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Aula 13 - Cesariana em Grandes Animais

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Cesariana em Grandes Animais 
Pode ser feita a campo. 
Indicações 
↬Fetos gigantes 
↬Distocias (sem sucesso de manobras) 
↬Graves angústias ou deformações pélvicas 
↬Morte fetal (na ausência de fetótomo ➜
quando o feto morre dentro do útero, é normal 
que se instale um quadro de infecção). Se feto 
não for retirado em até 36 horas se torna 
enfisematoso e o líquido que se forma pode 
cair na cavidade abdominal, levando a um 
quadro de septicemia e óbito do animal. Em 
éguas, a cesariana sempre resulta em retenção 
de placenta e também pode ocorrer 
deslocamento de alças. 
Ao se praticar a operação em animais 
debilitados, toxêmicos e com feto morto e 
retido por longo tempo, devem ser esperados: 
endometrite crônica com espessamento da 
parede, possíveis áreas de necrose e ruptura 
uterina, dificuldade de exposição do órgão e 
aderências. 
Se já não houver peritonite instalada, é grande 
a possibilidade de contaminação da cavidade 
abdominal, piorando qualquer prognóstico. 
Pré-operatório 
↬Diminuição da ingestão hídrica e alimentar 
↬Atonia uterina 
↬Cansaço da gestante 
Procedimento anestésico 
Sedação 
↬Ruminantes: xilazina, dependendo pode 
associar com cetamina (potencial 
antiendotoxêmico) 
↬Equinos: dexmedetomidina e midazolam 
Técnicas locais 
↬Epidural ➜ Bovinos 
↬Bloqueio paravertebral ➜ pequenos 
ruminantes 
↬ “L” invertido em flanco ➜ flanco em bovinos 
Se o animal sentir dor durante o parto, pode 
rejeitar o feto, por isso a importância em 
realizar o procedimento anestésico. 
Trans-operatório 
Acesso 
Ruminantes ➜ paramamária e fossa 
paralombar. Para a paramamária, dependendo da 
fêmea principalmente se for de gado de corte, pode 
haver a deiscência de pontos 
↬Suínos ➜ paramamária, incisão na região 
mediana dos cornos. Para fechar o abdômen 
faz Donatti. 
↬Equino ➜ abdominal 
Musculatura: Oblíquo ➜ Reto ➜ Transverso 
Procedimento 
Pequenos ruminantes 
Uma vez que se acessa a cavidade abdominal, 
buscar a curvatura maior do útero, 
tracionando-o. Em seguida, incisar o útero 
gravídico na curvatura maior (evitar os 
placentomas - tem uma vascularização muito 
intensa). Retirar os fetos, colocar a pinça 
hemostática no cordão umbilical, proceder a 
síntese do útero (o auxiliar suspende o útero 
com auxílio de pinças uterinas), e realizar dois 
planos de sutura, de preferencia invaginantes, 
um no padrão Shimidem e um no padrão 
Cushing na lateral. Evitar ao máximo 
contaminação na cavidade abdominal, lembrar 
que o trabalho de parto não é estéril. Para a 
musculatura pode-se fazer ponto simples 
isolado ou em X ou em U, no subcutâneo o 
padrão cushing e na pele padrão simples 
contínuo. Para o útero utilizar fio absorvível 
como monocryl, catgut cromado ou vicryl. 
Grandes ruminantes 
Cirurgias a campo têm grandes riscos de terem 
como consequência peritonite, então a higiene 
deve ser extremamente rigorosa 
principalmente se for a campo. Se possível 
realizar a cirurgia dentro do estábulo. 
Suínas: A incidência de cesarianas em suínos é 
baixa. Uma vez acessada a cavidade abdominal, 
expor o útero e incisar um ou ambos os cornos. 
Evitar ao máximo contaminação abdominal. Se 
já houver morte embrionária, fazer uma 
inspeção criteriosa do útero buscando por 
hematomas e rupturas e corrigir. Retirar leitões 
e fazer a síntese. A síntese deve ser semelhante 
aos dois anteriores: dois planos e dois padrões 
invaginantes. Para a musculatura pode ser igual 
das anteriores. Para o subcutâneo é 
recomendado fazer um ponto em U captonado 
por causa da espessura. 
Éguas 
Deve ser feito sempre com acesso abdominal 
infraumbilical (linha alba), e é preciso que seja 
em centro cirúrgico. Evitar ao máximo 
movimentar o trato digestório e, se preciso, 
reposicioná-lo. A retenção de placenta é muito 
comum, então é preciso iniciar tratamento, 
bem como tratamento preventivo para 
laminite. A síntese é semelhante a dos 
pequenos ruminantes. 
Intercorrências de pós: peritonite 
Pós-operatório 
↬AINES por 3 dias (Flunixin) e ATB (Penicilina, 
faz uma dose e repete após 3 dias). 
Quadros de choque séptico ocorrem com 
facilidade devido a presença das artérias 
uterinas de maior calibre.

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