AVA 1_MTC_Lais do Prado Gomes

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PÚBLICA 
 
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
 
 
 
TIPOS DE CONHECIMENTO 
 
AVA 1 
 
 
Aluno: Lais do Prado Gomes 
Matrícula: 20211302395 
Curso: Ciências Econômicas 
Disciplina: Metodologia Científica 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2022 
 
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1. Enunciado 
A ciência pode ser considerada como um estudo, com critérios metodológicos, das relações 
existentes entre causa e efeito de um fenômeno, ou seja, é uma forma de conhecimento 
sistemático que abrange todos os campos do conhecimento: exatas, biológicas, humanas entre 
outros. 
Na construção do conhecimento é preciso ser criticamente fundamentado e passar pelo exame 
de experiência. A pesquisa precisa apresentar também, critérios metodológicos. Desta forma, é 
possível garantir a veracidade dos fatos e a credibilidade necessária para ser aceita no mundo 
acadêmico. 
Considerando a charge a seguir, identifique quatro tipos de conhecimento: senso comum, 
científico, filosófico e teológico, cada um com suas características e igualmente importantes 
para cada pessoa: 
 
 
A. Os tipos de conhecimento são iguais? Qual a semelhança e qual as principais diferenças 
entre eles? 
B. Dentre os 4 tipos de conhecimento, qual é evidenciado na charge? 
 
verificáveis.” 
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2. Resolução 
 
a. Os tipos de conhecimento são iguais? Qual a semelhança e qual as 
principais diferenças entre eles? 
Os diferentes tipos de conhecimento são: senso comum, científico, filosófico e teológico. 
Senso comum: 
Também conhecido como “conhecimento empírico” ou “conhecimento popular”, é 
caracterizado por Marconi e Lakatos como valorativo, reflexivo, assistemático, verificável, 
falível e inexato. 
Segundo os autores: “O conhecimento popular é valorativo por excelência, pois se 
fundamenta numa seleção operada com base em estados de ânimo e emoções: como o 
conhecimento implica uma dualidade de realidades, isto é, de um lado o sujeito cognoscente 
e, de outro, o objeto conhecido, e este é possuído, de certa forma, pelo cognoscente, os 
valores do sujeito impregnam o objeto conhecido. É também reflexivo, mas, estando limitado 
pela familiaridade com o objeto, não pode ser reduzido a uma formulação geral. A 
característica de assistemático baseia-se na organização particular das experiências próprias 
do sujeito cognoscente, e não em uma sistematização das ideias, na procura de uma 
formulação geral que explique os fenômenos observados, aspecto que dificulta a transmissão, 
de pessoa a pessoa, desse modo de conhecer. É verificável, visto que está limitado ao âmbito 
da vida diária e diz respeito ao que se pode perceber no dia a dia. Finalmente, é falível e 
inexato, pois se conforma com a aparência e com o que se ouviu dizer a respeito do objeto. 
Em outras palavras, não permite a formulação de hipóteses sobre a existência de fenômenos 
situados além das percepções objetivas.” 
Científico: 
Como as explicações mágicas não bastavam para compreender os fenômenos, os seres 
humanos finalmente evoluíram para a busca de respostas através de caminhos que pudessem 
ser comprovados. 
Finalmente, o conhecimento científico atinge os fenômenos, não só como aparecem para o 
sujeito, como também com suas causas e consequências. Caracteriza-se pela forma de 
analisar, explicar, justificar, induzir, aplicar leis e predizer com segurança eventos futuros. O 
conhecimento científico não só apreende os objetos, fatos e fenômenos, como os explica. 
Para Marconi e Lakatos, esse conhecimento é “real/factual, sistemático, verificável, falível e 
aproximadamente exato”. 
Filosófico: 
O conhecimento filosófico, portanto, é caracterizado pelo esforço da razão pura para 
questionar os problemas humanos, recorrendo apenas às luzes da própria razão humana. Para 
Marconi e Lakatos, esse conhecimento é valorativo, racional, sistemático, não verificável, 
infalível e exato. 
O autor define este tipo de conhecimento como “O conhecimento científico abrange fatos 
concretos, positivos, e fenômenos perceptíveis pelos sentidos, através do emprego de 
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instrumentos, técnicas e recursos de observação. Já o objeto de análise da filosofia são ideias, 
relações conceptuais, exigências lógicas que não são redutíveis a realidades materiais e, por 
essa razão, não são passíveis de observação sensorial direta ou indireta (por instrumentos), 
como a que é exigida pela ciência experimental.” 
Teológico: 
Também chamado de “conhecimento religioso”, é o conhecimento revelado pela fé divina ou 
crença religiosa. 
Para Marconi e Lakatos, é caracterizado como: “valorativo, inspiracional, sistemático, não 
verificável, infalível e exato”. 
Segundo o autor: “O conhecimento religioso, isto é, teológico, apoia-se em doutrinas que 
contêm proposições sagradas (valorativas), por terem sido reveladas pelo sobrenatural 
(inspiracional). Por esse motivo, tais verdades são consideradas infalíveis e indiscutíveis 
(exatas). É um conhecimento sistemático do mundo (origem, significado, finalidade e destino) 
como obra de um criador divino; suas evidências não são verificáveis: nele está sempre 
implícita uma atitude de fé perante um conhecimento revelado. 
O conhecimento religioso ou teológico parte do princípio de que as verdades tratadas são 
infalíveis e indiscutíveis, por consistirem em revelações da divindade (sobrenatural). A adesão 
das pessoas passa a ser um ato de fé, pois a visão sistemática do mundo é interpretada como 
decorrente do ato de um criador divino, cujas evidências não são postas em dúvida nem 
sequer verificáveis.” 
 
b. Dentre os 4 tipos de conhecimento, qual é evidenciado na charge? 
Dentre os 4 tipos de conhecimento mencionados acima, na charge em questão, pode-se 
observar dois tipos de conhecimento: o “conhecimento científico” e o “senso comum”. 
O conhecimento científico é evidenciado pelo personagem de gravata, que está, através da 
pesquisa/estudo em computador, em busca de respostas “através de caminhos que pudessem 
ser comprovados”. 
O “senso comum” é evidenciado pela fala da personagem feminina, ao afirmar que 
“conhecimento não compartilhado, não é conhecimento”. Essa afirmação não veio de 
revelações pela fé, de comprovações científicas ou do questionamento de problemas humanos, 
mas sim do conhecimento empírico e do senso comum da importância de se compartilhar 
conhecimento. Após essa fala, o segundo personagem se aprofunda no conhecimento, a partir 
da “tentativa e erro” e da observação empírica da experiência da troca de conhecimento, 
evidenciando o conhecimento por “senso comum”. 
 
REFERÊNCIA: 
MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Fundamentos da metodologia científica. 7. ed. São 
Paulo: Atlas, 2010.