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MICOSES SUPERFICIAIS E PROFUNDAS - DERMATOFITOSES, QUERATOFITOSES, CANDIDA

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- Eucariontes: possuem núcleo 
organizado, com material genético 
dentro da carioteca. 
- Uni ou pluricelulares: os 
unicelulares se apresentam como 
leveduras, e os pluricelulares como 
filamentos ou micélios. 
- Reprodução sexuada ou assexuada: 
se reproduzem de modo sexuado, 
mas também por brotamento. 
 
OS FUNGOS PRODUZEM ESPOROS 
- SEXUADOS: zigósporos, ascósporos, 
basidiósporos, oósporos 
- ASSEXUADOS: esporangiósporo e 
conídios 
 Esporangiósporo Conídio 
 
 
 
 
 
 
MORFOLOGIA 
Leveduras: 
- Não formam hifas 
- Podem formar pseudo-hifas 
- Reproduzem por brotamento 
 
 
Filamentosos: 
- Formam hifas 
- Formam micélios (conjuntos de 
hifas semi-septadas) 
- Reproduzem de modo sexuado e 
assexuado 
- Formam bolores, cogumelos 
 
Dimorfo: 
- Fungos que conseguem mudar sua 
morfologia, variando de filamentoso 
para levedura e vice-versa. 
 
 
 
Micoses superficiais: 
- Representadas pelas 
QUERATOFITOSES 
- Afetam a camada córnea e a 
haste livre dos pelos. 
- Poupam mucosa (exceto 
candida) 
 
Micoses cutaneas: 
- Representadas pelas 
DERMATOFITOSES 
- Afetam a camada córnea, a 
haste livre dos pelos e as 
unhas. 
 
 
 
Fungo: Malassezia furfur 
Morfologia: levedura lipofília 
Transmissão: microbioma da pele 
Fisiopatologia: produz ácido azelaico 
que inibe a tirosinase, inibindo a 
produção da melanina. 
 
 LESÃO : maculas múltiplas, muitas 
vezes confluentes, de cor variável 
(hipocromicas, eritematosas, 
hipercromicas-acastanhadas) com 
descamação fina (furfurácea ao 
teste de besnier) 
 
 
 AVALIAÇÃO : 
- Sinal de Zileri+ 
 
- Sinal de Besnier+ 
 
- Luz de Wood: rosea-dourada 
 
 O Malassezia furfur possui 
lipofilia, logo predomina em áreas 
com quantidade grande de glândulas 
sebáceas (tronco, couro cabeludo, 
membros superiores) e em pessoas 
na puberdade, devido à ativação 
hormonal das glândulas. 
 
 DIAGNÓSTICO : 
Exame micológico direto por raspado 
das lesões em KOH 10% 
 
ACHADO: aspecto leveduriforme com 
pseudo-hifas 
 
 
 TRATAMENTO : 
- Sulfato de selênio xampu 
Nas lesões e no couro cabeludo por 1 
mês 
 
-Cetoconazol (2%) – creme e xampu 
-Isoconazol (1%) - loção 
-Tioconazol (1%) – loção 
Por 1 mês 
 
SISTEMICO: para casos refratários, 
com itraconazol, cetoconazol, 
fluconazol 
 
Fungo: Hortae werneckii 
Morfologia: filamentoso demáceo 
Fisiopatologia: produz melanina 
 
 LESÃO : maculas, muitas vezes 
palmares, mas podendo acometer 
planta dos pés, hipercromicas 
enegrecidas ou acastanhadas. 
 
 
 DIAGNÓSTICO : 
Exame micológico direto por biópsia 
das lesões em KOH 10% 
 
ACHADO: hifas escuras e septadas 
 
 
TRATAMENTO : 
- Cetarolítico (ácido salicílico 0,1%) 
- Antifungico tópico: cetoconazol, 
tioconazol, isoconazol 
Continuar por 2 semanas pós-cura 
clinica 
 
 
 
 
 
Fungo: Piedraia hortae 
Morfologia: filamentoso demáceo 
Fisiopatologia: produz melanina 
 
 LESÃO : nódulos enegrecidos em 
haste externa de pelos 
 
 
DIAGNÓSTICO : 
Encontro dos nódulos em região de 
pelos e cabelos 
 
TRATAMENTO : 
- Tricotomia total 
- Antifungicos tópicos 
 
Fungo: Trichosporum beigelii 
Morfologia: leveduriforme 
 
 LESÃO : nódulos esbranquiçados, 
moles e facilmente removíveis em 
regiões de pelos e cabelos. 
Semelhantes a caspa. 
 
DIAGNÓSTICO : 
Encontro dos nódulos em região de 
pelos e cabelos 
 
TRATAMENTO : 
- Tricotomia total 
- Antifungicos tópicos (imidazólicos) 
 
 
 
 São fungos que invadem a 
camada córnea da pele e precisam 
de queratina, afetando pelos, pele e 
unhas. 
 Seus antígenos estimulam 
resposta inflamatória. 
 
GENEROS PRINCIPAIS 
- Microsporum 
- Trichophyton 
- Epidermophyton 
 
TRANSMISSÃO 
- Geofílicos (solo) 
- Antropofílicos (humano) 
- Zoofílicos (animais) 
 
 Por contato direto ou por 
exposição à fomites (sapatos, 
banheiros públicos). 
 Os esporos assexuados são 
fontes de contágio. Encontrando os 
queratinócitos e evoluindo para 
micélio. 
 
DIAGNÓSTICO 
MICOLÓGICO DIRETO COM 
RASPAGEM DA LESÃO EM MEIO 
KOH 10% 
 
 
 
 
 
 
 
ACHADO: hifas e conidióforos 
 
 
CULTURA EM AGAR SABOURAUD 
Identificação da espécie 
 
É uma dermatofitose associada ao 
couro cabeludo 
 
Fungo: Trichophyton ou microsporum 
Morfologia: filamentoso 
 
- É mais comum em crianças, pois a 
partir da adolescência, o estimulo 
das glândulas sebáceas produzem 
ácidos graxos que protegem o 
cabelo. 
 
Existem dois tipos de tinea captis: 
Tonsurante e flávica (flavo de mel) 
 
TINEA CAPTIS TONSURANTE 
Espécies: 
- Microsporum canis (zoofilico) 
- Tricophyton tonsurans (antropo) 
- Tricophyton rubrum (antropo) 
 
 LESÃO : alopecia focal única 
(microspórica) ou múltipla 
(tricofítica) associada ou não a 
eritema e descamação. 
 
 
 
 
 
Microsporica Tricofítica 
 
 
 AVALIAÇÃO : 
- Luz de Wood: 
esverdeado 
(microsporica) 
 
 
TRATAMENTO : 
- Griseofulvina VO 
- Terbinafina VO 
 
TINEA CAPTIS FÁVICA (favo) 
Espécies: 
- Trichophyton Schoenleinii 
(antropofilico) 
 
 LESÃO : crostas em formato de 
favo de mel, em regiões peribulbares 
dos cabelos, associada a descamação 
e supuração. Chamadas de GODET 
(patognomonico) ou escútula. 
 
 
 AVALIAÇÃO : 
- Luz de Wood: 
verde-palha 
 
 
 
 
TRATAMENTO : 
- Griseofulvina VO 
- Terbinafina VO 
 
Espécies: 
- Trichophyton rubrum 
(antropofílico) 
- Trichophyton mentagrophytes 
(zoofílico) 
- Trichophyton gypseum (geofílico) 
 
 LESÃO : Pode ser tipo inflamatória 
(semelhante a Kerion celcis), herpes 
cincinado (vesículas, 
eritematocrostosa, pus) ou 
sicosiforme (pústulas pilosas que 
descamam) 
 
 
Espécies: 
- Trichophyton rubrum 
- Microsporum canis 
- Epidermophyton floccosum 
 
CONHECIDA COMO impingem 
 
 LESÃO : Pode se apresentar como 
placas, vesículas, anulares. Possuem 
caráter circinado, bordos bem 
definidos, centrípeto, e 
PRURIGINOSAS. Podem descamar 
 
 
 TRATAMENTO : 
- TÓPICOS: isoconazol, tioconazol, 
terbinafina 
- VO: Terbinafina VO, cetoconazol, 
itraconazol, fluconazol 
 
Espécies: 
- Trichophyton rubrum 
- Epidermophyton floccosum 
- Trichophyton mentagrophytes 
 
 LESÃO : lesão eritemato 
descamativa em região inguino 
crural e perineal, poupando escroto. 
 
 
 TRATAMENTO : 
- TÓPICOS: isoconazol, tioconazol, 
terbinafina 
- VO: Terbinafina VO, cetoconazol, 
itraconazol, fluconazol 
 
Espécies: 
- Trichophyton rubrum 
- Epidermophyton floccosum 
- Trichophyton mentagrophytes 
 
TINEA PEDIS (pé de atleta/frieira) 
 LESÃO : lesão descamativa, fissura, 
eritematodescamativa, em região 
intertriginosa de pododáctilos ou em 
formato de mocacim. 
 
 
 
 TRATAMENTO : 
- TÓPICOS: isoconazol, tioconazol, 
terbinafina 
- VO: Terbinafina VO, cetoconazol, 
itraconazol, fluconazol 
 
TINEA MANUUM 
 LESÃO : lesão descamativa, fissura, 
eritematodescamativa, em região 
intertriginosa de quirodáctilos 
unilateralmente. 
 
 TRATAMENTO : 
- SISTEMICO: terbinafina, 
itraconazol, cetoconazol, fluconazol 
por 6 semanas 
 
Espécies: 
- Trichophyton rubrum 
- Epidermophyton floccosum 
- Trichophyton mentagrophytes 
 
 LESÃO : unhas amarelo-
esverdeadas, hiperqueratose, 
espessadas, aumento de sulcos, 
onicólise 
 
 
TRATAMENTO : 
SISTEMICO: sempre preferível, pois 
os tópicos penetram pouco na pele. 
 
- PÉS: 3-4 meses 
- MÃOS: 6 semanas 
 
itraconazol 200mg/dia 2x ao dia 
terbinafina 250mg/dia 
fluconazol 150mg/semana 
 
TÓPICO: usado em associação ao 
sistêmico. (amorolfina 5% esmalte, 
ciclopiroxolamina 8% em esmalte) 
 
 
 
Fungo: gênero Candida 
Espécies: Albicans (70-80%) 
Morfologia: leveduriforme 
 
Participa do microbioma da pele e 
mucosas, e se manifesta por queda 
da barreira e/ou da imunidade 
 
DIAGNÓSTICO : 
Exame micológico direto por raspado 
ou biópsia das lesões em KOH 10% 
 
ACHADO: aspecto leveduriforme com 
pseudo-hifas 
 
 
 Predomínio em crianças, 
pessoas imunossuprimidas e em 
usuários de corticoides inalatório. 
 
 LESÃO : placas cremosas 
esbranquiçadas, circulares e 
confluentes, facilmente removíveis 
com espátula. 
 
TRATAMENTO : 
- Desinfecção de chupetas e 
mamadeiras 
- Nistatinasuspensão oral em 
bochecho e ingestão 
 
VULVOVAGINITE 
 LESÃO : placas cremosas 
esbranquiçadas ou eritematosas, 
circulares em vulva e mucosa 
vaginal, associada a 
- Leucorreia 
- Prurido 
 
TRATAMENTO : 
- Nistatina creme vaginal 
- Imidazólicos creme 
 
BALANOPOSTITE 
 LESÃO : lesões eritematoerosivas 
em glande e eritema e edema em 
prepúcio, com ou sem 
esbranquiçamento, associado a 
- Prurido 
- Ardencia 
 
 
TRATAMENTO : 
- Banho com permanganato de 
potássio 1:10.000 
- Imidazólicos creme 
 
 Predomínio em dobras, 
inguinais, interglutea, submamária, 
axilar. 
 
 LESÃO : lesões eritematosas, 
exsudativas, úmidas, associada a 
fissuras ou erosões, com LESÕES 
SATELITES 
 
TRATAMENTO : 
- Creme imidazólico 
 
 
 
 
 
 Ocorrem pelo acumulo de urina 
e fezes, devido a umidade. 
 
 LESÃO : lesões eritematosas, 
pustulosas associadas a LESÕES 
SATELITES 
 
 
 Comum por infecção após 
manicure e pedicure, ou por contato 
constante com água. 
 
 LESÃO : lesões eritematosas, 
edemaciadas, típicas de uma 
paroníquia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CERATOFITOSES 
Ptiriase 
versicolor 
Malassezia fufur 
Levedura 
Zileri+, Wood rósea-
dourada, Bernier+ 
Tinea negra 
 
Hortae werneckii 
Filamentoso 
Palmas das mãos 
Piedra negra 
 
Piedraia hortae 
Filamentoso 
Fios do cabelo 
Piedra branca 
Trichosporun 
bergelii 
Levedura 
Fios do cabelo 
DERMATOFITOSES 
Tinea capitis 
tonsurada 
Microsporum 
canis 
Filamentoso 
Lesão única 
Wood esverdeado 
Trichophytom 
rubrum 
Trichophytom 
Tonsurans 
Filamentoso 
Lesão múltipla 
Wood negativo 
Tinea capitis 
fávica 
Trichophyton 
schoenleinii 
Filamentoso 
Lesão em favo 
Wood verde-palha 
Tinea unguium 
Trichophyton 
rubrum 
Epidermophyton 
floccosum 
 
Filamentoso 
Unhas 
hiperqueratóticas, 
amarelo-esverdeadas, 
onicólise 
Tinea cruris 
Trichophyton 
rubrum 
 
Filamentoso 
Placas 
eritematosas, 
pruriginosas e que 
polpam escroto 
Tinea corporis 
Trichophyton 
rubrum 
Filamentoso 
Placas, vesículas ou 
anéis, pruriginosos 
e bem delimitados 
Tinea 
pedis/manuum 
Trichophyton 
rubrum 
Filamentoso 
Descamativas em 
mocacim e bem 
delimitadas 
CANDIDOSE Candidíase Candida Albicans 
Levedura 
Lesões satélites 
 Nesse grupo, entram as 
micoses subcutâneas e as micoses 
sistêmicas. 
 
 
Micoses subcutâneas 
 
 
 
Fungo: Fonsecaea pedrosoi e 
Cladosporium carrionii 
Morfologia: dimorfo demáceo 
Transmissão: inoculação direta na 
pele e subcutâneo 
 
 É um fungo presente na 
superfície do solo e vegetais, em 
áreas rurais. 
A disseminação pode ser por 
contiguidade, autoinoculação e 
raramente por via linfática e 
hemática. 
 
 LESÃO : Placas, nódulos, 
tumorações, cicatrizes e 
verrucosidades. As lesões são 
polimórficas, apresentando múltiplas 
características, geralmente 
unilaterais e nos membros inferiores. 
Podem apresentar infecção 
bacteriana e evoluir para fibrose. 
 Além disso, uma característica 
típica são os black dots de 
eliminação transepitelial fungica. 
 
 
 
 
 
 
 DIAGNÓSTICO : 
Exame micológico direto por raspado 
das lesões em KOH 10% 
 
ACHADO: corpos muriformes isolados 
ou agrupados, pigmentados 
 
 
Cultura 
Macroscopia: 
forma de bolor 
típica de fungo 
negro, com 
aspecto marrom-
escuro ou negro. 
Microscopia: hifas 
septadas, com 
conidióforos 
diferentes para 
cada espécie. 
Histopatologia 
- Granulomas supurativos 
- Granulomas tuberculoides 
- Corpos muriformes dentro dos 
granulomas 
 
 
 TRATAMENTO : 
Forma localizada 
- Criocirurgia com nitrogênio líquido 
- Laser de CO2 
- Cirurgia por exérese 
 
Forma extensa 
- Imidazolicos sistêmicos 
(itraconazol, terbinafina) 
- Terapeutica combinada 
 
 
 
 Doença causada por múltiplas 
espécies de fungos demáceos. A 
forma infectante é filamentosa. 
 
Fungo: 
Exophiala jeanselmei 
Bipolaris sp. 
Cladosporium bantiasenum 
Morfologia: dimorfo demáceo 
Transmissão: inoculação direta na 
pele e subcutâneo, e por inalação 
pulmonar 
 
 
 
 LESÃO : a lesão pode ser cutânea, 
mucosa, pulmonar e evoluir até para 
o sistema nervoso central por via 
hematogênica. Geralmente 
apresenta-se sob a forma de 
abcessos, cistos, com material 
supurativo, que pode drenar em 
ulceras, pouco dolorosos. 
 
 
 DIAGNÓSTICO : 
Exame micológico direto por raspado 
das lesões em KOH 10% 
ACHADO: hifas septadas típicas de 
forma filamentosa (hifas), mas com 
caráter demáceo (escuras) 
 
 
Cultura 
Exophiala jeanselmei 
Macroscopia: 
colônia lisa creme, 
que evolui pra 
algodonosa 
cinzentada 
Microscopia: hifas 
septadas e escuras 
com conídios 
elípticos 
 
 
Histopatologico 
- Hifas septadas em meio exsudativo 
e inflamatório em área de abcesso 
 
 
TRATAMENTO : 
Exésere quando possível ou 
imidazólico sistêmico. 
 
 
 
Fungo: 
Sporothrix schenckii 
Morfologia: dimorfo demácio 
Transmissão: inoculação direta na 
pele e subcutâneo, arranhadura do 
gato, mordedura do cachorro 
 
 LESÃO : 
- Cutaneo-linfática: forma mais 
comum, aspecto nodular salteado, 
podendo ulcerar no local da 
inoculação (cancro esporotricótico). 
As lesões são salteadas em forma 
de rosário. 
 
- Cutaneo-localizada: lesão única ou 
múltipla, com aspecto que varia em 
papulonodular (semelhante a acne 
ou furunculo), verrucoso ou ulcerado 
(ulceras irregulares com gomas 
satélites) 
 
 
- Cutaneo-disseminada: gomas ou 
nódulos de modo disseminado pela 
pele, que podem ulcerar 
 
- Extracutanea: pode atingir o 
pulmão, ossos, articulações, por 
inalação ingestão ou disseminação 
hematogenica. 
 
DIAGNÓSTICO : 
Cultura 
É o preferencial 
Macroscopia: 
aspecto castanho-
enegrecido 
 
Microscopia: hifas 
septadas na forma de micélio ou 
pseudo-hifas em forma 
leveduriforme 
 
Micológico direto 
NÃO SE CORA COM KOH 
Se cora apenas com PAS, GOMORI 
e HEMATOXICILINA-EOSINA 
ACHADO: formato de charuto 
 
Histopatológico 
- Fungos em charuto 
- Corpos em asteroide com infiltrado 
eosinofílico 
 
 
Teste da esporotriquina 
- Identificar reação inflamatória por 
intradermorreação; 
- Pouco específico, pois indivíduos 
normais podem apresentar 
 
TRATAMENTO : 
- Iodeto de potássio VO 
- Imidazólicos e anfotericina B VO 
 
 
 
Fungo: 
Lacazia loboi 
Morfologia: dimorfo (ainda não 
cultivado) 
Transmissão: inoculação direta na 
pele e subcutâneo advindo do solo, 
vegetais e rios 
 
 Essa doença já foi descrita em 
golfinhos, o que pode explicar a 
transmissão pela água também. 
 
 LESÃO : 
 As lesões podem ser com 
características nodulares, 
infiltrativas, placas nodulares, 
verrucosas, queiloidianas, gomas e 
até ulcerar. Podem ser pruriginosas, 
arder e até possuir hipoestesia. 
Predomina em áreas expostas, como 
as orelhas. 
 
 
 DIAGNÓSTICO : 
Micológico direto KOH 10% 
ACHADO: leveduras em cadeias 
(muitas vezes em colar de contas) 
 
 
Histopatológico 
- Granulomas, rico em Lacazia loboi 
 
TRATAMENTO : 
- Exerese, eletrocoagulação e 
criocirurgia 
- clofazimina + itraconazol (não tem 
tanto efeito, mas é tentado) 
- Posaconazol teve efeito bom para 
os casos no pavilhão auditivo 
 
Micoses sistemicas 
 
 
 
Fungo: 
Paracoccidioides brasiliensis 
Paracoccidioides lutzii 
Morfologia: termodimorfo 
(27ºC: filamentoso | 37ºC: levedura) 
Transmissão: via inalatória 
 
Esse fungo é um fungo saprófita, 
que vive no solo, e pode infectar 
animais silvestres. 
 
EPIDEMIOLOGIA 
- A fotografia da 
doença é um 
homem na 
terceira ou quarta 
década de vida e 
que teve contato 
em zona rural 
- 80% dos casos são no Brasil; 
- Prevalência importante em 
imunossuprimidos. 
 
PATOGENIA 
 
 A patogenia da doença 
depende da interação entre 
imunidade inata e imunidade 
adaptativa. Ao adentrar o pulmão, se 
o fungo não for contido, ele se 
modifica de sua forma filamentosa 
para leveduriforme, se multiplicando 
e invadindo os linfonodos. 
 
Resposta IL-4, IL-5, IL-10: pior 
resposta imune mediando a 
ativação de linfócitos Th2 mal-
respondedores. 
 
Resposta IL-12, interferon-y: melhor 
resposte imune mediando ativação 
de linfócitos Th1. 
 
A sequenciade eventos pós-
infecção vai depender: 
Virulencia 
Quantidade inoculada 
Resposta imune 
 
LESÕES 
Paracoccidioidomicose 
infecção 
Paracoccidioidomicose 
doença 
Aguda-
subaguda 
(juvenil) 
Crônica 
(adulto) 
 
Paracoccidioidomicose-infecção: 
Essa forma é assintomática ou 
oligossintomática, sendo 
diagnosticada em quesitos 
epidemiológicos, por meio do teste 
da paracoccidioidina 
(intradermorreação). Essa forma 
NÃO DEIXA CALCIFICAÇÃO. 
 
 
 
 
 
 Foto meramente ilustrativa 
Paracoccidioidomicose-doença: 
AGUDA-SUBAGUDA (JUVENIL) 
Acomete jovens e sua forma é 
caracterizada como moderada a 
grave 
O fungo tem afinidade pelo sistema 
monocítico-fagocitário. Logo, infecta 
mais a medula óssea, baço, fígado e 
linfonodos. 
 
- Linfonodomegalia: aumento dos 
linfonodos, com formação de 
processo supurativo e fistulização e 
febre 
- Hepatoesplenomegalia: aumento do 
fígado e do baço. 
- Comprometimento gastrointestinal: 
estenose por aumento de linfonodos, 
icterícia por obstrução linfonodal 
porta-hepática, enterocolite, 
retocolite, apendicite 
- Comprometimento ósseo: osteólise 
principalmente em ossos longos. 
- Comprometimento da pele: lesões 
acneiformes, sobretudo em face 
 
 Grande expressão de linfócitos 
Th2, e mediadores como IL4, IL5, 
IL-10, ativando eosinófilos, produção 
de IgG e IgM. Ou seja, 
laboratorialmente: 
- Anemia 
- Leucocitose com desvio a esquerda 
- Eosinofilia 
- Hipergamaglobulinemia 
- Albumina baixa 
 
 CRONICA (ADULTO) 
Acomete principalmente homens 
adultos 30-60 anos de áreas rurais, 
muitas vezes etilistas e tabagistas 
 
 UNIFOCAL . 
Pulmonar isolada: tosse seca, 
dispneia, sintomas silenciosos. Padrão 
reticular ou reticulonodular peri-hilar 
bilateral em “asa de borboleta”. 
 
SNC isolado: convulsão, cefaleia, 
sinais neurológicos focais, com 
formação de granulomas de 
característica tumoral ou múltipla, 
podendo levar a meningite, 
meningoencefalite e 
meningoradiculite. Encontro do fungo 
no liquor, além de hipoglicorraquia, 
alteção de proteína, e pleocitose 
(linfomono). 
 
Adrenal isolado: sintomas de 
insuficiência adrenal, cansaço, 
fraqueza, hiperpigmentação da pele, 
hiponatremia, típicos de uma 
Sindrome de Addison. 
 
 MULTIFOCAL . 
Possui uma manifestação pulmonar 
associada a manifestação mucosa 
e/ou cutânea 
 
Sintomas associados: perda de peso 
 
- Mucosa: sobretudo oral, atingindo 
cavidade nasal, laringe, faringe e até 
traqueia. Lesões ulceradas, erosivas, 
com granulação 
hemática fina 
(estomatite 
moriforme). Pode 
evoluir para 
linfonodos. 
- Cutaneo: polimórfica, predominando 
na região crural. Pode ser ulcerada, 
ulcero-vegetante, papulovegetantes, 
papulopustulosas, ulcerocrostosas 
coexistindo entre si. 
 As ulceras podem conter 
pontos hemorrágicos (granulações 
moriformes), de formato circinado, 
com bordos eritematovioláceos. 
Podem ser crostosas, contendo black 
dots que mimetizam a cromomicose. 
 Existem formas sarcoídeas com 
placas infiltradas e liquenoides. 
 
 
DIAGNÓSTICO : 
Histopatológico 
- Granulomas, microabcessos na 
derme 
- Fungos no interior de gigantócitos 
- Aspecto de Mickey Mouse ou em 
Roda de leme 
 
Micológico Direto KOH 20% 
ACHADO: leveduras em formato de 
RODA DE LEME 
 
 
Cultura 
Apresenta termodimorfia 
25 graus Celcius: 
Filamentoso miceliano 
com característica 
cotonosa de pipoca 
estourada 
 
37 graus Celcius: 
Leveduriforme com 
característica 
cerebriforme 
 
 
Sorologia 
 Utilizada como critério de cura, 
usa-se ELISA. 
 
 TRATAMENTO : 
Imidazólicos (itraconazol, fluconazol, 
cetoconazol) – Exceto em 
hepatopatas 
 
Anfotericina B: casos graves e em 
hepatopatas – exceto em 
cardiopatas, idosos > 65 anos e 
renais crônicos 
 
Sulfametoxazol-trimetoprima: 
indicado pros casos de contra-
indicação ao restante 
 
CURA: 
- Paciente com sorologia reduzida 
- Paciente com clinica reduzida 
- Raio-x estável 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Darling desease) 
Fungo: 
Histoplasma capsulatum 
Morfologia: dimorfo 
Transmissão: via inalatória a partir do 
solo e excrementos de aves e 
morcegos 
 
 LESÃO : 
Aguda: febre, padrão pulmonar 
pneumônico, eritema nodoso e 
eritema multiforme, ate molusco-
contagioso-simile.. 
 
Cronica: cavitações pulmonares, 
calcificações linfonodais, fígado, 
baço, linfonodomegalia. Ulceras em 
mucosas, sobretudo oral e faríngea, 
pode infectar o cérebro. 
 
 
Cultura 
Apresenta termodimorfia 
Temperatura ambiente: 
Filamentoso com característica 
cotonosa brancas que tendem a 
escurecer 
37 graus Celcius: 
Leveduriforme com cremosa lisa 
brilhante 
 
 
Histopatologico 
- Se cora com Giemsa e com PAS, 
apresentando-se dentro dos 
gigantócitos. 
 
 
Radiologia Pulmonar 
- Padrão reticulonodular associado a 
fibrose com muita calcificação 
 
 
Sorologia 
 Pode ser empregada sorologia, 
ELISA e PCR para identificação do 
fungo. 
 
 TRATAMENTO : 
- Anfotericina B 
- Imidazólicos 
 
 
 
 
Fungo: 
Cryptococcus neoformans 
Morfologia: dimorfo 
Transmissão: via inalatória a partir do 
solo, vegetais, e excrementos de 
aves (pombos). 
 
É um fungo comum em 
imunossuprimidos e portadores de 
doenças autoimunes crônicas, como 
Lupus Eritematoso Sistemico e 
colagenoses. 
 
 LESÃO : 
 As lesões são sistêmicas, 
acometendo primariamente o pulmão 
e por via hematogenica chegando ao 
sistema nervoso central e a pele. 
 Na pele, apresenta-se como 
placas endurecidas tipo paniculite, 
podendo também aparecer como 
ulceras perinasais e ate molusco-
contagioso-simile. 
 
 
DIAGNÓSTICO : 
Micológico direto com tinta da China 
ACHADO: leveduras com parede 
espessa, gemulantes (céu estrelado) 
 
 
 
 
Cultura 
- Aspecto mucoso, brilhante e 
bronzeado 
 
 
Histopatológico 
Possui uma parede espessa que NÃO 
SE CORA COM HE NEM PAS 
Cora-se com azul de metileno 
 
 
TRATAMENTO : 
- Ataque com anfotericina B + 
flucitosina + fluconazol para 
penetrar SNC 
 
 
 
Conjunto de infecções que tem em 
comum drenagem de secreção 
granular! 
 
Micetomas: 
 - Actineomicetomas: bactérias 
 - Eumicetomas: fungos 
Botriomicoses: bacterias 
MICETOMAS 
Actineomicose endógeno 
Etiologia: Actinomyces israelii 
(anaeróbica gram+) 
Localização: saprofita da boca 
 
LESÃO : 
Cervico-facial: edema, eritemato 
vinhoso, com abcesso e secreção 
purulenta granular. Associada a 
injurias odontológicas e fraturas de 
mandíbula. 
 
Torácica: o líquido pode ser aspirado 
ao pulmão, onde o abcesso gera 
fistula com derrame pleural 
purulento em grãos. 
 
SINTOMAS GERAIS: febre, anorexia, 
calafrios, sudorese e secreção em 
grãos. 
 
 DIAGNÓSTICO : 
Bacterioscopia 
- Bastonetes gram+ em meio a grãos 
com aspecto de enxofre amarelados 
 
Actineomicose exogeno 
Etiologia: bactéria Nocardia 
brasiliensis 
 
 
LESÃO : 
Geralmente nos pés, formando 
nódulos e pápulas que fistulizam no 
local de inoculação, com secreção 
amarelada em grãos. 
 
 
Eumicetoma (maduromicose) 
Causada por FUNGOS 
Principal etiologia: Madurella 
 
LESÃO : 
Parecida com a nocardiose mas com 
menos infiltrado inflamatório e mais 
fibrose. 
 
 
BOTRIOMICOSE 
Causada principalmente por 
bactérias estafilocócicas, por isso 
sendo chamada de actinofitose 
estafilocócica. 
Principal: S. aureus 
 
LESÃO : 
Ulceras infiltradas e vegetantes, 
acometendo tecidos moles 
adjacentes.

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