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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE HUMANINADES, ARTES E CIÊNCIAS PROFESSOR MILTON SANTOS HACA77 – ESTUDOS DAS SUBJETIVIDADES DOCENTE: DENISE VIEIRA DISCENTE: MARIA ANTÔNIA GABRIEL DE SOUZA SANTOS SEMESTRE: 2022.1 Não sou muito boa com a escrita, demoro muito para encontrar as palavras que quero usar, também nunca senti vontade de escrever um diário. Ao começar cursar essa disciplina, fiquei muito surpresa e intrigada com a solicitação da professora, a escrita de um diário de bordo, comecei, então, a escrevê-lo para ver onde ia dar. Antes, entretanto, pesquisei sobre como se produz esse tipo de texto e descobri que é uma atividade que pode aumentar a autoestima, a motivação e a autoconfiança, além de também explorar áreas de nós mesmos que nem sempre temos acesso. Para tornar o texto interessante, utilizei além das palavras, imagens, não apenas pela orientação de professora Denise, mas também pelo que essas podem expressar juntamente com as palavras escritas. A partir disso, dei uma direção ao conteúdo que aprendi nas aulas de HACA77 e as minhas impressões a respeito. Aula de inauguração do curso de Estudos das Subjetividades que começou com apresentação da professora Denise Vieira e das monitoras Jade e Andreza, assim como da turma através de uma atividade em grupos que nos levou a um maior entrosamento. Houve também uma dinâmica com toda a sala e a música “Anunciação”, de Alceu Valença, o que me fez pensar a respeito de sua letra, de como possui diferentes significados, variando de pessoa para pessoa: para alguns, se trata de uma música religiosa, outros afirmam que seria uma canção de amor, há até quem veja referências ao fim da ditadura militar. Da perspectiva religiosa, Anunciação é o nome pelo qual ficou conhecido o momento em que o Anjo Gabriel conta para a Virgem Maria que ela seria a mãe de Jesus Cristo. Além disso, alguns termos podem ser entendidos como referências cristãs: sinais é uma palavra muito utilizada no Novo Testamento como indicador do fim dos tempos; os sinos das catedrais, mencionam os templos divinos. “A voz do anjo sussurrou no meu ouvido Eu não duvido, já escuto os teus sinais Que tu virias numa manhã de domingo Eu te anuncio nos sinos das catedrais” Para aqueles que entendem Anunciação como uma canção de amor, a interpretação é simples: a música fala sobre a expectativa que sentimos quando esperamos pela pessoa amada. Assim, o título seria uma referência à chegada da felicidade. “Na bruma leve das paixões que vêm de dentro Tu vens chegando pra brincar no meu quintal” Em 1984, Anunciação fez um grande sucesso, sendo cantada como um hino pela volta da democracia no Brasil pelos manifestantes que desejavam eleições diretas para a presidência. Da perspectiva política, a letra pode ser entendida como o sonho da chegada de um novo tempo, de liberdade. “Tu vens, tu vens Eu já escuto os teus sinais” A partir da análise da letra da música, eu comecei a estudar e a entender o significado de subjetividade, de como colocar esse conceito em prática no estudo dos temas que são abordados na disciplina. Ao entrar na segunda aula, deparei-me com a pergunta “O que é subjetividade?”, e confesso que tinha uma resposta muito vaga para ela; somente comecei a entender o termo, de forma mais complexa, a partir desse dia. Fiz a leitura de um dos textos-base, texto que me ajudou a formar melhor uma concepção do assunto: “Subjetividade e psiquismo: acerca de um debate atual” das autoras Diana Kordon e Lucila Edelman. Partindo do que eu sabia, subjetividade seria caracterizado como algo que varia de acordo com o julgamento de cada pessoa, ou seja, um tema que cada um pode interpretar como quer. Entretanto, a subjetividade pode apresentar diversos significados mais profundos que meu simples entendimento. “Entendemos subjetividade como as diferentes maneiras de sentir, pensar, dar significações e sentidos ao mundo. Corresponde simultaneamente ao indivíduo e ao contexto, embora não haja uma relação linear entre essas dimensões.” (KORDON E EDELMAN,?) As autoras Diana Kordon e Lucila Edelman determinam que a subjetividade depende do período histórico e social em que se encontra a sociedade, pois é produto das relações e articulações dos indivíduos. Nesse sentido, a subjetividade demanda a existência de um sujeito. Isso significa que temos que ter em mente que uma pessoa é única em seu modo de pensar, de falar e de agir, que “Cada sujeito emerge de um mundo material, de um discurso, de um sistema ideológico, isto é, de enunciados sociais dominantes”, como afirmam Kordon e Edelman. Desse modo, o primeiro sistema ideológico que irá guiar aquele individuo desde o nascimento surge no papel da família. Através dos vínculos criados por esse grupo, desenvolve-se os aparatos psíquicos, também conhecido como psiquismo que, para Freud, pode ser entendida como “Uma entidade mista dentro da qual os aspectos biológicos, cognitivo-representacionais e socioculturais estão intimamente misturados, de modo que não pode receber um status ontológico unificado”, ou seja, torna o psiquismo uma estrutura de conexão para a subjetividade, mutável e modelada pelo meio e pessoas próximas. Diante dessa perspectiva, entendendo que a subjetividade depende do meio social e, analisando o atual período em que vivemos, encontramos as redes sociais, que se tornaram um meio de socialização indispensáveis na vida de qualquer um, estabelecendo a oportunidade de comunicação e uma relação entre indivíduos com as mais diferentes ideias e valores. “Rodeadas de ambiguidades, geradas, por exemplo, pelo potencial para o anonimato, para a construção de múltiplas identidades nos espaços plurais que a internet propicia” (SANTAELLA, 2007). Nesse sentido, as redes sociais servem de novos modos de relacionamentos, fundamentados na construção de várias identidades entre os envolvidos e, consequentemente, desempenhando o papel de “molde” da subjetividade de seus usuários. Outro conceito que também chamou muito minha atenção durante a aula e na leitura dos textos-base, foi o de medicalização. Em “Pelo direito a pensar, sentir e agir!”, por exemplo, a autora Lygia Viégas analisa a atual situação da sociedade e da forma artificial de vida, que é aspirada por muitos, na qual sentimentos e pensamentos devem ser ocultados, tudo o que é oposto transforma-se em doença e é apropriada pela medicina tornando questões não medicas em problemas médicos, interferindo na construção de conceitos, costumes e comportamentos sociais. De fato, parece que cada vez mais o que se espera das pessoas é que elas não pensem criticamente, não se afetem com os acontecimentos e nada façam para mudar o mundo. Espera-se adesão irrefletida, conformismo, frieza e passividade. Qualquer expressão que contrarie a norma é lida na chave da patologia, produzindo uma legião de crianças e adolescentes diagnosticados e quimicamente controlados simplesmente por recusarem o determinado (VIÉGAS,?). Assim, Viégas reflete que nos dias de hoje é fomentado que demonstrar sentimento é um meio de fraqueza e devemos nos comportar como “robôs”, programados para dar respostas automáticas e objetivas, em todos os setores da nossa vida. Após toda essa analise a respeito desse assunto, encontrei algo muito interessante e importante a respeito: o Fórum sobre “Medicalização da Educação e da Sociedade” que tem como objetivos: articular entidades, grupos e pessoas para o enfrentamento e superação do fenômeno da medicalização, bem como mobilizar a sociedade para a crítica à medicalização da aprendizagem e do comportamento. Esse fórum se fez necessário, principalmente, devido a crítica e o enfrentamento dos processos de medicalizaçãoainda serem muito incipientes no Brasil. Deixei para falar sobre o texto “Amigo de si mesmo” de Martha Medeiros por último para finalizar esse segundo dia de aula, pois foi o que mais me chamou atenção e me emocionou, considerei que seria uma boa forma de terminar a escrita. Tal texto, muito breve e preciso, discute a ideia de como o bem-estar deveria ser algo simples de alcançar, porém as pessoas vivem criando complicações e colocando a frente da simplicidade. Essa ideia me fez pensar na importância de cuidarmos da nossa saúde mental nos motivos que nos fazem perder parte dela, seja tentando agradar a todos, seja seguindo os padrões, mesmo quando estamos distantes destes. Enxerguei-me nessas palavras. O terceiro encontro do semestre trouxe uma análise dos impactos do racismo na subjetividade. Para o desenrolar do assunto, contou com a presença de uma visitante, a palestrante Samira Soares e como texto base os capítulos III e XIV, do livro “Memorias episódios de racismo cotidiano”, da autora portuguesa Grada Kilomba. Durante a leitura do capítulo III - Dizendo o indizível: definindo o racismo – compreendi melhor as definições de racismo estrutural, institucional e cotidiano, de como isso é uma realidade violenta que está ligada à questão do poder, pois são os aspectos reprimidos entre indivíduos brancos que estão sendo expressos. Mais do que isso, quando passei a analisar a questão do termo “racismo cotidiano”, principal ponto do livro de Kilomba, me veio à cabeça como a palavra “cotidiano” determina o racismo como uma situação muito além do pontual; as vítimas desse racismo, pessoas negras, sofrem um padrão contínuo de abuso e violência. Kilomba (2019, p.78) pontua que O racismo cotidiano refere-se a todo vocabulário, discursos, imagens, gestos, ações e olhares que colocam o sujeito negro e as Pessoas de Cor não só como “Outra/o” - a diferença contra a qual o sujeito branco é medido – mas também como Outridade, isto é, como a personificação dos aspectos reprimidos na sociedade branca. Algo que também chamou minha atenção nesse capítulo foram as entrevistas focadas nas narrativas negras relacionadas ao racismo; seis mulheres africanas que viviam na Alemanha e que testemunharam acerca do racismo cotidiano presente dentro da sociedade alemã. Esse capítulo, entretanto, é apenas uma introdução ao que essas pessoas têm a dizer. Foram muitos os depoimentos delas, a ponto de me deixar curiosa, resolvi, por isso, ler o livro inteiro, decisão essa muito acertada, pois pude compreender melhor toda a ideia do racismo cotidiano vivenciado por elas. A leitura junto a aula da convidada Samira Soares me fez entender como o racismo cotidiano, nada mais é que a tentativa de resgatar um passado colonial, ligado as memórias da plantação, do lugar e do momento marcados pela crueldade nos corpos negros. Em sua palestra, Samira falou a respeito da campanha “Não é normal” da Frente Universitária de Saúde Mental; nessa campanha a saúde mental dos universitários é a discussão principal, o que me fez lembrar do texto da aula 2, Amigo de si mesmo, de Martha Medeiros, de como cuidar da saúde mental e amar a si próprio é tão importante dentro da faculdade. A aula 4 foi muito especial, ofertou uma dinâmica muito bacana e divertida. Nela, a turma foi dividida em grupos que foram orientados a fazer cartazes que expressassem o “EU NA UFBA HOJE”. Inicialmente, o meu grupo enfrentou certa dificuldade para encontrar uma maneira de manifestar esse sentimento. Entretanto, logo uma colega expôs a ideia de criar uma nuvem de palavras, parecida com aquela feita no site mentimeter.com, muito usado por professores da UFBA nas aulas remotas, já outra colega sugeriu usarmos desenhos, em seguida, debatemos quais as palavras que iriamos usar: 1. Realizado – Escolhemos essa palavra em unanimidade por ela representar o sentimento do grupo por ter ingressado na universidade; 2. Desafiador - Essa foi outra palavra que escolhemos porque também representa os nossos sentimentos em relação as dificuldades que enfrentamos dentro da universidade. 3. Solidão e concorrência – Essas palavras geraram muito debate, devido ao peso que carregam os seus significados. Eu, particularmente, gostei dessa escolha, pois, como estudante do bacharelado interdisciplinar em saúde, sinto o grande peso da concorrência dentro da formação, principalmente em relação ao curso que desejo migrar. Muitas vezes, o sentimento de solidão é grande, dada a concorrência, nem sempre podemos contar com um colega. Além da concorrência, dada a ampla disponibilidade de disciplinas, é difícil conhecer e manter amizades porque convivência com o colega é pouca; 4. Esperança – Linda palavra, a escolhemos porque, apesar de todos os problemas enfrentados dentro da UFBA, ela é o sentimento mais importante para que possamos enfrentar todo é qualquer problema. Além das já citadas palavras, escolhemos algumas mais como o medo, o foco, o conhecimento, a utilidade, entre outras. A quinta aula do semestre foi iniciada com as apresentações dos cartazes produzidos na semana anterior e cada grupo foi para frente da sala apresentar e explicar o significado de seu cartaz. Meu grupo, apesar de incompleto, com apenas três integrantes no momento da apresentação, saiu-se bem. Eu e as outras duas colegas presentes explicamos a escolha das palavras e dos desenhos bem como foi elaborada essa nossa pesquisa. Após esse momento, a professora começou a expor o conteúdo da semana que teve como base para a explanação o texto “Quais são os impactos psíquicos das aulas online nos alunos e professores” de Christian Dunker. Falamos sobre a vivência em meio a uma pandemia e os desafios apresentados pelo momento a exemplo do isolamento, do medo constante da doença, da pausa na rotina e nos afazeres. Refletiu-se também sobre as necessidades de adaptações de crianças, jovens e professores a essa nova maneira de aprender e de ensinar, em que as pessoas estão do outro lado da tela, distantes uma da outra. Discutiu-se também sobre a dificuldade de adaptação de muitas pessoas para essa nova rotina, a virtual, causada, principalmente, pela ansiedade, pelo sono desregulado e a já comentada solidão. Além disso, muitos alunos encontram-se em situação de vulnerabilidade, apresentam dificuldades de se manter no ensino remoto, seja pelo ambiente doméstico desfavorável, seja pela falta de aparatos tecnológicos ou até mesmo por precisaram acrescentar atividades domésticas no seu dia a dia. Todos os fatores assinalados causam: aumento de estresse, de depressão e de ansiedade, tal como indicado pela pesquisa realizada pelo Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. De acordo com ela, houve um aumento de 80% de casos de ansiedade e de estresse durante o isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus. O isolamento e, consequentemente, o sentimento de solidão, também foi um ponto discutido em sala. Devido ao medo da exposição que, teoricamente, o modelo remoto expõe alunos e professores, pode-se encontrar nas “salas” online, professores falando sozinhos, observando a si mesmos, com estudantes de câmeras e microfones desligados. Isso desperta um dos vícios narcísicos dos professores, a tendência a auto- observação exigente e cruel. Durante uma apresentação, todos nós temos que lidar ao mesmo tempo com a relação de transmissão de conteúdo, de apresentação dos tópicos e de articulação de ideias e com uma espécie de posição que nos sobrevoa em auto-observação e autoavaliação (DUNKER, 2020). Variando do comum da disciplina, que é de modelo presencial, o sexto encontro deu-se por meio virtual, pelo site AVA/MOODLE da UFBA. Tendodois textos base: o texto “Freud e o mal-estar inerente à condição humana”, de Fátima Caropreso, e outro, de autoria da professora Denise Vieira: “Universidade, Democracia e Combate ao Neofascismo neoliberal”, coproduzido com Graça Druck e Luís Filgueiras, que me deixou ainda mais interessada na aula. A professora iniciou a aula falando a respeito da biografia do médico e psicanalista austríaco, Sigmund Freud (1856-1939), considerado o pai da psicanálise, que influenciou fortemente a Psicologia Social contemporânea. De seus trabalhos, acredito que o principal foi o estudo do inconsciente. Assim, Freud disserta sobre alguns princípios, como o do prazer, que está sendo contido constantemente e o princípio da realidade, que processa toda a realidade cotidiana em que vivemos. Freud se preocupava também com a questão do sofrimento e da felicidade, se perguntando o porquê de as pessoas adoecerem e afirma, posteriormente, que isto acontece por causa da repressão, principalmente sexual. Além disso, trouxe uma reflexão sobre a cultura e as condições de sua possibilidade dentro da civilização humana, como visto no texto-base. A partir das reflexão desenvolvida na aula e do que foi proposto pela professora, pode-se afirmar que o mal-estar é inerente ao homem, independente dos avanços que ele alcance. Sendo assim, sua principal função é buscar constantemente formas de contorná-lo. Cada cultura procuraria formas de condução para o mal-estar inerente à sua própria constituição enquanto cultura. Ao abordar o mal-estar na cultura, Freud trata de uma condição inerente ao homem enquanto ser de cultura. Embora as mudanças nela possam conduzir a diferentes formas de expressão do mal-estar, esse é estrutural ao processo cultural. Podemos dizer ainda de outro modo, como ser de linguagem, o homem carece de orientação natural, cabendo à civilização construir possibilidades. Nenhuma construção cultural, entretanto, poderá sanar a condição estrutural do desamparo humano. Nesse momento entram as contribuições do texto da professora Denise, a discussão a respeito da presença cada vez maior do neofascismo na cultura atual e assim, dentro das universidades. Nós sabemos que a universidade vai muito além de um espaço de aprendizagem técnica e cientifica. Nela encontramos um lugar de trocas culturais, que podem ser divergentes, subjetivas e, como presente no texto Universidade, Democracia e Combate ao Neofascismo neoliberal, “É na universidade pública que a educação atinge o nível mais elevado de sua perspectiva emancipatória” (DRUCK; VIEIRA; FILGUEIRA,?). De posse dessa leitura e interpretação, passei a pensar na questão que vem ocorrendo há algum tempo: a destruição da universidade pública no Brasil e, bem como, do ensino. Percebo o desmantelamento, que opera a partir das frentes neoliberal e ideológica, que ganha força desde a eleição de Jair Bolsonaro. Essa ideologia, que vem recheada de ódio aos grupos minoritários, como negros e homossexuais, e ódio a ideia da democracia, legitimando pedidos e comportamentos relacionados a períodos como a ditadura militar. Tudo isso, fez-me lembrar de um artigo que li há um tempo, no site jornalístico Estadão, uma análise feita de como a cultura do ódio é um fenômeno antigo, mas que não diminui com o tempo. Após a leitura, fiquei surpresa com a informação a respeito da rede social Facebook. Desde 1° de julho, quase 700 empresas, entre elas algumas das marcas mais importantes do mundo, não anunciaram mais no Facebook e em outras redes sociais. Eles pressionam essas plataformas a combater com mais afinco o discurso de ódio em suas páginas, nos bilhões de posts feitos diariamente pelos seus usuários (SILVESTRE, 2020). Apesar de ser uma questão forte nas redes sociais, é ainda mais forte dentro da sociedade como um todo, virou um comportamento. Seguindo a programação normal, a aula do dia 27 voltou a ser presencial, a professora dividiu a turma em grupos e trouxe uma dinâmica interessante, tivemos que conversar a respeito de nossas vivencias em grupos e experiencias mais marcantes. Enquanto outros grupos saíram da sala para conversar, meu grupo permaneceu em sala, contamos uns aos outros algumas das nossas lembranças. Ao chegar minha vez, falei a respeito do meu grupo de amigas, pequeno, porém sólido, que remota do ensino fundamental II. Comentei também sobre minhas dificuldades em fazer amizades e como com esse grupo, composto por mim e mais três amigas, é tão importante para a minha vida. Dando seguimento a aula, os demais grupos apresentaram-se e contaram algumas de suas experiências para o resto da turma tornando o momento bem emocionante, a exemplo da apresentação de uma colega de grupo ao contar sua história, e também muito divertido. Diante da apresentação dessas vivências, me recordei de um trecho do texto de professora Denise, “Os fatores que articulam um grupo de trabalho: uma leitura da concepção de Pichon Rivière” As pessoas, individualmente, têm seus interesses e necessidades, mas é na relação com o outro, com o grupo, que surge o espaço para gratificação ou frustração dessas necessidades. É preciso encontrar o elo que as une na realização da tarefa para que possam se constituir como grupo (VIEIRA da SILVA,?). Após a dinâmica, a professora começou a falar sobre o conteúdo da semana, relacionado com a atividade que fizemos: a psicologia social – os grupos operativos, subjetividade e intersubjetividade. Tendo, como textos do dia, “Subjetividade à luz de uma teoria de grupos” de Maria Inês Fernandes e o texto anteriormente citado da professora. O assunto foi inicialmente apresentado abordando a história de Pichon Rivière, psicanalista suíço que desenvolveu a psicologia social e é voltado para a transformação social através da teoria da enfermidade única onde trata da depressão. De uma forma espetacular, Pichon engloba o conceito da psicanálise ao materialismo histórico de Marx, entretanto, fez diversas críticas a psicanálise de Freud, acreditando ser essa muito importante, porém ainda insuficiente, a partir daí lançou a teoria da psicologia social. Também fui apresentada a teoria dos grupos operativos de Rivière que, para ele, são três os articuladores centrais de um grupo: 1. A tarefa a realizar; 2. Os vínculos interpessoais a constituir e os papeis; 3. As contribuições de cada integrante a estabelecer. Esses fatores operam no processo grupal a partir de variáveis – tempo, espaço e objetivos. É na relação estabelecida com o grupo, que surge “o espaço para gratificação ou frustração das nossas necessidades pessoais”. Por isso é preciso encontrar a cola para juntar a realização da tarefa para que os indivíduos possam se constituir como grupo. Grupo é um conjunto restrito de pessoas, ligadas por constantes de tempo e espaço, articuladas por sua mútua representação interna, que se propõe a realizar de forma explícita e implícita uma tarefa, que constitui sua finalidade, interatuando através de complexos mecanismos de assunção e atribuição de papéis (RIVIÈRE,?). Aqueles grupos que não estão inseridos nesses processos são chamados de “série” ou “bandos” e acontecem quando as pessoas compartilham o mesmo espaço e objetivos, mas não existe comunicação, vínculo. Infelizmente, a professora não conseguiu terminar todo a assunto durante essa aula e o que faltou ficou para a aula do dia 11 de maio. Neste dia tivemos a presença do psicanalista Marcelo Veras, professora Denise o convidou para falar um pouco sobre si mesmo e sobre seu trabalho. Por isso, não tivemos textos para estudar antecipadamente. Veras começou a contar sua história a partir de sua graduação em medicina na UFBA, até chegar no presente, momento em que é coordenadordo PsiU, Programa de Saúde Mental e Bem-estar da Universidade Federal da Bahia, serviço aberto a todos os integrantes da UFBA – alunos, professores, funcionários – e que tem o objetivo de acolher inquietações ligadas desde a vida acadêmica às questões da vida particular. Gostei muito de saber a respeito desse serviço e do seu funcionamento, que é tão efetivo e, apesar de não ter passado por nenhuma situação similar as de quem precisa desse programa, fico muito feliz com o apoio que instituição oferece a seus integrantes, até mesmo segura porque sei que se um dia eu necessitar desse tipo de ajuda, terei. O nono encontro começou de maneira um pouco conturbada devido ao conflito entre alguns alunos que se sentiram prejudicados com a decisão da professora Denise pela aula online após os pedidos de uma parte da turma em função da chuva forte naquele dia. Dando continuidade à aula de 27 de abril, voltamos a discutir a respeito da teoria dos grupos operativos de Pichon. Em seguida, começamos a trabalhar o desafio da construção do vínculo nas relações humanas, a partir do texto de professora Denise. No texto, a constituição do ser humano é marcada por uma contradição interna: ele precisa, para satisfazer as suas necessidades, entrar em contato com o outro, vincular-se a ele e interagir com o mundo externo. Neste sistema de relações vinculares emerge o sujeito, predominantemente social, inserido numa cultura, por meio da qual internalizará vínculos e relações sociais que vão constituir seu psiquismo. Entretanto, de acordo com filosofo francês, Henri Wallon (1968), as interações com o meio também merecem grande ênfase. Ele ressalta que as relações do homem com o meio são de transformações mútuas e as circunstâncias sociais de sua existência influenciam fortemente a evolução humana. O meio é compreendido como o complemento indispensável do ser humano. Assim, as interações são fundamentais tanto para a construção do sujeito como do conhecimento, ocorrem ao longo do desenvolvimento humano, no período da infância, em que o sujeito está construindo laços com o grupo familiar, de acordo com as condições orgânicas, motoras, afetivas, intelectuais e socioculturais. Segundo Wallon (1975), a criança aos poucos, passa a colocar a questão do seu eu em relação aos outros e, a partir das relações que estabelece com a sua família, pode construir uma referência de conjunto, no qual tem um lugar e um papel específico. Dentro da constelação familiar, aprende a se situar em relação aos outros irmãos, aos pais, como um elemento fixo e, aos poucos, toma consciência da estrutura familiar. Dessa forma, a vivência em grupo contribui de forma decisiva para que a diferenciação eu-outro, seja estabelecida e para a construção da personalidade. Nesse sentido, na concepção de Pichon-Rivière, o grupo apresenta-se como instrumento de transformação da realidade, e seus integrantes passam a estabelecer relações grupais que vão se constituindo, na medida em que começam a partilhar objetivos comuns, a ter uma participação criativa e crítica, a poder perceber como interagem e se vinculam. Para Pichon (1988), a teoria do vínculo tem um caráter social na medida em que compreende que sempre há figuras internalizadas presentes na relação, quando duas pessoas se relacionam, ou seja, uma estrutura triangular. O vínculo é bi corporal e tri pessoal, isto é, em todo vínculo há uma presença sensorial corpórea dos dois, mas há um personagem que está interferindo sempre em toda relação humana, que é o terceiro. Neste sentido, vínculo é uma estrutura psíquica complexa. Transformar, criar, implica em problematizar limites, medos, incômodos com o outro o que pode significar uma conquista de novos territórios, um processo de crescimento que pode ser potencializado se é compartilhado e tem o bem- estar coletivo em perspectiva. O processo criador nos grupos sociais está relacionado com a sua capacidade de ser operativo, ou seja, trabalhar contemplando a heterogeneidade de significantes, articulando-os com a tarefa, organizando uma distribuição cooperativa dos papeis o que pode levar a um aprendizado que muitas vezes supera as expectativas existentes no início da experiência por parte de seus integrantes (VIEIRA da SILVA,?). Nessa quarta-feira, infelizmente, fiquei impossibilitada de comparecer a aula por conta de uma atividade de outra disciplina marcada para aquela tarde. Contudo, li o cronograma da aula e conversei com alguns colegas que me informaram o que aconteceu em sala. Durante a leitura do texto “O processo de comunicação nos grupos”, de autoria da professora Denise, pensei em uma discussão recente durante uma aula de LETE48 a respeito da comunicação entre surdos e como o que mais angústia os pais de pessoas surdas não é a surdez em si, mas o obstáculo na comunicação que ela proporciona. Muitos pais não estabelecem a Língua de Sinais na comunicação com seus filhos, porque desconhecem a importância dela para o desenvolvimento psíquico- social e na preservação da identidade das pessoas e comunidades surdas. Além disso, contribui para a valorização e reconhecimento da cultura surda que, por tanto tempo, foi o alvo da hegemonia da cultura ouvinte. A comunicação através da Libras, propicia uma melhor compreensão entre surdos e ouvintes, uma vez que já está previsto em lei a presença de intérpretes de Libras em diferentes instituições públicas, como escolas, universidades, congressos, seminários, programas de televisão entre outros. Além disso, a utilização das libras facilita a comunicação entre os surdos, que passam a se compreender como uma comunidade que tem características comuns e que devem ser reconhecidas como tal, praticando assim, a verdadeira inclusão social. Diante de tudo isso e, voltando ao texto da professora, ao relembrar esse episódio, tive uma ideia da importância do processo de comunicação em uma comunidade, em como ela possibilita a expressão das individualidades, a transmissão de valores e saberes e a conversação e o diálogo entre diferentes grupos sociais. A importância do tema da comunicação humana decorre da constatação de que os homens precisam dar sentido à realidade que os cerca, e para isso precisam cada vez mais compreender o complexo fenômeno da comunicação humana. Para alguém desprovido do olhar, da audição e da fala o mundo, a princípio, nada significa, é através da linguagem da expressão em todas as suas formas, que vai sendo construída a história das pessoas e dos grupos (VIEIRA da SILVA,?). Desse modo, para que haja comunicação, alguns elementos são essenciais, seja o aquele em buscar de se pronunciar, emissor; aquele que recebe a mensagem, receptor; o conteúdo enviado, a mensagem; o modo como a mensagem é transmitida, código; e a situação que envolve emissor e receptor, contexto. Embora tenhamos ainda mais quatro semanas de aula até o final do semestre, chegamos à última para a escrita do diário, isso não me impediu a aprender a gostar de escrever. Para começar o decimo primeiro encontro, a professora pediu que os grupos se reunissem e discutissem a respeito do terceiro roteiro, que é a organização de uma pesquisa já combinada anteriormente entre ela e nós alunos. Trabalhar esse roteiro foi de grande ajuda, pois, a partir dele, montamos, eu e a minha equipe, um questionário que será usado na busca de dados necessários “sobre a influência das redes sociais nos corpos femininos” tema do nosso seminário. Eu e os demais membros da equipe combinamos e discutimos sobre os artigos que usaremos no nosso trabalho. Após o momento acima citado, a professora fez um pedido, considerando o ambiente universitário, pareceu-me estranho, mas, não nego, muito empolgante. O pedido consistia em: cada grupo deveria escrever uma paródia que referenciasse oprocesso de escrita do diário de bordo. Um dos colegas da minha equipe foi bem ágil na escolha da música que iriamos parodiar e na criação do refrão. A partir desse ponto, começamos a trabalhar a letra da paródia; confesso que para mim foi um pouco complicado, mas bem engraçado. Fazendo referência a nossa professora, a monitora Jade e alguns dos conteúdos trabalhados ao longo do semestre, criamos uma música divertida, Ah! parodiamos a canção “Cachorrinho” de Kelly Key: Se tem uma coisa que me deixa animada É chegar em casa e escrever umas paradas Se tem uma coisa que eu não admito É acabar o meu dia e não escrever, em, meu amigo. Eu gosto de te contar O que eu planejo fazer Querido diário de bordo Eu amo escrever em você Freud, Pichon e Rivière Grada, Kilomba e Fanon Atividade em grupão Olha essa metodologia, meu irmão. Vem aqui, Denise está chamando Escreva no seu diário o que você está pensando Vem aqui, Jade tá organizando Mais uma página que já está finalizando Após essa dinâmica, trabalhamos o tema da semana e os textos base “Convivência emocional”, de professora Denise, e “Teletrabalho se consolida em gangorra emocional trazida pela pandemia” de Vitor Nuzzi. Achei muito interessante a análise trazida pela professora a respeito da emoção como ferramenta para o desenvolvimento das possibilidades de convivência e como a inteligência emocional pode afetar a memória, a lógica, aguçar os sentidos e nublar o raciocínio. Sendo assim, podemos entender como a emoção condiciona a experiência, mas também define o espaço das ações possíveis. Outra questão muito importante é a relação entre emoção e razão, e a falsa dicotomia entre eles. Ambos, se compreendidos bem, são complementares e não se rivalizam. O interessante disso é a capacidade que devemos ter em desenvolver uma convivência saudável com nossas emoções, entender que conviver com elas não deve ser uma luta de dominação ou submissão. Controlar emoções é uma escolha consciente, é uma dança de expressão constante onde é importante evitar a dominação ou a submissão, ou seja, a implosão ou a explosão e como diz Kofman as emoções são ótimas conselheiras e péssimas soberanas (VIEIRA da SILVA,?) Portanto, uma atitude fundamental para todos nós é de cada um se tornar responsável pelas emoções através do pensamento, desenvolvendo-se no sentido de não permitir a emergência do estado de ânimo, ou seja, o chamado “sequestro emocional”. Ao contrário da crença cotidiana, emoção e razão são processos interligados, intercambiáveis e que, portanto, por um lado, podemos obter controle sobre nossas emoções através do pensamento, por outro, enriquecê-los integrando nossos sentimentos aos projetos racionais, num movimento dialético onde os dois processos sofrem mútua influência (VIEIRA da SILVA,?) Ainda não finalizamos as aulas, temos as apresentações em grupo para fazer, entretanto, o diário terminou e eu gostaria de utilizar esse espaço para falar sobre o componente, de como foi prazeroso todo o processo. Os textos lidos; as discussões em sala; esse diário e o trabalho em grupo, tudo isso possibilitou uma gama de avaliações e questionamentos sobre quem eu sou, aonde vou, e, enfim, tentar entender um pouco mais do sentido da vida. Seguindo por esse ângulo, como aluna do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde, um curso muito exigente e competitivo, sinto que esse componente é de extrema importância, para entender o espaço universitário, minha capacidade e minhas limitações no contexto e nas exigências da universidade. Quantos aos textos ofertados no componente, foi muito bom ver como existe uma interligação entre eles, como os temas são relevantes na vida universitária. O currículo da professora Denise e seus textos me fizeram refletir, perceber que a psicologia social funciona, me deixaram feliz também, pois abriram um novo caminho na minha vida. A psicologia era uma área desconhecida para mim, mas, após o contato que o componente ofertou, passei a compreendê-la melhor, minha curiosidade aguçou e, com certeza, buscarei me aprofundar nos seus conteúdos. Aproveito o final dessa escrita, para agradecer a professora Denise pelas aulas incríveis, dinâmicas e cheias de significados especiais, para agradecer as monitoras Jade e Andreza pela ajuda e atenção ao longo do semestre e aos colegas pelos momentos de interação tão prazerosos. Muito obrigada! ANUNCIAÇÃO. Intérprete: Alceu Valença. Compositor: Alceu Valença. In: ANJO Avesso. Intérprete: Alceu Valença. São Paulo: Ariola Discos, 1983. CD-ROM, Faixa 2 (4min58s). BRITO, M. A.. Medicalização da Vida: Ética, Saúde Pública e Indústria Farmacêutica. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2011/Jun.). [Citado em 07/04/2022]. Está disponível em: http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/medicalizacao-da-vida-etica-saude-publica-e- industria-farmaceutica/7760?id=7760&id=7760. 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