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aula 3OPERACIONALIZAÇÃO DO TRÂNSITO NO ÂMBITO MUNICIPAL E ESTADUAL

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OPERACIONALIZAÇÃO DO 
TRÂNSITO NO ÂMBITO 
MUNICIPAL E ESTADUAL 
AULA 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Luiza Simonelli 
 
 
 
2 
A OPERACIONALIZAÇÃO DO TRÂNSITO NO ESTADO 
CONVERSA INICIAL 
Nesta aula abordaremos: rodovias que transcendem trechos urbanos; 
ocorrências em trânsito: mortes e feridos; desenvolvimento e deslocamentos 
entre rodovias. 
Objetivos da aula: 
 Identificar os instrumentos firmados entre os entes do SNT para a 
operacionalização do trânsito nos estados; 
 Identificar as funções dos órgãos executivos de trânsito dos estados 
relativos à infraestrutura das vias públicas; 
 Reconhecer as ações desenvolvidas na educação para o trânsito nos 
estados; 
 Reconhecer as incumbências dos agentes da autoridade de trânsito para 
a fiscalização de trânsito; 
 Identificar instrumentos eletrônicos e outras tecnologias auxiliares dos 
agentes da autoridade de trânsito nos estados: art. 280 do CTB. 
TEMA 1 – OS INSTRUMENTOS FIRMADOS ENTRE ENTES DO SNT 
Nesta aula, trataremos da operacionalização do trânsito no âmbito do 
território de competência dos estados, perpassando instrumentos firmados entre 
os entes do SNT para legitimar ações administrativas, de fiscalização, de 
infraestrutura e de educação para o trânsito. 
Primeiramente, é necessário conhecer a estrutura dos órgãos executivos 
de trânsito dos estados e as ações administrativas responsáveis pelos primeiros 
movimentos para firmar esses instrumentos. 
Saliente-se, novamente, que os estados federados e o Distrito Federal 
possuem seus órgãos executivos de trânsito, e muitas das suas atribuições são 
realizadas devido ao disposto no art. 25 do CTB, que autoriza os órgãos e 
entidades do SNT a celebrar convênios e contratos administrativos para 
operacionalizar ações nas áreas dos procedimentos administrativos, da 
fiscalização, da engenharia e da educação. 
É importante evidenciar que a operacionalização de trânsito demanda 
recursos financeiros e humanos, além de vontade dos governantes e agentes 
 
 
3 
em desenvolver políticas públicas que vão ao encontro das mazelas 
apresentadas todos os dias em todo o Brasil. 
O CTB foi bastante contundente a respeito da aplicação dos recursos 
financeiros provenientes da arrecadação de valores das multas impostas aos 
infratores. Seu art. 320 mostra que: “A receita arrecadada com a cobrança das 
multas de trânsito será aplicada, exclusivamente, em sinalização, engenharia de 
tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito”. 
Em que pese ao próprio CTB autorizar a celebração de acordos e 
convênios, foi preciso efetivar a conjugação de esforços para que as questões 
pontuais se assentassem. Os principais movimentos para que a prática da 
operacionalização do trânsito ocorresse foram dos órgãos executivos dos 
estados, vistas todas as responsabilidades recaídas, que perpassam desde a 
formação dos condutores à aplicação de penalidades e suspensão do direito de 
dirigir, como também a cassação dos direitos dos infratores em possuir CNH. 
Os órgãos executivos de trânsito dos estados e do Distrito Federal são os 
Departamentos de Trânsito (Detrans) e Departamentos de Estradas e Rodagens 
(DERs). 
Os incisos IV a XVI do art. 25 do CTB são exemplos de atividades 
desempenhadas tanto pelo Detran quanto pelo DER em ações colaborativas, 
firmadas por meio de convênios com outras entidades, como o processamento 
dos autos de infração lavrados pela Polícia Militar e a repartição de percentuais 
de valores oriundos do recolhimento das imposições de penalidades aplicados 
nos estados ou nos municípios por instituições bancárias. 
Ao longo das décadas, os estados e o Distrito Federal foram criando seus 
órgãos executivos com corpos técnicos voltados para operacionalizar questões 
relativas à documentação e regularização de veículos, especialmente em 
colaboração com os municípios. Em termos de estrutura, os estados, por meio 
de seus órgãos executivos de trânsito, possuem unidades ou postos 
administrativos que, geralmente, estão alocados em cidades-polo, considerando 
frota, habitantes e trechos urbanos, nos quais transcendem rodovias federais e 
estaduais. 
Cada estado define em leis próprias o formato dos Detrans, mas a grande 
maioria tem em suas estruturas a figura da Circunscrição Regional de Trânsito 
(Ciretran) implantada nas cidades, realizando diversos serviços, inclusive em 
relação a documentos do condutor e dos veículos. 
cris
Highlight
 
 
4 
Figura 1 – Exemplo do formato do Detran de Goiás 
 
Uma importante questão que tem impacto imediato sobre as vias públicas 
é a formação dos condutores, que requer a operacionalização de trânsito 
administrativa, visto que perpassa pela Ciretran, pelos Centros de Formação de 
Condutores (CFCs) e pelas sedes do Detran, geralmente nas capitais. 
Constata-se assim que os Detrans firmam instrumentos tanto com órgãos 
públicos do SNT como com instituições privadas, como é o caso dos CFCs. 
Outro exemplo é a contratação de instituições financeiras que recebem valores 
relativos às multas, provenientes da imposição de penalidades aos condutores. 
Quando o cidadão comparece à instituição financeira para pagar o devido, 
ocorre a repartição dos valores, com uma parte destinada ao Fundo Nacional de 
Segurança e Educação de Trânsito (Funset), órgão definido pelo Denatran 
(Brasil, 2016) como “um fundo de âmbito nacional destinado à segurança e 
educação de trânsito. O CTB estabelece em seu art. 320, parágrafo único, que 
o percentual de 5% (cinco por cento) do valor das multas de trânsito deve ser 
depositado mensalmente na conta do Fundo”. 
TEMA 2 – A INFRAESTRUTURA NO ESTADO 
Os estados têm a obrigação de resguardar a segurança de todas as 
pessoas que circulam por seus territórios, e os DERs devem executar obras e 
fazer a manutenção de estradas e pontes. Notadamente, parte das rodovias do 
 
 
5 
Brasil são concedidas à iniciativa privada, e a manutenção dessas vias é 
obrigação de particulares, mediante cobrança de tarifas e fiscalização do poder 
público. Importante salientar que, ainda que os trechos de rodovias sejam 
concedidos à iniciativa privada, a fiscalização permanece com a Polícia Federal 
e Estadual, e os órgãos que fazem o processamento dos autos de infração, no 
caso dos estados, são os DERs. 
Outro ponto muito importante e atual é o aumento do tráfego de bicicletas 
em rodovias, visto ser um modo sustentável e acessível aos trabalhadores que 
por muito tempo dependiam do transporte coletivo, especialmente em trechos 
urbanos. Com vistas à crescente frota de bicicletas, o CTB incumbiu aos 
departamentos executivos rodoviários de trânsito planejar e desenvolver a 
circulação desse modal. É importante ressaltar que isso ainda não é uma 
realidade; muito pelo contrário: há ações que compelem os ciclistas a não 
trafegar em rodovias. 
O fluxo de bicicletas aumentou por dois motivos: questão econômica, que 
afetou o trabalhador brasileiro, especialmente pelo valor das tarifas do transporte 
coletivo; e também por uma maior consciência ambiental. 
TEMA 3 – A EDUCAÇÃO DO TRÂNSITO NO ESTADO 
O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), por meio de resoluções, 
instituiu procedimentos para que a iniciativa privada, ou melhor dizendo, os 
CFCs, se habilitassem perante os Detrans com o objetivo de formar os cidadãos 
que queiram obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e, por 
consequência, a licença para dirigir. 
A Constituição Federal tratou da formação das pessoas em seu art. 23, 
inciso XII, incumbindo à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios 
a educação para a convivência em trânsito. 
Notadamente, as escolas de trânsito foram trazidas ao nosso 
conhecimento por ocasião do CTB de 1997, no parágrafo 2º do art. 74. O 
legislador determinou a implantação das escolas no âmbito das estruturas dos 
órgãos executivos de trânsito; melhor dizendo: Denatran, DNIT, Detrans,DERs 
e órgãos municipais deveriam implantar suas escolas com o objetivo de formar 
cidadãos para atuar em trânsito. 
Como já dito, os órgãos de trânsito necessitam dos demais entes públicos 
e privados para operacionalizar seus atos em trânsito, como é o caso dos 
 
 
6 
procedimentos pelos quais o cidadão deve se submeter para obter a CNH. 
Vamos conferi-los agora. 
Figura 2 – Tramitação dos procedimentos para obter a CNH 
 
TEMA 4 – FISCALIZAÇÃO NOS ESTADOS 
Uma vez que o cidadão venceu todos os procedimentos estabelecidos 
pelos órgãos de trânsito, estará regularmente habilitado para conduzir veículo 
automotor pelas vias públicas, e estará sujeito às regras de circulação e demais 
regras administrativas. Evidentemente, estará sujeito à fiscalização. 
Para que os estados possam fiscalizar o cumprimento das normas de 
trânsito, é preciso conjugar esforços do Detran, do DER, da Polícia Militar e 
Rodoviária, dos agentes municipais de trânsito e de guardas municipais. Se um 
cidadão habilitado comete infração de trânsito, a fiscalização e a autuação serão 
de competência dos agentes da autoridade de trânsito, entretanto, a imposição 
 
 
7 
das penalidades relativas à pontuação e às multas é de aplicação do órgão 
executivo de trânsito. 
Melhor explicando, após a lavratura do auto de infração, a PM ou os 
demais agentes da autoridade de trânsito enviam, na forma física ou por meio 
eletrônico, os autos de infração para os órgãos executivos responsáveis pelo seu 
processamento. 
Sendo o auto de infração de conhecimento da autoridade de trânsito, 
ocorre a primeira notificação ao proprietário do veículo, estabelecendo-se o 
prazo para indicar que o condutor se apresente à defesa da autuação. 
Se as razões da defesa forem contundentes, especialmente em relação à 
inconsistência do auto de infração, a autoridade poderá deferi-la e arquivá-la. Se 
os apontamentos da defesa da autuação não restarem evidentes e 
comprovados, a defesa será indeferida e o infrator poderá recorrer da imposição 
de penalidade perante a Junta Administrativa de Recursos de Infrações (Jari). 
Dessa forma, está configurada a operacionalização da fiscalização de 
trânsito entre os órgãos executivos e a força do agente de fiscalização. 
Figura 3 – Instrumentos firmados entre entes do SNT – fiscalização 
 
 
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TEMA 5 – AGENTES DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO: ART. 280 DO CTB 
Quando da edição CTB, em 1997, o legislador autorizou as autoridades 
dos órgãos executivos de trânsito da União, dos estados, do Distrito Federal e 
dos municípios a reconhecer seus agentes nos termos do parágrafo 4º do 
art. 280 do CTB. 
É importante salientar que os agentes da autoridade podem ser policiais 
militares e rodoviários, agentes de trânsito, aparelhos eletrônicos ou 
equipamento audiovisual, ou ainda etilômetros. 
A eficiência e a precisão dos equipamentos autorizados pelo Contran para 
o uso em operações de fiscalização são muito importantes, pois os avanços 
tecnológicos contribuem significativamente para compelir os infratores eventuais 
e contumazes. 
Há muitos anos o Contran admite e compreende que os equipamentos 
eletrônicos desempenham função importante para a segurança viária, tanto que 
diversas resoluções foram editadas com o fito de aperfeiçoar a forma como a 
fiscalização melhor se aproveitaria dessa tecnologia. 
As resoluções do Contran se ocuparam em destacar quais equipamentos 
podem ser utilizados: 
 Fixo: medidor de velocidade com registro de imagens instalado em local 
definido e em caráter permanente; 
 Estático: medidor de velocidade com registro de imagens instalado em 
veículo parado ou em suporte apropriado; 
 Móvel: medidor de velocidade instalado em veículo em movimento, 
procedendo à medição ao longo da via; 
 Portátil: medidor de velocidade direcionado manualmente para o veículo-
alvo. 
Por exemplo, quando o equipamento eletrônico flagra excesso de 
velocidade, a imagem capturada é enviada para fiscalização. Na sequência, um 
agente de trânsito verifica a qualidade das imagens e homologa o arquivo. Uma 
vez identificada a placa do veículo do infrator, os dados são enviados para 
notificá-lo. 
Em que pese à irresignação de parte da população com os equipamentos 
eletrônicos como instrumentos de fiscalização, é certo que reduziram 
ocorrências em trânsito, mortes e feridos onde estão instalados. 
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9 
O Anuário estatístico do Detran/PR, publicado em 2017, informou que 
mais de 3.900 infrações foram cometidas por condutores que transitaram com 
seus veículos a uma velocidade superior a 50% do permitido e que, por esse 
motivo, tiveram suspenso o direito de dirigir. O mesmo documento informa que 
39.088 pessoas foram flagradas conduzindo veículos 20% acima da velocidade 
permitida. 
NA PRÁTICA 
Para corroborar a eficiência das medidas preventivas de acidentes de 
trânsito, pesquise os custos estimados que eles causam para o Sistema Único 
de Saúde (SUS). 
FINALIZANDO 
Estudamos aqui os seguintes tópicos: 
 Instrumentos firmados entre entes do SNT (fluxograma); 
 Infraestrutura no Estado: implantação e manutenção de rodovias; 
concessão de vias e cobrança de tarifas de pedágio; 
 Educação para o trânsito no Estado: a formação dos condutores; 
Constituição Federal de 1988, art. 23, inciso XII, que incumbe à União, 
estados, Distrito Federal e municípios a educação para a convivência em 
trânsito; escolas públicas de trânsito (parágrafo 2º do art. 74 do CTB); 
 Fiscalização nos estados; 
 Agentes da autoridade de trânsito (art. 280 do CTB). 
 
 
 
10 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 out. 1988. 
_____. Código de Trânsito Brasileiro: instituído pela Lei 9.503, de 23 de 
setembro de 1997, 1. ed. Brasília, DF: Denatran, 2016. 
_____. Lei n. 12.587, de 3 de janeiro de 2012. Diário Oficial da União, Brasília, 
DF, 4 jan. 2012. Disponível: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2012/lei/l12587.htm> Acesso em: 8 out. 2019. 
DETRAN-PR – Departamento Estadual de Trânsito do Paraná. Anuário 
estatístico 2017. Disponível em: <http://www.detran.pr.gov.br/wp-
content/uploads/2018/12/Anuario_Estatistico_2017.pdf>. Acesso em: 8 out. 
2019.

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