Prévia do material em texto
Simulados das avaliações Iniciado em quarta-feira, 22 nov. 2023, 16:09 Estado Finalizada Concluída em quarta-feira, 22 nov. 2023, 16:58 Tempo empregado 48 minutos 41 segundos Notas 19,00/20,00 Avaliar 9,50 de um máximo de 10,00(95%) Parte superior do formulário Questão 1 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão Observe o anúncio a seguir. O anúncio publicitário acima se utiliza de um fator extralinguístico de textualidade que, em vez de prejudicar, auxilia na construção dos sentidos do texto. Assinale abaixo a alternativa que indica o fator extralinguístico. Escolha uma opção: A. Referenciação. B. Intencionalidade. C. Aceitabilidade. D. Coerência. E. Coesão. Feedback Sua resposta está correta. Segundo Koch (2014), todo texto objetiva comunicar algo a alguém que vai também interagir com aquele que começa a comunicação acerca de uma mensagem que surge antes do texto ser produzido. Podemos encontrar em KOCH, Ingedore. O texto e a construção dos sentidos.10. ed. São Paulo: Contexto, p.11-37, 2014. A resposta correta é: Intencionalidade. Questão 2 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão A prática de não fazer nada (Adaptado de: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/. Acesso em: 2 abr. 2018). Analise as afirmativas sobre o texto 2, preenchendo os parênteses com V (verdadeiro) ou F (falso). ( ) O texto discute a prática do nadismo sem usar falas das pessoas. ( ) A prática do nadismo será incorporada pelas empresas em todo o Brasil. ( ) O texto mostra que, apesar de muitas pessoas resistirem de início à prática do nadismo, elas acabam por perceber que isso é importante para sua própria saúde. ( ) Ter usado depoimentos deu ao texto uma demonstração verídica de que o nadismo tem benefícios. A opção correta é: Escolha uma opção: A. V - F - F - V B. V - F - V - V C. V - V - F - F D. F - V - V - F E. F - F - V - V Feedback Sua resposta está correta. De acordo com Cantalice e Oliveira (2009), “A leitura é um processo cada vez mais presente no dia a dia do ser humano, possibilitando uma melhor inserção social. ” Podemos encontrar mais sobre o assunto no livro de CANTALICE, Lucicleide Maria de; OLIVEIRA, Katya Luciane de. Estratégias de leitura e compreensão textual em universitários. Psicol. Esc. Educ. (Impr.), Campinas, v. 13, n. 2, p. 227-234, jul./dez. 2009. A resposta correta é: F - F - V - V Questão 3 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão Texto 02 - A prática de não fazer nada (Adaptado de: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/. Acesso em: 2 abr. 2018). No texto 2, ao dizer que "a preocupação do bem-estar mental e emocional leva os clientes até a pousada" (linhas 24 a 26), o autor está querendo dizer que: Escolha uma opção: A. A pousada não está atenta à prática do nadismo. B. Os clientes têm a mente e sua saúde emocional em completo bem-estar. C. A pousada oferece espaços para a prática do nadismo aos seus clientes. D. As pessoas são forçadas a procurar a pousada porque as empresas exigem. E. A pousada é uma clínica. Feedback Sua resposta está correta. De acordo com Cantalice e Oliveira (2009), “O texto ainda apresenta duas estratégias de leitura: a cognitiva e a metacognitiva. A estratégia cognitiva pode ser caracterizada como formas de decodificação dos símbolos acerca da linguagem constituindo a construção de significado”. Podemos encontrar em CANTALICE, Lucicleide Maria de; OLIVEIRA, Katya Luciane de. Estratégias de leitura e compreensão textual em universitários. Psicol. Esc. Educ. (Impr.), Campinas, v. 13, n. 2, p. 227-234, jul./dez. 2009. A resposta correta é: A pousada oferece espaços para a prática do nadismo aos seus clientes. Questão 4 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão O conceito de leitura como interação entre autor-texto-leitor traz o benefício de entendermos a rede complexa de ativação de conhecimentos e de informações que escapam do nível textual/linguístico e que fazem o texto ter sentido. Com base nisso, leia a charge abaixo e assinale a alternativa correta: Escolha uma opção: A. O entrevistador não participa da construção de sentidos do texto. B. O sentido da charge está estritamente ligado às palavras veiculadas na imagem. C. Para compreender a charge, não é importante saber quem são os personagens envolvidos ou a que eles se referem. D. A charge só adquire tom de humor quando se reconhecem os intertextos e as referências a outras situações textuais. E. A figura do personagem interpelado poderia ser suprimida, pois não haveria problema na interpretação e no reconhecimento dos intertextos. Feedback Sua resposta está correta. De acordo com Cantalice e Oliveira (2009), entender o texto é desenvolver várias habilidades além daquilo que está escrito no texto, pois vários são os fatores que levam o leitor a interagir com as ideias veiculadas no texto. Podemos encontrar mais sobre o assunto no livro de CANTALICE, Lucicleide Maria de; OLIVEIRA, Katya Luciane de. Estratégias de leitura e compreensão textual em universitários. Psicol. Esc. Educ. (Impr.), Campinas, v. 13, n. 2, p. 227-234, jul./dez. 2009. A resposta correta é: A charge só adquire tom de humor quando se reconhecem os intertextos e as referências a outras situações textuais. Questão 5 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão Observe os termos em destaque nos recortes abaixo e assinale que tipo de coesão estabelecem. "Comemora-se este ano o sesquicentenário de Machado de Assis. As comemorações devem ser discretas para que dignas de NOSSO MAIOR ESCRITOR. Seria ofensa à memória do MESTRE qualquer comemoração que destoasse da sobriedade e do recato que ele imprimiu a sua vida, já que o BRUXO DE COSME VELHO continua vivo entre nós". Folha de São Paulo, 4 fev. 1989. Escolha uma opção: A. Coesão por substituição gramatical, em que um termo é substituído por outro de categoria gramatical equivalente. B. Coesão por conjunção. C. Trata-se na verdade de coerência. D. Trata-se de uma coesão do tipo substituição lexical, com caráter referenciador, em que um termo se refere ao outro procedendo a um processo de referenciação e construção de sentidos. E. Coesão por elipse. Feedback Sua resposta está correta. Rocha e Silva (2017), a reiteração de itens no texto são necessários para a clareza do texto. Podemos encontrar em ROCHA, Max Silva; SILVA, Maria Margarete de Paiva. A linguística textual e a construção do texto: um estudo sobre os fatores de textualidade. Revista A Cor das Letras. v. 18, n. 2, p. 26-44, maio/ago. 2017. A resposta correta é: Trata-se de uma coesão do tipo substituição lexical, com caráter referenciador, em que um termo se refere ao outro procedendo a um processo de referenciação e construção de sentidos. Questão 6 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão Um dos fatores extralinguísticos de textualidade, a intencionalidade é imprescindível para a construção e compreensão do texto e revela que este só existe na inter-relação entre produtor (que tenta orientar a direção na qual o texto deve ser compreendido) e receptor do texto (que tenta apreender o que o produtor quis dizer). Com base nisso, veja a charge abaixo e assinale a alternativa correta quanto às intenções e sentidos propostos com ela pelo chargista. Escolha uma opção: A. A charge destaca que o financiamento eleitoral de campanha só acontece sob autorização da população. B. A intenção é mostrar que os fortes são fortes com os fracos, assim como são fracos com os fortes. C. A intenção é mostrar que não existe corrupção no financiamento eleitoral de campanha. D. O chargista quis mostrar que o financiamento de campanha é a chance oportuna de os cidadãos terem seus anseios atendidos. E. A charge sugere que o financiamento eleitoral de campanha por empresários poderosos deixam os políticos reféns de anseios que não são os da população, mas de seus financiadores. Feedback Sua resposta está correta. Um dos fatores extralinguísticos de textualidade, a intencionalidade é imprescindívelpara a construção e compreensão do texto e revela que este só existe na inter-relação entre produtor (que tenta orientar a direção na qual o texto deve ser compreendido) e receptor do texto (que tenta apreender o que o produtor quis dizer). Podemos encontrar mais sobre o assunto em RIBEIRO, P.; SOUZA, D. D. DE S. Argumentação e ensino: a mediação da Teoria Semiolinguística do Discurso. EID&A - Revista Eletrônica de Estudos Integrados em Discurso e Argumentação, v. 1, n. 17, p. 122-140, 13 dez. 2018. A resposta correta é: A charge sugere que o financiamento eleitoral de campanha por empresários poderosos deixam os políticos reféns de anseios que não são os da população, mas de seus financiadores. Questão 7 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão Observe o quadrinho. Nos quadrinhos acima, encontramos as conversas entre os dois meninos que refletem sobre sua condição no mundo. A partir da leitura, é possível inferir que: Escolha uma opção: A. A palavra “lixão” está em sentido literal no segundo quadrinho. B. Pode-se perceber pelas perguntas e pelo desenho que ambos os personagens são moradores de um lixão. C. A pergunta do segundo quadrinho pode ser compreendida sem o recurso do desenho distanciado dos personagens. D. A resposta à pergunta do primeiro quadrinho é de que o próprio mundo, em algum sentido, é um “lixão”. E. A palavra “lixão” está em sentido figurado no primeiro quadrinho. Feedback Sua resposta está correta. Santos (2016) pontua que a intertextualidade é observada, primeiramente, a partir do gênero textual que se molda a sua comunicação. Podemos encontrar em SANTOS, J. E. de S. As intertextualidades explícita e implícita no discurso político. Ao pé da Letra. (UFPE. Online), v. 18. 2. p. 119-137, 2016. A resposta correta é: A resposta à pergunta do primeiro quadrinho é de que o próprio mundo, em algum sentido, é um “lixão”. Questão 8 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão Leia o texto abaixo para responder a questão. TEXTO 2 O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso defendeu a legalização, com regulação rígida pelo Estado, de todos os tipos de drogas no país. Ele participou hoje (28) de seminário sobre descriminalização do uso de drogas, promovido pela Fundação Fernando Henrique Cardoso, na capital paulista. Para Barroso, a legalização das drogas quebraria o poder do tráfico nas comunidades carentes e reduziria os casos de vítimas inocentes, que morrem por causa de bala perdida em favelas e de jovens humildes cooptados pelo tráfico. O ministro disse que o papel do Estado é desincentivar o consumo das drogas e mostrar seus malefícios. "Não estamos defendendo as drogas, temos que enfrentar [o problema]. A guerra às drogas fracassou no mundo inteiro, mas o consumo só aumenta." Barroso concorda com a ideia de que a ilegalidade só assegura o monopólio do traficante. Para Barroso, o consumo recreativo, em ambiente privado, não deve ser proibido. "Cada um faz as suas escolhas de vida, e talvez este [consumo de drogas] não esteja entre os maiores riscos", disse o ministro. Ele disse que comportamentos que não causam danos a terceiros poderiam ser liberados e que réus primários, com bons antecedentes, flagrados com drogas não deveriam ser presos preventivamente e, sim, receber outros tipos de punição, como prestação de serviço à comunidade. Em agosto de 2015, Barroso votou no STF pela inconstitucionalidade de uma norma da Lei das Drogas (Lei 11.343) que criminaliza o porte para uso de drogas. O STF julgará o Recurso Extraordinário 635.659, ajuizado por um ex-preso de Diadema (SP), condenado a dois meses de prestação de serviços à comunidade por porte de maconha. A droga foi encontrada na cela do detento. Relatado pelo ministro Gilmar Mendes, o recurso deveria ter sido julgado em 2015, mas foi adiado. Se a maioria dos ministros da Corte julgar o artigo da lei inconstitucional, o STF, na prática, estará descriminalizando o porte de droga para consumo pessoal. O ministro disse que seu objetivo é defender, no STF, a descriminalização apenas da maconha como um primeiro passo, fazendo com que a decisão possa ser estendida para outras drogas. Considerando as relações que o enunciador estabelece com os elementos da enunciação, podemos afirmar que: I) A relação com o assunto sobre o qual o enunciador escreve é de objetividade, pois ele discursa utilizando argumentos factuais, com base em algo que pode ser comprovado. II) A relação com a realidade sobre a qual o enunciador escreve é de relato, já que ele argumenta se valendo de fatos vivenciados em sua vida por ele mesmo. III) A relação com o auditório a quem o enunciador se dirige é de sugestão, posto que ele apresenta ponto de vista alternativo ao que se propaga habitualmente. Assinale a alternativa correta. Escolha uma opção: A. Somente as afirmativas I e III estão corretas. B. Somente a afirmativa I está correta. C. Somente as afirmativas II e III estão corretas. D. Todas as afirmativas estão corretas. E. Somente as afirmativas I e II estão corretas. Feedback Sua resposta está correta. Segundo Ribeiro e Souza (2018), na produção de um gênero existe o enunciador e o enunciatário, do qual o primeiro é aquele que produz e começa a comunicação e o segundo que recebe e retorna a comunicação. Podemos encontrar em RIBEIRO, P.; SOUZA, D. D. DE S. Argumentação e ensino: a mediação da Teoria Semiolinguística do Discurso. EID&A - Revista Eletrônica de Estudos Integrados em Discurso e Argumentação, v. 1, n. 17, p. 122-140, 13 dez. 2018. A resposta correta é: Somente as afirmativas I e II estão corretas. Questão 9 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão Dentre os vários modos de o produtor de um texto tornar claro seu propósito comunicativo, existe a paráfrase, que consiste em um mecanismo de coesão textual em que as ideias ou informações expostas em um texto são reescritas de forma mais clara e objetiva. Com base nisso, leia o texto abaixo e assina o trecho que revela o uso de paráfrase: A Inquisição era formada pelos tribunais da Igreja Católica que perseguiam, julgavam e puniam pessoas acusadas de se desviar de suas normas de conduta. Ela teve duas versões: a medieval, nos séculos XIII e XIV, e a feroz Inquisição moderna, concentrada em Portugal e Espanha, que durou do século XV ao X IX___ Tudo começou em 1231, quando o papa Gregório IX - preocupado com o crescimento de seitas religiosas - criou um órgão especial para investigar os suspeitos de heresia, isto é, o Santo Ofício, nome oficial dado à Inquisição. Atuando na Itália, na França, na Alemanha e em Portugal, a Inquisição medieval tinha penas mais brandas - a mais comum era a excomunhão -, embora a tortura já fosse autorizada pelo papa para arrancar confissões desde 1252. Já sua segunda encarnação surgiu com toda força na Espanha de 1478. (Texto adaptado. Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/historia/o-que-foi-a-inquisicao/>) Escolha uma opção: A. “A Inquisição era formada pelos tribunais da Igreja Católica que perseguiam, julgavam e puniam pessoas acusadas de se desviar de suas normas de conduta”. B. “isto é, o Santo Ofício, nome oficial dado à Inquisição”. C. “a mais comum era a excomunhão”. D. “- preocupado com o crescimento de seitas religiosas -”. E. “Ela teve duas versões: a medieval, nos séculos XIII e XIV, e a feroz Inquisição moderna, concentrada em Portugal e Espanha, que durou do século XV ao XIX”. Feedback Sua resposta está correta. Segundo Silva e Rocha, a coesão textual une as partes ou ideias do texto. Mas é necessário escolher os conectores (operadores textuais) corretos. Podemos encontrar em ROCHA, Max Silva; SILVA, Maria Margarete de Paiva. A linguística textual e a construção do texto: um estudo sobre os fatores de textualidade. Revista A Cor das Letras. v. 18, n. 2, p. 26-44, maio/ago. 2017. A resposta correta é: “isto é, o Santo Ofício, nome oficial dado à Inquisição”. Questão 10 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão Os fragmentos abaixo constituemum texto, mas estão desordenados. Ordene-os de forma coesa e coerente e assinale a resposta correta.A) Na sede da entidade, a Receita recolheu para análise dezenas de notas fiscais, comprovantes de pagamentos e livros contábeis. Com base nos documentos, o órgão federal espera esclarecer a questão. O movimento financeiro durante os dez dias da festa é avaliado pelo Sebrae da cidade em R$ 278 milhões. B) Segundo sua análise, o evento reúne 1 milhão de pessoas, com uma média de R$ 278 gastos por frequentador. Desses R$ 278 milhões, a média de arrecadação é de 3%. Segundo informações obtidas pela Receita, metade desse percentual estaria sendo sonegado - ou seja, R$ 4,17 milhões. Além do clube, devem ser fiscalizados hotéis, restaurantes e a empresa que vende os anúncios da festa. C) A suspeita de sonegação surgiu porque o recolhimento dos tributos por parte de comerciantes e empresários da região, no período da festa, é o mesmo dos outros meses do ano. "Todo mundo diz que o faturamento dobra ou triplica no período da festa, mas o total arrecadado em impostos fica igual", diz o delegado da Receita. O primeiro alvo dos auditores na cidade foi o clube Os Independentes, instituição responsável pela organização da Festa do Peão de Boiadeiro. D) A Receita Federal de Franca está apurando a sonegação de impostos praticada pelas empresas e associações que atuam na Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos. (Rogério Pagnan, Folha de S. Paulo, 15/08/2000, p. F2, com adaptações). Escolha uma opção: A. D, C, A, B B. D, B, C, A C. A, B, C, D D. C, A, B, D E. B, C, D, A Feedback Sua resposta está correta. De acordo com Koch (2014), existem diversos fatores que complementam o sentido do texto, como: o pragmático, o lexical, o semântico, e gramatical, dentre outros que oferecem funcionalidade à comunicação. Podemos encontrar em KOCH, Ingedore. O texto e a construção dos sentidos.10. ed. São Paulo: Contexto, p.11-37, 2014. A resposta correta é: D, C, A, B Questão 11 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão Atualmente nos estudos da linguagem, a leitura é vista como: Escolha uma opção: A. Centrada na tríade autor-texto-leitor, em que o texto deve ser decodificado, pois “tudo está dito no dito”. B. Uma atividade que exige tão somente a participação do leitor. C. Uma atividade interativa em que autor-texto-leitor interagem na produção de sentidos. D. Uma captação das ideias do autor, sem levar em conta as experiências e os conhecimentos do leitor. E. Um processo de tradução de uma língua para a outra. Feedback Sua resposta está correta. Com base nas ideias de Koch( 2014), entende-se que no texto há dinâmica daquilo que se escreve e daquilo que é entendido na leitura do texto. Podemos encontrar em KOCH, Ingedore. O texto e a construção dos sentidos.10. ed. São Paulo: Contexto, p.11-37, 2014. A resposta correta é: Uma atividade interativa em que autor-texto-leitor interagem na produção de sentidos. Questão 12 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão Leia o texto abaixo. TEXTO 1 Os jovens negros no Brasil têm sido alvo da violência letal, por serem marginalizados, discriminados e vulnerabilizados pela pobreza crônica. A violência no País há muito ultrapassou todos os limites. Tanto é assim que dados recentes mostram o Brasil como um dos países mais violentos do mundo, levando-se em conta o risco de morte por homicídio. Em 1980, tínhamos uma média de, aproximadamente, doze homicídios por cem mil habitantes. Lamentavelmente, nas duas décadas seguintes, o grau de violência intencional aumentou, chegando a mais do que o dobro do índice verificado em 1980 - 121,6% -, ou seja, ao final dos anos 90 foi superado o patamar de 25 homicídios por cem mil habitantes. Simultaneamente, o PIB por pessoa em idade de trabalho decresceu 26,4%, isto é, em média, a cada queda de 1% do PIB a violência crescia mais do que 5% entre os anos 1980 e 1990. Estudos do Banco Interamericano de Desenvolvimento mostram que os custos da violência consumiram, apenas no setor saúde, 1,9% do PIB entre 1996 e 1997. Contudo, a vitimização letal se distribui de forma desigual: são, sobretudo, os jovens negros, do sexo masculino, entre 15 e 24 anos, que têm pago com a própria vida o preço da escalada da violência no Brasil, sobretudo em função de sua cor e da pobreza a que estão cronicamente submetidos. Assinale a alternativa que indica corretamente a tese central do texto, considerando que se trata de um texto argumentativo. Escolha uma opção: A. “A violência no País há muito ultrapassou todos os limites”. B. “Os jovens negros no Brasil têm sido alvo da violência letal, por serem marginalizados, discriminados e vulnerabilizados pela pobreza crônica”. C. “Simultaneamente, o PIB por pessoa em idade de trabalho decresceu 26,4%”. D. “O grau de violência intencional aumentou”. E. “Os custos da violência consumiram, apenas no setor saúde, 1,9% do PIB entre 1996 e 1997”. Feedback Sua resposta está correta. Com base em Ribeiro e Souza (2018), é o entendimento da argumentação que se faz o aprofundamento da exposição dos argumentos que defendem a tese. Podemos encontrar em RIBEIRO, P.; SOUZA, D. D. DE S. Argumentação e ensino: a mediação da Teoria Semiolinguística do Discurso. EID&A - Revista Eletrônica de Estudos Integrados em Discurso e Argumentação A resposta correta é: “Os jovens negros no Brasil têm sido alvo da violência letal, por serem marginalizados, discriminados e vulnerabilizados pela pobreza crônica”. Questão 13 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão Leia o texto a seguir e responda ao que se pede. TEXTO 1 Os jovens negros no Brasil têm sido alvo da violência letal, por serem marginalizados, discriminados e vulnerabilizados pela pobreza crônica. A violência no País há muito ultrapassou todos os limites. Tanto é assim que dados recentes mostram o Brasil como um dos países mais violentos do mundo, levando-se em conta o risco de morte por homicídio. Em 1980, tínhamos uma média de, aproximadamente, doze homicídios por cem mil habitantes. Lamentavelmente, nas duas décadas seguintes, o grau de violência intencional aumentou, chegando a mais do que o dobro do índice verificado em 1980 - 121,6% -, ou seja, ao final dos anos 90 foi superado o patamar de 25 homicídios por cem mil habitantes. Simultaneamente, o PIB por pessoa em idade de trabalho decresceu 26,4%, isto é, em média, a cada queda de 1% do PIB a violência crescia mais do que 5% entre os anos 1980 e 1990. Estudos do Banco Interamericano de Desenvolvimento mostram que os custos da violência consumiram, apenas no setor saúde, 1,9% do PIB entre 1996 e 1997. Contudo, a vitimização letal se distribui de forma desigual: são, sobretudo, os jovens negros, do sexo masculino, entre 15 e 24 anos, que têm pago com a própria vida o preço da escalada da violência no Brasil, sobretudo em função de sua cor e da pobreza a que estão cronicamente submetidos. O eixo argumentativo predominante no texto acima pode ser enquadrado em qual dos tipos abaixo Escolha uma opção: A. Apenas faz indagações sem respondê-las. B. Parte de estratégias indutivas de argumentação. C. Aponta vários culpados pelo problema. D. Usa dados demonstrativos. E. Usa somente comparações. Feedback Sua resposta está correta. Segundo Ribeiro e Souza (2018), toda produção textual resulta em uma sistematização do gênero escolhido. Podemos encontrar em RIBEIRO, P.; SOUZA, D. D. DE S. Argumentação e ensino: a mediação da Teoria Semiolinguística do Discurso. EID&A - Revista Eletrônica de Estudos Integrados em Discurso e Argumentação, v. 1, n. 17, p. 122-140, 13 dez. 2018. A resposta correta é: Usa dados demonstrativos. Questão 14 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão Leia o texto e responda ao que se pede. TEXTO 3 JUDITH BUTLER ESCREVE SOBRE SUA TEORIA DE GÊNERO E O ATAQUE SOFRIDO NO BRASIL (PARTE 1) Em 1989, publiquei um livro intitulado "Gender Trouble" (lançado em português em 2003 como "Problemas de Gênero: Feminismo e Subversão da Identidade", Civilização Brasileira),no qual propus uma descrição do caráter performativo do gênero. O que isso significa A cada um de nós é atribuído um gênero no nascimento, o que significa que somos nomeados por nossos pais ou pelas instituições sociais de certas maneiras. Às vezes, com a atribuição do gênero, um conjunto de expectativas é transmitido: esta é uma menina, então ela vai, quando crescer, assumir um papel X de mulher na família e no trabalho; este é um menino, então ele assumirá uma posição Y na sociedade como homem. No entanto, muitas pessoas sofrem dificuldades com sua atribuição — são pessoas que não querem atender a essas expectativas, e a percepção que têm de si próprias difere da atribuição social que lhes foi dada. A dúvida que surge com essa situação é a seguinte: em que medida jovens e adultos são livres para construir o significado de sua atribuição de gênero Algumas pessoas vivem em paz com o gênero que lhes foi atribuído, mas outras sofrem quando são obrigadas a se conformar com normas sociais que anulam o senso mais profundo de quem são e quem desejam ser. Para essas pessoas é uma necessidade urgente criar as condições para uma vida possível de viver. O livro negou a existência de uma diferença natural entre os sexos De maneira nenhuma, embora destaque a existência de paradigmas científicos divergentes para determinar as diferenças entre os sexos e observe que alguns corpos possuem atributos mistos que dificultam sua classificação. Também afirmei que a sexualidade humana assume formas diferentes e que não devemos presumir que o fato de sabermos o gênero de uma pessoa nos dá qualquer pista sobre sua orientação sexual. Um homem masculino pode ser heterossexual ou gay, e o mesmo raciocínio se aplica a uma mulher masculina. Nossas ideias de masculino e feminino variam de acordo com a cultura, e esses termos não possuem significados fixos. Eles são dimensões culturais de nossas vidas que assumem formas diferentes e renovadas no decorrer da história e, como atores históricos, nós temos alguma liberdade para determinar esses significados. Mas o objetivo dessa teoria era gerar mais liberdade e aceitação para a gama ampla de identificações de gênero e desejos que constitui nossa complexidade como seres humanos. Além disso, a liberdade de buscar uma expressão de gênero ou de viver como lésbica, gay, bissexual, trans ou queer (essa lista não é exaustiva) só pode ser garantida em uma sociedade que se recusa a aceitar a violência contra mulheres e pessoas trans, que se recusa a aceitar a discriminação com base no gênero e que se recusa a transformar em doentes e aviltar as pessoas que abraçaram essas categorias no intuito de viverem uma vida mais vivível, com mais dignidade, alegria e liberdade. JUDITH BUTLER, 61, referência nos estudos de gênero e teoria queer, é codiretora do programa de teoria crítica da Universidade da Califórnia em Berkeley. Lança o livro "Caminhos Divergentes: Judaicidade e Crítica do Sionismo" pela Boitempo. FSP / Ilustríssima 19.11.2017 Dado o fato de que todo texto apresenta um ou mais tipos de enunciadores que estabelecem tendências enunciativas para a enunciação, pode-se dizer que: I - O Texto 3 é escrito em 1ª pessoa e apresenta momentos de interpelação PORQUE II - seu objetivo é dissuadir o auditório do texto das opiniões errôneas que se têm dela e de sua teoria. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. Escolha uma opção: A. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. B. As asserções I e II são proposições falsas. C. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. D. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. E. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. Feedback Sua resposta está correta. Segundo Ribeiro e Souza (2018), a construção do discurso é resultado dos fatores envolvidos na comunicação. Podemos encontrar em RIBEIRO, P.; SOUZA, D. D. DE S. Argumentação e ensino: a mediação da Teoria Semiolinguística do Discurso. EID&A - Revista Eletrônica de Estudos Integrados em Discurso e Argumentação, v. 1, n. 17, p. 122-140, 13 dez. 2018. A resposta correta é: As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. Questão 15 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão Leia atentamente o texto a seguir: "Para a filosofia pragmatista norte-americana, a posse da verdade, longe de ser um fim em si, é apenas um meio preliminar para outras satisfações vitais. Se eu estou perdido na floresta e com fome, e se eu encontrar o que parece ser uma estrada de bois, é de extrema importância que eu pense haver uma habitação humana no final do mesmo, pois, se eu pensar assim e seguir o caminho, eu me salvarei. O verdadeiro pensamento é útil aqui, porque a casa que é o seu objetivo é útil. O valor prático das verdadeiras ideias é, portanto, derivado principalmente da importância prática de seus objetivos para nós". Com base no texto, podemos dizer que, para a filosofia pragmatista norte-americana, a posse da verdade: Escolha uma opção: A. É derivada de nossa satisfação e vinculada ao que for melhor para nós acreditarmos. B. É o outro lado da moeda da falsidade. C. Não advém da prática, mas sim de uma compreensão metafísica das coisas. D. Está somente no mundo e dele deve ser decifrada. E. É um bem coletivo. Feedback Sua resposta está correta. De acordo com Cantalice e Oliveira (2009) “A leitura e sua compreensão é considerada uma habilidade dinâmica que envolve criatividade, flexibilidade, ritmo e fluência. Quando um leitor exibe esses comportamentos, certamente demonstrará uma maior capacidade de fazer críticas e criar analogias com outras informações lidas. ” Podemos encontrar mais sobre o assunto no livro de CANTALICE, Lucicleide Maria de; OLIVEIRA, Katya Luciane de. Estratégias de leitura e compreensão textual em universitários. Psicol. Esc. Educ. (Impr.), Campinas, v. 13, n. 2, p. 227-234, jul./dez. 2009. A resposta correta é: É derivada de nossa satisfação e vinculada ao que for melhor para nós acreditarmos. Questão 16 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão Constata-se que o processo de leitura e interpretação de um texto pressupõe a compreensão do que são texto, ator social e sentidos, como uma forma de evitarmos a ideia de que o uso da linguagem se faz apenas com o objetivo de passar ou comunicar informações. Com base nessas discussões e nos textos, assinale a alternativa abaixo que melhor caracteriza a relação entre Texto, Ator Social e Sentidos em uma concepção crítica de leitura. Escolha uma opção: A. Os atores sociais, uma vez sendo concebidos como sujeitos ativos em sociedade, como sujeitos da história, ao mesmo tempo em que são responsáveis pela manutenção e transformação da sociedade, podem ser compreendidos a partir dos textos que produzem como fruto de suas interações, o que nos permite entender os sentidos de um texto tanto como uma proposta de significação deles, quanto o produto de uma negociação entre os atores interlocutores. B. Os sentidos de um texto estão situados na cabeça do ator produtor do texto, não importando o papel do leitor e interlocutor. C. O texto não pode ser pensado como desvinculado dos sentidos, uma vez que os sentidos estão ligados tão somente às palavras presentes no texto. D. O texto funciona muito mais em função dos atores sociais que o produzem do que das palavras usadas. E. Pensar sentido e texto é pensar em uma dimensão independente da dimensão dos atores sociais. Feedback Sua resposta está correta. Segundo Ribeiro e Sousa (2018), parti dos autores sociais as capacidades de entendimento dos processos de compreensão comunicativos do texto da maneira que se escreve e se estrutura o texto. Podemos encontrar em RIBEIRO, P.; SOUZA, D. D. DE S. Argumentação e ensino: a mediação da Teoria Semiolinguística do Discurso. EID&A - Revista Eletrônica de Estudos Integrados em Discurso e Argumentação, v. 1, n. 17, p. 122-140,13 dez. 2018. A resposta correta é: Os atores sociais, uma vez sendo concebidos como sujeitos ativos em sociedade, como sujeitos da história, ao mesmo tempo em que são responsáveis pela manutenção e transformação da sociedade, podem ser compreendidos a partir dos textos que produzem como fruto de suas interações, o que nos permite entender os sentidos de um texto tanto como uma proposta de significação deles, quanto o produto de uma negociação entre os atores interlocutores. Questão 17 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão Leia o texto e responda ao que se pede. TEXTO 2 O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso defendeu a legalização, com regulação rígida pelo Estado, de todos os tipos de drogas no país. Ele participou hoje (28) de seminário sobre descriminalização do uso de drogas, promovido pela Fundação Fernando Henrique Cardoso, na capital paulista. Para Barroso, a legalização das drogas quebraria o poder do tráfico nas comunidades carentes e reduziria os casos de vítimas inocentes, que morrem por causa de bala perdida em favelas e de jovens humildes cooptados pelo tráfico. O ministro disse que o papel do Estado é desincentivar o consumo das drogas e mostrar seus malefícios. "Não estamos defendendo as drogas, temos que enfrentar [o problema]. A guerra às drogas fracassou no mundo inteiro, mas o consumo só aumenta." Barroso concorda com a ideia de que a ilegalidade só assegura o monopólio do traficante. Para Barroso, o consumo recreativo, em ambiente privado, não deve ser proibido. "Cada um faz as suas escolhas de vida, e talvez este [consumo de drogas] não esteja entre os maiores riscos", disse o ministro. Ele disse que comportamentos que não causam danos a terceiros poderiam ser liberados e que réus primários, com bons antecedentes, flagrados com drogas não deveriam ser presos preventivamente e, sim, receber outros tipos de punição, como prestação de serviço à comunidade. Em agosto de 2015, Barroso votou no STF pela inconstitucionalidade de uma norma da Lei das Drogas (Lei 11.343) que criminaliza o porte para uso de drogas. O STF julgará o Recurso Extraordinário 635.659, ajuizado por um ex-preso de Diadema (SP), condenado a dois meses de prestação de serviços à comunidade por porte de maconha. A droga foi encontrada na cela do detento. Relatado pelo ministro Gilmar Mendes, o recurso deveria ter sido julgado em 2015, mas foi adiado. Se a maioria dos ministros da Corte julgar o artigo da lei inconstitucional, o STF, na prática, estará descriminalizando o porte de droga para consumo pessoal. O ministro disse que seu objetivo é defender, no STF, a descriminalização apenas da maconha como um primeiro passo, fazendo com que a decisão possa ser estendida para outras drogas. A argumentação de todo texto pertence a um ou mais eixos (demonstrativo ou retórico) e se estrutura por uma ou mais operações argumentativas (dedução ou indução), que tanto organizam a sequenciação e encadeamentos das ideias, quanto referenciam o conteúdo da argumentação. Com base nisso, podemos dizer que o texto 2 apresenta: I) Uma lógica argumentativa predominantemente retórica, pois o enunciador faz apelo a argumentos da experiência para contrariar outras ideias. II) Um eixo argumentativo demonstrativo, quando apresenta fatos que comprovam ser sua alternativa a melhor para os problemas em questão. III) Uma operação argumentativa dedutiva, pois parte de uma tese maior e a exemplifica com fatos experienciados pelo relator. IV) Uma operação argumentativa somente indutiva, porque induz o auditório a aceitar seu ponto de vista justificando-o com fatos vivenciados pelo relator. Assinale a alternativa correta. Escolha uma opção: A. As afirmativas II e III estão corretas. B. As afirmativas III e IV estão corretas. C. As afirmativas I e IV estão corretas. D. As afirmativas I e II estão corretas. E. As afirmativas II e IV estão corretas. Feedback Sua resposta está correta. De acordo com Ribeiro e Souza (2018), identificar o gênero ajuda a compreender o contexto de comunicação. Podemos encontrar em RIBEIRO, P.; SOUZA, D. D. DE S. Argumentação e ensino: a mediação da Teoria Semiolinguística do Discurso. EID&A - Revista Eletrônica de Estudos Integrados em Discurso e Argumentação, v. 1, n. 17, p. 122-140, 13 dez. 2018. A resposta correta é: As afirmativas I e IV estão corretas. Questão 18 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão Leia o texto e responda ao que se pede. TEXTO 3 JUDITH BUTLER ESCREVE SOBRE SUA TEORIA DE GÊNERO E O ATAQUE SOFRIDO NO BRASIL (PARTE 1) Em 1989, publiquei um livro intitulado "Gender Trouble" (lançado em português em 2003 como "Problemas de Gênero: Feminismo e Subversão da Identidade", Civilização Brasileira), no qual propus uma descrição do caráter performativo do gênero. O que isso significa A cada um de nós é atribuído um gênero no nascimento, o que significa que somos nomeados por nossos pais ou pelas instituições sociais de certas maneiras. Às vezes, com a atribuição do gênero, um conjunto de expectativas é transmitido: esta é uma menina, então ela vai, quando crescer, assumir um papel X de mulher na família e no trabalho; este é um menino, então ele assumirá uma posição Y na sociedade como homem. No entanto, muitas pessoas sofrem dificuldades com sua atribuição — são pessoas que não querem atender a essas expectativas, e a percepção que têm de si próprias difere da atribuição social que lhes foi dada. A dúvida que surge com essa situação é a seguinte: em que medida jovens e adultos são livres para construir o significado de sua atribuição de gênero Algumas pessoas vivem em paz com o gênero que lhes foi atribuído, mas outras sofrem quando são obrigadas a se conformar com normas sociais que anulam o senso mais profundo de quem são e quem desejam ser. Para essas pessoas é uma necessidade urgente criar as condições para uma vida possível de viver. O livro negou a existência de uma diferença natural entre os sexos De maneira nenhuma, embora destaque a existência de paradigmas científicos divergentes para determinar as diferenças entre os sexos e observe que alguns corpos possuem atributos mistos que dificultam sua classificação. Também afirmei que a sexualidade humana assume formas diferentes e que não devemos presumir que o fato de sabermos o gênero de uma pessoa nos dá qualquer pista sobre sua orientação sexual. Um homem masculino pode ser heterossexual ou gay, e o mesmo raciocínio se aplica a uma mulher masculina. Nossas ideias de masculino e feminino variam de acordo com a cultura, e esses termos não possuem significados fixos. Eles são dimensões culturais de nossas vidas que assumem formas diferentes e renovadas no decorrer da história e, como atores históricos, nós temos alguma liberdade para determinar esses significados. Mas o objetivo dessa teoria era gerar mais liberdade e aceitação para a gama ampla de identificações de gênero e desejos que constitui nossa complexidade como seres humanos. Além disso, a liberdade de buscar uma expressão de gênero ou de viver como lésbica, gay, bissexual, trans ou queer (essa lista não é exaustiva) só pode ser garantida em uma sociedade que se recusa a aceitar a violência contra mulheres e pessoas trans, que se recusa a aceitar a discriminação com base no gênero e que se recusa a transformar em doentes e aviltar as pessoas que abraçaram essas categorias no intuito de viverem uma vida mais vivível, com mais dignidade, alegria e liberdade. JUDITH BUTLER, 61, referência nos estudos de gênero e teoria queer, é codiretora do programa de teoria crítica da Universidade da Califórnia em Berkeley. Lança o livro "Caminhos Divergentes: Judaicidade e Crítica do Sionismo" pela Boitempo. FSP / Ilustríssima 19.11.2017 No texto, temos que: I) A relação do enunciador com a realidade de que fala é de relato e de testemunha. II) A relação do enunciador com o auditório é de crítica ao público-leitor do texto. III) A relação do enunciador com o assunto em discussão é totalmente subjetiva. Assinale a alternativa correta:Escolha uma opção: A. Somente a afirmativa II está correta. B. Somente a afirmativa I está correta. C. Somente as afirmativas I e II estão corretas. D. Somente as afirmativas II e III estão corretas. E. Somente a afirmativa III está correta. Feedback Sua resposta está correta. De acordo com Ribeiro e Souza (2018), a fala pode desenvolver mais credibilidade argumentação proposta. Podemos encontrar em RIBEIRO, P.; SOUZA, D. D. DE S. Argumentação e ensino: a mediação da Teoria Semiolinguística do Discurso. EID&A - Revista Eletrônica de Estudos Integrados em Discurso e Argumentação, v. 1, n. 17, p. 122-140, 13 dez. 2018. A resposta correta é: Somente a afirmativa I está correta. Questão 19 Incorreto Atingiu 0,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão Leia o texto a seguir. TEXTO 2 O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso defendeu a legalização, com regulação rígida pelo Estado, de todos os tipos de drogas no país. Ele participou hoje (28) de seminário sobre descriminalização do uso de drogas, promovido pela Fundação Fernando Henrique Cardoso, na capital paulista. Para Barroso, a legalização das drogas quebraria o poder do tráfico nas comunidades carentes e reduziria os casos de vítimas inocentes, que morrem por causa de bala perdida em favelas e de jovens humildes cooptados pelo tráfico. O ministro disse que o papel do Estado é desincentivar o consumo das drogas e mostrar seus malefícios. "Não estamos defendendo as drogas, temos que enfrentar [o problema]. A guerra às drogas fracassou no mundo inteiro, mas o consumo só aumenta." Barroso concorda com a ideia de que a ilegalidade só assegura o monopólio do traficante. Para Barroso, o consumo recreativo, em ambiente privado, não deve ser proibido. "Cada um faz as suas escolhas de vida, e talvez este [consumo de drogas] não esteja entre os maiores riscos", disse o ministro. Ele disse que comportamentos que não causam danos a terceiros poderiam ser liberados e que réus primários, com bons antecedentes, flagrados com drogas não deveriam ser presos preventivamente e, sim, receber outros tipos de punição, como prestação de serviço à comunidade. Em agosto de 2015, Barroso votou no STF pela inconstitucionalidade de uma norma da Lei das Drogas (Lei 11.343) que criminaliza o porte para uso de drogas. O STF julgará o Recurso Extraordinário 635.659, ajuizado por um ex-preso de Diadema (SP), condenado a dois meses de prestação de serviços à comunidade por porte de maconha. A droga foi encontrada na cela do detento. Relatado pelo ministro Gilmar Mendes, o recurso deveria ter sido julgado em 2015, mas foi adiado. Se a maioria dos ministros da Corte julgar o artigo da lei inconstitucional, o STF, na prática, estará descriminalizando o porte de droga para consumo pessoal. O ministro disse que seu objetivo é defender, no STF, a descriminalização apenas da maconha como um primeiro passo, fazendo com que a decisão possa ser estendida para outras drogas. Analise as asserções abaixo e responda ao que se pede em seguida. I) Das informações do texto acima, podem ser retiradas informações que permitiriam formular uma tese por Culpabilidade PORQUE II) no texto há indicações claras de que fatores são responsáveis pelo consumo de drogas no Brasil. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. Escolha uma opção: A. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. B. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. C. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. D. As asserções I e II são proposições falsas. E. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. Feedback Sua resposta está incorreta. Segundo Ribeiro e Souza (2018), conhecer os processos de argumentação desenvolve o melhoramento na expressão dos comunicadores. Podemos encontrar em RIBEIRO, P.; SOUZA, D. D. DE S. Argumentação e ensino: a mediação da Teoria Semiolinguística do Discurso. EID&A - Revista Eletrônica de Estudos Integrados em Discurso e Argumentação, v. 1, n. 17, p. 122-140, 13 dez. 2018. A resposta correta é: As asserções I e II são proposições falsas. Questão 20 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão Veja o cartum abaixo e assinale a alternativa que define qual(is) intertextos(s) é(são) possível(eis) reconhecer na construção desse texto. Escolha uma opção: A. Na figura 6, há uma referência ao Cavalo de Troia, episódio da Odisseia de Homero. B. Na figura 10, há a referência ao ataque alienígena de Vaginha, Minas Gerais. C. Na figura 7, há uma referência a Saddam Hussein, ex-ditador iraquiano. D. Na figura 8, há a referência a Stalin e ataque que levou à sua morte. E. Na figura 4, há uma referência à Bíblia, especificamente à história de Davi e Golias. Feedback Sua resposta está correta. Segundo Koch (2012), a intertextualidade pode ser percebida de maneira explicita quando há a menção de algo que pode ser recuperado em outros textos. Podemos encontrar em KOCH, I. G. V. Introdução à linguística textual: trajetória e grandes temas. São Paulo: Martins Fontes, v.1, p.92-146, 2009. A resposta correta é: Na figura 4, há uma referência à Bíblia, especificamente à história de Davi e Golias. Parte inferior do formulário