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RINITE ALÉRGICA
Definição
A rinite alérgica é uma patologia
inflamatória da mucosa nasal, mediada por
imunoglobulina E (IgE), após a exposição da
mucosa nasal a um ou mais alérgenos.
No Brasil, a prevalência da rinite alérgica é variável nas
diferentes regiões, apresentando-se, principalmente
nas regiões Sul e Sudeste.
Epidemiologia
Trata-se de uma doença com prevalência crescente.
Estima-se, atualmente, que atinja cerca de 10 a 40% da
população mundial. 
Observa-se que 15 a 38% dos pacientes com rinite
alérgica também desenvolvem asma alérgica.
No Brasil, os ácaros da poeira domiciliar
Dermatophagoides farinae (Df), Dermatophagoides
pteronyssinus (Dp) e Blomia tropicalis (Bt) são os
principais alérgenos relacionados a etiologia da rinite.
Fatores de risco
Aeroalérgenos
Ácaros domiciliares - Dp, Df
e Bt;
Baratas;
Fungos;
Animais de pelo;
Pólens;
Ocupacionais - trigo, poeira
de madeira, detergente,
látex etc.
Poluentes
Intradomiciliares: cigarro,
fogão a lenha, etc.
Extra-domiciliares: ozônio,
dióxido de enxofre etc.
Irritantes
Odores fortes, perfumes,
ar condicionado, produtos
de limpeza etc.
Outros
Mudanças bruscas de
temperatura;
Uso de AAS, principalmente
em adultos.
Fisiopatologia
Exposição ao fator de risco
Reconhecimento por receptores IgE
Inflamação local mediada por mastócitos e
basófilos - liberação de histamina e etc.
Atuação dos mediadores pró-inflamatórios
nos vasos sanguíneos, terminações nervosas
e glândulas mucosas
Congestão nasal, prurido e rinorreia
Fase Precoce 
(início minutos depois da exposição)
Fisiopatologia
Recrutamento celular - basófilos,
neutrófilos e linfócitos Th2
Liberação de mediadores inflamatórios
Remodelamento e alterações da mucosa
Manutenção da congestão nasal
Fase Tardia (4-8 horas
após a exposição)
Quadro Clínico
Prurido nasal;
Esternutos (espirros);
Rinorreia aquosa;
Congestão nasal;
Sintomas oculares
(prurido e epífora);
Rinorreia posterior;
Tosse crônica não
produtiva;
Fadiga.
Classificação
Rinite
Alérgica
Leve
Moderada/
Grave
Persistente
Intermitente
Considera-se persistente
quando a frequência dos
sintomas é > 4 dias por
semana ou > 4 semanas de
duração por ano.
Considera-se moderada ou
grave quando o paciente
apresenta alteração no
sono, e/ou interferrência
em tarefas rotineiras.
Considera-se intermitente
quando a frequência dos
sintomas é < 4 dias por
semana ou < 4 semanas de
duração por ano.
Considera-se leve quando o
paciente consegue realizar
atividades diárias sem
incômodo dos sintomas.
Diagnóstico
 O diagnóstico é clínico! 
É feito através da anamnese e exame físico,
e, se necessário com auxílio de exames
complementares.
Exames Complementares
Testes Cutâneos por Picada (TCP):
Dosamento sérico de IgE específicas:
Exame Físico:
Rinoscopia anterior - avaliar presença de
pólipos e desvio septal.
Mucosa azulada/pálida ou edemaciada e
hiperemiada (fase aguda).
Endoscopia nasal - reservada para os
pacientes sem alterações na rinoscopia ou
aos que não respondem ao tratamento
inicial.
Oroscopia: avaliar presença de rinorreia
posterior.
Ausculta pulmonar.
Medição de óxido nítrico nasal;
Rinomanometria; Testes de provocação
nasal; Testes de provocação conjuntival.
São os recuros mais utilizados e evidenciam
reações alérgicas mediadas por IgE. Possuem alta
sensibilidade e especificidade.
A dosagem sérica da IgE total está relacionada a
uma maior probabilidade de encontro de IgE
específicas em indivíduos alérgicos, mas seu valor
diagnóstico para alergia é limitado.
Tratamento
O objetivo do
tratamento é
restaurar a função
das vias aéreas
superiores, de forma
a melhorar a
qualidade de vida do
doente.
Objetivos:
Tratamento Não
Farmacológico
Cessação do
tabagismo;
Prevenção de
sobrepeso/obesidade.
Identificar e evitar os
eventuais alérgenos que
desencadeiam o quadro.
OBS: avaliar se a
medida não irá
interferir de maneira
relevante na vida do
paciente.
Tratamento
Farmacológico
Anti-histamínicos
orais: são eficazes no
alívio de alguns sintomas -
rinorreia, esternutos,
prurido nasal e ocular.
Anti-histamínicos
nasais: atuam reduzindo
a rinorreia e o prurido
nasal.
Glicocorticoides
nasais: são a base do
tratamento. Controlam os
sintomas e possuem
efeito sinérgico com os
anti-histamínicos.
Glicocorticoides orais:
utilizados na fase aguda.
Tratamento
Farmacológico
Anticolinérgicos
nasais: são eficazes no
controle da rinorreia.
Indcados apenas para
tratamento adjuvante.
Antagonistas dos
leucotrienos: indicados
para a fase tardia.
Imunoterapia
específica com
alérgenos: induz a
dessensibilização e
produz um estado de
anergia para os
alérgenos.
Descongestionantes
nasais: promovem alívio
dos sintomas, mas podem
induzir rinite
medicamentosa. 
Tratamento
Rinite
Intermitente Leve
Beclometasona spray.
Corticoide nasal.
Rinite
Intermitente
Moderada/Grave
Loratadina;
Dexclorfeniramina.
Anti-histamínico H1 oral.
Rinite Persistente
Leve
Loratadina;
Dexclorfeniramina.
Anti-histamínico H1 oral.
Rinite Persistente
Moderada/Grave
Beclometasona spray.
Corticoide nasal por 60 dias.
OBS: pode-se adicionar um
anti-histamínico H1 oral.
Tratamento
Adjuvante
Lavagem Nasal com SF
0,9%.
Descongestionantes
nasais: promovem alívio
rápido e podem ser
usados por até 5 dias.
Medicações
Medicações
Medicações
Referências
BRASILEIRO, IV CONSENSO. ABORL-CCF. 2017.
CALDEIRA, Leonor Esteves et al. Rinite alérgica–Classificação, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento. Rev Port
Imunoalergologia, v. 29, n. 2, p. 95-106, 2021.
ASMA
Definição
A asma é doença inflamatória crônica das
vias aéreas inferiores caracterizada por 
hiperresponsividade dessas vias a
diferentes estímulos, com consequente
obstrução do fluxo aéreo, de forma
recorrente e, geralmente reversível.
A prevalência estimada da asma no Brasil é 4,4% em
adultos e 20% em crianças e adolescentes. 
Epidemiologia
Estima-se que a asma afete aproximadamente 334
milhões de pessoas no mundo e cerca de 20 milhões de
brasileiros.
É a 4ª causa de internação no Brasil, principalmente de
crianças e adolescentes das regiões Nordeste e Sudeste.
A taxa de mortalidade hospitalar da doença aumentou
nos úlitmos anos, acometendo mais significativamente
idosos. 
O pico de incidência ocorre aos 3 anos de idade, sendo
mais comuns em meninos. Em adultos, a prevalência se
iguala entre os sexos.
Fatores de risco
Atopia
É o principal fator de
risco;
Síndrome imune que
propicia a síntese de IgE
após exposição à
antigénos - liberação de
substâncias
broncoconstritoras.
Mais de 80% dos
asmáticos são atópicos.
Genética
A presdiposição a doença
é poligênica.
A maioria dos genes
identificados favorecem a
resposta imune Th2.
Alérgenos
Precipitam as crises;
Exposição a ácaros
precocemente - maior
chance de desenvolver a
doença.
Ocupação
A asma ocupacional acontece
de maneira independente da
presença de atopia e melhora
com o afastamento das
atividades.
Obesidade
O aumento do IMC > 30
Kg/m³ está associado a
asma.
Fatores mecânicos +
fatores metabólicos.
Fatores de risco
Infecções;
Dieta;
Poluição;
Baixo peso ao nascer;
Prematuridade;
Não realização do
aleitamento materno.
Alérgenos;
Infecções Virais;
Fármacos;
Exercícios Físicos;
Dieta;
Poluição;
Hormônios;
DRGE;
Estresse.
FATORES DE RISCO
PARA AS CRISES:
FATORES DE RISCO
CONTROVERSOS PARA
DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA:
Fisiopatologia
Exposição ao fator de risco
Infiltração da mucosa
Inflamação da árvore
traqueobrônquica 
Remodelamento brôquinco
Hiperreatividade brônquica
Classificação:
Asma Alérgica
Forma mais comum;
Geralmente tem início
na infância;
Pacientes com
histórico familiar + ou
atópicos;
A via aérea é infiltrada
por eosinófilos;
Boa resposta a
corticóide inalatório
Asma Não Alérgica Asma com Obstrução
Aérea Fixa
Asma por
Obesidade
Fenótipos
Tem início tardio;
É mais prevalente em
mulheres;
Não está associada a
atopia;
Infiltração das vias aéreas
por neutrófilos, eosinófilos
ou poucas células;
Resposta ao corticóide
inalatóriomenor.
Asma de longa duração e
tratamento inadequado.
Ocorre perda irreversível
da função pulmonar pela
remodelação das vias
aéreas.
Pacientes obesos
apresentam sintomas
respiratórios.
Ocorre pouca inflamação
eosinofílica nas vias
aéreas.
Quadro Clínico
Sintomas
pioram à noite
ou pela manhã;
Sintomas
desencadeados
por infecções
virais,
exercícios.
exposição a
alérgenos ou
mudanças
climáticas.
Dispneia;
Sibilos;
Tosse;
Dor ou sensação
de aperto no
peito; 
Despertar
noturno por
tosse/dispneia;
Diagnóstico
J45.0 - Asma
predominantemente
alérgica;
J45.1 - Asma não alérgica;
J45.8 - Asma mista
CID-10:
Critérios Clínicos +
Critérios Funcionais:
Histórico de sintomas
respiratórios;
Confirmação de limitação
variável do fluxo aéreo
expiratório - espirometria.
Diagnóstico no Adulto:
Exame Físico: pode haver presença de sibilos
expiratórios, tempo espiratório prolongado e
tiragem intercostal*.
Espirometria:
PFE: variabilidade diurna >10%.
Teste cutâneo para IgE:
Outros: raio-x de tórax e hemograma.
 - VEF1/CVF < 0,75-0,80
 - Aumento na VEF1 de 12% e 200mL, após o uso de
Salbutamol.
Diagnóstico
Critérios Clínicos +
Critérios Funcionais:
Histórico de sintomas
respiratórios;
Confirmação de limitação
variável do fluxo aéreo
expiratório - espirometria.
Diagnóstico em Crianças > 5 anos:
Exame Físico: pode haver presença de sibilos
expiratórios, tempo espiratório prolongado e
tiragem intercostal*.
Espirometria:
Teste de broncoprovocação por exercício:
PFE: variabilidade diurna >13%.
Outros: raio-x de tórax, hemograma, teste
cutâneo para IgE.
 - VEF1/CVF < 0,9.
 - Aumento na VEF1 de 12%, após o uso de Salbutamol.
 - Queda no VEF1 > 12% ou > 15% no PFE.
Diagnóstico em Crianças <= 5 anos:
Diagnóstico clínico!
Sinais e sintomas característicos: sibilância,
dispneia, tosse, cansaço, aperto no peito e
limitação reversível ao fluxo aéreo.
TRATAMENTO
Não Farmacológico
Educar o paciente;
Avaliar o uso dos
dispositivos inalatórios;
Exercícios físicos - adultos;
Farmacológico
Tratamento individualizado, de acordo com o
controle e gravidade da doença, preferências do
paciente e acesso aos medicamentos.
Via inalatória é preferencial para tratamento de
manutenção e alívio.
Medicamentos Controladores
São a base do tratamento e possuem atividade anti-inflamatória.
Os medicamentons que fazem parte desse grupo são: CI,
corticoides orais, os LABA e os imunobiológicos anti-IgE.
Medicamentos de Alívio
São usados de acordo com a necessidade do paciente, atuando
de maneira rápida para o alívio dos sintomas;.
Os SABA são os mais utilizados.
Tratamento
> 6 anos.
STEP 1 STEP 2 STEP 3
STEP 4 STEP 5
Asma intermitente;
Sintomas < 2x/mês e
sem fatores de risco
para exacerbações.
Asma peristente
leve;
Sintomas 2x/mês ou
1x/semana.
Asma persistente
moderada.
Sintomas na maioria
dos dias ou noturnos
1x na semana ou +.
Asma peristente
grave.
Sintomas na maioria
dos dias ou ao
despertar 1x na
semana ou baixa
função pulmonar.
Asma persistente
grave refratária..
Sem resposta aos
outros tratamentos.
1ª LINHA:
CI em baixa dose +
formoterol.
2ª LINHA:
CI em baixa dose +
SABA.
Sob demanda!
1ª LINHA:
CI em baixa dose +
formoterol - sob
demanda.
2ª LINHA:
CI em baixa dose -
fixo.
SABA + CI - sob
demanda.
1ª LINHA:
CI em baixa dose +
formoterol - fixo.
CI em baixa dose +
formoterol - sob
demanda.
2ª LINHA:
CI em baixa dose +
formoterol - fixo.
SABA + CI - sob
demanda.
1ª LINHA:
CI em dose média +
formoterol - fixo.
CI em baixa dose +
formoterol - sob
demanda.
2ª LINHA:
CI em dose
média/alta + LABA -
fixo.
SABA + CI - sob
demanda.
1ª LINHA:
CI em dose alta +
formoterol + LAMA - fixo.
CI em baixa dose +
formoterol - sob
demanda.
2ª LINHA:
CI em baixa dose +
SABA - sob demanda.
Avaliar terapias
adicionais: anti-IgE,
anti-IL 5/5R, anti-IL
4R.
Tratamento
< 6 anos.
OBS: não há tratamento preferencial para a
etapa 1 - seguir orientações gerais para todos
os asmáticos.
Medicações
CORTICÓIDES INALATÓRIOS
Dipropionato de
Beclometasona
Budesonida
Cápsula inalante ou pó inalante de
200mcg e 400 mcg;
Aerossol ou Spray de 50 mcg e 250 mcg.
Cápsula inalante de 200 mcg e 400 mcg;
Pó inalante ou aerossol bucal de 200 mcg.
Efeitos Adversos: a deposição na mucosa oral e
laríngea pode causar candidíase orofaríngea e
rouquidão.
Atuam reduzindo a inflamação e a hiperresponsividade
brônquica, controlando os sintomas, melhorando a
função pulmonar e reduzindo o risco de
exarcerbações. Além disso, evitam o remodelamento
brôquinco.
Medicações
CORTICÓIDES ORAIS
Nas crises, a dose recomendada é de 1-2 mg/kg/dia,
podendo ser dividida em 2 ou 3 administrações.
Prednisolona
Nas crises, a dose recomendada é de 40-60 mg/dia,
podendo ser dividida em 2 ou 3 administrações.
Prednisona
CORTICÓIDES ORAIS
NAS CRISES
Prednisona
Prednisolona
Comprimidos de 5 mg e de 20 mg.
Solução oral de 1 mg/mL e 3 mg/mL.
Atuam como anti-inflamatórios e são indicados, em
baixas doses, para uso rotineiro em pacientes de dificil
controle da doença (step 5).
Efeitos Adversos: osteoporose, obesidade, DM, HAS,
retardo do crescimento em crianças, glaucoma,
catarata, infecções e bloqueio do eixo hipotálamo-
pituitária-adrenal.
Baixa Dose: ≤ 7,5 mg de prednisolona.
OBS: após o uso prolongado de CO (> 3 meses), o paciente
deve ser monitorado permanentemente, devido ao risco
de insuficiência adrenal aguda.
Medicações
Montelucaste
É um antagonista de receptores leucotrienos que atua
bloqueando a broncoconstrição e reduzindo a
inflamação na via aérea.
Efeitos Adversos: dor abdominal, cefaleia e sede.
Indicado para pacientes step 2 a 4, associado ao CI.
Dose para menores de 2 - 5 anos: 1 sachê de 4 mg, 1x/dia.
Dose para menores de 6 - 14 anos: 5 mg, 1x/dia.
Dose para > 15 anos: 10 mg, 1x/dia.
Apresentações:
Comprimidos mastigáveis: 4 e 5 mg.
Comprimidos revestidos: 10 mg.
Sachê (grânulos orais): 4 mg.
USO
OBS: tem efeito não inferior ao CI
no controle da asma, porém o
efeito na redução das
exacerbações é menor.
Medicações
SABA
Salbutamol
Fenoterol
Aerosol 100 mcg.
Aerosol 100 mcg;
Solução inalante de 5 mg/mL.
Broncodilatadores beta-2-agonistas de
curta duração.
Possuem rápido início de ação (5-30 min)
e proporcionam alívio de 4-6 horas.
Efeitos Adversos: taquicardia,
hiperglicemia, hipopotassemia e
hipomagnesemia.
USO
Rotina: aplicar de 1 a 2 jatos, a cada 20 min,
Prevenção de broncoespasmo no exercício ou exposição
a alérgeno (adultos): 2 jatos antes da exposição.
Medicações
LABA
Formoterol
Efeito broncodilatador por 12h;
Início de ação rápido em 5 min;
Salmeterol
Efeito broncodilatador por 12h;
Início de ação mais lento, após 20 min.
Cápsula ou pó inalante de 12 mcg
Pó para inalação de 50 mcg
Broncodilatadores beta-2-adrenérgicos
seletivos de longa duração.
Efeitos Adversos: taquicardia, hiperglicemia,
hipopotassemia e hipomagnesemia.
USO
Formoterol: 1 a 2 inalações, VO, 2x/dia.
Dose Máxima em Crianças: 48 mcg.
Dose Máxima em Adultos: 72 mcg.
Saltemerol: 1 inalação, VO, 2x/dia.
Medicações
LAMA/SAMA
Ipratrópio
Os anticolinérgicos bloqueiam os receptores
muscarínicos de acetilcolina, inibindo o
componente neurogênico do broncoespasmo e
reduzem a secreção de muco na via aérea.
Efeitos Adversos: xerostomia e gosto amargo.
Meia vida curta
Solução para inalação - nebulização
Imunobiológicos
Omalizumabe
Mepolizumabe
É uma imunoterpia anti-IgE inicada para pacientes step IV
e V com asma refratária ao tratamento.
Indicado para > 6 anos.
É um anticoroi monoclonal que tem como alvo a IL-5.
Indicado para > 18 anos.
Tiotrópio
Meia vida longa
Solução para inalação
Solicitar contagem eosinofílica no sangue periférico;
Verificar se a asma é desencadeada por alérgenos e
realizar testes cutâneos ou dosagem de IgE sérica
específica para um alérgeno.
 Soliciar IgE sérica total;
Em caso de asma com fenótipo T2 baixo, não considerar
o tratamento com imunobiológicos.
Critérios: 
1.
2.
3.
4.
CONTROLE Da asma
CONTROLE DAS LIMITAÇÕES
CONTROLEDOS RISCOS FUTUROS
Envolve o controle das limitações clínicas do
paciente - sintomas mínimos durante o dia e
ausência de sintomas à noite; e, a necessidade
reduzida de medicações de alívio.
Envolve a redução do risco de exacerbações,
perda acelerada da função pulmonar e dos
efeitos adversos do tratamento.
A AVALIAÇÃO DEVE SER FEITA
EM RELAÇÃO ÀS ÚLTIMAS 4
SEMANAS!
Referências
GLOBAL INITIATIVE FOR ASTHMA (GINA). Global strategy for the asthma management and prevention. [Fontana]:
GINA, 2023. Disponível em: https://ginasthma.org/wp-content/uploads/2023/05/GINA-2023-Full-Report-2023-WMS.pdf
MINISTÉRIO DA SAÚDE, SECRETARIA DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA À SAÚDE, SECRETARIA DE CIÊNCIA,
TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS EM SAÚDE, PCDT asma, 2023.
Farmacologia ilustrada. 6. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2016
PIZZICHINI, Marcia Margaret Menezes et al. Recomendações para o manejo da asma da Sociedade Brasileira de
Pneumologia e Tisiologia-2020. Jornal brasileiro de pneumologia, v. 46, 2020.
DPOC
DEFINIÇÃO 
Doenças obstrutivas (ou doenças das vias aéreas), caracterizadas pelo
aumento da resistência ao fluxo aéreo devido a uma obstrução parcial ou
completa em qualquer nível, da traqueia e brônquios maiores até os
bronquíolos terminais e respiratórios. Enfisema, bronquite crônica e doença
de pequenas vias frequentemente são consideradas como um único grupo e
referidas como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), uma vez que
muitos pacientes apresentam características sobrepostas de lesões tanto
em nível acinar (enfi sema) quanto em nível brônquico (bronquite); e doença
das pequenas vias respiratórias, uma condição na qual os bronquíolos de
pequeno calibre se encontram estreitados.
Fisiopatologia 
Bronquite obstrutiva crônica: É a inflamação da
parede dos brônquios com lúmen > 2 mm. A bronquite
obstrutiva crônica é composta por um infiltrado
leucocitário misto (polimorfonucleares e
mononucleares), metaplasia de células caliciformes e
uma acentuada hiperplasia das glândulas submucosas.
Essas alterações, paralelamente à inflamação da parede
dos brônquios, resultam em diminuição do calibre, com
obstrução do fluxo aéreo. 
Doença de pequenas vias aéreas: É a inflamação da
parede dos bronquíolos (bronquiolite) e pequenos
brônquios com lúmen < 2 mm. A parede das pequenas
vias aéreas encontra-se espessada, contendo infiltrado
inflamatório misto (polimorfonucleares e mononucleares)
e acúmulo difuso de colágeno (fibrose).
Enfisema pulmonar: É uma doença dos "ácinos", que são as unidades funcionais de troca
gasosa dos pulmões. Há uma destruição progressiva dos septos alveolares e/ou paredes
dos bronquíolos respiratórios, levando à formação de grandes espaços aéreos com
reduzido poder de troca gasosa. Além disso, a degradação do tecido elástico do parênquima
pulmonar reduz a capacidade de sustentação dos bronquíolos durante a expiração.
Quadro Clínico 
Cianose ou eritrocianose; 
Aumento do diâmetro anteroposterior do
tórax (tórax em tonel); 
Pletora facial; 
 Edema de membros inferiores; 
Murmúrio vesicular bem reduzido; 
 Sibilância e roncos; 
Estertores crepitantes ou subcrepitantes; 
Bulhas cardíacas hipofonéticas; 
Hiperfonese do componente pulmonar (P2)
da segunda bulha cardíaca (B2),
secundária a hipertensão arterial
pulmonar. 
Na fase avançada, o exame clínico pode
demonstrar alterações típicas da DPOC: 
Os três sintomas mais
comuns na DPOC são
tosse, produção de
escarro e dispneia aos
esforços. 
Achados Físicos 
Sinais de tabagismo ativo: odor de fumaça ou manchas de nicotina nas unhas dos
dedos da mão.
Na ausculta: uma fase expiratória longa e pode incluir sibilância à expiração. 
Sinais de hiperinsuflação: tórax em barril e ampliação dos volumes pulmonares com
limitação das excursões diafragmáticas avaliadas por percussão. 
Pacientes com obstrução grave do fluxo aéreo: uso dos músculos acessórios da
respiração, sentando-se na posição típica de “tripé” para facilitar as ações dos músculos
esternocleidomastóideos, escalenos e intercostais. 
Obs:Alguns pacientes podem desenvolver cianose, visível nos lábios e leitos ungueais.
“pink puffers”“blue bloaters”
Indicadores-
chave para
considerar um
diagnóstico de
DPOC
diagnóstico
Doença cardíaca
Síndrome
metabólica
Osteoporose
Apnéia do sono
Depressão
Câncer de pulmão
Comorbidades: FumarExposição ao combustível de
biomassa
Asma
Infecções infantis
Prematuridade
História de família
Fatores de risco:
Dispneia
Tosse
Escarro
Sintomas:
diagnóstico
Achados radiográficos 
 Aumento dos espaços
intercostais; 
 Visualização de mais
do que nove ou dez
arcos costais
anteriores;
Retificação das
hemicúpulas
diafragmáticas; 
Maior penetração dos
raios X, com maior
hipotransparência
pulmonar; 
Coração alongado (em
"gota"). 
Sinais de
hiperinsuflação
pulmonar: 
Tratamento 
Uma avaliação combinada de "sintomas" e "riscos"
Alívio
sintomático 
Melhorar
tolerância ao
exercício
Melhorar estado
de saúde 
Reduzir sintomas: 
 Prevenir
progressão da
doença 
Prevenir e tratar
exacerbações 
Redução de
mortalidade 
Reduzir riscos: 
Objetivos do 
Tratamento
Escala de dispneia modificada “ Modified Medical Research
Council (mMRC)” 
COPD Assessment Test (CAT)
Pacientes com CAT ≥ 10
ou mMRC ≥ 2, ou seja, os
mais sintomáticos, são
colocados do lado
"direito" do quadro
(grupos B e D). 
São considerados de
maior risco os pacientes
com duas ou mais
exacerbações recentes,
que ficam na parte de
cima do quadro (grupos C
e D).
Tratamento
Farmacológico 
Os broncodilatadores inalatórios são as grandes drogas na
terapia da DPOC! Uma discreta broncodilatação pode trazer um grande
benefício clínico ao paciente, já que ele convive com uma reserva
respiratória baixa. A inalação é a forma preferível para a administração
desta medicação.
Três classes
principais de
broncodilatadores
estão em uso
atualmente: 
Agentes anticolinérgicos (antagonistas dos
receptores muscarínicos - SAMA (ação curta - 
Ipratrópio); LAMA (ação longa - Tiotrópio)
Agonistas B2 adrenérgicos 
(simpaticomiméticos) - SABA (ação curta -
salbutamol); LABA (ação longa - Formoterol)
Teofilina (metilxantina)
Glicocorticoides inalatórios:
O impacto do uso de corticosteroides inalatórios sobre as taxas de mortalidade na DPOC é
controverso. O uso de corticoide inalatório em pacientes com doença mais grave e
exacerbação mais frequente é justificado pelo resultado de diversos estudos que mostraram
redução da frequência de exacerbações nesses pacientes, sem que houvesse, contudo,
diminuição (estatisticamente significativa) dos sintomas e da mortalidade. 
Efeitos adversos: Candidíase orofaríngea , perda de densidade óssea e pneumonia* 
Tratamento
Farmacológico 
Tratamento
Farmacológico 
Glicocorticoides orais O uso crônico de
glicocorticoides orais no tratamento da
DPOC não é recomendado devido a uma
relação desfavorável de custo/benefício.
O uso crônico de glicocorticoides orais
está associado a efeitos colaterais
significativos, incluindo osteoporose,
ganho de peso, catarata, intolerância à
glicose e risco aumentado de infecção.
Um estudo recente demonstrou que os
pacientes que reduziram de forma
gradual suas doses crônicas
(aproximadamente 10 mg/dia) de
prednisona de baixa dose não
apresentaram qualquer efeito adverso na
frequência das exacerbações, qualidade
de vida relacionada com a saúde ou
função pulmonar.
Antibióticos: Existem fortes dados implicando a
infecção bacteriana como um agente precipitador de
uma porção substancial de exacerbações. Estudos
iniciais de antibióticos profiláticos ou supressores,
administrados periodicamente ou durante o ano todo,
não demonstraram impacto positivo sobre a ocorrência
de exacerbação. 
Oxigênio: A administração de O2 suplementar é a única
terapia farmacológica comprovadamente capaz de reduzir
as taxas de mortalidade em pacientes com DPOC, para os
pacientes com hipoxemia em repouso (saturação de O2 em
repouso ≤ 88% ou < 90% com sinais de hipertensão
pulmonar ou insuficiência cardíaca direita) e PaO2 < 55
mostrou-seque a administração de O2 exerce um impacto
significativo sobre a taxa de mortalidade. Os pacientes que
preencherem esses critérios devem receber suprimento
contínuo de oxigênio, já que o benefício na mortalidade é
proporcional ao número de horas/dia do seu uso. 
Tratamento Não
Farmacológico 
Reabilitação pulmonar:
Esse termo se refere a um
programa de tratamento que
inclui educação e
condicionamento
cardiovascular. Na DPOC,
mostrou-se que a reabilitação
pulmonar melhora a
qualidade de vida relacionada
com a saúde, dispneia e
capacidade para exercícios.
Ela também se mostrou
capaz de reduzir as taxas de
internação ao longo de um
período de 6 a 12 meses.
Cessação do tabagismo: Estudos demonstraram que
fumantes de meia-idade que foram capazes de abandonar o
tabagismo com sucesso apresentaram melhora significativa
na taxa de declínio da função pulmonar, retornando ao
patamar de alterações anuais semelhantes às dos indivíduos
que não fumavam. Existem três abordagens farmacológicas
principais para o problema: bupropiona; terapia de reposição
da nicotina disponível sob a forma de gomas de mascar,
adesivos transdérmicos, pastilhas, inaladores e spray nasal; e
vareniclina, um agonista/antagonista do receptor do ácido
nicotínico.
Imunização:
Os pacientes com DPOC devem ser vacinados anualmente contra
influenza. A vacina antipneumocócica polivalente e COVID-19 também é
recomendada. 
Referênc
ias
 2022, 2023 Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease, Inc.GLOBAL STRATEGY FOR THE
DIAGNOSIS, MANAGEMENT, AND PREVENTION OF CHRONIC OBSTRUCTIVE PULMONARY DISEASE
(2023 REPORT)
Medicina interna de Harrison | Porto Alegre; AMGH; 19 ed; 2017. 2 v. 
 KUMAR, Vinay; ASTER, Jon C.; ABBAS, Abul K.. Robbins & Cotran Patologia: bases patológicas das
doenças. 9 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1421 p.
DPOC estável: manejo farmacológico inicial. 
 www.uptodate.com/contents/stable-copd-initial-pharmacologic-management
Revisão da literatura atualizada até: agosto de 2023.
Última atualização deste tópico: 03 de agosto de 2023.
https://www.uptodate.com/contents/stable-copd-initial-pharmacologic-management/contributors
https://www.uptodate.com/contents/stable-copd-initial-pharmacologic-management/contributors
FIM!
BOM FERIADO

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