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1 SUMÁRIO 1. GESTAO DE PRODUTOS .......................................................................................... 2 2. AS TRÊS CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DE UM PRODUTO ................................... 9 3. GESTÃO DE MARCAS ............................................................................................. 10 4. BRANDING: O QUE É GESTÃO DE MARCA ........................................................... 11 5. E O QUE É GESTÃO DE MARCA ............................................................................ 12 6. O QUE É UMA “MARCA” .......................................................................................... 13 7. COMO DEFINIR O PREÇO DE VENDA DE UM PRODUTO OU SERVIÇO ............. 19 8. A ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS ....................................................................... 24 9. DIMENSIONAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUES ............................................ 31 10. FUNÇÕES E OBJETIVOS ........................................................................................ 31 11. GESTÃO DE ESTOQUE ........................................................................................... 33 12. POLÍTICAS DE ESTOQUES ..................................................................................... 37 13. INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA PREVISÃO .......................................................... 38 14. TÉCNICAS DE PREVISÃO ....................................................................................... 39 15. FORMAS DE EVOLUÇÃO DE CONSUMO ............................................................... 39 16. CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS ............................................................................ 45 17. NÍVEIS DE ESTOQUE .............................................................................................. 52 18. MODELOS DE CÁLCULO PARA O ESTOQUE DE SEGURANÇA ........................... 57 REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 60 2 1. GESTAO DE PRODUTOS Fonte: www.guiadastartup.com.br/ Gestão de Produto é uma área da administração que lida com assuntos como: Que produtos produzir e vender; Que novos produtos acrescentar; Que produtos existentes deverão ser abandonados; De quanto tempo é que um produto necessita para penetrar o mercado; Quantos produtos ter na linha de produtos; Como equilibrar um portfólio de produtos; Se se deve usar uma estratégia de diferenciação ou não; Qual o melhor posicionamento do produto; Que marca usar; Se usar uma marca individual ou uma marca genérica de família de produtos; Se construir pacotes (bundles) ou linhas de produto; Que logotipo usar; Considerações do Ciclo de Vida do Produto; Considerações da obsolescência planejada https://pt.wikipedia.org/wiki/Produto_(economia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Portf%C3%B3lio_de_produtos&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Estrat%C3%A9gia https://pt.wikipedia.org/wiki/Diferencia%C3%A7%C3%A3o_(marketing) https://pt.wikipedia.org/wiki/Posicionamento_(marketing) https://pt.wikipedia.org/wiki/Marca https://pt.wikipedia.org/wiki/Logotipo https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_vida_de_um_produto 3 O PRODUTO Produto, em administração e marketing, é um conjunto de atributos, tangíveis ou intangíveis, constituído através do processo de produção, para atendimento de necessidades reais ou simbólicas, e que pode ser negociado no mercado, mediante um determinado valor de troca, quando então se converte em mercadoria. Portanto, como produtos, consideramos bens físicos (furadeiras, livros, etc), serviços (cortes de cabelo, lavagem de carro, etc.), eventos (concertos, desfiles, etc.), pessoas (Pelé, George Bush, etc.), locais (Havaí, Veneza, etc.), organizações, (Greenpeace, Exército da Salvação, etc.) ou mesmo ideias (planejamento familiar, direção defensiva, etc.) Segundo Kotler e Armstrong, produto é qualquer coisa que possa ser oferecida a um mercado para atenção, aquisição, uso ou consumo, e que possa satisfazer um desejo ou necessidade. O produto é o primeiro elemento do composto mercadológico: todos os demais componentes dependem do estudo e conhecimento do produto. A propaganda, o preço e a distribuição só podem ser definidas após um estudo do produto e da identificação de seu mercado-alvo. Assim os fatores diretamente relacionados a oferta de marketing são aqui estudados. Quais produtos produzir e vender, quais novos produtos acrescentar, quais abandonar, em que estágio do ciclo de vida o produto se encontra, quantos produtos o portfólio deve ter, são apenas algumas das preocupações encontradas na Gestão de Produto O consumidor optará pelo produto que considerar como o de maior valor, e para isso levará em consideração aspectos tangíveis e intangíveis que merecem a atenção dos profissionais de marketing. CICLO DE VIDA DO PRODUTO https://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Marketing https://pt.wikipedia.org/wiki/Produ%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Necessidades_econ%C3%B4micas https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado https://pt.wikipedia.org/wiki/Valor_de_troca https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercadoria https://pt.wikipedia.org/wiki/Philip_Kotler https://pt.wikipedia.org/wiki/Gary_Armstrong 4 O modelo de ciclo de vida do produto (CVP) é a linha de produção de um produto ou marca. É a sua história completa através de suas fases de vendas: introdução, crescimento, maturidade e declínio. Ele também é utilizado para a avaliação de uma forma de produto ou até mesmo uma marca de uma empresa em conjunto com a matriz BCG, o que não é considerado adequado dentro da teoria de marketing. Quando se fala do ciclo de vida de um produto fala-se tanto, por exemplo, de aparelhos de fax, carruagens, fornos de microondas e discos de vinil quanto do sucesso ou fracasso de uma versão específica de um produto. O ciclo de vida de um produto visa a olhar além das fronteiras da empresa, não se preocupando, necessariamente, com as competências da empresa avaliada. A questão seria (com um exemplo actual): quanto vale a pena investir (em pesquisas tecnológicas e em esforços de mercado) em fitas VHS? Através da análise do ciclo de vida do produto pode-se ter um forte auxílio para esta resposta. Todo o negócio busca modos de aumentar suas receitas futuras, maximizando o lucro das vendas de produtos e serviços. O fluxo de caixa permite à empresa manter- se viável, investir em desenvolvimento de novos produtos e aumentar a sua equipe de colaboradores. Tudo para buscar adquirir participação de mercado adicional e tornar-se líder em sua indústria. Um fluxo de caixa (receita) consistente e sustentável vindo das vendas dos produtos é crucial para qualquer investimento de longo prazo. A melhor forma de obter um fluxo de caixa contínuo e estável é com um produto "vaca leiteira" (ver Matriz BCG), um produto líder que tem uma grande participação de mercado em mercados maduros. Os produtos têm ciclos de vida cada vez mais curtos e muitos produtos em indústrias maduras são revitalizados através da diferenciação e da segmentação do mercado. CLASSIFICAÇÃO DE PRODUTOS https://pt.wikipedia.org/wiki/Produto https://pt.wikipedia.org/wiki/Marca https://pt.wikipedia.org/wiki/Matriz_BCG https://pt.wikipedia.org/wiki/Marketing https://pt.wikipedia.org/wiki/Fluxo_de_caixa https://pt.wikipedia.org/wiki/Matriz_BCG https://pt.wikipedia.org/wiki/Matriz_BCG https://pt.wikipedia.org/wiki/Diferencia%C3%A7%C3%A3o_(marketing) https://pt.wikipedia.org/wiki/Segmento_de_mercado 5 A gestão de produtos envolve o desenvolvimento de estratégias e táticasque aumentaram a demanda do produto (chamada de demanda primária) em relação ao Ciclo de Vida do Produto. Uma técnica útil para entender um produto é o Sistema de Classificação Aspinwall. Ele classifica e atribui nota ao produto baseado em cinco variáveis: 1) taxa de reposição - qual a frequência que o produto é recomprado. 2) margem bruta - quanto lucro é obtido de cada produto (preço médio de venda menos custo unitário médio). 3) ajuste de objetivo do comprador - qual a flexibilidade dos hábitos de consumo dos compradores em relação a esse produto. 4) duração da satisfação do produto - por quanto tempo o produto irá produzir benefícios ao usuário. 5) duração do comportamento de busca do comprador - quanto tempo eles demorarão para comprar o produto. Fonte: comprassustentaveis.com/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_produto https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_vida_do_produto 6 Níveis de produtos Um produto oferecido aos clientes pode ser visto em diferentes níveis: Produto núcleo ou central: é o serviço essencial que o comprador está de fato adquirindo. Tangível: é constituído por suas características, estilo, qualidade, marca e embalagem. Ampliado: é o produto tangível somados os diversos serviços que o acompanham, tais como: garantia, instalação, manutenção, entrega gratuita e outros. Há também a classificação em: benefício central, produto genérico, produto esperado, produto ampliado e produto potencial. TIPOS DE PRODUTOS Existem vários tipos de produtos: Produtos ao consumidor (ou bens de consumo) - usados por usuários-finais Produtos industriais - usados na produção de outros bens Bens de conveniência - adquiridos frequentemente e com um esforço mínimo Bens de impulso - compra por estímulo sensorial imediato Bens de emergência - bens necessários imediatamente Bens de compra comparada - alguma comparação com outros bens como carros e TVs. Ou seja, são produtos que exigem um alto esforço do consumidor para comparar os requisitos e fazer uma escolha que atenda às suas necessidades. Bens de especialidade - comparação extensiva com outros bens e uma longa busca por informações Bens não procurados - ex. vagas em cemitérios, seguros Bens perecíveis - bens que se deteriorarão rapidamente mesmo sem uso Bens duráveis - bens que sobrevivem a ocasiões de múltiplo uso Bens não-duráveis - bens que serão consumidos em uma única oportunidade Bens de capital - instalações, equipamentos e construções https://pt.wikipedia.org/wiki/Produto_n%C3%BAcleo https://pt.wikipedia.org/wiki/Bens_de_consumo 7 Partes e materiais - Bens que são agregados a um produto final Abastecimento e serviços - Bens que facilitam a produção Commodities - bens indiferenciáveis (ex. trigo, ouro, açúcar, etc) Produtos intermediários - resulta da fabricação de outro produto ASPECTOS TANGÍVEIS DO PRODUTO Tamanho Durabilidade Cor Modelo Peso Gastos Indiretos Embalagem Rotulagem Limpeza Variedade Personalização Design https://pt.wikipedia.org/wiki/Design_de_produto 8 Fonte: slideplayer.com.br Aspectos intangíveis do produto Qualidade Reputação Capricho Posicionamento (marketing) Marca Instalação Pós-Venda Informações/Instruções Manutenção Garantias Devoluções Imagem Status https://pt.wikipedia.org/wiki/Qualidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Posicionamento_(marketing) https://pt.wikipedia.org/wiki/Marca 9 2. As três características básicas de um produto Como visto, as variáveis envolvidas no Produto são muitas. Contudo existem três pontos chaves que são de inegável importância em qualquer oferta: Qualidade: Tem a ver com o quão perfeitamente seu produto satisfaz um desejo ou necessidade do cliente. Pesquisa e Desenvolvimento podem colaborar com a crescente qualidade de um produto. Eliminação de deficiências e fortalecimento de pontos fortes influenciam a qualidade percebida de seu produto favorecendo sua aceitação. Apresentação: A apresentação pode ser o diferencial numa escolha entre concorrentes. Um produto não só deve ter qualidade como deve também aparentar ter qualidade. Cores, embalagem, exposição, sem dúvida alguma influenciam na decisão de compra. A apresentação não deve apenas ser esteticamente agradável, mas deve também ser coerente com seu público-alvo. Marca: A construção de uma marca forte para seu produto é consequência de um relacionamento satisfatório com seu mercado-alvo. Quando esta identificação positiva se torna forte o bastante, sua marca passa a valer mais do que o próprio produto oferecido. Branding é como é chamado o conjunto de práticas e técnicas que visam a construção e o fortalecimento de uma marca. Etapas para o desenvolvimento de produto Identificação de oportunidade Análise do problema (levantamento de informações) Geração de ideias Triagem Desenvolvimento e teste do conceito Desenvolvimento da estratégia de marketing Análise financeira/comercial Desenvolvimento do produto https://pt.wikipedia.org/wiki/Branding 10 Teste de mercado Comercialização Estas etapas são exploradas em mais detalhes em Metodologia de projeto. 3. GESTÃO DE MARCAS Fonte: royalde.com/ A marca é um organismo vivo, que evolui constantemente. A gestão das marcas atua continuamente na análise dessas mudanças e das percepções que elas provocam nos diferentes públicos que se relacionam com a marca, ou seja, está relacionada com o entendimento da marca pelo mercado. Este processo pode envolver, após os diagnósticos da marca, as seguintes etapas: PLATAFORMA DE MARCA GESTÃO DE STAKEHOLDERS GESTÃO DOS PONTOS DE CONTATO DA MARCA GESTÃO DA IDENTIDADE DA MARCA https://pt.wikipedia.org/wiki/Metodologia_de_projeto http://www.sebastiany.com.br/servicos-de-branding/gestao-de-marcas/plataforma-de-marca/ 11 Um trabalho de gestão de marcas pode ser tanto pontual, quanto contínuo. GESTÃO CONTÍNUA DA MARCA Na gestão contínua da marca, a Sebastiany atua lado a lado do cliente, contribuindo para gestão do posicionamento da marca em todas as decisões da empresa. AUDITORIAS DE MARCA Atuação trimestral, semestral ou anual da Sebastiany para avaliar e diagnosticar as decisões e ações de comunicação da empresa no período anterior, com o intuito de apontar alinhamentos e desalinhamentos com o posicionamento e a identidade da marca. Este processo também envolve todo o projeto de normatização, facilitando assim, a autogestão da marca por parte da equipe da própria empresa, incluindo: BRANDBOOKS PHOTO BRIEF TOM DE VOZ STYLE GUIDES MANUAIS DE MARCA Na Sebastiany, fazemos a gestão de marcas através da manutenção e planejamento dos pontos de contato e comportamentos corporativos. Mais do que em grandes ações, são nos pequenos gestos e decisões cotidianas que a percepção da marca junto ao público e o seu valor são construídos. 4. Branding: o que é gestão de marca Muitas empresas possuem sua marca como seu principal ativo. Significa dizer que a marca é seu patrimônio mais valioso. Contudo, há lendas que afirmam que http://www.sebastiany.com.br/servicos-de-branding/gestao-de-marcas/brandbook/ http://www.sebastiany.com.br/servicos-de-branding/gestao-de-marcas/photo-brief/ http://www.sebastiany.com.br/servicos-de-branding/gestao-de-marcas/tom-de-voz/ http://www.sebastiany.com.br/servicos-de-branding/gestao-de-marcas/style-guide/ http://www.sebastiany.com.br/servicos-de-branding/gestao-de-marcas/manual-de-identidade-visual/ 12 uma marca tradicional e bem conhecida é inabalável e até dispensam publicidade. Há quem diga até que se a marca for abalada, basta reforçaro restante do mix de marketing que tudo volta ao normal, como qualidade do produto, preço etc. Para derrubar essas lendas do século passado, vamos refletir um pouco. Brands são organismos vivos em qualquer corporação. Subnutridas ou não, as marcas nascem com um objetivo a seguir: representar a corporação. Portanto, se uma marca representa a imagem da corporação e essa representação é malcuidada, os danos podem ser irreversíveis. A mente do consumidor pode se acostumar com uma representação denegrida da corporação e repassar isso aos próximos. Resultado: não cuidar da marca é um suicídio para qualquer negócio. 5. E O QUE É GESTÃO DE MARCA É cuidar da marca de maneira a mantê-la saudável e sustentável de forma que consiga apoiar todo o mix de marketing da instituição. Uma marca saudável é bem reconhecida pelo Target (top of mind), tendência e acelera a curva de compra dos produtos e reforça a blindagem da instituição contra-ataques da concorrência, dentro outras características. Seguem duas matérias que saíram no Jornal O Povo em que dou depoimentos também sobre gestão de marca. Confira: Mostre sua nova cara ao mercado – O reposicionamento de marca é uma necessidade do mercado. Para isso, as empresas precisam estar atentas ao cliente e a forma como eles percebem a marca. Boticário, Coca-Cola e Havaianas são casos de sucesso Esteja atento às tendências – Antes de investir em uma mudança na marca, é ideal que a empresa esteja atenta às tendências de mercado. Você já parou para pensar sobre o que faz uma marca ser mais lembrada do que outra? Por que nós temos a sensação de que algumas marcas são incríveis sendo que elas fabricam produtos ou entregam serviços tão bons quanto seus concorrentes? http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2012/08/21/noticiasjornaleconomia,2903395/mostre-sua-nova-cara-ao-mercado.shtml http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2012/08/21/noticiasjornaleconomia,2903395/mostre-sua-nova-cara-ao-mercado.shtml http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2012/08/21/noticiasjornaleconomia,2903395/mostre-sua-nova-cara-ao-mercado.shtml http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2012/08/21/noticiasjornaleconomia,2903395/mostre-sua-nova-cara-ao-mercado.shtml http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2012/08/21/noticiasjornaleconomia,2903398/esteja-atento-as-tendencias.shtml http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2012/08/21/noticiasjornaleconomia,2903398/esteja-atento-as-tendencias.shtml 13 Será que existe algo que esteja fora do escopo da entrega que realmente possa influenciar na imagem que você tem sobre determinada empresa? O que realmente diferencia uma marca da outra? Branding nada mais é do que a gestão de uma marca. Todo o trabalho realizado com o objetivo de tornar a sua marca mais conhecida, mais desejada, mais positiva na mente de seus consumidores. Isso envolve uma série de ações, realizadas desde a concepção da marca até as ações cotidianas que envolvem o marketing da empresa. A construção do Branding é algo relativo e é um trabalho que, geralmente, é um conjunto de ações cujo resultado é sentido algum tempo depois, afinal, uma marca forte e consolidada, normalmente, não é construída da noite para o dia. E, antes de falarmos sobre a construção desta reputação, que tal conversarmos um pouco sobre o conceito de “marca”? 6. O QUE É UMA “MARCA” Sua marca não é sua logo. Sua marca não é o seu nome. Sua marca não é a sua mascote. Sua marca não é o seu site. Todas essas coisas fazem parte daquilo que constrói a sua marca, mas tudo isso está longe de ser considerado o componente único que compõe a essência da sua marca. A sua marca é tudo aquilo que remete a você. Pode ser seu logotipo, pode ser o seu nome, podem ser as suas cores principais. Mas podemos ir ainda mais longe. Duvida? Veja só este exemplo: A Harley Davidson, por exemplo, é reconhecida pelo barulho do ronco do motor de suas motos. Em 1990, ela conquistou, judicialmente, o direito de ser a única detentora do barulho característico que sai do escapamento de suas motocicletas. A sua marca é todo o conjunto de coisas que te representa, que te anuncia, que te premedita. E mais do que isso, também é algo que não depende apenas de você, http://marketingdeconteudo.com/o-que-e-marketing/ http://marketingdeconteudo.com/design-para-empresas/ http://marketingdeconteudo.com/como-criar-um-blog/ 14 pois ela também é aquilo que envolve a percepção das pessoas sobre a sua marca, algo que você pode trabalhar, mas não necessariamente impor, como disse o publicitário Walter Landor: “Os produtos são criados na fábrica. As marcas são criadas na mente”. Ela é, portanto, basicamente aquilo que diferencia um produto de determinada empresa de outro e, quanto mais clara e óbvia é essa diferenciação, mais essa marca é enraizada na mente de seus potenciais consumidores, seja de forma positiva ou negativa. É ela que, na verdade, torna o seu produto único e especial. E a verdade é que, na maioria das vezes, nenhum produto é único ou especial. Para saber como tirar proveito disso e como perceber como o branding pode te ajudar, é preciso entender o motivo pelo qual as pessoas compram as coisas. As pessoas não compram o que você vende, mas porque você vende Fonte: www.abcconsultores.com.br/ 15 A primeira dica fundamental para falar sobre a gestão da sua marca é falar sobre a teoria de Simon Sinnek a respeito do motivo pelos quais as pessoas se identificam com determinadas marcas, determinados ideais ou determinados políticos. A grande verdade a respeito da nossa escolha por determinadas marcas se baseia na nossa identificação com os motivos dela e do sentimento que ela nos transfere dos objetivos dela em fazer o que ela faz. As pessoas não compram o que você vende, mas porque você vende. Utilizando um exemplo semelhante ao que o próprio Simon Sinnek utiliza em seu TEDx, a Apple não vende um aparelho celular com acesso à internet e integração com diversas funcionalidade. A Apple te mostra que quer mudar o mundo e a forma como as pessoas de comunicam e que acredita que pode fazer isso através de um dispositivo que pode fazer coisas incríveis, inclusive acessar a internet e se integrar com diversas funcionalidades. Se você se identifica com os motivos, você cria uma conexão com a marca e você começa a criar laços com aquela estampa e quer mostrar para as pessoas que você pensa daquela forma. Comprar produtos da Apple significa pensar como a Apple pensa e as pessoas fazem isso por elas mesmas, por uma afirmação de ideais, e não pelo fato de adquirir o produto em si. Muitas vezes o seu argumento quer começar pelos benefícios de seu produto, mas você deve sempre começar pelo motivo pelo qual você faz o que você faz. Walt Disney e Barack Obama são grandes exemplos de como os motivos e os sonhos são grandes impulsionadores de Branding. A sua marca adquire personalidade, forma e posicionamento quando você transfere os seus motivos para as suas peças gráficas, seus discursos e suas ações de marketing. Isso fortalece, isso cria presença, isso cria vínculos, isso cria valor. O valor de uma marca https://www.youtube.com/watch?v=ayaO26BmkPk https://www.youtube.com/watch?v=ayaO26BmkPk 16 O valor de uma marca é algo totalmente abstrato. Se você pudesse pagar para poder comprar a marca Coca-Cola, quanto você acha que custaria? Pense em todo o valor que essa marca carrega, todo o trabalho que foi construído ao longo de todo este tempo e tudo aquilo que já está nas cabeça dos consumidores. Existem diversos rankings que classificam as marcas mais valiosas do mercado, e, geralmente, estes são exemplos incríveis de trabalhos de branding bem feitos. Ainda assim, a mensuração é complicada, pois a análise deve ser realizada individualmente. Como dissemos antes,a marca é uma construção da percepção do consumidor e isso, é claro, vai depender do seu consumidor. Uma marca pode despertar sensações diferentes em públicos diferentes, e o seu papel é conseguir realizar um trabalho que impacte positivamente, em maior parte, o público que te interessa. Podemos dizer que o McDonalds é uma marca que possui um bom trabalho de branding, pois é bem conhecida e estabelecida na mente das pessoas em geral, mas talvez para determinados nichos ela não tenha um posicionamento positivo devido a questões ideológicas, novamente, retomando a questão das motivações: se elas forem claras, você vai atrair as pessoas que se identificam com você e com aquilo no qual você acredita, e, no final, são essas pessoas que te interessam. Como fazer um bom trabalho de Branding? Existem diversas formas de você proteger, assegurar e medir o valor da sua marca e é importante dividir as responsabilidades com seus públicos interno e externo. Para começar, é fundamental que você saiba que as principais marcas deverão ser as primeiras pessoas a ter contato com seus produtos e serviços: os seus colaboradores diretos. Por exemplo, dentro de sua empresa, você pode perceber que sua marca está bem conhecida, reconhecida e absorvida através de elementos como: http://www.infomoney.com.br/negocios/grandes-empresas/noticia/3878413/conheca-marcas-mais-valiosas-mundo-apple-primeira http://www.infomoney.com.br/negocios/grandes-empresas/noticia/3878413/conheca-marcas-mais-valiosas-mundo-apple-primeira http://marketingdeconteudo.com/o-que-e-branded-content/ http://marketingdeconteudo.com/o-que-e-branded-content/ 17 Conhecimento: o quanto as pessoas entendem os valores e objetivos da sua marca. Proteção: o quanto ela está protegida de diversas maneiras. Comprometimento: o quanto a empresa se compromete com o que a marca defende. Capacidade de adaptação: o quanto a marca está alinhada ao mercado. Em relação aos fatores externos, ou seja, falando sobre a percepção das pessoas acerca da sua marca, podemos listar os seguintes elementos como decisivos para a avaliação do seu trabalho de Branding: Autenticidade: sua marca precisa ter valores claros Relevância: ela precisa provocar mudança na vida das pessoas Diferenciação: ela precisa se distinguir claramente da concorrência Presença: ela precisa estar presente em nos locais certos, nos momentos certos e nas situações certas Entendimento: as pessoas precisam entender a que você veio Consistência: a sua marca precisa atender as expectativas DNA da marca As suas campanhas de marketing podem mudar, você pode realizar ações sazonais e mudar muitas coisas, mas algumas coisas devem permanecer no DNA de sua marca, isso colabora para que o trabalho de Branding tenha uma perenidade mais efetiva e que o efeito cumulativo daquilo que você investe seja maior. Ou seja, caso você mantenha uma constância na sua mensagem, a possibilidade de obter um retorno maior quanto mais tempo você trabalhar naquilo é muito grande. Pense há quanto tempo a Coca-Cola trabalha no conceito de “compartilhar a felicidade”. Dentro deste mote, já existiram diversas campanhas, diversas maneiras diferentes, mas aquilo permanece. 18 São coisas com as quais as pessoas se identificam e, de certa forma, elas já esperam de você. Trabalhe com isso a longo prazo e sinta os efeitos cumulativos do Branding aplicado aos conceitos de um DNA forte de um conceito de valor aplicado. Definir quem você é e diferentes formas de deixar isso claro para o seu consumidor é realizar um bom trabalho de Branding. Gestão de custos e formação de preços O ambiente competitivo em que as organizações estão inseridas atualmente e o aparecimento de novas tecnologias conduzem as empresas a rigorosa gestão de custos, em busca de aumentos de produtividade e redução de custos na gestão de seus negócios. Faz parte da eficiência empresarial uma gestão estratégica de custos com atento controle e adequação da estrutura de custos e preços de vendas, assegurando obtenção de lucros e alcance dos objetivos previamente traçados. Nas tomadas de decisão que visem sustentabilidade, perenidade e competitividade do negócio, é evidente a importância de analisar condições de mercado para direcionar a definição de preços. A maior dificuldade em determinar o preço de seus produtos ou serviços é exatamente a grande influência do mercado. As empresas devem levar em conta o poder aquisitivo da população, qualidade, oferta e alternativas de escolha em função de suas preferências. O mercado exige que as empresas ofereçam produtos e serviços de qualidade com um preço que o consumidor esteja disposto a pagar. Além disso, os preços devem ser suficientes para cobrir todos os custos e despesas, além de conter margem suficiente para retorno sobre o capital aplicado. A correta aplicação de preços, com detalhada empresa, é fundamental para que sejam mantidas ou ampliadas as participações da empresa no mercado. http://www.argosmonitoramento.com.br/planos/ http://www.argosmonitoramento.com.br/planos/ http://www.argosmonitoramento.com.br/planos/ 19 Conceitualmente, custo é o valor aceito pelo comprador para adquirir um bem ou é a soma de todos os valores agregados ao bem, desde sua aquisição, até que ele atinja o estágio de comercialização. E, fica claro que, quanto melhor o controle de contas de uma empresa, mais eficiente ela se tornará. Com o principal objetivo de prover soluções para o cliente, de forma a integrar todos os processos e informações envolvidos na gestão de frotas, equipamentos, cargas e pessoas, a empresa Argos atua com soluções de gestão de frota, rastreamento e monitoramento. 7. Como definir o preço de venda de um produto ou serviço A definição do preço adequado de venda de um produto/serviço junto ao mercado depende do equilíbrio entre o preço de mercado e o valor calculado, em função dos seus custos e despesas. O valor deve cobrir o custo direto da mercadoria/produto/serviço, somado as despesas variáveis e fixas proporcionais. Além disso, deve gerar lucro líquido. Para definir o preço de venda de um produto e/ou serviço, o empresário deve considerar dois aspectos: o mercadológico (externo) e o financeiro (interno). http://www.argosmonitoramento.com.br/planos/ http://www.argosmonitoramento.com.br/planos/ http://www.argosmonitoramento.com.br/planos/ http://www.argosmonitoramento.com.br/planos/ 20 https://brandtarget.wordpress.com/category/uncategorized/page/14/ Aspecto mercadológico Pelo aspecto mercadológico, o preço de venda deverá estar próximo do praticado pelos concorrentes diretos da mesma categoria de produto e qualidade. Fatores como conhecimento da marca, tempo de mercado, volume de vendas já conquistado e agressividade da concorrência também exercem influência direta sobre o valor do produto. Aspecto financeiro No caso do aspecto financeiro, o preço de venda deverá cobrir o custo direto da mercadoria/produto/serviço vendido, as despesas variáveis (por exemplo, comissões de vendedores), as despesas fixas (como aluguel, água, luz, telefone, salários, pró-labore). O saldo restante será o lucro líquido. 21 Fonte: www.globalbrands.com.br Equilíbrio Se o preço ditado pelo mercado for menor que o encontrado a partir dos custos internos da empresa, o empresário deve refazer os cálculos financeiros para avaliar a viabilidade da sua prática. Em outras palavras, para equilibrar o preço de venda, a empresa deve diminuir custos diretos, despesas fixas ou ainda aceitar um lucro líquido menor. Calculando preços Para calcular a previsão de vendas de produtos/serviços, a empresa deve seguir algumas alternativas: Com base nas informações internas, analisar o comportamento das vendasrealizadas em um determinado período e projetá-la para o mesmo período seguinte. Alguns aspectos podem interferir nessa projeção, como concorrentes, novos produtos, novos hábitos dos consumidores e eventos especiais, tais como festas, Olimpíadas, eleições, Copa do Mundo etc.; 22 Por meio de pesquisas de mercado, realizar um estudo da demanda de mercadorias/produtos/serviços que poderia ser atendida pela empresa. Variáveis externas, como população, atividade econômica, situação política, nível de renda e emprego, concorrência, novos produtos etc., devem ser consideradas. A Questão da Demanda Como estamos vendo, a demanda é influenciada diretamente pelo preço. No entanto os outros componentes tais como a praça, a promoção e evidentemente o produto em si, são também determinantes para o nível de demanda. O outro “P” que não é considerado no mix de marketing, mas que muitos especialistas o consideram tão ou mais importante é o “P” de pessoal. Neste ponto temos particularmente evidenciada a forma do atendimento, incluindo-se a simpatia, conhecimento do produto ou serviço, personalização no atendimento, pós-venda bem elaborado e sincero, lista de clientes tratada como uma lista de verdadeiros amigos etc. Quanto à demanda, com relação ao Preço, precisamos lembrar alguns termos tais como “elasticidade-preço da demanda” ou sensibilidade ao preço. Esta curva da demanda mostra como os clientes reagem a uma serie de preços possíveis. Esta curva tem relação descendente quando o preço sobe, toda via há os produtos de status ou prestigio que não sofrem uma curva de demanda descendente, ao contrário, podem até ter uma curva de demanda ascendente em determinadas faixas de preços. Vamos dar alguns exemplos de fatores que afetam a sensibilidade ao preço: Singularidade/exclusividade – se o cliente valoriza um atributo do produto/serviço, seja ele tangível ou não, menos sensível ele será ao preço. Consciência de substitutos – quando o cliente tem a opção por produtos/serviços equivalentes ou por pontos-de-venda diversos, ele será mais sensível ao menor preço. 23 Difícil comparação – no caso de a comparação entre produtos/serviços ser de difícil analise o cliente tende a ficar com o produto que supostamente conhece melhor. Gasto total x renda – evidentemente que esta relação é óbvia e mais sensível quando se percebe o produto como despesa no orçamento. Alto investimento já feito – isso ocorre quando o cliente já fez um investimento e precisa adquirir produtos correlatos. Ex. os cartuchos de impressoras para reposição de tintas. Oportunidade/emergência – os clientes são menos sensíveis ao preço quando a situação envolve estes aspectos. O objetivo de toda empresa deve ser buscar formas para que a sensibilidade negativa ao preço seja a menor possível e desta maneira tornar inelástica a demanda por seus produtos/serviços. Para isso é importante fortalecer a imagem de marca, embalagem e design, ou o que é mais importante para os setores comerciais e de serviços, o Atendimento do Pessoal, de maneira que propiciem maior e constante satisfação ao cliente. Relação preço/qualidade e estratégia competitiva de preço Há muitas empresas que não tem o seu diferencial no preço, ou melhor, até tem, mas não é no preço baixo, é exatamente o oposto: os seus preços são mais altos do que os “produtos similares”. Para que isto ocorra é necessário ter-se uma marca dominante com vantagens de valor percebido pelo cliente, seja pela qualidade, prestigio e exclusividade ou mesmo pelo status apresentado por tal produto e marca. Isso ocorre também quando a razão benefícios percebidos e preço é atraente para o cliente, ou seja, supera a estratégia dos concorrentes. Mas quando a percepção de valor de um produto cai, o preço torna-se mais “caro” na avaliação do cliente. Por isso é importante que o gestor de marketing, observe algumas possíveis reações às alterações de preço: 24 Reações a preços baixos – quando um gestor de marketing pensar em entrar em uma “guerra de preços” deve analisar bem a realidade financeira de sua empresa, pois a concorrente pode reiteradamente contra-atacar e vencerá quem tem mais munição ou finanças a perder. Reações a preços altos ou “liderança de preço” – é exatamente o oposto do item anterior, ou seja, uma empresa aumenta o seu preço e a concorrente também o faz. Para isso há que se justiçar um aumento da demanda significativo e uma planilha de custos que justifiquem tal ação, seja por uma inflação ou posicionamento estratégico do produto. Caso contrário é possível que a demanda venha a cair o que refletirá diretamente na elasticidade-preço. Baixa demanda – quando a demanda é menor do que a estimada ou de outrora, o gestor de marketing deve reavaliar seus preços, tanto quanto os outros componentes do mix de marketing. Alta demanda – caso haja uma demanda maior do que esperada, pode ser porque o preço do produto/serviço esteja muito baixo, neste caso cabe ao gestor de marketing analisar a concorrência e, se for o caso, ajustar seus preços caso não tenha como suprir tal demanda, mas se tiver como aumentar a produção mantendo o mesmo nível de lucratividade, pode fazê-lo e provavelmente será uma boa estratégia de posicionamento e conquista de market share. Mudança no preço – ponto em que se há que tomar muita cautela, pois: preços altos podem desagradar aos clientes e preços muito baixos podem indicar-lhes menor qualidade. Por isso aumento de preços devem se conjugados com melhoria da qualidade do produto/serviço. 8. A ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS CONCEITOS: ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 25 Função administrativa que envolve compras, recebimento e estocagem e movimentação de materiais, interligadas pela atividade de planejamento e controle. GERENCIAMENTO DE SUPRIMENTOS Possui conceito mais amplo englobando serviços e energia. OBJETIVOS E IMPORTÂNCIA OBJETIVOS: Suprir os diversos setores da empresa com os materiais de que necessitam na quantidade correta, com a qualidade requerida, no momento certo e no local apropriado, no menor custo possível. Minimizar os investimentos em estoques IMPORTÂNCIA: A Administração de Materiais tem impacto direto na lucratividade da empresa e na qualidade dos produtos. A ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS CICLO DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS Necessidades dos Clientes Levantamento de Informações (Consumo / Demanda) 26 Análise das Necessidades Planejamento de Materiais (PCP) Análise de atendimento aos clientes internos e externos a partir dos estoques existentes. Análise da necessidade de Reposição (comprar ou fabricar) Reposição de Materiais Compras Seleção de Fornecedores Emissão de Pedido (acompanhamento - follow-up) Recebimento de Materiais Deve verificar: Dados Fiscais e Contábeis Quantidade Qualidade Outros registros Armazenamento Adequado Facilidade de manuseio Manutenção dos níveis de qualidade Controle dos Estoques A ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS geralmente envolve os Departamentos conforme ilustra a figura: ADMINISTRAÇÃO 27 EXPEDIÇÃO DE MATERIAIS COMPRAS RECEBIMENTO ALMOXARIFADO P.C.P ÍNDICES DE DESEMPENHO a) Grau de Atendimento GA = No. de itens atendidos x 100 No. total de itens solicitados Ex. Nº. de itens atendidos = 570 Nº. de itens solicitados = 600 GA = 570 x 100 / 600= 95% NA PRODUÇÃO O “GA” PODE SER AVALIADO PELO ÍNDICE DE PARADAS DE MÁQUINAS POR FALTA DE MATERIAL. (IPM = Índice de Parada de Máquinas) IPM = Horas Máquina Parada x 100 Total Horas Trabalhadas Ex. Horas Máquina Parada por falta de material no mês = 4.400 hs Total de Horas Trabalhadas no mês = 88.000 horas 28 IPM = 4.400 x 100 / 88000 = 5 % GA = 100 - IPM GA = 100 - 5 portanto GA = 95% b) RETORNO DE CAPITAL RC = Lucro / Capital RC = Lucro x Vendas Vendas Capital Rentabilidade de Vendas (RV) = Lucro / Vendas Giro de Capital (GC) = Vendas / Capital Portanto: RC = RV x GC Capital = realizável + permanente + circulante Estoques fazem parte do Capital Circulante Lucro = Vendas - Despesas c) Giro de Estoque (GE) GE = vendas anuais ($ ou unidades) Estoque médio ($ ou unidades) 29 Vendas anuais corresponde ao valor ou quantidade vendida durante um ano Estoque Médio corresponde ao valor ou quantidade média mantida em estoque Exemplo: Capital = $ 30.000,00 Vendas = $ 10.000,00 Despesas = 7.000,00 Capital investido em estoques = $ 10.000,00 Lucro = 10.000,00 - 7.000,00 = 3.000,00 Retorno de Capital = 3.000,00 (x 100) = 10% 30.000,00 Rentabilidade de Vendas = 3.000,00 x100 = 30% 10.000,00 Giro de Capital = 10.000,00 = 0,3333 vezes ao ano 30.000,00 Conferindo: RC = 30% x 0,3333 = 10% Giro de Estoque = 10.000,00 = 1,0 vez ao ano 10.000,00 Supondo uma redução de Capital de 20% em estoques: 30 Redução do Capital investido em estoques = 20% de $ 10.000,00 = $ 2.000,00 Capital = 30.000,00 - 2.000,00 = 28.000,00 Retorno de Capital = 3.000,00 x 100 = 10,71 % 28.000,00 Rentabilidade de Vendas = 3.000 / 10.000,00 = 30% Giro de Capital = 10.000,00 / 28.000,00 = 0,35714 vezes ao ano Conferindo: RC = 30% x 0,35714 = 10,71 % RC passou de 10% para 10,71% Giro de Estoque = 10.000,00 = 1,25 vezes ao ano 8.000,00 31 9. DIMENSIONAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUES Fonte: blog.sagestart.com.br 10. FUNÇÕES E OBJETIVOS OBJETIVO: maximizar o lucro sobre capital investido FUNÇÕES: a) A função principal do Dimensionamento e Controle de Estoques é a de atender os clientes internos e externos quantos aos materiais e produtos de que necessitam, ao mínimo custo. ATIVIDADES PRINCIPAIS DETERMINAR “O QUÊ” DEVE PERMANECER EM ESTOQUE; DETERMINAR “QUANDO” REABASTECER OS ESTOQUES; 32 DETERMINAR “QUANTO” DE ESTOQUE SERÁ NECESSÁRIO PARA UM PERÍODO DETERMINADO; ACIONAR O DEPARTAMENTO DE COMPRAS PARA EXECUTAR AQUISIÇÃO DE ESTOQUES RECEBER E ARMAZENAR OS ESTOQUES ADQUIRIDOS; CONTROLAR OS ESTOQUES EM TERMOS DE QUANTIDADE E VALOR; FORNECER INFORMAÇÕES SOBRE POSIÇÃO DO ESTOQUE; MANTER INVENTÁRIOS PERIÓDICOS PARA AVALIAR QUANTIDADE E ESTADO DOS MATERIAIS; IDENTIFICAR E RETIRAR DOS ESTOQUES OS ITENS OBSOLETOS E DANIFICADOS b) Conciliar da melhor maneira os objetivos dos departamentos envolvidos, sem prejudicar a operacionalidade da empresa. Conflitos interdepartamentais quanto a estoques COMPRAS FINANCEIRO Matéria Prima -Desconto sobre as quanti- -Capital investido (Alto estoque) dades a serem compradas -Perda financeira ------------------------------------------------------------------------------------------------- PRODUÇÃO FINANCEIRO Material em Processo -Nenhum risco de falta -Aumento do custo (Alto estoque) de material. de armazenagem -Grandes lotes de fabricação. -Maior risco de perda 33 e obsolescência. --------------------------------------------------------------------------------------------------- VENDAS FINANCEIRO Produto Acabado -Entregas rápidas -Capital investido (alto estoque) -Boa imagem, melhores vendas -Maior custo de armazenagem (DIAS, 1999) 11. GESTÃO DE ESTOQUE A gestão de estoque é, basicamente, o ato de gerir recursos ociosos possuidores de valor econômico e destinado ao suprimento das necessidades futuras de material, numa organização. Os investimentos não são dirigidos por uma organização somente para aplicações diretas que produzam lucros, tais como os investimentos em máquinas e em equipamentos destinados ao aumento da produção e, consequentemente, das vendas. Outros tipos de investimentos, aparentemente, não produzem lucros. Entre estes estão as inversões de capital destinadas a cobrir fatores de risco em circunstâncias imprevisíveis e de solução imediata. É o caso dos investimentos em estoque, que evitam que se perca dinheiro em situação potencial de risco presente. Por exemplo, na falta de materiais ou de produtos que levam a não realização de vendas, a paralisação de fabricação, a descontinuidade das operações ou serviços etc., além dos custos adicionais e excessivos que, a partir destes fatores, igualam, em importância estratégica e econômica, os investimentos em estoque aos investimentos ditos diretos. Porém, toda a aplicação de capital em inventário priva de investimentos mais rentáveis uma organização industrial ou comercial. Numa organização pública, a privação é em relação a investimentos sociais ou em serviços de utilidade pública. A gestão dos estoques visa, portanto, numa primeira abordagem, manter os recursos ociosos expressos pelo inventário, em constante equilíbrio em relação ao nível 34 econômico ótimo dos investimentos. E isto é obtido mantendo estoques mínimos, sem correr o risco de não os ter em quantidades suficientes e necessárias para manter o fluxo da produção da encomenda em equilíbrio com o fluxo de consumo. Por que Gestão de Estoques? Os estoques, em geral, são uma das maiores preocupações, não só dos gestores de operações, mas também dos: Gestores financeiros, que se preocupam com a quantidade de recursos financeiros que os estoques “empatam” e seus correspondentes custos; Gestores comerciais que se preocupam com o prejuízo no atendimento aos clientes que uma possível indisponibilidade de produtos acabados pode acarretar; Gestores fabris, que se preocupam com a onerosa ociosidade de sua fábrica, que uma possível falta de matéria-prima pode acarretar. Operações com altos níveis de estoque nem sempre asseguram altos níveis de atendimento aos seus clientes. É possível que isso ocorra se os itens corretos não estiverem sendo mantidos em estoques nas quantidades corretas. Fonte: www.mbaconsultoria.com.br Por que existem estoque? 35 Estoques são, para efeito das discussões deste curso, acúmulos de recursos materiais entre fases específicas de processos de transformação. Esses acúmulos têm uma propriedade fundamental que é uma ARMA – no sentido de que pode ser usada par o “o bem” e para “o mal” Não importa o que está sendo armazenado como estoque, ou onde ele está posicionado na operação; ele existirá porque existe uma diferença de ritmo ou de taxa entre fornecimento e demanda. Se o fornecimento de qualquer item ocorresse exatamente quando fosse demandado, o item nunca seria estocado. Uma analogia comum é a do tanque de água mostrado na Figura abaixo. Se, no tempo, a taxa de fornecimento de água ao tanque difere da taxa de demanda, um tanque de água (estoque) será necessário, se é pretendido que o fornecimento seja mantido. Quando a taxa de fornecimento excede a taxa de demanda, o estoque aumenta; quando a taxa de demanda excedea taxa de fornecimento o estoque diminui. O ponto óbvio a ressaltar é que se uma operação pode fazer esforços para casar as taxas de fornecimento e de demanda, acontecerá uma redução em seus níveis de estoque. Função dos estoques Os estoques servem parar Proporcionar independência às fases dos processos de transformação entre as quais se encontram – quanto maiores os estoques entre duas fases de um processo de transformação, mais independentes entre si essas fases são, pois, interrupções em uma não acarretam interrupção na outra. Classificação Dos Estoques Em um sistema de operações produtivas, podemos pensar em vários tipos de estoques: 36 Estoques de matérias-primas (MPs) - Os estoques de MPs constituem os insumos e materiais básicos que ingressam no processo produtivo da empresa. São os itens iniciais para a produção dos produtos/serviços da empresa. Tem a finalidade de regular diferentes taxas de suprimento – pelo fornecedor – e demanda – pelo processo de transformação. Essas taxas diferentes ocorrem por vários motivos: O fornecedor pode ser pouco confiável e não entregar os produtos no prazo ou nas quantidades desejadas; O fornecedor pode entregar quantidades maiores que as necessárias – crescimento dos estoques; A taxa de consumo pelo processo produtivo pode sofrer uma variação temporária. Ex.: um crescimento por ter estragado um material necessitando de mais material; um decréscimo pela quebra de um equipamento. Estoques de material semiacabado ou em processamento - Os estoques de materiais em processamento - também denominados materiais em vias – são constituídos de materiais que estão sendo processados ao longo das diversas seções que compõem o processo produtivo da empresa. Não estão nem no almoxarifado- por não serem mais MPs iniciais - nem no depósito - por ainda não serem Pas. Mais adiante serão transformadas em Pas. Servem para regular diferentes taxas de produção entre dois equipamentos subsequentes (porque os equipamentos têm velocidades diferentes ou porque um deles pode ter sofrido uma quebra). Estoques de Materiais Semiacabados - Os estoques de materiais semiacabados referem-se aos materiais parcialmente acabados, cujo processamento está em algum estágio intermediário de acabamento e que se encontram também ao longo das diversas seções que compõem o processo produtivo. Diferem dos materiais em processamento pelo seu estágio mais avançado, pois se encontram quase 37 acabados, faltando apenas mais algumas etapas do processo produtivo para se transformarem em materiais acabados ou em PAs. Estoques de Materiais Acabados ou Componentes Os estoques de materiais acabados - também denominados componentes – referem-se a peças isoladas ou componentes já acabados e prontos para serem anexados ao produto. São, na realidade, partes prontas ou montadas que, quando juntadas, constituirão o PA. Estoques de produtos acabados (PÁS) - Os Estoques de Pas se referem aos produtos já prontos e acabados, cujo processamento foi completado inteiramente. Constituem o estágio final do processo produtivo e já passaram por todas as fases, como MP, materiais em processamento, materiais semiacabados, materiais acabados e Pás. Servem para regular diferenças entre as taxas de produção do processo produtivo (suprimento) e de demanda de mercado. Essas diferenças podem ocorrer por causa das incertezas do processo ou da demanda. 12. POLÍTICAS DE ESTOQUES POLÍTICAS SÃO DIRETRIZES QUE SERVEM DE GUIA AOS PROGRAMADORES E CONTROLADORES. DE MANEIRA GERAL SÃO: Metas de empresas quanto ao prazo de entrega de produtos aos clientes. Definição do número de depósitos e da lista de materiais a serem estocados neles. Até que nível deverão flutuar os estoques para atender uma alta ou baixa das vendas (alteração de consumo). Até que ponto será permitida a especulação com estoque (compra antecipada com desconto). Definição da rotatividade de estoques. 38 PREVISÃO PARA OS ESTOQUES TIPOS DE ESTOQUES Matérias Primas Materiais e Componentes Materiais para Manutenção Produtos em Processo Estágio de Fabricação Inclui espera para Análise de Qualidade Produto Semiacabado Aguardando operações adicionais Customização (Personalização) Produtos Acabados Todas as operações já realizadas Estoque de Distribuição Estoque em Consignação 13. INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA PREVISÃO a) QUANTITATIVAS Evolução de vendas no passado Variáveis ligadas diretamente a vendas - ex. Pedido em carteira 39 Variáveis como: população, renda, etc. Influência de propaganda b) QUALITATIVAS Opiniões de gerentes, vendedores, compradores, pesquisa de mercado. 14. TÉCNICAS DE PREVISÃO a) Projeção (base histórica) b) Explicação (explicam vendas relacionadas a variáveis cuja evolução é conhecida) c) Predileção (baseada na experiência de funcionários conhecedores do mercado) 15. FORMAS DE EVOLUÇÃO DE CONSUMO a) Evolução Horizontal b) Evolução de Consumo sujeito a tendência c) Evolução Sazonal Influências que podem alterar o consumo Políticas Conjunturais Sazonais Alteração no comportamento dos clientes 40 Inovações técnicas Novos produtos Produtos retirados do mercado MÉTODOS DE PREVISÃO DE DEMANDA a) Método do Último Período Consiste em utilizar como previsão para o período seguinte o valor ocorrido no período anterior. Ex. CJan = 20 CpJan = d) Método da Média Móvel Consistem no cálculo da média dos valores de consumo nos “n” períodos anteriores. C1 + C2 + C3 + Cn Cp = ------------------------------------ N Cp = Consumo previsto C = Consumo nos períodos anteriores N = Número de períodos Exemplo: Consumo (mês): Jan =20; Fev = 18, Mar = 22; Abr = 20; Mai = 24; Jun = 26. 41 20 + 18 + 22 + 20 + 24 + 26 Cp Jul = ------------------------------------ = 22 6 c) Método da Média Móvel Ponderada Este método permite a atribuição de pesos aos valores correspondentes aos períodos. O Valor de Cp (Consumo previsto) será dado por: ∑ Ci . Pi Cp = -------------- ∑ Pi Onde: Ci = Consumo no i-ésimo período Pi = peso dado ao i-ésimo período Exemplo: (atribuição de pesos maiores para os últimos períodos) Período Mês Consumo ( Ci ) Peso ( Pi ) Ci . Pi Jan 40 5 200 Fev 50 10 500 Mar 60 15 900 Abr 55 20 1100 Mai 70 30 2100 Jun 75 40 3000 ∑ 120 7800 42 Cp Jul = 7800 / 120 → Cp Jul = 65 d) Método da Média com Ponderação Exponencial Neste método são necessários três fatores para gerar a previsão do próximo período: O consumo ocorrido no último período A previsão do último período, e Uma constante que determina o valor ou ponderação dada aos valores mais recentes. A previsão para o próximo período será dada por: CPn +1 = α . Cn + (1- α ) . CPn Onde: CPn+1 = previsão para o período CPn = previsão do período n Cn = consumo do período n α = constante 43 Exemplo: CPn+1 = previsão para o período - CP Fev CPn = previsão do período n - CP Jan = 90 Cn = consumo do período n - Cn Jan = 102 α = constante - α = 0,2 Cp Fev = 0,2 . 102 + ( 0,8 ) . 90 = 20,4 + 72 =92,4 CP Fev = 93 e) Método dos Mínimos Quadrados Este método é utilizado para determinar a melhor linha de ajuste que passa mais perto de todos os dados coletados, ou seja, é a linha de melhor ajuste que minimiza as distâncias entre cada ponto de consumo levantado. A linha reta é definida pela equação: γ = a + bx Onde: Y = Consumo previsto para o período (Cp) Os valores de “a” e “b” são obtidos pelas equações: ∑γ = N.a + ∑x . b onde: N = Número de períodos 44 ∑x γ = ∑x . a + ∑x2 . b Cp = a + bx Exemplo: Período Ano Consumo Y X X2 X.Y 2001 108 0 0 0 2002 119 1 1 119 2003 110 2 4 220 2004 122 3 9 366 2005 130 4 16 520 ∑ 589 10 30 1225 ∑γ = N.a + ∑x . b ∑ x γ = ∑x . a + ∑x2 . b 589 = 5 a + 10 b 1225 = 10 a + 30 b (.-2) -1178 = -10a – 20 b - 1178 =-10 a - 20 b ____________________________ 47 = 10 b b = 4,7 Substituindo “b” 589 = 5 a + 10 . 4,7 45 5 a = 589 – 47 a = 108,4 Cp = a + bx [ “x” do ano-base à previsão (2006 – 2001) x = 5] Cp 2006 = 108,4 + 4,7 . 5 108,4 + 23,5 = 131,9 132 Cp 2006 = 132 16. CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS Fonte: slideplayer.com.br 46 CONCEITO DE ITEM O termo “item” de material é aplicável a um conjunto de objetos (materiais) que possuem as mesmas características. O termo “SKU” (Stock Keeping Unit) é utilizado para designar um item de estoque. Exemplos: Uma lata de cerveja de 350 ml. (unidade = 1 lata) Uma caixa com 24 latas de cerveja. (Unidade = 24 latas) Álcool em embalagem de 1 litro Álcool a granel (Posto de Combustíveis) Conjunto de peças iguais ( 1 caixa de borrachas) Conjunto de peças diferentes ( 1 “Kit” de ferramentas) Formas de Identificação Código de barras Código impresso em etiquetas “EPC” (Electronic Product Code) - Código eletrônico de produto (etiqueta com um circuito eletrônico). O EPC é composto por um número de parte e um número de série. CONCEITO DE NÚMERO DE PARTE E NÚMERO DE SÉRIE Número de Parte (Part Number) São códigos para identificação de itens de materiais. Também são conhecidos como “Código do Produto”, “Número de Parte” ou “Número de Peça”. Número de Série (Serial Number) 47 É utilizado quando há a necessidade de identificar cada produto. (Ex. Televisores, Chassi). IDENTIFICAÇÃO DE LOTES Um lote pode ser identificado pela “faixa do número de série” e normalmente contém a “data de fabricação” Permite a “rastreabilidade” por necessidade legal e por interesse do controle de qualidade. IDENTIFICAÇÃO PELOS ATRIBUTOS A descrição de um item pode ser feita através de suas características (atributos, propriedades) conhecida por nome, nomenclatura, descrição, designação, especificação. Nomenclatura Estrutura. É composta por: Nome Básico - Ex. Arruela Nome Modificador - Arruela lisa de cobre, espessura 0,5 mm, diâmetro interno 6 mm, diâmetro externo 14 mm. TIPOS DE CÓDIGOS CÓDIGOS SEGUÊNCIAIS Composto por um código inicial e uma regra de sequência. É interessante definir previamente o número máximo de caracteres Exemplo: Código inicial = 1001 48 Regra de sequência = “Soma 1” CÓDIGO EM GRUPOS O código é dividido em grupos e a cada grupo se associa um significado. Exemplo: 01 – 05– 1010 Código de identificação (Lisa, Cobre) Classe (Arruelas) Grupo (Matéria Prima) Exemplos de Grupos: 01 – Matéria Prima 02 – Materiais de Limpeza 03 – Óleos, Combustíveis e Lubrificantes 04 – Materiais de Escritório CÓDIGO EM FAIXAS Quando, numa codificação sequencial, cada faixa de códigos possui um significado. Exemplo: 101 a 299 = matérias primas 301 a 599 = produtos semiacabados 601 a 999 = produtos acabados CÓDIGOS MNEUMÔNICOS Quando possui caracteres (alfanuméricos) associados com o elemento a ser codificado MP = Matéria Prima SA = Semiacabado PA = Produto Acabado 49 Exemplo: MP - 05 (Matéria Prima - Chapas de Aço) EQUIVALÊNCIA Entre o código da empresa e o código do fornecedor Nosso Código Fornecedor Código do Fornecedor 4896 233 23 – 45 - 002 TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO A classificação tem a finalidade de separar um conjunto de itens em classes. • Natureza: características físico-químicas Produtos de aço, petróleo, madeira, químicos, etc. • Função: o que o material faz Combustível, limpeza, fixação, solventes, etc. • Aplicação por Equipamento Peças para Tornos CNC, Peças para Caldeira, etc. • Aplicação por Setor Materiais para Escritório, Materiais para Laboratório, etc. • Aplicação por Projeto 50 Materiais para Projeto de Prevenção de Incêndios • Criticidade: Grau de imprescindibilidade Grau 1 – paralisa setores importantes, acarreta risco de vida, não há materiais alternativos. Grau 2 - paralisa setores importantes, acarreta risco de vida, há materiais alternativos. Grau 3 – etc. (continua de acordo com a necessidade) • Origem: onde é obtido Produzido no mercado nacional, importado, etc. • Fiscal: para fins de tributação Produto acabado, em processo, embalagem, etc. • Dificuldade de aquisição Sazonalidade de mercado, regulamentados, importados, etc. • Frequência de demanda Regular, irregular, eventual • Dificuldade de armazenagem Inflamáveis, muito pesado, volumoso, úmido, tóxico, etc. • Periculosidade Norma NBR 7502 da ABNT, Portaria 3214 da CLT. • Recuperação Reparáveis, reprocessamentos, reutilização, irrecuperáveis. • Perecimento 51 Tempo de estocagem, contaminação, corrosão, etc. CLASSIFICAÇÃO ABC Conceituação É um método que permite identificar os itens de estoques mais importantes no sentido de valor financeiro (capital investido em estoques). “Após a ordenação dos itens as classes da curva ABC podem ser definidas das seguintes maneiras: Classe A: Grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com uma atenção especial pela administração. Classe B: Grupo de itens em situação intermediária entre as classes A e C. Classe C: Grupo de itens menos importantes que justificam pouca atenção por parte da administração. (DIAS, 1999) Planejamento O Planejamento consiste na utilização de diferentes esquemas ou modelos para a construção da Curva ABC, em geral são considerados os seguintes aspectos: 1: Necessidade da Curva ABC, discussão preliminar e definição dos objetivos. 2. Verificação das técnicas para análise, tratamento dos dados e cálculos. 3. Obtenção da classificação ABC, tabelas explicativas e gráfico 4. Análise e conclusões 5. Providências e decisões. 52 17. NÍVEIS DE ESTOQUE Os níveis de estoque em função do tempo de um determinado item de estoque podem ser representados no gráfico a seguir; CURVA DENTE DE SERRA É comum representar os níveis de estoque utilizando-se uma linha reta que representa a média da demanda. Está representação é conhecida como dente de serra. TEMPO DE RESSUPRIMENTO E PONTO DE RESSUPRIMENTO Tempo de Ressuprimento (TR) 0 50 100 150 200 250 0 10 20 30 4050 60 70 80 90 100 Q u a n ti d a d e DIAS Série1 53 É o tempo compreendido desde a verificação de que o estoque precisa ser reposto até o momento em que um novo lote é recebido e passa a fazer parte do estoque. Este tempo envolve a emissão do pedido, o tempo necessário para que o fornecedor execute a preparação do pedido e o transporte do material do fornecedor até a empresa. Ponto de Ressuprimento (PR) É a saldo de material disponível (quantidade) onde se constata que um determinado item de estoque necessita ser reposto. L = Lote D = Demanda PR = Ponto de Ressuprimento Exemplo do cálculo do PR TR = Tempo de Ressuprimento D = 2 peças por dia ES = Estoque de Segurança TR = 10 dias ES = 5 peças PR = D x TR + ES PR = 2 x 10 + 5 PR = 25 peças ALGUMAS DEFINIÇÕES 54 Considerando o gráfico ilustrativo: Temos que: Demanda Média Dm = D1 + D2 + D3 + D4 + Dn / n Estoque Médio Em = ES + L / 2 Estoque Máximo Emáx = ES + L Rotatividade (R) ou Giro de Estoque (GE) Indica o número de vezes que o estoque girou durante o ano R = Dm (anual) / Em Exemplo: 55 Demanda anual = 800 unidades Estoque médio = 100 unidades R = 800 / 100 R = 8 vezes/ano Taxa de Cobertura ou Antigiro Indica o tempo de cobertura do estoque médio de um determinado item em relação ao consumo médio. Taxa de Cobertura = Estoque Médio Consumo Médio Exemplo: Estoque médio = 3.000 unidades Consumo médio mensal = 2.000 unidades Taxa de Cobertura = 3.000 / 2.000 Taxa de Cobertura = 1,5 meses Ruptura de Estoque Ocorre quando o estoque é zero e não é possível atender a necessidade de consumo. Intervalo de Ressuprimento É o tempo compreendido entre dois Pontos de Ressuprimentos consecutivos ESTOQUE DE SEGURANÇA 56 É a quantidade mínima que deve existir em estoque, que se destina a cobrir: oscilações de consumo, atrasos de suprimento, rejeição de um lote por parte do Controle de Qualidade, diferenças de inventário entre outros fatores. (BERTAGLIA, 2006) A determinação do Estoque de Segurança depende do: Grau de exatidão da previsão de consumo Tempo de Ressuprimento (TR); e Grau de Atendimento (GA) 57 18. MODELOS DE CÁLCULO PARA O ESTOQUE DE SEGURANÇA a) FÓRMULA SIMPLES ES = C x k Onde: ES = Estoque de Segurança C = Consumo médio K = Fator de Segurança O fator “k” reflete a qualidade de serviço que pretende-se prestar, é proporcional ao “GA” (Grau de Atendimento). Exemplo: C = 60 unidades/mês K = 0,9 (GA = 90%) ES = 60 x 0,9 ES = 54 unidades b) MÉTODO DA PORCENTAGEM Aplica-se uma porcentagem que geralmente varia de 25 a 45% sobre o consumo médio durante o tempo de ressuprimento (TR). ES = Cm x TR x % 58 Exemplo: Cm = Consumo médio = 180 unidades/mês TR = 15 dias (0,5 mês) % = 30% ES = 180 X 0,5 X 0,30 ES = 27 unidades c) MÉTODO DA PORCENTAGEM DA ESTATÍSTICA DE CONSUMO Objetiva dar cobertura para variações de demanda esperada durante o tempo de ressuprimento. Exemplo: Consumo diário: 90; 80; 70; 65; 60; 50; 40; 30 e 20 No. de dias em que ocorreu o consumo: 4, 8; 12; 28; 49; 80; 110; 44 e 30. TR = 10 dias (1) Consumo Diário (2) No. de dias em que ocorreu o consumo (3) (1) x (2) (4) Acumulado (5) % do Acumulado 90 4 360 360 2,12 80 8 640 1000 5,91 70 12 840 1840 10,87 65 28 1820 3660 21,63 59 60 49 2940 6600 39,00 50 80 4000 10600 62,64 40 110 4400 15000 88,85 30 44 1320 16320 96,45 20 30 600 16920 100 ∑ 365 16920 ES = ( Cmáx - Cm ) x TR Cmáx = Consumo máximo Cobrir 100% dos casos é oneroso, pode ser conveniente correr riscos calculados. Exemplo: Vamos considerar como Cmáx. = 70 (consumo acima de 70 ocorre em 10,87% dos casos, ou seja, “GA” de aproximadamente 90%). Cm = Consumo médio Cm = 16920 / 365 Cm = 46 ES = ( 70 – 46 ) x 10 ES = 240 unidades 60 REFERÊNCIAS ARNOLD, J. R. Tony. Administração de Materiais. Atlas,1999. BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial. Atlas,1993. CHIAVENATO, Adalberto. Iniciação a Administração de Materiais. Makron Books,1991. CHINJ, Hong Yuh. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada – SUPLAY CHAIN – Atlas,1999. CHRISTOPHER, Martin. 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