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LACTAÇÃO 
 
Pode ocorrer o fato de a égua não aceitar o potro, ou então tenha ocorrido a 
morte da mãe no momento do parto, ou mesmo durante o primeiro mês de vida do 
potrinho, surgindo a necessidade do aleitamento artificial, sendo de suma importância 
termos um banco de colostro na propriedade. 
A lactação eleva significativamente as exigências de nutrientes da égua. As 
necessidades de energia são dobradas, e as exigências para proteínas, cálcio e 
fósforo aumentam. Uma deficiência em qualquer um desses nutrientes diminui a 
quantidade de leite produzido, porém possui pequeno ou nenhum efeito na 
concentração desses nutrientes no leite. Uma égua normal e saudável de 400 a 550 
kg, quando alimentada apropriadamente, produzirá de 11 a 14 kg de leite por dia 
durante os três meses de lactação. Por cinco meses de lactação, a quantidade 
produzida diminuirá para apenas ao redor de 2,3 kg por dia. São necessários em torno 
de 1200 kilocalorias de energia digestível para produzir 0,45 kg de leite. 
O desmame deve ser feito de tal forma que se minimize o estresse e a excitação 
tanto para a égua como para o potro. Alguns potros se tornam nervosos quando são 
separados da mãe pela primeira vez, e em consequência podem se machucar. Por 
ocasião do desmame é sempre melhor mudar a égua, deixando o potro em 
adjacências familiares, fazer a separação abrupta, completa e final, e deixar o potro 
com outro cavalo que é acostumado a tal manobra, ou colocar dois potros juntos. Se 
o potro vê, ouve ou cheira a mãe nesse período, o desmame é mais difícil e 
prolongado. Se eles não podem ser separados completamente desta maneira, o 
desmame pode ser conseguido colocando-os em piquetes separados de forma ao 
potro não poder entrar em contato com a mãe. 
 
COLOSTRO 
 
O potro, se saudável, estará em estação dentro de 15 minutos a 3 horas, e terá 
um reflexo de sucção dentro de 20 minutos. Não tente levantar o potro ou ajudá-lo a 
andar. Apenas deixe-o sozinho e deixe-o tropeçar. A tentativa de ajudar apenas torna 
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o potro mais exausto. 
O colostro é o leite mais importante para o potro e ele deverá tomá-lo no 
máximo dentro das primeiras 6-12 horas de vida, que é o período que ocorre o pico 
de absorção das imunoglobulinas, reduzindo gradativamente em razão das 
modificações das células epiteliais por células maduras e início da atividade 
enzimática. 
Antes do potro se alimentar, lave o úbere da égua com uma boa solução 
desinfetante, enxague e enxugue o mesmo. Normalmente, o potro irá mamar em 1.1/2 
a 2 horas, embora esse tempo possa variar desde ½ a 6 horas. Se o potro não estiver 
mamando em torno das 6 horas após o parto, ou estiver fraco, ordenhe certa 
quantidade de colostro da égua, ou retire um pouco de um banco de colostro 
congelado, e forneça ao potro com o uso de uma mamadeira ou outro recipiente 
parecido com uma sonda estomacal. 
O colostro é o primeiro leite disponível para o potro após o nascimento. Ele é 
secretado antes, durante, e um pouco após o parto. Ele contém anticorpos que são 
essenciais para a resistência do potro contra enfermidades infecciosas. A quantidade 
de anticorpos presente no colostro diminui rapidamente à medida que o leite é retirado 
do úbere: a habilidade dos intestinos do potro em absorver o colostro também diminui 
rapidamente durante seu primeiro dia de vida. Portanto, como todos os animais recém-
nascidos, é importante para o potro mamar quantidades adequadas de colostro 
durante o primeiro dia de vida. Se a égua gotejou leite por mais de uma ou duas horas 
antes do potro mamar, ela pode ter perdido muito do seu colostro, e o potro pode 
necessitar de ser alimentado com colostro de égua obtido de outra fonte. 
O plasma e o colostro de doadores saudáveis e conhecidos, preferencialmente 
da mesma propriedade, podem ser congelados para o uso posterior. Toda fazenda de 
criação ou haras com operações de égua de cria devem manter um banco de colostro 
congelado. O colostro pode ser obtido ao se ordenhar ½ litro de cada uma das éguas, 
logo após o parto. Diversos recipientes de colostro no “freezer” é uma medida de 
segurança para eventuais situações quando a égua não é capaz de alimentar um potro 
recém-nascido. Se mantido congelado (-15°C A -20°C) o colostro pode ser 
armazenado por vários anos. 
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AFECÇÕES QUE ACOMETEM OS POTROS 
 
Retenção de Mecônio 
São chamadas de mecônio as fezes eliminadas na primeira defecação do potro 
após o nascimento. Em condições normais, após a primeira mamada do colostro, o 
mecônio é eliminado dentro das primeiras 12 horas pós-natal, sendo que o colostro 
constitui importante fator de lubrificação e de estímulo para o trânsito fecal. 
Frequentemente, potros recém-nascidos podem apresentar constipação 
caracterizada pela total ausência de eliminação das primeiras fezes, cuja causa 
principal consiste na demora da ingestão do colostro, ou decorrentes de estreitamento 
pélvico nos machos, advindo, consequentemente, compactação e endurecimento 
fecal. 
Os sintomas consistem em manifestações de desconforto abdominal leve e 
progressivo, o potro escoiceia, deita e levanta com frequência, podendo apresentar, 
com a persistência do problema, sintomas de autointoxicação, como conjuntivas 
congestas, taquipneia, taquicardia e ocasionalmente elevação no tempo de repleção 
capilar. 
O manejo preventivo consiste na administração precoce do colostro. O 
tratamento deve ser iniciado administrando-se laxantes por sonda nasogástrica, como 
dioctil-sulfosuccinato de sódio, óleo mineral ou óleo de rícino. Devem ser realizados 
enemas, introduzindo-se uma sonda de borracha através do orifício anal, o mais 
profundo possível, e infundindo-se em seguida uma mistura em partes iguais de 
glicerina líquida neutra e água morna, complementando um volume total de cerca de 
500 ml. A técnica do enema poderá ser repetida até três vezes, se necessário, 
mantendo-se o potro com o posterior erguido para facilitar a difusão do líquido no 
intestino. Pode-se utilizar também para a realização do enema em potros, solução de 
fosfato monossódico e fosfato dissódico (Fleet Enema), munido de aplicador especial, 
a enterotomia constituirá o último recurso para a solução do problema. 
 
 
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Figura Retenção de mecônio. Fonte: Dyson, S. Equine Practice, 1997 
 
Icterícia Hemolítica do Neonato 
 
Esta enfermidade também conhecida como isoeritrólise neonatal, é uma 
anemia hemolítica resultante da isoimunização da égua contra hemáceas do potro 
durante a gestação, à semelhança da icterícia do recém-nascido por problema de Rh 
no homem. 
A doença ocorre por meio da ativação do sistema imunitário da égua por 
antígenos provenientes das hemáceas do feto. 
A icterícia hemolítica, ou isoeritrólise foi estimada em afetar 1 a 2% de todos os 
potros nascidos. É uma doença semelhante à incompatibilidade do tipo sanguíneo Rh. 
Difere, no entanto, no fato de que os cavalos não possuem fator Rh, mas pode ser 
atribuído a 2 ou 3 outros fatores sanguíneos. Também difere da doença do fator Rh 
na espécie humana na qual crianças são acometidas mesmo antes do nascimento, ao 
passo que o potro não é acometido até que ele mame o colostro da sua mãe. O potro 
não é afetado ao nascer pois os anticorpos da mãe não são capazes de atravessar a 
placenta e atingir o potro, enquanto que os anticorpos da espécie humana possuem a 
propriedade de se transferirem para o feto pela placenta. 
A afecção é causada pela absorção pelo potro de anticorpos produzidos pela 
sua mãe e secretados no seu colostro. Esses anticorpos destroem os eritrócitos do 
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anticorpos não lesam os eritrócitos da égua, pois ela possui um tipo sanguíneo 
compatível com esses anticorpos. De qualquer forma, se o potro herda um tipo 
sanguíneo que não é compatível com esses anticorpos e os absorve pelo colostro, a 
doença se instala. 
O potro ao nascer não apresenta qualquer alteração clínica aparente, e mama 
normalmente o colostro rico em anticorpos antihemáceas produzidos durante a 
isoimunização. Por este motivo poderá, já a partir das 24 a 40 horas, em virtude da 
absorção intestinal dos anticorpos, apresentarem sinais de apatia ou fadiga; 
desinteresse em mamar, mesmo quando a teta é oferecida; aumento das frequências 
respiratórias e cardíacas; conjuntivas inicialmente pálidas, em razão à anemia e 
posteriormente adquirindo a coloração amarelo-esverdeada característica da icterícia. 
A urina poderá, em casos agudos, com instalação da afecção nas primeiras vinte e 
quatro horas de vida, apresentar ligeira descoloração para tornar-se avermelhada 
devido à eliminação de hemoglobina. 
Como técnica de prevenção, podemos utilizar teste da aglutinação, misturando-
se em partes iguais sangue do potro com soro sanguíneo da mãe. Caso ocorra 
aglutinação, realize diluições do colostro em solução fisiológica até 1:32 e teste o 
sangue do potro para cada uma das diluições. Título acima de 1:8 deve ser 
considerado positivo, sendo necessária a substituição do colostro da égua mãe por 
colostro de outra égua cuja reação seja negativa com o sangue do potro. 
A icterícia hemolítica poderá ser evitada realizando-se o teste acima citado para 
o diagnóstico da enfermidade no potro recém-nascido, ou através da prova de 
aglutinação do sangue do garanhão, pai do potro, e do soro da mãe, duas semanas 
antes do parto. Este procedimento permite, com relativa antecedência, que as 
providências possam ser tomadas para a substituição do colostro, ou para que o 
aleitamento do potro que vai nascer seja artificial. 
O potro ao nascer deverá ter seu sangue testado para se evitar a 
incompatibilidade, antes da primeira mamada. Caso seja positivo, deverá ser impedido 
de mamar, portanto o parto preferencialmente deve ser assistido, e receber colostrode 
outra égua após o teste, associado ou não à administração de plasma. 
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O tratamento é a ingestão de colostro de doadoras sadias, transfusão de 
sangue previamente testado quando o hematócito for menor do que 18, ou então 
transfusão quando os níveis de hemáceas forem menores do que 3 x 106/ul (cerca de 
1 a 2 litros de sangue total). 
A oxigenioterapia, corticoterapia (dexametasona na dose de 0,1 a 0,2mg/kg), 
anti- histamínicos (prometazina na dose de 0,25mg/kg) e ainda a 
antibioticoterapia preventiva, aplicando de 10.000 a 20.000 UI de penicilina G 
benzatina ou 10mg/kg de terramicina. 
O único tratamento que pode ser necessário é não permitir que o potro mame 
em sua mãe por 36 horas e mantê-lo tão quieto quanto possível. Mantenha o potro 
em uma baia e minimize assim todo tipo de estresse. Se a icterícia estiver presente e 
os sinais clínicos e anemia forem mais severos, uma transfusão sanguínea é 
necessária. 
Um teste de lâmina para determinar se essa condição ocorrerá pode ser 
conduzido ao se misturar 1 gota de sangue do coto umbilical do potro com quatro 
gotas de solução salina 0,9% e 5 gotas do colostro da égua em um lâmina de vidro 
limpa. Se a aglutinação verdadeira ocorrer dentro de aproximadamente 5 minutos, 
então a doença ocorrerá se o potro ingerir esse colostro. 
Um método mais confiável de se prevenir a doença é se tomar uma amostra de 
soro, tirada da égua 3 a 4 semanas antes do parto é mais apropriada, e se conferir 
para a presença de anticorpos antieritrócitos. O soro dela deve ser conferido tanto 
para aglutininas quanto lisinas. 
Se a aglutinação ocorrer quando o sangue do potro e o colostro da sua mãe 
forem misturados, ou houver aglutinação do sangue do reprodutor quando misturado 
com o soro da mãe, as aglutininas ou lisinas estarão presentes no soro da mãe, ou o 
potro é de uma égua que já teve previamente potros que foram acometidos, então no 
potro deve ser colocada uma trombeta para evitar que ele mame na sua mãe nas 
primeiras 36 horas de vida. Um frasco de 500 ml de colostro de outra égua deve ser 
fornecido cada 1 a 2 horas por 3 a 4 vezes ao dia, e então um substituto de leite deve 
ser usado como alimento sendo dado com uma mamadeira até que o potro tenha 36 
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horas de vida. Após essa idade, ele pode mamar na mãe e ser criado no esquema 
usual. 
Após 36 horas de idade, o potro não é capaz de absorver os anticorpos 
colostrais, portanto, mesmo se os anticorpos antieritrócitos forem ingeridos após essa 
idade, eles não são mais nocivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura: Icterícia Hemolítica. Fonte: Dyson, S. Equine Practice, 1997 
 
Onfaloflebite 
 
É o processo inflamatório que acomete o cordão umbilical dos potros neonatos, 
resultante da falta de cuidados e tratamento no momento do nascimento e nos dias 
seguintes. 
Tendo em vista as peculiaridades anatômicas do cordão umbilical, composto 
por duas artérias que se conectam com a artéria ilíaca interna; uma veia que interliga 
a placenta ao fígado, e o úraco que comunica a bexiga fetal à cavidade alantoide, a 
infecção poderá se estender atingindo principalmente o fígado através da veia 
umbilical. Nestas condições, a avaliação somente poderá ser considerada por meio 
de ultrassonografia ou mesmo durante o ato cirúrgico. 
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O tratamento, na fase inicial, deve ser feito pela aplicação de tintura de iodo 
2%, diariamente no coto do umbigo, e cobertura antibiótica com pelicinina G 
benzantina na dose de 20.000 UI/kg, pela via intramuscular ou gentamicina na dose 
de 2mg/kg, pela via intramuscular ou subcutânea a cada 8 horas, pelo menos durante 
5 dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura Onfaloflebite potro. 
 
ENFERMIDADES INFECCIOSAS 
 
ADENITE EQUINA 
 
Também conhecida como garrotilho, é uma enfermidade infectocontagiosa 
purulenta causada por Streptococcus equi. A enfermidade caracteriza-se por 
inflamação do trato respiratório “superior”, principalmente de equídeos jovens e 
abscedação dos linfonodos adjacentes.O Streptococcus equi acomete mais os 
equinos jovens por sofrerem baixas na resistência, principalmente em tempo frio e 
úmido, desmama, reuniões de potros em recintos de corrida e leilões, transportes 
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prolongados, treinamento intensivo e superlotação nas instalações. O contágio e a 
fonte de infecção do garrotilho é o corrimento nasal de animais infectados, que ao 
tossir, espirrar e relinchar espalha pus sob a forma de aerossol contaminando a água, 
o ar e os alimentos, facilitando a difusão da enfermidade, praticamente em todos os 
animais suscetíveis. 
O agente etiológico é endêmico nas criações de equinos e pode ser encontrado 
nas mucosas orofaríngea e nasal normais. O micro-organismo preexiste na mucosa 
nasal, faríngea, ou em recém-contaminados, penetram nas glândulas nasais e no 
tecido linfoide faríngeo, causando processo inflamatório com exsudato seroso ou 
seromucoso que em dois a quatro dias se transforma em purulento. A seguir, pelos 
vasos linfáticos o processo alcança os linfonodos regionais que se infartam e sofrem 
processo purulento, abscendando e fistulizando nos quatro a dez dias seguintes. 
Clinicamente os animais afetados apresentam subitamente anorexia nas 
primeiras horas antes das descargas nasais. A temperatura poderá oscilar entre39-
40°C e posteriormente aparece o corrimento nasal seroso que, rapidamente, se torna 
copioso, purulento e a temperatura poderá atingir 40-41°C. Os linfonodos 
retrofaríngeos apresentam aumento de volume uni ou bilateralmente, observando-se 
tumorações de 5 a 15 cm de diâmetro, que no início são duras, quentes e dolorosas 
à palpação. 
Os animais afetados apresentam tosse e espirros que fazem escorrer ou 
expulsar violentamente o pus nasal e, às vezes, há dificuldade respiratória e na 
deglutição, fazendo com que o animal regurgite o alimento pelas narinas e mantenha 
a cabeça em extensão. 
Se a enfermidade se agravar, o que poderá ocorrer em 1-2% dos casos surge 
forte dispneia e pneumonia; pode ainda acontecer difusão linfática e hemática, 
comprometendo muitos outros linfonodos como os faringeanos, submaxilares, 
parotídeos. 
O garrotilho ocasionalmente pode deixar sequelas como sinusites, empiema 
das bolsas guturais, paralisia do nervo laríngeo recorrente e formação de abscessos. 
O tratamento é relativamente simples e eficaz, e o antibiótico de eleição é a 
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penicilina benzatina, na dose de 20.000 a 40.000 UI/kg. Passado o surto epidêmico 
ou a cura clínica do animal doente, todos apresentam imunidade ao Streptococcus 
equi. Essa imunidade é vitalícia, provavelmente porque sempre haverá reforço natural 
pela permanência do agente no indivíduo ou no meio ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura: Equino com linfonodos retrofaríngeos e submandibulares enfartados. 
 
Figura: Abscedação em razão ao Garrotilho. 
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INFLUENZA EQUINA 
 
Também conhecida por gripe equina, a influenza equina é uma enfermidade 
infectocontagiosa causada por vírus do gênero Influenza vírus tipo A, subtipo equi-1 e 
equi-2. 
Todos os equinos são sensíveis, sendo que o contágio se processa através do 
ar e por partículas úmidas que os equinos afetados eliminam por meio da tosse. 
A doença manifesta-se principalmente nos jóqueis-clubes, sociedades de trote, 
de hipismo e nos haras, afetando nas epidemias praticamente 100% dos animais, 
muito embora o isolamento de animais afetados diminua a possibilidade de contágio 
dos sadios. 
Clinicamente, a enfermidade se inicia por tosse seca e contínua, por um 
período de aproximadamente dois a três dias, seguida de intensa rinite com 
exsudação seromucosa que rapidamente se faz mucosa, viscosa e espessa. A tosse 
se torna mais profunda e úmida ou produtiva, com eliminação de exsudato em forma 
de aerossol contendo o vírus. A temperatura pode atingir 40°C e os cavalos perdem o 
apetite, ficam tristes e, eventualmente, apresentam lacrimejamento. 
A auscultação dos pulmões dos animais gravemente enfermos pode revelar 
estertores e sibilos decorrentes do líquido contido nos brônquios e bronquíolos, 
traduzindo complicações como bronquite e bronquiolite e, às vezes, edema ou 
pneumonia. 
O diagnóstico é baseado nas características epidêmicas da afecção e na 
apresentação dos sinais clínicos. 
O tratamento da influenza é puramente sintomático, já que as drogas 
disponíveis não possuem nenhuma ação contra o vírus. Paralelamente, devem-se 
prevenir infecções bacterianas secundárias. 
Profilaticamente pode-se instituir esquema de vacinação com vacinas 
preparadas com os subtipos equi-A1 e equi-A2 que podem ser aplicadas em duas a 
três doses. 
Existem vários laboratórios que comercializam vacinas contra Influenza Equina 
atualmente (Fluvac® Innovator Ehv - Fort Dodge Animal Health/Lexington8® - 
Vencofarma do Brasil/Influenza Plus® - Laboratórios Vencofarma do Brasil 
Ltda/Vacina Tri-Equi® - Hertape & Calier). 
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http://www.vencofarma.com.br/produtos_detalhes.asp?id_produto=40
http://www.vencofarma.com.br/produtos_detalhes.asp?id_produto=40
 
 
As vacinas são administradas por via intramuscular e contêm antígenos 
inativados de ambos os tipos de vírus da influenza. Recomenda-se a primovacinação 
com duas doses com um intervalo de 4-6 semanas seguida por uma dose de reforço 
seis meses mais tarde. Em situações de alto risco, pode ser benéfica a aplicação de 
uma terceira dose da vacina antes dos seis meses. O ideal é que os equinos sejam 
monitorados por intermédio de exames sorológicos para garantir que responderam 
bem à vacinação e que os títulos de anticorpos estão em níveis capazes de conferir 
proteção. Os exames sorológicos também identificam os animais com baixa resposta 
imunológica que precisariam de mais doses de reforço. Equinos jovens devem ser 
vacinados a cada seis meses e, se participarem de competições regularmente, 
recomenda-se a vacinação em intervalos de 3-4 meses para oferecer um nível ótimo 
de proteção. 
 
 
Figura: Secreção nasal: sinal indicativo de influenza 
 
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