Buscar

análise_físico_química_de_alimentos _02

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AN02FREV001/REV 4.0 
 27 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS DE 
ALIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS DE 
ALIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 29 
 
 
MÓDULO II 
 
 
3 SEGURANÇA EM LABORATÓRIO QUÍMICO 
 
 
Um laboratório é um local que exige muita atenção, cuidado e tranquilidade 
para trabalhar, pois aparentemente não demonstra risco algum, principalmente para 
as pessoas que já trabalham a um bom tempo no laboratório. Os perigos e riscos 
continuam presentes não podemos nos esquecer deles, por isso, é necessário 
conhecer alguns procedimentos. Quando falamos em segurança nos referimos à 
segurança da pessoa, ou seja, manter o local adequado para o bom andamento do 
trabalho. Para isso, a vestimenta deve estar de acordo com as exigências do local. 
Segurança também envolve atos seguros, isto é, a pessoa tem que saber como se 
comportar. 
 
 
3.1 NORMAS PARA O TRABALHO EXPERIMENTAL 
 
 
Trabalhar em um laboratório que realiza análises físico-químicas exige uma 
série de cuidados. A pessoa que irá fazer as análises precisa saber exatamente o 
que está fazendo e como realizar seu trabalho da maneira mais segura e adequada 
para evitar acidentes. A seguir estão relacionados alguns itens importantes para o 
bom desempenho de um trabalho em laboratório. Mas o mais importante é sempre 
usar o bom senso e na dúvida não faça, pergunte para uma pessoa que possa te 
ajudar. Em relação a como se comportar para trabalhar no laboratório: 
 
 Esteja sempre acompanhado, para realizar qualquer tarefa, nunca faça 
sozinho; 
 Siga rigorosamente as instruções de trabalho; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 30 
 Uma brincadeira às vezes é irresistível, mas resista, trabalhe com seriedade; 
 Antes de manusear um reagente verifique se é perigoso; 
 Se estiver com fome ou sede, saia do laboratório para comer ou beber. Se já 
estiver comendo, termine de comer e depois entre no laboratório. Onde há 
reagentes químicos não deve ter alimento; 
 Fumar no laboratório É PROIBIDO; 
 Antes de entrar no laboratório coloque bolsa, agasalho ou qualquer outro 
objeto em local apropriado, pois nas bancadas deve estar apenas o material 
que será utilizado para realizar a análise; 
 Saiba onde está o chuveiro de emergência, lava olhos e extintores e também 
como utilizá-los; 
 Para testar um reagente químico utilize testes químicos, jamais experimente 
ou toque; 
 Para operar um equipamento é preciso ter passado por um treinamento ou ter 
lido atentamente as instruções de uso; 
 No final do trabalho, tire os plugues dos equipamentos da tomada, verifique 
se o registro de gás está fechado, lave as mãos e apague as luzes. 
 
Em relação ao que usar para trabalhar no laboratório: 
 
 Sempre esteja de calça comprida; 
 Sempre use calçado fechado; 
 Sempre coloque um jaleco por cima da roupa; 
 Se tiver cabelo comprido, mantenha preso por completo; 
 Retire qualquer adorno, brinco, colar, pulseira, anéis, aliança, outros; 
 Use óculos de proteção; 
 Use luvas de proteção apropriadas. Existem vários tipos: para manusear 
reagente, realizar uma análise ou manusear objetos que foram aquecidos; 
 Recomenda-se que não use lente de contato. 
 
Em relação a como agir para trabalhar no laboratório: 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 31 
 Ao manipular solventes inflamáveis esteja longe de chamas e de locais onde 
há incidência de sol. Se for preciso aquecer não use chama direta; 
 Todas as análises que envolvam liberação de vapores dos reagentes devem 
ser realizadas em local apropriado, onde tenha um sistema de exaustão 
adequada. Este local é chamado de capela; 
 Sempre use o pipetador para pipetar qualquer substância, mesmo que ela 
não ofereça riscos; 
 Para realizar um descarte de reagente é preciso verificar qual é o 
procedimento correto a ser seguido; 
 Antes de utilizar qualquer material verifique se o mesmo está em condições 
de uso, limpo adequadamente e sem avarias; 
 Utilize as vidrarias e utensílios de acordo com sua função; 
 Se algum recipiente de vidro quebrar, esse deve ser jogado em um local 
destinado para vidro quebrado que não será o lixo comum; 
 Se algum produto químico entrar em contato com os olhos, boca ou pele, 
imediatamente lave abundantemente com água e depois procure o tratamento 
adequado; 
 Se algum produto químico for derramado, lave o local imediatamente ou 
coloque um aviso; 
 Após utilizar uma chapa de aquecimento deixe um aviso indicando que está 
quente; 
 Mantenha o frasco de reagente sempre fechado após o uso. Alguns 
reagentes podem sofrer modificações se ficar muito tempo em contato com o 
ar do ambiente; 
 Para utilizar um reagente, coloque a quantidade que será utilizada em um 
recipiente e se sobrar não volte para o frasco do reagente; 
 Jamais utilize a mesma pipeta para pipetar diferentes reagentes sem ter 
realizado um enxágue antes; 
 Se o interior da vidraria estiver molhado (água), ele deve ser seco ou você 
pode utilizar um pouco do reagente para ambientar e depois utilizar; 
 Vidraria volumétrica não deve ser seca em estufa com temperaturas 
elevadas; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 32 
 Ao preparar uma solução com ácido proceda de seguinte maneira: 
COLOQUE ÁGUA NO RECIPIENTE E DEPOIS ADICIONE O ÁCIDO. 
 
 
3.2 DESCARTE DE RESÍDUOS 
 
 
Segundo a legislação, a Resolução RDC no 306 de 7 de dezembro de 2044, 
dispõe sobre o Regulamento Técnico para o Gerenciamento de Resíduos de 
Serviços de Saúde. Neste regulamento o grupo B engloba substâncias químicas que 
devem ser identificadas por meio do símbolo de risco associado, de acordo com a 
NBR 7500 da ABNT e com discriminação de substâncias químicas e frases de risco. 
Segundo esta Resolução, as características de risco das substâncias químicas são 
classificadas de acordo com a Ficha de Informações de Segurança de Produtos 
Químicos – FISQ, conforme NBR 14725 da ABNT e Decreto/PR 2657/98. Esta 
Resolução também prevê que resíduos químicos que apresentem risco à saúde ou 
ao meio ambiente, quando não forem submetidos a processos de reutilização, 
recuperação ou reciclagem, devem ser submetidos a tratamento ou disposição final 
específicos. 
Outra consideração importante, neste Regulamento, é a forma de 
acondicionamento dos resíduos, eles devem ser acondicionados levando em 
consideração as exigências de compatibilidade química entre os resíduos e com o 
material da embalagem para evitar qualquer tipo de reação química. Na Tabela 1 
estão relacionados compostos que são incompatíveis com algumas substâncias 
químicas. 
 
TABELA 1 - INCOMPATIBILIDADE DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS 
Substância Compostos incompatíveis. 
Acetileno Cloro, bromo, flúor, cobre, prata, mercúrio. 
Ácido Acético Ácido crômico, ácido perclórico, peróxidos, 
permanganatos, ácido nítrico, etilenoglicol. 
Acetona Misturas de ácidos sulfúrico e nítrico concentrados, 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 33 
peróxido de hidrogênio. 
Ácido crômico Ácido acético, naftaleno, cânfora, glicerol, turpentine, 
álcool, outros líquidos inflamáveis. 
Ácido hidrociânico Ácido nítrico, álcalis. 
Ácido fluorídrico, 
fluoreto hidrogênio 
Amônia (aquosa ou anidra). 
Ácido nítrico 
concentrado 
Ácido cianídrico, anilinas, óxidos de cromo VI, sulfeto de 
hidrogênio,líquidos e gases combustíveis, ácido acético, 
ácido crômico. 
Ácido Oxálico Prata e mercúrio. 
Ácido Perclórico Anidrido acético, álcoois, bismuto e suas ligas, papel, 
madeira. 
Ácido Sulfúrico Cloratos, percloratos, permanganatos e água. 
Alquil alumínio Água. 
Amônia anidra Mercúrio, cloro, hipoclorito de cálcio, iodo, bromo, ácido 
fluorídrico. 
Anidrido acético Compostos contendo hidroxil tais como etilenoglicol, ácido 
perclórico. 
Anilina Ácido nítrico, peróxido de hidrogênio. 
Azida sódica Chumbo, cobre e outros metais. 
Bromo e Cloro Benzeno, hidróxido de amônio, benzina de petróleo, 
hidrogênio, acetileno, etano, propano, butadienos, pós-
metálicos. 
Carvão ativo Dicromatos, permanganatos, ácido nítrico, ácido sulfúrico, 
hipoclorito de sódio. 
Cloro Amônia, acetileno, butadieno, butano, outros gases de 
petróleo, hidrogênio, carbeto de sódio, turpentine, 
benzeno, metais finamente divididos, benzinas e outras 
frações do petróleo. 
Cianetos Ácidos e álcalis. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 34 
Cloratos, 
percloratos, clorato 
de potássio 
Sais de amônio, ácidos, metais em pó, matérias orgânicas 
particuladas, combustíveis. 
Cobre metálico Acetileno, peróxido de hidrogênio, azidas. 
Dióxido de cloro Amônia, metano, fósforo, sulfeto de hidrogênio. 
Flúor Isolado de tudo. 
Fósforo Enxofre, compostos oxigenados, cloratos, percloratos, 
nitratos, permanganatos. 
Halogênios Amoníaco, acetileno e hidrocarbonetos. 
Hidrazida Peróxido de hidrogênio, ácido nítrico e outros oxidantes. 
Hidrocarbonetos 
(butano, propano) 
Ácido crômico, flúor, cloro, bromo, peróxidos. 
Iodo Acetileno, hidróxido de amônio, hidrogênio. 
Líquido inflamável Ácido nítrico, nitrato de amônio, óxido de cromo VI, 
peróxidos, flúor, cloro, bromo, hidrogênio. 
Mercúrio Acetileno, ácido fulmínico, amônia. 
Metais alcalinos Dióxido de carbono, tetracloreto de carbono, outros 
hidrocarbonetos clorados. 
Nitrato de amônio Ácidos, pós-metálicos, líquidos inflamáveis, cloretos, 
enxofre, compostos orgânicos em pó. 
Nitrato de sódio Nitrato de amônio e outros sais de amônio. 
Óxido de cálcio Água. 
Óxido de Cromo VI Ácido acético, glicerina, benzina de petróleo, líquidos 
inflamáveis, naftaleno. 
Oxigênio Óleos, graxas, hidrogênio, líquidos, sólidos e gases 
inflamáveis. 
Perclorato de 
potássio 
Ácidos. 
Permanganato de Glicerina, etilenoglicol, ácido sulfúrico. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 35 
potássio 
Peróxido de 
Hidrogênio 
Cobre, cromo, ferro, álcoois, acetonas, substâncias 
combustíveis. 
Peróxido de sódio Ácido acético, anidrido acético, benzaldeído, etanol, 
metanol, etilenoglicol, acetatos de metila e etila, furfural. 
Prata e sais de 
prata 
Acetileno, ácido tartárico, ácido oxálico, compostos de 
amônio. 
Sódio Dióxido de carbono, tetracloreto de carbono, outros 
hidrocarbonetos clorados. 
Sulfeto de 
hidrogênio 
Ácido nítrico fumegante, gases oxidantes. 
FONTE: Manual de Biossegurança. Mario Hiroyuki Hirata; Jorge Mancini Filho. 
 
 
De acordo com a norma da ABNT NBR 10004:2004 é possível verificar qual 
é a classificação dos resíduos químicos. Nesta norma os resíduos são classificados 
como: resíduo classe I (Perigosos); resíduo classe II (Não perigosos); resíduo classe 
II A (Não inertes) e resíduo classe II B (Inertes). 
Nas tabelas 2, 3 e 4 estão relacionadas quais embalagens podem ser 
usadas para o descarte de resíduos; em qual embalagem cada tipo de resíduo deve 
ser acondicionado; e como deve ser realizado o tratamento de alguns resíduos 
químicos. Esta classificação foi elaborada pela Unidade de Gestão de Resíduos 
UGR/CEMA/UFSCAR no trabalho sob o título “Normas de Procedimentos para 
Segregação, Identificação, Acondicionamento e Coleta de Resíduos Químicos”. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 36 
 
TABELA 2 - CLASSIFICAÇÃO DO TIPO DE COLETOR E SUA RESPECTIVA 
EMBALAGEM E RECIPIENTE 
Tipo de 
coletor 
Embalagens e recipientes 
A Recipiente de vidro de 1 ou 4 L 
B Recipiente de plástico (bombonas) de 5 ou 10 L 
C Recipiente de plástico (bombonas) de 10 a 20 L, com cinta de 
vedação ou rosca. 
D Recipiente resistente a rompimento, de preferência de plástico e 
fechado firmemente. 
E Recipiente resistente a rompimento com alta vedação e indicação 
clara de seu conteúdo. 
F Recipiente de vidro com alta vedação, evitando a emanação de 
vapores para o ambiente. 
G Resíduos de sais metálicos regeneráveis, cada metal deve ser 
recolhido separadamente. Utilizar recipiente de vidro com alta 
vedação. 
H Recipiente plástico resistente a rompimento. 
I Material radioativo. Utilizar recipiente adequado de acordo com a 
emissão das partículas alfa, beta ou gama, seguir corretamente a 
legislação do IPEN e normas do CNEN. 
FONTE: INMETRO. SISTEMA Internacional de Unidades - SI. 8ª ed.(revisada), 2007. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 37 
TABELA 3 - COMPATIBILIDADE DAS SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS NOS 
DIFERENTES TIPOS DE RECIPIENTES 
Especificações – substâncias orgânicas Tipo de recipiente 
coletor 
Solvente orgânico isento de halogênios. A / B 
Solvente orgânico contendo halogênio. A / B 
Reagente orgânico relativamente inerte do ponto de vista 
químico. 
A / B 
Reagente orgânico relativamente inerte do ponto de vista 
químico, se contiver halogênio. 
A / B 
Reagente orgânico relativamente inerte do ponto de vista 
químico, se contiver resíduo sólido. 
C 
Resíduo sólido de produtos orgânicos. C 
Soluções aquosas de ácidos orgânicos. A / B 
Bases orgânicas e aminas na forma associada (para evitar 
odores, neutralizar cuidadosamente com ácido diluído). 
G 
Nitrilos e mercaptanas. A / B 
Nitrilos e mercaptanas – fase aquosa e orgânica (eliminar o 
excesso de oxidantes com tiossulfato de sódio. 
F 
Aldeído hidrossolúvel e derivados. A / B 
Compostos organometálicos – fase aquosa. A 
Compostos organometálicos – fase orgânica. A / D 
Produtos carcinogênicos e compostos combustíveis 
classificados como muito tóxicos ou tóxicos. 
F 
Peróxidos orgânicos identificáveis em soluções aquosas 
(dissolvidos e desativados com reagentes específicos) – 
resíduos orgânicos. 
A / B 
Peróxidos orgânicos identificáveis em soluções aquosas 
(dissolvidos e desativados com reagentes específicos) – 
solução aquosa. 
D 
Halogênio de ácido. B 
Compostos combustíveis tóxicos. F 
FONTE: INMETRO. SISTEMA Internacional de Unidades - SI. 8ª ed.(revisada), 2007. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 38 
TABELA 4 - COMPATIBILIDADE DAS SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS NOS 
DIFERENTES TIPOS DE RECIPIENTES 
Especificações – substâncias inorgânicas Tipo de 
recipiente coletor 
Ácidos inorgânicos. A / B 
Bases inorgânicas. A / B 
Sais inorgânicos. C 
Solução contendo sais inorgânicos. A / B 
Solução e sólido que contém metais pesados (sais de tálio e 
suas soluções devem ter cuidados especiais). 
D 
Compostos inorgânicos de selênio – fase aquosa. E 
Berílio e seus sais (carcinogênico). D 
Compostos de urânio e tório (respeitar a legislação em vigor 
do IPEN e CNEN). 
I 
Resíduo inorgânico de mercúrio. F 
Cianetos. E 
Peróxido inorgânico oxidante como o bromo e iodo. D 
Ácido fluorídrico e as soluções de fluoretos inorgânicos – 
fase sólida. 
H 
Ácido fluorídrico e as soluções de fluoretos inorgânicos – 
fase líquida. 
D 
Resíduos de halogênios inorgânicos líquidos e reativos, 
sensíveis à hidrólise. 
E 
Fósforo e seus compostos (são facilmente inflamáveis, 
desativa-se em atmosfera de gás protetor) – fase sólida. 
H 
Metais alcalinos e amidos de metais alcalinos. A / B 
Resíduo inorgânico tóxico, por exemplo, sais de metais 
pesados e suas soluções. 
A / B 
Resíduos que contêm metais preciosos - sólidos. C 
Resíduos que contêm metais preciosos - solução. D 
Alquinos de alumínio (sensíveis à hidrólise). F 
FONTE: INMETRO. SISTEMA Internacional de Unidades - SI. 8ª ed.(revisada), 2007. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 39 
Em cada análise química pode ser utilizada uma variedadede compostos, 
desta forma, a quantidade de tipos de resíduos gerados também será grande. Por 
isso, para realizar o tratamento de resíduos químicos, eles são divididos em 
diferentes classes conforme suas características. Por exemplo: 
 
Resíduos ácidos: 
 
 Se proveniente de soluções concentradas - diluir até obtenção de solução 
com 50% de H2O e ajustar o pH entre 6 e 8. 
 Se proveniente de soluções diluídas - Ajustar o pH. 
 Se proveniente de sólidos ou pastas - Misturar com o mesmo volume de 
água. Ajustar o pH entre 6 e 8. 
 
Resíduos básicos: 
 
 Se proveniente de soluções concentradas - Diluir até obtenção de solução 
com 50% de H2O. Ajustar o pH entre 6 e 8. 
 Se proveniente de soluções diluídas - Ajustar o pH. 
 Se proveniente de sólidas ou pastas - Misturar com o mesmo volume de água 
e ajustar o pH. 
 
Soluções residuais contendo metais pesados: 
 
 Sais de chumbo 
 Adicionar, sob agitação, solução 0,1% de metasilicato de sódio (Na2SiO3) na 
solução contendo sais de chumbo. 
 Ajustar o pH em torno de 7,0 com ácido sulfúrico (H2SO4) 2 mol L
-1 
 Deixar a solução em repouso por uma noite. 
 Filtrar ou evaporar em capela e coletar o material sólido, testando o 
sobrenadante. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 40 
 Sais de cádmio 
 Adicionar, sob agitação, solução 0,1% de metassilicato de sódio na solução 
contendo sais de cádmio. 
 Ajustar o pH em torno de 7,0 com ácido sulfúrico (H2SO4) 2 mol L
-1
. 
 Aquecer a 80 ºC por 15 minutos. 
 Deixar a solução em repouso por uma noite. 
 Filtrar ou evaporar em capela e coletar o material sólido, testando o 
sobrenadante. 
 
 Sais de bário 
 Adicionar, sob agitação, solução 10% (m/v) de sulfato de sódio. 
 Verificar a formação de precipitado e se foi quantitativa. 
 Filtrar o sobrenadante. Para descartar o sobrenadante diluir em 50 vezes ou 
evaporar em capela. 
 
 Mercúrio - sais solúveis 
 Ajustar o pH para 10 com solução de hidróxido de sódio (NaOH) 10% 
 Adicionar solução de sulfeto de sódio 20%, sob agitação, até não observar 
precipitação. 
 Filtrar e acondicionar o precipitado em depósito adequado. 
 
 Sais de arsênio 
 Adicionar solução de ácido clorídrico (HCl) na solução contendo arsênio. 
 Aquecer até ebulição. 
 Adicionar solução 1% de tioacetamida, sob agitação e ebulição por 20 
minutos. 
 Neutralizar com solução de NaOH. 
 Filtrar o precipitado e para sobrenadante descartar. Diluir em 50 vezes. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 41 
 Sais de crômio 
 O Cr(OH)6 é solúvel e o Cr(OH)3 é insolúvel, portanto, o Cr
+6 deve ser 
reduzido a Cr+3 com tiossulfato de sódio (Na2S2O3) ou sulfato ferroso/sulfeto 
de sódio, conforme tratamento A e B: 
 
Tratamento A. Tiosulfato de sódio (Na2S2O3) 
 
 Para pH menor que 3 adicionar Na2S2O3, sob agitação, solução de H2SO4 3 
mol L-1 e deixar reagir por algum tempo. 
 Para pH maior que 9,5 adicionar hidróxido de sódio (NaOH) ou hidróxido de 
sódio (Ca(OH)2). 
 Manter em repouso por uma semana e realizar a decantação. 
 Neutralizar o líquido sobrenadante e descartar o sólido em depósito 
adequado. 
 
Tratamento B. Sulfato ferroso e sulfeto de sódio 
 
 Para pH entre 7,5 a 8,5 adicionar sulfato ferroso e sulfeto de sódio, sob 
agitação, e deixar reagir por um período. 
 Ajustar o pH para 9,5 com NaOH. 
 Deixar em repouso por uma noite. 
 Neutralizar o líquido sobrenadante e descartar o sólido em depósito 
adequado. 
 
 Sais de níquel 
 Precipitar com hidróxido na faixa de pH de 7 - 8. 
 Testar o sobrenadante com solução de dimetilglioxima 1% em 1-propanol, cor 
vermelha indica presença de Ni. 
 
 Hidroperóxidos 
 Adicionar 100 mL de amostra + 20 mL solução Na2S2O3 a 50% em um funil de 
separação por cinco minutos. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 42 
 Peróxidos (H2O2, Na2O2, (CH3)3COOH) 
 Adicionar 5 mL de peróxido de hidrogênio (H2O2) 30% em 100 mL de 
Na2S2O3 10% (m/v) sob agitação a temperatura ambiente (testar destruição 
com KI/HCl). 
 
 Permanganato de potássio (KMnO4) 
 Na capela, adicionar 5 g de KMnO4 em 200 mL de solução de NaOH 1 mol L
-1 
e adicionar 10 g de Na2S2O3. 
 A cor púrpura da mistura deve desaparecer, se não, adicionar mais Na2S2O3. 
 Após agitar por 30 minutos, diluir com 200 mL de água, filtrar e descartar. 
 
 Hipocloritos (NaOCl; Ca (OCl)2; (CH3)3COCl) 
 Adicionar 5 mL ou 5 g de hipoclorito em 100 mL de Na2S2O3 10% (m/v) e 
agitar a mistura. 
 Quando todo hipoclorito dissolver na solução, teste a completa destruição do 
oxidante (KI/HCl/amido). 
 
 Fósforo e seus compostos 
 Adicionar 100 ml de solução de hipoclorito de sódio 5%, que contenha 5 ml de 
uma solução de hidróxido de sódio à 50%, gota a gota em um banho de gelo, 
precipitando os produtos da oxidação e separando por sucção. 
 
 Iodo 
 Adicionar 5 g de iodo a uma solução aquosa (300 mL) contendo tiossulfato de 
sódio (1 g). 
 Agitar a mistura até a dissolução de todo o iodo e descoloração da solução. 
 Neutralizar o resíduo com carbonato de sódio e descartar na pia. 
 
 Bromo 
 Na capela, adicionar 5 g de bromo a 1 L de água. 
 Em seguida, adicionar cerca de 120 mL de uma solução de bissulfito de sódio 
recém-preparada, até o desaparecimento de toda a coloração. 
 Neutralizar a solução com carbonato de sódio e descartar na pia. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 43 
 
 Resíduos contendo cianetos 
 Reações com solução contendo no máximo 2% de cianeto (m/v) utilizar 
solução de hipoclorito de cálcio (Ca(OCl)2) 65% em meio básico (solução de 
NaOH 100 g L-1). 
 Testar com solução recém-preparada de sulfato ferroso 5% (duas gotas) 
fervendo-se durante 30 segundos (alíquota de 1 mL). Precipitado azul escuro 
indica CN. 
 
 Resíduos de halogêneos inorgânicos líquidos e reativos, sensíveis à hidrólise 
 Agitar em capela com água contendo ferro durante uma noite. 
 Neutralizar com Hidróxido de Sódio. 
 
 Ácido fluorídrico e as soluções de fluoretos inorgânicos 
 Precipitar com carbonato de cálcio, separando o precipitado. 
 
 
3.3 COMBATE A INCÊNDIOS 
 
 
Um laboratório deve ter extintores de combate a incêndios em locais 
devidamente sinalizados. As pessoas que trabalham no laboratório devem saber 
como e quando utilizar um extintor, pois existem diferentes extintores que se 
adequam a cada classe de incêndio. Por isso, o primeiro passo é saber quais são as 
classes de incêndio. Existem quatro classes de incêndio: 
 
 Classe A de incêndio: compreende os materiais de fácil combustão com a 
propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade, e que deixam 
resíduos, por exemplo: tecidos, madeira, papel, fibras, etc. 
 Classe B de incêndio: compreende os produtos inflamáveis, que queimam 
somente em sua superfície, não deixando resíduos, por exemplo: óleo, 
graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 44 
 Classe C de incêndio: compreende os equipamentos elétricos energizados, 
por exemplo: motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc. 
 Classe D de incêndio: compreende os elementos pirofóricos, por exemplo: 
magnésio, zircônio, titânio. 
 
Agora que já conhecemos as classes de incêndios vamos verificar qual 
extintor é mais apropriado para usar em cada tipo de incêndio: 
 
 Extintor com água pressurizada deve ser usado em incêndio Classe A. 
 Extintor de espuma deve ser usado em incêndio de Classe A e B. 
 Extintor com gás carbônico deve ser usado, preferencialmente, em 
incêndio das Classes B e C, embora possa ser usado também em 
incêndio de Classe A em seu início. 
 Extintor pó químico seco é usado em incêndio das Classes B e C. 
 Nos incêndios Classe D, será usado o extintor tipo pó químico seco, 
porém o pó químico será especial para cada material. 
 
Nos rótulos dos extintores, entre outras informações, existem desenhos que 
indicam em qual tipo de material ele pode ser usado (Figura 20). Na partesuperior 
do desenho está a classe de incêndio, cada uma possui cor e figura geométrica 
específica. Cor verde e triângulo para a classe A, cor vermelha e quadrado para a 
classe B, cor azul e círculo para a classe C e cor amarela e estrela para a classe D. 
 
FIGURA 20 - DESENHOS UTILIZADOS EM EXTINTOR DE INCÊNDIO 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://extintor-de-incendio.blogspot.com.br/2010/07/classes-de-
incendio.html>. Acesso em: 19 ago. 2012. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 45 
 
4 PROCEDIMENTOS LABORATORIAIS 
 
 
4.1 VIDRARIA, REAGENTES E EQUIPAMENTOS 
 
 
4.1.1 Identificação de vidraria e equipamentos 
 
 
Em um laboratório existe uma infinidade de equipamentos, vidrarias e 
utensílios que podem ser usados. Na tabela 5 temos alguns equipamentos mais 
usuais e também sua finalidade. Na tabela 6 temos as vidrarias mais usuais e sua 
finalidade de uso. E na tabela 7 temos os utensílios utilizados em laboratório. 
 
 
TABELA 5 - FINALIDADE DE ALGUNS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM 
LABORATÓRIO QUÍMICO 
Equipamentos Finalidade 
 
Estufa de secagem. Como o próprio nome diz é para 
realizar a secagem de material. Ela pode chegar até 
1800C. Não é recomendado utilizar material volumétrico, 
pois pode perder sua calibração. Também pode ser 
utilizada para análises físico-química. 
 
 
 
 
 
Banho-maria. É utilizado para aquecimento de 
compostos que são sensíveis a alta temperatura ou que 
não podem ficar direto em contato com a fonte de calor. 
Também é utilizado em análises onde o composto 
precisa ficar certo tempo sob aquecimento. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 46 
 
Chapa de aquecimento. É utilizada para aquecer 
soluções, muitas vezes uma reação precisa ser 
realizada sob aquecimento. Várias chapas de 
aquecimento também têm um comando que permite 
agitação da solução utilizando um agitador magnético. 
 
Bico de Bunsen. Muito utilizado para realizar 
aquecimento de substâncias, porém não deve ser 
utilizado quando o composto for volátil ou inflamável. A 
chama deve ser azul. Na parte inferior do bico de 
Bunsen tem uma entrada de ar que pode ser controlada 
para obter essa chama. 
 
Manta de aquecimento. Utilizada principalmente para 
compostos voláteis ou inflamáveis. Também é utilizada 
para realizar destilação ou refluxo. O balão é colocado 
no interior da manta para proceder ao aquecimento. 
 
Mufla. É utilizada para análises que precisam de 
temperaturas muito altas. Nunca colocar recipiente de 
vidro, sempre utilizar recipiente de porcelana ou outro 
material que seja resistente a altas temperaturas. 
 
Balança analítica. Essa balança é muito sensível, por 
isso, o material que será pesado tem que ficar fechado 
para que nenhuma corrente de ar interfira na pesagem. 
Ela é capaz de pesar pequenas massas com alta 
precisão. 
 
Balança semianalítica. Essa balança não possui a 
proteção para o material que estiver sendo pesado, 
geralmente, é utilizada para pesagem de massas 
maiores. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 47 
 
Destilador. Esse equipamento aquece a água até 
ebulição, o vapor condensa e é coletado, dessa forma 
obtém-se a água destilada. Realizar a destilação evita a 
presença de algumas impurezas que a água pode 
conter. Em laboratório para o preparo de soluções 
sempre é utilizada água destilada. 
 
pHmetro. É utilizado para medir o pH de uma solução, 
ou seja, para saber se a solução é ácida, básica ou 
neutra. Antes de usar ele deve ser calibrado com 
solução tampão. Para realizar a leitura do pH as 
soluções devem estar a temperatura ambiente. 
Fonte: Disponível em: <http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&biw=1024&bih=505&site=imghp& 
tbm=isch&sa=1&q=bico+de+Bunsen+chapa+aquecimento+manta+estufa+destilador+mufla&oq=bico+
de+Bunsen+chapa+aquecimento+manta+estufa+destilador+mufla&gs_l=img.12...14435.19857.0.217
81.17.14.0.0.0.0.868.4821.1j5j1j1j1j2j2.13.0...0.0...1c.E0nHHJOHlvU>. Acesso em: 21 ago. 2012. 
 
 
TABELA 6 - FINALIDADE DE ALGUMAS VIDRARIAS UTILIZADAS EM 
LABORATÓRIO QUÍMICO 
 
 
Béquer. É utilizado para realizar 
aquecimento de líquidos, preparo de 
soluções, dissolução de sólidos, 
pesagem de compostos sólidos. 
 
 
 
 
Proveta. É utilizada para medir volumes 
de líquidos, ela é graduada para facilitar 
a visualização do volume desejado. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 48 
 
Erlenmeyer. É utilizado para 
acondicionar líquidos, principalmente se 
for necessário ficar sob agitação, seu 
formato dificulta a perda de líquido. 
Também é muito utilizado quando se 
realiza uma titulação. 
 
Balão volumétrico. É um recipiente 
calibrado e contém um volume 
preestabelecido; no gargalo possui uma 
única marcação, chamada de menisco, 
que indica o volume desejado. É 
utilizado para o preparo e diluição de 
soluções. 
 
Pipeta volumétrica. Ela é calibrada e 
tem um volume preestabelecido; na 
parte superior possui uma única 
marcação, chamada de menisco, que 
indica o volume desejado. Ao pipetar a 
ponta mais fina da pipeta deve entrar 
em contato com o líquido e na outra 
ponta deve ser colocado o pipetador. 
 
Pipeta graduada. É usada para escoar 
volumes variáveis, ela possui uma 
graduação que facilita a visualização do 
volume desejado. Para pipetar é 
necessário utilizar um pipetador. 
 
Bureta. É utilizada em uma titulação. Ela 
possui na parte inferior uma torneira que 
permite controlar a vazão do líquido. O 
líquido é colocado pela parte de cima, 
antes de acertar o volume é necessário 
verificar se há bolha e abrir a torneira para 
o líquido preencher a parte que fica abaixo 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 49 
da torneira. 
 
Funil de separação. É utilizado para 
separar líquidos que não se misturam, ou 
seja, que são imiscíveis, ou para realizar 
extração com solvente. Os líquidos são 
colocados por meio da parte superior, 
depois que as fases estiverem bem 
definidas, a torneira, que está na parte 
inferior, é aberta permitindo a saída do 
líquido. 
 
Funil de Buchner acoplado ao 
kitassato. O kitassato é muito parecido 
com o erlenmeyer, porém possui uma 
saída lateral, que permite ser conectado a 
uma bomba a vácuo. Sobre o funil de 
Buchner é colocado um papel de filtro e 
depois o material que será filtrado por 
sistema de vácuo. O material sólido fica 
no funil e o sobrenadante no kitassato. 
 
Dessecador. É utilizado para resfriar 
recipientes que foram aquecidos ou para 
armazenar substâncias que facilmente 
absorvem a umidade do ar. Ele possui 
uma tampa que veda a entrada de ar, 
mantendo a atmosfera do seu interior 
livre do contato atmosférico. Isto é 
possível, pois as bordas da tampa são 
esmerilhadas e é usual passar um 
lubrificante adequado para melhorar a 
vedação. Por isso, quando você remover 
ou colocar a tampa de um dessecador, 
use um movimento de arrastar para o 
lado. Para remover a umidade de ar no 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 50 
interior do dessecador é utilizado um 
agente dessecante que fica na parte 
inferior. E em cima deste agente é 
colocada uma placa de porcelana para os 
recipientes ficarem apoiados. Os agentes 
dessecantes são substâncias que têm a 
propriedade de absorver vapores de 
água, por meio de uma ação química ou 
física. Dos agentes dessecantes mais 
utilizados encontram-se: cloreto de cálcio 
anidro, sulfato de cálcio anidro, óxido de 
bário, óxido de cálcio e sílica gel. A sílica 
gel contém o cloreto de cobalto como 
indicador que acusa quando o 
dessecante já absorveu muita água, 
mudando sua coloração de azul para 
rosa. Quando isso acontece é necessário 
levar a sílica para a estufa e aquecer até 
que volte para a coloração azulada. 
FONTE: Disponível em: <http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&biw=1024&bih=505&site=imghp 
&tbm=isch&sa=1&q=b%C3%A9quer+bureta+proveta+bal%C3%A3o+volum%C3%A9trico+dessecado
r+funil+de+separa%C3%A7%C3%A3o+erlenmeyre&oq=b%C3%A9quer+bureta+proveta+bal%C3%A
3o+volum%C3%A9trico+dessecador+funil+de+separa%C3%A7%C3%A3o+erlenmeyre&gs_l=img.12...65653.112724.0.114321.82.74.0.0.0.0.1139.19066.13j11j19j10j3j8j3j1.68.0...0.0...1c.IoFVcbbfnWA>. 
Acesso em: 21 ago. 2012. 
 
TABELA 7 - FINALIDADE DE ALGUNS UTENSÍLIOS UTILIZADOS EM 
LABORATÓRIO QUÍMICO 
 
 
Espátulas. São utilizadas para transferir compostos sólidos, 
como por exemplo, no momento da pesagem ou após uma 
filtração. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 51 
 
Pipeta de Pasteur. É utilizada para transferência de 
pequenos volumes, por exemplo, na hora de acertar o 
menisco do balão volumétrico ou quando necessita de 
algumas gotas. 
 
Pisseta. Normalmente é colocada água destilada em seu 
interior, porém pode conter outros líquidos. É utilizada para 
completar volumes ou para molhar as bordas de recipientes 
para facilitar o escoamento de sólidos ou líquidos que ficam 
aderidos. 
 
Barrilete. É utilizado para acondicionar a água que foi 
destilada. 
 
Almofariz e pistilo. São utilizados para realizar a maceração 
de um sólido. O sólido é colocado no interior do almofariz e 
com o auxílio do pistilo é realizada a maceração. 
 
Suporte universal. Muitas vezes é preciso prender a vidraria 
para realizar uma análise. O suporte com o auxílio de garras é 
utilizado para fixar a vidraria. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 52 
 
 
 
 
 
 
 
Pipetador de borracha ou pera. Ele deve ser acoplado à 
pipeta conforme a figura indica e antes de pipetar a parte 
redonda deve estar murcha. Para o líquido subir é necessário 
apertar no local que fica logo acima da ponta da pipeta. Para 
o líquido descer é necessário apertar na parte de borracha 
que está perpendicular à pipeta e tem uma pequena bola na 
ponta ou simplesmente retire o pipetador. 
 
Pipetador manual. Na parte branca que está embaixo é o 
local para acoplar a pipeta. Para o líquido subir basta rodar o 
botão redondo e a parte de cima também irá subir, como 
mostra a figura. Para o líquido descer é só girar o botão no 
sentido contrário. As cores dos pipetadores indicam a 
capacidade de cada um. Um pipetador verde tem capacidade 
para 10 mL. 
 
Bastão de vidro ou bagueta. É utilizado para homogeneizar 
solução, isto é, quando um reagente (sólido ou líquido) deve 
ser misturado em outro reagente, normalmente líquido, para 
realizar esta mistura utiliza-se o bastão de vidro. A espátula 
que foi utilizada para pesar o reagente não deve ser utilizada, 
pois ela pode conter resíduo do reagente, o que iria alterar, 
dessa forma, a massa que foi pesada, modificando a 
concentração final da solução. O bastão de vidro também 
pode ser utilizado na transferência da solução, ele é colocado 
junto ao bico do béquer para que a solução escorra por ele. 
FONTE: Disponível em: <http://www.google.com.br/search?hl=pt-
BR&biw=1024&bih=505&site=imghp&tbm=isch&sa=1&q=pistilo+pisseta+pipeta+barrilete+esp%C3%A
1tula+pipetador+manual&oq=pistilo+pisseta+pipeta+barrilete+esp%C3%A1tula+pipetador+manual&g
s_l=img.12...37903.43502.0.45269.17.17.0.0.0.0.757.4061.2j1j4j5-1j3.11.0...0.0...1c.Q8uwt6oiZFw>. 
Acesso em: 21 ago. 2012. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 53 
 
4.1.2 Identificação de reagentes químicos 
 
 
Os reagentes químicos possuem características próprias como ponto de 
fusão, ponto de ebulição, densidade, entre outras. Porém, alguns reagentes são 
classificados como corrosivo, tóxico, nocivo, comburente ou explosivo. Para facilitar 
a verificação do reagente, em relação ao perigo que ele pode oferecer, no rótulo, o 
fabricante tem que colocar símbolos que indica qual a periculosidade que o reagente 
possui. Veja na Figura 21 abaixo qual é a simbologia utilizada: 
 
FIGURA 21 - SIMBOLOGIA QUE PODE SER ENCONTRADA NO RÓTULO DE 
REAGENTE QUÍMICO 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://aprendemaiscfq.blogspot.com.br/p/fichas-de-trabalho.html>. 
Acesso em: 19 ago. 2012. 
 
 
Muitas vezes é preciso conhecer um pouco mais sobre os perigos que o 
reagente pode oferecer. Por isso, foi desenvolvido um diagrama que, por meio de 
uma numeração, identifica qual o grau de risco que o reagente oferece em relação à 
saúde, inflamabilidade, reatividade e periculosidade específica. Este diagrama é 
conhecido por Diagrama de Hommel ou diamante do perigo (Figura 22). 
Além dos números também são utilizadas diferentes cores para cada 
quadrante, por exemplo, o número que estiver no quadrante de cor azul indica qual é 
o risco que o composto oferece à saúde. Os números indicativos vão de zero a 
quatro, sendo que, o zero indica que não oferece risco e quatro que é altamente 
perigoso. Para saber qual é o diagrama de certos composto você pode consultar o 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 54 
site: <http://www.qca.ibilce.unesp.br/prevencao/classificacaonfpa.pdf>. Ou qualquer 
outro site ou livro que contenha fichas FISPQ (Ficha de Informação de Segurança de 
Produto Químico), também chamadas de fichas MSDS (Material Safety Data Sheet). 
 
FIGURA 22 - DIAGRAMA DE HOMMELL 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
40422003000200026>. Acesso em: 19 ago. 2012. 
 
 
Depois de conhecer algumas características dos reagentes é necessário 
saber como utilizá-los adequadamente. Ao adquirir um reagente é por meio do rótulo 
do fabricante que você terá a garantia da qualidade do reagente. Porém, após o 
lacre original do recipiente ser rompido, a garantia da qualidade passa a ser dos 
usuários. Portanto, a confiança com que se pode continuar usando um reagente, 
depois de aberta a embalagem original, depende inteiramente do cuidado com que 
foi sucessivamente manipulado. Uma série de regras deve ser rigorosamente 
obedecida para evitar a contaminação do reagente: 
 
a) Evitar a introdução de qualquer vidraria no frasco como, por exemplo, 
pipeta; 
b) Recolocar a tampa do reagente imediatamente após o uso; 
c) Nunca retornar ao recipiente algum excesso de reagente antes retirado e 
não utilizado; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 55 
d) Soluções alcalinas atacam o vidro e provocam a passagem de sílica para 
a fase líquida, por isso devem ficar em frascos plásticos; 
e) Certas soluções, não devidamente isoladas da atmosfera, podem sofrer 
alteração por absorção de dióxido de carbono, oxigênio, etc.; 
f) Algumas soluções se alteram pela ação da luz, este efeito pode ser 
minimizado mediante o uso de frasco âmbar. 
 
Se todos estes cuidados forem tomados com certeza não haverá risco de 
perda do reagente por contaminação ou degradação. 
 
 
4.1.3 Técnicas de purificação da água 
 
 
As análises químicas envolvem o consumo de quantidades consideráveis de 
água para lavagem de vidraria, preparo de soluções, extração, entre outras 
atividades. Para ter certeza que a água que está sendo utilizada está livre de 
contaminantes ela pode passar por dois processos de purificação. O primeiro é 
conhecido como destilação e o segundo como desmineralização. 
O processo de destilação irá remover as espécies contaminantes não 
voláteis, inorgânicas ou orgânicas; gases que estiverem dissolvidos são liberados 
durante a destilação junto com o vapor de água e a matéria em suspensão é retida 
no pote de destilação. 
Mesmo com o processo de destilação a água ainda pode conter impurezas 
de natureza diversa. Por exemplo, os sólidos dissolvidos (cálcio, magnésio, ferro, 
cloreto e outros) presentes na água antes da destilação podem ser mecanicamente 
arrastados pelo vapor de água durante a destilação. Para avaliar se o processo de 
destilação foi eficiente pode realizar a medida da condutância da água destilada. 
O processo de desmineralização consiste em passar a água através de duas 
colunas, a primeira possui uma resina catiônica fortemente ácida e a segunda uma 
resina aniônica fortemente básica. Dessa forma, qualquer composto que esteja na 
forma ionizada ficará retido em uma das colunas. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 56 
Outro processo que também pode ser utilizado é a osmose reversa. Este 
processo consistena passagem de água por uma membrana semipermeável, que 
age como um filtro. A membrana remove de 95 a 97% das substâncias orgânicas, 
bactérias, e de 90 a 97% das substâncias dos minerais dissolvidos e ionizados, 
porém não remove as impurezas gasosas. 
 
 
4.2 TÉCNICAS BÁSICAS DE LABORATÓRIO 
 
 
4.2.1 Técnicas de volumetria 
 
 
Ao utilizar uma vidraria é necessário saber que qualquer recipiente de vidro 
apresenta o problema da aderência do fluido nas suas paredes internas, mesmo 
estando limpo e seco. Por isso, a vidraria volumétrica tem o seu volume corrigido. 
Entretanto, outros fatores podem influir no volume final a ser transferido, como por 
exemplo, tempo de escoamento, viscosidade do líquido, ângulo da vidraria. Antes de 
utilizar uma vidraria, é necessário tomar alguns cuidados para evitar contaminação 
ou diluição da solução: 
 
 Primeiro é preciso verificar se a vidraria está em condição de uso, sem 
avarias e limpa. 
 Quando encher o recipiente de vidro com o líquido, verifique se 
nenhuma bolha de ar ficou retida no seu interior. 
 Se o recipiente estiver molhado, ele deve ser lavado com pequenos 
volumes da solução a ser utilizada. 
 Ao se colocar um determinado líquido em um recipiente para efetuar a 
medida de seu volume, a linha do líquido, geralmente, é côncava, isto 
é, apresenta um mínimo na região central. Por isso, deve-se utilizar o 
ponto mínimo para efetuar a leitura. E a pessoa deve posicionar-se de 
modo que a sua linha de visão fique em posição frontal em relação à 
superfície do líquido (Figura 23). 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 57 
 
FIGURA 23 - FORMAÇÃO DE MENISCO EM UM TUBO DE VIDRO E MANEIRA 
CORRETA DE VISUALIZAR O MENISCO 
 
 
Fonte: Disponível em: <http://www.monografias.com/trabajos71/propiedades-no-caracteristicas-
quimica/propiedades-no-caracteristicas-quimica2.shtml> e <http://www.juntadeandalucia.es 
/averroes/~04000134/fisiqui/practicasq/node5.html>. Acesso em: 19 ago. 2012. 
 
 
 Como o volume preestabelecido de vidraria volumétrica é, geralmente, 
calibrado a 20°C não é recomendado colocar soluções aquecidas ou 
manter a temperaturas elevadas. Por isso, vidraria volumétrica não 
deve ser seca em estufa. 
 
As pipetas volumétricas, ao final de uma transferência, retêm sempre uma 
pequena quantidade de líquido na sua extremidade inferior, a qual deverá ser 
desprezada. Também é recomendado que o líquido seja escoado pela ação da 
gravidade e, após pipetar uma solução, sempre permaneça com o pipetador para 
cima. 
No preparo de uma solução geralmente o componente presente em maior 
quantidade é chamado de solvente e o que estiver em menor quantidade é o soluto. 
Por exemplo, água com sal e açúcar, a água é o solvente, o sal e o açúcar são os 
solutos. Observe que uma solução pode conter mais de um soluto. Agora vamos ver 
quais são os passos para preparar uma solução: 
 
 Pesar, com o auxílio de uma espátula, a quantidade de soluto necessária em 
recipiente limpo e seco, geralmente é utilizado um béquer. 
 Adicionar um volume de solvente inferior ao volume final da solução a ser 
preparada para dissolver o soluto, misturar a solução com o bastão de vidro, 
nunca com a espátula que foi utilizada na pesagem. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 58 
 A solução, que está no béquer, deve ser transferida quantitativamente para o 
balão volumétrico que possui o volume desejado. Porém, se ocorrer 
aquecimento ou resfriamento ao adicionar o solvente no soluto, espere a 
solução atingir a temperatura ambiente para realizar a transferência. 
 Se estiver preparando ácido, o béquer já deve conter água antes de 
adicionar o ácido concentrado. 
 Após a primeira transferência, o béquer deve ser lavado, com o auxílio de uma 
pisseta, com pequenas quantidades de solvente, transferindo os volumes 
utilizados para o balão. Este procedimento garante que todo o soluto seja 
transferido para o balão. 
 Adiciona-se solvente até que a parte inferior do menisco esteja sobre a 
marca indicativa no gargalo do balão que irá corresponder ao volume 
desejado. 
 Em seguida, o balão é tampado e a solução deve ser homogeneizada 
invertendo-se o balão volumétrico diversas vezes. A mão deve pressionar a 
tampa do balão para evitar que ela saia. 
 A solução deve ser transferida para um frasco com tampa e identificada. Na 
etiqueta deve constar qual é a solução, sua concentração, quando foi 
preparada, quem fez e outras informações adicionais que julgar necessário. 
 
Após efetuar a análise, a vidraria deve ser lavada. Inicialmente é realizado 
um enxágue em água corrente e dependendo do estado em que se encontra o 
material, é suficiente o uso de solução detergente. Algumas vezes, quando 
apresentar sólidos aderidos, é necessário utilizar solução sulfonítrica (ácido sulfúrico 
concentrado mais ácido nítrico concentrado na proporção de 1:1) ou solução de 
etanolato de sódio ou potássio (NaOH ou KOH 5% em etanol). O etanolato deve ser 
usado somente em casos extremos, porque ataca o vidro, após seu uso o material 
deve ser enxaguado com água em abundância. Também pode ser utilizada solução 
diluída de ácido clorídrico 2% para neutralizar qualquer traço de substância alcalina 
e, em seguida, lava-se com água. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 59 
 
4.2.2 Resolução de instrumentos de medição 
 
 
As vidrarias graduadas possuem diferentes escalas, divisões. Para saber 
qual é a resolução da vidraria, ou seja, qual é o volume que corresponde à menor 
divisão, pode ser realizado um cálculo simples que irá nos mostrar esse valor. Veja a 
seguir: 
 
 Escolha um determinado volume; 
 Conte quantas divisões tem neste espaço referente ao volume escolhido; 
 Agora é só dividir o volume determinado pelo número de divisões presentes. 
 
Veja os exemplos na Tabela 8. 
 
TABELA 8 - DETERMINAÇÃO DA RESOLUÇÃO EM DIFERENTES VIDRARIAS 
 
 O volume escolhido será entre os valores 19 e 
21, neste espaço cabem 2 mL. 
 Entre o 19 e o 21 temos 10 divisões. 
 Portanto, iremos dividir 2 por 10 e o resultado 
é 0,2. 
Isto indica que a resolução desta vidraria é de 0,2 mL, 
ou seja, cada divisão corresponde a 0,2 mL. 
 
Veja o caso deste erlenmeyer. Observe que a 
primeira divisão começa em 100 mL, porém a 
próxima divisão é 150 mL. Se escolhermos o volume 
entre 100 e 200 iremos dividir 100 por 2, obtendo o 
resultado de 50 mL. Porém, se optarmos pelo volume 
total iremos dividir 250 por 4, obtendo o resultado de 
62,5 mL. Este resultado está errado, isto ocorreu 
porque a menor marcação não iniciou no 50. 
Portanto, atenção! 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 60 
 
No caso desta proveta, se escolher o volume entre 10 
e 50 terá muitas divisões para contar, então, é melhor 
escolher um volume menor. Por exemplo, entre 30 e 
40, temos 10 mL e 10 divisões. Assim, para calcular a 
resolução basta dividir 10 por 10 e iremos obter o 
valor de 1. Portanto, a resolução desta proveta é de 1 
mL. 
 
Esta pipeta é de 10 mL, por isso, acima da marcação 
zero está escrito o valor 10 mL. Vamos escolher entre 
os valores 0 e 2, neste espaço temos o volume de 2 
mL e 20 divisões, portanto a resolução será de 0,1 
mL, ou seja, 2 dividido por 20. 
 
As pipetas possuem uma marcação como mostra a 
figura. A marcação 1/10 indica que a cada 1 mL 
existem 10 divisões e a marcação 10 indica o volume 
total da pipeta, neste caso é de 10 mL. 
FONTE: Disponível em: <http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&biw=1024&bih=505&site=imghp 
&tbm=isch&sa=1&q=vidraria+graduada+e+volumetrica&oq=vidraria+gra&gs_l=img.1.1.0i24l2.6663.35
294.0.37348.14.12.0.2.2.1.451.3133.2j1j3j4j2.12.0...0.0...1c.Wk4GagqRmec>. 
Acesso em: 20 ago. 2012. 
 
 
4.2.3 Técnicas de manuseio de alguns equipamentos 
 
 
Quase toda análise química envolve uma operação de pesagem, seja para 
medir a quantidade de uma amostra, como para preparar soluções. Para realizar a 
pesagem utiliza-se a balança,esta pode ser semianalítica ou analítica. O local onde 
a balança deve ficar tem que ser livre de poeira e corrosão; ela deve ser colocada 
onde não haja corrente de ar ou presença de equipamentos que, quando em 
funcionamento, promovam trepidação. Antes de iniciar uma pesagem é preciso 
conhecer alguns procedimentos: 
 
 Nunca tocar com as mãos os objetos a serem pesados. Estes objetos 
devem ser manipulados com uma pinça ou papel limpo. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 61 
 Todo o objeto deve ser pesado à temperatura ambiente. 
 Nunca colocar reagente diretamente sobre o prato da balança, sempre 
utilizar um recipiente para a pesagem que pode ser um béquer ou um 
pedaço de papel manteiga. 
 Sempre que alguma substância química cair acidentalmente sobre o prato 
da balança, ela deve ser imediatamente removida. 
 Quando utilizar balança analítica manter sempre as laterais da câmera de 
pesagem fechadas, quando se faz a leitura, pois qualquer corrente de ar 
pode causar erro. 
 Nunca colocar objetos molhados ou úmidos para realizar a pesagem, pois 
a água presente irá ocasionar erro. 
 Sempre, antes de iniciar a pesagem, deve-se verificar se a balança está 
nivelada. 
 A balança possui um dispositivo chamado “tara” ele serve para 
desconsiderar o peso do objeto que está sendo utilizado para conter o 
composto a ser pesado. Portanto, após clicar neste dispositivo, o valor 
que irá aparecer é o zero. 
 
Um equipamento muito utilizado em laboratório é o pHmetro. Existem 
diferentes tipos, entre eles o pHmetro de bancada que precisa de alguns cuidados 
para ser manuseado. Antes de efetuar a leitura do pH, o equipamento tem que ser 
calibrado. Para calibrar, geralmente, são utilizadas duas soluções tampões uma com 
pH igual a 4 e outra com pH igual a 7. Tanto para calibrar como para realizar as 
leituras as soluções devem estar em temperatura ambiente. O pHmetro possui um 
eletrodo que é muito sensível, após cada leitura o eletrodo deve ser molhado, com o 
auxílio de uma pisseta, e suavemente enxugado com um papel macio. Somente 
após o enxágue o eletrodo pode ser colocado em outra amostra. No interior do 
eletrodo, geralmente, tem uma solução de iodeto de potássio (KI), por isso, sempre 
é necessário verificar a quantidade de solução presente para adicionar mais, quando 
necessário. Quando o pHmetro não estiver sendo usado o eletrodo deve ficar 
mergulhado em solução de iodeto de potássio. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 62 
Ao utilizar o destilador, antes de ligar o aquecimento é preciso abrir a 
torneira para ele encher de água, pois se não tiver água no boiler, a resistência pode 
ser danificada. Após o processo de destilação, primeiro desliga o aquecimento para 
depois fechar a torneira de água. 
Há muitos outros equipamentos nos laboratórios químicos, cada um com 
suas especificidades. Portanto, antes de manuseá-los procure saber exatamente 
como funciona e quais são os cuidados que devem ser tomados para não danificar o 
equipamento. Com o avanço tecnológico vão surgindo novos modelos e novos tipos 
de equipamentos, por isso, fica difícil citar uma variedade de equipamentos, muitas 
vezes, somente o fato de mudar de fabricante o procedimento de uso muda 
completamente. Em geral, os laboratórios além de treinarem a pessoa a manusear, 
também, deixam próximo do equipamento um papel que indica o procedimento de 
uso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIM DO MÓDULO II

Continue navegando