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Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed_Parte806

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pode aumentar o risco de síndrome extra-
piramidal. Carbamazepina, fenitoína, ri-
fampicina e barbitúricos podem diminuir 
a concentração de quetiapina. A quetiapi-
na inibe a eficácia da levodopa. O uso com 
ciprofloxacino e tioridazina predispõe a 
arritmias. Evitar o consumo de álcool. 
Gestação e lactação. Categoria de risco C 
na gestação. A secreção no leite materno 
é desconhecida, não recomendada na lac-
tação. 
Risperidona 
Genérico. Risperidona. 
Apresentações. Cpr revestidos de 1, 2 e 3 
mg; fr de 30 mL para solução oral com 1 
mg/mL. 
Nomes comerciais. Respindol®, Risper-
dal®, Risperidon®, Risperix®, Viverdal®, 
Zargus®. 
Apresentações. Cpr de 0,25, 0,5, 1, 2 e 3 
mg; fr de 30 mL para solução oral com 1 
mg/mL; fr-amp com 25, 37,5 e 50 mg. 
Usos. Esquizofrenia e outros distúrbios psi-
cóticos, demências com sintomas psicóticos 
de agitação e agressividade, comportamen-
to autodestrutivo e distúrbios de conduta 
em crianças com retardo mental ou com QI 
limítrofe, autismo e tiques motores. 
Contraindicações. Gestação e lactação e 
IH ou IR graves. 
Posologia. Iniciar com 1 mg, 2x/ dia, no 
primeiro dia; no segundo dia, 2 mg, 2x/ 
dia e, no terceiro dia, 3 mg, 2x/ dia. A 
dose habitual é de 2-4 mg, 2x/ dia. Não 
retirar abruptamente para evitar sintomas 
de retirada. 
Modo de administração. VO. Pode ser ad-
ministrada com ou sem alimentos. Não 
ingerir os comprimidos com refrigerante 
à base de cola ou chá. A formulação pa-
renteral é para uso IM. 
Parâmetros farmacocinéticos 
• Absorção: é adequada e rápida a partir 
do TGI. Os alimentos não afetam a taxa 
ou a velocidade de absorção. 
Medicamentos na prática clínica 807 
• Pico plasmático: 1 h. 
• Biotransformação: metabolismo hepáti-
co formando o metabólito ativo 9-hi-
' droxirisperidona. 
• Biodisponibilidade: 66-70%. 
• Ligação a proteínas plasmáticas: 90%. 
• Meia-vida: 20 h. 
• Eliminação: urina (700/o) e fezes (15%). 
Ajuste para função hepática e renal. Ini-
ciar com 0,25-0,5 mg, 2x/ dia, na IH e na 
IR. Essa dose pode ser ajustada até 1-2 
mg, 2x/dia. 
Efeitos adversos. Os efeitos mais comuns 
( > 1 o/o) são insônia, agitação, ansiedade, 
cefaleia, sintomas extrapiramidais, tontura, 
hipotensão postural, taquicardia, sedação, 
reações distônicas, pseudoparkinsonismo, 
discinesia tardia, síndrome neuroléptica 
maligna, alteração da temperatura corpo-
ral, fadiga, sonolência, alucinação, tremor, 
acatisia, rash, acne, seborreia, amenorreia, 
galactorreia, ginecomastia, disfunção se-
xual, constipação, boca seca, náusea, vô-
mito, diarreia, anorexia, poliúria, mialgia, 
sinusite, faringite, rinite. Menos comumen-
te ( < 1 o/o), ocorrem diabete melito, altera-
ções na condução cardíaca, alterações no 
ECG, convulsões, depressão, impotência, 
diminuição da libido, incontinência uriná-
ria, hepatotoxicidade. 
Interações. Os depressores do SNC e o ácido 
valproico aumentam a toxicidade da rispe-
ridona. A clozapina diminui a depuração da 
risperidona. Verapamil, inibidores seletivos 
da recaptação da serotonina e lítio podem 
aumentar os níveis de risperidona. A rispe-
ridona pode antagonizar os efeitos da levo-
dopa. A carbamazepina diminui os níveis de 
risperidona. Evitar o consumo de álcool. 
Gestação e lactação. Não recomen~ada 
na gestação (categoria de risco C). E se-
cretada no leite materno, não sendo reco-
mendada na lactação. 
Comentários 
• A risperidona é usada em crianças e 
adolescentes, mas com doses meno-
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