Buscar

DIARIO DE BORDO - FINAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA 
INSTITUTO DE HUMANINADES, ARTES E CIÊNCIAS PROFESSOR MILTON SANTOS 
HACA77 – ESTUDOS DAS SUBJETIVIDADES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOCENTE: DENISE VIEIRA 
DISCENTE: MARIA ANTÔNIA GABRIEL DE SOUZA SANTOS 
SEMESTRE: 2022.1 
 
Não sou muito boa com a escrita, demoro muito para encontrar as palavras 
que quero usar, também nunca senti vontade de escrever um diário. Ao começar 
cursar essa disciplina, fiquei muito surpresa e intrigada com a solicitação da 
professora, a escrita de um diário de bordo, comecei, então, a escrevê-lo para ver 
onde ia dar. Antes, entretanto, pesquisei sobre como se produz esse tipo de texto e 
descobri que é uma atividade que pode aumentar a autoestima, a motivação e a 
autoconfiança, além de também explorar áreas de nós mesmos que nem sempre 
temos acesso. Para tornar o texto interessante, utilizei além das palavras, imagens, 
não apenas pela orientação de professora Denise, mas também pelo que essas 
podem expressar juntamente com as palavras escritas. A partir disso, dei uma direção 
ao conteúdo que aprendi nas aulas de HACA77 e as minhas impressões a respeito. 
 
Aula de inauguração do curso de Estudos das Subjetividades que começou 
com apresentação da professora Denise Vieira e das monitoras Jade e Andreza, 
assim como da turma através de uma atividade em grupos que nos levou a um maior 
entrosamento. 
Houve também uma dinâmica com toda a sala e a música “Anunciação”, de 
Alceu Valença, o que me fez pensar a respeito de sua letra, de como possui diferentes 
significados, variando de pessoa para pessoa: para alguns, se trata de uma música 
religiosa, outros afirmam que seria uma canção de amor, há até quem veja referências 
ao fim da ditadura militar. 
Da perspectiva religiosa, Anunciação é o nome pelo qual ficou conhecido o 
momento em que o Anjo Gabriel conta para a Virgem Maria que ela seria a mãe de 
Jesus Cristo. Além disso, alguns termos podem ser entendidos como referências 
cristãs: sinais é uma palavra muito utilizada no Novo Testamento como indicador do 
fim dos tempos; os sinos das catedrais, mencionam os templos divinos. 
 
“A voz do anjo sussurrou no meu ouvido 
Eu não duvido, já escuto os teus sinais 
Que tu virias numa manhã de domingo 
Eu te anuncio nos sinos das catedrais” 
Para aqueles que entendem Anunciação como uma canção de amor, a 
interpretação é simples: a música fala sobre a expectativa que sentimos quando 
esperamos pela pessoa amada. Assim, o título seria uma referência à chegada da 
felicidade. 
 
“Na bruma leve das paixões que vêm de dentro 
Tu vens chegando pra brincar no meu quintal” 
 
 
Em 1984, Anunciação fez um grande sucesso, sendo cantada como um hino 
pela volta da democracia no Brasil pelos manifestantes que desejavam eleições 
diretas para a presidência. Da perspectiva política, a letra pode ser entendida como o 
sonho da chegada de um novo tempo, de liberdade. 
 
“Tu vens, tu vens 
Eu já escuto os teus sinais” 
A partir da análise da letra da música, eu comecei a estudar e a entender o 
significado de subjetividade, de como colocar esse conceito em prática no estudo dos 
temas que são abordados na disciplina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao entrar na segunda aula, deparei-me com a pergunta “O que é 
subjetividade?”, e confesso que tinha uma resposta muito vaga para ela; somente 
comecei a entender o termo, de forma mais complexa, a partir desse dia. Fiz a leitura 
de um dos textos-base, texto que me ajudou a formar melhor uma concepção do 
assunto: “Subjetividade e psiquismo: acerca de um debate atual” das autoras Diana 
Kordon e Lucila Edelman. 
Partindo do que eu sabia, subjetividade seria caracterizado como algo que 
varia de acordo com o julgamento de cada pessoa, ou seja, um tema que cada um 
pode interpretar como quer. Entretanto, a subjetividade pode apresentar diversos 
significados mais profundos que meu simples entendimento. 
 
“Entendemos subjetividade como as diferentes maneiras de sentir, pensar, 
dar significações e sentidos ao mundo. Corresponde simultaneamente ao 
indivíduo e ao contexto, embora não haja uma relação linear entre essas 
dimensões.” (KORDON E EDELMAN,?) 
 
As autoras Diana Kordon e Lucila Edelman determinam que a subjetividade 
depende do período histórico e social em que se encontra a sociedade, pois é produto 
das relações e articulações dos indivíduos. Nesse sentido, a subjetividade demanda 
a existência de um sujeito. Isso significa que temos que ter em mente que uma pessoa 
é única em seu modo de pensar, de falar e de agir, que “Cada sujeito emerge de um 
mundo material, de um discurso, de um sistema ideológico, isto é, de enunciados 
sociais dominantes”, como afirmam Kordon e Edelman. 
Desse modo, o primeiro sistema ideológico que irá guiar aquele individuo 
desde o nascimento surge no papel da família. Através dos vínculos criados por esse 
grupo, desenvolve-se os aparatos psíquicos, também conhecido como psiquismo que, 
para Freud, pode ser entendida como “Uma entidade mista dentro da qual os aspectos 
biológicos, cognitivo-representacionais e socioculturais estão intimamente 
misturados, de modo que não pode receber um status ontológico unificado”, ou seja, 
torna o psiquismo uma estrutura de conexão para a subjetividade, mutável e modelada 
pelo meio e pessoas próximas. 
Diante dessa perspectiva, entendendo que a subjetividade depende do meio 
social e, analisando o atual período em que vivemos, encontramos as redes sociais, 
que se tornaram um meio de socialização indispensáveis na vida de qualquer um, 
estabelecendo a oportunidade de comunicação e uma relação entre indivíduos com 
as mais diferentes ideias e valores. “Rodeadas de ambiguidades, geradas, por 
exemplo, pelo potencial para o anonimato, para a construção de múltiplas identidades 
nos espaços plurais que a internet propicia” (SANTAELLA, 2007). Nesse sentido, as 
redes sociais servem de novos modos de relacionamentos, fundamentados na 
construção de várias identidades entre os envolvidos e, consequentemente, 
desempenhando o papel de “molde” da subjetividade de seus usuários. 
 
 
Outro conceito que também chamou muito minha atenção durante a aula e na 
leitura dos textos-base, foi o de medicalização. Em “Pelo direito a pensar, sentir e 
agir!”, por exemplo, a autora Lygia Viégas analisa a atual situação da sociedade e da 
forma artificial de vida, que é aspirada por muitos, na qual sentimentos e pensamentos 
devem ser ocultados, tudo o que é oposto transforma-se em doença e é apropriada 
pela medicina tornando questões não medicas em problemas médicos, interferindo na 
construção de conceitos, costumes e comportamentos sociais. 
 
De fato, parece que cada vez mais o que se espera das pessoas é que elas 
não pensem criticamente, não se afetem com os acontecimentos e nada 
façam para mudar o mundo. Espera-se adesão irrefletida, conformismo, frieza 
e passividade. Qualquer expressão que contrarie a norma é lida na chave da 
patologia, produzindo uma legião de crianças e adolescentes diagnosticados 
e quimicamente controlados simplesmente por recusarem o determinado 
(VIÉGAS,?). 
Assim, Viégas reflete que nos dias de hoje é fomentado que demonstrar 
sentimento é um meio de fraqueza e devemos nos comportar como “robôs”, 
programados para dar respostas automáticas e objetivas, em todos os setores da 
nossa vida. 
Após toda essa analise a respeito desse assunto, encontrei algo muito 
interessante e importante a respeito: o Fórum sobre “Medicalização da Educação e 
da Sociedade” que tem como objetivos: articular entidades, grupos e pessoas para o 
enfrentamento e superação do fenômeno da medicalização, bem como mobilizar a 
sociedade para a crítica à medicalização da aprendizagem e do comportamento. Esse 
fórum se fez necessário, principalmente, devido a crítica e o enfrentamento dos 
processos de medicalizaçãoainda serem muito incipientes no Brasil. 
Deixei para falar sobre o texto “Amigo de si mesmo” de Martha Medeiros por 
último para finalizar esse segundo dia de aula, pois foi o que mais me chamou atenção 
e me emocionou, considerei que seria uma boa forma de terminar a escrita. Tal texto, 
muito breve e preciso, discute a ideia de como o bem-estar deveria ser algo simples 
de alcançar, porém as pessoas vivem criando complicações e colocando a frente da 
simplicidade. Essa ideia me fez pensar na importância de cuidarmos da nossa saúde 
mental nos motivos que nos fazem perder parte dela, seja tentando agradar a todos, 
seja seguindo os padrões, mesmo quando estamos distantes destes. Enxerguei-me 
nessas palavras. 
 
 
 
O terceiro encontro do semestre trouxe uma análise dos impactos do racismo 
na subjetividade. Para o desenrolar do assunto, contou com a presença de uma 
visitante, a palestrante Samira Soares e como texto base os capítulos III e XIV, do 
livro “Memorias episódios de racismo cotidiano”, da autora portuguesa Grada Kilomba. 
Durante a leitura do capítulo III - Dizendo o indizível: definindo o racismo –
compreendi melhor as definições de racismo estrutural, institucional e cotidiano, de 
como isso é uma realidade violenta que está ligada à questão do poder, pois são os 
aspectos reprimidos entre indivíduos brancos que estão sendo expressos. Mais do 
que isso, quando passei a analisar a questão do termo “racismo cotidiano”, principal 
ponto do livro de Kilomba, me veio à cabeça como a palavra “cotidiano” determina o 
racismo como uma situação muito além do pontual; as vítimas desse racismo, pessoas 
negras, sofrem um padrão contínuo de abuso e violência. Kilomba (2019, p.78) pontua 
que 
 
O racismo cotidiano refere-se a todo vocabulário, discursos, imagens, gestos, 
ações e olhares que colocam o sujeito negro e as Pessoas de Cor não só 
como “Outra/o” - a diferença contra a qual o sujeito branco é medido – mas 
também como Outridade, isto é, como a personificação dos aspectos 
reprimidos na sociedade branca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Algo que também chamou minha atenção nesse capítulo foram as entrevistas 
focadas nas narrativas negras relacionadas ao racismo; seis mulheres africanas que 
viviam na Alemanha e que testemunharam acerca do racismo cotidiano presente 
dentro da sociedade alemã. Esse capítulo, entretanto, é apenas uma introdução ao 
que essas pessoas têm a dizer. Foram muitos os depoimentos delas, a ponto de me 
deixar curiosa, resolvi, por isso, ler o livro inteiro, decisão essa muito acertada, pois 
pude compreender melhor toda a ideia do racismo cotidiano vivenciado por elas. A 
leitura junto a aula da convidada Samira Soares me fez entender como o racismo 
cotidiano, nada mais é que a tentativa de resgatar um passado colonial, ligado as 
memórias da plantação, do lugar e do momento marcados pela crueldade nos corpos 
negros. 
Em sua palestra, Samira falou a respeito da campanha “Não é normal” da 
Frente Universitária de Saúde Mental; nessa campanha a saúde mental dos 
universitários é a discussão principal, o que me fez lembrar do texto da aula 2, Amigo 
de si mesmo, de Martha Medeiros, de como cuidar da saúde mental e amar a si próprio 
é tão importante dentro da faculdade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A aula 4 foi muito especial, ofertou uma dinâmica muito bacana e divertida. 
Nela, a turma foi dividida em grupos que foram orientados a fazer cartazes que 
expressassem o “EU NA UFBA HOJE”. 
 
Inicialmente, o meu grupo enfrentou certa dificuldade para encontrar uma 
maneira de manifestar esse sentimento. Entretanto, logo uma colega expôs a ideia de 
criar uma nuvem de palavras, parecida com aquela feita no site mentimeter.com, muito 
usado por professores da UFBA nas aulas remotas, já outra colega sugeriu usarmos 
desenhos, em seguida, debatemos quais as palavras que iriamos usar: 
1. Realizado – Escolhemos essa palavra em unanimidade por ela representar o 
sentimento do grupo por ter ingressado na universidade; 
2. Desafiador - Essa foi outra palavra que escolhemos porque também representa 
os nossos sentimentos em relação as dificuldades que enfrentamos dentro da 
universidade. 
3. Solidão e concorrência – Essas palavras geraram muito debate, devido ao peso 
que carregam os seus significados. Eu, particularmente, gostei dessa escolha, 
pois, como estudante do bacharelado interdisciplinar em saúde, sinto o grande 
peso da concorrência dentro da formação, principalmente em relação ao curso 
que desejo migrar. Muitas vezes, o sentimento de solidão é grande, dada a 
concorrência, nem sempre podemos contar com um colega. Além da 
concorrência, dada a ampla disponibilidade de disciplinas, é difícil conhecer e 
manter amizades porque convivência com o colega é pouca; 
4. Esperança – Linda palavra, a escolhemos porque, apesar de todos os 
problemas enfrentados dentro da UFBA, ela é o sentimento mais importante 
para que possamos enfrentar todo é qualquer problema. 
Além das já citadas palavras, escolhemos algumas mais como o medo, o foco, 
o conhecimento, a utilidade, entre outras. 
 
 
 
 
 
 
A quinta aula do semestre foi iniciada com as apresentações dos cartazes 
produzidos na semana anterior e cada grupo foi para frente da sala apresentar e 
explicar o significado de seu cartaz. Meu grupo, apesar de incompleto, com apenas 
três integrantes no momento da apresentação, saiu-se bem. Eu e as outras duas 
colegas presentes explicamos a escolha das palavras e dos desenhos bem como foi 
elaborada essa nossa pesquisa. 
 
 
Após esse momento, a professora começou a expor o conteúdo da semana 
que teve como base para a explanação o texto “Quais são os impactos psíquicos das 
aulas online nos alunos e professores” de Christian Dunker. Falamos sobre a vivência 
em meio a uma pandemia e os desafios apresentados pelo momento a exemplo do 
isolamento, do medo constante da doença, da pausa na rotina e nos afazeres. 
Refletiu-se também sobre as necessidades de adaptações de crianças, jovens e 
professores a essa nova maneira de aprender e de ensinar, em que as pessoas estão 
do outro lado da tela, distantes uma da outra. 
Discutiu-se também sobre a dificuldade de adaptação de muitas pessoas para 
essa nova rotina, a virtual, causada, principalmente, pela ansiedade, pelo sono 
desregulado e a já comentada solidão. Além disso, muitos alunos encontram-se em 
situação de vulnerabilidade, apresentam dificuldades de se manter no ensino remoto, 
seja pelo ambiente doméstico desfavorável, seja pela falta de aparatos tecnológicos 
ou até mesmo por precisaram acrescentar atividades domésticas no seu dia a dia. 
Todos os fatores assinalados causam: aumento de estresse, de depressão e 
de ansiedade, tal como indicado pela pesquisa realizada pelo Instituto de Psicologia 
da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. De acordo com ela, houve um aumento 
de 80% de casos de ansiedade e de estresse durante o isolamento social provocado 
pela pandemia do novo coronavírus. 
O isolamento e, consequentemente, o sentimento de solidão, também foi um 
ponto discutido em sala. Devido ao medo da exposição que, teoricamente, o modelo 
remoto expõe alunos e professores, pode-se encontrar nas “salas” online, professores 
falando sozinhos, observando a si mesmos, com estudantes de câmeras e microfones 
desligados. 
 
Isso desperta um dos vícios narcísicos dos professores, a tendência a auto-
observação exigente e cruel. Durante uma apresentação, todos nós temos 
que lidar ao mesmo tempo com a relação de transmissão de conteúdo, de 
apresentação dos tópicos e de articulação de ideias e com uma espécie de 
posição que nos sobrevoa em auto-observação e autoavaliação (DUNKER, 
2020). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Variando do comum da disciplina, que é de modelo presencial, o sexto 
encontro deu-se por meio virtual, pelo site AVA/MOODLE da UFBA. Tendodois textos 
base: o texto “Freud e o mal-estar inerente à condição humana”, de Fátima Caropreso, 
e outro, de autoria da professora Denise Vieira: “Universidade, Democracia e Combate 
ao Neofascismo neoliberal”, coproduzido com Graça Druck e Luís Filgueiras, que me 
deixou ainda mais interessada na aula. 
A professora iniciou a aula falando a respeito da biografia do médico e 
psicanalista austríaco, Sigmund Freud (1856-1939), considerado o pai da psicanálise, 
que influenciou fortemente a Psicologia Social contemporânea. De seus trabalhos, 
acredito que o principal foi o estudo do inconsciente. Assim, Freud disserta sobre 
alguns princípios, como o do prazer, que está sendo contido constantemente e o 
princípio da realidade, que processa toda a realidade cotidiana em que vivemos. Freud 
se preocupava também com a questão do sofrimento e da felicidade, se perguntando 
o porquê de as pessoas adoecerem e afirma, posteriormente, que isto acontece por 
causa da repressão, principalmente sexual. Além disso, trouxe uma reflexão sobre a 
cultura e as condições de sua possibilidade dentro da civilização humana, como visto 
no texto-base. 
 
 
A partir das reflexão desenvolvida na aula e do que foi proposto pela 
professora, pode-se afirmar que o mal-estar é inerente ao homem, independente dos 
avanços que ele alcance. Sendo assim, sua principal função é buscar constantemente 
formas de contorná-lo. Cada cultura procuraria formas de condução para o mal-estar 
inerente à sua própria constituição enquanto cultura. 
Ao abordar o mal-estar na cultura, Freud trata de uma condição inerente ao 
homem enquanto ser de cultura. Embora as mudanças nela possam conduzir a 
diferentes formas de expressão do mal-estar, esse é estrutural ao processo cultural. 
Podemos dizer ainda de outro modo, como ser de linguagem, o homem carece de 
orientação natural, cabendo à civilização construir possibilidades. Nenhuma 
construção cultural, entretanto, poderá sanar a condição estrutural do desamparo 
humano. 
Nesse momento entram as contribuições do texto da professora Denise, a 
discussão a respeito da presença cada vez maior do neofascismo na cultura atual e 
assim, dentro das universidades. Nós sabemos que a universidade vai muito além de 
um espaço de aprendizagem técnica e cientifica. Nela encontramos um lugar de trocas 
culturais, que podem ser divergentes, subjetivas e, como presente no texto 
Universidade, Democracia e Combate ao Neofascismo neoliberal, “É na universidade 
pública que a educação atinge o nível mais elevado de sua perspectiva emancipatória” 
(DRUCK; VIEIRA; FILGUEIRA,?). 
De posse dessa leitura e interpretação, passei a pensar na questão que vem 
ocorrendo há algum tempo: a destruição da universidade pública no Brasil e, bem 
como, do ensino. Percebo o desmantelamento, que opera a partir das frentes 
neoliberal e ideológica, que ganha força desde a eleição de Jair Bolsonaro. Essa 
ideologia, que vem recheada de ódio aos grupos minoritários, como negros e 
homossexuais, e ódio a ideia da democracia, legitimando pedidos e comportamentos 
relacionados a períodos como a ditadura militar. 
Tudo isso, fez-me lembrar de um artigo que li há um tempo, no site jornalístico 
Estadão, uma análise feita de como a cultura do ódio é um fenômeno antigo, mas que 
não diminui com o tempo. Após a leitura, fiquei surpresa com a informação a respeito 
da rede social Facebook. 
 
Desde 1° de julho, quase 700 empresas, entre elas algumas das marcas mais 
importantes do mundo, não anunciaram mais no Facebook e em outras redes 
sociais. Eles pressionam essas plataformas a combater com mais afinco o 
discurso de ódio em suas páginas, nos bilhões de posts feitos diariamente 
pelos seus usuários (SILVESTRE, 2020). 
 
Apesar de ser uma questão forte nas redes sociais, é ainda mais forte dentro 
da sociedade como um todo, virou um comportamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Seguindo a programação normal, a aula do dia 27 voltou a ser presencial, a 
professora dividiu a turma em grupos e trouxe uma dinâmica interessante, tivemos 
que conversar a respeito de nossas vivencias em grupos e experiencias mais 
marcantes. Enquanto outros grupos saíram da sala para conversar, meu grupo 
permaneceu em sala, contamos uns aos outros algumas das nossas lembranças. Ao 
chegar minha vez, falei a respeito do meu grupo de amigas, pequeno, porém sólido, 
que remota do ensino fundamental II. Comentei também sobre minhas dificuldades 
em fazer amizades e como com esse grupo, composto por mim e mais três amigas, é 
tão importante para a minha vida. 
Dando seguimento a aula, os demais grupos apresentaram-se e contaram 
algumas de suas experiências para o resto da turma tornando o momento bem 
emocionante, a exemplo da apresentação de uma colega de grupo ao contar sua 
história, e também muito divertido. 
Diante da apresentação dessas vivências, me recordei de um trecho do texto 
de professora Denise, “Os fatores que articulam um grupo de trabalho: uma leitura da 
concepção de Pichon Rivière” 
 
As pessoas, individualmente, têm seus interesses e necessidades, mas é na 
relação com o outro, com o grupo, que surge o espaço para gratificação ou 
frustração dessas necessidades. É preciso encontrar o elo que as une na 
realização da tarefa para que possam se constituir como grupo (VIEIRA da 
SILVA,?). 
 
Após a dinâmica, a professora começou a falar sobre o conteúdo da semana, 
relacionado com a atividade que fizemos: a psicologia social – os grupos operativos, 
subjetividade e intersubjetividade. Tendo, como textos do dia, “Subjetividade à luz de 
uma teoria de grupos” de Maria Inês Fernandes e o texto anteriormente citado da 
professora. 
O assunto foi inicialmente apresentado abordando a história de Pichon 
Rivière, psicanalista suíço que desenvolveu a psicologia social e é voltado para a 
transformação social através da teoria da enfermidade única onde trata da depressão. 
De uma forma espetacular, Pichon engloba o conceito da psicanálise ao materialismo 
histórico de Marx, entretanto, fez diversas críticas a psicanálise de Freud, acreditando 
ser essa muito importante, porém ainda insuficiente, a partir daí lançou a teoria da 
psicologia social. 
Também fui apresentada a teoria dos grupos operativos de Rivière que, para 
ele, são três os articuladores centrais de um grupo: 
1. A tarefa a realizar; 
2. Os vínculos interpessoais a constituir e os papeis; 
3. As contribuições de cada integrante a estabelecer. 
Esses fatores operam no processo grupal a partir de variáveis – tempo, 
espaço e objetivos. É na relação estabelecida com o grupo, que surge “o espaço para 
gratificação ou frustração das nossas necessidades pessoais”. Por isso é preciso 
encontrar a cola para juntar a realização da tarefa para que os indivíduos possam se 
constituir como grupo. 
 
Grupo é um conjunto restrito de pessoas, ligadas por constantes de tempo e 
espaço, articuladas por sua mútua representação interna, que se propõe a 
realizar de forma explícita e implícita uma tarefa, que constitui sua finalidade, 
interatuando através de complexos mecanismos de assunção e atribuição de 
papéis (RIVIÈRE,?). 
 
Aqueles grupos que não estão inseridos nesses processos são chamados de 
“série” ou “bandos” e acontecem quando as pessoas compartilham o mesmo espaço 
e objetivos, mas não existe comunicação, vínculo. 
Infelizmente, a professora não conseguiu terminar todo a assunto durante 
essa aula e o que faltou ficou para a aula do dia 11 de maio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neste dia tivemos a presença do psicanalista Marcelo Veras, professora 
Denise o convidou para falar um pouco sobre si mesmo e sobre seu trabalho. Por isso, 
não tivemos textos para estudar antecipadamente. 
Veras começou a contar sua história a partir de sua graduação em medicina 
na UFBA, até chegar no presente, momento em que é coordenadordo PsiU, Programa 
de Saúde Mental e Bem-estar da Universidade Federal da Bahia, serviço aberto a 
todos os integrantes da UFBA – alunos, professores, funcionários – e que tem o 
objetivo de acolher inquietações ligadas desde a vida acadêmica às questões da vida 
particular. 
Gostei muito de saber a respeito desse serviço e do seu funcionamento, que 
é tão efetivo e, apesar de não ter passado por nenhuma situação similar as de quem 
precisa desse programa, fico muito feliz com o apoio que instituição oferece a seus 
integrantes, até mesmo segura porque sei que se um dia eu necessitar desse tipo de 
ajuda, terei. 
 
 
 
 
O nono encontro começou de maneira um pouco conturbada devido ao 
conflito entre alguns alunos que se sentiram prejudicados com a decisão da 
professora Denise pela aula online após os pedidos de uma parte da turma em função 
da chuva forte naquele dia. 
Dando continuidade à aula de 27 de abril, voltamos a discutir a respeito da 
teoria dos grupos operativos de Pichon. Em seguida, começamos a trabalhar o desafio 
da construção do vínculo nas relações humanas, a partir do texto de professora 
Denise. 
No texto, a constituição do ser humano é marcada por uma contradição 
interna: ele precisa, para satisfazer as suas necessidades, entrar em contato com o 
outro, vincular-se a ele e interagir com o mundo externo. Neste sistema de relações 
vinculares emerge o sujeito, predominantemente social, inserido numa cultura, por 
meio da qual internalizará vínculos e relações sociais que vão constituir seu 
psiquismo. 
Entretanto, de acordo com filosofo francês, Henri Wallon (1968), as interações 
com o meio também merecem grande ênfase. Ele ressalta que as relações do homem 
com o meio são de transformações mútuas e as circunstâncias sociais de sua 
existência influenciam fortemente a evolução humana. O meio é compreendido como 
o complemento indispensável do ser humano. Assim, as interações são fundamentais 
tanto para a construção do sujeito como do conhecimento, ocorrem ao longo do 
desenvolvimento humano, no período da infância, em que o sujeito está construindo 
laços com o grupo familiar, de acordo com as condições orgânicas, motoras, afetivas, 
intelectuais e socioculturais. 
Segundo Wallon (1975), a criança aos poucos, passa a colocar a questão do 
seu eu em relação aos outros e, a partir das relações que estabelece com a sua 
família, pode construir uma referência de conjunto, no qual tem um lugar e um papel 
específico. Dentro da constelação familiar, aprende a se situar em relação aos outros 
irmãos, aos pais, como um elemento fixo e, aos poucos, toma consciência da estrutura 
familiar. Dessa forma, a vivência em grupo contribui de forma decisiva para que a 
diferenciação eu-outro, seja estabelecida e para a construção da personalidade. 
Nesse sentido, na concepção de Pichon-Rivière, o grupo apresenta-se como 
instrumento de transformação da realidade, e seus integrantes passam a estabelecer 
relações grupais que vão se constituindo, na medida em que começam a partilhar 
objetivos comuns, a ter uma participação criativa e crítica, a poder perceber como 
interagem e se vinculam. 
Para Pichon (1988), a teoria do vínculo tem um caráter social na medida em 
que compreende que sempre há figuras internalizadas presentes na relação, quando 
duas pessoas se relacionam, ou seja, uma estrutura triangular. O vínculo é bi corporal 
e tri pessoal, isto é, em todo vínculo há uma presença sensorial corpórea dos dois, 
mas há um personagem que está interferindo sempre em toda relação humana, que 
é o terceiro. Neste sentido, vínculo é uma estrutura psíquica complexa. 
 
Transformar, criar, implica em problematizar limites, medos, incômodos com 
o outro o que pode significar uma conquista de novos territórios, um processo 
de crescimento que pode ser potencializado se é compartilhado e tem o bem-
estar coletivo em perspectiva. O processo criador nos grupos sociais está 
relacionado com a sua capacidade de ser operativo, ou seja, trabalhar 
contemplando a heterogeneidade de significantes, articulando-os com a 
tarefa, organizando uma distribuição cooperativa dos papeis o que pode levar 
a um aprendizado que muitas vezes supera as expectativas existentes no 
início da experiência por parte de seus integrantes (VIEIRA da SILVA,?). 
 
 
 
 
 
 
 
Nessa quarta-feira, infelizmente, fiquei impossibilitada de comparecer a aula 
por conta de uma atividade de outra disciplina marcada para aquela tarde. Contudo, li 
o cronograma da aula e conversei com alguns colegas que me informaram o que 
aconteceu em sala. 
Durante a leitura do texto “O processo de comunicação nos grupos”, de autoria 
da professora Denise, pensei em uma discussão recente durante uma aula de LETE48 
a respeito da comunicação entre surdos e como o que mais angústia os pais de 
pessoas surdas não é a surdez em si, mas o obstáculo na comunicação que ela 
proporciona. 
Muitos pais não estabelecem a Língua de Sinais na comunicação com seus 
filhos, porque desconhecem a importância dela para o desenvolvimento psíquico-
social e na preservação da identidade das pessoas e comunidades surdas. Além 
disso, contribui para a valorização e reconhecimento da cultura surda que, por tanto 
tempo, foi o alvo da hegemonia da cultura ouvinte. 
A comunicação através da Libras, propicia uma melhor compreensão entre 
surdos e ouvintes, uma vez que já está previsto em lei a presença de intérpretes de 
Libras em diferentes instituições públicas, como escolas, universidades, congressos, 
seminários, programas de televisão entre outros. Além disso, a utilização das libras 
facilita a comunicação entre os surdos, que passam a se compreender como uma 
comunidade que tem características comuns e que devem ser reconhecidas como tal, 
praticando assim, a verdadeira inclusão social. 
Diante de tudo isso e, voltando ao texto da professora, ao relembrar esse 
episódio, tive uma ideia da importância do processo de comunicação em uma 
comunidade, em como ela possibilita a expressão das individualidades, a transmissão 
de valores e saberes e a conversação e o diálogo entre diferentes grupos sociais. 
 
A importância do tema da comunicação humana decorre da constatação de 
que os homens precisam dar sentido à realidade que os cerca, e para isso 
precisam cada vez mais compreender o complexo fenômeno da comunicação 
humana. Para alguém desprovido do olhar, da audição e da fala o mundo, a 
princípio, nada significa, é através da linguagem da expressão em todas as 
suas formas, que vai sendo construída a história das pessoas e dos grupos 
(VIEIRA da SILVA,?). 
 
Desse modo, para que haja comunicação, alguns elementos são essenciais, 
seja o aquele em buscar de se pronunciar, emissor; aquele que recebe a mensagem, 
receptor; o conteúdo enviado, a mensagem; o modo como a mensagem é transmitida, 
código; e a situação que envolve emissor e receptor, contexto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Embora tenhamos ainda mais quatro semanas de aula até o final do semestre, 
chegamos à última para a escrita do diário, isso não me impediu a aprender a gostar 
de escrever. 
Para começar o decimo primeiro encontro, a professora pediu que os grupos 
se reunissem e discutissem a respeito do terceiro roteiro, que é a organização de uma 
pesquisa já combinada anteriormente entre ela e nós alunos. Trabalhar esse roteiro 
foi de grande ajuda, pois, a partir dele, montamos, eu e a minha equipe, um 
questionário que será usado na busca de dados necessários “sobre a influência das 
redes sociais nos corpos femininos” tema do nosso seminário. Eu e os demais 
membros da equipe combinamos e discutimos sobre os artigos que usaremos no 
nosso trabalho. 
Após o momento acima citado, a professora fez um pedido, considerando o 
ambiente universitário, pareceu-me estranho, mas, não nego, muito empolgante. O 
pedido consistia em: cada grupo deveria escrever uma paródia que referenciasse oprocesso de escrita do diário de bordo. Um dos colegas da minha equipe foi bem ágil 
na escolha da música que iriamos parodiar e na criação do refrão. A partir desse 
ponto, começamos a trabalhar a letra da paródia; confesso que para mim foi um pouco 
complicado, mas bem engraçado. Fazendo referência a nossa professora, a monitora 
Jade e alguns dos conteúdos trabalhados ao longo do semestre, criamos uma música 
divertida, Ah! parodiamos a canção “Cachorrinho” de Kelly Key: 
 
Se tem uma coisa que me deixa animada 
É chegar em casa e escrever umas paradas 
Se tem uma coisa que eu não admito 
É acabar o meu dia e não escrever, em, meu amigo. 
 
Eu gosto de te contar 
O que eu planejo fazer 
Querido diário de bordo 
Eu amo escrever em você 
 
Freud, Pichon e Rivière 
Grada, Kilomba e Fanon 
Atividade em grupão 
Olha essa metodologia, meu irmão. 
 
Vem aqui, Denise está chamando 
Escreva no seu diário o que você está pensando 
Vem aqui, Jade tá organizando 
Mais uma página que já está finalizando 
 
 
Após essa dinâmica, trabalhamos o tema da semana e os textos base 
“Convivência emocional”, de professora Denise, e “Teletrabalho se consolida em 
gangorra emocional trazida pela pandemia” de Vitor Nuzzi. 
Achei muito interessante a análise trazida pela professora a respeito da 
emoção como ferramenta para o desenvolvimento das possibilidades de convivência 
e como a inteligência emocional pode afetar a memória, a lógica, aguçar os sentidos 
e nublar o raciocínio. Sendo assim, podemos entender como a emoção condiciona a 
experiência, mas também define o espaço das ações possíveis. 
Outra questão muito importante é a relação entre emoção e razão, e a falsa 
dicotomia entre eles. Ambos, se compreendidos bem, são complementares e não se 
rivalizam. O interessante disso é a capacidade que devemos ter em desenvolver uma 
convivência saudável com nossas emoções, entender que conviver com elas não 
deve ser uma luta de dominação ou submissão. 
 
Controlar emoções é uma escolha consciente, é uma dança de expressão 
constante onde é importante evitar a dominação ou a submissão, ou seja, a 
implosão ou a explosão e como diz Kofman as emoções são ótimas 
conselheiras e péssimas soberanas (VIEIRA da SILVA,?) 
 
Portanto, uma atitude fundamental para todos nós é de cada um se tornar 
responsável pelas emoções através do pensamento, desenvolvendo-se no sentido de 
não permitir a emergência do estado de ânimo, ou seja, o chamado “sequestro 
emocional”. 
 
Ao contrário da crença cotidiana, emoção e razão são processos interligados, 
intercambiáveis e que, portanto, por um lado, podemos obter controle sobre 
nossas emoções através do pensamento, por outro, enriquecê-los integrando 
nossos sentimentos aos projetos racionais, num movimento dialético onde os 
dois processos sofrem mútua influência (VIEIRA da SILVA,?) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ainda não finalizamos as aulas, temos as apresentações em grupo para fazer, 
entretanto, o diário terminou e eu gostaria de utilizar esse espaço para falar sobre o 
componente, de como foi prazeroso todo o processo. Os textos lidos; as discussões 
em sala; esse diário e o trabalho em grupo, tudo isso possibilitou uma gama de 
avaliações e questionamentos sobre quem eu sou, aonde vou, e, enfim, tentar 
entender um pouco mais do sentido da vida. 
Seguindo por esse ângulo, como aluna do Bacharelado Interdisciplinar em 
Saúde, um curso muito exigente e competitivo, sinto que esse componente é de 
extrema importância, para entender o espaço universitário, minha capacidade e 
minhas limitações no contexto e nas exigências da universidade. 
Quantos aos textos ofertados no componente, foi muito bom ver como existe 
uma interligação entre eles, como os temas são relevantes na vida universitária. O 
currículo da professora Denise e seus textos me fizeram refletir, perceber que a 
psicologia social funciona, me deixaram feliz também, pois abriram um novo caminho 
na minha vida. A psicologia era uma área desconhecida para mim, mas, após o 
contato que o componente ofertou, passei a compreendê-la melhor, minha curiosidade 
aguçou e, com certeza, buscarei me aprofundar nos seus conteúdos. 
Aproveito o final dessa escrita, para agradecer a professora Denise pelas 
aulas incríveis, dinâmicas e cheias de significados especiais, para agradecer as 
monitoras Jade e Andreza pela ajuda e atenção ao longo do semestre e aos colegas 
pelos momentos de interação tão prazerosos. Muito obrigada! 
 
ANUNCIAÇÃO. Intérprete: Alceu Valença. Compositor: Alceu Valença. In: ANJO Avesso. Intérprete: 
Alceu Valença. São Paulo: Ariola Discos, 1983. CD-ROM, Faixa 2 (4min58s). 
 
BRITO, M. A.. Medicalização da Vida: Ética, Saúde Pública e Indústria Farmacêutica. Cien Saude 
Colet [periódico na internet] (2011/Jun.). [Citado em 07/04/2022]. Está disponível em: 
http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/medicalizacao-da-vida-etica-saude-publica-e-
industria-farmaceutica/7760?id=7760&id=7760. 
 
CAROPRESO, Fátima. Freud e o mal-estar inerente à condição humana. 
 
DESCOLONIZANDO O EU. In: KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo 
cotidiano. [S. l.]: Cobogó, 2008. cap. 14, p. 213 - 238. 
 
DIZENDO O INDIZÍVEL. In: KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo 
cotidiano. [S. l.]: Cobogó, 2008. cap. 3, p. 71 - 92. 
 
DRUCK, Graça; VIEIRA, Denise; FILGUEIRAS Luiz. Universidade, Democracia e Combate ao 
Neofascismo Neoliberal. 
 
DUNKER, Christian. Quais são os impactos psíquicos das aulas online nos alunos e professores. 
24 de ago. 2020. 
 
EBIOGRAFIA. In: FRAZÃO, Dilva. Sigmund Freud: Neurologista e psicanalista austríaco. [S. l.], 29 
jun. 2020. Disponível em: 
https://www.ebiografia.com/sigmund_freud/#:~:text=Sigmund%20Freud%20(1856%2D1939),6%20de
%20maio%20de%201856. Acesso em: 5 maio 2022. 
 
FERNANDES, Maria Inês. Subjetividade à luz de uma teoria de grupos. 
 
KORDON, Diana; EDELMAN, Lucila. Subjetividade e psiquismo: acerca de um debate atual (síntese). 
 
MEDEIROS, Martha. Amigo de si mesmo. 
 
NUZZI, Vitor. Teletrabalho se consolida em gangorra emocional trazida pela pandemia. 
 
PSICANÁLISE CLÍNICA, redação. Psiquismo: o que é, qual significado. [S. l.], 7 fev. 2021. 
Disponível em: https://www.psicanaliseclinica.com/psiquismo/. Acesso em: 3 abr. 2022. 
 
PSICOLOGIA, Conselho Federal. A Campanha Não à Medicalização da Vida já está no ar. [S. l.], 
2012. Disponível em: http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/Caderno_AF.pdf. Acesso em: 7 
abr. 2022. 
 
SANTAELLA, L. Corpo e comunicação. Sintoma da cultura. São Paulo: Vozes, 2010. Acesso 
disponível em 07 de abr. de 2022. 
 
SILVA, Renata Monteiro; COSTA, Eldessandra Santos; OLIVEIRA, Maria Rosa. A Influência das 
redes sociais sob a construção da subjetividade humana. 2019. Disponível em: 
https://www.psicologia.pt/artigos/ver_artigo.php?a-influencia-das-redes-sociais-sob-a-construcao-da-
subjetividade-humana&codigo=A1365&area=d9. Acesso em: 7 abr. 2022. 
 
SILVESTRE, Paulo. A cultura do ódio não vem de hoje, mas só aumenta. Estadão, [S. l.], p. 1 - 2, 
6 jul. 2020. Disponível em: https://brasil.estadao.com.br/blogs/macaco-eletrico/a-cultura-do-odio-nao-
vem-de-hoje-mas-so-aumenta/. Acesso em: 30 abr. 2022. 
 
VIÉGAS, Lygia. Pelo direito a pensar, sentir e agir! 
 
VIEIRA da SILVA, Denise. Convivência emocional. 
http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/medicalizacao-da-vida-etica-saude-publica-e-industria-farmaceutica/7760?id=7760&id=7760
http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/medicalizacao-da-vida-etica-saude-publica-e-industria-farmaceutica/7760?id=7760&id=7760
VIEIRA da SILVA, Denise. O processo de comunicação nos grupos. 
 
VIEIRA da SILVA, Denise. Relações humanas hoje: o desafio da construção do vínculo. 
 
VIEIRA da SILVA, Denise. Os fatores que articulam um grupo: Uma leitura da concepção de Pichon-
Rivière. 
 
WALLON, H. A Evolução Psicológica da criança. Lisboa: Edições 70, 1968. 
 
WALLON, H.Objetivos e métodos da psicologia. Lisboa: Estampa, maio 1975.

Continue navegando