Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Daniela Junqueira Gomes Teixeira (doenças bolhosas) DEFINIÇÃO DE DOENÇAS BOLHOSAS Doenças autoimunes → produção de anticorpos do próprio corpo contra o tecido epidérmico. Intraepidérmicas: pênfigo foliáceo, pênfigo vulgar; Subepidérmicas: penfigóide bolhoso, dermatite herpetiforme. PÊNFIGO FOLIÁCEO (FOGO SELVAGEM) PÊNFIGO VULGAR Mais comum no Brasil (MT, GO, MG, SP) FISIOPATOLOGIA Autoanticorpos contra DESMOGLEINA 1 → destruição dos desmossomos → acantólise na camada granulosa QUADRO CLÍNICO Bolhas rotas → erosões + crostas em áreas seborreicas (face, região malar, couro cabeludo, região pré- esternal e interescapular) Forma eritrodérmica: toda área corporal é acometida Forma frusta: áreas fotoexpostas (rash malar) Sensação de queimação MUCOSAS SÃO POUPADAS Sinais: Nikolsky (pele quando tracionada tem descolamento) + Asboe-Hansen (tração leve sob pele e a bolsa progride) DIAGNÓSTICO Clínico + Tzanck (células acantóliticas) + Biópsia (citologia + histopatologia + imunofluorescência) TRATAMENTO Corticosteroides sistêmicos em doses baixas (não ultrapassando 1 mg/kg/dia de prednisona). PF localizado: corticoides tópicos pode ser suficiente. Mais comum no mundo FISIOPATOLOGIA Autoanticorpos contra DESMOGLEINA 3 → destruição dos desmossomos → acantólise na camada suprabasal QUADRO CLÍNICO Bolhas flácidas → rompem facilmente deixando erosão vermelho vivo + odor caracter´sitico Acometimento de mucosas Sinais: Nikolsky + Asboe-Hansen DIAGNÓSTICO Clínico + Tzanck + Biópsia (citologia + histopatologia + imunofluorescência) TRATAMENTO Corticosteroides sistêmicos em altas doses (como a prednisona na dose de 2 mg/kg/dia): ajustar dose de acordo com a gravidade do quadro, podendo variar de 40 mg/dia (forma localizada) até 200 mg/dia (forma grave). → manter até a resolução do quadro clínico (negativação do sinal de Nikolskiy: primeiro indício de inatividade da doença) depois, reduzir a dose paulatinamente reduzida e manter em dias alternados; Pode ser necessário associar imunossupressores (azatioprina ou ciclofosfamida) → poupar o uso do esteroide. PENFIGOIDE BOLHOSO DERMATITE HERPETIFORME Mais comum e mais benigno que os pênfigos FISIOPATOLOGIA Autoanticorpos contra a BP230 e BP180 → destruição da membrana basal → bolhas com eosinófilos (não tem acantólise) QUADRO CLÍNICO Bolhas tensas e grandes com predomínio em áreas flexoras (face interna da coxa, virilha, abdome inferior, axila) Mucosas (30%) DIAGNÓSTICO Biópsia (anatomopatológico) + imunofluorescência TRATAMENTO Corticosteroides sistêmicos em doses moderadas (0,5-1 mg/kg/dia) Associado à doença celíaca QUADRO CLÍNICO Bolhas tensas + vesículas agrupadas → superfícies extensoras Extremamente puriginosa DIAGNÓSTICO Histopatologia (microabscessos na papila dérmica) + imunofluorescência (depósito de IgA na junção dermo-epidérmica) Dosagem de ACséricos: anti gliadina, anti endomísio, anti transglutaminase TRATAMENTO Dieta pobre em glúten + sulfonas
Compartilhar