Buscar

atividade 3

Prévia do material em texto

Artigo: Doença de Chagas congênita com manifestações pleomórficas. Relato de caso
Alunas: Gabriella Rodrigues de Oliveira , Paola de Sousa Tozzi, Aline Rita de Oliveira Silveira, Isadora Carla Santos, Graziela Gonzaga Santana, Gabriela Santos Almeida
Turma: 4 Beta
Perguntas
1) Quais informações foram utilizadas pela equipe médica para chegar ao diagnóstico? 
= Foi levado em conta a sintomatologia da paciente, juntamente com a anamnese e histórico de sua mãe já ter tido doença de chagas, sendo adquirido por transmissão vertical, foi realizado alguns testes diagnósticos que levaram a 5 hipóteses diagnósticas: ICC, miocardite chagásica aguda e crônica, sobrecarga ventricular E e miocardiopatia por T. Cruzi, Com isso foi solicitado sorologia para T. Cruzi (Machado Guerreiro, hemaglutinação indireta e imunofluorescência) IgM – e IgG +. Optou-se por outros exames para melhor investigação etiológica, radiografia do coração e vasos da base com esôfago contrastado, PA e perfil esquerdo, eletrocardiograma (ECG) ritmo sinusal, mas após o resultado sorológico conseguiu chegar-se ao diagnostico. Em todas as situações em que as defesas do organismo estão diminuídas, como durante imunossupressão, há reativação da doença, demonstrando que o parasita encontra-se viável e ativo.
2) Caracterize a forma crônica indeterminada da doença. 
= Na fase crônica da doença existem raros parasitos circulantes na corrente sanguínea por longo período e há um elevado e consistente teor de anticorpos da classe IgG. Os casos confirmados de doença de Chagas crônica (DCC). Na fase indeterminada: nenhuma manifestação clínica ou alteração compatível com DC em exames específicos. Estima-se que cerca de 50% dos indivíduos infectados se encontrem no estádio indeterminado, ou forma crônica indeterminada da doença (FCI), descrita inicialmente por Carlos Chagas como a ausência das síndromes clínicas predominantes da moléstia. Onde há positividade sorológica e/ou parasitológica para doença de Chagas; ausência de sintomas e/ou sinais da moléstia; eletrocardiograma convencional normal; estudos radiológicos do coração, esôfago e cólon normais. Ademais, após a fase aguda, as pessoas entram em uma fase crônica indeterminada, que pode durar anos ou décadas. Os parasitas continuam presentes nos tecidos dos órgãos, apesar da total ausência de sintomas. As pessoas na fase indeterminada ainda podem transmitir a doença.
3) De acordo com a OMS, como deve ser o diagnóstico para doença de Chagas? 
= A Organização Mundial de Saúde preconiza a realização de pelo menos 2 testes sorológicos de alta sensibilidade para o diagnóstico da doença de Chagas. Podem-se utilizar para métodos de triagem diversos testes sorológicos para o diagnóstico: hemoaglutinação indireta, imunofluorescência indireta, ELISA para T. Cruzi, sendo este último o imunoenzimático de maior sensibilidade para doença de Chagas, pesquisando-se IgM e IgG. São úteis também hemoculturas em meios apropriados, exame a fresco, gota espessa e xenodiagnóstico. Atualmente o desenvolvimento de métodos diagnósticos mais precisos, tais como, métodos radioativos, imunoenzimáticos e os que utilizam anticorpos monoclonais. São procedimentos avançados de biologia molecular de alto custo. No caso da doença de Chagas, a introdução de novos métodos diagnósticos precoces pode significar a cura de pacientes recém-nascidos de uma doença que na fase crônica não dispõe de tratamento eficaz.
4) Discorra sobre o estudo BENEFIT. 
= O ensaio Benefit (Avaliação do Benzonidazol para Interrupção da Tripanossomíase) concluiu que o medicamento benzonidazol não conseguiu interromper o agravamento da doença em indivíduos com problemas cardíacos já estabelecidos. Isso foi concluído pois, após mais de uma década de pesquisa e de estudo, apontou-se que o grupo que recebeu o medicamento não manifestou melhoras e benefícios em comparação com o grupo que recebeu placebo. Outrossim, o benzonidazol é um dos dois medicamentos capazes de agir contra os parasitos Trypanosoma cruzi, causadores da doença de Chagas, com menor toxicidade, sendo que na fase aguda da doença, logo após a infecção, é extremamente eficaz. No entanto, nos casos crônicos em que já existem lesões cardíacas causadas por décadas de convivência com os parasitos no organismo, os benefícios do tratamento nunca foram claramente estabelecidos. Ademais, em relação ao efeito do benzonidazol sobre os parasitos, percebeu-se que o grupo dos indivíduos que tinham exames positivos para a presença do T. cruzi antes do início da terapia apresentou maior porcentagem de resultados negativos ao final da terapia, em comparação com os indivíduos que fizeram uso do placebo. Por fim, os pesquisadores ressaltaram o fato de apenas um terço dos pacientes desenvolve a forma cardíaca, o que está associado a forma como o sistema imunológico de cada pessoa responde. Entretanto, não se sabe as causas exatas, o que não deve ser pressuposto para a desestimulação pela busca de novos medicamentos e pelo uso do benzonidazol.

Continue navegando