Prévia do material em texto
Transição demográfica e transição epidemiológica O conceito de transição epidemiológica refere-se às mudanças ocorridas, no tempo, nos padrões de morbidade, invalidez e morte que caracterizam uma população específica e que, em geral, ocorrem em conjunto com outras transformações demográficas, sociais e econômicas (OMRAN, 2001). Relação entre transição demográfica e epidemiológica A Transição Demográfica contribui para o Envelhecimento Populacional e estes dois processos são associados à Transição Epidemiológica, que consiste na mudança do perfil de mortalidade, que passa de uma situação onde as principais causas de mortes são as doenças infecciosas e parasitárias, características de locais com baixos níveis de desenvolvimento econômico e social, para uma nova fase, em que as doenças típicas da velhice começam a ocupar uma posição cada vez mais intensa entre as enfermidades mais comuns (OLIVEIRA, 2015, p. 45). Estágios da Transição Epidemiológica •Estágio 1: –Peste e fome (alta mortalidade e baixa esperança de vida) •Estágio 2: –controle das doenças infecciosas (diminui a mortalidade e a fecundidade) •Estágio 3: –aumento das doenças degenerativas e aquelas causadas pela ação do homem. As cinco fases do modelo de transição demográfica ● 1ª fase, Estabilidade: Verifica-se uma elevada natalidade e uma elevada mortalidade. O sistema equilibra-se nos períodos de abundância alimentar por ajustamento na nascença. ● 2º fase, de expansão: Regista-se um aumento demográfico, por motivo da diminuição da taxa de mortalidade e manutenção da elevada natalidade. -Corresponde à fase da revolução industrial, com mais alimentos disponíveis e a emergência das práticas de sanidade e saúde. ● 3º fase, de recessão demográfica, na qual se reduz a taxa de natalidade. Corresponde, ao período de generalização das práticas de medicina e ao aumento da longevidade. ● 4º Estado, estabilidade: Ambas as taxas se mantêm muito baixas, mas os ganhos em longevidade vão mantendo o efetivo. ● 5º fase, recessão demográfica: As taxas afundam-se por diminuição da população e sua não renovação. Resumo Artigo: TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA, TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E ENVELHECIMENTO POPULACIONAL NO BRASIL. Transição Demográfica, Transição Epidemiológica e Envelhecimento Populacional são processos interligados e produzem impactos significativos na sociedade. A mudança do comportamento demográfico, apresentando diferentes etapas, encontra-se atualmente na fase em que a fecundidade é reduzida a níveis mínimos, impactando na queda da participação do grupo das crianças na população, ao passo que a redução da mortalidade e a elevação da expectativa de vida, contribuem para o aumento do peso do grupo dos idosos. De acordo Lebrão (2007), a imagem do Brasil como um país de jovens predominou por décadas, no entanto, de repente, percebemo-nos grisalhos. Nas últimas décadas, mudanças nos níveis de fecundidade e de mortalidade vem ocorrendo em ritmo e intensidade nunca vistos em épocas passadas. O novo comportamento demográfico do Brasil com a redução dos nascimentos e queda do número de mortes provoca o envelhecimento progressivo da população. A figura 1 mostra a evolução da participação de idosos (60 anos ou mais) na população do Brasil ao longo dos anos. É possível observar uma clara tendência de elevação do peso do grupo etário dos idosos na população total do país. As mudanças no comportamento demográfico do país, iniciadas a partir dos anos 70, contribuíram para a intensificação do envelhecimento da população do Brasil, que ocorre em vista a queda dos nascimentos e da mortalidade. A expectativa de vida se eleva e já está ocorrendo o envelhecimento dentro do grupo dos idosos, com destaque para o crescimento do número de idosos com 80 anos ou mais. É uma realidade nova, nunca vivenciada pelo país, que deixa de ser uma nação de jovens e se transforma num país de idosos. O perfil de causas de mortes se modifica, passando a ter maior peso doenças crônicas e as doenças típicas do envelhecimento como doenças cardíacas, neoplasias etc., que precisam ser combatidas desde a infância, com o incentivo de hábitos de vida saudáveis. Referências: Artigos UFPB, 2019. Disponível em: https://www.ufpb.br/gcet/contents/documentos/repositorio-gcet/artigos/o_envelhecimento _a_transicao_epidemiolog.pdf. Acesso em: 17/11/2023. Edisciplinas USP. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/23565/mod_resource/content/1/transição%20dem ográfica.ppt. Acesso em: 17/11/2023. Global Heritages, 2015. Disponível em: https://globalherit.hypotheses.org/2278. Acesso em: 17/11/2023. Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, 2019. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/download/48614/27320/213108#:~:. Acesso em: 17/11/2023. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/23565/mod_resource/content/1/transi%C3%A7%C3%A3o%20demogr%C3%A1fica.ppt https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/23565/mod_resource/content/1/transi%C3%A7%C3%A3o%20demogr%C3%A1fica.ppt https://globalherit.hypotheses.org/2278 https://seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/download/48614/27320/213108#:~:text=A%20Transi%C3%A7%C3%A3o%20Demogr%C3%A1fica%20contribui%20para,parasit%C3%A1rias%2C%20caracter%C3%ADsticas%20de%20locais%20com