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curso de edificações - Modulos

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CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES 
POR EQUIVALÊNCIA 
CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES POR EQUIVALÊNCIA CURSO TÉCNICO EM 
EDIFICAÇÕES POR EQUIVALÊNCIA 
EM ANDAMENTO 
 
FUNDAÇÃO 
DEFINIÇÃO 
Chama-se fundação a parte de uma estrutura que transmite ao terreno a 
carga da obra. Na figura a seguir, pode-se visualizar e revisar os 
elementos que constituem uma edificação. 
 
EXAMES DO TERRENO 
Muitas vezes o aspecto de um solo leva o técnico a considerá-lo firme. 
No entanto, um exame mais cuidadoso pode mostrar tratar-se de solo 
altamente compressível, exigindo consolidação prévia. Este exame 
https://escolatecnicaead.com/ead/index.php/courses/curso-tecnico-em-edificacoes-por-equivalencia/
https://escolatecnicaead.com/ead/index.php/lessons/curso-tecnico-em-edificacoes-por-equivalencia/
https://escolatecnicaead.com/ead/index.php/lessons/curso-tecnico-em-edificacoes-por-equivalencia/
denomina-se sondagem e tem por finalidade verificar a natureza do solo, 
a espessura das diversas camadas, a profundidade e a extensão da 
camada mais resistente que deverá receber as cargas da construção, e 
determinar o tipo da estrutura de fundação a ser especificada. 
Para efeito prático na construção, a Mecânica dos Solos divide os 
materiais que ocorrem na superfície da crosta terrestre em: 
a) Rochas – solos rochosos (rochas em decomposição ou sã); 
b) Solos Arenosos/Siltuosos – com propriedade de compacidade (grau 
de 
compacidade); 
c) Solos Argilosos – com propriedade de consistência (limite de 
consistência). 
Antes de se decidir pelo tipo de fundação em um terreno, é essencial 
que o 
profissional adote os seguintes procedimentos: 
a) Visitar o local da obra, detectando a eventual existência de alagados, 
afloramento de rochas etc.; 
b) Visitar obras em andamento nas proximidades, verificando as 
soluções 
adotadas; Fazer sondagem a trado (broca) com diâmetro de 2” ou 4”, 
recolhendo amostras das camadas do solo até atingir a camada 
resistente; 
c) Mandar fazer sondagem geotécnica. 
SONDAGEM – EQUIPAMENTOS DE SONDAGEM 
Dependendo do tipo solo, a sondagem deverá utilizar o melhor processo 
que forneça indicações precisas, sem deixar margem de dúvida para 
interpretação e que permitam resultados conclusivos, indicando 
claramente a solução a adotar. 
A sondagem mais executada em solos penetráveis é a sondagem 
geotécnica a percussão, de simples reconhecimento, executada com a 
cravação de um barrilete amostrador, peça tubular metálica robusta, oca, 
de ponta bizelada, que penetrando no solo, retira amostras sequentes, 
que são analisadas visualmente e em laboratório para a classificação do 
solo e determina o SPT (Standard Penetration Test), que é o registro da 
somatória do número de golpes para vencer os dois últimos terços de 
cada metro, para a penetração de 15 cm. Nas próximas figuras são 
mostrados um esquema 
do equipamento de sondagem geotécnica de percussão, a planta de 
locação dos furos e um laudo de sondagem. 
 
Ensaio prático para a determinação de tensão admissível do solo 
pelo método simples. 
 
Exemplo: Um pilão de 20 Kg que tem diâmetro de 15 cm cai 10 vezes de 
uma altura de 0,50 m e penetra no solo 5 cm. Qual é a resistência do 
terreno? 
 
ESPECIFICAÇÕES DE UMA ESTRUTURA DE FUNDAÇÃO 
O processo de especificação de um tipo de fundação, na generalidade 
dos casos, determina freqüentemente dois tipos de fundações, 
chamadas genericamente de fundações do tipo rasa ou direta e do tipo 
indireta ou profunda. 
ESPECIFICAÇÕES PARA FUNDAÇÕES RASAS OU DIRETAS 
As fundações do tipo rasa ou direta é executada quando a resistência de 
embasamento pode ser obtida no solo superficial numa profundidade 
que pode variar de 1,0 a 3,0 metros. Nesse caso, pode-se executar 
alicerces ou sistemas de sapatas interligadas por vigamentos, levando 
em conta os seguintes cuidados na execução: 
a) Executar o escoramento adequado na escavação das valas com 
profundidades maiores que 1,5 m, quando o solo for instável; 
b) Consolidar o fundo da vala, com a regularização e compactação do 
material; 
c) Executar o lastro de concreto magro, para melhor distribuir as cargas 
quando se tratar de alicerces de alvenaria de tijolos ou pedras, ou 
proteger 
o concreto estrutural, quando se tratar de sapatas; 
d) Determinar um sistema de drenagem para viabilizar a execução, 
quando 
houver necessidade; 
e) Utilizar sistema de ponteiras drenantes (Well Points), de acordo com a 
próxima figura, dispostas na periferia da escavação com espaçamento 
de 1,0 a 3,0 m, interligadas por meio de tubo coletor a um conjunto de 
bombas centrífugas, que realizam o rebaixamento do lençol freático em 
solos saturados e arenosos; 
f) Determinar um processo de impermeabilização da alvenaria acima do 
soco, para não permitir a permeabilidade da umidade por capilaridade. 
 
ESPECIFICAÇÕES PARA FUNDAÇÕES PROFUNDAS OU 
INDIRETAS 
Quando o solo resistente se encontra em profundidades superiores a 3,0 
metros, podendo chegar a 20,0 m ou mais é recomendado executar 
fundações do tipo profunda, cujo dimensionamento e especificação são 
determinadas pelas características das cargas e do solo analisado, 
constituída de peça estrutural do tipo haste (ou fuste) que resistem 
predominantemente esforços axiais de compressão. 
CONSIDERAÇÕES SOBRE O DIMENSIONAMENTO DE 
FUNDAÇÕES 
No processo de dimensionamento de fundações o estudo compreende 
preliminarmente duas partes essencialmente distintas: 
a) Estudo do solo, por meio da sondagem, com a aplicação do estudo da 
Mecânica dos Solos e Rochas; 
b) Cálculo das cargas atuantes sobre a fundação, com a aplicação do 
estudo da análise das estruturas. 
Com esses dados, passa-se à escolha do tipo de fundação, sendo que: 
a) As cargas da estrutura devem ser transmitidas às camadas de solo 
capazes de suportá-las sem ruptura; 
b) As deformações das camadas de solo subjacentes às fundações 
devem ser compatíveis com as da estrutura; 
c) A execução das fundações não deve causar danos às estruturas 
vizinhas; 
d) Ao lado do aspecto técnico, a escolha do tipo de fundação deve 
atender ao aspecto econômico. 
e) Finalmente, segue-se o dimensionamento e detalhamento, 
estudando-se a fundação como elemento estrutural. 
CLASSIFICAÇÕES DAS FUNDAÇÕES 
As fundações são elementos estruturais destinados a repartir sobre o 
solo o peso da obra, da construção. No Quadro mostrado na próxima 
página são apresentadas as tipologias mais comuns das estruturas de 
embasamento levando em consideração a forma de execução, 
implantação, equipamento necessárias e as vantagens e desvantagens 
de sua utilização. 
FUNDAÇÕES DIRETAS 
São aquelas estruturas executadas em valas rasas, com profundidade 
máxima de 3,0 metros, ou as que repousam diretamente sobre solo firme 
e aflorado, como por exemplo: rochas, moledos (rochas em 
decomposição), arenitos, piçaras compactas etc., caracterizadas por 
alicerces e sapatas. Os alicerces são estruturas executadas pelo 
assentamento de pedras ou tijolos maciços recozidos, em valas de 
pouca profundidade (entre 0,50 a 1,20 m), e largura variando conforme a 
carga das paredes. 
 
As sapatas são estruturas de concreto armado, de pequena altura em 
relação às dimensões da base. São estruturas “semiflexíveis”; ao 
contrário dos alicerces que trabalham a compressão simples, as sapatas 
trabalham a flexão. 
 
Quanto à forma, elas são usualmente de base quadrada, retangular, 
circular ou poligonal. 
 
Fundações indiretas ou profundas 
São aquelas em que o peso da construção é transmitido ao solo firme 
por meio de um fuste, por método de ponta. Estas estruturas de 
transmissão podem ser estacas ou tubulões. Na figura a seguir podem-
se ver os elementos componentes de um sistema de estaqueamento. 
 
ALICERCES E SAPATAS 
São fundações diretas que podem ser executados em estruturas dos 
tipos: isolada, contínua ou radier (placas). A fundação do tipo isolada é a 
que suporta apenas a carga de um pilar, podendo ser um bloco (em 
concreto simples ou ciclópico, com grande altura em relação à base)ou 
uma sapata (em concreto armado, de pequena altura em relação à 
base). 
Os alicerces na generalidade dos casos são executados de forma 
contínua, sob a linha de paredes de uma edificação, utilizando-se: 
a) Sistema de alvenaria de tijolos maciços, em bloco simples ou 
escalonado; 
b) Sistema de pedras argamassadas sobre lastro de concreto simples; 
c) Sistema de alvenaria sobre lajes de concreto armado (sistema misto); 
d) Sistema em concreto ciclópico. 
 
As sapatas são estruturas que podem ser executadas de forma isoladas, 
associadas ou combinadas, contínuas sob pilares ou muros. 
 
O RADIER é um sistema de fundação que reúne num só elemento de 
transmissão de carga, um conjunto de pilares. Consiste em uma placa 
contínua em toda a área da construção com o objetivo de distribuir a 
carga em toda superfície. Seu uso é indicado para solos fracos e cuja 
espessura da camada é profunda. Podem ser executados dois sistemas 
de radier: sistema constituído por laje de concreto (sistema flexível) e 
sistema de laje e vigas de concreto (sistema rígido). 
 
ESTACAS 
As estacas são peças estruturais alongadas, de formato cilíndrico ou 
prismático, que são cravadas (pré-fabricadas) ou confeccionadas no 
canteiro (in loco), com as seguintes finalidades: 
a) Transmissão de cargas a camadas profundas do terreno; 
b) Contenção dos empuxos de terras ou de água (estaca prancha); 
c) Compactação de terrenos. 
As estacas recebem, da obra que suportam, esforços axiais de 
compressão. A estes esforços elas resistem, seja pelo atrito das paredes 
laterais da estaca contra o solo, seja pelas reações exercidas pelo solo 
resistente sobre a ponta da peça. Conforme a estaca resista apenas pelo 
atrito lateral ou pela ponta, ela se denomina, respectivamente, estaca 
flutuante ou estaca carregada de ponta. Observe a figura abaixo: 
(a) a capacidade resistente da estaca se compõe de duas parcelas: atrito 
lateral e de ponta; em (b) a estaca é carregada na ponta, trabalhando 
pois como pilar; em (c) ela resiste pelo atrito lateral: é a estaca flutuante. 
Na situação (d) a estaca atravessa um terreno que se adensa sob seu 
peso próprio, ou sob a ação de uma camada de aterro sobrejacente, 
produzindo o fenômeno do atrito negativo, isto é, o solo em vez de se 
opor ao afundamento da estaca, contrariamente, vai pesar sobre ela 
favorecendo assim a sua penetração no solo. 
 
Quanto à posição, as estacas podem ser verticais e inclinadas e quanto 
aos esforços a que ficam sujeitas, classificam-se em estacas de 
compressão, tração e flexão, conforme exemplo da figura a seguir. 
 
ESTACAS DE SUSTENTAÇÃO 
São as que se caracterizam pela função de transmitir as cargas a 
camadas 
profundas do solo. Podem ser classificadas em: 
a) Estacas de madeiras; 
b) Estacas de concreto; 
c) Estacas metálicas. 
Estacas de madeira 
As estacas de madeiras devem ser de madeira dura, resistente, em 
peças retas, roliças e descascadas. O diâmetro da seção pode variar de 
18 a 35 cm e o comprimento de 5 a 8 metros, geralmente limitado a 12 
metros com emendas. No caso da necessidade de comprimentos 
maiores as emendas deverão ser providenciadas com talas de chapas 
metálicas e parafusos, devidamente dimensionados. 
A vida útil de uma estaca de madeira é praticamente ilimitada, quando 
mantida permanentemente sob lençol freático (água). Caso esteja sujeita 
a variação de umidade apodrecerá rapidamente. De qualquer maneira a 
estaca deve receber tratamento de preservação para evitar o 
apodrecimento precoce e contra ataques de insetos xilófagos. As 
madeiras mais utilizadas são: eucaliptos, peroba do campo, 
maçaranduba, arueira etc. 
Empiricamente, pode-se calcular o diâmetro mínimo de uma estaca de 
madeira em função do seu comprimento, usando a seguinte fórmula: 
 
A carga admissível depende das dimensões da estaca e da natureza 
das camadas atravessadas no terreno, como ordem de grandeza, 
exemplifica-se: 
 
Durante a cravação, as cabeças das estacas devem ser protegidas por 
um anel cilíndrico de aço, destinado a evitar seu rompimento sob os 
golpes do pilão, assim como é recomendável o emprego de uma 
ponteira metálica, a fim de facilitar a penetração e proteger a madeira. 
Estacas de concreto 
As fundações de estacas em concreto podem ser moldadas no local (in 
loco ou in situ) ou pré-moldadas cravadas com a utilização de 
equipamento mecânico. 
Estacas moldadas no local 
Estacas Brocas 
Estas estacas são executadas por uma ferramenta simples denominada 
broca (trado de concha ou helicoidal – um tipo de saca rolha), que pode 
atingir até 6 metros de profundidade, com diâmetro variando entre 15 a 
25 cm, sendo aceitáveis para pequenas cargas, ou seja, de 50 kN a 100 
kN (kilo Newton). Recomenda-se que sejam executadas estacas 
somente acima do nível do lençol freático, para evitar o risco de 
estrangulamento do fuste. Devido ao esforço de escavação exigido são 
necessárias duas pessoas para o trabalho. 
O espaçamento entre as estacas brocas numa edificação não pode 
ultrapassar 4 metros e devem ser colocadas nas interseções das 
paredes e de forma eqüidistante ao longo das paredes desde que menor 
ou igual ao espaçamento máximo permitido. 
Nas figuras a seguir pode-se ver um exemplo da distribuição das estacas 
brocas numa edificação de pequeno porte e um roteiro básico para a 
execução de estacas brocas. 
 
Roteiro para execução de estacas brocas 
a) escavação ou perfuração: utilizando trado manual (tipo concha ou 
helicoidal), usando de água para facilitar a perfuração; 
b) preparação: depois de atingir a profundidade máxima, promover o 
apiloamento do fundo, executando um pequeno bulbo com pedra britada 
2 ou 3, com um pilão metálico; 
c) concretagem: Preencher todo o furo com concreto (traço 1x3x4), 
promovendo o adequado adensamento, tomando cuidados especiais 
para 
não contaminar o concreto (utilizar uma chapa de compensado com furo 
para o lançamento do concreto para proteger a boca do furo); 
d) colocação das esperas: fazer o acabamento na cota de arrasamento 
desejada, fixando os arranques para os baldrames. 
As estacas brocas podem ser agrupadas duas a duas, dependendo da 
carga a ser distribuída, e executando-se pequenos blocos de concreto 
armado, como mostra a figura a seguir. De qualquer forma, as estacas 
brocas deverão ser solidarizadas por meio das vigas baldrames, 
evitando deixar estacas isoladas sem amarração com as vigas. Nas 
figuras mostradas abaixo, são apresentadas algumas sugestões de 
seções para as vigas baldrames mais utilizadas na prática de pequenas 
construções. 
 
Com uso crescente na construção civil em função de sua rapidez, o 
estacão (uma derivação das estacas brocas) tem o processo de 
perfuração executado por meio de escavadeiras hidráulicas equipadas 
com trados de diâmetro de 25 cm. Todos os cuidados relativos às 
estacas brocas devem ser observados na execução do estacão, 
principalmente no que diz respeito a integridade da estaca na fase de 
concretagem. 
Estacas Strauss 
Estas estacas abrangem a faixa de carga compreendida entre 200 e 800 
kN, com diâmetro variando entre 25 e 40 cm. Uma estaca do tipo strauss 
com diâmetro de 25 cm pode suportar até 20 toneladas, de 32 cm até 30 
t e de 38 cm chega a suportar 40 t. 
A execução requer um equipamento constituído de um tripé de madeira 
ou de aço, um guincho acoplado a um motor (combustão ou elétrico), 
uma sonda de percussão munida de válvula em sua extremidade inferior, 
para a retirada de terra, um soquete com aproximadamente 300 kg, 
tubulação de aço com elementos de 2 a 3 metros de comprimento, 
rosqueáveis entre si, um guincho manual para retirada da tubulação, 
além de roldanas, cabos de aço e ferramentas. 
A estaca strauss apresenta vantagem de leveza e simplicidade do 
equipamento que emprega, o que possibilita a sua utilização em locais 
confinados, em terrenos acidentados ou ainda no interior de construções 
existentes, com o pé direito reduzido. Outra vantagem operacional é de o 
processo não causa vibraçõesque poderiam provocar danos nas 
edificações vizinhas ou instalações que se encontrem em situação 
relativamente precária. 
Como característica principal, o sistema de execução usa revestimento 
metálico recuperável, de ponta aberta, para permitir a escavação do 
solo, podendo ser em solo seco ou abaixo do nível d’água, executando-
se estacas em concreto simples ou armado. 
Processo executivo das estacas strauss 
 
Estacas Simplex 
Neste tipo de estaca a descida do tubo é feita por cravação e não por 
perfuração como é feita na estaca strauss. Este tubo é espesso e 
provido de uma ponteira metálica (recuperável) ou elemento pré-
moldado de concreto (perdido na concretagem), para impedir a entrada 
de solo no interior do tubo. 
Durante a descida do tubo, utilizamos um pequeno peso, servindo de 
sonda, que fica suspenso dentro do molde por uma roldana presa ao 
topo do mesmo. Desta maneira, temos um modo de verificar, se a 
ponteira de concreto permanece intacta, durante a cravação. 
Alcançada a profundidade desejada, enche-se o tubo até o topo com 
concreto plástico e, por um movimento lento, mas contínuo, arranca-se 
de uma só vez o tubo inteiro e a ponteira metálica. 
 
Estacas Franki 
Estas estacas abrangem a faixa de carga de 500 a 1700 kN e seu 
progresso 
executivo que consiste na cravação de um tubo com ponta fechada e 
execução de base alargada, causando muita vibração, podendo 
provocar danos nas construções vizinhas. 
Na execução, crava-se o tubo no solo, logo a seguir se derrama uma 
quantidade de concreto quase seco, apiloado por meio de um pesado 
maço, de modo a formar um tampão, para impedir a entrada d’água e 
solo no interior do tubo, que é arrastado e obrigado a penetrar no 
terreno. 
Alcançado a profundidade desejada, imobiliza-se o tubo e com 
percussões 
energéticas destaca-se o tampão, o qual junto com uma carga de 
concreto é 
apiloado no terreno para a formação do bulbo. 
Logo após lançam-se novas quantidades de concreto que se apiloam ao 
mesmo tempo em que se efetua a retirada parcial do tubo, elevando de 
20 a 30 cm de cada vez. 
Ao contrário das estacas pré-moldadas, estas estacas são 
recomendadas para o caso em que a camada resistente encontra-se em 
profundidades variáveis. Também no caso de terrenos com pedregulhos 
ou pequenos matacões relativamente dispersos, pode-se utilizar esse 
tipo de estacas. A forma rugosa do fuste garante boa aderência ao solo 
(resistência por atrito). Havendo a ocorrência de camada de argila rija 
poderá haver deslocamento da estaca já concretada por compressão 
lateral. Nesse caso a solução é atravessar a camada de argila usando 
trado para evitar impactos. 
 
Estacas Tipo Raiz 
São estacas moldadas in loco perfuradas com circulação de água ou 
método rotativo ou rotativo-percursivo em diâmetros variando de 130 a 
450 mm e executadas com injeção de argamassa ou calda de cimento 
sob baixa pressão. 
No caso de estacas raiz perfuradas exclusivamente em solos, a 
perfuração é 
revestida com tubo metálico recuperável para garantir a integridade do 
fuste. Se ocorrer perfuração em trecho de rocha (passagem de 
matacões ou engastamento em rochas sãs), isso se dará pelo processo 
rotativo-percursivo sem a necessidade de revestimento metálico. 
A estaca raiz é indicada para reforços de fundação, complementação de 
obras (ampliações), locais de difícil acesso e em obras onde é 
necessário ultrapassar camadas rochosas, fundações de obras com 
vizinhança sensível a vibrações ou poluição sonora, ou ainda, para obras 
de contenções de taludes. 
Dependendo do equipamento utilizado as estacas podem ser 
executadas em ângulos diferentes da vertical (0° a 90°). O equipamento 
perfuratriz é equipado com sistema de rotação e avanço do revestimento 
metálico provisório ou por máquinas a roto-percussão com martelo 
acionados a ar comprimido. São equipamentos relativamente pequenos 
e robustos que possibilitam a operação em locais com espaços restritos, 
no interior de construções existentes e locais subterrâneos. 
Existem ainda equipamentos autônomos sobre trator de esteiras, 
acionados por motor diesel para sua locomoção e para funcionamento 
do sistema hidráulico. 
Completada a perfuração com revestimento total do furo, é colocada a 
armadura necessária, procedendo-se a seguir a concretagem do fuste 
com a correspondente retirada do tubo de revestimento. A armadura 
pode ter a seção de aço modificada ao longo do fuste, em função do 
diagrama de atrito lateral. 
A concretagem é executada de baixo para cima, aplicando-se 
regularmente uma pressão rigorosamente controlada e variável, em 
função da natureza do terreno. 
Normalmente, esta pressão varia de 0 a 0,4 Mpa (4,0 kgf/cm2). A 
argamassa de cimento e areia (podendo utilizar cimento de alta 
resistência inicial quando houver a possibilidade de fuga da nata de 
cimento) com resistência mínima de 18 Mpa. 
 
Estacas pré-moldadas 
Estacas pré-moldadas de concreto armado 
As estacas de concreto são indicadas para transpor camadas extensas 
de solo mole e em terrenos onde o plano de fundação se encontra a 
uma profundidade homogênea, sem restrição ao seu uso abaixo do 
lençol freático. As estacas podem ser de concreto centrifugado ou 
receber pró-tensão e exigem controle tecnológico na sua fabricação. A 
principal desvantagem é a relacionada ao transporte, que exige cuidado 
redobrado no manuseio e verificação de sua integridade momentos 
antes da sua cravação. 
 
Estacas metálicas 
Indicadas pela sua grande capacidade de suporte de cargas e em 
terrenos onde a profundidade do plano de fundação é muito variável, 
sem problemas quanto ao transporte e manuseio, permitindo 
aproveitamento de peças cortadas e a combinação de perfis, desde que 
devidamente soldados. A principal vantagem é a rapidez na cravação, 
podendo ser utilizadas em solos duros e a desvantagem particular é a 
dificuldade em avaliar a nega. 
perfis comerciais trilhos 
usados soldados 
Estacas Mega ou prensada 
Este tipo de estacas é indicado para recuperação de estruturas que 
sofreram algum tipo de recalque ou dano ou para reforço de 
embasamento nos casos em que se deseje aumentar a carga sobre a 
fundação existente. Na sua execução são empregados pessoal e 
equipamentos especializados e utilizam módulos de estacas pré-
moldados sendo sua cravação conseguida por reação da estrutura 
existente. 
Os elementos constituem de uma ponta que pode ser em aço ou, mais 
freqüente, de concreto pré-moldado e por módulos extensores em 
formato de tubo, ou seja oco por dentro, com encaixes, de modo que 
fiquem bem travados. A solidarização é conseguida, após atingir a nega 
(por reação), colocando-se a armadura e concretando-se na parte oca 
da estaca, deixando esperas. Por fim é conveniente executar um bloco 
de coroamento logo acima de um travesseiro, para solidarizar a estrutura 
a ser reforçada com a estaca prensada colocada. 
 
Bate-estacas 
A escolha do equipamento depende do tipo de estaca que vai ser 
utilizada e de um estudo prévio das condições do terreno, da área de 
manobras, das construções próximas, dos acessos etc. 
Bate-estacas por gravidade 
São os mais utilizados e de funcionamento mais simples, constituído de 
uma massa metálica (pilão ou martelo) que içado por meio de guinchos, 
cabos e uma torre ou tripé, é deixado cair de uma altura determinada, 
cravando a estaca com golpes sucessivos. Embora de custo 
relativamente acessível, tem como principal desvantagem sua lentidão, 
pois não consegue ser manobrado facilmente. 
 
Bate-estacas de simples ou duplo efeito 
Em geral, funcionam a vapor ou a ar comprimido, proporcionando uma 
cravação mais rápida pois além da gravidade recebem um adicional de 
pressão no martelo. 
Embora muito eficientes estão caindo em desuso. A estrutura da torre, a 
movimentação e a operação são muito semelhantes ao bate-estaca 
comum de gravidade. Os de simples efeito, apenas recebem pressão no 
martelo de baixo para cima para elevar o martelo e a cravação se dá por 
gravidade. Os deduplo efeito, além da pressão de levantamento ocorre 
uma pressão adicional no momento da queda do martelo, somando-se o 
efeito da gravidade e da pressão adicional na cravação. 
Bate-estacas de vibração 
São equipamentos que dispensam o uso de torres, tripés e guias, 
necessitando apenas de um guindaste para fazer o acoplamento nas 
estacas. As vantagens são a extrema rapidez e a versatilidade de 
operação e movimentação em canteiros com pouco espaço. A cravação 
se dá por oscilação de massas excêntricas acionadas por eletricidade, 
motor diesel ou ar comprimido. 
Capacidade de carga das estacas 
A determinação da resistência de estacas cravadas pode ser feita por 
meio da aplicação de fórmulas empíricas que relacionam a resistência 
da estaca com a penetração média ocorrida na última série de batidas 
do bate-estaca. Já para estacas moldadas in loco o ideal é realizar 
provas de carga de conformidade com a norma técnica. A prova de 
carga também é necessária nas obras de maior vulto, pois poderão 
indicar a possibilidade da redução dos coeficientes de segurança 
adotados e com isso auferir menos custo de execução dentro de uma 
garantia máxima de qualidade. 
 
ESTACAS DE CONTENÇÃO 
São estruturas de embasamento executadas em caráter preventivo 
contra 
desmoronamentos provocados, principalmente pela ação da água, por 
sobrecarga e/ou vibração de equipamentos próximos a trabalhos de 
abertura de valas, poços, escavação etc. Essas estruturas podem ser 
provisórias, ou seja, que são retiradas depois de cumprirem com o 
objetivo estabelecido ou definitivas, que são incorporadas à obra 
fazendo parte da estrutura de sustentação ou como elemento de 
contenção definitivo. 
Outro aspecto importante a considerar é a proteção aos edifícios 
vizinhos e aos logradouros públicos (calçadas e ruas) próximos a local 
onde será necessário escavar. Além das obras de contenção, 
eventualmente, é prudente contratar seguros para as instalações 
ameaçadas. O mais importante é nunca iniciar uma obra sem Ter 
absoluto controle sobre as conseqüências das escavações. 
 
Tipos de escoramentos 
A escolha do tipo mais adequado (método de execução e material) a ser 
usado vai depender dos fatores envolvidos, tais como: a altura do talude 
(escavação), a consistência do terreno, a ocorrência de chuvas, a 
proximidade das edificações no entorno da obra, o espaço disponível 
para operar equipamentos, dos prazos e custos etc. No quadro a seguir 
estão colocados os diversos tipos de escoramentos encontrados na área 
da construção civil urbana. 
 
Outro tipo de proteção de taludes escavados quando não é viável a 
utilização de escoramento é a execução de patamares horizontais 
intercalados nos taludes inclinados chamados de bermas. Esse recurso 
é muito utilizado em obras rodoviárias, mas pode ser empregado em 
obras urbanas. O cuidado a ser adotado na execução das bermas e 
taludes livres é a com o adequado destino das águas superficiais ou que 
afloram nos taludes por meio de canaletas e coletores (drenagem) e a 
proteção por meio de plantio de grama ou vegetação apropriada. 
Paredes diafragma 
São paredes de contenção verticais executadas em argamassa ou 
concreto simples ou armado podendo ainda servir de suporte de cargas 
e como camada de impermeabilização. As paredes executadas com 
mistura de argila e cimento são diafragmas flexíveis e as executadas em 
concreto são diafragmas rígidos. Embora tecnicamente simples, o 
processo utiliza pessoal, equipamentos e materiais especializados. A 
escavação é feita por uma escavadeira de esteira equipada com 
Clamshell ou um trado batilon. Para impedir o desabamento das paredes 
da escavação é utilizado uma suspensão estabilizadora aquosa de argila 
bentonita, conhecida por lama bentonita, que ficará protegendo contra 
desabamentos até a 
concretagem. Abaixo, o esquema mostra o processo construtivo da 
parede 
diafragma, sendo que na 1ª etapa é feita a escavação, conforme mostra 
a figura a seguir, e na 2ª etapa são colocados os tubos para as juntas 
das extremidades. 
 
TUBULÕES 
Tubulões são indicados onde são necessárias fundações com alta 
capacidade de cargas (superiores a 500 kN) podendo ser executados 
acima do nível do lençol freático (escavação a céu aberto) ou até abaixo 
do nível de água (ambientes submersos), nos casos em que é possível 
bombear a água ou utilizar ar comprimido. 
Tubulão encamisado escavado a céu aberto 
Este tipo de tubulão é o de execução mais simples e consiste na 
escavação manual de um poço com diâmetro variando de 0,70 a 1,20 
metro, cujo emprego fica restrito a solos coesivos e acima de nível 
d’água. Na medida em que vai sendo escavado o tubo de concreto pré-
moldado ou metálico vai descendo até a cota necessária, tem sua base 
alargada em forma de tronco de cone circular ou elíptico, sendo então 
totalmente preenchido de concreto simples ou armado. 
No sistema chamado Chicago, a escavação é feita em etapas, 
manualmente, com pá, cortadeira e picareta, em profundidades que 
podem variar de 0,50 m para argilas moles até 2,00 m para argilas 
duras. As paredes são escoradas com pranchas verticais, ajustadas por 
meio de anéis de aço, escavando-se novas camadas, sucessivamente 
até atingir o solo resistente (cota de assentamento) onde é executado o 
alargamento da base (cebola) e após a liberação, preenche-se 
totalmente o poço com concreto. 
Num outro sistema, chamado Gow, indicados para solos não coesivos, 
são usados cilindros telescópicos de aço, cravados por percussão, que 
revestem o poço escavado a pá e picareta. Atingida a cota desejada, 
faz-se o alargamento da base e, juntamente com a concretagem 
procede-se a retirada dos tubos. 
Tubulão encamisado a ar comprimido 
Quando a especificação para a execução do tubulão exige cotas de 
assentamento abaixo do lençol freático ou submersos a indicação é para 
a utilização de tubulões executados sob pressão hiperbárica a fim de 
expulsar a água e permitir a escavação manual ou com o uso de 
marteletes e até explosivos, se for o caso. Durante a fase de 
concretagem, também há necessidade de se manter a pressurização 
que é feita com os seguintes equipamentos: compressor de ar para 
fornecimento do ar 
comprimido, campânula (eclusa) ou câmara de equilíbrio de pressão, 
conjuntos de anéis de chapas de aço, anéis de concreto (tubos de 
concreto apropriados para tubulões), escada tipo marinheiro, guincho e 
baldes, marteletes a ar comprimido e ferramentas diversas. 
Por se trará de trabalho especial sob pressão hiperbárica em ambiente 
considerado insalubre com alto risco de vida para os trabalhadores, só 
pode ser realizada por empresa registrada com pessoal especializado, 
usando técnicas e equipamentos especiais. O Ministério do Trabalho 
regulamenta as atividades sob condições hiperbáricas por meio do 
Anexo 6 da Norma Regulamentadora NR-15. 
 
GLOSSÁRIO NA ÁREA DE PROJETOS E EXECUÇÃO DE 
FUNDAÇÕES 
Bate-estaca – é o equipamento utilizado na cravação de estacas e pode 
ser em torre ou tripé, mecânico de vibração ou de gravidade. 
Bloco de coroamento – é o bloco de concreto armado executado para 
solidarizar um grupo de estacas. 
Bulbo de pressão – é o bulbo imaginário de distribuição da pressão 
exercida pela sapata no terreno. 
Capacete – peça que protege a cabeça da estaca do martelo de 
cravação, é 
constituído de um cilindróide de aço com coxim interno de madeira. 
Chapa de fretagem – peça de aço soldada sobre a estaca metálica na 
cota de arrasamento a fim de permitir a soldagem das esperas e 
promover a consolidação com o bloco de coroamento. 
Cota de arrasamento (CA) – é a cota superior da estaca definida pelo 
projeto, devendo as estacas ser cortadas nessa cota no caso de 
excesso. 
Estaca de teste – estaca a ser executada no início dos trabalhos para 
confirmar os dados do laudo de sondagem. 
NA – Nível de água do lençol freático 
Nega da estaca – é a dimensão admissível em milímetros para um 
número 
sucessivos de golpes padronizados (massa e altura), usada para indicara 
possibilidade de encerrar a cravação de uma estaca. 
NT – cota do terreno natural 
Paliteiro – termo utilizado em obras para se referir as estacas colocadas 
muito próximas umas das outras, geralmente de concreto pré-moldado 
ou madeira. 
Prova de carga – é um teste padronizado para verificar a capacidade de 
carga de uma estaca. 
Recalque – é o deslocamento não desejado ocorrido no elemento de 
fundação (estaca ou sapata) que irá contribuir para o aparecimento de 
patologias na edificação. 
Roletes espaçadores – roletes metálicos colocados nas armaduras das 
estacas com a finalidade de garantir o recobrimento mínimo. 
Suplemento – peça metálica que permite estender a cravação de 
estacas abaixo da cota do terreno. 
Tubo tremonha – tipo de tubulação com funil para permitir concretagens 
profundas e evitar a segregação do concreto e o seccionamento das 
estacas. 
Tubulão – tipo de fundação com fuste de grande diâmetro e base 
alargada em talude negativo, geralmente executada com equipamentos 
especiais de ar comprimido. 
 
NORMAS DO MINISTÉRIO DE TRABALHO 
NR – 15 Atividades e operações insalubres (Anexo 6 – Trabalho sob 
condições hiperbáricas) 
DETALHES DE PROJETOS DE FUNDAÇÃO 
Todos os projetos estruturais, iniciamos pela aplicação dos Eixos 
Transversais e Longitudinais, esses eixos são indicados no centro- eixo 
de todas as paredes; e devem seguir as mesmas dimensões do Projeto 
arquitetônico. Estes eixos serão demarcados também in loco, na 
execução. 
 
ESTRUTURAS 
Definições 
São elementos construtivos cuja finalidade é absorver os pesos dos 
elementos da construção e cargas acidentais e transferi los para as 
fundações. 
Nas edificações os elementos estruturais são: Paredes, lajes, vigas, 
pilares, 
escadas, beirais, sacadas, marquises e reservatórios, tirantes e 
coberturas. 
Classificação quanto ao material utilizado 
Os materiais utilizados nas estruturas são alvenaría, madeira, aço, 
concreto, 
alumínio e materiais sintéticos. 
Duas características muito importantes para esta utilização são 
resistência e peso próprio.( ver tabela abaixo) 
Observar que os valores abaixo relacionados são apenas indicativos 
pois podem apresentar resultados variáveis de acordo com as condições 
de uso. 
 
Esforços atuantes 
a)-Tração 
b)-Compressão 
c)-Flexão 
d)-Torção 
e)-Flambagem 
f)-Cisalhamento 
Estruturas de alvenaria 
As alvenarias são os elementos estruturais mais antigos. 
O seu uso ainda é bastante comum, principalmente onde a mão de obra 
é de baixo custo. 
Sua execução e a matéria prima utilizada (cerâmica, pedras naturais e 
blocos de concreto) são de fácil obtenção. 
O seu uso principal é na confecção de paredes portantes (que resistem 
pesos) ou paredes divisórias.Podendo substituir, dependendo do projeto 
arquitetônico, vigas e pilares, reduzindo custos. 
Quando confeccionadas com tijolos cerâmicos comuns a resistência e 
confiabilidade destes limitam a sua utilização. Porem com o uso de 
blocos cerâmicos ou de concreto, confeccionados com controle de 
qualidade , com a utilização de (grautes) e com a introdução de 
armaduras nos vazios grauteados, pode se obter alvenarias com grande 
capacidade de suporte, permitindo a execução de edifícios de quinze 
pavimentos ou mais. 
Para viabilizar economicamente o uso das alvenarías como opção 
estrutural, há necessidade de projetos que contemplem o uso dos blocos 
de forma racional, projetando compartimentos e vãos de aberturas com 
dimensões proporcionais as dimensões dos blocos a serem utilizados 
(paginação) e aproveitar os vazios para inserir as tubulações de água 
esgotos e eletrodutos, reduzindo a mão de obra e as quebras e 
desperdícios. 
Estruturas de madeira 
As estruturas de madeira estão sendo cada vez menos sendo utilizadas 
nas 
estruturas em função do impacto ecológico causado pela sua extração. 
É um material bastante eficiente na relação resistência / peso. 
Com o desenvolvimento de técnicas de utilização de madeiras de 
reflorestamento na confecção de produtos utilizáveis em estrutura, 
provavelmente a madeira seja o material estrutural que menos danos 
causa à natureza, naturalmente limitada à sua resistência. 
Estruturas Metálicas 
As estruturas metálicas históricamente foram utilizadas principalmente 
em grandes estruturas. 
No Brasil a produção de aço, iniciou por volta de 1940 com a 
inauguração da Companhia Siderúrgica Nacional ( CSN ). 
Até então, as estruturas existentes eram exclusivamente importadas, e a 
partir daí o seu uso foi gradativamente aumentando. 
Porem apenas recentemente, as siderúrgicas nacionais se interessaram 
pelo 
pequeno consumidor , se dando conta que apesar de pequeno, é muito 
numeroso gerando um consumo muito grande de produtos siderúrgicos. 
Em função da origem em produtos importados e também, com interesse 
em exportação, os materiais aqui produzidos tem dimensões e 
características técnicas similares aos produtos de outros países. 
Um obstáculo à utilização de estruturas metálicas é a cultura dos 
profissionais da Construção Civil de não incluir o aço nas possíveis 
alternativas de soluções estruturais. 
Com razão, entendem que os profissionais com experiência na 
execução destas estruturas, normalmente atuam em centros com 
indústria mecânica desenvolvida. 
Nos locais onde não há atividade significativa nesta área, é necessário 
um 
investimento em treinamento de pessoal, que as empresas não querem 
ou não podem financiar. 
Visando atingir estes consumidores, a indústria siderúrgica passou a 
fornecer produtos pré fabricados tais como telas para utilização em 
armaduras de lajes, armaduras padronizadas para vigas e pilares, 
armaduras para confecção de sapatas, treliças para fabricação de pré 
lajes e execução de estruturas de sustentação para coberturas com 
telhas cerâmicas. 
A partir desta iniciativa, o consumo destes produtos está sendo 
implementado pela divulgação que tem utilizado meios de comunicação 
de alcance popular tais como a televisão e o rádio e o patrocínio de 
eventos populares. 
Mais recentemente estão sendo oferecidas aos consumidores inclusive, 
casas populares com estrutura metálica (steel frame). 
As estruturas metálicas de uso mais comum são as denominadas 
“treliças” 
constituídas de barras que se interligam em pontos denominados “nós” . 
A principal característica deste tipo de estrutura é que as cargas a serem 
sustentadas se aplicam diretamente nos “nós” gerando esforços de 
tração ou compressão aos quais as estruturas tem maios resistência. 
As barras metálicas utilizadas nas estruturas têm perfís com dimensões 
padronizadas sendo produzidos através de laminação (ferro no estado 
líquido colocado em formas) ou constituído por chapas planas dobradas. 
Estes últimos são barras mais leves e de menor custo porém geram 
mais mão de obra para cortar e emendar (solda ou parafusos) com 
menor resistência que os laminados. 
Dependendo dos pesos a serem sustentados é que se faz a escolha da 
opção mais adequada. 
Estruturas de concreto 
O concreto é um material que se caracteriza por ter uma grande 
resistência a compressão e não ter resistência a tração. Por este motivo 
é necessária a inclusão de barras metálicas para que, com atuação 
solidária com o concreto através da aderência entre ambos, os 
alongamentos possam ser evitados ou limitados. 
Como falamos sobre estruturas de concreto, revisamos um pouco sobre 
CONCRETO e suas especificações, as quais vimos em Tecnologias dos 
materiais. 
Os 10 passos na execução do concreto 
1 – o calculista projeta a estrutura e especifica a resistência à 
compressão 
necessária e o módulo de elasticidade. Em função da concepção 
estrutural, calcula os esforços solicitantes, dimensiona e detalha as 
peças estruturais. A Curva de Gauss mostra as resistências obtidas em 
função do desvio-padrão da concreteira. 
2 -O laboratório de controle tecnológico realiza uma dosagem 
experimental até chegar ao traço ideal. Nessa dosagem, são definidas a 
vida útil do concreto, coesão, permeabilidade, homogeneidade e outrosaspectos que se julgarem necessários. Os parâmetros são modificados a 
partir da relação água/cimento, definição do tipo de agregado, cimento, 
adições e aditivos. 
3 – A usina de concreto realiza um rigoroso controle dos agregados e do 
cimento. 
Mistura os elementos em silos e carrega a betoneira com o concreto 
definido em contrato. 4 – A concreteira molda corpos-de-prova para 
controle de produção. É necessário para garantir a qualidade das 
propriedades exigidas pelo cliente. 
5 – A betoneira sai da concreteira chega na obra e o responsável pela 
central de concreto ajusta a água de amassamento perdida por 
evaporação durante o trajeto. 
O concreto deve ser entregue no slump determinado. 
6 – Para a aceitação do concreto, o cliente molda corpos-de-prova para 
controle de recebimento. 
7 – A concretagem é realizada, nesse caso, pelo método de 
bombeamento. 
Lançamento, adensamento e cura devem ser bem executados para 
garantir um concreto de boa qualidade. 
8 – Os corpos-de-prova moldados pelo cliente são levados a um 
laboratório tecnológico independente para serem rompidos. São 
armazenados em câmaras úmidas até serem ensaiados em diferentes 
idades. 
9 – O laboratório rompe os corpos-de-prova nos dias determinados e 
avalia se a resistência está de acordo com o contrato. 
10 – Caso os resultados sejam inferiores ao esperado, o calculista deve 
avaliar a estrutura e, se for o caso, retirar testemunhos para um exame 
mais apurado. Em casos extremos, o reforço estrutural ou a demolição 
parcial é a saída para evitar imprevistos. 
Diversos detalhes construtivos e especificações de projeto são 
observados visando garantir a atuação solidária armadura x concreto. 
(ganchos, ancoragem reta, etc.) 
Grande parte das estruturas usuais na construção civil estão sujeitas a 
esforços de tração, flexão e flambagem que causam alongamentos. 
Portanto é de fundamental importância que sejam utilizadas armaduras, 
principalmente nas regiões onde estes alongamentos possam ocorrer. 
Convenciona-se denominar de armadura positiva àquela localizada na 
parte 
inferior da estrutura , e de armadura negativa a localizada na face 
superior da estrutura. 
O concreto armado pode ser executado “in loco” ou ser pré-moldado. 
Entende-se por pré-moldadas, as estruturas executadas fora de seu 
local definitivo de atuação. 
Quando executado na sua localização definitiva, é necessário não só a 
execução de formas como também a utilização de escoramentos. 
Quando pré-moldado é necessária a utilização de equipamentos para 
transportá-lo ao local definitivo. 
Atualmente com o desenvolvimento da construção industrializada há 
uma 
tendência de se utilizar peças pré-moldadas que reduzem os custos com 
mão de obra, agilizam os serviços e permitem adotar processos 
repetitivos que melhoram a qualidade e produtividade. 
Com os pré-moldados , são instalados no canteiro de obra ou fora dele, 
linhas de produção em série que permitem a concentração de 
equipamentos e outros recursos melhorando a qualidade e aumentando 
a produção. 
É importante que se verifique em cada caso, a viabilidade de executar 
elementos pré-moldados. 
Os projetos devem ser feitos de maneira a tirar vantagem dos sistemas 
industrializados utilizando dimensões repetitivas, modulando os 
elementos. 
Para a utilização deste sistema, é necessário que os clientes sejam 
conscientizados que pré-moldados geram juntas . Os profissionais 
envolvidos precisam saber que esta técnica exige precisão dimensional, 
para não correr o risco de necessitar adaptações em obra que acarretará 
na perda das vantagens do processo. 
Verificaremos alguns sistemas estruturais em concreto armado, mais 
aplicados nas construções, principalmente no Brasil, Alvenaria Estrutural 
e Estrutura Convencional. 
DEFINIÇÃO DAS ESTRUTURAS 
A concepção estrutural não é um problema trivial. Na realidade, a 
concepção estrutural apresenta um grande número de variáveis e uma 
multiplicidade de soluções possíveis. 
De posse do projeto arquitetônico, em geral se faz um estudo de 
soluções 
estruturais, que serão analisadas por uma equipe multidisciplinar. O 
arquiteto apresentará restrições para manter a funcionalidade e a 
estética do projeto, o engenheiro de instalações posicionará as 
tubulações, o construtor indicará os recursos técnicos disponíveis para a 
construção e o incorporador estabelecerá a viabilidade financeira do 
investimento. Esses diversos fatores irão balizar o engenheiro de 
estruturas, na elaboração do projeto estrutural definitivo. Essa fase, de 
suma importância, surgiu recentemente com a introdução dos conceitos 
de qualidade total, denominada compatibilização de projetos. 
Segundo a Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural 
(ABECE), algumas reuniões entre o arquiteto e o engenheiro calculista 
trazem benefícios imensos, pois é através dessa interação que algumas 
dificuldades, normalmente encontradas entre a arquitetura e a estrutura, 
podem ser rapidamente solucionadas, gerando economia e ótimos 
resultados para toda a construção. 
ESTRUTURA CONVENCIONAL 
Entende-se como estrutura convencional aquela em que as lajes se 
apoiam em vigas (tipo laje-viga-pilar), sendo que os vãos são 
preenchidos com tijolos de barro, blocos cerâmicos, blocos de concreto, 
chapas acartonadas dry wall, etc, pois possuem para função apenas de 
vedação, e não interferem na estrutura da construção. Neste caso, o 
peso da construção é distribuído nos pilares, vigas, lajes e fundações e, 
por isso, as paredes são conhecidas como “não-portantes”. Entre as 
vantagens da estrutura convencional esta a possibilidade de criação de 
um projeto mais arrojado e a utilização de portas e janelas fora das 
medidas padronizadas. 
Apesar de ser mais caro que a alvenaria estrutural, é possível realizar 
qualquer tipo de reforma. 
Para a construção de elementos como pilares e vigas são usados aço 
estrutural e formas de madeira. Depois da construção das paredes, é 
preciso “rasgá-las” para embutir as instalações hidráulicas e elétricas, ou 
em construções otimizadas as previsões dos pontos elétricos e 
hidráulicos permitem essa compatibilização sem rasgá-las. Em seguida, 
deve ser iniciada a etapa de revestimento, caracterizada pela aplicação 
do chapisco, massa grossa, massa fina e pintura. É importante lembrar 
que a estruturação segue alguns critérios, para residências térreas ou 
sobrados torna-se mais fácil a estruturação, em edifícios geralmente se 
inicia pela locação dos pilares no pavimento-tipo, que segue a seguinte 
ordem: pilares de canto, pilares nas áreas comuns a todos os 
pavimentos (região da escada e dos elevadores), pilares de extremidade 
(situados no contorno do pavimento) e finalmente pilares internos. Ao 
fazer a locação de pilares, o projetista já deve preocupar-se 
paralelamente se não estão interferindo na arquitetura dos outros 
pavimentos (garagem, mezanino etc), por exemplo, se permitem a 
realização de manobras e estacionamento dos carros ou se não afetam 
as áreas sociais. 
A colocação das vigas vai depender do tipo de laje que será adotada, já 
que as vigas delimitam o contorno das lajes. Devem-se colocar as vigas 
no alinhamento das alvenarias e começar definindo as vigas externas do 
pavimento. Além daquelas que ligam os pilares que constituem os 
pórticos, outras vigas podem ser necessárias, para dividir um painel de 
laje com grandes dimensões. Com o posicionamento das vigas as lajes 
ficam praticamente definidas, faltando apenas, caso existam, as lajes 
em balanço. 
 
Podemos observar na figura acima os pontos marcados com um sinal 
gráfico na cor vermelha indicando os pontos de encontro de paredes, 
sendo estes locais os mais usuais para a locação de pilares. Esta talvez 
seja a alternativa mais usada para a locação preliminar de pilares. 
ELEMENTOS DA ESTRUTURA CONVENCIONAL 
 
PILAR 
Um pilar é um elemento estrutural vertical usado normalmente para 
receber os esforços verticais de uma edificação e transferi-los para 
outros elementos, comoas fundações. Costuma estar associado ao 
sistema laje-viga-pilar. 
O pilar é a peça de mais responsabilidade da estrutura. Se uma viga ou 
uma laje sofre uma ruptura, em geral é possível recuperar a estrutura. Se 
a mesma coisa ocorre com um pilar, a recuperação é difícil. Usualmente, 
concretam-se primeiramente os pilares e posteriormente as vigas e lajes. 
A distribuição do carregamento nos pilares de um edifício ocorre 
conforme abaixo: 
 
A princípio, seria interessante colocar pilares em todos os cruzamentos 
de vigas, o que faria com que as cargas percorressem o caminho mais 
curto entre o ponto de aplicação e a fundação. Entretanto, uma estrutura 
pode se tornar antieconômica e até mesmo, proibitiva sob o ponto de 
vista funcional, caso sejam projetados pilares muito próximos uns dos 
outros. 
Os pilares devem se localizar em pontos que não interfiram no conjunto 
arquitetônico e não comprometam a circulação de halls, salas, pilotis, 
garagens, etc. 
 
Armadura de pilares 
A ferragem é utilizada nos pilares para auxiliar o concreto a resistir aos 
esforços de compressão, flambagem e em alguns casos, flexão. É 
constituída por ferros longitudinais e estribos. 
Para os pilares submetidos a cargas centradas os estribos têm a função 
de armar a ferragem longitudinal e evitar a flambagem dessas barras. 
Vigas 
As vigas são os elementos da estrutura que recebem as reações das 
lajes, e 
eventualmente de outras vigas, e as transmitem para os pilares. São 
elementos geralmente horizontais, sujeitos a cargas transversais ao seu 
eixo longitudinal, trabalhando essencialmente à flexão. laje viga 
revestimento alvenaria parede de Laje, viga, revestimento alvenaria, 
parede de tijolo furado, enchimento com hidráulica ,instalação. 
 
Vigas embutidas na parede. 
As vigas numa estrutura de concreto armado podem ser revestidas ou 
aparentes. 
Para edifícios residenciais e comerciais, com freqüência opta-se por 
esconder a estrutura, ou seja, o revestimento cobre as vigas e pilares 
Nesses casos, a largura das vigas depende da espessura das paredes. 
• paredes externas com 25 cm ⇒ vigas com 20 cm 
• paredes externas com 15 cm ⇒ vigas com 12 cm 
• paredes internas com 15 cm ⇒ vigas com 10 a 12 cm 
Em geral, vigas aparentes em locais de mudança de ambiente não ferem 
a estética. 
Há alguns anos atrás, era comum projetar vigas em quase todas as 
posições de paredes, o que levava a um grande consumo de fôrmas. 
Atualmente, dado ao custo das fôrmas e à agilidade construtiva, é 
comum se considerar paredes descarregando seu peso próprio 
diretamente sobre lajes, o que conduz a estruturas menos recortadas, 
lajes maiores e menos vigas. 
As vigas não precisam descarregar diretamente sobre pilares, podendo 
existir apoio de viga sobre viga. A viga de maior altura, sendo a de 
menor vão, tem rigidez muito superior àquela de menor altura, de modo 
que a menor se apoia na maior, denominada viga principal. Um dos 
aspectos a ser levado em consideração para definir o afastamento entre 
dois pilares é a altura que a viga que se apoia neles vai assumir, 
tomando-se os devidos cuidados quanto à verificação da dimensão 
desses elementos sobre as aberturas em geral. 
A posição mais comum das vigas nas estruturas de concreto armado é 
sob as lajes. 
Todavia pode-se construir a viga sobre a laje ou com a laje passando por 
seu intermédio. Nesses casos têm-se as chamadas vigas invertidas ou 
semi-invertidas. 
 
As vigas invertidas são utilizadas em situações nas quais se deseja que 
a viga não apareça na face inferior da laje, geralmente por questões de 
estética. As semiinvertidas são empregadas em situações nas quais o 
pé-direito ou as esquadrias limitem a altura útil da viga e o projeto 
estrutural exija uma viga alta. 
A limitação que a NBR 6118 impõe para as vigas é que a espessura da 
alma seja de pelo menos 8,0 cm seção retangular seção T seção I. 
 
Vigas baldrame 
Na construção convencional de edifícios, ao nível dos blocos de 
fundação é executado um vigamento cuja função é dar suporte às 
paredes e ligar os pilares, travando a estrutura na horizontal. Essas vigas 
são denominadas cintas de fundação ou vigas baldrame. 
As cargas atuantes nas cintas de fundação são o peso próprio e carga 
de parede, se houver. 
As cintas são usadas entre pilares vizinhos, de modo contínuo ou não, e 
sempre que existir parede nesse nível. Para as cintas, são válidas as 
mesmas recomendações feitas para as vigas em geral, com a ressalva 
de que as cintas ficam “embutidas: no próprio solo de fundação. 
Em geral, o cintamento não recebe o carregamento de lajes. O 
contrapiso é executado diretamente sobre o terreno compactado. 
LAJES 
Uma laje é o elemento estrutural de uma edificação responsável por 
transmitir as ações que nela chegam para as vigas que a sustentam, e 
destas para os pilares. As lajes são elementos estruturais 
bidimensionais, caracterizadas por ter a espessura muito menor do que 
as outras duas dimensões. 
A distinção entre os diversos tipos de laje se faz basicamente em função 
do 
processo construtivo. Assim, nos próximos tópicos, citam-se alguns tipos 
distintos de laje usualmente empregados e suas particularidades. 
LAJES MACIÇAS DE CONCRETO ARMADO 
1.1- Lajes simples e retas 
1.2- Lajes cogumelos – que se apóiam diretamente em pilares, com ou 
sem 
capitéis 
1.3- Lajes mistas 
1.4- Lajes nervuradas (caixão perdido) 
1.5- Lajes duplas – grelhas 
1.6- Lajes de fundação – radiers 
Lajes de vigotas, pré-fabricadas ou pré-moldadas 
2.1- Treliçada para fôrro ou piso – com lajotas cerâmicas ou poliestireno 
EPS (isopor) 
2.2- Laje PI 
2.3- Lajes alveolares – geralmente protendidas 
2.4- Placas especiais sob encomenda 
2.5- Placas leves: mica, argila expandida, concreto celular auto-clavado, 
etc. 
LAJES MACIÇAS 
A laje maciça não pode vencer grandes vãos, devido ao seu peso 
próprio. 
É pratica usual adotar-se como vão médio econômico das lajes um valor 
entre 3,5m e 5m. 
Nas lajes maciças devem ser respeitados os seguintes limites mínimos 
para a espessura, de acordo com a NBR 6118 (ABNT, 2003): 
a) 5 cm para lajes de cobertura; 
b) 7 cm para lajes de piso; 
c) 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 
30 kN; 
d) 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 
kN. 
LAJES NERVURADAS 
As lajes nervuradas são por definição um conjunto de nervuras 
solidarizadas por uma mesa de concreto. O fato de as armaduras serem 
responsáveis pelos esforços resistentes de tração permite que a zona 
tracionada seja demarcada em forma de nervuras, não comprometendo 
a zona comprimida, que será resistida pela mesa de concreto. Segundo 
a 
NBR 6118, “são as lajes moldadas no local ou com nervuras pré-
moldadas, cuja zona de tração é constituída por nervuras entre as quais 
pode ser colocado material inerte.” 
A vantagem principal desta utilização é a redução do peso próprio da 
estrutura, já que o volume de concreto diminui, e ainda há um aumento 
na inércia, já que a laje tem sua altura aumentada. Para a execução 
destas nervuras pode-se utilizar material inerte como forma perdida ou 
pode-se utilizar forma reaproveitável, na forma de caixotes. Tijolo 
cerâmico, bloco de cimento e bloco de EPS (isopor) são os mais 
utilizados como materiais 
inertes e os caixotes na sua maioria são feitos de propileno ou de metal. 
A prática usual consiste em fazer painéis com vãos maiores que os das 
lajes maciças, apoiados em vigas mais rígidas que as nervuras. 
 
A NBR 6118 apresenta diversas prescrições com relação aos 
procedimentos de cálculo e às dimensões a serem respeitadas para as 
lajes nervuradas. Com relação às dimensões, podem ser destacadas as 
seguintes: 
 
Embora a norma de projeto atual não estabeleça um limite para a 
distância livre entre as nervuras (a), convém não projetar nervuras 
excessivamente espaçadas. Para se ter uma ideia, a versão anterior da 
NBR 6118 (1978) prescrevia que a distância livre entre as nervuras (a) 
não deveria ultrapassar 100cm. Por outrolado, vale destacar que 
distâncias entre eixos de nervuras compreendidas entre 65 e 110cm são 
mais usuais. 
LAJES PRÉ-FABRICADAS 
As lajes pré-fabricadas surgem como um passo decisivo na 
industrialização do processo da construção civil. A pré-fabricação é um 
método industrial de construção no qual os elementos fabricados em 
série, por sistemas de produção em massa, são posteriormente 
montados em obra, tendo como principais vantagens a redução do 
tempo de construção, do peso da estrutura e, consequentemente, do 
custo final da obra. Pode-se ainda salientar como grande vantagem a 
ausência de formas para as lajes. Vários tipos de lajes pré-moldadas são 
oferecidas no mercado. Destacam-se entre elas a laje �, a laje alveolar, 
a laje com vigotas pré-moldadas (também chamadas de lajes tipo trilho e 
a laje treliçada. 
 
Seções transversais de lajes pré-moldadas 
Essas lajes são formadas por elementos pré-moldados (vigota-trilho ou 
treliça), por lajotas (normalmente cerâmicas) e pelo capeamento de 
concreto moldado no local. A armadura do elemento tipo trilho é formada 
por barras longitudinais retas colocadas na parte inferior do mesmo. A 
armadura do elemento tipo treliça é uma treliça espacial de aço 
composta por três banzos paralelos e diagonais laterais de forma 
senoidal, soldadas 
aos banzos por processo eletrônico. 
Os elementos pré-moldados, nas fases de montagem e concretagem, 
são os elementos resistentes do sistema, e têm a capacidade de 
suportar, além de seu peso próprio, a ação das lajotas do concreto da 
capa e de suportar uma pequena carga acidental (um homem se 
locomovendo) para um vão de até 1,5m. Dessa maneira, o escoramento 
necessário para executar uma laje desse tipo não requer um grande 
número de pontaletes ou escoras. 
Além disso, para executar a concretagem da capa não é necessário o 
uso de fôrmas, como é o caso das lajes maciças de concreto, pois o 
elemento pré-moldado e a lajota fazem esse papel. Essa é a principal 
vantagem desse tipo de laje: não se gasta fôrma e é necessário pouco 
escoramento. 
Como principais desvantagens podem ser destacados a dificuldade na 
execução das instalações prediais e os valores dos deslocamentos 
transversais, bem maiores que os apresentados pelas lajes maciças. 
Também são utilizados, como alternativa às lajotas cerâmicas, outros 
elementos de enchimento, como blocos de concreto, de isopor EPS 
(poliestireno expandido), de concreto airado, etc, permitindo um número 
menor de vigotas. 
 
ESTRUTURA COM LAJES SEM VIGAS 
Esse tipo de sistema estrutural apresenta uma versatilidade muito 
grande à concepção arquitetônica, já que a ausência de vigas propicia 
uma liberdade maior a mudanças no “layout”dos pavimentos. 
As lajes cogumelo (figura 6c) são lajes apoiadas diretamente em pilares, 
com capitéis, enquanto lajes lisas (figura 6b) são as apoiadas nos pilares 
sem capitéis. O capitel é um engrossamento da seção transversal do 
pilar, próximo à ligação com a laje, cuja finalidade é diminuir as tensões 
de cisalhamento que aparecem nesse tipo de ligação. Essas tensões 
de cisalhamento estão associadas a uma forma de ruína possível em 
ligações laje-pilar em sistemas de piso sem vigas: a punção. 
 
Estrutura convencional (com vigas) e estrutura com laje sem vigas 
Nas primeiras lajes sem vigas era comum o uso de capitéis, visando ao 
enrijecimento da ligação laje-pilar, mas isto prejudicava uma das suas 
principais vantagens, que é a ausência de recortes na forma do 
pavimento. Com o desenvolvimento do sistema, abandonou-se o uso de 
capitéis na maioria dos casos e passou-se a fazer uma criteriosa 
verificação da punção. As lajes lisas podem ser maciças ou nervuradas; 
caso sejam nervuradas a região em torno do pilar será maciça (capitel 
embutido). 
Algumas das principais vantagens do sistema de lajes sem vigas 
mencionadas são: 
��maior simplicidade na execução das fôrmas, devido ao fato de 
existirem recortes apenas na ligação com os pilares, e também na 
montagem das armaduras, possibilitando o emprego de telas pré-
fabricadas; 
��maior facilidade no lançamento, adensamento e desforma do 
concreto; a não existência de vigas ocasiona um menor número de 
recortes, diminuindo, assim, o número de regiões onde é comum 
aparecerem falhas (vazios, ninhos, bicheiras), devidas à dificuldade de 
acesso do vibrador; 
��redução do tempo nas tarefas de execução de fôrmas, de armaduras 
e de concretagem; 
��a inexistência de vigas propicia boas condições de adaptação da 
obra a diferentes finalidades durante sua vida útil, uma vez que as 
divisórias não estão mais condicionadas à rígida localização das vigas 
do piso e das do teto; 
As principais desvantagens das lajes sem vigas do ponto de vista 
estrutural são: pequena rigidez das estruturas às ações laterais, quando 
comparadas com estruturas convencionais; puncionamento das lajes 
pelos pilares e, por fim, os grandes deslocamentos transversais que 
ocorrem principalmente nas bordas livres e que podem chegar a atingir 
um estado limite de utilização. Observa-se ainda que o consumo de aço 
e de concreto 
referente a esse sistema estrutural é ligeiramente superior ao obtido com 
a adoção de uma estrutura convencional. 
Recentemente, o emprego desse sistema com a utilização de protensão 
com cordoalhas engraxadas têm se mostrado bastante vantajoso, em 
particular para o melhor comportamento estrutural frente à fissuração e a 
deslocabilidade. 
 
Lajes de dimensões muito reduzidas conduzem a um maior consumo de 
fôrmas. 
Portanto, na medida do possível, procura-se projetar lajes com área não 
inferior a 6,0 m2. Por outro lado, lajes que ultrapassem a dimensão de 
6,0 m na menor dimensão, podem se tornar anti-econômicas e exigirem 
um aumento considerável da espessura para atenderem os critérios de 
deformação. 
A espessura econômica para lajes está associada ao tamanho dos vãos. 
Os vãos econômicos para lajes maciças de concreto armado ficam em 
torno de 4,0 m, resultando áreas de 15 a 20 m2. 
As ações usualmente atuantes nas lajes são as seguintes: 
• peso próprio; 
• peso de revestimento (pavimento: granito, tábua corrida; revestimento 
da face inferior); 
• impermeabilização / isolamento; 
• sobrecargas de utilização (NBR 6120); 
• coberturas. 
Nas áreas destinadas a sanitários e áreas de serviço, era comum se 
projetar lajes rebaixadas, sobre as quais eram colocadas as instalações 
sanitárias. Já há algum tempo tem-se preferido projetar a laje dessas 
áreas nivelada com as demais, colocando-se a tubulação na sua face 
inferior, escondida por um forro falso, que permite o acesso às 
instalações no caso de eventuais problemas, sem grandes transtornos. 
Vigas invertidas São vigas executadas sobre as lajes, por razões 
estéticas. Suas dimensões são determinadas pelos mesmos critérios 
que as vigas normais (comuns). 
Armadura em vigas 
1) ferros longitudinais 
2) estribos 
3) ferros dobrados 
4) armadura de distribuição 
5) armadura para torção 
6) armadura de pele 
A ferragem helicoidal seria a ideal para absorver torção. Se executam 
ferros 
longitudinais e estribos para simplificar a mão-de-obra de execução das 
ferragens. 
Armadura de pele 
É uma ferragem localizada nas faces laterais nas vigas com mais de 70 
cm de altura, com o objetivo de evitar fissuras. É construída 
normalmente de ferros de pequenos diâmetros, espaçados em torno de 
20 cm. 
Mísulas 
São aumentos nas alturas das vigas próximas aos apoios para resistir os 
esforços cortantes. 
Escadas 
São elementos estruturais utilizados para permitir o acesso à pisos em 
desnível. 
Tipo: 1. Apoios laterais 
2. Apoios nas extremidades 
3. Engastadas em vigas 
4. Apoiadas em vigas 
Marquises, Sacadas e Beirais 
São estruturas que se caracterizam por possuir lajes em balanço, ou 
seja, 
engastadas em uma extremidade e tendo a outra livre.→ Cuidados que 
devem haver com a marquise na execução: 
Executar a concretagem com maiores cuidados com relação a 
impermeabilidade; 
Menor fator água cimento 
ConcretagemMaior adensamento 
Maior cuidado na cura 
Utilização de camada impermeabilizante e revisão periódica da 
impermeabilidade. 
Reservatórios 
São executados em concreto armado quando o seu volume viabilizar a 
sua 
execução, pois é possível utilizar reservatórios pré-moldados fabricados 
com fibrocimento ou fibras plásticas. 
Em alguns casos são executados com chapas metálicas, porém o custo 
de 
manutenção é bastante alto. 
Reservatório – Superior Inferior 
OBS: A madeira utilizada para confeccionar a laje superior de um 
reservatório deve ter pequenas dimensões para possibilitar a retirada 
após a cura do concreto. 
Estruturas Membrana 
A tecnologia das estruturas de membrana 
As estruturas de membrana, usualmente denominadas tenso estruturas, 
são 
empregadas em coberturas de centros esportivos, áreas comerciais e 
construções industriais ou agroindustriais. A abertura do mercado 
brasileiro para os competidores internacionais mostrou a necessidade de 
o País buscar a competitividade de suas atividades econômicas. Esse 
contexto exige a permanente realização de obras civis, seja para a 
estruturação física do País, seja para a construção e modernização das 
instalações das empresas. Porém, essas obras públicas ou privadas, 
precisam ser realizadas de forma racional para não onerarem o custo da 
atividade social ou empresarial. Nesse sentido, é importante dar 
atenção especial às estruturas empregadas em coberturas, seja na 
construção de estádios e ginásios, seja na construção de galpões fabris 
e de depósitos, entre outras. 
 
Com relação às estruturas empregadas em coberturas, as tenso 
estruturas podem ser uma solução economicamente viável devido às 
características da membrana, as quais possibilitam a utilização de pré-
fabricação, de iluminação natural e de formas esteticamente agradáveis. 
Todavia, as estruturas de membrana ainda são pouco conhecidas e 
empregadas no Brasil. Daí surge a necessidade do desenvolvimento da 
tecnologia utilizada no sistema construtivo, no processo de projetar e nos 
métodos de análise das estruturas de membrana. 
Sistema construtivo 
As estruturas de membrana empregadas em coberturas são sistemas 
construtivos formados principalmente pela membrana estrutural, a qual 
ainda tem a função de vedar. As membranas estruturais são folhas 
flexíveis que resistem às ações devido à sua forma, às suas 
características físicas e ao seu pré-tracionamento. A forma da superfície 
é definida por uma configuração possível de equilíbrio. Suas 
características físicas definem a sua resistência à tração, limitando os 
níveis de tensão que podem ser atingidos. O pré-tracionamento é 
necessário para assegurar 
que a membrana esteja sempre submetida a esforços de tração. 
É importante ressaltar que o pré-tracionamento da membrana pode ser 
basicamente alcançado através do seu estiramento por meio de cabos 
que 
compõem o sistema estrutural de suporte, ou através da atuação da 
pressão de gases. Quando o pré-tracionamento é alcançado pela 
pressão de gases, essas estruturas são chamadas de estruturas 
pneumáticas. No primeiro caso – quando o pré-tracionamento é 
alcançado pelo estiramento da membrana por meio de cabos tensores, 
geralmente situados no contorno da membrana – as estruturas são 
chamadas de estruturas de membrana protendida por cabos. Cabe 
acrescentar que a membrana pode ser protendida, ainda, pela ação 
conjunta da pressão interna e 
do estiramento de cabos tensores. 
A construção dessas estruturas é relativamente simples, sendo 
necessário o mesmo nível de cuidado e de controle dispensado às 
construções convencionais. Os principais aspectos da construção estão 
ligados à confecção da membrana, à ancoragem, ao transporte, à 
montagem e, para o caso das estruturas pneumáticas, ao sistema de 
bombeamento de ar e ao sistema de acesso. 
REPRESENTACAO: ESTRUTURAS DE CONCRETO 
Os desenhos devem permitir um perfeito conhecimento da forma e 
dimensões de todos os elementos da estrutura. Envolvem plantas, 
cortes, 
elevações e detalhes dos elementos estruturais. São usualmente feitos 
na escala 1:50 ou 1:100, detalhes de blocos, vigas e demais 1:20, 1:25, 
e ou 1:50 desde que não haja prejuízo da clareza do desenho. 
Verificaremos alguns exemplos e modelos de desenho estrutural. 
BASICAMENTE REPRESENTAMOS UM PROJETO ESTRUTURAL DE 
ALVENARIA 
CONVENCIONAL, SEGUINDO A SEGUINTE ESQUEMATIZACAO: 
1-PLANTA LOCACAO DOS EIXOS / TRANSVERSAIS E 
LONGITUDINAIS 
2- PLANTA LOCACAO DAS ESTACAS OU BROCAS 
3- PLANTA DE FORMAS DA FUNDACAO / BLOCOS OU SAPATAS E 
OU VB 
4- PLANTA LOCACAO DOS PILARES 
5- PLANTA DE FORMAS DA COBERTURA/ VIGAS 
6- PLANTA FORMAS DA LAJE 
7- DETALHES DIVERSOS: BLOCOS/ PILARES/ VIGAS/ TABELAS DE 
ACO E CONCRETO 
A CADA PROJETO O NIVEL DE COMPLEXIDADE PODE AUMENTAR. 
 
• A elevação compreende a projeção, em plano vertical, que passa 
imediatamente antes do conjunto a representar, sem corte de qualquer 
elemento. 
Designação das peças 
A designação das peças na planta de fôrmas é feita através de símbolos, 
seguidos do respectivo número de ordem. Os símbolos utilizados são: 
• Lajes L 
• Vigas V 
• Pilares P 
• Blocos B 
• Paredes PAR 
Para que um elemento estrutural possa ficar perfeitamente definido em 
um 
desenho de fôrmas, é necessário definir suas dimensões, locação e 
posição em relação a eixos, divisas, testadas ou linhas de referência 
relevantes. 
Recomendações gerais para o desenho de fôrmas 
Para confecção de desenhos de fôrmas devem ser observadas uma 
série 
recomendações de acordo com o tipo de elemento representado: 
Lajes 
A numeração das lajes deverá ser feita começando do canto superior 
esquerdo do desenho, prosseguindo-se para a direita, sempre em linhas 
sucessivas, de modo a facilitar a localização de cada laje. Ou seja, a 
numeração deverá ser feita de cima para baixo e da esquerda para a 
direita .As lajes simétricas podem ser identificadas pelo mesmo número. 
As espessuras das lajes devem ser indicadas em cada laje ou em nota à 
parte. 
Os rebaixos ou superelevações da face superior das lajes serão 
indicados pelo valor em centímetros, precedido do sinal (-) ou (+), 
utilizando-se uma simbologia apropriada. 
Vigas 
Para as vigas horizontais a numeração deverá ser feita a partir do canto 
superior esquerdo, prosseguindo-se por alinhamentos sucessivos até 
atingir o canto inferior direito. Para as vigas verticais, partindo-se do 
canto inferior esquerdo, para cima, por fileiras sucessivas, até atingir o 
canto superior direito. Numera-se primeiramente as vigas horizontais e 
depois as verticais Para as vigas cuja inclinação com a horizontal variar 
de 0 a 45o podem ser consideradas como dispostas horizontalmente. 
Cada vão das vigas contínuas será designado pelo número comum à 
viga, seguido de uma letra maiúscula. Junto da designação de cada viga 
deverão ser indicadas suas dimensões. 
Quando houver mísula, traça-se uma diagonal do retângulo 
representativo da mísula e hachura-se um dos triângulos resultantes, 
assinalando-se a variação numérica das dimensões. 
 
Pilares 
A numeração dos pilares deverá ser feita partindo-se do canto superior 
esquerdo, prosseguindo-se por alinhamentos sucessivos até atingir o 
canto inferior direito (Figura 4.7). As dimensões dos pilares deverão ser 
indicadas ao lado de cada pilar, acompanhadas de sua identificação. Na 
numeração dos pilares, normalmente não se utiliza a simetria 
transversal, para que possa ser mostrada através de uma tabela, sem a 
necessidade de modificar a planta de fôrmas do pavimento tipo. Para 
que se tenha uma perfeita definição dos pilares em um desenho de 
fôrmas é necessário se adotar uma convenção apropriada, indicando os 
elementos que nascem, passam ou morrem no nível detalhado (Figura 
4.12) 
 
Sistema de cotagem 
De uma forma geral, as cotas de um desenho de fôrmas são calculadas 
a partir da planta de arquitetura, descontando-se 2,5cm de revestimento 
de cada face das paredes, mantendo-se a posição dos eixos das 
paredes. 
Na planta de fôrmasas cotas são dadas de eixo a eixo de pilares e 
complementadas por outras, de face a face de vigas. 
REPRESENTACAO DE UM PROJETO ESTRUTURAL 
PLANTA ARQUITETONICA/ ESQUEMATICA 
 
ALVENARIA ESTRUTURAL 
A Alvenaria Estrutural é um sistema construtivo racionalizado, no qual os 
elementos que desempenham a função estrutural são de alvenaria, 
projetados segundo modelos matemáticos pré-estabelecidos. 
No sistema convencional de construção, as paredes apenas fecham os 
vãos entre pilares e vigas, elementos encarregados de receber o peso 
da obra. Por outro lado, na alvenaria estrutural esses elementos são 
desnecessários, pois as paredes, chamadas portantes distribuem a 
carga uniformemente ao longo dos alicerces. 
O emprego da alvenaria como elemento estrutural de suporte em 
edificações vem sendo largamente ampliado, em especial por possibilitar 
uma redução nos custos de produção. 
Na Alvenaria Estrutural, elimina-se a estrutura convencional, o que 
conduz a importante simplificação do processo construtivo, reduzindo 
etapas e mão-de-obra, com consequente redução do tempo de 
execução. 
Uma das medidas de economia para viabilizar um empreendimento é 
empregar blocos de concreto com diversas resistências à compressão, 
de acordo com a faixa de andar executada. É importante salientar que a 
utilização de blocos com diferentes resistências é apenas uma entre 
várias formas de economizar com a alvenaria estrutural. Os maiores 
ganhos do sistema estão relacionados com a racionalização oferecida ao 
construtor. Como os blocos vazados permitem a passagem das 
tubulações elétricas e hidráulicas, também não há necessidade de 
quebrar paredes. A 
somatória disso termina em redução de desperdício e economia no uso 
de fôrmas e concreto. 
O sistema, desde que corretamente dimensionado e executado, é 
seguro e 
econômico, permitindo ganhos significativos de recursos, com o uso do 
sistema de Alvenaria Estrutural a racionalização da construção ocorre 
naturalmente. 
No entanto, tal sistema é limitado. Nesse tipo de obra não são permitidas 
tensões de tração, que exigiriam armadura. Prédios muito altos, sujeitos 
a forte ação do vento, são, portanto, inexequíveis. As barreiras que 
restam para o desenvolvimento da alvenaria estrutural, entretanto, não 
estão ligadas a fatores técnicos. O sistema é simples e, como em 
qualquer outra obra, exige alguns cuidados de projeto e execução. 
Existem, de fato, algumas fronteiras que não podem ser transpostas, sob 
a 
pena de deslizes técnicos ou desperdício de recursos. Não é possível, 
por exemplo, construir prédios de escritórios que necessitam de grandes 
vãos livres ou apartamentos de altíssimo padrão. Outros problemas 
seriam a ausência de tradição do sistema no meio técnico nacional, falta 
de normas brasileiras e número insuficiente de fornecedores de blocos 
em todo o território nacional. 
Enfim, é possível desenvolver um sistema racionalizado que resulta na 
melhoria da qualidade do produto final e em significativa economia. Um 
Dos pontos negativos também seria a impossibilidade de realizarem 
futuras reformas e aberturas em vãos das paredes, que estas são auto 
portantes e não devem ser retiradas sem um estudo prévio ou reforço 
estrutural quando possível. 
NO PROJETO ESTRUTURAL DEVERAO SER REALIZADOS A 
MODULACAO DA PRIMEIRA E SEGUNDA FIADA, ONDE SERAO 
APONTADOS TODOS OS PONTOS DE REFORCO ESTRUTURAL/ 
ARMACAO E GROUT NAS 
PAREDES. AS PAREDES SÃO DEMARCADAS EM PROJETO PARA 
QUE SEJAM REALIZADAS TODAS AS ELEVACOES, POIS NESTAS 
ELEVACOES SERAO DEMONSTRADAS TODOS OS PONTOS 
IMPORTANTES DA ESTRUTURA, E DEMAIS ITENS. PLANTA 
PRIMEIRA FIADA 
 
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