Guia da comunicação não violenta-o que é e como praticá-la

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GUIA DA COMUNICAÇÃO 
NÃO VIOLENTA: O QUE É 
E COMO PRATICÁ-LA
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Introdução ............................................................. 3
Comunicação não violenta — o que é? ................ 5
Quando pode ser usada? ..................................... 9
Qual é a importância? ........................................ 11
Como praticá-la? ................................................ 14
Conclusão ........................................................... 20
Sobre o Clube da Fala ........................................ 22
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INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO
Certamente, você já deve ter se dado conta de que um dos grandes desafios não apenas na vida pessoal, mas também na profissional, é a comunicação, não é mesmo? Afinal, ela é a base das nossas 
relações interpessoais, a nossa principal forma de expressar felicidade e 
descontentamento com as situações, aquilo que usamos para argumentar ideias 
e fecharmos negócios, o principal recurso humano para liderar equipes etc.
Não é à toa que muita gente se questiona acerca de como aprimorá-la e 
dominá-la, especialmente para lidar com episódios de pressão no trabalho, 
imprevistos na rotina, dificuldades de socialização e baixa autoconfiança. 
Isto é, momentos nos quais o estresse, a falta de controle e as adversidades 
acabam gerando conflitos, em grande parte, desnecessários.
Pensando nisso, preparamos um guia exclusivo que explica o que é a técnica 
da comunicação não violenta e como você pode adotá-la no seu dia a dia 
para se tornar uma pessoa e um profissional melhores. Confira!
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COMUNICAÇÃO NÃO 
VIOLENTA — O QUE É?
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COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA — O QUE É?
A comunicação não violenta é uma técnica desenvolvida pelo psicólogo Marshall B. Rosenberg nos anos 60. O objetivo dela é aperfeiçoar a nossa capacidade de interagir com os demais, uma vez que a 
compreensão mútua tem dado cada vez mais espaço aos conflitos que 
só desgastam as relações, criam barreiras de distanciamento entre os 
indivíduos e têm levado a sociedade a ser mais intolerante e agressiva.
Para tanto, Marshall propõe resgatar a nossa humanidade e gerar conexões 
verdadeiras entre as pessoas — nas quais a empatia é a palavra de ordem. 
Para chegar a esse objetivo, segundo ele, é preciso alcançar os quatros 
componentes necessários para uma comunicação saudável: observação, 
sentimento, necessidades e pedido. A seguir, você vai entender melhor 
o que cada um deles representa!
OBSERVAÇÃO
O primeiro componente se trata da observação. Isto é, é necessário que 
possamos avaliar o ambiente e o contexto das nossas interações para 
entendermos por que alguém se comporta de determinada maneira sem 
julgá-lo logo de cara por essa postura.
Em um dia de trabalho em que há a entrega de diferentes projetos em um 
curto prazo de tempo, por exemplo, você pode ter dificuldades para se 
comunicar com a equipe que gerencia e passar a dar ordens mais ríspidas 
e mal-humoradas para os funcionários. A questão é que há uma justificativa 
para o ocorrido: a pressão e a cobrança que recaem sobre você o afetam 
e o deixam em um constante estado de estresse e de tensão.
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COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA — O QUE É?
SENTIMENTO
O sentimento, por sua vez, está relacionado às emoções que você 
tem diante dessa situação (como irritação, raiva, vergonha, culpa ou 
indignação). A ideia é que você consiga identificar o que está sentindo e o 
que funcionou como gatilho para isso.
Considerando o exemplo anterior, você pode se sentir culpado e 
envergonhado — emoções reconhecidas — ao ver que foi ríspido com 
todos e chegou, inclusive, a usar ameaças de penalização ou de demissão 
por não conseguir delegar as tarefas como desejava — o gatilho que 
provoca a sua resposta psicoemocional.
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COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA — O QUE É?
NECESSIDADES
Na necessidade, você mergulha de vez em um verdadeiro processo de 
autoconhecimento. A razão disso é que esse componente tem como objetivo 
fazê-lo entender por que uma situação X ou Y gera gatilhos em você.
Se levarmos em conta, mais uma vez, o exemplo da equipe, podemos 
identificar que você precisava ser ouvido e visto como um líder pelos demais. 
Contudo, como isso não ocorreu, a ação tomada foi recordá-los nada 
amigavelmente da sua posição na hierarquia da empresa e dos riscos que os 
colaboradores corriam ao desafiá-la — o que gerou a rispidez e as intimidações.
PEDIDO
Por último, o pedido traz uma reflexão de maneiras alternativas por meio 
das quais a sua comunicação poderia ter seguido em vez de apelar 
para violências verbais e ações autoritárias. Afinal, por esse caminho, você 
até pode alcançar o resultado desejado, mas ele trará uma série 
de problemas mais à frente.
Entre eles, estão a antipatia generalizada dos funcionários, a dificuldade 
de socialização com eles, várias rachaduras na harmonia e no equilíbrio 
da equipe e, em casos mais graves, até o aumento da rotatividade de 
empregados — pois muitos podem preferir se demitir a trabalhar com você. 
Ou seja, o pedido nada mais é do que repensar como você interage com os 
demais e indicar a eles o que espera de cada um de forma clara, sem rodeios 
e, acima de tudo, de maneira empática.
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QUANDO PODE 
SER USADA?
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QUANDO PODE SER USADA?
Um dos pontos altos da comunicação não violenta é que ela não se restringe a apenas uma esfera da vida. Basta lembrar que a comunicação é uma característica compartilhada universalmente 
pelos homens — assim como também acontece com as falhas de diálogo, 
que são responsáveis por gerar o conflito.
Por isso, ela pode (e deve) ser aplicada nas mais diferentes situações em 
que há interação com outras pessoas, como encontros amorosos, conversas 
com familiares, reuniões com parceiros comerciais, disputas no ambiente 
de trabalho, defesa de projetos e de serviços, apresentações de atividades 
acadêmicas, debates com colegas da faculdade etc.
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QUAL É A 
IMPORTÂNCIA?
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QUAL É A IMPORTÂNCIA?
Há pouco, abordamos tanto os pilares da comunicação não violenta quanto as situações do cotidiano em que ela pode ser aplicada. Agora é o momento de conhecer alguns dos benefícios que ela gera 
para você, contribuindo diretamente para o seu desenvolvimento pessoal e 
para o seu autoconhecimento. Confira!
PROMOVE E FORTALECE RELAÇÕES
A comunicação não violenta fortalece e promove as suas relações 
interpessoais — e isso não é à toa. Quando você se comunica de 
maneira mais eficiente, honesta e pacífica, as pessoas do seu convívio o 
compreendem melhor, veem uma mudança positiva na sua postura 
diante dos problemas e percebem que você é alguém com quem elas 
podem contar e compartilhar as coisas.
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QUAL É A IMPORTÂNCIA?
PRODUZ REFLEXÕES SOBRE COMPORTAMENTOS 
E SENTIMENTOS
Outro benefício desse tipo de comunicação é a reavaliação do seu estado 
comportamental e emocional. Afinal, quando você acumula coisas não ditas, 
sentimentos não expressos e necessidades não sanadas, naturalmente, 
ocorre um processo de acúmulo de frustações. Tudo isso, por sua vez, 
compromete a sua saúde mental e gera dificuldades de interação.
PREVINE EPISÓDIOS DE AGRESSIVIDADE
Um dos pontos que a comunicação não violenta mais trabalha é justamente 
o autoconhecimento sobre por que você se sente mais afetado diante de 
determinadas circunstâncias e como isso se reflete na sua fala, na 
sua postura e nas suas ações.
Ao compreender isso, você dá um passo importante para evitar que a 
sua interação com os outros seja falha e dê abertura para episódios de 
agressividade verbal e, inclusive, física, o que pode prejudicar a sua vida 
pessoal, a social, a acadêmica e a profissional.
AJUDA NO ALCANCE DE CONSENSOS
Outra vantagem importante é que essa comunicação permite que você 
consiga gerenciar melhor situações de conflito,uma vez que saberá como se 
expressar e, acima de tudo, como ouvir com respeito e empatia o próximo. 
Portanto, você conseguirá assumir uma postura mais pacífica e mediadora, o 
que é muito bem-visto no mercado de trabalho.
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COMO PRATICÁ-LA?
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COMO PRATICÁ-LA?
Para encerrar, vamos mostrar algumas dicas que o ajudam a praticar a comunicação não violenta. Fique atento a elas, pois cada uma revela aspectos que contribuem para afetar negativamente a sua interação 
com as outras pessoas e por que isso precisa mudar.
OUÇA MAIS E FALE MENOS
A comunicação parte do diálogo, algo que demanda, pelo menos, duas 
pessoas envolvidas. No entanto, quando só uma se expressa e se faz ouvir, 
o diálogo deixa de existir e dá lugar ao monólogo. Ou seja, por mais que haja 
interação entre você e outros indivíduos, ela se torna autocentrada, de modo 
que o único objetivo torna-se discutir sobre aquilo que o envolve.
Quem age assim tem mais dificuldades de se conectar em um nível mais 
íntimo com os outros, em desenvolver a empatia e em ser cotado para 
atividades que envolvem o coletivo. Por isso, é importante aprender a ouvir 
mais e falar menos, estar aberto a conhecer o próximo e a entender quais as 
dores, as dificuldades e as necessidades que ele tem.
COMPREENDA O SENTIMENTO E A NECESSIDADE
Tente sempre compreender qual é a sua necessidade diante dos momentos 
da vida e os sentimentos que ela tem causado em você. Isso é essencial para 
não agir sem pensar, apenas por estar de cabeça quente, e acabar adotando 
uma comunicação mais intempestiva e agressiva com as pessoas.
Diante de momentos caóticos, imprevistos e situações de estresse, pare, 
respire fundo e dedique alguns minutos para a autorreflexão. Isso vai ajudá-lo 
a enxergar o contexto por outra perspectiva.
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COMO PRATICÁ-LA?
FAÇA PERGUNTAS NO LUGAR DE DEDUZIR
A terceira dica se trata de evitar deduzir o que se passa nos ambientes ou, 
ainda pior, na mente das pessoas a partir de coisas que você vê, escuta ou 
passa a saber por terceiros.
Um comportamento mais arredio ou mal-humorado de um indivíduo no 
ambiente de trabalho, por exemplo, pode ser motivado pelo dia dele, que pode 
estar bastante problemático, com projetos recusados e criticados pelo chefe, 
brigas no lar, acidentes no trânsito, perda de um familiar querido etc.
Afinal, como diz o ditado, nem tudo é 8 ou 80. Na maior parte das vezes, 
você só vê a ação, não a(s) causa(s) dela. Portanto, antes de já criticar o 
outro por atitude A ou B, opte por perguntar o que se passa com ele e se 
mostrar disponível caso o sujeito queira conversar ou mesmo desabafar. 
Empatia é fundamental nesses momentos.
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COMO PRATICÁ-LA?
SEJA SEMPRE CLARO
A quarta dica é sempre ser claro ao se comunicar. Parece algo simples, 
mas acredite: a maioria das pessoas não coloca isso em prática e acaba 
lidando com muitos problemas.
Elas costumam fazer rodeios para chegar aonde querem, usam mil e uma 
justificativas para evitar dizer aquilo que realmente buscam e até mesmo colocam 
outras pessoas no assunto para disfarçar (ou amenizar) o fato de que elas é 
quem, de fato, desejam algo. Porém, quem almeja praticar a comunicação não 
violenta precisa entender que ser honesto e sucinto na fala é fundamental para 
se fazer ser compreendido, evitar mal-entendidos e, inclusive, não gerar boatos.
PRATIQUE O RESPEITO COM O PRÓXIMO
Outra dica útil é praticar o respeito com o próximo. A razão disso é que as 
pessoas têm histórias, culturas, educações, tradições e origens de vida 
diversas. Tudo isso se reflete não só na personalidade, mas também na 
maneira como elas interagem com os demais. Por isso, o ideal é não ceder a 
julgamentos prévios que só vão servir para dificultar a sua capacidade de se 
conectar com os indivíduos e ter uma comunicação efetiva e saudável.
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COMO PRATICÁ-LA?
EVITE UM DISCURSO NEGATIVO
Além do que foi dito, é importante não ter um discurso negativo. Esse tipo de 
comunicação é muito prejudicial para as relações interpessoais e para o 
trabalho em equipe, uma vez que você se coloca de antemão como oposição 
aos demais, demonstrando que não confia no potencial e na determinação 
deles de realizarem um feito ou conquistarem uma meta.
Portanto, é fundamental adotar uma postura contrária, que consiste não 
em uma positividade cega — que acha que as coisas vão “cair do céu” 
apenas porque você as merece —, mas em uma positividade concreta — que 
reconhece o esforço e o engajamento de quem está ao seu redor e que sabe 
que esse preparo é o primeiro passo para o sucesso.
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COMO PRATICÁ-LA?
FOQUE A SOLUÇÃO, NÃO O PROBLEMA
Por último, mas não menos importante, foque a solução, não o problema. 
Falar e opinar sobre esse último pode ser tentador, mas não resolve nada. Ao 
contrário, mantém todos estagnados e instiga a animosidade entre as pessoas 
que estão envolvidas direta e indiretamente com os resultados do ocorrido.
O ideal é sempre colocar o problema em foco para encontrar a melhor e mais 
prática solução para ele. Assim, é possível sanar a situação rapidamente e 
contribuir efetivamente para ajudar o próximo.
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CONCLUSÃO
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CONCLUSÃO
Como você leu neste guia, a comunicação não violenta promove uma ressignificação na nossa forma de se comunicar. Em vez de um diálogo racional, distante, que impõe ordens e ignora a realidade do 
outro, ela nos convida a estabelecer um contato que expressa sentimento, 
aproxima as pessoas, propõe acordos e é empático.
Dessa forma, é possível criar uma conexão mais aprofundada com os demais 
e ter ganhos reais tanto na vida íntima quanto na profissional. Portanto, siga 
as nossas dicas e comece a praticá-la!
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SOBRE 
A ROCK 
CONTENT
O Clube da Fala é uma empresa focada em cursos de 
oratória e usa conceitos da fonoaudiologia. Oferecemos 
cursos de oratória, treinamento individual para pessoas 
com inibição ao falar em público e que precisam trabalhar 
a fala em público, para pessoas que já são palestrantes, 
mas querem se aperfeiçoar, para aquelas que querem ter 
alta performance em comunicação, para pessoas que 
querem crescer profissionalmente e para pessoas que 
querem se posicionar nas redes sociais. Disponibilizamos 
treinamentos presenciais, online (ao vivo) e online gravados.
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	Comunicação não violenta — o que é?
	Quando pode 
ser usada?
	Qual é a importância?
	Como praticá-la?
	Conclusão
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