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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
APS – ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
8º SEMESTRE
SÃO PAULO
2023
2
FILIPE CRISCIO SILVA – RA: T462HE3
MARCELO MENDES DE AGOSTINHO – RA: F290IF0
RAFAEL PASSINE MOREIRA – RA: N561GE6
VICTOR HUGO BRASILEIRO LOUREIRO DOS SANTOS RAMOS – RA: N575468
APS – ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
8°SEMESTRE
APS - Atividades Práticas
Supervisionadas, apresentada
como exigência para a
avaliação do primeiro bimestre,
em disciplinas do 7º semestre,
do curso de Ciências Contábeis
da UNIP - Universidade Paulista
SÃO PAULO
2023
3
Sumário
Introdução 4
2. Desenvolvimento 5
2.1 Análise Setorial 5
2.1.1. Características 5
2.1.2. Economia Brasileira e Internacional 5
2.1.3. Potencial de Consumo 6
2.1.4. Perspectivas e Tendência do Setor 6
2.2. Análise da Empresa. 7
2.2.1. Características 7
2.2.2. Concorrência 7
2.2.3. Tecnologia 7
3. Fundamentação Teórica 8
3.1. Balanço Patrimonial 8
3.2. DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) 8
3.3. DFC (Demonstração de Fluxo de Caixa) 10
3.4. Apresentação do relatório de Fluxo de Caixa 10
3.5. Notas Explicativas 11
3.6. Análise Vertical e Horizontal 11
3.7. Análise por Índices 11
3.8. Principais Índices 12
4. Análise Financeira
4.1. Análise Vertical e Horizontal - Balanço Patrimonial. 22
4.1.1. Análise Vertical e Horizontal - Balanço Patrimonial (ATIVO). 22
4.1.2. Análise Vertical e Horizontal - Balanço Patrimonial (Passivo) 23
4.2. Análise Vertical e Horizontal - Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)24
4.3. Análise Vertical e Horizontal - Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC). 25
4.4. Indicadores de Liquidez. 28
4.5. Indicadores de Endividamento. 29
4.6. Indicadores de Lucratividade. 30
4.7. Indicadores de Rentabilidade. 30
Conclusão 31
Referência Bibliográfica 32
Anexo 33
4
Introdução
Como todos sabemos, uma empresa tem que tomar várias decisões. Portanto,
as demonstrações financeiras são cruciais, pois fornecem métricas valiosas que
podem orientar a gestão da empresa. Essas demonstrações são abordadas nos
capítulos seguintes. As demonstrações financeiras são baseadas em documentos
que fornecem os fluxos contábeis e financeiros de uma empresa para um período
específico.
Normalmente, um balanço é apresentado anualmente. Por representar a
evolução contábil do patrimônio líquido, a lei exige que toda empresa elabore seu
balanço ao final de cada exercício. Esta é composta por três contas principais: por
um lado, o ativo e, por outro, estão registradas no passivo e no patrimônio líquido.
O principal objetivo deste trabalho é a análise financeira – análise horizontal,
vertical e de índices – das Demonstrações Contábeis publicados nos últimos 3
exercícios. Para fazer as análises necessárias das demonstrações contábeis de
uma empresa, o grupo teve como escolha a indústria alimentícia CAMIL, empresa
que é líder no beneficiamento, empacotamento, distribuição e comercialização de
arroz e feijão no Brasil e América do Sul.
A Indústria Farmacêutica ROCHE, ou, PRODUTOS ROCHE QUIMICOS E
FARMACEUTICOS S.A. , inscrita no CNPJ nº33.009.945/0001-23, com matriz
localizada em Avenida Eng Billings, número 1729, Jaguaré, na cidade de São
Paulo (SP), (CEP 05.321-900) tem como interesse principal a distribuição e
fornecimento de medicamento e utensílios médicos, na qual seu ramo iniciou-se
em 1972 no Brasil.
5
2. Desenvolvimento
2.1 Análise Setorial
2.1.1. Características
Para tomar melhores decisões e atuar com sucesso no mercado, as empresas
devem realizar análises setoriais de seus negócios. No caso da ROCHE, a análise
tem que ser feita na indústria farmacêutica.
A análise do setor inclui analisar as condições atuais do mercado e pensar sobre
as condições futuras, validando as condições econômicas, perspectivas e tendências
do setor.
A indústria farmacêutica também cresceu nos últimos anos à medida que as
pessoas consomem mais itens, como máscaras e álcool, devido aos costumes e aos
cuidados induzidos pela pandemia. Portanto, as empresas desses campos são
altamente relevantes para os eventos mundiais que estamos presenciando e devem
acompanhar o mundo em rápida mudança. Uma empresa que não evolui com o
desenvolvimento ou as necessidades da sociedade é considerada obsoleta.
2.1.2. Economia Brasileira e Internacional
O Brasil reflete as tendências internacionais de várias maneiras, especialmente no
setor farmacêutico. Esses segmentos são os que mais crescem no mundo. Como
todos sabemos, a economia tem oscilado ao longo dos anos, e os líderes empresariais
devem estar sempre atentos para não serem prejudicados por momentos indesejados.
Fundada na Suíça há 125 anos, ela possui uma longa história com filiais
espalhadas pelo o mundo, fornecendo empregos para mais de 100 países. Existem
filiais no Brasil, como São Paulo e Goiás. Por isso, a empresa deve se adequar à
economia brasileira e internacional, com representação em cada país.
De acordo com o Banco SENAI (2020), governos, famílias e empresas
desempenham um papel fundamental nas transações econômicas em que dinheiro
ou crédito são trocados por bens, serviços ou ativos financeiros.
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2.1.3. Potencial de Consumo
As vendas da divisão farmacêutica atingiram 3,5 bilhões de reais, um aumento de
2% em relação a 2020. Diabetes Care também registrou crescimento de vendas. Eles
foram 10% maiores do que em 2020 em 340,7 milhões de reais. Em relação a 2020,
a ROCHE cresceu 26,5%, com receita atingindo 852,6 milhões de reais.
A receita em 2021 foi impulsionada por terapias inovadoras, com vendas acima de
38,9% em relação a 2020. Os produtos que tiveram maior impacto nas vendas foram
Parjeta, Kadcyla, Tecentriq (câncer de mama, etc.), Ocrevus (esclerose múltipla),
Alecensa (câncer de pulmão). Inovação é a principal parte da receita da empresa no
Brasil, chegando a 1,396 bilhão de reais.
2.1.4. Perspectivas e Tendência do Setor
A Covid-19 afetou todos os setores da economia, mas em 2021 começam a surgir
sinais de recuperação financeira. A ROCHE encerrou o ano com crescimento em
todas as unidades de negócios. A receita combinada das três divisões foi de R$ 4,6
bilhões, um aumento de 4% em relação à divisão anterior. Globalmente, a receita da
ROCHE foi de CHF 62,8 bilhões, equivalente a R$ 347,7 bilhões.
A ROCHE espera que a pandemia seja gradualmente controlada como resultado
da vacinação e espera que as vendas de seus medicamentos e diagnósticos
relacionados à covid-19 diminuam globalmente. Mas no Brasil, as vendas de testes
usados para diagnosticar o coronavírus chegaram a 105 milhões de reais, alta de
7,1% em relação ao ano anterior.
Sendo assim, a indústria farmacêutica é uma das indústrias que mais cresceram
em 2021 – cerca de 15%. As perspectivas continuam positivas e vale a pena conhecer
mais sobre as principais tendências da indústria farmacêutica. Eles prometem
impactar as pessoas no espaço da saúde e, claro, os consumidores.
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2.2. Análise da Empresa
2.2.1. Características
A ROCHE é uma empresa privada, tem como missão empresarial fabricar,
comercializar, comprar, vender, importar, exportar e distribuir produtos químicos
orgânicos e inorgânicos, produtos farmacêuticos, produtos biológicos e antibióticos,
além de prestar serviços e assessoria técnica geral.
2.2.2. Concorrência
Os principais concorrentes diretos da ROCHE são Johnson & Johnson, Pfizer e
AbbVie, que continuam liderando o ranking das maiores empresas farmacêuticas do
mundo. A ROCHE segue em terceirolugar. A Pfizer registrou a maior receita de
qualquer empresa em 2020 e 2021, com um aumento maciço de 94%, faltando apenas
14% para passar a Johnson & Johnson e liderar o ranking, graças ao fornecimento de
testes e vacinas em meio à pandemia de COVID-19.
No entanto, pelo 13º ano consecutivo em 2021, a ROCHE foi nomeada uma das
empresas de saúde mais sustentáveis do mundo pelo Dow Jones Sustainability Index.
O ranking é baseado em uma análise criteriosa do desempenho econômico, social e
ambiental e é visto como referência para investidores que veem a sustentabilidade
como parte importante do modelo de negócios de uma empresa.
2.2.3. Tecnologia
A ROCHE é considerada a maior empresa de biotecnologia do mundo com
medicamentos verdadeiramente diferenciados em oncologia, imunologia, doenças
infecciosas, oftalmologia, doenças raras e do sistema nervoso central. Como pioneira
em medicina personalizada, a divisão ROCHE dedica-se ao desenvolvimento de
medicamentos biotecnológicos que atendem a necessidades médicas não atendidas,
como câncer de alto nível, doença de Alzheimer, esclerose múltipla, hemofilia e
doenças respiratórias.
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3. Fundamentação Teórica
3.1. Balanço Patrimonial
Representado pela sigla BP ou também chamado de “balanço contábil”, o balanço
patrimonial é a principal demonstração financeira de uma empresa. O BP é o relatório
criado com o intuito de representar o resultado de todos os movimentos financeiros
de uma companhia após um determinado período – que, geralmente, é de 1 ano.
Este registro apresenta todos os bens, investimentos e fontes de recursos. É uma
análise sincera da saúde financeira do seu negócio, detectando se ele está no
momento ideal para inovar e investir, ou pisar no freio e cortar gastos.
Seu objetivo é como uma grande foto da área financeira do seu negócio em um
determinado momento. É o que você precisa para analisar o comportamento do
dinheiro em sua empresa e entender o que ela precisa no momento.
A principal missão do balanço patrimonial é entender de onde vêm e para onde
vão os recursos financeiros recebidos pela empresa. Assim, o gestor pode tomar
decisões que tornem esta movimentação cada vez mais benéfica ao crescimento do
seu negócio.
Em um balanço patrimonial, o patrimônio líquido é equilibrado, equilibra bens e
direitos com as obrigações e interesses dos acionistas. Isso é igualdade justa. O BP
mostra o patrimônio de uma entidade quantitativa e qualitativamente (mostra cada
item que pertence ao patrimônio e quanto cada item possui).
A estrutura do Balanço Patrimonial se divide em duas colunas: A coluna esquerda
localiza os Ativos já a direita se localiza os Passivos. À esquerda se concentra todos
os bens e direitos detalhados, especificando qualitativamente todas suas contas e seu
valor monetário. À direita se concentra todas as obrigações com terceiros (Dívidas)
que são detalhados de acordo com sua natureza e sua atuação monetária.
À direita também localiza os saldos da conta patrimônio líquido, pois além de existir
obrigações com terceiros (que podem ser chamados de capital com terceiros), existem
o capital próprio, que é a obrigação para com a empresa. De modo geral, são recursos
que acionistas e sócios investem na entidade, como fundos aplicados, reservas de
lucros, etc.
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3.2. DRE (Demonstração do Resultado do Exercício)
A demonstração do resultado do exercício é uma demonstração contabilística
dinâmica que se destina a evidenciar a formação do resultado líquido devendo ter
alterações em um exercício, através do confronto das receitas, custos e resultados,
apuradas segundo o princípio contábil do regime de competência.
Como você pode ver acima, a DRE é um documento, geralmente em forma de
planilha, elaborado anualmente, detalhando o exercício da empresa do ponto de vista
contábil e patrimonial.
Podemos dizer que a DRE nada mais é do que um relatório elaborado para
fornecer informações sobre receitas, despesas, investimentos, custos e reservas de
uma organização da forma mais simples possível.
É um documento anual que é celebrado após o encerramento do exercício social
(com início em 1º de janeiro e término em 31 de dezembro) e tem como principal
objetivo distinguir o resultado do exercício corrente, que é o resultado líquido (receita
menos despesas) do ano.
Embora apenas a documentação anual seja obrigatória, algumas empresas
realizam o DRE mensalmente ou trimestralmente para manter os processos mais
organizados e utilizar os dados na tomada de decisões.
De acordo com a legislação, sete itens devem constar na DRE, incluindo a
previsão de pagamento do Imposto de Renda.
A DRE é elaborada com o balanço patrimonial e deve ser assinada por um
contador habilitado pelo CRC (Conselho Regional de Contabilidade). Por lei, todas as
empresas, exceto MEI, são obrigadas a apresentar relatórios e devem fazê-lo
anualmente (após o final do ano civil, ou seja, entre janeiro e dezembro do mesmo
ano). No entanto, a importância deste documento vai além do cumprimento das
exigências contábeis e fiscais. Ter esse controle também é fundamental para o
sucesso do seu negócio.
A DRE é um grande aliado para os empreendedores. Por isso, saber usá-lo é tão
importante para a gestão da sua empresa. O relatório compara os dados de receita e
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despesa de uma empresa, mostra o resultado final de seu desempenho e detalha
como a empresa realmente opera.
Ao usar esse controle também como relatório gerencial, você poderá avaliar como
está o financeiro da sua empresa, podendo usar essas informações para tomar
decisões que reduzam despesas e obtenham mais do seu negócio.
Não existe um modelo oficial de demonstração de resultados anual que uma
empresa deva usar. Mas há diretrizes na legislação que determinam o que cada DRE
deve incluir. De acordo com o artigo 187 da Lei 6.404, devem constar no DRE as
seguintes informações:
I - Receitas Brutas de vendas e serviços, deduções de vendas, abatimentos e
impostos;
II - Receitas Líquidas de vendas e serviços, custo dos produtos e serviços
vendidos e lucro bruto;
III - Despesas com vendas, despesas financeiras, deduzidas da receita, despesas
gerais e administrativas e outras despesas operacionais;
IV - Lucro e prejuízo operacional, outras receitas e outras despesas;
V - Resultados e provisões fiscais do exercício anterior ao imposto de renda;
VI - Debêntures, cotas de empregados, diretores e fundadores (mesmo na forma
de instrumentos financeiros) e participações de instituições ou fundos de pensão ou
de assistência a empregados, que não sejam despesas;
VII - Lucro ou prejuízo líquido do exercício e seu capital social por ação.
3.3. DFC (Demonstração de Fluxo de Caixa)
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) mostra as entradas e saídas de caixa
do período e os resultados desse fluxo.
11
Assim como a demonstração de resultados, a DFC é uma demonstração dinâmica
que deve ser incluída no balanço patrimonial, tornando-se obrigatória para todas as
companhias abertas ou cujo patrimônio líquido ultrapasse R$ 2 milhões.
De acordo com a Lei nº 11.638/2007, essa obrigatoriedade entrou em vigor a partir
de 1º de janeiro de 2008 e, portanto, tornou-se mais um importante relatório para as
decisões da administração.
O DFC também é obrigatório para Pequenas e Médias Empresas (PMEs) nos
termos do item 3.17 (e) da NBC TG 1000. Assim, independentemente do tipo de
empresa, as entidades devem apresentar esta declaração pelo menos uma vez por
ano, caso sejam necessárias. Elaboração de demonstrações financeiras ("balanço
patrimonial").
Portanto, o objetivo da DFC é analisar a capacidade que uma empresa possui para
a geração de caixa equivalente ao longo de um dado período, mostrando, dessa
forma, como anda a saúde financeira de uma empresa, bem como detectar possíveis
erros contábeis ou fraudes no caixa.3.4. Apresentação do relatório de Fluxo de Caixa
Seguindo as tendências internacionais, o fluxo de caixa pode ser incorporado às
demonstrações contábeis tradicionalmente emitidas pelas empresas. Basicamente, o
relatório de fluxo de caixa deve ser dividido em três áreas principais:
Atividades operacionais;
Atividades de investimento;
Atividades Financeiras.
As atividades operacionais são explicadas em termos de receitas e despesas
geradas pela industrialização, comercialização ou serviços da empresa. Essas
atividades dizem respeito ao capital de giro líquido da empresa.
As atividades de investimento referem-se às despesas incorridas com ativos de
longo prazo, investimentos, ativo imobilizado ou intangível e receitas de alienação de
ativos registradas nos subgrupos de contas acima.
12
As atividades de financiamento são recursos oriundos do passivo não circulante e
do patrimônio líquido. Empréstimos e empréstimos de curto prazo devem ser incluídos
aqui. A saída representa a amortização desses passivos e valores pagos aos
acionistas a título de dividendos e participação nos lucros.
3.5. Notas Explicativas
O artigo 176, § 4º, da Lei nº 6.404/1976 (Lei S/A) regulamenta a emissão de notas
explicativas às demonstrações financeiras, assim transcritas: “Estas demonstrações
serão complementadas por notas explicativas e outras demonstrações de análise ou
demonstrações financeiras onde o esclarecimento é necessário Equidade e
Resultados Anuais”.
As notas destinam-se a fornecer informações necessárias para esclarecer uma
posição patrimonial, ou seja, uma conta, saldo ou transação, ou valor em relação ao
desempenho anual, ou para se referir a fatos que podem alterar essa posição
patrimonial no futuro.
As notas explicativas podem ser relevantes para qualquer outra demonstração
financeira, como Demonstração do Valor Adicionado - DVA ou Fluxo de Caixa.
3.6. Análise Vertical e Horizontal
A análise vertical e horizontal do balanço de uma empresa é uma ferramenta de
controle que aumenta a visibilidade das condições do negócio e melhora a tomada de
decisões. Podemos dizer que mostra a viabilidade da organização porque facilita uma
visão de longo prazo da situação financeira.
Por meio dessa análise, também é possível avaliar a representatividade e evolução
de indicadores importantes como endividamento, geração de receita, saldos a receber
e a pagar e outras contas que afetam o patrimônio de uma organização. Como
resultado, o monitoramento diário das operações pode ser realizado com mais
eficiência e os problemas potenciais podem ser diagnosticados e corrigidos
rapidamente.
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A principal diferença entre a análise vertical e a análise horizontal é o período de
análise. Em primeiro lugar, a avaliação visa verificar o desempenho de diferentes
contas ou grupos de contas no mesmo período de análise. A outra é usada para fazer
a comparação entre períodos diferentes, considerando as mesmas contas.
3.7. Análise por Índices
Este é o processo analítico mais utilizado pelos analistas de balanço porque
fornece uma visão global da economia real e da situação financeira. Extraia índices
de demonstrações financeiras comparando contas ou grupos de contas.
Além de poder acompanhar o desempenho de uma empresa no médio e longo
prazo, as métricas financeiras são informações absolutamente vitais para ajudar a
planejar e desenvolver novas estratégias em um ambiente de negócios.
Os dados derivados de métricas financeiras podem fornecer uma visão mais clara
dos principais pontos fortes e fracos de sua empresa. É sobre o que traz maiores
retornos e o que gera mais taxas.
3.8. Principais índices
Índices de Endividamento
Através desses índices, é analisado o grau de endividamento de uma entidade,
calculando quanto do capital próprio que está sendo financiado por capital de
terceiros.
Índice de Endividamento Total
Esse índice determina o endividamento da empresa (passivos circulantes e não
circulantes) em relação ao ativo total.
Se esse indicador for maior do que 1, indica que o passivo exigível é maior que o ativo,
caracterizando uma situação patrimonial negativa.
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Índice de Participação de Capital de Terceiros
Também chamado de Grau de Endividamento, ele demonstra quanto do capital de
terceiros (passivo exigível) foi obtido por cada unidade monetária de capital próprio
(patrimônio líquido).
Quanto maior esse indicador, pior para empresa.
Índice de Garantia de Capital de Terceiros
É o inverso da situação acima, sendo calculado através da relação entre os recursos
próprios e os recursos de terceiros.
Índice de Participação de Capital Próprio
O Índice de Participação de Capital Próprio, ou Índice de Participação do Patrimônio
Líquido, estabelece quanto do ativo total (circulante e não circulante) está sendo
financiado pelo capital próprio.
Composição do Endividamento
Esse índice estabelece a proporção das dívidas de curto prazo (circulantes) em
relação às dívidas totais.
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Imobilização do Patrimônio Líquido
Também conhecido por Imobilização do Capital Próprio, o Índice de Imobilização do
Patrimônio Líquido reproduz a parcela do Patrimônio Líquido que é utilizada no
investimento do Ativo Não Circulante (Imobilizado, Investimento e Intangível).
Quanto menor esse índice, ou seja, quanto menor a parcela do PL no financiamento
do ANC, maior será a parcela para o financiamento do AC, reduzindo a sua
dependência de capital de terceiros. Ou seja, quanto menor esse indicador, melhor
para a empresa.
Imobilização do Investimento Total
Esse índice indica a parcela do Ativo Total que é utilizada no investimento do Ativo
Não Circulante (Imobilizado, Investimento e Intangível).
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Imobilização dos Recursos não Correntes
Semelhante aos dois índices anteriores, esse indicador revela quanto dos seus
recursos não correntes, representados pelo PL e pelo PNC, foi imobilizado no ativo
através dos Intangíveis, dos Investimentos e dos Imobilizados.
Índices de Liquidez
Os Índices de Liquidez, também conhecidos como Índices de Solvência, são utilizados
para medir o grau de capacidade da empresa em honrar os seus compromissos e
pagar as suas dívidas.
Índice de Liquidez Total ou Geral
O Índice de Liquidez Total revela a capacidade da entidade em pagar as suas
obrigações totais com os seus recursos de curto e longo prazo.
Quanto maior esse indicador, melhor, sendo que, se ele for maior do que 1, indica que
a empresa possui condições de quitar a totalidade das suas obrigações.
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Índice de Liquidez Corrente
O Índice de Liquidez Corrente informa a capacidade que a entidade possui em honrar
os seus compromissos de curto prazo com os seus recursos de curto prazo.
Índice de Liquidez Imediata
Esse índice corresponde à capacidade da empresa em pagar seus compromissos de
curto prazo apenas com as suas disponibilidades (caixa e equivalente caixa).
Índice de Liquidez Seca
Conhecido também como Teste Ácido, ele analisa a capacidade que a entidade possui
em liquidar suas dívidas de curto prazo com os seus recursos de curto prazo,
desconsiderando os estoques.
A banca CEBRASPE já adotou o entendimento de alguns autores que também
desconsideram as Despesas Antecipadas, sendo utilizada a seguinte fórmula:
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Índice de Solvência ou Margem de Garantia
Esse índice indica se uma empresa está em situação de solvência, através da relação
do seu ativo total e o capital total de terceiros (passivo exigível). Caso esse indicador
seja maior do que 1, a entidade é considerada solvente, caso seja menor do que 1, a
sua situação é desfavorável, possuindo passivo a descoberto.
Índices de Lucratividade(Índices de Margem)
Esses indicadores estabelecem o quanto a empresa é capaz de lucrar através das
suas vendas líquidas.
Margem bruta
É obtida através da relação entre o lucro bruto e as vendas líquidas de uma entidade.
Quanto maior essa relação, mais eficiente é a empresa em converter as suas vendas
em lucro bruto.
Margem Líquida
Esse indicador estabelece a participação do lucro líquido nas vendas líquidas da
empresa.
19
Margem Operacional
Por fim, essa margem determina o lucro operacional líquido da empresa em relação
a suas vendas líquidas.
Índices de Rentabilidade
Os índices presentes nesse grupo trazem como resultado a rentabilidade de uma
entidade. Em outras palavras, eles indicam o retorno obtido pela empresa através dos
recursos que são aplicados. De uma maneira geral, quanto maiores esses
indicadores, melhor para a empresa.
Índice de Retorno do Ativo (ROA)
Esse indicador, também conhecido como Rentabilidade do Ativo, demonstra a
rentabilidade do lucro líquido do exercício da empresa em relação aos recursos
aplicados (ativo total ou ativo médio).
Índice de Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE)
Já esse índice relaciona o lucro líquido com o capital próprio da empresa (PL). Desse
modo, quanto maior esse indicador, maior a geração de valor para o acionista.
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Giro do Ativo
O giro do ativo é a relação entre as vendas líquidas e o ativo total (ou ativo médio),
explicitando o valor das vendas realizadas pela entidade em relação a cada real de
recurso investido.
Índices de Rotatividade
Os índices de rotatividade evidenciam o tempo médio das principais operações do
ciclo operacional de uma empresa. Eles possuem como resultado número de dias.
Prazo Médio de Recebimento de Vendas – PMRV
Esse índice determina a média do tempo necessário para que a empresa receba os
valores das vendas efetuadas a prazo.
Quanto menor esse prazo de recebimento dos valores pendentes, melhor para a
empresa.
Prazo Médio de Renovação dos Estoques – PMRE
Através desse indicador, é evidenciado o prazo médio em dias para que a entidade
venda todo o seu estoque de produtos e mercadorias, a partir do momento de sua
aquisição.
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Quanto menor esse prazo, melhor para a empresa, visto que a venda das mercadorias
será mais rápida.
Prazo Médio de Pagamento de Compras (ou Fornecedores) – PMPC
Esse indicador determina o tempo médio que a empresa leva para pagar suas
compras realizadas a prazo de produtos e mercadorias dos seus fornecedores.
Diferentemente dos dois prazos acima, nesse caso, quanto maior, melhor para os
fluxos de caixa da empresa.
Grau de Alavancagem Financeira
Esse índice mede o aumento da rentabilidade do capital próprio de uma empresa
através do seu endividamento por meio de capital de terceiros.
Caso o valor acima seja maior do que 1, significa que a alavancagem financeira é
favorável. Caso seja menor do que 1, ela é desfavorável. Se for igual a 1, a
alavancagem é nula.
22
4. Análise Financeira
4.1. Análise Vertical e Horizontal - Balanço Patrimonial
4.1.1. Análise Vertical e Horizontal - Balanço Patrimonial (ATIVO)
23
4.1.2. Análise Vertical e Horizontal - Balanço Patrimonial (Passivo)
24
4.2. Análise Vertical e Horizontal - Demonstração do Resultado do
Exercício (DRE)
25
4.3. Análise Vertical e Horizontal - Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC)
26
27
28
4.4. Indicadores de Liquidez
Indicadores de Liquidez
Liquidez Corrente -
(Ativo Circulante / Passivo Circulante)
2020 2,3275
2021 3,6730
2022 3,9134
Liquidez Imediata -
(Disponível / Passivo Circulante)
2020 0,5322
2021 0,7522
2022 0,6479
Liquidez Seca -
((Ativo Circulante - Estoque) / Passivo
Circulante)
2020 1,3953
2021 2,3679
2022 2,4898
Liquidez Geral -
((AC + RLP) / (PC + ELP))
2020 2,3804
2021 3,4321
2022 3,6146
29
4.5. Indicadores de Endividamento
Indicadores de Endividamento
Indicador de Endividamento Geral -
((PC + ELP) /
Ativo
T
otal)
2020 36,84%
2021 25,48%
2022 24,30%
Composição do Endividamento -
PC / (PC + ELP)T
otal)
2020 89,02%
2021 85,11%
2022 85,88%
Participação de Capital de T
erceiros -
(PC + ELP)
/ PL
2020 58,32%
2021 34,18%
2022 32,10%
Imobilizado do PL -
Ativo Permanente / Patrimônio
Líquido/ PL
2020 19,50%
2021 16,86%
2022 16,08%
Imobilização dos Recursos a Longo Prazo -
AP
/ (ELP
+ PL)
2020 18,32%
2021 16,04%
2022 15,39%
30
4.6. Indicadores de Lucratividade
Indicadores de Lucratividade
Margem de Lucro Líquido -
(Lucro Líquido / Receita
Bruta) x 100
2020 14,27
2021 18,89
2022 20,54
Margem de Lucro Bruto -
(Lucro Bruto / Receita Bruta)
x 100
2020 34,80
2021 36,58
2022 38,49
4.7. Indicadores de Rentabilidade
Indicadores de Rentabilidade
Giro do
Ativo -
Receita Líquida /
Ativo total
2020 1,4104
2021 1,4756
2022 1,5206
ROE -
(Lucro Líquido / Patrimônio líquido) x 100
2020 31,87%
2021 37,41%
2022 41,26%
ROA
-
(Lucro Líquido /
Ativo T
otal) x 100
2020 20,13%
2021 27,88%
2022 31,24%
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Conclusão
Com base na pesquisa realizada na empresa ROCHE, observamos e
analisamos todas as suas demonstrações financeiras. Conseguimos entender a
importância de obter fatos e informações relevantes a partir dele. As demonstrações
financeiras são analisadas com base nos fatos à medida que surgem.
Por meio dessas disciplinas, você pode conhecer os métodos de análise
horizontal e vertical das demonstrações financeiras e a análise por meio de
indicadores (índice de liquidez, índice de passivo e estrutura de capital, índice de
atividade, índice de rentabilidade e índice de fluxo de caixa) nos anos de 2019, 2020
e 2021.
É possível perceber uma diminuição sutil de seu Capital Próprio e também a
orientamos nossa dívida de longo prazo, o que é importante porque a empresa poderá
continuar suas atividades sem ter que cumprir tantas obrigações de curto prazo. No
entanto, houve aumento na conta de capital de terceiros, principalmente para
arrendamentos de direito de uso de curto e longo prazo. Seus ativos permaneceram
estáveis e positivos, com um número bem relevante e considerável de seu capital
circulante líquido (CCL) o mesmo acontece em sua margem de lucro.
Seu índice de atividade também nos chamou atenção, devido ao curto prazo
de pagamento e longo prazo de recebimento e isso é um conflito financeiro que
ocasiona um problema futuro. Por mais que a empresa tenha altos índices de liquidez
e rentabilidade ela apresenta uma deficiência em seu ciclo financeiro e operacional.
Analisando a Demonstração dos fluxos de caixa, consegue-se visualizar uma
queda em 2021 referente a 2020 e 2019, em 2021 tornando-se um saldo negativo.
Isso está atrelado a grande pagamento de dívidas feita no ano de 2020.
Portanto, pode-se concluir que o objeto da análise financeira é uma forma de
olhar a empresa como um todo, que auxilia na tomada de decisões futuras, e esses
métodos são muito importantes. Sem essas ferramentas e uma análise mais
aprofundada da empresa e seus demonstrativos, seria impossível determinar a saúde
financeira de uma empresa, para que possamos planejar todo o seu trajeto até a
realização dos fatos contabilizados, sendo positivos ou negativos para a empresa.
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Referência Bibliográfica
file:///C:/Users/Game/Downloads/roche1561913326042022.pdf
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https://www.sanarsaude.com/portal/carreiras/artigos-noticias/5-tendencias-no-setor-
farmaceutico-para-2022
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