Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Os 10 países mais inovadores do mundo Países nórdicos dominam o ranking elaborado pela Bloomberg; Brasil aparece em 46º Há alguma coisa especial envolvendo os países nórdicos. Mas, desta vez, não estamos falando sobre qualidade de vida ou retorno de impostos à população. Falamos de inovação. Ranking elaborado pela Bloomberg neste ano com as economias mais inovadoras do mundo mostra que os nórdicos também se desenvolveram neste aspecto, figurando entre as 15 primeiras colocações. A metolodogia do ranking utiliza sete fatores: dinheiro gasto em P&D (pesquisa e desenvolvimento), valor agregado adicionado à produção, produtividade, pesquisa científica, eficiência do setor terciário, concentração de alta tecnologia nas empresas públicas e registro de patentes. Somados, formam uma pontuação que pode ir até 100. Os resultados mostraram que a Coreia do Sul continua como a grande campeã do ranking, mantendo-se em primeiro lugar em três dos sete fatores: investimentos em P&D, valor agregado adicionado e registro de patentes. É muito bem posicionada também em termos de eficiência, educação e pesquisa. No total, ficou com 89 pontos. A novidade neste ano ficou com a Suécia que levou a medalha de prata, superando a Alemanha. O país, segundo a Bloomberg, apresentou um dos maiores crescimentos no quesito agregar valor à sua produção. No total, ficou com 83,92 pontos. Sua vizinha, Finlândia, também subiu duas posições, impulsionada pelo crescimento de empresas tecnológicas e aparece em 5º lugar. A Dinamarca está em 8º e a Noruega em 14º. O grande perdedor do ranking, porém, foi a Rússia que caiu 14 posições para a 26ª. Segundo a Bloomberg, isto ocorreu por conta de sanções e os efeitos negativos de políticas que subsidiaram por anos os preços da energia. O Japão caiu do 4º lugar para o sétimo e perdeu a melhor posição dos países no critério registro de patentes. Os Estados Unidos aparecem em nono, enquanto Israel foi para a décima colocação. A China aparece em 21º. Já o Brasil está lá embaixo, em 46º lugar, somando 46.40 pontos - menos da metade da pontuação que a Coreia do Sul levou Suécia Segundo análise da Bloomberg, ideias novas costumam ter grande espaço na Suécia - mesmo a despeito do governo atual ser menos amigável aos negócios e impor mais taxas, disse Magnus Henrekson , diretor da fundação privada Research Institute of Industrial Economics,, com sede em Estocolmo. Henrekson analisa que os próprios suecos promovem uma atmosfera pessoal de ambição - enquanto seus pares europeus preverem enfatizar o coletivo - e "isso é bom para inovação". "Na nossa cultura, as pessoas são super individualistas e isso significa que elas têm ideias e estão dispostas a transformá-las em realidade e, assim, gerar riqueza para si mesmas", disse. Em termos de incentivos, o governo taxa diferente de pequenas empresas do que daquelas tradicionais e multinacionais. A ênfase dos investimentos em P&D fez o país passar, de certa forma, incólume das crises financeiros que assolaram o mundo na última década, analisa Asa Lindholm Dahlstrand, professora de inovação do Centre for Innovation, Research and Competence in the Learning Economy, da Lund University. Ranking O ranking partiu da análise de 200 economias - aqueles países que não forneceram informações sobre seis dos sete critérios analisados foram eliminados. Isso já deixou a amostra com 78 países para mapear as 50 economias mais inovadoras. Abaixo, quais são as que aparecem nas dez primeiras colocações: Posição em 2017 Posição em 2016 País Pontuação 1 1 Coreia do Sul 89,00 2 3 Suécia 83,98 3 2 Alemanha 83,92 4 5 Suíça 83,64 5 7 Finlândia 83,26 6 6 Cingapura 83,22 7 4 Japão 82,64 8 9 Dinamarca 81,93 9 8 Estados Unidos 81,44 10 11 Israel 81,23 Os 10 países mais inovadores do mundo (e vamos fazer o Brasil entrar na lista!) suica A Suíça foi eleita, novamente, o país mais inovador do mundo, de acordo com o Fórum Econômico Mundial! Parabéns para os suíços, que novamente superaram os israelenses, que ficaram com a 2º colocação no prestigiado ranking promovido pelo Fórum. É a 7ª vez seguida que a Suíça lidera o ranking, muito por conta da força de suas empresas, dinamismo de negócios e produção de produtos comercialmente aplicáveis. Além disso, a capacidade de inovar é apoiada tanto pelo setor público quanto pelo privado – algo que também é compartilhado com Israel, o 2º colocado. Na terceira colocação fica a Finlândia, enquanto os Estados Unidos – terra do Vale do Silício – toma a 4ª posição no ranking. Alemanha, Suécia e Holanda ocupam a 5ª, 6ª e 7ª posições e o Japão em 8º – uma queda expressiva frente as suas posições entre 2007 e 2015, sempre no top 5. Terminando o top 10, Singapura e Dinamarca. E o Brasil? O problema é que existe uma PÉSSIMA notícia para o povo brasileiro. O Brasil ocupa a 100ª posição em inovação, entre 138 países analisados pelo Fórum Econômico Mundial. Acho que isso não surpreende ninguém, ainda por mais pela falta de dinamismo e sofisticação de negócios do Brasil no Brasil, que nos colocou na 63ª colocação. Ficamos em posições péssimas para instituições (120º), ambiente macroeconômico (126º), eficiência do mercado de bens (128º) e eficiência do mercado de trabalho (117º). O que salva o Brasil é o tamanho do mercado, o 8º maior do mundo, o que permite que o nosso País fique em 83º na escala de competividade do WEF. É MUITO pouco para um País com tanto potencial. É acreditando neste potencial imenso que o Brasil tem que preparamos algumas iniciativas para MUDAR completamente esta situação. Temos uma missão clara aqui no StartSe: transformar o Brasil através do empreendedorismo, gerando riquezas, emprego e desenvolvimento. O País só irá para frente com o desenvolvimento econômico que o empreendedorismo causa. Para isso, atuamos com ajuda em dois pilares importantíssimos: empreendedores e investidores. Em nossa área educacional, buscamos fortalecer o desempenho dos brasileiros neste sentido. São três oportunidades que estão abertas agora e que podem fazer grande impacto para nossos leitores: Temos um curso online chamado Startup de A à Z, que ajuda empreendedores a construírem negócios campeões. Ele te ajuda a colocar em funcionamento o seu negócio, te ajuda a evitar as principais dores que podem DESTRUIR startups em seus primeiros meses e anos de funcionamento. Bem completo. Além dele, há também o Accelerator Day, um evento exclusivo em São Paulo para ajudar empreendedores que querem acelerar suas caminhadas. Grandes nomes do mercado passam sua experiência em uma maratona de conversas. Também é útil para quem ainda não tem uma startup, mas planeja ter. E por fim, há também o Invest Class. Outro evento em São Paulo para formar investidores. Startup é um negócio arriscadíssimo e os investidores PRECISAM saber o que estão fazendo, ou perderão todo o dinheiro. Se bem executado, ele se torna um tipo de investimento altamente rentável e interessante. O ecossistema depende de excelentes investidores para ter sucesso. Brasil desaponta em ranking global de inovação América do Norte, Ásia e Europa seguem como destaques mundiais SAM YEH/AFP/JC Patricia Knebel O Brasil ficou novamente de fora do ranking anual das 50 Empresas Mais Inovadoras 2016, desenvolvido pelo The Boston Consulting Group (BCG), com base nas respostas de 1,5 mil executivos do todo mundo. Desde 2010, quando a Petrobras foi incluída pela última vez, não há nenhum representante nacional. O ranking é composto por 68% de corporações da América do Norte - um crescimento de 24% em relação a 2013 - 10 da Europa e seis da Ásia. Apple, Google, Tesla e Microsoft mantém os quatro primeiros lugares. A Amazon subiu quatro posições, ocupando o quinto lugar, e Netflix e Facebook entraram pela primeira vez no top 10. A inovação já foi considerada uma prioridade para 85% das corporações brasileiras, mas em 2016 esse índice teve um declínio de 12%. O estudo do BCG aponta, ainda, que uma tendência não seguida por aqui é o aumento de investimentos, que deverão receber atenção de 56% das empresas,um número baixo se comparado a outros países em desenvolvimento. Na China, por exemplo, 81% dos executivos devem intensificar seu aporte e 94% dos indianos pretendem elevar seus gastos para inovar. "Crescemos, mas na proporção menor que dos outros países em desenvolvimento", relata o sócio do BCG, Heitor Carrera. Para o especialista, a pesquisa mostra que esse recuo se deu pela crise o que, acredita, é paradoxal. "Em momentos difíceis, as empresas brasileiras olham para os investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) como um gasto que pode ser cortado quando, na verdade, é nessas situações que mais dependem da inovação para se superar", acrescenta. Carrera alerta para a importância desse cenário não persistir, pois se empresas deixarem de investir continuadamente em novos produtos e modelos de negócios, o Brasil vai perder competitividade e ficar trás. Uma nota técnica apresentada em dezembro do ano passado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) - com base nos dados da Pesquisa de Inovação (Pintec) 2014 do IBGE - mostra que os esforços das empresas brasileiras tiverem uma queda expressiva no período. O gasto em P&D na indústria chegou a 0,67% de queda em relação a 2011. Já a taxa de inovação teve queda total de receita de 2,12%. "Foi o pior resultado de todas as Pintecs", afirma a técnica de planejamento e pesquisa do Ipea, Graziela Ferrero Zucoloto. O que segurou os resultados na época foi a participação do governo. No início da década, cerca de 19% das empresas inovadoras haviam declarado ter recebido algum tipo de apoio governamental. Esse número cresceu para mais de 34% em 2011 e para mais de 46% em 2014. Uma realidade que, porém, mudou muito nos últimos anos. "A ciência e a tecnologia não escaparam da crise. Em 2014, os instrumentos voltados para a inovação eram bem mais completos, envolvendo desde as grandes até as pequenas empresas", relata a analista. O gerente do departamento de Inovação do Bradesco, Fernando Freitas, comenta que a crise dos últimos anos foi, de fato, muito intensa, mas que as instituições financeiras não podem se dar ao luxo de reduzir os aportes em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I). "O setor bancário é o que mais tem atraído investidores para o surgimento de novas empresas e soluções. Por isso, não tivemos como tirar o pé, e nem os nossos concorrentes", observa Freitas. O Bradesco disponibiliza cerca de R$ 6 bilhões por ano para área de Tecnologia da Informação (TI), e parte disso é canalizado para P&DI - cerca de 25% vai para novos produtos e canais de distribuição. Além das dificuldades conjunturais que frearam os investimentos dos players nacionais recentemente, o sócio do BCG alerta para as questões culturais e do próprio amadurecimento do ambiente empreendedor brasileiro. Existem diversos polos tecnológicos, como os EUA, Israel e Alemanha, que funcionam como uma espécie de centro magnético de atração de investimentos. Por aqui, isso ainda precisa evoluir. "Somos criativos, mas quando se trata de pegar a criatividade e transformar em inovação, enfrentamos ainda a dificuldade de que a indústria de venture capital ainda é muito recente no Brasil", comenta. Pesquisa aponta aumento de aportes externos em pesquisa e desenvolvimento Apesar do recuo dos investimentos, o ranking anual das 50 Empresas Mais Inovadoras 2016 revela que o Brasil acompanha algumas tendências mundiais de inovação, como o uso de ferramentas e fontes de dados para identificar oportunidades externas de inovação. Enquanto a média global para uso de Big Data é de 55%, no Brasil 63% das companhias utilizam grande escala de dados. Entretanto, apenas 47% das brasileiras usam esses dados para fornecer insumos para inovar, enquanto, no mundo, a média é de 57%. "Os players nacionais estão na frente das demais na adoção de ferramentas de analytics, mas, quando olhamos o quanto dessa informação está sendo revertida para gerar inovação, percebemos que ainda precisamos evoluir", relata o sócio do BCG, Heitor Carrera. Além disso, outro fator interessante apontado pelo estudo é o crescimento das parcerias externas para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I). As companhias inovadoras de maior sucesso no mundo são as que alcançam um balanço entre inovação interna e externa. São eficientes para identificar as ideias externas e hábeis para trazê-las para dentro. Das corporações ouvidas para o ranking anual das 50 Empresas Mais Inovadoras 2016, do BCG, 45% disseram que realizam parcerias estratégicas com outras instituições, enquanto 54% das brasileiras adotam essa estratégia. "Esse é um ponto positivo para nós, pois já acordamos para o fato de que nem todas as boas ideias vão nascer dentro de casa", elogia Carrera. Existe hoje, no País, diversas empresas desenvolvendo projetos em colaboração com universidades, parques tecnológicos e, especialmente, com startups. É o caso da Telefonica, Bradesco, Itaú e Votorantim. A Pesquisa de Inovação (Pintec) 2014 do IBGE, apresentada em dezembro do ano passado, corrobora com essa mudança na composição do investimento em P&D das companhias brasileiras. Esse movimento pode ser visto desde 2008 e mostra que as companhias estão reduzindo o volume de recursos destinados para o P&D interno e ampliado o percentual dedicado à parcerias com institutos de pesquisa e com outras empresas. O estudo, que envolveu 132.529 empresas nacionais, mostra que o investimento em P&D interno caiu de 0,5% para 0,45% do PIB. "As empresas brasileiras reduziram os esforços de inovação e passaram a contratar. Isso levou a uma queda em todos os gastos relacionados a isso, inclusive de profissionais dedicados a essa área", aponta a técnica de planejamento e pesquisa do Ipea, Graziela Ferrero Zucoloto - Jornal do Comércio.
Compartilhar