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pelo mundo 140 ARGENTINA Pegue carona nesta road trip pelo Norte do país e prepare o coração: montanhas multicoloridas, deserto de sal e vinhedos de altitude são algumas surpresas pelo caminho SALTA• JUJUY • TUCUMÁN + BUENOS AIRES VALLE NEVADO • FLORIDA KEYS • PANTANAL • ABROLHOS Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS https://t.me/BrasilRevistas 2 VIAJAR pelo Mundo Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VIAJAR pelo Mundo 3 Tarcila Ferro Editora-chefe | @tarcilaferro A revista Viajar Pelo Mundo (ISSN 1984-7777) é uma publica- ção da RAC Mídia Editora Ltda - ME (tel.: 11 98145-7822). A RAC Mídia não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veicula- dos. A Editora se isenta de quais- quer danos diretos e/ou indiretos causados a terceiros, advindos da exibição dos anúncios em desacordo com as Leis Criminal, Civil e do Código Brasileiro de Defesa do Consumidor. Impressão: Elyon Indústria Grá- fi ca - Rua Mário Regallo Perei- ra, 242, Jardim Gilda Maria, São Paulo/SP Sim, é Argentina! Não esperava? Eu tampouco, até começar a ver as fotos deste destino incrível que tivemos a chance de co- nhecer em primeira mão. A princípio, o que nos motivou a ir até o pouco divulgado Norte da Argentina foi o lançamento do voo direto entre São Paulo e Salta. Voar sem paradas é sempre um motivo nobre, que faz com que o viajante, de maneira geral, con- sidere um lugar mais do que outro na hora de decidir sobre suas férias. Quando o destino é a Argentina, tudo coopera ainda mais. Mas, ao chegar ao país de Buenos Aires, Bariloche e Mendo- za, o que acontece? Damos de cara com as pouco conhecidas Salta, Jujuy e Tucumán. Nunca ouviu falar? Não se preocupe, estamos aqui para isso. Nesta road trip, não faltaram surpresas, daquelas bem boas. Afi nal, ninguém espera encontrar tão perto do Brasil paisagens com montanhas multicoloridas e rochedos gigantes com jeito de Grand Canyon. Ou, ainda, caminhar e de- pois dormir em um deserto de sal, acomodado em tendas im- pecáveis, onde não faltam conforto e boa comida, mesmo em um lugar em que você quase escuta seus pensamentos, tama- nho é o silêncio da imensidão branca. Sem falar dos vinhos de altitude e das ruínas pré-hispânicas. É um pedaço da Argentina comple tamente diferente de tudo o que você já viu e ouviu. A continuação dessa história está contada em detalhes na reportagem de mais de 30 páginas que faz um recorte profun- do e muito bem costurado de tudo o que você pode ver na re- gião, mostrando como organizar sua viagem para lá. O trabalho está todo feito, agora você só precisa decidir quando ir! EDIÇÃO 140 – 2022 Publisher Rodrigo Cunha Editora-chefe Tarcila Ferro (MTB 42110) tarcila@racmidia.com.br Editora -assistente Cristiane Sinatura cristiane@racmidia.com.br Editora -assistente web Karina Cedeño redacao@racmidia.com.br Colaboradores de texto Anna Laura Wolff , Gabriel Dias e Victor Bezerra Mídias digitais Isabela Oliveira e João Brunhara web@racmidia.com.br Designer Mariane Jayne Distribuição e logística Patrícia de Natal - adm@racmidia.com.br Publicidade/Novos Negócios Renato Cunha - renato@racmidia.com.br Capa Shutterstock Distribuição em Bancas RAC Mídia Editora (11) 98145-7822 CARTA AO LEITOR A JORNALISTA CRISTIANE SINATURA NA PROVÍNCIA DE TUCUMÁN Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS Acompanhe a #RevistaViajar nas redes sociais! RevistaViajarpeloMundo revistaviajar canalviajar 6 Cartões, milhas e viagem Como ter acesso às Salas Vip nos aeroportos 10 Novidade Conheça o Parque da Peppa Pig, pertinho de Orlando 16 Viajar Indica New York Hilton Midtown, Nova York SUMÁRIO ARGENTINA VALLE NEVADOFLÓRIDA PANTANAL 20 Viajar no Ar Voamos pela Polaris, classe executiva da companhia United 22 Abrolhos Viagem pelo arquipélago baiano ao estilo liveaboard 28 Pantanal Safári para ver onças-pintadas, no Mato Grosso do Sul 36 Valle Nevado Tudo sobre a temporada de neve na estação chilena 50 Argentina Salta, Jujuy e Tucumán revelam novas possibilidades de roteiros pelo país 88 Florida Keys Beleza singular marca o roteiro de Miami até Key West Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS 6 VIAJAR pelo Mundo VIAJAR CARTÕES E MILHAS F o to s : G a b ri e l D ia s Conforto, internet boa e comida à vontade são algumas regalias que os lounges exclusivos oferecem. Sonho de consumo de qualquer viajante, entenda como você também pode ter acesso. Por Gabriel Dias Você sabia que há salas VIP em mais de 600 aeroportos ao redor do mundo? Só no Brasil, existem cerca de 60 opções espalha- das nos principais aeroportos. E acredite: de- pois que você usar pela primeira vez, nun- ca mais vai desejar aguardar o voo no saguão de embarque. Além do conforto, as salas VIP oferecem Wi-Fi de qualidade e gratuito, serviço de alimen- tos e bebidas – inclusive alcoólicas –, televisões, kids club e muito mais. Em algumas opções, há restaurantes com pratos à la carte, salas de banho, champanhe francês e massagem. Uma das formas de usar as salas VIP é se tornando membro do Priority Pass, empresa lí- der nesse segmento e que fornece acesso a mais de 1.300 lounges espalhados pelo mun- do. O viajante tem como opção assinar um dos planos de adesão ou ter cartões de crédito que contemplem o benefício. Há três planos de adesão, que funcionam da seguinte forma: no Plano Standard é preci- so pagar anuidade de US$ 99, além de US$ 32, por acesso. Já no Standard Plus, o valor de US$ 299 é pago por ano, incluindo 10 visitas (se ultrapassar, custa US$ 32 cada nova entra- da). Apenas a opção Prestigie fornece entra- das ilimitadas, pelo valor de US$ 429 ao ano. Lembrando que os acompanhantes precisam pagar à parte, caso não sejam membros. Para saber se o aeroporto em que estará tem loun- ge da Priority Pass, basta baixar o aplicativo ou acessar o site prioritypass.com. SALA VIP seu refúgio no aeroporto LoungeKey e Lounge Pass O LoungeKey é da mesma empresa do Priority Pass, mas funciona de forma dife- rente e conta com menos salas VIP. Você não pode fazer a adesão individual, mas o LoungeKey tem parceria com vários cartões de crédito, que isentam os asso- ciados da assinatura. Já o Lounge Pass é um passe que você pode comprar para usar a Sala Vip en- quanto espera seu voo. Sem vínculo com nenhum cartão de crédito, o benefício está presente em mais de 400 aeropor- tos espalhados pelo mundo. É comprar e usar. Para mais detalhes e serviços, aces- se loungekey.com e loungepass.com. ESPAÇO THE LOUNGE, NO AEROPORTO DE FLORIANÓPOLIS Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VIAJAR pelo Mundo 7 Gabriel Dias é fundador dos sites Falando de Viagem (falandodeviagem.com.br) e Cartões, Milhas e Viagens (cartoesdecredito.me). Em parceria com a Viajar pelo Mundo, ele comanda o grupo Cartões, Milhas e Viagens no WhatsApp, um canal de troca de informações, esclarecimento de dúvidas e dicas diárias. Esclareça suas dúvidas Entendido como fazer parte, outras dúvidas costumam surgir, entre as mais recorrentes é se o viajante de classe econômica tem direito ao benefício. A resposta é sim! A entrada é vá- lida em qualquer classe de serviço. E quanto a bebês e crianças? Eles podem entrar sem pro- blemas, não existe nenhuma restrição com re- lação à idade. Sobre o horário de funcionamento, os clien- tes precisam ter em mente que não são todos os lounges que funcionam 24 horas. Isso depende do movimento do aeroporto e demanda de voos na madrugada. No Brasil, por exemplo, a maioria fecha no fim da noite e reabre logo cedo. Cartões de crédito que oferecem o Priority Pass Porto Seguro Visa Infinite American Express - The Platinum Card (Versão de Metal) Santander American Express (The Platinum Card) BRBCARD DUX Visa Infinite e o Eurobike Visa Infinite Elo Diners Club, Elo Nanquime Elo Grafite Cada banco emissor tem a política própria, sen- do fundamental que o usuário informe-se com o banco sobre os benefícios dos seus cartões. Crédito para comer nos aeroportos Um dos benefícios oferecidos pelo Priority Pass e LoungeKey é usar o seu crédito da cota de visitas em restaurantes nos aeroportos. Ou seja: ao invés de entrar na sala VIP, o viajante ganha um crédito de cerca de US$ 27 para con- sumir como desejar. Por exemplo, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, há opção de frequentar o Bleriot Bar & Lounge e o Tryp GRU Airport, ambos para voos internacio- nais, acessíveis pelos terminais 3 ou 2. Ao chegar, você apresenta seu cartão na recepção e informa o número de acessos que irá usar. Você pode consumir mais do que o crédito, pagando a diferença, se usar menos, não haverá troco. Muito além do conforto Os benefícios e as experiências do Priority Pass vão muito além das salas VIP. Em alguns aeroportos americanos, por exemplo, há uma sala de videogame, em outros, serviço de Spa com massagem cortesia. Você também pode dormir nas unidades Sleep Pods e tomar um ba- nho em uma sala privativa. Nos aeroportos de Dubai e Doha, é possível dormir em uma cama sleep 'n fly. No aeroporto de Punta Cana, uma piscina com vista para a pista é a sensação ESPAÇO BANCO SAFRA NO AEROPORTO INTERNACIONAL DE GUARULHOS PISCINA NO AEROPORTO DE PUNTA CANA Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS ANGUILLA 8 VIAJAR pelo Mundo Conhecida como a capital culinária do Caribe, a ilha passa a ter em seu calendário um festival gastronômico anual, além de restaurantes deliciosos e experiências imersivas. F o to s : J a m a l G u m b s , N a ta li e V o lc h e k A lv a re z e d iv u lg a ç ã o A n g u iil a A nguilla é famosa por suas belas praias de águas cristalinas, mas para realmente desfrutar do destino é preciso explorar sua excelente oferta gastronômica. A ilha, afinal, é conside- rada a capital culinária do Caribe, com mais de 100 restaurantes em uma área de -90 km². Tanta variedade só poderia resultar em um evento digno: o festival gastronômico Anguilla Culinary Experience, que teve sua primeira edição em maio de 2022. Reunindo chefs locais e interna- cionais, o festival acontecerá todos os anos em restaurantes, resorts e vilas. Além das aulas de culi- nária, fazem parte da programação menus criativos a preços fixos no Restaurant Night. ONDE COMER E BEBER Em Anguilla, a gastronomia faz parte da cultura e da identidade, por isso é importante provar os sabores típicos para entender a história da ilha. Um fato curioso é que não existem grandes redes de restaurantes, apenas estabelecimentos independentes, muitos deles com receitas baseadas em ingredientes frescos e cultivados em hortas caseiras. De food trucks a restaurantes de hotéis reno- mados, os chefs unem os sabores locais com técnicas globais. Dentro dessa proposta, a ilha soma opções como os deliciosos restaurantes Pimms e o Cip’s by Cipriani, situados no hotel Cap Juluca (Grupo Belmond), o Julians, aberto no Quintessence Hotel (Relais & Chateaux), o Mosaic, no Aurora Anguilla Resort & Golf Club, e o Straw Hat, no Frangipani Beach Resort. À beira-mar, fora dos hotéis, também há lugares surpreendentes para comer bem. Vale a pena co- nhecer o Flavors, o restaurante do chef Kevin Paul com vista para Sandy Ground. Já o Sharky’s faz su- cesso por conta do seu bolo de lagosta e o Blanchards empolga por seus camarões servidos em mo- lho picante. Outros endereços imperdíveis para bons drinques são o Dune Preserve, do famoso músico local Bankie Banx, além do Sunshine Shack, o Elvis’ Beach Bar, o Vincy’s on the Beach e o Ocean Echo. Publieditorial OS SABORES DE ANGUILLA ANGUILLA APRESENTA RECEITAS À BASE DE LAGOSTA TEMPERAM A GASTRONOMIA DE ANGUILLA Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VIAJAR pelo Mundo 9 Agora, se a ideia é ter uma alimentação natu- ral, o The Juice Bar, em South Hill, é ideal para se refrescar com sucos de todos os tipos. Peça o Pick Me Up, feito com laranja, cenoura, limão e gengi- bre, ou o Pepino Maçã, com pepino, maçã, aipo, limão e gengibre. E nenhum lugar pode compe- tir com os smoothies de frutas de Pamela Miller, no Sea Spray Boutique & Ice & Easy Smoothies. Depois de provar essas delícias, não deixe de con- ferir as lembrancinhas e artesanatos da loja. Para quem quer combinar passeios turísticos com gastronomia, uma boa pedida são as expe- riências imersivas, que oferecem uma verdadei- ra viagem pelos sabores locais, com opções para todos os gostos. Há, por exemplo, passeios com degustações em vinícolas e destilarias de rum, TÍPICO DE ANGUILLA O “goat water” (água de cabra, em tradução literal) é um ensopado de cabra servido acompanhado de arroz e legumes. É um dos pratos tradicionais da ilha, junto com os frutos do mar, especialmente a lagosta, carro-chefe de muitas receitas. Há também o lagostim, menor e com gosto mais adocicado se comparado à lagosta. Além de cheios de sabor, os pratos têm apresentação visual criativa e podem ser acompanhados por coquetéis refrescantes, como o ponche de rum. OS SABORES DE ANGUILLA ESTÃO NOS RESTAURANTES, NAS BARRACAS DE PRAIA E ATÉ NOS FOOD TRUCKS ESPALHADOS PELA ILHA COQUETÉIS TROPICAIS SERVIDOS NO SANDY ISLAND RESTAURANT HOTEL BELMOND CAP JULUCA FOI UM DOS PARTICIPANTES DO EVENTO almoços a bordo de barcos, aulas para aprender a cozinhar com ingredientes locais e muito mais. Em Anguilla, afinal, a comida gostosa faz parte da identidade e do cotidiano de quem mora e de quem turista por lá. COMO CHEGAR EM ANGUILLA Agora é mais fácil chegar a Anguilla a partir do Brasil. Pode-se voar com a American Airlines, que opera um serviço diário do Aeroporto Internacional de Miami (MIA) para Anguilla. Para quem busca es- tilo e sofisticação, é possível chegar de jato parti- cular ou de pequeno avião fretado. INFORMAÇÕES visitAnguilla.com @VisiteAnguilla Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS 10 VIAJAR pelo Mundo VIAJAR NOVIDADE Situado em Winter Haven, a 40 minutos do Orlando, o parque é ideal para crianças pequenas e fi ca ao lado do Legoland, na região central da Flórida. Por Tarcila Ferro O Peppa Pig Theme Park é a novida- de mais fresquinha para quem vai passar férias em Orlando, na Fló- rida. Aberto em março passado, o parque dedicado a porquinha mais famosa da te- levisão conta com 16 atrações inspiradas nos personagens dos desenhos. Pequeno, é exclusivo para crianças na fase da pré- -escola, entre zero e 7 anos. O fato de ser compacto é um alívio pa- ra os visitantes, que não precisam cami- nhar muito até as atrações. O mais co- mum são os pais deixarem os carrinhos de lado e levarem as crianças no colo ou de mãos dadas. Outra dica para os pais: não esqueçam a roupa de banho dos pe- quenos. Como faz muito calor na Flórida, até mesmo no inverno, o parque tem um playaquático molhado com baldão, chafa- riz, miniescorredores e túneis. Jardim da Mamãe Pig É a primeira atração, lo- go que entramos no parque. A área é como um gran- de parquinho, com mesa e bancos para as crianças desenharem e dois brinquedões, ambos com pon- tes e escorregadores. Ainda há um labirinto que le- va até o Forte do George e túneis que são a casa da Coelha Rebecca. Principais atrações PEPPA PIG Parque estreia nos EUA Confi ra a cobertura desta viagem nos destaques do Instagram @revistaviajar Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VIAJAR pelo Mundo 11 F o to s : T a rc il a F e rr o Sr.Batata Showtime Arena É nesse espaço que acontecem os dois shows do parque. O Peppa Pig´s Treasure Hunt Adventure faz com que as crianças procurem pistas pe- lo parque para ajudarem Peppa e George a acharem um tesouro. No segundo, Peppa Pig Comes to Play, a porquinha chama os pequenos para dançarem e brincarem com ela. Os dois acontecem duas vezes ao dia (ver horário no dia da sua visita)e duram cerca de 10 minutos. Martelo de Força do Sr. Touro Versão light do brinquedo com sensação de que- da, semelhante ao clássico elevador que cai. Montanha-russa do Papai Pig A Casa da Peppa coroa o parque e é ali que fi ca a atração mais “radical” do pedaço. Cada um entra em um car- rinho vermelho da Família Pig, que anda pelos trilhos conduzidos pelo Papai Pig. São duas curvas apenas e uma descida suave, mas arranca griti- nhos dos pequenos. Passeio de balão com a Peppa Um dos brinquedos mais fofos, em que as crianças entram na cestinha do balão, que sobe girando lentamente. Passeio de barco do Papai Pig Em uma espécie de piscina, as crianças entram em barquinhos iguais ao do Vovô Pig e navegam, girando em círculos. Aventura de Dinossauro do Vovô Coelho Ao invés de cava- linhos, são dinos- sauros que percor- rem lentamente os trilhos levando as crianças. VIAJAR pelo Mundo 11 Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS 12 VIAJAR pelo Mundo VIAJAR NOVIDADE F o to : T a rc il a F e rr o Valor da entrada Na bilheteria do parque são ofere- cidos três tipos de composição de ingressos. Para um dia na Peppa, o ingresso custa US$34,99. Outra op- ção é conciliar a ida com o Lego- land, que fica ao lado. O valor é de US$ 124,99, para um dia, por pes- soa. Para dois dias fica US$ 149,99 e, para três dias, US$ 169,99. A ter- ceira possibilidade é incluir o par- que aquático do Legoland, soman- do um total de três parques. Você pode comprar o trio para dois dias por US$ 169,99 ou para três dias a US$ 194,99. Esses são os valores di- retamente na bilheteria, mas no site do parque costuma ter preços com até 20% de desconto para os combos. peppapigthemepark.com. Onde ficar O Legoland Resort é ao lado do par- que da Peppa. No site do resort, há pro- moções ao comprar duas noites, ganha a terceira, além de três dias de entra- da nos três parques: Peppa, Legoland e parque aquático. Esse pacote custa a partir de US$ 100, por noite, por pes- soa, incluindo café da manhã e estacio- namento do hotel. Viagem a convite do Visit Central Florida Onde comer É a primeira atração, logo que entramos no parque. A área é como um grande par- quinho, com mesa e bancos para as crianças desenharem e dois brinquedões, ambos com pontes e escorregadores. Ainda há um labirinto que le- va até o Forte do George e túneis que são a casa da Coelha Rebecca. Há apenas um restaurante, o Miss Rabitt's Diner, que serve opções triviais, como mac&cheese, pizza, sanduíches, bo- wl de frango com arroz e legumes, além de salada de frutas, batata chips, biscoi- tos, milkshakes, suco de laranja, chocola- te quente e diversos tipos de café. Para ter uma ideia de quanto vai gastar, calcule al- go em torno de US$15, por pessoa. Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VIAJAR pelo Mundo 13 Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS ANGUILLA 14 VIAJAR pelo Mundo Localizado a 90 minutos da capital paulista, o Mavsa Resort conta com acomodações para famílias e casais, além de um cardápio forrado de atividades para todos os perfi s e idades. Q uem mora em São Paulo sabe que fi n s de semana e feriados são ótimas opor- tunidades para dar aquela escapada para o interior. Melhor ainda se for para relaxar em uma hospedagem que oferece estrutura completa de lazer para adultos e crianças. Assim é o Mavsa Resort, localizado no município de Cesário Lange, a apenas 90 minutos da capital paulista. Com acomodações divididas em sete cate- gorias, o hotel oferece chalés, apartamentos e suítes. Quem opta pelos chalés encontra espaços com piscina privativa e sala de estar, em algumas uni- dades. São ambientes exclusivos para se hospedar com a família e ide ais também para uma viagem a dois. Já a opção Júnior Suítes conta com espaços de 40 m² e duas camas de casal. Publieditorial Refúgio no interior MAVSA APRESENTA O ESCORREGADOR DE 30 METROS É UMA DAS PRINCIPAIS ATRAÇÕES DO RESORT Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VIAJAR pelo Mundo 15 SUI ÍTE DO BLOCO PREMI ÈRE A CIDADE DOS SONHOS É UM DOS LUGARES PREFERIDOS DA CRIANÇADA LAZER PARA TODOS No Mavsa Resort não tem como fi car para- do. Tem atividades para todos os gostos. É arco e fl echa, quadra poliesportiva, campo de fute- bol, minizoológico e não para por aí. A área do lago, por exemplo, é um dos lugares mais procu- rados pelos hóspedes. Por lá, eles têm à dispo- sição pescaria, pedalinhos, caiaque e pranchas de stand up paddle. A Cidade dos Sonhos é um espaço lúdico reple- to de atrações para as crianças. Há jogos eletrôni- cos, minirroda-gigante o divertido samba, além de salão de jogos e da brinquedoteca. Um parquinho novo foi aberto bem próximo a essa área. Porém, se a ideia é fi car só relaxando nas piscinas, opções não irão faltar. A maior delas funciona como uma prainha, bem rasinha. É o lugar ideal para se refrescar com os bebês e as crianças pequenas, que se divertem no chafariz e no escorregador. Enquanto isso, os adultos aproveitam a piscina com bar molhado e os que não dispensam uma adrenalina escorregam no tobogã com 30 metros de altura, um dos lugares mais amados do resort. Dá para ir sozinho ou acompanhado, já que o to- bogã é largo e sobra espaço para duas pessoas irem lado a lado. Junto das piscinas, um bar ser- ve petiscos com porções de batata frita, frango a passarinho, tudo incluso nas diárias! Entretanto, se o dia está frio e o clima mais fechado, vale a pena passar um tempo relaxando na piscina aquecida e coberta. Outro destaque do Mavsa é o sistema all- -inclusive, que esbanja variedade de opções em seu restaurante central, que atende como bufê. Comer bem ali é uma deliciosa obrigação e, pode ter certeza, que irá levantar da mesa mais de uma vez para aproveitar as estações de saladas, mas- sas, grelhados e sobremesas. Ainda tem pizzas e comida japonesa aos sábados. PARA MAIS INFORMAÇÕES mavsaresort.com STAND UP PADDLE NO LAGO Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS 16 VIAJAR pelo Mundo VIAJAR INDICA Localização certeira é a alma do negócio no Hotel New York Hilton Midtown, que está colado às principais atrações de Nova York. Por Rodrigo Cunha N O C E N T R O D O M U N D O São apenas cinco quarteirões até o Central Park. A Quinta Avenida, principal polo de compras de luxo da cidade, está logo ao lado, assim como o Museu de Arte Moderna (MoMA). Até a Times Square, são só 650 metros; e pouco menos que isso leva ao Rockefeller Center. Precisa dizer mais algu- ma coisa para ficar claro que a localização é o grande destaque do New York Hilton Midtown? Um dos maiores hotéis de Nova York, que coloca o hóspede no epicentro fervilhante de Manhattan, ostenta 45 andares, nos quais se espalham quase 1.900 quartos. A movimen- tação que toma os arredores se reflete tam- bém nas áreas comuns do hotel, que recebe muitas conferências e eventos de negócios em suas 49 salas de reunião. Aqui, na esquina da 6th Avenue com as ruas 53 e 54, hóspedes cor- porativos e turistas se mesclam sem distinção. O padrão dos quartos é pensado para aten- der a esses dois tipos de perfil. A espaçosa AS SUÍTES EXECUTIVAS PODEM TER UMA OU DUAS CAMAS DE CASAL Confira a cobertura desta viagem nos destaques do Instagram @revistaviajar Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VIAJAR pelo Mundo 17 Fo to s: d iv u lg aç ão H ilt o n New York Hilton Midtown › 1335 6th Avenue, Nova York, EUA › Diárias a partir de US$ 274 (mais cobrança de US$ 30 de taxas por dia, que incluem crédito nos bares e no grab and go do Herb n’ Kitchen) › hilton.com acomodação em que me hospedei tinha duas camas de casal, de forma a comportar até quatro pessoas de modo bem confortável. Além de comodidades básicas, como mesa de trabalho, poltrona, TV de tela plana, secador de cabelo e até ferro de passar roupa, o quar- to tinha frigobar como diferencial,algo raro nos hotéis de Nova York. Ainda que você reserve uma habitação de categoria mais econômica, vale tentar, no mo- mento do check-in, um upgrade para um quar- to melhor, que tenha acesso ao Executive Lounge. Nesse espaço exclusivo, são servidos diariamente café da manhã e lanche da tarde gratuitos. E, aqui, mais uma dica: cadastrar-se no programa de fidelidade Hilton Honors pode dar uma boa ajuda com esse upgrade. E ain- da garante Wi-Fi grátis – para não membros, o acesso à internet é pago. Para quem gosta de malhar mesmo du- rante as viagens, uma academia de mais de 700 m2 está à disposição no quinto andar, com a possibilidade de contratar um personal trainer. A parte gastronômica fica por con- ta do Herb n’ Kitchen, que funciona duran- te todo o dia, começando com bufê de café da manhã e seguindo com saladas, sanduí- ches e pizzas, em ambiente tanto de restau- rante quanto de mercearia/cafeteria do tipo grab and go. Já o Bridges Bar serve coque- téis e lanches no almoço e jantar, enquanto o Lobby Lounge, o mais movimentado de todos, serve drinques e pratos rápidos durante todo o dia. Certamente o melhor lugar para ob- servar o vaivém de Manhattan, com um belo coquetel em mãos. NO EXECUTIVE LOUNGE SÃO SERVIDAS OPÇÕES DE CAFÉ DA MANHÃ E LANCHE O HERB N’ KITCHEN É UM MISTO DE MERCEARIA E RESTAURANTE Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS ANGUILLA 18 VIAJAR pelo Mundo Jantar sensorial, novo parque aquático e cenários paradisíacos para realizar cerimônias de casamento tornam as cinco unidades caribenhas da rede Hard Rock Hotels ainda mais atraentes para os brasileiros. F o to s : d iv u lg a ç ã o A rede Hard Rock Hotels, que já agrada aos mais diversos perfis de viajantes por sua infinidade de atrativos, continua investindo em novidades. Entre as mais recentes está o jantar sensorial Awake Your Senses (Desperte Seus Sentidos), disponível nos hotéis Hard Rock Hotel & Casino Punta Cana e Hard Rock Hotel Riviera Maya. De acordo com o diretor corporativo da RCD Hotels para a América Latina, Leonel Reyes, o hóspede terá uma vivência gastronômica multissensorial. “O jantar é uma experiência imer- siva, a começar pelo ambiente, que usa projeção de alta resolução, realidade aumentada e sistema de som durante a refeição. A mesa é interativa, com sistema de aromatização do am- biente e até os pratos são comestíveis”, conta. O Awake Your Senses tem duração de 90 minutos e pode ser realizado com, no míni- mo, quatro pessoas e no máximo 12. O valor é de US$ 150 por participante e a reserva é por meio do programa Vacation Planners. Publieditorial Hard Rock Hotels Caribe com novidades RCD APRESENTA Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VIAJAR pelo Mundo 19 PARQUE AQUÁTICO ROCKAWAY BAY Outra novidade nos Hard Rock Hotels é o par- que aquático Rockaway Bay, que foi inaugurado recentemente na unidade de Punta Cana, igual ao que já existe na Riviera Maya. “O Rockaway Bay agrada a todos os perfis de turistas, sejam eles crianças ou adultos. O parque tem mais de 20 toboáguas de diferentes níveis de dificuldade. Há, inclusive, escorregadores de alta velocidade para quem gosta de adrenalina”, comenta Reyes. Lembrando que a entrada para o Rockaway Bay está inclusa na diária dos hóspedes. DESTINATION WEDDING É fato: muitos brasileiros sonham se casar em destinos paradisíacos. E se esses lugares forem de frente para o mar azul do Caribe, melhor ain- da. Entre os destinos mais procurados para rea- lizar esse sonho estão Punta Cana, na República Dominicana, e Cancun e Riviera Maya, no México. É justamente nesses destinos que estão os ho- téis mais procurados da rede Hard Rock Hotels. Além de toda a estrutura para realizar a cerimônia, os noivos ganham uma série de mimos, de acordo com a quantidade de convidados que efetivarem a reserva. É importante lembrar que todos os hotéis da rede são all-inclusive. “Para 2023 há muitas re- servas de casamentos. Em 2022, 40% do público brasileiro que se hospedou nos hotéis teve como finalidade festejar as bodas”, conta Leonel Reyes. NOVO PARQUE AQUÁTICO ROCKAWAY BAY PRATO SERVIDO NA EXPERIÊNCIA AWAKE YOUR SENSES De acordo com os dados da rede RCD Hotels, 136 casamentos de turistas brasileiros foram rea- lizados em 2021, em uma das cinco unidades dos Hard Rock Hotels. O destino mais procurado para essa finalidade é o Hard Rock Hotel & Casino Punta Cana, seguido pelo Hard Rock Hotel Riviera Maya. Após o setor de casamentos, o segundo motivo são as férias, com 26%, seguido por gru- pos e convenções (MICE), que soma 15%. Em especial, o Hard Rock Hotel & Casino Punta Cana, assim como o Hard Rock Hotel Riviera Maya, oferece estrutura com- pleta para eventos e reuniões, com espaços de 6 e de 8 mil m2, res- pectivamente. “O setor de MICE está bastante aquecido na reto- mada”, finaliza Reyes. TODAS AS ACOMODAÇÕES DO HARD ROCK PUNTA CANA E DO HARD ROCK RIVIERA MAYA PASSARAM POR REFORMAS. AS PISCINAS, RESTAURANTES E OUTROS AMBIENTES TAMBÉM FORAM REMODELADOS. Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS 20 VIAJAR pelo Mundo A Polaris, classe executiva da United, garante privacidade para todos os assentos, que contam com roupa de cama da Saks Fifth Avenue, entrada USB e várias outras comodidades. Por Rodrigo CunhaÉ C O M O D O R M IR N A S N U V EN S Voltar a voar é, por si só, uma delícia. Que dirá, então, se for curtindo todas as regalias da classe executiva... Pois assim viajei, recentemente, aos Estados Unidos: a bordo da Polaris, da companhia aérea americana United. Em aeronaves Boeing 777-200, a configuração é do tipo 1-2-1, em que todos os assentos têm acesso ao corre- dor. Mesmo quem senta nas poltronas centrais conta com muita privacidade, graças à divisó- ria retrátil e à posição diagonal que não permi- tem ver o passageiro ao lado. Controladas por botões, as poltronas recli- nam totalmente, ficando com mais de 2 metros de extensão e 60 centímetros de largura, o que garante uma noite de sono tranquila e confortável. A roupa de cama, por sinal, é um dos diferenciais da United, com assina- tura da marca Saks Fifth Avenue. Junto a dois tamanhos de travesseiro (incluindo um de gel refrescante), cobertores bem quentinhos estão F o to s : d iv u lg a ç ã o U n it e d e R o d ri g o C u n h a disponíveis em cada poltrona – e a vontade de levar um para casa? A boa notícia é que o nécessaire com produ- tos de higiene da marca Sunday Riley, esse sim, pode ficar com a gente. Tem escova e creme dental, lenço de papel e desinfetante, protetor labial e auricular, meia, máscara para os olhos e hidratante para mãos e rosto. Passageiros em voos com mais de 12 horas ainda ganham pijama. Além disso, fones de ouvido antirruído ajudam a garantir uma noite ainda mais confor- tável. Para dormir sem preocupações, é possível acionar o botão de “não perturbe”, que acende um aviso no corredor, assim a tripulação sabe que não deve acordar aquele passageiro para as refeições, por exemplo. Também pensando na qualidade do sono, a iluminação da cabine faz toda diferença. As persianas eletrônicas são desenvolvidas de forma a vetar 100% da claridade externa, mas quem precisar pode usar as luzes individuais, Confira a cobertura desta viagem nos destaques do Instagram @revistaviajar VIAJAR NO AR Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VIAJAR pelo Mundo 21 SALA VIP Todos os passageiros que viajam em classe executiva ganham acesso a salas VIP. No caso da United, o lounge liberado no aeropor- to internacional de Guarulhos é o do Banco Safra, no terminal 3. Já nos EUA, a companhia aérea possui salas próprias, a Lounge Polaris, nos aeroportos de San Francisco, Nova York/ Newark, Chicago, Houston e Los Angeles. incluindo uma de leitura. Outro ponto digno de nota são os compartimentos de que cada poltrona dispõe para guardar pertences, numa espécie de miniarmário,cuja portinha tem até um espelho interno. E, necessidade básica nos dias de hoje, há também entrada USB de carregamento rápido e plug universal. Igualmente prático, o controle remoto da TV fica posicionado no braço do assento, assim quem está deitado, assistindo a uma das muitas opções de entre- tenimento, não precisa se esticar para alcançar a tela touch. O acesso ao Wi-Fi, que, de forma geral, funciona bem, custa US$ 10 o voo todo (ou US$ 8 para membros do programa de fide- lidade Mileage Plus). Depois do embarque prioritário, os viajan- tes da Polaris são recebidos na aeronave com um drinque e já podem deixar escolhido o que querem jantar depois da decolagem. No meu voo, havia três opções: ravióli de queijo com molho vermelho, frango com legumes ou carne vermelha com arroz e vegetais. O jantar acom- panhava uma salada de frutas e uma tortinha de chocolate. Já no café da manhã, foram duas opções: omelete com tomate ou torradas com manteiga e cream cheese. Na parte de bebi- das, a variedade é enorme, e as alcoólicas são servidas em pequenas embalagens. Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS ABROLHOS 22 VIAJAR pelo Mundo AbrolhoS F o to : V ic to r B e ze rr a Logo na primeira vez em que mergulhei nas águas de Abrolhos, já me surpreendi com a abundância de vida marinha. Usando só snorkel, deparei-me imediatamen-te com três arraias-pintadas, lindas, nadando bem próximas da superfície. Badejos e tartarugas – no mínimo – também seriam companhias constantes em todos os mer- gulhos dos quatro dias que eu ainda tinha pela frente. Localizado a 70 quilômetros da costa sul da Bahia, o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos é um tesouro raro, abrigando uma das maiores biodiversidades do Brasil em cinco ilhas. Calcula-se que suas águas, que protegem uma grande parcela do maior banco de corais do Atlântico Sul, sejam habitadas por cerca de 1.300 espécies animais, sendo 45 ameaçadas de extinção – vide a rara tartaruga-de-couro, maior do mundo. É também um importante berçário de baleias jubartes, que, de junho a setembro, vêm até aqui para se reproduzir. Não à toa, até Charles Darwin se maravilhou com suas pes- quisas por essas bandas. A jornada para conhecer Abrolhos é longa e cansativa – é justamente o acesso difícil que garante a conservação de tamanha riqueza. Por isso mesmo, passeios bate-volta podem não valer tanto a pena, já que a navegação entre o continente e o arquipéla- go leva de quatro a cinco horas, saindo da cidade baiana de Caravelas. O mais indi- cado, portanto, são os roteiros de dois a quatro dias em um liveaboard, tipo de barco dotado de toda a estrutura necessária para que os visitantes possam dormir a bordo. Além de proporcionar mais tempo para explorar a região, a experiência permite as- sistir ao nascer e ao pôr do sol no meio do mar, uma das coisas mais lindas da vida. Protegido como um parque marinho, o arquipélago próximo à costa sul da Bahia surpreende com uma das maiores biodiversidades do Brasil, que pode ser explorada em roteiros do tipo liveaboard. Por Victor Bezerra Por Victor Bezerra v i d a a b o r d o ABROLHOS DO AMR AO CÉU, BAHIA Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VIAJAR pelo Mundo 23O CATAMARÃ ZEUS NAVEGA PELAS ILHAS DO PARQUE MARINHO E ACOMODA ATÉ 12 PESSOAS A BORDO Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS ABROLHOS 24 VIAJAR pelo Mundo F o to s : S h u tt e rs to c k e V ic to r B e ze rr a PREPARE SUA VIAGEM COMO CHEGAR O ponto de embarque para Abrolhos é na cidade de Caravelas, localizada a 259 quilô- metros de Porto Seguro, onde se encontra o aeroporto mais próximo e que recebe voos de diversas cidades brasileiras. O trajeto de cinco horas entre Porto Seguro e Caravelas pode ser feito de carro alu- gado, transfer contratado ou ainda de ônibus intermunicipal, que leva seis horas, sendo necessária uma baldeação em Alcobaça. Recomenda-se chegar a Caravelas um dia antes do embarque. QUEM LEVA Os preços dos liveaboards variam de acordo com o número de noites, o tipo de embarcação e se o viajante é mergulhador ou não. Com a Apecatu Expedições, o liveaboard de três noites no barco Zeus custa R$ 2.500 para não mergulhadores ou R$ 3.500 para mergulhadores, já com todas as refeições incluídas. Uma noite sai por R$ 1.700 (sem mergulho) ou R$ 2.200 (mergulhadores), enquanto o de duas noites fica R$ 2.100 (sem mergulho) ou R$ 2.800 (mergulhadores). Os preços para o catamarã Netuno são, em média, R$ 200 a menos. Também é preciso pagar a taxa de conservação ambiental do parque, que é de R$ 52 por dia. apecatuexpedicoes.com.br INTERNET E CELULAR Devido à distância da costa, em Abrolhos não existe sinal, a não ser em algumas exceções. Quem acorda para ver o sol nascer, por exemplo, talvez consiga um pouco do sinal de Wi-Fi que vem da base da Marinha para enviar mensagens e até mesmo usar as redes sociais. LOCALIZADO A 70 QUILÔMETROS DA COSTA SUL DA BAHIA, O PARQUE NACIONAL MARINHO DOS ABROLHOS , É UMA DAS MAIORES BIODIVERSIDADES DO BRASIL NA ILHA DE SANTA BÁRBARA, O FAROL DE ABROLHOS DATA DE 1861 Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VIAJAR pelo Mundo 25 Dentre as empresas que oferecem o programa, a Apecatu Expedições dispõe dos catamarãs Zeus e Netuno. Fiquei três noites a bordo do primeiro, o maior da companhia. Fui muito bem atendido pela tripulação, que, além dos instruto- res de mergulho, é formada também pe- lo mestre, pelo marinheiro e pela cozi- nheira – sim, a comida é feita na hora, no próprio barco. Durante o dia, são ser- vidas quatro refeições, cada uma com um cardápio diferente e sempre com ingredientes frescos. No caso de algu- ma intolerância alimentar, basta avisar no início da viagem. O Zeus comporta um total de 12 pessoas em cinco cabines, sendo duas suítes – pequenas, mas bastante práti- cas e confortáveis. Duas escotilhas em cada acomodação fazem as vezes de janela, garantindo a circulação de ar. Quem não está hospedado em uma su- íte usa os banheiros comunitários. Eles são pequenos, com um espaço aperta- do entre o vaso e a pia para tomar ba- nho com uma ducha higiênica. Por isso, a maioria dos viajantes adere ao chuveiro de água doce que fica na po- pa do barco (sem xampu nem sabone- te, que é para evitar contaminação do mar). Por experiência própria, eu garan- to que, ao fim de um dia de mergulho, a alma já estará tão lavada que só tirar o sal do corpo com uma chuveirada será mais que suficiente! Ah, e é importan- te saber que o racionamento de água é regra, já que os tanques não podem ser reabastecidos durante a viagem. Um mundo embaixo d’água Nosso catamarã Zeus saiu cedinho de Caravelas, antes das 8h, para che- gar a Abrolhos na hora do almoço. Em- polgado demais para esperar, pulei a re- feição a bordo para cair logo no mar, só com snorkel, máscara e nadadei- ras – foi quando encontrei as três ar- raias pertinho da superfície. São mui- tas as surpresas guardadas nas águas de Abrolhos, afinal. O peixe bodião-azul, por exemplo, é um autêntico “jardinei- ro” de corais, que pode ser visto de dia, QUEM VIAJA EM UM LIVEABOARD PODE FAZER MERGULHOS COM CILINDRO OU APENAS COM SNORKEL Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS ABROLHOS 26 VIAJAR pelo Mundo no raso; já durante os mergulhos no- turnos, podemos ver vários escondi- dos em suas próprias bolhas de muco, que os protegem dos predadores. Além deles, Abrolhos fervilha com diversas espécies de arraias, moreias, grandes cardumes e tartarugas, especialmente na Ilha Siriba. E não é preciso ter certifi cação de mergulho para aproveitar boa parte dis- so tudo. Existem vários pontos de mer- gulho, proporcionando experiências diferentes para qualquer passageiro. Mesmo quem fi ca só de snorkel em de- terminadas áreas rasas – onde é possí- vel nadar sozinho sem perigo –, conse- gue ver muita vida marinha. Iniciantes podem se aventurar em mergulhos de batismo com a companhia do instrutorou até mesmo fazer o curso com cre- denciamento internacional, do básico ao avançado, durante os dias a bordo. Os mergulhos para aqueles que já são credenciados acontecem com dois ins- trutores – Noel e Lula –, que vão guiando o grupo o tempo inteiro, em naufrágios a 25 metros de profundidade e nos chapei- rões, que são colunas de corais milenares em forma de cogumelos, com mais de 20 metros de altura. Boa oportunidade para ver a espécie de coral-cérebro que é ex- clusiva de Abrolhos. Caiaque e stand-up paddle são outras atividades para variar um pouco a programação. Durante os dias a bordo, aconte- cem ainda dois desembarques em ter- ra fi rme. Na primeira parada, na Ilha Santa Bárbara, é realizada uma visita guiada pela base da Marinha do Brasil e do Instituto Chico Mendes de Con- servação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela manutenção do par- que marinho. Ali fi ca o Farol de Abro- lhos, de 1861, que pode ser conheci- do por dentro. A segunda descida é na Ilha Siriba, habitada por muitas aves, residentes ou migratórias, que por ali fazem ninhos ou pousam temporaria- mente, como grazinas-do-bico verme- lho, atobás brancos e marrons, fragatas e beneditos. Em Abrolhos, afi nal, a vi- da pulsa do mar ao céu. F o to : S h u tt e rs to c k AS ILHAS SÃO O HÁBITAT DE DIVERSAS ESPÉCIES DE AVES MARINHAS, ENTRES ELES OS ATOBÁS BRANCOS E MARRONS, SÍMBOLOS DE ABROLHOS Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VIAJAR pelo Mundo 27 Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS PANTANAL 28 VIAJAR pelo Mundo VIDA REAL NO PANTANAL Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VIAJAR pelo Mundo 29 Cenários dignos de novela embalam as experiências de hospedagem no Refúgio Ecológico Caiman, em meio à natureza do Mato Grosso do Sul, povoada por animais, como onças-pintadas e araras-azuis Por Anna Laura Wolff (@anna.laura), do blog Carpe Mundi (carpemundi.com.br) | Fotos: Bia Macedo Acordar antes mesmo de o sol nas-cer para explorar os campos aber-tos a bordo de carros de safári, diri- gir acompanhado do canto de araras-azuis e tuiuiús, navegar em lagos onde os jaca- rés dão o ar da graça, espreitar-se entre ar- bustos que tamanduás-bandeiras atraves- sam em total silêncio. Viver essas e outras experiências é como conhecer e redescobrir fragmentos do Brasil primitivo, que vive em meio a cheias e secas em uma das maiores planícies inundáveis do planeta. Feito um rico mosaico de biodiversida- de, o Pantanal contém vestígios de outros quatro biomas, incluindo a Amazônia, o Cerrado, a Mata Atlântica e o Chaco da Bo- lívia. É o hábitat mais bem conservado do Brasil, com cerca de 80% de cobertura ve- getal. Contudo, só isso não é o suficiente. De acordo com o Instituto Nacional de Pes- quisas Espaciais (Inpe), o Pantanal está no pior cenário dos últimos 22 anos. O núme- ro de focos de incêndio aumentou em mais de 1.800% na comparação entre agosto de 2019 e de 2020, e as áreas de desmatamen- to relacionadas ao manejo inadequado de terra para agropecuária são cada vez maio- res, colocando em risco o frágil equilíbrio ambiental da região. Configura-se ali uma situação em que fauna e flora riquíssimas se veem em extrema necessidade de atenção. É aí que entra o Refúgio Ecológico Caiman, um oásis de 53 mil hectares, que funciona em perfeita harmonia entre o luxuoso e o campestre. Fundada em 1985 como a pri- meira operação de ecoturismo no Pantanal do Mato Grosso do Sul, a Caiman propor- ciona uma vivência com sofisticação e con- forto extremos, mas sempre em sintonia com a essência da região. Além disso, tem como missão preservar a natureza e a cultu- ra pantaneiras. Suas contribuições se dão principalmente por meio do apoio aos proje- tos e iniciativas locais de conservação, que incluem a Reserva Particular do Patrimônio Natural Dona Aracy; a ONG Onçafari, que luta pela conservação das onças-pintadas; o projeto Papagaio Verdadeiro, que estuda e coleta informações sobre uma das aves mais ameaçadas pelo tráfico; e o Instituto Arara Azul, que monitora os ninhos desse pássaro, ajudando a aumentar significativamente sua população no bioma. Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS PANTANAL 30 VIAJAR pelo Mundo PREPARE SUA VIAGEM COMO CHEGAR O Refúgio Ecológico Caiman fica no município de Miranda, no Mato Grosso do Sul. O aeroporto mais próximo é o de Campo Grande, a 236 quilômetros. Dali, a melhor opção é contratar um transfer indicado pela pousada, com preços a partir de R$ 1.500. QUANDO IR A melhor época do ano para avis- tamento de animais é no período da seca, en- tre julho e outubro. Na cheia (dezembro a mar- ço), quase não dá para passear pelos campos, uma vez que fica tudo alagado, mas algumas aves são avistadas com mais facilidade. Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VIAJAR pelo Mundo 31 ONÇAFARI Inegavelmente, a atração mais esperada do Pan- tanal é a onça-pintada. Campos abertos, planícies alagáveis, regiões de pastagens e uma boa ofer- ta de presas silvestres, como catetos, veados e ta- tus, tornam o ambiente ideal para concentrar uma das maiores populações dessa espécie felina no Brasil. Há dez anos atuando no Refúgio Ecológi- co Caiman, o Projeto Onçafari tem o desafio de reintroduzir onças órfãs ao seu hábitat, promover estudos sobre a espécie e conscientizar a popula- ção quanto à preservação. Mais legal ainda, eles conseguem habituar os animais à presença de veí- culos, deixando de encará-los como ameaça e, as- sim, vivendo uma vida totalmente selvagem, livre e passível de avistamento. Ao longo dos anos, fo- ram registradas mais de 150 onças-pintadas, e a probabilidade de encontrar uma nos safáris guia- dos pelo projeto é de 98%. Atividade paga à parte. SAFÁRI É o principal atrativo não só da Caiman, mas da experiência pantaneira como um todo, em que os animais são vistos em seu hábitat de forma responsável. A experiência ocorre a bordo de um jipe 4×4 com bancos abertos na carroceria, que leva os turistas pelas es- tradas em busca dos bichos, passando entre campos abertos e capões. São aplicadas as mesmas técnicas dos safáris africanos, além de condutas éticas para não afetar o bem- -estar das espécies, sempre sob supervisão de profissionais especializados. Atividade in- cluída na diária. No Refúgio Caiman, os hóspedes têm a chance de viver experiências únicas, sempre acompanhados de um biólogo especializado no Pantanal e um nativo que fica encarregado de trazer histórias da região. Algumas atividades estão incluídas na diária; outras podem ser contratadas à parte. EXPERIÊNCIAS PANTANEIRAS Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS PANTANAL 32 VIAJAR pelo Mundo CAVALGADAS A tradicional montaria de contemplação por áreas alagadas ou planícies verdinhas é uma atividade clássica entre os panta- neiros e permite ver a natureza pelos olhos do habitante local, ao longo de três horas. Atividade paga à parte. INSTITUTO ARARA AZUL A experiência de passar uma manhã com a equipe do Institu- to Arara Azul possibilita aos visitantes monitorarem ninhos da espécie junto aos biólogos. É muito provável o avistamento de casais de araras voando juntinhos pelo céu azul ou de grandes famílias dominando as árvores manduvi, mesmo a espécie es- tando ameaçada de extinção. O projeto monitora cerca de 615 ninhos e 3 mil aves. Só na Caiman estão 38% dos ninhos e, desde que o monitoramento foi iniciado, a população de ara- ras praticamente triplicou. Atividade paga à parte. FOCAGEM NOTURNA Além das saídas de safári à noite, é pos- sível estender a experiência em um veí- culo aberto e alto, equipado com farole- tes de luzes intensas. É no escuro que alguns animais, raramente vistos duran- te o dia, são encontrados. Mais uma vez, a onça-pintada é a estrela do avistamen- to, já que é neste período que ela está mais ativa e pronta para caçar. Mas tam- bém não é difícil se deparar com lobi- nhos, jacarés, jaguatiricase corujas. Ati- vidade incluída na diária. Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VIAJAR pelo Mundo 33 CAMINHADAS ECOLÓGICAS Com um autêntico traje regional (chapéu de palha, calça jeans, camisa e um facão pendurado no cinturão), um ser- tanejo acompanha os visitantes entre trilhas em meio à ma- ta fechada. É o momento ideal para fazer uma imersão na natureza, conversar sobre curiosidades e conhecer histórias que envolvem a fauna pantaneira. É possível observar vestí- gios deixados pelos animais e até mesmo avistar alguns de- les mais de perto. Atividade incluída na diária OBSERVAÇÃO DE AVES A América do Sul é conheci- da por abrigar quase um terço de todas as espécies de ave do planeta. Despontando como um dos melhores destinos pa- ra a prática de birdwatching, o Mato Grosso do Sul tem mais de 630 espécies catalo- gadas. Dentre os destaques pantaneiros, estão os tuiuiús, as emas, seriemas, tucanos, curicacas e araras-azuis, vistos a olho nu ou com os binócu- los ao longo dos passeios ma- tutinos. Atividade paga à parte. PASSEIO DE CANOA A bordo de uma canoa do tipo canadense, superestável e muito fácil de ser manobra- da, a experiência revela paisagens naturais dentro das mais belas baías pantaneiras, remando em meio a jacarés, piranhas, su- curis e aves que vêm e vão em busca de alimento. A embarcação aproxima-se com respeito da fauna local, ao sabor da cal- maria do rio, enquanto o céu do entarde- cer vai mudando de cor. Atividade incluí- da na diária. Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS PANTANAL 34 VIAJAR pelo Mundo Diárias na sede a partir de R$ 1.675 por pessoa, num pacote fechado de três ou quatro noites com pen- são completa (exceto bebidas alcoólicas) e diversas atividades de contemplação inclusas. Há, ainda, a co- brança de uma taxa ambiental de R$ 500 por pessoa. caiman.com.br REFÚGIO CAIMAN PÓS-LUXO NO PANTANAL N o total, são 53 mil hectares de terreno e três luxuosas pousa- das – sem ostentação, mas va- lorizando muito as experiências, con- forme preconiza o conceito do pós-luxo. A Casa Caiman funciona na sede da fa- zenda, com 18 suítes avarandadas; as outras duas hospedagens são mais afas- tadas e funcionam no esquema de villas privativas. A Baiazinha, em uma cons- trução suspensa, fica rodeada por água na época da cheia. A vista para a baía é um presente nos seis quartos da casa, que tem também piscina e salas de estar e de jantar. Já a Cordilheira dá vista para a mata e sua vazante. Conta com cinco acomodações, sendo dois chalés inde- pendentes, além de piscina com deque e salas de estar e de jantar. Na gastronomia, dois jantares espe- ciais fora da sede merecem destaque. O primeiro acontece no celeiro da pro- priedade, com fogueira tinindo, música sertaneja raiz ao vivo e comidas típicas, que exaltam as raízes pantaneiras. Na última noite, para finalizar a estadia com chave de ouro, uma experiência singular é oferecida no meio da mata, com mui- ta estrutura e até decoração. Depois de atravessarem um corredor cheio de lam- parinas, os hóspedes são recepcionados com quentão e seguem até um espaço aberto com mesinhas de madeira no es- tilo piquenique, onde aproveitam uma refeição leve, com espetinhos, patês e sopas especiais. Entre um passeio e outro, é possível desfrutar das áreas de lazer do Refúgio. Você escolhe: ouvir o canto dos pássa- ros deitado na rede, tomar um banho de sol na beira da piscina, relaxar nos almofadões com vista para a baía ou, ainda, recuperar as energias na sua suí- te ampla e iluminada, cheia de elemen- tos que remetem à cultura pantaneira. Quando cai a noite, a área externa com fogueira é o melhor lugar para apreciar o mágico céu estrelado do Pantanal. Pode apostar: lá você verá um dos céus mais lindos do Brasil. Um cenário infi- nito de paz e vida real. Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VIAJAR pelo Mundo 35 VIAJAR pelo Mundo 17 All Inclusive: Pacote terrestre completa com hospedagens, passeios diários e refeições. Início todas as Terças e Sextas ( 6 e 7 dias) A partir de R$ 2.980* por pessoa www.korubo.com.br(11) 4063-1502 (11) 98222-5028 VIVA A EXPERIÊNCIA KORUBO!VIVA A EXPERIÊNCIA KORUBO! Venha desbravar o Jalapão de forma inesquecível! fo to : F e rn a n d o F a c io li foto: Eimaetovivo foto: Eimaetovivo Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS 36 VIAJAR pelo Mundo VALLE NEVADO NEVE CHAMANDO Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VIAJAR pelo Mundo 37 Fo to : I g n ac io D ia z A atual temporada de inverno do Valle Nevado Ski Resort reforça a forte ligação que os brasileiros têm com a estação, reaberta aos viajantes internacionais após dois anos. Em meio a Cordilheira dos Andes, o complexo é um refúgio para quem quer esquiar e também para aqueles que sonham em ver neve pela primeira vez. Por Tarcila Ferro Confi ra a cobertura desta viagem nos destaques do Instagram @revistaviajar Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS 38 VIAJAR pelo Mundo VALLE NEVADO Céu azul, sol brilhando e monta-nhas forradas de neve! É com es-se cenário que embala poesia que cheguei ao Valle Nevado Resort, esta- ção de esqui chilena reaberta ao público estrangeiro após um hiato de dois anos. Foi uma espera longa, sentida tanto pe- los brasileiros, que ficaram sem poder ir para a estação de esqui mais próxima que temos, como para o Valle Nevado, que viu seu público mais fiel ir embora, sem poder se despedir. Assim como os demais setores do turismo, os complexos de neve tam- bém foram duramente abalados pela pandemia. Poder, enfim, voltar e acom- panhar o retorno dos turistas foi da- queles momentos que fazem o coração ficar quentinho. E, acredite, não foi o sol que me aqueceu, mas o clima de alegria e de recomeço embalado, em boa parte, pela quantidade de brasilei- ros que escolheram as montanhas chi- lenas como destino de suas férias de inverno. “O Brasil corresponde a 60% dos nossos hóspedes, é o maior merca- do que temos”, conta Ricardo Margu- lis, gerente geral do Resort. Por lá, o português ecoa em todos os lados: nas pistas de esqui, nos res- taurantes, na piscina, no lobby dos ho- téis. E o público é variado, desde quem está tocando na neve pela primeira vez, como aqueles que já são costumazes e conhecem os instrutores há anos. Esse é o caso da Sandra, instrutora no Val- le Nevado desde 1990, que após tantos anos ensinando os brasileiros a esquiar, aprendeu o português e conhece as fa- mílias pelo nome. PISCINA AO AR LIVRE ATENDE AOS HÓSPEDES DOS TRÊS HOTÉIS DO COMPLEXO VALLE NEVADO CONTA COM 16 MEIOS DE ELEVAÇÃO Fo to s: P ab lo A zo ca r e T ar ci la F e rr o Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VIAJAR pelo Mundo 39 Fo to s: d iv u lg aç ão PREPARE SUA VIAGEM MOEDA Peso Chileno (CLP) FUSO -1 em relação a Brasília NA REDE chile.travel VACINA E ENTRADA NO PAÍS o Chile exige que os viajantes tenham o esquema vacinal completo contra a Covid-19. Cerca de 30 dias antes da viagem, o turista deve criar uma conta no site mevacuno.gob.cl e enviar documentos de identificação e comprovante de vacinas para análise. Atenção: é preciso anexar o compro- vante de vacina oferecido pelo site Conecte SUS, em que conste o qr code. Não adianta fotografar sua carteirinha de vacinação ou enviar o comprovante sem o qr code. Depois de aprovado, você recebe um documento comprovando a vacinação. Muitos viajantes relatam problemas no processo de homologação da vacina e, mesmo sem o documento, conseguem entrar no país mostrando o comprovante de vacinação. Além disso, 48 horas antes da viagem é necessário preencher a declaração jurada no site c19.cl, informando o destino e onde ficará hospedado. Feito isso, é gerado um passe sanitário, documento pedido na entrada de museus e outros pontos turísticos. A declaração jurada é exigida no processo de imigração. Não é ne- cessário apresentarteste negativo na chegada, porém, no aeroporto, fiscais escolhem de maneira aleatória alguns viajantes para fazer o teste de PCR. O resultado demora cerca de 48 horas e não há custo para o via- jante, que pode seguir a viagem normalmente a partir do aeroporto. O resultado é enviado por e-mail. Em caso positivo, é obrigatório fazer quarentena no local em que está hospedado, por um período de sete dias. O descumprimento da quarentena resulta em multas e outras chateações ao turista. VISTO não é necessário SEGURO VIAGEM deixou de ser obrigatório para a entrada no Chile, mas é um item fundamental para uma via- gem segura. Mesmo as urgências médicas mais simples podem custar alguns milhares de reais. Especialmente para quem vai esquiar, contrate um seguro com cobertura especial para neve. Nossos jornalistas sempre via- jam segurados pelo Vital Card (vitalcard.com.br). COMO CHEGAR Santiago do Chile está distante 3h30 de São Paulo. As companhias Latam e Sky Airline voam diretamente até o Aeroporto Internacional Comodoro Arturo Merino Benítez. Com escala, voa a Aerolíneas Argentinas. A Gol ainda não voltou a voar até a capital chilena. A retomada dos voos partindo de outras ca- pitais brasileiras está acontecendo de forma gradual. QUANDO IR a temporada de neve no Chile costuma começar no fim de julho e se estender até meados de setembro. Julho até a primeira quinzena de agosto são os meses mais procurados. Nesse período, as tem- peraturas ficam abaixo de zero quase todos os dias. No final da temporada, há sempre promoções especiais. Nas demais estações do ano, o Valle Nevado abre para atividades como trekking e mountain bike, mas os hotéis ficam fechados e boa parte dos seus restaurantes também. CHEGADA ATÉ A ESTAÇÃO a CNH brasileira é aceita no Chile. Há diversas empresas de aluguel de carro no aeroporto. Mas alugar carro não é a melhor opção para quem vai ao Valle Nevado. Primeiro, porque estando lá em cima o veículo não será usado para nada. Além disso, a estrada costuma ter neve em diversos trechos, exigindo o uso de correntes nos pneus. Para evitar qualquer dor de cabeça, contrate um transfer habilitado para buscar diretamente no Aeroporto Internacional de Santiago − a 60 km de distância do Valle Nevado − ou em algum hotel da capital chilena, cerca de 40 km. Tenha em mente que a viagem levará cerca de uma hora e meia, pelo menos, e que há horários estabelecidos para subida e descida da montanha, durante a alta temporada. Assim, verifique o horário de chegada e partida do seu voo para evitar possíveis transtornos. ALUGUEL DE ROUPAS E EQUIPAMENTOS na própria estação é possível fazer o aluguel do traje completo – bota de neve, calças e japonas para esqui, luvas e óculos, por 30.500 pesos, por dia. Já o aluguel dos esquis, das botas de esqui, bastões e capacetes custa em média 42 mil pesos. DIÁRIAS DOS HOTÉIS as diárias dos hotéis contemplam meia pensão, café da manhã e jantar. No hotel três Puntas, os valores são a partir de 200 mil pesos, no Puerta del Sol 240 mil pesos e no hotel Valle Nevado, 325 mil pesos. Os preços são por pessoa, em acomodação dupla. Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VALLE NEVADO 40 VIAJAR pelo Mundo Refúgio nos Andes Aberto em 1988 por um grupo francês, o complexo fica a 3 mil metros do nível do mar, em meio a Cordilheira do Andes. É a estação mais alta da América do Sul – pa- ra ter como base, Bariloche, na Argentina, fica a mil metros de altura. Chegar ao topo exige percorrer 60 cur- vas fechadas que pontuam a estrada que serpenteia a cadeia de montanhas. Estô- magos mais sensíveis podem sofrer com o zigue-zague, mas nada que um remédio a tiracolo não resolva. E o caminho é tão lin- do e inspirador que é possível (e totalmen- te provável) que o viajante saque primeiro o celular do bolso e não o remédio. Mas tanta beleza exige atenção: con- forme a pista sobe pelas montanhas é co- mum ter neve invadindo o asfalto, espe- cialmente nos meses de julho e agosto. Motoristas sem experiência podem derra- par − colocar correntes nos pneus trasei- ros é essencial para continuar o trajeto. Dormindo na neve Completando 34 anos nesta temporada, o Valle Nevado começou com apenas um hotel e um condomínio de apartamentos. Três décadas depois, o complexo soma três hotéis: Valle Nevado, Puerta del Sol e Tres Puntas, além de 11 conjuntos de aparta- mentos à venda e disponíveis para locação. O ski pass (passes de esqui e acesso aos meios de elevação) também estão incluí- dos na diária. Quem for alugar apartamen- to tem a opção de incluir os tíquetes de montanha no valor final. Os apartamentos para aluguel variam em tamanho e disposição, mas todos con- tam com cozinha para o preparo de refei- ções. Levar comida suficiente de Santiago é providencial, afinal, lá em cima funciona apenas um mercadinho com itens básicos. Sem contar que no alto da montanha tudo é inflacionado e uma garrafa de água che- ga a custar R$ 20. Comento sobre a água porque sentimos sede o tempo inteiro − a altitude somada à baixa umidade deixa o ambiente uma secura só. Ligar os umidi- ficadores que ficam no quarto é mandató- rio para respirar bem à noite. Deixar uma toalha molhada, pendurada próxima da cama, também. Sempre as montanhas Fiquei hospedada no Puerta del Sol, hotel que estampa todas as propagandas e fotos nas redes sociais do Valle Nevado. Mais central dos três, situa-se a apenas 50 metros das pistas e fica perto das lojas de aluguel de roupas, de equipamentos e co- ladinho à piscina. É o hotel quatro estrelas do complexo com decoração rústica, carpetes nos cor- redores e nos quartos e madeira em todo o restante. Algumas opções de acomodação contam com varanda e espreguiçadeiras ou janelas ao estilo bow window − aquelas em forma de arco − com vista para as pis- tas, as montanhas ou os condomínios do complexo. As suítes acomodam de duas a cinco pessoas, de acordo com a categoria, e as opções maiores são divididas em dois ambientes. Minha suíte na ala sul soma- va 20 metros e contava com uma cama de casal e uma caminha para criança junto a bow window, além de armários amplos, mesa de escritório, televisor de 32 polega- das e uma banheira acoplada ao chuvei- ro. Não é preciso dizer que o meu canti- nho preferido foi junto à janela, de onde vi o sol nascer todas as manhãs em que estive ali. Fora das pistas, quem permanece no hotel também encontra programação. Acontecem aulas de ioga e de alongamen- to no Fitness Center, espaço onde fica o spa (as massagens e outros tratamentos são pagos à parte). Ainda há sala de leitu- ra, cinema, kids club e um bar que atende quem escolhe um dos sofás das salas de estar para bater papo e tomar vinho. Entre os três hotéis, a opção mais eco- nômica é o Tres Puntas, distante 150 me- tros das pistas. Com 18 m², os quartos são equipados com beliches e acomodam até quatro pessoas. É uma ótima opção para grupos de amigos, que saem cedo da ca- ma para esquiar, e para as famílias se hos- pedarem pertinho das pistas, pagando me- nos. Ali, também é o endereço do pub que funciona até as 2 da madrugada. Um DJ capricha nas músicas brasileiras e os bar- tenders preparam piscos sour refrescantes para animar a noite de quem foi para dan- çar, jogar bilhar ou só curtir o dia até os últimos minutos. Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VIAJAR pelo Mundo 41 SUÍTE COM BOW WINDOW DO HOTEL PUERTAS DEL SOL O VALLE NEVADO CONTA COM 11 CONDOMÍNIOS COM APARTAMENTOS PARA LOCAÇÃO 60 CURVAS MARCAM O CAMINHO ATÉ A ESTAÇÃO DE ESQUI Fo to s: T ar ci la F e rr o e d iv u lg aç ão Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VALLE NEVADO 42 VIAJAR pelo Mundo PARADA NO MIRADOR DEL PLOMO, DURANTE CAMINHADA COM RAQUETES DE NEVE EM DIAS ENSOLARADOS, O ALMOÇO É AO AR LIVRE, COM VISTA PARA AS MONTANHAS VALLE NEVADO Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VIAJARpelo Mundo 43 tem nível intermediário; a outra parte reúne alternativas avançadas e expert. Elas são identificadas com as cores verde, azul, vermelho e preto, respec- tivamente. Nomes como Twist, Shake, Adrenalina, Mommia nomeiam as pis- tas negras, de maior grau de dificulda- de e posicionadas nos pontos mais al- tos da montanha, a pelo menos 3.400 metros de altitude. São os habitués das pistas negras que se aventuram além dos caminhos demarcados, na atividade conhecida como Heli-Ski. Os esquiadores são le- vados de helicóptero para lugares inex- plorados para desbravarem diferentes e desafiadores pontos de esqui, situa- dos a mais de 4 mil metros. Mas não se acanhe: para nós, me- ros mortais com esqui nos pés tentan- do nos equilibrar, basta seguir as setas que indicam as pistas verdes. O sobe e desce na montanha é fei- to pelos 16 meios de elevação, os tele- féricos. A gôndola é a única opção libe- rada para quem está sem equipamento e leva até seis pessoas por vez. Ela sai da Curva 17 e vai até o restaurante Ba- jo Zero, que dá acesso a diversas pistas. Outra opção que transporta os es- quiadores em distâncias mais curtas são os teleféricos de superfície (te- leski). Basta colocar o assento entre as pernas e segurar a barra enquanto o teleférico arrasta a pessoa para o co- meço da descida. A única coordenada que Sandra me deu, a instrutora que comentei lá no começo do texto, foi: “Não sente, coloque o gancho entre as pernas e vá deslizando com o esqui”. Adivinha? Sentei, óbvio! Cai de bunda no chão e ria tanto que não conseguia levantar. Cair e rir, definitivamente, fa- zem parte da experiência de esquiar. Para acessar os elevadores é pre- ciso ter em mãos o cartão magnético (ski pass), que você recebe logo que faz check-in. Leve-o sempre com vo- cê e mantenha-o no bolso esquerdo da roupa, posição que facilita a leitura pe- la catraca sem precisar tirá-lo para en- costar no sensor. O mais sofisticado do conjunto é o Hotel Valle Nevado, primeiro a ser construído, e único ski-in ski-out: isso quer dizer que você pode sair do ho- tel esquiando. O lobby com janelões e lareira rodeada de sofás exalta o acon- chego de um hotel de montanha. São duas categorias de suítes, todas com varanda, e com tamanhos que variam de 32 a 42 m², com opção de dois am- bientes. Roupões e pantufas nos ba- nheiros ajudam a trazer mais conforto. Um detalhe importante: apesar de ser considerado cinco estrelas, não espere luxo, não é essa a proposta. Rústico e elegante, você vai encontrar conforto e vistas exuberantes. Esqui, toda hora é hora Quem escolhe uma estação de es- qui como destino de férias tem como objetivo número 1 esquiar ou pelo me- nos tentar. Apesar de já ter feito aulas de esqui em outras oportunidades, me vi aprendendo, novamente, os concei- tos básicos de como mexer os pés, co- mo andar e brecar com os esquis. Rea- prender fez toda a diferença para que eu pudesse me aventurar um pouqui- nho mais (mas só um pouquinho) nas pistas mais íngremes. Tenha em mente que fazer aulas é o divisor de águas da sua experiên- cia com os esquis. Se nunca esquiou ou faz tempo que não esquia, invista em duas horas de aulas, pelo menos. Os instrutores do Valle Nevado são ex- tremamente pacientes e ensinam sem afobação – tudo bem explicadinho em portunhol avançado. Espaço para treinar não falta: são 40 pistas que, juntas, somam mais de 45 km2 de área esquiável. Muitas delas dedicadas a quem está começando ou O VALLE NEVADO É A ESTAÇÃO DE ESQUI MAIS ALTA DA AMÉRICA DO SUL, SITUADA A 3 MIL METROS DE ALTURA O HOTEL TRES PUNTAS E OS DEMAIS CONDOMÍNIOS DO VALLE NEVADO Fo to s: T ar ci la F e rr o e d iv u lg aç ão Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VALLE NEVADO 44 VIAJAR pelo Mundo VALLE NEVADO Esquiadores mirins Dúvida de 10 entre 10 pais: será que meu filho conseguirá esquiar ou terá o que fazer fora das pistas? A resposta é sim, mas é importante ter em mente que o Valle Nevado é um resort dedica- do ao aprendizado do esqui e a evolução no esporte. Não há um parque de diver- sões na neve, a exemplo de Farellones, outra estação chilena que fica na par- te mais baixa da montanha, com esqui- bunda e boias entre outras atividades. Crianças a partir dos 4 anos têm aulas em uma área específica chamada Jardim de Neve. Ali, instrutores colo- cam cones, rampas para pequenos sal- tos e túneis para deixar a garotada ca- da vez mais confiante com os esquis ou a prancha de snowboard nos pés. Elas descem a montanha já mostrando seus primeiros feitos e sobem usando o tapete mágico – esteira que leva pa- ra a parte mais alta da colina. É muito bacana assistir as aulas e ver como as crianças evoluem rapidamente, mes- mo aquelas que estão tendo aulas pela primeira vez. Fora das pistas, os esquiadores mirins podem curtir a piscina na companhia dos pais, brincar no Kids Zone, espaço com jogos, brinquedos e oficinas de pin- tura e desenho, ou no Jardim da Infân- cia, dedicado a crianças de 3 a 7 anos. Andanças pela neve Nem só de esqui e pranchas de snow se aproveita a neve. As caminha- das com raquetes de neve são uma ati- vidade de dificuldade baixa, que não exigem preparo dos participantes. As raquetes são fixadas às botas e os gan- chos na sola ajudam a dar estabilida- de e evitar escorregões. O importante é andar devagar, por conta da altitude, e levar água. Andando em fila, o grupo é condu- zido por um instrutor até o Mirador el Plomo, local para ver as montanhas Tres Puntas (com 3.670 metros), Bis- mark (com 4.700 metros) e a El Plo- mo, soberana com 5.430 metros. Nes- sa cadeia de montanhas foi encontrada uma múmia de uma criança inca, com mais de 500 anos, oferecida como sa- crifício aos deuses. O gelo conservou o corpo da criança, de aproximadamen- te 8 anos, além de vestimentas, adornos e oferendas que estavam ao seu redor. Atualmente, a múmia está exposta no Museu de História Natural de Santiago. GRUPO PARTICIPA DA CAMINHADA NA NEVE COM RAQUETES Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VIAJAR pelo Mundo 45 Sabores internacionais De manhã, pão de queijo quentinho é servido no café da manhã do restau- rante Mirador del Plomo, que atende os hóspedes do hotel Puerta del Sol. A demanda de brasileiros por ali fez com a chefe do restaurante, Rafaela Jardim (brasileira, claro), incluísse a delícia no desjejum. A refeição matinal é comple- tada por diversos tipos de pães, frios, bolos, cereais, omeletes (preparados na hora) e frutas. Por falar em fruta, suco de framboesa é quase um patri- mônio gastronômico do Chile, servido fresquinho a qualquer hora. O Mirador também abre para o jantar, oferecen- do um bufê que não é grande, mas que atende qualquer paladar internacio- nal, com massas, carnes assadas feita na churrasqueira, empanadas, sopas, caldos e saladas. As diárias nos três hotéis do Val- le Nevado contemplam meia pensão. O café da manhã deve ser tomado no próprio hotel onde se está hospedado. O jantar é possível variar entre os de- mais restaurantes e bares, nove ao todo. No almoço, a dinâmica muda um pou- co, pois os esquiadores querem apro- veitar o máximo de tempo nas mon- tanhas e preferem um lanche rápido. O restaurante Bajo Zero, no meio da montanha, é uma ótima parada para descansar e comer um sanduíche entre o sobe e desce na montanha. Para uma pausa longa, o Valle Lounge é o lugar para uma taça de vinho junto à lareira. Ele é conectado ao hotel Valle Neva- do, assim como o francês La Fourchet- te. No menu, entradas clássicas como sopa de cebola acompanha pratos co- mo salmão do Pacífi co, atum grelha- do e merluza austral. A verdade é que não tem como passar uma temporada no Chile sem se render aos seus pes- cados. E como se trata de gastronomia francesa, não faltam sugestões como confi t de pato, carré de cordeiro e bou- ef bourguignon. No hotel Tres Puntas, a opção é o restaurante SUR dedicadoà culinária chilena. Ceviche de salmão com frutos do mar, ensopado de cordei- ro ao vinho, carne wagyu braseado com risoto de cogumelos e claro, “lomo a lo pobre”, clássico que combina arroz, ba- tatas, carne e ovo frito ajudam a tempe- rar às noites na estação. Fechando as opções internacionais, o Monte Bianco Ristorante leva o sabor italiano para as montanhas nevadas chi- lenas com tartar de salmão, risoto de ca- marão, lasanha bolonhesa, linguini ao vôngole... Independentemente de qual restaurante escolher, a carta de vinhos nacionais é premiada e variada, renden- do um novo brinde a cada nova refeição! AMBIENTE ACONCHEGANTE DO VALLE LOUNGE 2 1 1. ATUM GRELHADO COM BATATAS SERVIDO NO FRANCÊS LA FOURCHETTE 2. CAFÉ DA MANHÃ COM PÃO DE QUEIJO 3. SUCO DE FRAMBOESA 3 Fo to s: T ar ci la F e rr o e d iv u lg aç ão Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VALLE NEVADO 46 VIAJAR pelo Mundo Um dia de esquiador Tem apenas um dia para aproveitar a estação? Então você pode fazer um bate e volta. De Santiago é preciso ir até a Curva 17, área com estrutura de estacionamento, lojas de aluguel de roupas, equipamentos e de onde parte o passeio de gôndola até o restaurante Bajo Zero. Quem tem preten- são de esquiar pode alugar o equipamen- to ali mesmo e contratar aulas. O combo de duas horas de aula coletiva + passe da montanha + equipamento custa a partir de 87 mil pesos. Quem já sabe esquiar pode alugar o equipamento e comprar o passe da montanha por 67 mil pesos. Ambos os va- lores são para a baixa temporada. Viajantes interessados em curtir apenas o visual têm a opção de fazer o passeio de gôn- dola e descer no restaurante Bajo Zero, no meio da montanha, para tomar um chocola- te quente, uma cerveja ou comer um ham- búrguer. Há opção de comprar o tíquete da gôndola com o lanche no Bajo Zero incluso ou optar por um almoço mais caprichado, de três etapas, no restaurante Monte Bian- co, situado junto aos hotéis do Valle Neva- do. Nessa opção, é preciso verificar se na data da sua viagem esse serviço estará ativo, já que durante a semana da baixa tempora- da ou fins de semana de alta temporada po- de não funcionar. Importante: o valor do equipamento não inclui o aluguel de roupas. O traje com- pleto para aluguel é partir de 29 mil pe- sos. Mesmo se não for esquiar é preciso ir com roupas adequadas para baixas tempe- raturas. Botas apropriadas, luvas, gorro, ca- sacos, meias térmicas. Não vá de sapatos de salto ou calças jeans. Mal agasalhado, o passeio vai virar uma fria! Viagem a convite do Valle Nevado Ski Resort VALLE NEVADO NÉCESSAIRE NA NEVE A questão da altitude e falta de umidade exige atenção redobrada do viajante. É fundamental levar protetor solar de fator alto (a neve queima tanto quanto o sol), protetor labial, colírio, spray de soro fisiológico para o nariz e muito hidrante corporal e facial. Não esqueça os óculos escuros, além de meias térmicas e peças de segunda pele para ajudar debaixo das roupas de esqui. Fo to s: T ar ci la F e rr o e d iv u lg aç ão QUEM FOR PASSAR UM DIA NO VALLE NEVADO PODE CONTRATAR AULAS AO TODO SÃO 40 PISTAS DEDICADAS A SNOWBOARD E ESQUI Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VIAJAR pelo Mundo 47 VIAJAR pelo Mundo 21 Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS ARGENTINA 48 VIAJAR pelo Mundo ARGENTINA VIAGEM INSÓLITA ESTRADA NA PROVÍNCIA DE SALTA Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VIAJAR pelo Mundo 49 Fo to : S h u tt e rs to ck Diferente de tudo aquilo que vem à mente quando o assunto é Argentina, o Norte do país se aproxima da cultura andina, com paisagens que beiram o surreal. Em uma viagem de carro pelas províncias de Salta, Jujuy e Tucumán, exploramos desde um deserto de sal até montanhas multicoloridas, passando por vinhedos de altitude e ruínas de civilizações pré-hispânicas. Por Cristiane Sinatura Confira a cobertura desta viagem nos destaques do Instagram @revistaviajar Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS 50 VIAJAR pelo Mundo ARGENTINA Fo to e m ap a: S h u tt e rs to ck Um deserto inteirinho de sal. Múmias de crianças incas perfeitamente con-servadas. Ruínas que, em menor escala, chegam a lembrar Machu Picchu. Paisagens que poderiam ser tanto o Grand Canyon americano como a su- perfície de Marte. Vinhedos que correspondem a uma das principais regiões viti- vinícolas da Argentina, a mais de 2 mil metros de altitude. Empanadas que, cada uma a seu modo, disputam o posto de melhores do país. São muitas, afinal, as sur- presas que se podem saborear em uma viagem pelo Norte argentino, em províncias como Salta, Jujuy e Tucumán. Essa região é tão, mas tão diferente do que, em geral, entende-se por Argentina que dá quase para pensar que é outro país. Um mais andino, onde lhamas são oni- presentes – tanto nas paisagens como nas refeições –, os traços do povo relembram a herança inca, as paisagens anunciam a proximidade da cordilheira e o artesanato esbanja cores. Em alguns lugares, as semelhanças são até mais estreitas com Peru, Chile e Bolívia do que com os destinos mais famosos da Argentina, como Mendo- za, Bariloche e Buenos Aires. Agora, o mais surpreendente: são apenas três horas e meia de voo desde São Paulo até lá, considerando o novo voo sazonal da Aerolíneas Argentinas com desti- no a Tucumán e conexão em Salta, a cidade mais importante desse pedaço. Até se- tembro de 2022, acontecem três saídas por semana (segundas, quartas e sábados); nos dias em que não há voos, ou nos demais meses, a logística é via Buenos Aires, o que, convenhamos, está longe de ser um problema. Porque um pouquinho de clássicos argentinos também não faz mal a ninguém, certo? SALINAS GRANDES, EM JUJUY, ESTÃO ENTRE OS MAIORES DESERTOS DE SAL DO MUNDO Entre em nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS VIAJAR pelo Mundo 51 PREPARE SUA VIAGEM MOEDA Peso argentino ($). Mil pesos = R$ 41. Sobretudo em Buenos Aires, é muito comum encontrar o câmbio parale- lo, com cotação mais vantajosa, que pode chegar ao dobro do oficial em estabe- lecimentos conhecidos como cuevas. A prática, porém, é ilegal e é preciso tomar bastante cuidado ao escolher uma casa ou serviço de câmbio, a fim de evitar notas falsas. Nesta reporta- gem, consideramos o câmbio oficial. FUSO HORÁRIO Mesmo horário em relação a Brasília NA REDE turismosalta.gov.ar turismo.jujuy.gob.ar | tucumanturismo.gob.ar turismo.buenosaires.gob.ar VACINAS É preciso apresentar comprovante de vacinação completa e seguro saúde contra covid-19. VISTO E DOCUMENTOS Não é necessário ter visto. Assim como o passaporte, o RG brasileiro é válido para entrar na Argentina, idealmente emitido há menos de dez anos. A Carteira Nacional de Habilitação não é aceita como documento de identificação, mas vale para alugar carro e dirigir. COMO CHEGAR Até setembro de 2022, a Aerolíneas Argentinas (aeroli- neas.com.ar) opera o voo sazonal São Paulo-Salta-Tucumán, às segun- das, quartas e aos sábados. Nos demais dias e meses, é possível voar com conexão em Buenos Aires até os aeroportos de Salta, Tucumán e Jujuy. COMO ORGANIZAR O ROTEIRO A melhor logística é voar até o aero- porto de San Salvador de Jujuy e de lá ir descendo de carro até San Miguel de Tucumán, com parada em Salta no meio do caminho. Ou vice-versa: começar por Tucumán e terminar em Jujuy. Vale a pena, tam- bém, aproveitar o voo direto até Salta e, depois de alguns pernoites ali, fazer o roteiro de carro por Jujuy, retornando depois para Salta. QUANTO TEMPO FICAR Com uma semana, você visita tranquilamente as províncias de Jujuy, Salta e Tucumán. Com cinco dias, vale focar em Jujuy e Salta, dedicando, por exemplo, duas noites a Purmamarca ou Tilcara, duas a Salta e uma a Cafayate, com esticada até Quilmes. COMO SE LOCOMOVER Todo o roteiro apresentado nesta reportagem pode ser feito em carro alugado, mas é preciso
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