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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA JULIANA DIAS DUTRA AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS ALUNOS DO CURSO DE ODONTOLOGIA DA UFSC SOBRE URGÊNCIAS ENDODÔNTICAS Florianópolis 2019 Juliana Dias Dutra AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS ALUNOS DO CURSO DE ODONTOLOGIA DA UFSC SOBRE URGÊNCIAS ENDODÔNTICAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para a conclusão do Curso de Graduação em Odontologia. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Thais Mageste Duque Florianópolis 2019 AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS ALUNOS DO CURSO DE ODONTOLOGIA DA UFSC SOBRE URGÊNCIAS ENDODÔNTICAS Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do título de Cirurgiã-Dentista e aprovado em sua forma final pelo Departamento de Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 21 de maio de 2019. Banca Examinadora: Dedico este trabalho aos meus pais, Ricardo e Sebastiana, que não mediram esforços para que eu chegasse até aqui, me dando todo o suporte necessário. AGRADECIMENTOS À Universidade Federal de Santa Catarina, por ter sido o lugar onde eu vivi toda a trajetória acadêmica, e passei momentos inesquecíveis nos últimos cinco anos da minha vida. Tenho muito orgulho em levar o nome da UFSC junto comigo. A todos meus professores, que me acompanharam durante a graduação e me transmitiram todo conhecimento necessário para que eu venha a me tornar uma Cirurgiã-Dentista. À minha orientadora, Prof.ª Dr.ª Thaís Mageste Duque, que sempre esteve disponível para me ajudar quando eu precisei e me passou muita calma e confiança para realização deste trabalho. Agradeço toda sua dedicação e calma comigo, te admiro muito! Ao meu coorientador, Prof.º Dr. Augusto Bodanezi, que mesmo de longe contribuiu para que eu chegasse até aqui. Aos membros da minha banca, Prof.ª Dr.ª Dayane Ribeiro Aguiar e Prof.ª Dr.ª Cleonice da Silveira Teixeira, que aceitaram prontamente o convite para participar deste momento tão especial para mim. À Prof.ª Me. Michelli Santos, que foi uma das incentivadoras para que esse trabalho acontecesse, principalmente no ínicio dele. A todos meus familiares, especialmente meus avós Valdir Ricardo Dutra, Rosemari de Oliveira e Dezalda da Silva Dias, que sempre estiveram presentes em minha vida, me dando todo carinho e amor. A família é a base de tudo e sem vocês eu nada seria. Aos meus pais, Ricardo Luiz Dutra e Sebastiana da Silva Dias Dutra, que foram meus maiores incentivadores para estar aqui hoje. Vocês me ensinaram tudo que eu sei, me deram exemplo, amor, carinho e tudo que eu poderia pedir a Deus. Obrigada por me mostrarem o caminho certo a seguir e por permitirem que meus sonhos virassem realidade desde quando eu era pequena. Amo vocês. Ao meu namorado, Gustavo de Borja Borges, por toda ajuda neste trabalho e em todos os momentos que mais necessitei. Agradeço pela paciência, calma, carinho e dedicação comigo, mesmo nos momentos de tensão e ansiedade. Obrigada por acreditar que eu sou capaz sempre. O meu muitíssimo obrigado, amo você. Ao meu cachorro, Théo, que foi a companhia mais fiel durante os momentos de nervosismo e a melhor distração possível. Às minhas amigas, Iasmin Aguiar, Mariana Lonzetti e Sara Tonelli, que estiveram presentes em minha vida desde os primeiros dias de faculdade, nos melhores e piores momentos. Às minhas companheiras do grupo “Sereias”, por tornarem todos os dias mais leves e divertidos, especialmente Melina Franchini, Beatriz Boppré, Maria Cristina Schimidt e Luiza Hess. À minha dupla, Patrícia Garcez Zanotto, por ter sido meu alicerce dentro e fora da faculdade desde o primeiro dia de aula. Obrigada por ter sido uma amiga tão especial, espero que a nossa parceria dure para sempre. E a Deus, por ser o responsável por tudo isso, e me dar saúde para chegar até aqui. “O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.” José de Alencar DUTRA, Juliana Dias. Avaliação conhecimento dos alunos do curso de odontologia da UFSC sobre urgências endodônticas. 2019. 56f. Trabalho de conclusão de curso – Graduação em Odontologia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC. RESUMO As urgências são extremamente comuns no dia a dia das clínicas odontológicas, principalmente as dores relacionadas com o envolvimento pulpar. O sucesso do tratamento endodôntico de urgência está intimamente relacionado com o correto diagnóstico dos casos. O objetivo desse estudo foi avaliar o nível de conhecimento dos alunos que cursam a disciplina de Urgências do Curso de Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sobre diagnóstico endodôntico. Assim, avaliar se os alunos de Odontologia estão preparados para solucionar e diagnosticar as urgências endodônticas. Para a realização deste trabalho, os alunos responderam um questionário avaliando problemas comuns encontrados nos serviços de urgência, assim como seus diagnósticos e tratamentos. Depois os resultados foram tabelados e foi realizada uma análise descritiva e quantitativa. Em sua unanimidade, 100% dos voluntários consideraram importante saber a conduta correta frente às urgências em endodontia. Além disso, 65% dos alunos responderam que se sentem aptos a conduzir sozinhos um atendimento de urgência. A grande maioria dos estudantes (73%) consideraram a definição do diagnóstico como a etapa de maior dificuldade dentro de um atendimento de urgência. Quando questionados sobre urgências endodônticas específicas, os alunos demonstraram maior conhecimento no diagnóstico da avulsão (78% responderam corretamente a questão), enquanto as menores taxas de acerto foram na questão sobre pericementite apical aguda de origem bacteriana (48,7%). Esses resultados mostraram que os alunos que estão finalizando a graduação ainda possuem dificuldades relacionadas ao atendimento de urgência. Além disso, eles necessitam de mais treinamento clínico dentro do curso de Graduação. Palavras-chave: diagnóstico endodôntico; tratamento; urgências; nível de conhecimento; questionário ABSTRACT Urgencies are extremely common in dental clinics, especially those related to pulpal involvement. The success of urgency endodontic treatment is closely related to the correct diagnosis of the cases. The objective of this study was to evaluate the level of knowledge of the graduation students from dentistry of UFSC (Federal University of Santa Catarina) on endodontic diagnosis. Thus, evaluate if the students of Dentistry are prepared to solve and diagnose the endodontic urgencies. For the accomplishment of this work, the students answered a questionnaire evaluating common problems found in the urgency services, as well as their diagnoses and treatments. Afterwards the results were tabulated and a descriptive and quantitative analysis was performed. In their unanimity, 100% of the volunteers considered it important to know the correct behavior in the face of urgencies in endodontics. In addition, 65% of the students answered that they feel able to conduct urgency care alone. The vast majority of students (73%) considered the definition of diagnosis as the most difficult stage within an urgency care. When questioned about specific endodonticurgencies, students demonstrated more knowledge in the diagnosis of avulsion (78% correctly answered the question), while the lowest accuracy rates were in the question about acute apical pericementite of bacterial origin (48.7%). These results have shown that students who are finishing graduation still have difficulties related to urgency care. In addition, they require more clinical training within the graduation course. Key-words: endodontic diagnosis; treatment; urgencies; knowledge level; questionnaire LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: O que os alunos esperam de um atendimento de urgência............... 27 Gráfico 2: Maior dificuldade dos alunos no atendimento de urgência ................ 28 Gráfico 3: Importância do atendimento de urgência para o Cirurgião-Dentista .. 28 Gráfico 4: Você se sente preparado para conduzir sozinho (a) um atendimento de urgência endodôntica? ........................................................................... 29 Gráfico 5: Relação entre grau de dificuldade e fases do atendimento de urgência .................................................................................................................... 30 Gráfico 6: Motivos pelos quais os alunos procuram o estágio de Urgências ..... 30 Gráfico 7: Medidas mais eficientes para se obter um diagnóstico mais preciso Erro! Indicador não definido. Gráfico 8: Atendimento de urgência endodôntica nas clínicas anteriores (clínicas I, II ou III) ..................................................................................................... 31 Gráfico 9: Após realizar os exames clínicos e complementares e diante da incerteza sobre o diagnóstico de dor do paciente, qual a sua conduta mais provável? .................................................................................................... 32 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 13 2 REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................... 15 3 OBJETIVOS ............................................................................................... 25 3.1 Objetivo Geral ..................................................................................... 25 3.2 Objetivos Específicos .......................................................................... 25 4 MATERIAL E MÉTODOS .......................................................................... 26 4.1 Tipo de Pesquisa ................................................................................ 26 4.2 Amostra ............................................................................................... 26 4.3 Instrumento de Pesquisa ..................................................................... 26 4.4 Coleta de Dados ................................................................................. 26 4.5 Análise de Dados ................................................................................ 26 5 RESULTADOS .......................................................................................... 27 6 DISCUSSÃO .............................................................................................. 33 7 CONCLUSÃO ............................................................................................ 37 8 REFERÊNCIAS ......................................................................................... 38 9 ANEXOS .................................................................................................... 44 9.1 Anexo 1: Ata de apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso .. 44 9.2 Anexo 2: Termo de consentimento livre e esclarecido dos pacientes . 45 9.3 Anexo 3: Parecer do comitê de ética................................................... 48 9.4 Anexo 4: Questionário ......................................................................... 52 13 1 INTRODUÇÃO Os termos urgência e emergência são aplicados em muitas ocasiões dentro da área da Saúde. Na maioria das vezes, esses termos são apresentados de forma semelhante. Porém, são termos totalmente diferentes. Na busca pelo correto entendimento de cada uma das expressões, o dicionário Aurélio esclarece que emergência é um termo que indica “situação crítica; acontecimento perigoso” enquanto urgência estaria relacionado a situações “que urgem; que são necessárias serem feitas com rapidez; indispensável, imprescindível”. Nas urgências odontológicas, o profissional pode ter tempo para conseguir planejar o caso, sem que isso comprometa a vida do paciente. Já as emergências, são situações clinicas perigosas, onde o cirurgião dentista não pode perder muito tempo e deve agir imediatamente (ANDRADE et al., 2011) De acordo com essas definições, concluímos que as ocorrências relacionadas à prática odontológica devem ser classificadas como urgências, uma vez que muito raramente a vida do paciente se encontra comprometida (SANCHEZ; DRUMOND, 2011). No atendimento das urgências odontológicas, tanto em consultório como em instituições de ensino, a procura do paciente é motivada, na maioria das vezes, por uma queixa de dor (KANEGANE et al., 2003). Segundo Torabinejad e Walton (1991), as urgências decorrentes de dor pulpar representam 51% dos atendimentos endodônticos. A dor é um sintoma clínico importante no diagnóstico, porém não permite estabelecer com precisão a extensão da inflamação pulpar e as possibilidades de reparação (ESTRELA, 2004). Apesar disso, segundo Oliveira (1994), a exploração da sintomatologia dolorosa, como forma de avaliação da vitalidade pulpar, deve constituir rotina durante o exame clinico. Para avaliar com exatidão a dor dentária, cabe ao profissional considerar também outros tipos de lesões que não as de origem endodôntica e assim, diferenciar dor de origem odontogênica e não odontogênica. Podemos citar, como exemplo, lesões agudas da cavidade oral, queimaduras, gengivites, doenças virais, distúrbios neurológicos, dor miofascial, entre outras (BENDER, 2000). 14 O diagnóstico e o plano de tratamento são essenciais para a prática da Odontologia, principalmente na Endodontia. O diagnóstico determina o tipo de patologia que envolve o dente. O plano de tratamento envolve a seleção apropriada de sinais e sintomas, determinando o nível de dificuldade do tratamento, a sua individualidade e sequência dos procedimentos, chegando no final ao restabelecimento da saúde e funcionalidade do dente (STEWART, 2005). Um plano de tratamento endodôntico bem sucedido depende do diagnóstico correto. Nas alterações da polpa dentária, as características necessárias para o estabelecimento das condições patológicas ficam restritas à anamnese, exame clínico, testes de sensibilidade pulpar e avaliação radiográfica. Isto ocorre pelo fato da polpa estar envolvida por paredes rígidas de dentina, fato que impede sua visualização direta durante o atendimento clínico (SILVA et al., 2008). O tratamento endodôntico de urgência deve ser priorizado, com o objetivo de aliviar a dor e controlar qualquer inflamação ou infeção que possa estar presente (CARROTE, 2004). Além disso, ele é considerado indispensável para diminuir a sintomatologia dolorosa que pode estar impedindo e dificultando as atividades dos indivíduos (DEUS, 2010). Apesar da existência da terapêutica medicamentosa para o alívio da dor, essa é uma opção dentre tantas possíveis para solucionar as dores de origem pulpar. Os tratamentos clínicos também fornecem grandes benefícios para o alívio da dor odontogênica, como pulpotomia, pulpectomia, incisão e drenagem e, em algumas situações, alívio oclusal. Na maioria das vezes, a escolha é feita de acordo com a experiência clínica (ROSENBERG, 2002). Desta forma, o objetivo desse trabalho é avaliar o conhecimento dos alunos que cursam a disciplina de “Urgências” doCurso de Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), abordando principalmente questões diagnósticas pulpares comuns que aparecem nas urgências odontológicas. 15 2 REVISÃO DE LITERATURA Diante de uma urgência odontológica, o Cirurgião-Dentista precisa estar capacitado para executar o procedimento mais adequado para cada caso, estando atento aos sinais clínicos e sintomas das patologias orofaciais mais comuns encontradas nesses atendimentos (BEZERRA et al., 2015). Rios e Queiroz (2017) avaliaram 44 cirurgiões dentistas através de um questionário. O objetivo foi mostrar a opinião destes profissionais sobre suas funções no serviço público odontológico de urgência municipal. Dentre as opções fornecidas, “aliviar as queixas de dor” e “atender pacientes com problemas dentários envolvendo trauma” foram as mais relatadas (82% e 66% respectivamente). Enquanto isso, a afirmação “atender às demandas de qualquer paciente” apresentou a menor taxa dentre os entrevistados (36%). Em 2012, Pinto et al. avaliaram 164 prontuários arquivados junto à ESF (Estratégia de Saúde da Família) Lourdes II, em Montes Claros, Minas Gerais. O estudo mostrou que dentre os fatores que motivaram a procura pelo atendimento de urgência odontológica na ESF, a dor foi a queixa predominante (78%), seguida pelo relato de sangramento na gengiva (8,5%), inchaço na gengiva (4,3%), sensibilidade no dente (4,3%), dente quebrado (3,7%) entre outros motivos (1,2%). Em outra pesquisa, Munerato, Flaminghi e Petry (2005) analisaram 918 fichas e 1.138 atendimentos e comprovaram que o principal motivo que leva um paciente a procurar o atendimento de urgência, é a sensação de dor (57,3%). Além disso, relataram que 44,11% dos atendimentos foram motivados por problemas endodônticos, principalmente pulpite (34,73%) e abcesso periapical agudo (15,96%). A Endodontia é a especialidade que trata as alterações da polpa dentária e dos tecidos perirradiculares. O estudo e a prática dessa área englobam as ciências básicas e clínicas, incluindo a biologia da polpa normal, a etiologia, o diagnóstico, a prevenção e o tratamento das doenças e injúrias que atingem a polpa, associadas ou não, às alterações perirradiculares (WALTON; PASHLEY; OGILVE, 1989). O diagnóstico representa a base para a estruturação do tratamento odontológico, principalmente quando a queixa principal do paciente relaciona-se à dor de origem odontogênica (ESTRELA, 2004). Santos et al. (2011) realizaram um estudo com 49 prontuários. O objetivo foi avaliar o conhecimento dos acadêmicos de Odontologia em relação à correta 16 interpretação dos recursos semiotécnicos utilizados no diagnóstico endodôntico. Os autores concluíram que em 71,4% dos casos houve concordância entre a hipótese diagnóstica apresentada pelos alunos e a análise feita pelos autores. Além disso, fazendo o cruzamento entre a hipótese diagnóstica inicial (aluno) e a hipótese diagnóstica final (pesquisadores), o aluno diagnosticou corretamente apenas 27,3% dos casos de pulpite irreversível. Além disso, 72,7% dos casos de pulpite irreversível foram diagnosticados pelo aluno como sendo necrose pulpar. Seijo et al. (2013) aplicaram um questionário com questões abertas e de múltipla escolha em 115 alunos da graduação de Odontologia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O objetivo do estudo foi avaliar a opinião dos alunos em relação aos conteúdos gerais durante o tratamento endodôntico. Os resultados mostraram que 74,8 % dos participantes classificaram a aprendizagem durante o tratamento como “boa”. Eles relacionaram essa condição à seleção dos pacientes, atrasos ou faltas dos pacientes, quantidade de treinamento clínico, orientação do professor, dificuldades ou falta de experiência clínica, número de tratamentos endodônticos realizados e tempo gasto durante os tratamentos endodônticos. Segundo Wannmacher et al. (2014) no protocolo de urgências em Odontologia da cidade de Porto Alegre, a consulta de urgência diferencia-se das consultas odontológicas de rotina, pois esta relacionada à resolução do que motivou a busca pelo atendimento. Desta forma haverá uma adequação da anamnese e exame do paciente, buscando, primordialmente, informações que possam influenciar a escolha da conduta. As características da dor e um breve relato do desenvolvimento da patologia devem ser averiguados. O exame clínico deve focar nos aspectos significativos sobre a patologia que motivou o atendimento. Na busca do diagnóstico, além das características clínicas, testes de vitalidade pulpar, pressão e percussão podem ser utilizados. Por fim, exames complementares devem ser realizados sempre que necessários. Um estudo retrospectivo foi realizado para identificar fatores clínicos e de diagnóstico associados com a dor de origem odontogênica. Foram selecionados 1.765 pacientes que buscaram tratamento para dor odontogênica no Serviço de Urgência da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Goiás. De todas as urgências odontogênicas, as pulpites sintomáticas (28,3%) e as periodontites apicais de origem infecciosa (26,4%) foram as mais relatadas. A periodontite apical 17 sintomática de origem traumática (0,6%) foi a patologia menos relatada (ESTRELA et al., 2011). Desta forma, dentro das urgências endodônticas, o diagnóstico é fundamental. Além disso, as patologias mais comuns e mais relatadas nos serviços de urgência são: pulpite aguda irreversível, pericementite apical, abcesso periapical agudo e avulsão dentária. 2.1 Pulpite Aguda Irreversível A maioria dos casos de urgência e dor de origem odontológica é causada por problemas de origem endodôntica, dentre as quais a pulpite irreversível sintomática é a mais comum (DOURADO et al., 2005). Esta condição pulpar denota estágio avançado de inflamação. A polpa foi submetida a uma agressão e apenas a remoção do agente patogênico não basta para cessar a dor. Assim, a polpa não apresenta condições de voltar ao estado de normalidade após a remoção da causa (LEONARDI et al., 2011). Iqbal, Kim e Yoon (2007) avaliaram 951 pacientes com situação de emergência e 997 em situações não emergentes por meio de um banco de dados. Os dados analisados foram referentes aos diagnósticos pulpares e periapicais, além de informações sobre sintomas de dor relatados pelos pacientes. Os resultados mostraram que 60% dos tratamentos endodônticos foram resultado da doença cárie. Assim, uma análise foi feita para determinar a relação da cárie com os diagnósticos de pulpite sintomática/assintomática e periodontite sintomática/assintomática. A possibilidade de a cárie ser o fator causal para condições pulpares sintomáticas foi quatro vezes maior do que para condições pulpares assintomáticas. Além disso, a dor aguda foi mais prevalente em casos de pulpite sintomática, quando comparado com casos de periodontite sintomática. Por outro lado, a dor maçante foi mais prevalente em condições periapicais sintomáticas. E por fim, complementou-se que os testes de percussão e palpação foram significativos no diagnóstico diferencial entre condições pulpares e periapicais. Quando presente, a dor associada a uma inflamação aguda da polpa pode ser provocada, localizada e persistir por um longo período de tempo, mesmo após a remoção do estímulo. Em casos mais avançados de inflamação pulpar, a dor pode ser pulsátil, excruciante, lancinante, contínua e espontânea (LOPES; SIQUEIRA JUNIOR, 2010). 18 Os testes térmicos com calor são positivos, exacerbando a dor, já que o calor causa vasodilatação, e potencializa a pressão tecidual. Já testes com frio, podem causar alívio da dor devido ao seu efeito vasoconstritor e anestésico. Além disso, no exame radiográfico o espaço do ligamento periodontal pode se apresentar normal ou ligeiramente espessado. Clinicamente, a resposta àpalpação apical e à percussão vertical pode ser negativa ou positiva (LOPES; SIQUEIRA JUNIOR, 2010). Durante esta condição patológica, é comum o paciente relatar que a dor se torna mais intensa à noite. A justificativa está no fato de que ao deitar-se, a pressão pulpar interna aumenta e, como o tecido está inflamado, a dor exacerba (LEONARDI et al., 2011). Ricucci, Loghin e Siqueira Junior (2014) realizaram uma pesquisa com 95 dentes extraídos. Com base nos critérios clínicos, os dentes foram categorizados como tendo polpa normal, pulpite reversível ou pulpite irreversível. Após o processamento para a análise histológica, as polpas foram caracterizadas como saudáveis, inflamadas reversivelmente e inflamadas irreversivelmente. Os dentes associados à pulpite irreversível apresentaram clinicamente dor intensa, provocada ou espontânea, contínua, latejante e difícil de localizar. Em alguns casos a dor era irradiada para outros lugares e os testes de sensibilidade deram respostas exageradas, não cessando após a remoção do estímulo. O teste de percussão na maioria das vezes foi negativo e radiograficamente a única evidência foi o aumento do espaço do ligamento periodontal. O diagnóstico clínico de pulpite irreversível correspondeu ao diagnóstico histológico para essa condição em 27 (84,4%) dos 32 casos. Já o diagnóstico clínico de polpa normal/pulpite reversível correspondeu ao histológico em 57 (96,6%) dos 59 casos. Muitas vezes o diagnóstico de pulpite aguda irreversível pode ser confundido com o de abcesso dentoalveolar agudo. Como diagnóstico diferencial, a sensibilidade pulpar percebida pelos testes térmico e de cavidade diferencia essas duas patologias (KEINE et al., 2015). O tratamento da pulpite aguda irreversível consiste na remoção total do tecido pulpar inflamado (tratamento endodôntico convencional) ou na remoção parcial (tratamento endodôntico conservador) (LOPES; SIQUEIRA JUNIOR, 2010). Martins et al. (2014) analisaram 862 prontuários e mostraram que no diagnóstico de urgência, a pulpite irreversível sintomática é a mais frequente. Além 19 disso, observaram que a pulpectomia parcial foi o tratamento de urgência mais comum (14,5%), seguido da pulpectomia (12,3%). 2.2 Pericementite Apical Para Abbott (2004), a periodontite apical é o termo que descreve o processo inflamatório periapical que ocorre em resposta à presença de microorganismos e outros agentes irritantes no sistema de canais radiculares. Apesar de muitas vezes não apresentar sintomatologia, essa condição patológica pode se exacerbar, e então, os sinais e sintomas podem vir a se tornar evidentes clinicamente. A pericementite apical aguda pode ter origem traumática ou bacteriana (Estrela, 2004). Podemos encontrar casos de pericementite apical aguda em dentes que apresentam restauração alta, dentes traumatizados, sobre-instrumentados, sobre-obturados, dentes que sofreram ação irritante de substâncias químicas durante o tratamento endodôntico ou pela presença de bactérias e suas toxinas (PÉCORA; SILVA, 2004). Quando ocorre a inflamação pulpar, há um aumento na pressão tissular e diminuição do fluxo sanguíneo, gerando necrose pulpar. Após isso, o envolvimento periapical é rápido, podendo gerar um quadro crônico ou agudo. Através da polpa necrosada, os microorganismos chegam à região periapical. Uma vez estabelecida esta condição, há duas conseqüências básicas: o surgimento de uma periodontite apical sintomática (aguda), geralmente com evolução para o abscesso periapical sintomático; ou uma periodontite apical assintomática (crônica), estabelecendo o desenvolvimento de uma lesão periapical (PÉCORA; SILVA, 2004). Quem determina se a evolução da pericementite apical será para um processo inflamatório de caráter exsudativo (abcesso dentoalveolar agudo) ou proliferativo (granuloma e cistos) são fatores locais e sistêmicos. Os locais são o número e virulência das bactérias e o diâmetro do forame apical, já o sistêmico está relacionado à resistência orgânica do hospedeiro (LEONARDI et al., 2011). A sintomatologia da periodontite apical aguda em dentes necrosados é relatada pelo paciente como sensação de “dente crescido”, dor contínua, pulsátil, agravada pela pressão e oclusão dos dentes. Os testes térmicos a quente e a frio apresentam-se negativos. No teste de percussão, o paciente pode apresentar sintomatologia e mobilidade. Radiograficamente, as condições são normais ou há a 20 presença de um leve espessamento do ligamento periodontal (LOPES; SIQUEIRA JUNIOR, 2010). A pericementite apical muitas vezes é confundida com o abscesso periapical agudo, já que este representa uma fase avançada do processo, com desintegração do tecido periapical. No diagnóstico diferencial das duas condições é necessário avaliar a história clínica e os sintomas, lançando mão dos testes de vitalidade pulpar (KIRCHHOFF; VIAPIANA; RIBEIRO, 2013). O tratamento imediato da periodontite apical aguda em dentes necrosados é o tratamento endodôntico. Para Peters, Wesselink e Moorer (1995), a terapia endodôntica é baseada na eliminação de bactérias dos canais infectados e na prevenção da re-infecção, sendo que os insucessos geralmente são causados por microorganismos resistentes que se localizam dentro dos túbulos dentinários. O protocolo para esses casos é cirurgia de acesso com irrigação abundante seguida do estabelecimento de patência foraminal, aplicação de medicação analgésica e anti-inflamatória no canal e selamento coronário. Além disso, deve-se realizar alívio oclusal e prescrição de analgésico e anti-inflamatório para posterior finalização do tratamento endodôntico (LOPES; SIQUEIRA JUNIOR, 2010). Nos casos de periodontite apical aguda em dentes com polpa vital, o tratamento consiste apenas no alívio oclusal e, caso necessário, prescrição de medicação analgésica (LOPES; SIQUEIRA JUNIOR, 2010). 2.3 Abcesso Periapical Agudo Os abcessos são eventos de inflamação aguda, que resultam em dor e aumento do tecido gengival. Desta forma, o paciente deverá receber cuidados imediatos para alívio da dor, restabelecimento da função e da estética (RODRIGUES; CANGUSSU; FIGUEIREDO, 2015). O abcesso periapical agudo não apresenta fístula e é uma alteração inflamatória periapical associada à coleção purulenta, composta pela desintegração tecidual e caracterizada pela presença de exsudato no interior da lesão. Esta alteração é resultado da baixa resistência do hospedeiro, junto com o aumento do número e virulência dos microorganismos (ESTRELA, 2004). Necrose pulpar e presença de uma microbiota específica são fatores essenciais para o desenvolvimento dessa injúria. De acordo com os sinais e sintomas apresentados, é possível classificar os abcessos dentoalveolares agudos 21 em 3 fases: perirradicular ou primeira fase, intraóssea ou segunda fase e submucosa/subcutânea ou terceira fase. Apesar disso, existem muitas dificuldades para estabelecer os parâmetros de cada fase, permitindo o uso de um protocolo único de tratamento, tanto local quanto sistêmico (KEINE et al., 2015). Muitas vezes, esse tipo de lesão é confundido com lesões periodontais (abcesso periodontal). Para um adequado diagnóstico diferencial é necessário associar informações coletadas na história clínica, exame clínico e radiográfico. Para isso é de fundamental importância a avaliação dos sinais e sintomas, resultados dos testes de vitalidade pulpar, palpação e percussão, observar a presença de cáries e bolsas periodontais e realizar rastreamento de fístulas quando estiverem presentes (RODRIGUES; CANGUSSU; FIGUEIREDO, 2015). Nesta condição, o paciente queixa-se de dor espontânea, pulsátil, lancinante e localizada, podendo ou não apresentar evidências de envolvimento sistêmico, tais como linfadenite regional, febre e mal-estar. Na inspeção, verifica-se tumefação intra e/ou extra-oral,flutuante ou não e, em alguns casos, é possível ter mobilidade dentária e ligeira extrusão. Os testes de percussão e palpação apresentam-se positivos, devendo ser realizados com extrema cautela, visto que a sensibilidade pode ser exagerada. Radiograficamente, verifica-se apenas a presença de espessamento no espaço do ligamento periodontal, devido ao edema que extrui o dente do alvéolo (LOPES; SIQUEIRA JUNIOR, 2010). O tratamento do abscesso periapical agudo deve ser a drenagem da coleção purulenta e a eliminação do agente agressor. A drenagem pode ser realizada intracanal, por incisão da mucosa ou ambos (LOPES; SIQUEIRA JUNIOR, 2010). Quando em fase aguda inicial, deve-se realizar a abertura do dente para esvaziamento do conteúdo do canal, tentativa de drenagem via canal, colocação de medicação intracanal e por fim selamento coronário. No estágio em evolução com presença de edema intraoral duro, a conduta é a mesma que a anterior e é recomendado não incisar e prescrever bochechos com água morna para evidenciar o ponto de flutuação. Já no estágio evoluído com tumefação mole, deve-se fazer tentativa de drenagem via canal, drenagem da região com uma incisão intra ou extraoral e prescrição de bochechos aquecidos para estimular a drenagem. Após isso, em todos os casos o tratamento definitivo é o endodôntico (RODRIGUES; CANGUSSU; FIGUEIREDO, 2015). A prescrição de antibióticos só deverá ocorrer em casos de febre, prostração, perda ou déficit de função ou quando o sistema 22 imune se encontra comprometido. Quando o tratamento local é executado adequadamente, a prescrição de antibióticos não fornece benefícios adicionais (KEINE et al., 2015). Segundo Soares e Goldberg (2011), é muito importante o Cirurgião-Dentista ter conhecimento dos aspectos clínicos do abcesso dentoalveolar agudo. Essa patologia caracterizada pela inflamação pulpar aguda e do periápice pode se propagar para tecidos moles e se disseminar para os espaços submandibulares, sublingual, e submentoniano, o que é extremamente perigoso para o paciente. Um abcesso dentoalveolar agudo não tratado pode evoluir para complicações sistêmicas como osteomielite, angina de Ludwig, dentes de Turner e até mesmo óbito (LEONARDI et al., 2011). Em um estudo retrospectivo, Gonçalves et. al. (2013) avaliaram as características e o tratamento médico de pacientes que necessitam de hospitalização para o tratamento de infecções odontogénicas. Os autores concluíram que a dor (47,1%) foi o principal motivo da internação. Em sua maioria (86,3%) a dor foi causada pelo diagnóstico de abscesso dentoalveolar, com necrose pulpar como a causa inicial (67,5%). O sinal prevalente foi o edema submandibular ou facial (61,4%). O antibiótico mais prescrito foi penicilina G associada com metronidazol (25,3%). Em aproximadamente 58,7% dos casos houve regressão dos sinais e sintomas somente com antibioticoterapia e em alguns casos, a drenagem cirúrgica foi necessária (18,7%). Um caso de angina de Ludwig resultou em morte e o tempo médio de permanência hospitalar foi de 4,4 dias, sendo maior nos casos de angina de Ludwig. 2.4 Avulsão Dentária A avulsão dentária é caracterizada pelo deslocamento total do dente para fora do alvéolo. Ele ocorre devido a um impacto traumático que pode causar danos nas estruturas do ligamento periodontal, osso alveolar, cemento e polpa dentária (SOUZA et al., 2013). Em um estudo realizado por Souza-Filho et al. (2009) através da avaliação 513 traumatismos dentários de 172 pacientes no período de 2003 a 2006, foi observado que dentre as lesões de tecidos periodontais, as avulsões dentárias foram as mais frequentes, acometendo 29,63% (152) dos casos. 23 Beretta et al. (2017) avaliaram 101 socorristas através de um questionário. Eles mostraram que a maioria (73,3%) dos entrevistados possuía o conhecimento de que um dente avulsionado pode ser reimplantado, embora mais da metade (56,4%) indicou que somente o dentista pode realizar este procedimento. Os entrevistados não formaram um consenso quanto ao tempo ideal do dente fora do alvéolo. Os casos de avulsão dentária podem gerar a perda do dente. No entanto, a rapidez no reimplante pode favorecer o prognóstico (BERETTA et al., 2017). Quando o assunto é reimplante de dentes decíduos, sempre há divergência de opiniões quanto ao prognóstico. Segundo Poluha, Nascimento e Terada (2016) existem vantagens/indicações e desvantagens/contraindicações para o reimplante. As contra-indicações se baseiam no risco de danos ao dente permanente sucessor em desenvolvimento, como manchas hipoplásicas e mudanças morfológicas nas coroas. Além disso, os autores afirmaram que a perda de um incisivo decíduo tem pouca importância no que diz respeito à função mastigatória de crianças. Christophersen, Freund e Harild (2005) avaliaram o registro odontológico de 4.238 crianças de três clínicas municipais de saúde bucal na Dinamarca. Em seu estudo, 30% dos dentes permanentes sucessores de dentes decíduos reimplantados tiveram distúrbios de desenvolvimento. Os autores afirmaram que o percentual ficou muito abaixo de outros estudos, e que uma possível justificativa para isso foi que a maioria das crianças que tiveram dentes avulsionados eram maiores de 4 anos. Quando a idade no momento da lesão foi comparada com a frequência de problemas no desenvolvimento, os resultados mostraram que quanto mais jovem a criança era, maior o risco de alterações nos sucessores permanentes. Em casos de avulsão dentária, o tempo de permanência extra-alveolar é um dos fatores críticos e determinantes para o sucesso do reimplante dental. É considerado ideal um intervalo de 60 minutos em meio seco, o que favorece a viabilidade das células do ligamento periodontal (SOUZA et al., 2013). Uma vez ocorrida a avulsão dentária, a vitalidade do ligamento periodontal é primordial para o sucesso do reimplante do dente avulsionado. Caso não seja possível o reimplante imediato, é recomendado que o mesmo seja armazenado em um meio úmido (ANDREASEN; ANDREASEN, 2001). Além disso, o paciente deve ser orientado a procurar imediatamente o dentista (MAIA et al., 2005). 24 Para um bom prognóstico do caso, os fatores críticos são: o meio de armazenamento e o intervalo de tempo até o reimplante (TZIGKOUNAKIS et al., 2008). A solução salina equilibrada de Hanks® vem sendo considerada um ideal meio de armazenamento, sendo referência em casos de avulsão. Ela mantém a vitalidade do ligamento periodontal por até 24 horas (ISHIDA et al., 2014). O leite é considerado um meio favorável para o armazenamento, pois além de fácil acesso, diminui o risco de morte celular. Este meio apresenta pH e osmolaridade adequados, baixa contaminação bacteriana e presença de fator de crescimento epitelial (EGF) que estimula a proliferação e regeneração das células, diminuindo a probabilidade de anquilose. Apesar disso, ele perde sua eficácia após 2 horas (ISHIDA et al., 2014). Em relação ao tempo que o dente ficou extra-alveolar, a Associação Americana de Endodontia (AAE) e a Associação Internacional de Traumatologia Dental (IADT) recomendam os seguintes procedimentos para realização do reimplante de dentes com ápice fechado: se o dente já chegar reimplantado, verificar apenas sua posição na arcada; se possuir um ressecamento menor que 60 minutos, limpar a raiz com soro fisiológico, caso esteja contaminada, e reimplantá-lo suavemente; se possuir um ressecamento maior que 60 minutos, remover o ligamento periodontal e imergir o dente em flúor por 5 minutos antes do reimplante. Já para o reimplante de dentes com o ápice aberto, as recomendações são: se o dente já chegar reimplantado, apenas verificar a posição na arcada; se possuir ressecamento menor que 60 minutos, limpar a raiz com soro fisiológico e imergi-lo em doxiciclina antes do reimplante; caso o dente possua um tempoextra-alveolar maior que 60 minutos, não reimplantá-lo (MAIA et al., 2005). Além disso, o reimplante de dentes decíduos avulsionados diante de um trauma é contra-indicado em virtude de possíveis seqüelas ao germe permanente da dentição subsequente (MAIA et al., 2005). A literatura enfatiza a necessidade de se realizar uma contenção passiva que permita movimentação fisiológica do elemento em seu alvéolo, com intervalo de 10-14 dias. Dentes com formação radicular completa geralmente evoluem para necrose pulpar, devendo, nesses casos, ser iniciado o tratamento endodôntico após 7-10 dias, por meio da extirpação pulpar e colocação de medicação intracanal à base de hidróxido de cálcio (SOUZA et al., 2013). 25 3 OBJETIVOS 3.1 Objetivo Geral Avaliar o conhecimento dos alunos que cursam a disciplina de Urgências do Curso de Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), abordando principalmente questões diagnósticas pulpares comuns nas urgências odontológicas. 3.2 Objetivos Específicos - Avaliar se os estudantes já realizaram o atendimento de alguma urgência endodôntica na UFSC; - Avaliar se os estudantes estão aptos e se sentem preparados para atender urgências endodônticas; - Demonstrar a importância da realização de um diagnóstico correto para a escolha do tratamento adequado; - Evidenciar a capacidade dos alunos de solucionarem corretamente as patologias pulpares e periapicais de urgência. 26 4 MATERIAL E MÉTODOS 4.1 Tipo de Pesquisa Este estudo se caracteriza como uma pesquisa transversal, observacional e de caráter descritivo e analítico. 4.2 Amostra A amostra foi composta pelos alunos da nona e décima fase regularmente matriculados nas disciplinas/clínicas de Urgências da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Os alunos foram devidamente orientados sobre a pesquisa e, os que aceitaram participar, assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo 1), que foi aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Federal de Santa Catarina (Anexo 2). 4.3 Instrumento de Pesquisa Para realização desse estudo, utilizou-se um questionário semi estruturado (Anexo 3), composto por 14 perguntas que avaliaram o conhecimento teórico dos estudantes sobre patologias pulpares e periapicais, assim como seus diagnósticos e conduta correta frente as mesmas. Este questionário é uma adaptação de outro questionário anteriormente utilizado em um trabalho de conclusão de curso (Douglas Pereira de Souza, 2016). 4.4 Coleta de Dados O questionário semi estruturado foi aplicado pelos pesquisadores no intervalo da aula. O tempo médio para respondê-lo foi de 10 minutos. Junto com o questionário foi entregue um termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo 1) para cada participante, convidando-o a participar da pesquisa. 4.5 Análise de Dados Foi realizada uma análise estatística descritiva, avaliando o desempenho dos alunos. As questões discursivas foram relatadas de forma resumida e conforme a importância para o trabalho. Todos os dados foram agrupados e gráficos de porcentagens foram utilizados para mostrar os resultados. 27 5 RESULTADOS Os resultados parciais da pesquisa foram baseados em 41 questionários respondidos pelos alunos regularmente matriculados nas disciplinas de Urgências da UFSC. Desses 41 questionários, 29 eram de alunos matriculados na nona fase e 12 de alunos da décima fase. Nas questões discursivas, os alunos poderiam responder cada questão com mais de uma resposta. Os alunos foram questionados em relação ao que eles esperavam de um atendimento de urgência. As respostas mais prevalentes foram “sanar a dor do paciente” (17/41); “resolver a queixa principal do paciente” (15/41); “que o atendimento seja realmente uma urgência e não um tratamento eletivo” (8/41) e “resolução e efetividade” (7/41). As respostas menos expressivas foram “aprender a ter condutas corretas com o paciente, como realizar uma anamnese clara e objetiva”; “paciente apresentando dor insuportável”; “agilidade” e “paciente com muitas dores” (Gráfico 1). Gráfico 1: O que os alunos esperam de um atendimento de urgência Quando questionados em relação a qual seria a maior dificuldade em atender um paciente de urgência, a maioria dos alunos relatou que seria a realização do diagnóstico (Gráfico 2). 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 Sanar a dor do paciente Resolver a queixa principal do paciente Atendimento de urgência - e não eletivo Resolução e efetividade Outros N ú m er o d e p es so as Respostas 28 Gráfico 2: Maior dificuldade dos alunos no atendimento de urgência Foi perguntado para os alunos qual a importância do atendimento de urgência para o Cirurgião-Dentista e, a maioria deles responderam: “para saber conduzir o paciente em situações não previsíveis”, “para adquirir experiência”, “para adquirir agilidade” e “para aprender a realizar diagnóstico e tratamento corretos” (Gráfico 3). Gráfico 3: Importância do atendimento de urgência para o Cirurgião-Dentista 0 5 10 15 20 25 Limitações da clínica da UFSC Realiazação de plano de tratamento imediato Diagnóstico Decisão do melhor tratamento Casos de atendimento eletivo Anestesia em quadros inflamatórios exacerbados Outros N ú m er o d e p es so as Respostas 0 2 4 6 8 10 12 14 Rotina nos atendimentos Saber conduzir o paciente em situações não previsíveis Adquirir experiência Aprender a realizer diagnóstico e tratamento corretos Adquirir agilidade Outros N ú m er o d e p es so as Respostas 29 Quando questionados em relação ao atendimento das urgências endodônticas, 61% (25/41) responderam que se sentem preparados para conduzir sozinhos o atendimento. No entanto, 39% (16/41), não se sentem confiantes (Gráfico 4). Gráfico 4: Você se sente preparado para conduzir sozinho (a) um atendimento de urgência endodôntica? Os alunos foram questionados em relação ao grau de dificuldade de algumas fases do atendimento de urgência, como diagnóstico, tratamento, relacionamento com o paciente, planejamento e relacionamento com o professor supervisor. De todas essas etapas, foi percebido que 73% dos alunos (30/41) acham que a definição do diagnóstico é a etapa de maior dificuldade e 75,5% (31/41) avaliam um certo grau de dificuldade na definição do tratamento (Gráfico 5). 61% 39% Sim Não 30 Gráfico 5: Relação entre grau de dificuldade e fases do atendimento de urgência Na avaliação sobre os motivos pelos quais o aluno buscou o estágio no serviço de Urgências da UFSC, 86% (33/38) acreditam ser pela importância em aprender diagnóstico, além de aumentar a agilidade no atendimento (55%). Também foi interessante perceber que os alunos não acreditam no retorno financeiro quando o assunto são as urgências (61%) (Gráfico 6). Gráfico 6: Motivos pelos quais os alunos procuram o estágio de Urgências 0 5 10 15 20 25 30 35 Definição do diagnóstico Terapêutica/tratamento que será instituído Relacionamento com o paciente Planejamento do caso Relacionamento com o professor supervisor N ° d e p e ss o as Fases do atendimento Grau 1 Grau 2 Grau 3 Grau 4 Grau 5 0 5 10 15 20 25 30 35 Obter experiência em diagnóstico Ganhar agilidade no atendimento Realizar novos procedimentos Aliviar condição dolorosa dos pacientes Complementar o conteúdo teórico recebido Retorno financeiro Disponibilidade de horário N ° d e p es so as Motivos Grau 1 Grau 2 Grau 3 Grau 4 Grau 5 31 Em relação às medidas mais eficientes para se obter um diagnóstico mais preciso, 65,8% dos alunos (27/41) acreditam que é importante obter a maior quantidade de informações subjetivas e objetivas possível. E 12% (5/41) acreditam que é importantediscutir o caso com um supervisor ou colega. Os alunos também foram questionados em relação a ter atendido algum tipo de urgência nos períodos anteriores, antes de ter contato com a disciplina de Urgências. Dos 41 alunos da pesquisa, 73,1% (30/41) responderam que sim e 26,9% (11/41) responderam que não (Gráfico 7). Gráfico7: Atendimento de urgência endodôntica nas clínicas anteriores (clínicas I, II ou III) Em relação a incerteza sobre o diagnóstico de dor do paciente, 32% (14/41) responderam que nesses casos eles solicitam a ajuda de um colega ou professor e apenas 12% (5/41) repetiriam ou analisariam novamente os exames complementares (Gráfico 8). 73% 27% Sim Não 32 Gráfico 8 : Após realizar os exames clínicos e complementares e diante da incerteza sobre o diagnóstico de dor do paciente, qual a sua conduta mais provável? Todos os alunos (100%) responderam ser importante saber a conduta correta a ser tomada frente às urgências em endodontia. No questionário, também foram colocados casos clínicos relacionados à urgência, para avaliar o conhecimento dos alunos. Uma das perguntas relacionava diagnóstico de várias urgências endodônticas ao plano de tratamento correto para cada uma delas. Nesse caso, 68,2% dos alunos (28/41) conseguiram responder corretamente a questão. Na questão clínica relacionada ao tratamento de periodontite (pericementite) apical aguda de origem bacteriana, 48,7% dos alunos (20/41) conseguiram responder corretamente a questão. Na questão clinica relacionada ao tratamento de pulpite aguda irreversível, 56% dos alunos (23/41) conseguiram responder corretamente a questão. Na questão clínica relacionada ao tratamento da avulsão dentária, 78% dos alunos (32/41) conseguiram responder corretamente a questão. 12% 23% 32% 5% 28% Repetir ou analisar novamente os exames complementares Realizar nova anamnese mais detalhada Solicitar ajuda de colega ou professor Dispensar o paciente e estudar melhor o caso Eliminar prováveis causas da dor e acompanhar o paciente 33 6 DISCUSSÃO A escassez de estudos que avaliassem o nível de conhecimento dos alunos da graduação de Odontologia sobre urgências clínicas, especialmente endodônticas, foi o fator motivador desse estudo. Este trabalho visa trazer melhorias para as disciplinas do curso de Odontologia da UFSC e, consequentemente, para o tratamento dos pacientes. Quando os alunos foram questionados sobre o que esperavam de um atendimento de urgência, 41,4% (17/41) citaram “sanar a dor do paciente”. Esse dado foi semelhante ao apresentado por Rios e Queiroz (2017), onde 82% dos voluntários acreditavam que “aliviar as queixas de dor do paciente” era sua principal função no serviço odontológico de urgência. Ambos os achados corroboram com outros estudos que mostram que a dor é o principal fator que motiva o paciente a procurar atendimento de urgência (PINTO et al., 2012) (MUNERATO; FLAMINGHI; PETRY, 2005) (KANEGANE et al., 2003). No nosso estudo, os alunos não concordam em realizar tratamentos eletivos nos serviços de urgência, o que também vai de acordo com Rios e Queiroz (2017). Também foi questionado aos alunos se eles se sentiam preparados para atender urgências endodônticas por conta própria, e 61% (25/41) responderam que “sim”. Apesar de a maioria se sentir apta, um número significativo (16/41 – 39%) ainda se mostra desconfiante, o que é um dado preocupante para esse estudo, já que os alunos participantes da pesquisa estavam próximos de finalizar a graduação. Tal informação também pode ser vista no estudo de Seijo et al. (2013) que avaliaram a opinião dos estudantes brasileiros de Odontologia sobre a aprendizagem em endodontia, e constataram a baixa autoconfiança dos alunos ao realizarem procedimentos endodônticos. Nos achados desse estudo, as principais dificuldades relatadas pelos alunos foram o acesso e identificação dos canais radiculares, exploração e modelagem de canais curvos e estreitos, realização de tomadas radiográficas, instalação do isolamento absoluto e definição do comprimento de trabalho. Na questão que abordava os motivos pelos quais os estudantes procuraram o estágio de Urgências, 86% (33/38) dos entrevistados responderam ter sido para obter experiência em diagnóstico e 55% para aumentar a agilidade no atendimento. 34 Esses dados novamente corroboram com o estudo de Seijo et al. (2013), onde ficou claro que as dificuldades encontradas durante um atendimento endodôntico, eram causadas principalmente pela falta de experiência clínica e agilidade. Quando questionados sobre o grau de dificuldade de algumas fases do atendimento de urgência, 73% dos alunos (30/41) concordaram que a definição do diagnóstico é a etapa mais difícil. Esses dados corroboram com outros estudos que afirmam que a construção do diagnóstico é uma tarefa bastante desafiadora para o Cirurgião-Dentista, já que a polpa dentária é envolta por paredes de dentina e não é visível clinicamente (SILVA et al., 2008) (SANTOS et al., 2011). Além disso, deve-se salientar a importância do diagnóstico para planejar a terapia de acordo, visto que muitos dentes endodonticamente comprometidos são ignorados por não serem identificados com precisão (LOBPRISE & BLOOM, 2001). No nosso trabalho 65,8% (27/41) dos voluntários mostraram que para se obter um diagnóstico mais preciso, é importante coletar a maior quantidade de informações subjetivas e objetivas possível. Esses resultados vão de acordo com o estudo de Silva et al. (2008) que afirmaram que para a realização de um diagnóstico correto sobre as alterações da polpa dentária humana, os dados da anamnese são fatores imprescindíveis, bem como exame clínico, testes de sensibilidade pulpar e avaliação radiográfica. Contudo, sabe-se que o real estado inflamatório da polpa dentária só pode ser determinado através da biópsia e da avaliação histológica da mesma (SELTZER; BENDER; NAZIMOV, 1965). No questionário aqui aplicado, também haviam questões simulando casos clínicos para avaliar o desempenho dos alunos frente aos mesmos. Quando a questão relacionava casos de urgência endodôntica (pulpite aguda irreversível, abcesso periapical agudo e pericementite traumática) com o plano de tratamento correto para cada uma delas (uso de medicação intra-canal), 68,2% (28/41) dos participantes responderam corretamente a questão. Apesar de o índice de acerto ter sido maior que 50%, ainda é um valor preocupante, visto que o sucesso da terapia endodôntica está intimamente relacionado à medicação intracanal empregada. Além do mais, ainda que muitos profissionais realizem o tratamento do sistema de canais radiculares em sessão única, há casos onde existe a necessidade de desinfecção química adicional (ROSA et al., 2011). Na questão clínica relacionada ao tratamento da pulpite aguda irreversível, 56% dos alunos (23/41) conseguiram responder corretamente a questão. Apesar de 35 a maioria ter respondido adequadamente, o número de erros é significativo, o que vai de acordo com Santos et al. (2011) que avaliaram o conhecimento dos acadêmicos de Odontologia sobre diagnóstico endodôntico. Neste estudo, eles observaram que apenas 27,3% dos casos de pulpite aguda irreversível foram diagnosticados corretamente pelos alunos e que 72,7% dos casos de pulpite aguda irreversível foram diagnosticados como necrose. Na questão sobre o tratamento da avulsão dentária, 78% dos alunos conseguiram responder corretamente a questão, concordando que não se deve reimplantar dentes decíduos. Isso vai de acordo com o estudo de Maia et al. (2005), onde os autores afirmaram que o reimplante de dentes decíduos é contra-indicado devido as possíveis sequelas aos germes dos dentes permanentes da dentição subsequente. Por outro lado, segundo Christophersen, Freund e Harild (2005) que avaliaram registros de 4.328 criançasde três clínicas municipais na Dinamarca, apenas 30% dos dentes permanentes sucessores de dentes decíduos reimplantados tiveram distúrbios de desenvolvimento. Essa divergência mostra o quanto o assunto ainda é discutido por autores e que outros fatores podem influenciar na falha de desenvolvimento dos sucessores permanentes, como idade no momento do trauma (CRISTOPHERSEN; FREUND; HARILD, 2005). Poluha, Nascimento e Terada (2016) propuseram que existem vantagens/indicações e desvantagens/contra-indicações para o reimplante de dentes decíduos. As vantagens/indicações se resumem à manutenção da estética da dentição normal, mantimento de espaço na arcada e situações onde a ausência de lesão ao sucessor permanente pela manobra do reimplante do dente decíduo, é esperada. Já as desvantagens/contra-indicações giram em torno do risco de dano ao germe do dente permanente sucessor, necessidade de tratamentos adicionais após o reimplante e insignificância da presença de um incisivo decíduo para sucesso da função mastigatória. Reforça-se então, a necessidade de treinamento em diagnóstico clínico para os alunos nas disciplinas de Odontologia da UFSC, visto que essa parece ser a principal dificuldade dos estudantes durante os atendimentos. Dessa maneira, o tratamento fornecido aos pacientes também melhorará. Além disso, ressaltamos a importância do conhecimento em situações de urgências endodônticas, visto que elas são as principais causas dos atendimentos dos serviços de urgência 36 (TORABINEJAD; WALTON, 1991) (MUNERATO; FLAMINGHI; PETRY, 2005) (ESTRELA et al., 2011) (DOURADO et al., 2005). 37 7 CONCLUSÃO De acordo com os achados do presente estudo, concluiu-se que a maioria dos alunos já havia atendido uma urgência endodôntica nas clínicas anteriores ao estágio de Urgências, e que se sentem aptos a conduzir um atendimento de urgência sozinhos. Além disso, foi comprovado que de todas as fases que compõem um atendimento urgencial, a construção do diagnóstico é a etapa em que os alunos possuem maior dificuldade e que julgam ser a mais importante; afinal um diagnóstico preciso é o que leva a um plano de tratamento bem sucedido. Mesmo perto do fim da graduação, os alunos ainda possuem dificuldades em certos temas relacionados ao atendimento de urgência, o que sugere que eles necessitam ter mais conhecimento associado a maior quantidade de treinamento clínico sobre esse assunto. Para finalizar, o atendimento de urgência tem grande importância na formação dos graduandos de odontologia, pois neste tipo de atendimento eles aprendem a lidar com situações imprevisíveis e adquirem experiência e agilidade. 38 8 REFERÊNCIAS ABBOTT, Paul V.. Classification, diagnosis and clinical manifestations of apical periodontitis. Endodontic Topics, v. 8, n. 1, p.36-54, jul. 2004. ANDREASEN, J O; ANDREASEN, F M. 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Acesso em: 08 jun. 2018. 44 9 ANEXOS 9.1 Anexo 1: Ata de apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso 45 9.2 Anexo 2: Termo de consentimento livre e esclarecido dos pacientes UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Você está sendo convidado, por mim Juliana Dias Dutra (aluna de Graduação em Odontologia da UFSC), a participar de uma pesquisa intitulada “Avaliação do nível de conhecimento dos alunos do curso de odontologia da UFSC sobre urgências endodônticas” que tem como objetivo avaliar o nível de preparo dos alunos participantes da clínica de Urgências da UFSC em diagnóstico endodôntico e condutas clínicas sobre o mesmo assunto. Para isso, precisamos aplicar e analisar os dados do questionário escolhido por mim neste trabalho e apresentado no Anexo 3. Respondendo o questionário, você não terá nenhum prejuízo ou desconforto. Sua participação é voluntária e caso não queira participar da pesquisa respondendo ao questionário, isso não lhe trará nenhum problema. Também é garantida a liberdade de retirada deste consentimento a qualquer momento e que deixe de participar do estudo, sem qualquer prejuízo. Se você estiver de acordo em participar desta pesquisa, garantimos que ela será utilizada somente neste trabalho, e que não haverá ligação entre as respostas obtidas e o participante. Além disso, será garantido o sigilo, o respeito e a privacidade dos participantes, assim como a garantia de indenização diante de eventuais danos decorrentes da pesquisa, de acordo com a Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. O pesquisador se responsabiliza por eventuais riscos e desconfortos decorrentes da participação da pesquisa, além dos benefícios e indenizações que possam vir a ocorrer por consequência, ainda que sejam empregadas providencias e cautelas para evitar e/ou reduzir efeitos e condições adversas que possam causar dano. 46 Não haverá benefício direto para o paciente. No entanto, ao final da pesquisa será possível avaliar o nível de conhecimento dos alunos do curso de Odontologia da UFSC sobre urgências endodônticas e descobrir se os mesmos saem da faculdade preparados para diagnosticar e solucionar questões sobre esse tema. Em qualquer momento você poderá entrar em contato comigo pelo telefone (48) 999003293 ou pelo e-mail: julianadiasdutra@hotmail.com, nos quais estarei disponível para fornecer todas as informações e dúvidas a respeito deste estudo, tendo você o direito de retirar o seu consentimento de participação. O presente documento, que estará sendo assinado, caso concorde em participar do estudo, é confidencial. Você receberá uma cópia desse consentimento, onde consta o endereço e o telefone do pesquisador principal. Dúvidas sobre a pesquisa envolvendo princípios éticos poderão ser questionadas ao Comitê de Ética em Pesquisa da UFSC localizado no Prédio Reitoria II, 4° andar, sala 401, R: Desembargador Vitor Lima, nº 222, Trindade, Florianópolis/SC. Contato: (48) 3721-6094; cep.propesq@contato.ufsc.br. Horário de funcionamento: 2ª a 6ª feira – 10:00 às 12:00h e 16:00 às 18:00h. Equipe da Secretaria: Angélika Puskás – Técnico-Administrativo em Educação. Se não há qualquer dúvida em relação a esta pesquisa e se concorda em participar, solicitamos que assine este Termo de Consentimento. Agrademos desde já a sua atenção e sua colaboração e colocamo-nos a sua disposição para quaisquer esclarecimentos. Juliana Dias Dutra - (48) 99003293 / julianadiasdutra@hotmail.com Thais Mageste Duque - (19) 98183-1889 / (48) 3721-5840 Florianópolis, _____, de ________________ de 2018. ______________________________________________ Assinatura do Participante de pesquisa/Responsável Legal ______________________________________________ Juliana Dias Dutra – Pesquisadora/ Discente de Odontologia ______________________________________________ Thais Mageste Duque – Pesquisadora/ Docente de Odontologia 47 48 9.3 Anexo 3: Parecer do comitê de ética 49 50 51 52 9.4 Anexo 4: Questionário Prezado voluntário, Este questionário visa coletar informações sobre a sua autopercepção e conhecimento quanto aos atendimentos de urgências endodônticas. Todas as questões devem ser respondidas respeitando o enunciado de cada uma. Por favor, NÃO DEIXE QUESTÕES EM BRANCO, pois suas respostas são muito importantes para toda a equipe de pesquisadores. O sigilo das suas respostas será garantido. Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino Idade: ______ 1. O que você espera de um atendimento de urgência? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________ 2. Qual a maior dificuldade em atender um paciente de urgência? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 3. Por que o atendimento de urgência é importante para o cirurgião dentista? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 4. A partir dos conhecimentos adquiridos nos semestres anteriores, você se sente preparado para conduzir sozinho(a) um atendimento de urgência endodôntica? 53 ( ) Não ( ) Sim 5. Classifique em ordem crescente (1 – menos significativo, 5 – mais significativo) o grau de dificuldade das seguintes fases do atendimento de urgência: ( ) Definição do diagnóstico ( ) Terapêutica/tratamento que será instituído ( ) Relacionamento com o paciente ( ) Planejamento do caso ( ) Relacionamento com o professor supervisor 6. Classifique por ordem de importância (1 – menos importante, 5 - mais importante) os motivos pelos quais você buscou o estágio no serviço de urgência da UFSC: ( ) Obter experiência em diagnóstico ( ) Ganhar agilidade no atendimento ( ) Realizar novos procedimentos ( ) Aliviar a condição dolorosa dos pacientes ( ) Complementar o conteúdo teórico recebido ( ) Retorno financeiro ( ) Disponibilidade de horário 54 7. Na sua concepção, qual das medidas a seguir seria mais eficiente para se obter o diagnóstico mais preciso sobre a condição do paciente? (Poderá ser marcado até duas opções) ( ) Obter a maior quantidade de informações subjetivas e objetivas possível ( ) Conhecer antecipadamente as manifestações da doença e sua evolução ( ) Ter realizado muitos diagnósticos anteriormente (experiência clínica) ( ) Discutir o caso com um supervisor ou colega ( ) Solicitar e interpretar adequadamente os exames clínicos e complementares disponíveis 8. No decorrer do curso, você já atendeu alguma situação de urgência endodôntica na clínica odontológica (Clínicas I, II ou III)? ( ) Sim ( ) Não Em caso afirmativo, qual o tipo de urgência endodôntica e qual a conduta que foi tomada? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 9. Realizados os exames clínicos e complementares, diante da incerteza sobre o diagnóstico de dor do paciente, apontar qual seria a sua conduta mais provável: ( ) Repetir ou analisar novamente os exames complementares ( ) Realizar nova anamnese mais detalhada ( ) Solicitar ajuda de colega ou professor 55 ( ) Dispensar o paciente e estudar melhor o caso ( ) Eliminar prováveis causas da dor e acompanhar o paciente 10. Que nível de importância tem para o estudante de odontologia saber a conduta mais correta que deve ser tomada frente às urgências em endodontia? (A) Muito importante (B) Pouco importante (C) Irrelevante (D) Não sei responder 11. Analise a tabela a baixo e associe as duas colunas. 12. Você iniciou o tratamento endodôntico um dia atrás (acesso, esvaziamento e medicação intracanal com tricresolformalina) de um paciente adulto diagnosticado com periodontite (pericementite) apical aguda de origem DIAGNÓSTICO 1 Pulpite aguda irreversível 2 Abscesso dentoalveolar agudo em fase inicial 3 Periodontite apical aguda (Pericementite apical aguda) de origem traumática 4 Abscesso dentoalveolar agudo em fase evoluída MEDICAÇÃO DE URGÊNCIA ( ) Otosporin ( ) Tricresol formalina ( ) Sem necessidade de medicação ( ) Tricresol formalina 56 bacteriana. No entanto, o mesmo o procurou hoje, pois sentia dor aguda no dente em tratamento e aumento de volume extraoral. Qual seria a conduta de urgência diante do caso? *durante a anamnese o paciente não relatou alergia medicamentosa. (A) Prescreve analgésicos, bochechos com água morna e compressas quentes. (B) A prescrição de analgésicos e compressas frias na região do edema é suficiente para estagnar o caso, pois uma nova instrumentação poderia levar uma exacerbação do mesmo. (C) Realizaria uma nova intervenção endodôntica e prescreveria antibiótico. (D) Prescreveria antibiótico e analgésico e acompanharia o paciente. (E) Não saberia como prosseguir e encaminharia o paciente para um especialista. 13. Paciente adulto apresenta dor intensa, pulsátil, contínua no dente 25 e que quando abaixa a cabeça ou deita piora. Utilizou analgésico, mas não surtiu efeito. Qual a sua conduta de urgência? (A) Anestesia, acesso, remoção parcial do conteúdo pulpar, colocação de bolinha de algodão estéril, selamento provisório e prescrição de anti- inflamatório. (B) Anestesia, acesso, colocação de medicação intracanal (tricresol formalina), selamento provisório e prescrição de anti-inflamatório. (C) Anestesia, remoção do cariado, tratamento expectante, selamento cavitário e prescrição de anti-inflamatório e antibiótico. (D) Anestesia, acesso, remoção do tecido pulpar, hemostasia, colocação de medicação intracanal (corticosteroide), selamento e prescrição de anti- inflamatório. 57 (E) Não saberia como prosseguir e encaminharia o paciente para um especialista. 14. Frente a uma avulsão dentária traumática em dente decíduo e permanente você: (A) Não reimplanta em hipótese alguma o primeiro, pois é contraindicado pelo risco de prejudicar o germe permanente e reimplanta o segundo levando em consideração o tempo decorrido desde o trauma, o meio de conservação do dente, estado do alvéolo, o local da queda e o estágio de formação radicular. (B) Não reimplanta o primeiro, pois é contraindicado pelo risco de prejudicar o germe do permanente e só reimplante o segundo, quando o elemento avulsionado vier bem acondicionado, isto é, transportado ao consultório somente na boca em região de vestíbulo. (C) Reimplanta sempre o dente decíduo e prescreve antibiótico e anti- inflamatório ao paciente. Não reimplanta o dente permanente quando decorrido mais de 30 minutos desde o acidente ou quando o dente estiver seco. (D) Reimplanta sempre o dente decíduo e acompanha o paciente. Reimplanta o dente permanente independentemente do tempo fora da boca, desde que a formação apical esteja incompleta. (E) Não reimplanta o dente decíduo pois logo irromperá o dente permanente. Não reimplanta o dente permanente quando decorridas mais de duas horas do acidente. (F) Não saberia conduzir o caso e encaminharia o paciente para um especialista.
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