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AD1 TEORIA E PRATICA EM GEOGRAFIA IV

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ 
Curso: Geografia 
Polo: Mesquita 
Avaliação Presencial (AD1) 2023.2 
 
1 
 
 
TEORIA E PRÁTICA EM GEOGRAFIA IV 
 O professor de Geografia e a escolha do livro didático 
Introdução 
Todos nos recordamos da época em que ocupávamos as carteiras 
escolares, principalmente nos primeiros dias de aula em que o professor da 
disciplina apontava o livro didático a ser adotado naquele ano letivo. Anotávamos 
o titulo, a editora e o autor do referido livro, para então levar aos nossos pais a 
informação, e a partir daí se iniciava uma busca, muitas vezes frenética na 
obtenção do material. Esta preocupação estava justificada: todo o sucesso do 
ano escolar estava pautado na utilização do livro didático, na medida em que 
este material era utilizado em todas as aulas, na maioria das vezes como única 
fonte de informação e conhecimento a ser buscado. Pelo menos no que diz 
respeito à minha experiência e de meus contemporâneos no ensino de Primeiro 
Grau (atual Fundamental) nos anos de 1980 e 1990. 
Por tal motivo me senti tão representado nos textos de Azambuja e Vilela, 
utilizados como referência deste trabalho. Obviamente com o olhar acadêmico 
que o rigor científico exige, não só na Geografia, mas também em outros campos 
de conhecimento onde da experiência da utilização do livro didático deve ser 
alvo de constante debate. 
O livro didático como fonte de conhecimento 
O livro didático é uma ferramenta de ensino importante e por muito tempo, 
foi a única ferramenta utilizada dentro das quadro paredes de uma sala de aula, 
especialmente na época de predomínio de uma visão clássica e 
majoritariamente descritiva e expositiva do papel do docente. 
No caso da Geografia, havia certamente outras ferramentas que o 
professor utilizava, obviamente dependendo das possibilidades e da estrutura da 
escola, mas a representação cartográfica, talvez, fosse a única ferramenta 
 
 
2 
 
utilizada pelo professor de Geografia em sala de aula além do livro didático, mas 
sempre dentro de um contexto de aulas expositivas em que o conteúdo era 
ministrado de forma verticalizada e exaustiva. Ainda assim, era o livro didático 
que ditava o ritmo em que o conteúdo da disciplina era ministrado, sempre de 
forma rígida e na ordem pautada em seu conteúdo. 
As reformas elencadas no texto de Azambuja buscaram atacar esse 
modelo ultrapassado. A comunidade acadêmica já estava à frente dessa visão 
clássica de concepção tradicional do processo de ensino-aprendizagem, mas aí 
é preciso entender que o momento político do país era um entrave para essas 
discussões, na medida em que a reflexão crítica do educando representava uma 
ameaça ao regime, tanto que a organização curricular implementada pela Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação somente se deu em 1996, ou seja, 11 (onze) 
anos após o fim do período de exceção. 
Na Geografia, a reforma impulsionada pela LDB proporcionou uma 
reorganização da grade curricular, que se refletiu na elaboração do conteúdo dos 
livros didáticos, que passaram adotar uma abordagem mais crítica e reflexiva, 
de forma que o docente pudesse ter mais liberdade em trabalhar os conteúdos 
ministrados. Foi neste contexto que Paulo Freire, educador de notável e 
grandiosa obra sobre a educação com inúmeros livros publicados, despontava 
como crítico ao uso indiscriminado do livro didático, argumentando que o uso 
excessivo de livros didáticos poderia levar à alienação dos alunos em relação ao 
processo de aprendizagem. Quando os alunos se tornam passivos receptores 
de informações contidas nos livros, eles correm o risco de se despersonalizar e 
perder o interesse pelo aprendizado. 
Critérios utilizados na escolha do livro didático em Geografia. 
A escolha do livro didático pelo docente deve observar uma avaliação do 
material que está sendo oferecido ao Professor de Geografia, o que pode ser 
alcançado através da adoção de critérios como os que abaixo listamos: 
➢ Análises de caráter eliminatório compreendido por construção da 
cidadania, aspectos – metodológicos e conceitos em acordo; 
➢ Analise da harmonia existente entre o livro e a estrutura pedagógica da 
escola; 
 
 
3 
 
➢ Qualidade dos aspectos gráficos, imagens e mapas, todos devidamente 
atualizados 
➢ Clareza na linguagem; 
➢ Ênfase em algumas abordagens consideradas mais importantes para o 
ensino de Geografia hoje. 
É claro que tais critérios são aqui listados de forma exemplificativa e não 
taxativa, pois demandaria uma estudo muito mais aprofundado do tema proposto 
neste trabalho. Por outro lado, é possível perceber que esses critérios encontram 
respaldo nas competências que devem ser trabalhadas no processo de ensino-
aprendizagem no campo da Geografia, e que estão previstas no BNCC – Banco 
Nacional Comum Curricular. 
Também a título exemplificativo, destacamos aqui duas das competências 
listadas no BNCC (Brasil, 2018, p. 366) para a disciplina de Geografia no Ensino 
Fundamental e que vão ao encontro dos critérios assinalados acima: 
“3.Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do 
raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, 
envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, 
extensão, localização e ordem.” 
4.Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens 
cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das 
geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações 
geográficas.” 
Percebemos aí, que o verbo desenvolver colocado logo no início das 
competências citadas se repete, o que demonstra a preocupação que deve ter o 
docente em seu árduo trabalho como educador. 
Conclusão 
A qualificação do livro didático em qualquer disciplina não é tarefa fácil, e 
na Geografia não é diferente dada as peculiaridades deste campo de 
conhecimento. Portanto, a adoção de uma conduta criteriosa na escolha e na 
forma de utilização desta ferramenta é fato incontestável, na medida em que 
poderá proporcionar os resultados que devem pautar a conduta docente na to 
processo de ensino-aprendizagem. 
Referências. 
 
 
4 
 
AZAMBUJA, Leonardo. O livro didático e o ensino de Geografia do Brasil. 
Revista Brasileira de Educação em Geografia, v. 4, p. 11-33, 2014. 
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 
2018. 
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17 ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 
1987. 
VILELA, C. L.. Livros didáticos e o conhecimento escolar em geografia: a 
abordagem regional como regularidade. Revista Brasileira de Educação em 
Geografia, v. 4, p. 55, 2014.

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