIO ADMINISTRATIVO • Após ser intimado do lançamento tributário (Auto de Infração ou Notificação de Lançamento), o Sujeito Passivo tem quatro alternativas: o Pagar -extinção o Parcelar –suspensão da exigibilidade o Revelia –encaminhamento para Inscrição em Dívida Ativa e Execução Fiscal o Impugnar o lançamento na esfera administrativa o Questionar judicialmente o lançamento • Impugnação ao lançamento na esfera administrativa • Decreto 70.235/72 • Sujeito Passivo tem 30 dias para apresentar impugnação • Julgamento pela Delegacia da Receita federal de Julgamento (DRJ) • Recurso Voluntário e Recurso Especial ao Conselho Administrativo de Recursos Federais (CARF) o Impugnação e Recurso ao CARF suspendem a exigibilidade do Crédito Tributário MORATÓRIA • Dilação legal do prazo de pagamento do tributo • Dilação do prazo, não é dispensa do pagamento • CTN, art. 152. Moratória: o Em caráter geral LEI do Ente Federativo competente Exceção: União, quanto a tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente concedida quanto aos tributos de competência federal o Em caráter individual Lei autorizadora permite moratória a um grupo reduzido de sujeitos passivos, e os critérios precisam ser analisados individualmente DESPACHO DA AUTORIDADE ADMINISTRATIVA PARCELAMENTO • Corresponde a dilação legal do prazo para pagamento dos tributos, em parcelas. • CTN, art. 155-A • É causa de suspensão do crédito tributário • Rescindido o parcelamento por falta de pgto, a exigibilidade do tributo retorna • Exige lei específica, estabelecendo forma e condições –REFIS, PAES, RELP • Na falta de lei específica, aplica-se as leis gerais de parcelamento do ente da Federação ao devedor em recuperação judicial • Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do crédito tributário não exclui a incidência de juros e multas DEPÓSITO DO MONTANTE INTEGRAL • O depósito, em sede judicial ou administrativa, do montante integral do tributo devido pelo contribuinte suspende a exigibilidade do crédito tributário • Ex: Mandado de Segurança, Ação Declaratória, Ação Anulatória • O depósito suspende a fluência dos juros de mora • Ao final da ação, tendo sucesso o contribuinte, a quantia depositada é devolvida • Caso o Fisco tenha vencido a ação, o depósito é convertido em renda do Ente Tributante MEDIDA LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA • Mandado de Segurança visa proteger direito líquido e certo daquele que sofre ilegalidade ou abuso de poder, ou tiver receio de sofrê-la, como ato perpetrado por autoridade pública ou agente de pessoa jurídica, no exercício de atribuições do poder público. • A concessão de decisão liminar em sede de mandado de segurança suspende a exigibilidade do crédito tributário MEDIDA LIMINAR OU DE TUTELA ANTECIPADA EM AÇÃO JUDICIAL • A concessão de decisão liminar ou tutela antecipada em ação judicial suspende a exigibilidade do crédito tributário OAB Exame XV –2014 O Fisco do estado “X” lavrou auto de infração contra a pessoa jurídica “Y” para cobrar ICMS sobre a remessa de mercadorias entre a matriz e a filial dessa empresa, ambas referido estado. A empresa “Y” impetrou, então, mandado de segurança objetivando ver reconhecido seu direito líquido e certo ao não recolhimento do ICMS naquela operação. Pleiteou também medida liminar. Assinale a opção que pode, validamente, ser objeto do pedido de liminar formulado pela pessoa jurídica Y. A) Extinção do crédito tributário. B) Exclusão de crédito tributário. C) Constituição do crédito tributário.D) Suspensão da exigibilidade do crédito tributário. OAB Exame XXX –2019 No final do ano de 2018, o Município X foi gravemente afetado por fortes chuvas que causaram grandes estragos na localidade. Em razão disso, a Assembleia Legislativa do Estado Y, em que está localizado o Município X, aprovou lei estadual ordinária concedendo moratória quanto ao pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) do ano subsequente, em favor de todos os contribuintes desse imposto situados no Município X. Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. A) Lei ordinária não é espécie normativa adequada para concessão de moratória. B) Lei estadual pode conceder moratória de IPTU, em situação de calamidade pública ou de guerra externa ou sua iminência. C) Lei estadual não pode, em nenhuma hipótese, conceder moratória de IPTU. D) A referida moratória somente poderia ser concedida mediante despacho da autoridade administrativa em caráter individual. OAB Exame XXXI –2020 Uma sociedade empresária em recuperação judicial requereu, perante a Secretaria Estadual de Fazenda do Estado X, o parcelamento de suas dívidas tributárias estaduais. O Estado X dispunha de uma lei geral de parcelamento tributário, mas não de uma lei específica para parcelamento de débitos tributários de devedor em recuperação judicial. Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. A) O parcelamento não pode ser concedido caso inexista lei específica estadual que disponha sobre as condições de parcelamento dos créditos tributários do devedor em recuperação judicial. B) O prazo de parcelamento a ser concedido ao devedor em recuperação judicial quanto a tais débitos para com o Estado X não pode ser inferior ao concedido por lei federal específica de parcelamento dos créditos tributários do devedor em recuperação judicial. C) O parcelamento do crédito tributário exclui a incidência de juros, em regra, no caso de devedor em recuperação judicial. D) O parcelamento do crédito tributário exclui a incidência de multas, em regra, no caso de devedor em recuperação judicial. OAB Exame XV –2014 Um empresário consulta um escritório de advocacia sobre a possibilidade de a sociedade da qual é administrador participar de uma licitação, sendo certo que, para tal, terá que apresentar uma certidão demonstrando a inexistência de débitos fiscais com o governo federal. Ele informa que a sociedade foi autuada pelo não recolhimento do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR), e a defesa administrativa, apresentada no prazo, ainda não foi apreciada pelo órgão competente. Considerando apenas os dados apresentados, afirmar que a sociedade A) não poderá participar da licitação, pela existência de crédito tributário vencido e não pago. B) poderá participar da licitação, pois o crédito tributário está com a exigibilidade suspensa. C) poderá participar da licitação somente após a defesa administrativa ser analisada. D) somente poderá participar da licitação se depositar o valor do crédito tributário. EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO • Corresponde a causas de inibição do lançamento tributário –art. 175 CTN • Ocorre o fato gerador, mas não há lançamento • Não impede a exigência de obrigações acessórias o Isenção o Anistia ISENÇÃO CTN, art. 176 a 179 • Dispensa legal do pagamento do tributo • Impede o lançamento do tributo ANISTIA CTN, art. 180 a 182 • Perdão legal de penalidade pecuniária • Impede o lançamento de multa ISENÇÃO • A isenção não é extensiva: o às taxas e às contribuições de melhoria o aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão • Em caráter geral o LEI do Ente Federativo competente • Em caráter individual o Lei autorizadora permite isenção a um grupo reduzido de sujeitos passivos, e os critérios precisam ser analisados individualmente o DESPACHO DA AUTORIDADE ADMINISTRATIVA • A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei ANISTIA • CTN, art. 180 • A anistia só alcança infrações ocorridas antes da lei que a concede. • Não se aplica o atos qualificados como crimes ou contravenções o Presença de dolo, fraude, simulação ou conluio • Não gera direito adquirido (art. 182, §ú) • CTN, art. 181 o Em caráter geral, limitada a: a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo; b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante, conjugadas ou não com penalidades de outra natureza; c) a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares; d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa. o Em caráter individual Lei autorizadora, com DESPACHO DA AUTORIDADE ADMINISTRATIVA OAB Exame XXIV –2017 O Município X, graças a uma lei municipal publicada no ano de 2014, concedeu isenção de IPTU aos proprietários de imóveis cujas áreas não ultrapassassem 70m². João possui um imóvel nessa condição e procura seus serviços, como advogado(a), para saber se deve pagar a taxa de coleta de resíduos sólidos urbanos, instituída pelo município por meio de lei publicada em junho de 2017, a ser exigida a partir do exercício financeiro seguinte. Diante desse quadro fático, assinale a afirmativa correta. A) João não deve pagar a taxa de coleta, uma vez que a isenção do IPTU se aplica a qualquer outro tributo. B) João não deve pagar a taxa de coleta, porque, sendo a lei instituidora da taxa posterior à lei que concedeu a isenção, por esta é abrangida, ficando João desobrigado do IPTU e da taxa. C) João deve pagar a taxa de coleta, porque a isenção só é extensiva às contribuições de melhoria instituídas pelo município. D) João deve pagar a taxa de coleta, porque, salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva às taxas. OAB Exame XXIII –2017 O Estado E publicou a Lei nº 123, instituindo anistia relativa às infrações cometidas em determinada região de seu território, em função de condições a ela peculiares. Diante desse fato, o contribuinte C apresentou requerimento para a concessão da anistia, comprovando o preenchimento das condições e o cumprimento dos requisitos previstos em lei. Efetivada a anistia por despacho da autoridade administrativa, verificou-se o descumprimento, por parte do contribuinte, das condições estabelecidas em lei, gerando a revogação da anistia de ofício. Diante da situação apresentada, assinale a afirmativa correta. A) A anistia instituída pela Lei nº 123 é inviável, pois a anistia deve abranger todo o território da entidade tributante. B) Não é possível a revogação da anistia, pois o preenchimento das condições e o cumprimento dos requisitos previstos em lei, por parte do contribuinte, geram direito adquirido. C) A anistia instituída pela Lei nº 123 é inviável, pois a anistia somente pode ser concedida em caráter geral. D) É possível a revogação da anistia, pois o despacho da autoridade administrativa efetivando a anistia não gera direito adquirido.