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DERRAME PLEURAL 1. Definição Pode ser definido objetivamente como o acúmulo anormal de líquido na CAVIDADE PLEURAL, que é o espaço virtual entre as pleuras visceral e parietal, as quais deslizam uma sobre a outra, separadas por uma fina película de líquido. 2. Causas ICC, pneumonia bacteriana, abscesso pulmonar, embolia pulmonar, atelectasia, câncer, tuberculose, cirrose hepática. 3. Principais sintomas Tosse, febre, dispnéia e dor torácica. 4. Principais sinais Abaulamento do hemitórax acometido e de seus espaços intercostais, que inicialmente perdem suas concavidades habituais. Redução da expansibilidade torácica. Redução dos sons pulmonares. 5. Exames complementares Métodos de imagem: RX de tórax, US ou tomografia de tórax. 6. Toracocentese Punção da parede do tórax com o objetivo de explorar ou evacuar a cavidade pleural. 7. Análise do líquido pleural A aparência e o odor do líquido pleural podem sugerir a etiologia. Dessa forma, o aspecto inicial do líquido pleural pode ser: Sanguinolento: neoplasia, tuberculose, trauma ou embolia pulmonar. Turvo: pode ser por causa de lipídios, excesso de proteínas ou de células. Odor pútrido: anaeróbicos. Purulento: bronquiectasia, pneumonia bacteriana ou abscesso pulmonar. PNEUMOTÓRAX · Presença de ar no espaço pleural. Este ar pode vir de fora, por uma abertura na parede do tórax, de dentro, através de um defeito no próprio pulmão, ou de ambos. O ar separa as duas superfícies pleurais (as pleuras parietal e visceral), levando o pulmão do lado envolvido a colabar à medida que a separação se expande. · À medida que o ar continua a se acumular e a pressão no espaço pleural aumenta, o tamanho do pulmão do lado afetado continua a diminuir. Sinais e sintomas · Dor torácica pleurítica. · Respiração rápida e difícil. · Diminuição ou ausência do murmúrio vesicular no lado afetado. Tratamento · O2 por máscara facial. · Drenagem torácica. HEMOTÓRAX · É a presença de sangue no espaço pleural. No adulto, o espaço pleural da cada lado pode conter de 2500 a 3000 ml de sangue. · Este sangue pode vir de várias fontes, incluindo a ruptura de vasos intercostais, dos grandes vasos, ou do próprio pulmão e seus vasos. · Hipovolemia ocorre à medida que o sangue deixa o espaço cardiovascular e entra no espaço pleural. Sinais e sintomas · Sinais de choque. · Taquipnéia. · Confusão. · Diminuição do murmúrio vesicular. Tratamento · O2 em alta concentração. · Correção do colapso circulatório. · Drenagem torácica. DRENAGEM DE TÓRAX · Introdução de um tubo no espaço pleural, na qual a via de incisão é o tórax · Dreno no espaço pleural tem como finalidade: · Renovar o ar · Retirada de líquido, sangue ou pus Equipamento · Dreno Tubular, frasco e tubo de extensão · Lâmina de bisturi · Solução anti-séptica · Luvas estéreis, gazes, campos cirúrgicos · Bandeja de pequena cirurgia · Anestésico local · Seringas e agulhas · 500 ml de água destilada Posição do paciente · 5º ou 6º espaço intercostal na linha axilar média · Decúbito dorsal e horizontal a 45º · Pode ser decúbito lateral Assistência de Enfermagem: · Raio X de tórax · Curativo no local de inserção do dreno · Controle de SSVV · Anotar débito e aspecto da drenagem · Manter sempre o frasco de drenagem abaixo do nível do tórax do paciente · Fechar o dreno antes da remoção ou do transporte do paciente Retirada do Dreno · Cortar os pontos de sutura · Retirar no término da fase expiratória · Fazer curativo compressivo ENFISEMA PULMONAR É definido como uma distensão anormal dos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais, com destruição das paredes alveolares. Vários fatores causam obstrução aérea - inflamação da mucosa brônquica, produção excessiva de muco, colapso dos bronquíolos. A medida que as paredes dos alvéolos são destruídas diminuem continuamente a área de superfície alveolar em contato direto com os capilares pulmonares, causando comprometimento da difusão de O2 levando a hipoxemia. O enfisema pode levar a: acidose respiratória e insuficiência cardíaca direita. O paciente com enfisema tem uma obstrução crônica ao influxo e efluxo do ar proveniente dos pulmões. O paciente torna-se frequentemente dispnéico, o tórax torna-se rígido e as costelas ficam fixadas em suas articulações. MANIFESTAÇÕES CLINICAS. · Aumento da dispnéia ao esforço; · Anorexia; · Perda de peso; · Fraqueza; · Inatividade; · Aumento da tosse; · Escarro purulento. DIAGNÓSTICO. · Exame físico; · RX de Tórax; · Espirometria; · Gasometria Arterial; TRATAMENTO · Medidas de tratamento para melhorar a ventilação e diminuir o trabalho da respiração; · Oxigenioterapia; · Broncodilatadores: atrovent, berotec e aminofilina.