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1 Opioides Analgésicos de ação central – Opioides A condução e processamento da dor é complexo e envolve um longo trânsito, desde o local onde ocorreu a lesão, a condução da informação, até chegar no córtex, onde vai ser processada. A resposta aos estímulos depende do tipo de sensor ativado. Em outras palavras, ocorre a sensibilização de fibras sensoriais, que levam o estímulo até a medula, que transmite para o tálamo e permite comunicação com córtex sensorial, permitindo saber o local que está doendo e identificar o tipo de dor produzida. No caso das fibras C, por serem não serem mielinizadas e são finas, e apresentam uma condução lenta e informação difusa. A estimulação de fibras C não fornece muito bem o local onde está ocorrendo a injuria. As fibras do tipo A, que são mielinizadas, conduzem informações mais precisas e rápidas para o córtex sensorial. Assim, são essas fibras que irão fornecer o local exato onde ocorreu a injúria. Os opioides são uma classe de drogas que são extremamente eficazes para tratar dores orofaciais. Essas drogas atuam nos mais diversos níveis do SNC, como encéfalo e medula espinhal, e atuam modulando a ativação e percepção da sensação dolorosa perifericamente. Isso torna essas drogas muito potentes como analgésicas. *O ópio se tornou proibido para ser comercializado livremente na Europa antiga, uma vez que, causava dependência em massa na população que o utilizava, em que as pessoas se encontravam em estado alarmante de hipnose e sedação. *Em 1803, descobriram que a morfina correspondia à 10% do peso do ópio. *Em 1895, a Bayer modificou a morfina e conseguiu produzir um análogo da morfina e, segundo eles, essa modificação reduzia os efeitos e era produzida, assim, a heroína. Contudo, a heroína só potencializou os efeitos que a morfina já produzia, sendo mais potente em causar dependência química. A morfina tem ação analgésica, pode acentuar depressão respiratória, inibe motilidade intestinal, pode resultar em constrição da pupila e ocasionar vômito. Assim, foram criados derivados sintéticos da morfina, que possuem ação analgésica importante e não acentuam efeitos que a morfina produz no organismo. Os opioides estimulam a atividade de neurônios da substância cinzenta periaquedutal, que estimulam os neurônios da rafe magna e ocorre inibição da geração do estímulo nociceptivo. Existem receptores opioides expressos na musculatura lisa e SNC, podendo encontrar até 3 tipos de receptores. Além disso, cada receptor, por mais que levam à analgesia, eles possuem respostas diferentes e produzir efeitos diferentes, a depender de cada órgão ou sistema, além da afinidade desses receptores ao tipo de opioide administrado. 2 Opioides Análogos da Morfina: • Morfina; • Hidromorfona; • Heroína; • Codeína; Antagonista Opioides: • Naloxona; • Naltrexona; A codeína é um dos opioides mais aplicados na clínica odontológica. Ela é um importante antitussígeno. Diferentemente da morfina, ela é bem absorvida por VO, não induz euforia e nem constipação muito intensa. A associação de codeína com paracetamol pode ser bom para tratar dores em que só o paracetamol não conseguiria produzir um efeito analgésico eficiente, tendo em mente que, as dosagens dos dois combinados devem estar mais reduzida. A morfina é agonista, possui efeitos centrais e periféricos, efeitos cardiovasculares, no TGI e músculo liso, ela atravessa a barreira placentária e pode apresentar efeitos que duram entre 4-6 horas. Além disso, destaca-se que quanto mais curto o efeito da droga, maior a necessidade de tomar mais doses durante o dia, o que potencializa o risco de dependência química de determinado opioide. A morfina sofre muitos efeitos da primeira passagem hepática e possui absorção oral irregular, sendo a codeína melhor por VO. A oxicodona é uma droga potente como analgésico e apresenta alta disponibilidade por VO, apresentando menos efeitos colaterais e é 2x mais potente do que a morfina.
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