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Cópia de PLAT Componentes Sistema de Serviço de saúde

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Universidade Federal da Bahia
Instituto de Saúde Coletiva
Rua Basílio da Gama, s/nº, 40110-040 – Campos Universitário – Canela - Salvador - Bahia, Brasil (71)3263.7407 - e-mail: deptoisc@ufba.br
	
ISCA83 - POLÍTICA DE SAÚDE- I
PLANO DE ATIVIDADES
Componentes para análise de um sistema de saúde – parte 01
Objetivo: Caracterizar os componentes para análise de um sistema de saúde.
Perguntas geradoras:
a) Como caracterizar os componentes financiamento e gestão do SUS? 
FINANCIAMENTO
· O financiamento do SUS é oriundo de recursos financeiros do Orçamento da Seguridade Social, além de recursos da União, dos Estados e dos Municípios;
· Recursos administrados pelos Fundos de Saúde - fiscalização dos Conselhos de Saúde e dos Órgãos de Controle (Tribunais de Contas de cada esfera administrativa);
· Em cada esfera de governo existe um Fundo de Saúde - gestor financeiro dos recursos:
1. Na esfera federal - Ministério da Saúde (Fundo Nacional de Saúde - FNS);
2. Na esfera estadual - Fundos Estaduais de Saúde (FES) (Secretarias Estaduais de Saúde);
3. Na esfera municipal - Fundos Municipais de Saúde (FMS) (Secretarias Municipais de Saúde).
· Repasse financeiro é feito diretamente do FNS para os fundos dos Estados e Municípios – ou dos FES para os Fundos Municipais - Modalidade de transferência é chamada de repasse fundo a fundo.
GESTÃO
· Os gestores do SUS são os representantes do poder executivo no âmbito dos municípios, dos estados, do Distrito Federal e da União;
· Seguridade social – Salário (empregados e empregadores) + Faturamento (Fundo de Investimento Social, Contribuição para financiamento da Seguridade Social) + Lucro líquido das empresas (CSLL) + Loterias (Concurso e prognostico);
· Cada uma das estruturas que compõe a direção do SUS nas diferentes esferas do governo possui uma organização própria;
· Ministério da Saúde - Fórmula, normatiza, fiscaliza, monitora e avalia políticas e ações, em articulação com o Conselho Nacional de Saúde. Atua no âmbito da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) para pactuar o Plano Nacional de Saúde. Integram sua estrutura: Fiocruz, Funasa, Anvisa, ANS, Hemobrás, Inca, Into e oito hospitais federais;
· Secretaria Estadual de Saúde (SES) - Participa da formulação das políticas e ações de saúde, presta apoio aos municípios em articulação com o conselho estadual e participa da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) para aprovar e implementar o plano estadual de saúde;
· Secretaria Municipal de Saúde (SMS) - Planeja, organiza, controla, avalia e executa as ações e serviços de saúde em articulação com o conselho municipal e a esfera estadual para aprovar e implantar o plano municipal de saúde;
· Conselhos de Saúde - composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo;
· Comissão Intergestores Tripartite (CIT) - Foro de negociação e pactuação entre gestores federal, estadual e municipal, quanto aos aspectos operacionais do SUS – Redução gradual da participação da União no financiamento da saúde;
· Comissão Intergestores Bipartite (CIB) - Foro de negociação e pactuação entre gestores estadual e municipais, quanto aos aspectos operacionais do SUS;
· Conselho Nacional de Secretário da Saúde (Conass) - Entidade representativa dos entes estaduais e do Distrito Federal na CIT para tratar de matérias referentes à saúde;
· Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) - Entidade representativa dos entes municipais na CIT para tratar de matérias referentes à saúde;
· Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) - Entidades que representam os entes municipais, no âmbito estadual, para tratar de matérias referentes à saúde, desde que vinculados institucionalmente ao Conasems, na forma que dispuserem seus estatutos;
b) Quais avanços e dificuldades podem ser identificados em relação a cada um dos componentes?
FINANCIAMENTO
· Avanços
1. Aumento da participação dos municípios e estados no financiamento da saúde;
2. Aumento progressivo das transferências automáticas (‘fundo a fundo') de recursos federais para estados e municípios;
· Dificuldades
1. Não implantação do Orçamento da Seguridade Social;
2. Instabilidade de fontes durante a maior parte da década de 1990;
3. Dificuldades na regulamentação e no cumprimento da vinculação constitucional da saúde (EC 29);
4. Insuficiente volume de recursos para o setor;
5. Baixa participação dos investimentos no gasto público em saúde;
6. Excesso de condicionalidades para aplicação de recursos federais transferidos;
7. Distribuição de recursos federais, que ainda segue muito o padrão da oferta, com limitações na adoção de critérios de promoção da equidade;
GESTÃO
· Avanços
1. Aumento da capacidade gestora e experiências inovadoras de gestão e organização da rede de serviços de saúde em diversos estados e municípios;
2. Expansão efetiva da oferta de serviços para áreas até então desassistidas;
3. Transferência progressiva de responsabilidades, atribuições e recursos da esfera federal para estados e principalmente municípios;
4. Estabelecimento das comissões intergestores como instâncias efetivas de negociação e decisão;
· Dificuldades
1. Heterogeneidade da capacidade gestora entre os diversos estados e municípios;
2. Persistência de distorções relacionadas ao modelo anterior: superposição e excesso de oferta de algumas ações, insuficiência de outras, pouca integração entre serviços;
3. Revalorização recente, mas ainda indefinições do papel do gestor estadual, com riscos de fragmentação do sistema;
4. Conflitos acentuados e competitividade nas relações entre gestores (federal-estadual-municipal, estadual-estadual, estadual-municipal e municipal-municipal);
5. Baixa institucionalidade das instâncias de negociação e pactuação federativa em âmbito regional;
	
c) Como caracterizar os componentes organização, modelo de atenção, infraestrutura do SUS? 
ORGANIZAÇÃO
MODELO DE ATENÇÃO
· Reforma Sanitária nos anos 1980, no contexto da redemocratização do país;
· Integração dos serviços públicos ao comando único em cada esfera de governo - Ministério da Saúde (que incorporou o antigo Inamps), e ao comando das secretarias estaduais e municipais de saúde em seus respectivos territórios;
· SUS “herdou” o modelo de atenção médico-assistencial hospitalocêntrico e privatista, tornando-se assim um espaço dê conflitos e negociações e em torno das propostas de mudanças ou conservação do modelo de atenção;
· Observa-se em curso no SUS, algumas características vigentes do modelo sanitarista
1. Além das campanhas, elaboração e implantação dos programas especiais de controle de doenças e outros agravos, a implantação de sistemas de vigilância em saúde;
2. Campanhas sanitárias - Caráter esporádico, de acordo com as características epidemiológicas da doença ou agravo que se pretende erradicar ou controlar; programas especiais - “programas verticais”, resultaram da institucionalização de algumas campanhas. Exemplos: controle da malária, tuberculose, dengue, AIDS, hipertensão, diabetes etc.
3. Processo de descentralização da gestão do SUS levou à criação de estruturas administrativas em secretarias estaduais e municipais responsáveis pela execução de ações de vigilância. No âmbito nacional, a coordenação das ações de vigilância epidemiológica e ambiental passou a ser responsabilidade da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS);
4. Com a Reforma do Estado, em 1999, foi criada a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que passou a se responsabilizar pela coordenação nacional da política e das ações nessa área, desencadeando um processo de constituição do “sistema nacional de vigilância sanitária”;
INFRAESTRUTURA
d) Quais avanços e dificuldades podem ser identificados em relação a cada um dos componentes? 
ORGANIZAÇÃO
· Avanços· Dificuldades
MODELO DE ATENÇÃO
· Avanços
· Dificuldades
1. Tendência inevitável de elevação de custos + redução da efetividade diante das mudanças do Perfil epidemiológico da população + crescente insatisfação dos profissionais e trabalhadores de saúde + perda de credibilidade e confiança por parte da população usuária;
2. Esse “diagnóstico” encontra-se na base do movimento pela Reforma Sanitária Brasileira, tendo estimulado a elaboração da proposta de criação do SUS;
INFRAESTRUTURA
· Avanços
· Dificuldades
 
e) Como se caracteriza a atenção primaria à saúde e sua atuação (contribuições e limites) na rede de atenção à saúde para obtenção de um cuidado integral para os usuários do SUS?
· Conjunto de ações de caráter individual ou coletivo, situadas no primeiro nível de atenção dos sistemas de saúde, voltados para promoção da saúde, prevenção de agravos, tratamento e a reabilitação;
· Primeiro contato – a APS representa a porta de entrada do sistema de saúde;
· Acessibilidade – APS deve estar disponível para os usuários do sistema de saúde sem barreiras de nenhum tipo;
· Longitudinalidade – Estabelecimento de vínculos de longa duração, que possibilita maior conhecimento entre profissionais e usuários, suas necessidades, humanizando a relação;
· Integralidade – Articulação da APS com os demais níveis de atenção, além da atenção em domicílio, nos territórios. Articulação das práticas de saúde de promoção da saúde, prevenção de agravos e cuidados em todos os níveis de atenção;
· Coordenação – Garantia da continuidade do cuidado dos usuários ao interior do sistema de serviços de saúde;
· APS no Brasil
1. PACS (1991) – Foco na epidemia de cólera nas regiões Norte e Nordeste (vacinas e reidratação oral);
2. PSF (1994) – Pequenos municípios;
3. PSF na NOB (1996) – Priorização do PSF como proposta de organização dos serviços/estratégia de reorientação do modelo de atenção no SUS;
4. PNAB (2006/2011) – Estabelece a saúde da família como estratégia de reorientação do modelo de atenção;
5. PNAB (2011) Estratégia de Saude da Família (ESF) – Porta preferencial para o acesso aos serviços do SUS; Formada por uma equipe multiprofissional (médico, enfermeiro, auxiliar/técnico de enf. E ACS – 150 famílias); Responsável por uma população adscrita; Estabelecimento de vínculo com as famílias no território; Oferta ações individuais e coletivas; Responsabiliza-se pelo encaminhamento para outros pontos do sistema de serviços e pelo cuidado longitudinal dos pacientes;
6. Equipe de saúde bucal (eSB) 2001;
7. Núcleo de Apoio à saúde da família (NASF);
8. PNAB 2017;
· A atenção primaria foi a principal frente de expansão do direito a saúde na vigência do SUS, com a expansão das eSF e de sua cobertura pop.
· Prevalece visão da APS como lugar de busca e acesso a procedimentos simples e porta de entrada para acessar os demais recursos em saúde;
· A APS ainda tem dificuldade para ocupar o lugar de ordenadora da rede de atenção à saúde e coordenadora clínica do cuidado;
· Fazer articulação assistencial com os recursos de diagnósticos e tratamento com um sistema fragmentado, concentrado e com influência de recursos marcados por desigualdades;
f) Como se caracteriza a atenção ambulatorial especializada e qual o seu papel no âmbito da rede de atenção, para obtenção de um cuidado integral para os usuários do SUS?
g) Como se caracteriza a atenção terciária e qual o seu papel no âmbito da rede de atenção, para obtenção de um cuidado integral para os usuários do SUS?
h) Que desafios estão colocados para a constituição de uma rede de atenção integral à saúde resolutiva no Brasil?

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