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Desenvolvimento do núcleo da tuberosidade do calcâneo: estudo radiológico * STELLA ROSENBAUM1, CACILDA BEHMER2 RESUMO O desenvolvimento do núcleo de crescimento da tu- berosidade do calcâneo foi avaliado com o objetivo de fornecer parâmetros para o estudo da região, como sub- sídio para futuras correlações anatomoclínicas, principal- mente nas talalgias. O estudo foi realizado em radiogra- fias de perfil com carga de 340 pés de 170 pessoas de am- bos os sexos, com idades compreendidas entre três e 18 anos. Como resultados, foram registrados o local de apa- recimento do núcleo, os valores mínimos, máximos e a média das idades de aparecimento e da fusão do mes- mo à tuberosidade, bem como a altura da proeminência plantar do calcâneo após o final do desenvolvimento do núcleo. O tratamento estatístico revelou que a fusão do núcleo é mais precoce no sexo feminino e que não há diferença significativa entre o pé direito e o pé es- querdo. SUMMARY Development of the nucleus of the calcaneus tuberosity: a radiological study Knowledge about the development of the nucleus of the calcaneus tuberosity during the growing period up to physeal ossification provider parameters for the diagnosis of adult pathological conditions, talalgias in particular. Three hundred and forty X-rays in dorso-plan- tar and lateral view, of one hundred and seventy subjects, were studied. Subjects represented a random sample of school pupils, of both sexes, ages ranging from three to eighteen. In lateral view X-rays, the calcaneus tuberosity was marked according to a subdivision into four areas. Other marked points were the point of initial ossification of the nucleus and its position when physeal ossification * Pesq. realiz. no Dep. de Ortop. e Traumatol. da Fac. de Med. e nos Serv. de Traumato-Ortop. e Radiodiag. do Hosp. Univ. Cle- mentino Fraga Filho-UFRJ. 1. Prof. Titular e Chefe do Departamento. 2. Mestre em Med. -A.C. Ortop. e Traumatol-FM-UFRJ. Rev Bras Ortop – Vol. 28, Nº 7 – Julho, 1993 was completed. The plan tar tuberosity prominence was also measured. Measurement data, maximum, minimum, and average, are presented. Conclusions are drawn from the information obtained analyzing the data. INTRODUÇÃO As talalgias, principalmente as plantares e posterio- res, são freqüentes na prática ortopédica e costumam ser relacionadas com doença de Sever, esporão de calcâneo, condições questionáveis, fascite plantar, doença de Ha- glund, bursites e artrites; entretanto, há casos em que não se consegue determinar a causa da síndrome dolo- rosa (16,27,33,35) . Apesar das contribuições encontradas na literatura, acreditamos que alguns aspectos da fisiopato- logia das estruturas das regiões posterior e plantar do calcâneo venham a ser esclarecidos; dentre esses, a falta de parâmetros que indiquem a posição e a evolução do núcleo da tuberosidade do calcâneo motivou a presente pesquisa, que originou uma tese de Mestrado(3). Objetivo — Definir padrões do aspecto radiológico do desenvolvimento do núcleo da tuberosidade do calcâ- neo, desde o início do aparecimento, passando pela pro- gressão da ossificação, até sua fusão ao calcâneo. Esses dados poderão ser utilizados nas correlações anatomoclí- nicas e nas indicações terapêuticas na patologia do retro- pé, principalmente nas talalgias. MATERIAL E MÉTODO Sujeitos da pesquisa — Foram estudados 340 pés de 170 indivíduos, com idades entre três e 18 anos, sem queixas nem alterações aparentes nos pés, sendo 100 do sexo feminino (200 pés) e 70 do masculino (140 pés). Não foi levada em conta a variável cor, tendo em vista a miscigenação existente na população estudada. Métodos — Em todos os casos, foram realizadas ra- diografias em incidências dorsoplantar e perfil, em posi- ção ortostática; as primeiras foram utilizadas para ex- cluir qualquer defeito inaparente. Nas radiografias em perfil com carga, usamos dois métodos para localização 511 S. ROSENBAUM & C. BEHMER do núcleo da tuberosidade do calcâ- neo: um através de zonas e outro uti- lizando o sistema de coordenadas x e y. Também foi medida a altura da proeminência plantar. Zonas de desenvolvimento do núcleo — Nas radiografias em perfil, foram assinalados os seguintes elemen- tos: a) traçada uma linha ao longo da projeção da cortical inferior ao calcâneo, faz-se uma perpendicular a ela, partindo do ponto mais alto da tuberosidade — ponto 0 (fig. 1); b) sobre essa linha demarcam-se cin- co pontos — 0, 1, 2, 3 e 4 (fig. 1), destinados a delimitar quatro zonas, I, II, III e IV, de modo que cada uma delas corresponda à porção com- preendida entre dois pontos contí- guos. Coordenadas X e Y — Esse siste- ma foi utilizado para proporcionar maior precisão nas leituras. Usamos como eixo do sistema (x, y) o ponto superior mais proeminente da face posterior do calcâneo, indicando-o como zero; os pólos superior e infe- rior do núcleo constituem os pontos Fig. 1 — Radiografia de calcâneo Fig. 2 — Calcâneo em perfil com carga, com em perfil com carga demonstrando linha traçada ao longo da projeção da corti- os pontos de zero a quatro delimitando cal inferior e régua medindo a proeminência as zonas de I a IV plantar Fig. 3 — Marcação do ponto 0; Fig. 4 — Papel transparente sobre a radiogra- 0 do pólo superior (PS) e pólo fia do calcâneo com carga para posterior trans- inferior (PI) do núcleo ferência para o papel milimetrado do sistema que nos darão sua localização. Esses pontos são assinalados numa folha transparente, colocada sobre a radiografia, e a seguir são transportados para o papel milimetrado, assim obtendo-se sua localização (figs. 3, 4 e 5). Esse método foi utilizado para a aplicação do tes- te t de Student, com vistas às correlações entre os pés direito e esquerdo. Os dados obtidos permitem observar a evolução da ossificação do núcleo e a sua posição em relação ao calcâneo. Medida da proeminência plantar — Nas radiogra- fias em que o núcleo se achava completamente ossifica- do, estando ou não fundido ao calcâneo, foi medida a proeminência plantar. Para isso, foi usada a linha traça- da ao longo da projeção da cortical inferior, partindo dela uma perpendicular até o ponto mais plantar da proeminência; essa distância é medida em milímetros (fig. 2). RESULTADOS Da análise das radiografias, foram obtidos os seguin- tes dados. O núcleo da tuberosidade do calcâneo inicia sua os- sificação na zona IV do sistema de zonas utilizado nes- 512 Fig. 5 — Localização do núcleo no sistema de eixos x, y. A linha trace- jada corresponde ao núcleo. te trabalho, sob a forma de pequenos pontos, pouco ní- tidos, que em pouco tempo se unem formando um úni- co (fig. 6, a e b). Rev Bras Ortop — Vol. 28, Nº 7 — Julho, 1993 DESENVOLVIMENTO DO NÚCLEO DA TUBEROSIDADE DO CALCÂNEO: ESTUDO RADIOLÓGICO O calcâneo apresenta, pouco an- tes do núcleo tornar-se visível aos raios X, a face posterior rugosa, o que permanece até a fusão do núcleo. Evolução do núcleo: a partir da zona IV, a parte ossificada do núcleo expande-se para sua porção superior, onde é mais estreita, e para a porção inferior, onde é mais larga, estenden- do-se até a face plantar, onde partici- pa da formação da proeminência plan- tar. Em todos os casos, a densidade radiológica do núcleo encontrada foi maior que a do restante do calcâneo (fig. 7). A idade mínima de aparecimen- to da ossificação, no sexo feminino, foi de quatro anos e quatro meses e a máxima, sete anos e dois meses, sen- do a média de seis anos e um mês; no sexo masculino, a mínima foi de seis anos e dois meses e a máxima, de oito anos; a média, de sete anos e um mês (tabela 1). A idade de fusão do núcleo foi encontrada, no sexo feminino, na ida- Fig. 6a e b — Núcleo de crescimento na fase inicial de ossificação na zona IV de mínima de 11 anos e nove meses e na máxima de 13 anos e 11 meses, sendo a média de 12 anos e dez meses; no sexo masculino, a idade mínima foi de 13 anos e seis meses, a máxima de 17 anos e seis meses e a média de 15 anos e nove meses (tabela 1). A fusão se inicia pela zona IV, ouseja, pelo mes- mo local em que começou a ossificação; o último pon- to a se unir é o polo superior. O pólo superior do núcleo não chega em todos os casos até o ponto zero do sistema de zonas (fig. 8): 32,75% dos casos vão até o ponto zero; 15,51% ficam na zona I; 36,20% no ponto um; 13,79% na zona II e 1,72% no ponto dois. Medida da proeminência plantar: a altura da proe- minência plantar variou entre três e 12mm, sendo o seu valor médio de 6,81 mm e o desvio padrão de 1,82mm. Tratamento estatístico: realizado o teste qui-quadra- do para testar a hipótese da independência entre as variá- veis “sexo” e “C proem” (tamanho da proeminência), a mesma foi aceita, só sendo rejeitada quando escolhi- do um nível de significância maior que 45,3%, o que sig- nifica que as variáveis são independentes. O teste t de Student mostrou que não há diferenças significativas entre o tamanho do núcleo do pé direito e o do esquerdo. Rev Bras Ortop — Vol. 28, N° 7— Julho, 1993 Fig. 7 — Face posterior rugosa do calcâneo e núcleo de crescimento mais denso que o cor- po do calcâneo Fig. 8 — Fusão do núcleo iniciando-se pela zo- na IV O estudo das médias evidenciou a relação entre se- xo, idade de aparecimento e fusão do núcleo, sendo mais precoce no sexo feminino. Não foram encontrados sinais sugestivos de escorregamento do núcleo. D I S C U S S Ã O Nas radiografias analisadas na presente pesquisa, observamos que a face posterior do calcâneo se torna ru- gosa próximo à época de aparecimento radiológico do núcleo, assim permanecendo até sua fusão, como já cita- do por Filippo & Ziaco(7) e Shopfner & Coin (32) . Nesta pesquisa, observamos o início da ossificação na zona IV, ou seja, próximo ao pólo inferior do calcâ- neo. Não encontramos referência a esse aspecto na litera- tura pesquisada. O núcleo aparece sob a forma de pontos pouco níti- dos, que logo se unem formando um único, como já re- latado por Filippo & Ziaco(7), Francis (10), Galstaun (l2) , Shopfner & Coin(32) , e apresenta durante todo o seu de- senvolvimento densidade radiológica maior que a do cor- p o d o c a l c â n e o ( 7 , 1 0 , 1 2 , 2 8 , 3 2 , 3 4 ) . Pryor (24) e Ross & Caffey(28) observaram que o de- senvolvimento do núcleo de crescimento é simétrico. No presente estudo, também não observamos diferenças 513 S. ROSENBAUM & C. BEHMER estatisticamente significativas entre o núcleo do pé direi- to e o do pé esquerdo. Como se pode observar na tabela 1, a época de apa- recimento e fusão do núcleo varia (1,7,8,10,12,14,3l,32) .Vários autores (tabela 1) não fazem diferença entre os sexos fe- minino e masculino para a idade do início da ossificação e fusão do núcleo(4,5,14,21,22,36) . Alguns relatam início da ossificação igual para ambos os sexos, referindo que a fusão ocorre primeiro no feminino, devido ao amadure- cimento sexual ser mais precoce neste(1,28,31) . Outros re- latam a ossificação e a fusão mais precoce no sexo fe- minino, o que também foi observado na presente sé- r i e ( 7 - 9 , 1 1 - 1 3 , 1 7 , 2 3 , 2 4 , 2 9 , 3 0 ) . TABELA 1 Dados sobre o aparecimento e a fusão do núcleo da tuberosidade do calcâneo obtidos na literatura A u t o r F i l i p p o (7) – – – Shopfner & C o i n ( 3 2 ) Girdany & G o l d e n (14) A l l e n( 1 ) – – – S h e l t o n (31) – Gals taun (12) Sarraf ian (29) – – – Francis(9) F l e c k e r(8) Presente s é r i e Idade Feminino Masculino mín máx média mín máx média mín máx média mín máx média mín máx média mín máx média mín máx média mín máx média mín máx média mín máx médla 5a 8a — 4a 7a — 5a 12a — 5a 10a — — 8a — 6a 9a — — — 5a 4m 4a 6m 9a 7a 7a 1m — 7a 4a 4m 7a 2m 6a 1m 16a 12a 15a — 12a 22a 15a 16a 13a 15a 12a 15a — — 13a 8m 12a 10m — 14a 11a 9m 13 a 11m 12a 10m 6a 2m 8a 7a 1m Apar. Fusão Apar. 7a 10a -11a 7a 10a 5a 12a 5a 10a — 8a 7a 11a 7a 4m 6a 2m 10a 7a-8a 7a 5m — 8a Fusão — — 17a-18a 12a 15a — 12a 22a — 16a 18a — 14a 16a — 12a 17a — — — 15a 8m — — — 14a 6m — 17a 13a 6m 17a 6m 15a 9m mín = mínima; máx = máxima; a = anos; m = meses; apar = aparecimento. 514 A pesquisa cujos resultados mais se aproximam dos nossos é a de Francis (10); entretanto, esse autor só faz re- ferência ao início da ossificação. Vários autores (2,6,9,15,19,20,25,26) fazem referência a fato- res raciais, endócrinos e biomecânicos que podem alte- rar a época de aparecimento e fusão dos núcleos, o que não foi objetivo deste trabalho. Flecker (8) faz referência à ausência de fusâo do nú- cleo de crescimento em dois casos, o que não foi obser- vado em nenhum caso neste trabalho. Harding (18), Shopfner & Coin (32) e Davies & Par- sons (5) fazem referência a um núcleo secundário do calcâ- neo; o mesmo apareceria mais tarde no pólo superior do núcleo principal e a ele se uniria posteriormente. Tal fato não foi observado em nosso trabalho. Shopfner & Coin(32) relatam que no final do desen- volvimento o núcleo recobre toda a face posterior do calcâneo; entretanto, na presente série, esse fato só foi constatado em 32,75% dos casos. Filippo & Ziaco(7) relatam o início da fusão do nú- cleo ao calcâneo pela porção média do mesmo; neste nosso estudo, foi observado que a fusão se inicia na zo- na IV, portanto abaixo da área encontrada pelo autor. Arandes & Viladot (2) referem o início da ossificação no ponto de inserção do tendão de Aquiles, mas não ci- tam o número de peças anatômicas examinadas. Não encontramos na literatura referências ao tama- nho da proeminência plantar por nós estudada. Ela va- ria de três a 12mm, sendo a média de 6,81 mm, indepen- dente do sexo. A análise da fragmentação do núcleo não foi obje- to do presente trabalho. CONCLUSÕES 1) O aparecimento radiológico do núcleo da tubero- sidade do calcâneo tem início ao nível da porção mais inferior da face posterior do calcâneo, correspondendo à zona IV da divião em zonas do presente trabalho. 2) A idade média de aparecimento do núcleo no se- xo feminino é de seis anos e um mês, sendo a mínima de quatro anos e quatro meses e a máxima de sete anos e dois meses; no sexo masculino, a média é de sete anos e um mês, sendo a mínima de seis anos e dois meses e a máxima de oito anos; não há diferenças significativas entre os dois pés. 3) O início da fusão do núcleo à tuberosidade se dá na zona IV do presente estudo, isto é, em frente à porção mais inferior da tuberosidade. 4) A idade média da fusão completa do núcleo à tu- berosidade, no sexo feminino, é de 12 anos e dez meses, Rev Bras Ortop — Vol. 28, Nº 7 — Julho, 1993 – – – – – – – DESENVOLVIMENTO DO NÚCLEO DA TUBEROSIDADE DO CALCÃNEO: ESTUDO RADIOLÓGICO sendo a mínima de 11 anos e nove meses e a máxima de 13 anos e 11 meses. No sexo masculino, a média é de 15 anos e nove meses, sendo a mínima de 13 anos e seis meses e a máxima de 17 anos e seis meses; não há diferenças significativas entre os dois pés. 5) O núcleo recobre totalmente a superfície poste- rior da tuberosidade em apenas 32,75% dos casos; nos demais, a localização do seu pólo superior varia entre as zonas I e II. 6) A proeminência plantar da tuberosidade do calcâ- neo varia entre 3mm e 12mm, com média de 6,81 mm; não apresenta relação com o sexo. REFERÊNCIAS 1. 2. 3. 4. 5. 6 . 7 . 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. Allen, M.D.: An X-ray study of the development of the ossifica- tion centers of the skeletal system. Radiology 7: 398-409, 1926. Arandes, R. & Viladot, A.: Biomecânica del calcáneo. Med Clin {Barc) 1: 25-34, 1953. Behmer, C.: Desenvolvimento do núcleo da tuberosidade do colcâ- neo. Estudo radiológico, Tese de Mestrado em Medicina A.C. Or- top. e Traumatol., Fac. Med. da UFRJ, RJ, 1988. 56f. 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