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Vict�ria K. L. Card�so Bul�ses Introdução Camadas da pele: 1. Camada córnea - impermeável; são células mortas. 2. Camada lipídica. 3. Camada espinhosa ou granular. ● Presença de desmossomos. ● Produção de grânulos. 4. Camada basal (pluripotente). ● Extrato germinativo. ● Presença de hemidesmossomos. 5. Derme. ● Produção de fibroblastos. Desmossomos: ● Junção que apresenta a função de ancoragem, permitindo que uma célula fique aderida a outra. ● Estão presentes, principalmente, nas células da camada espinhosa (granular) e é a “falha” desses desmossomos que permite o afastamento das células, causando a formação de bolhas. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so Bolhas, vesículas, pústulas e úlceras: ● Bolhas: elevações do epitélio com líquido no interior. ○ Possui membrana de revestimento fina ou espessa, conforme a lesão seja sub ou intra epitelial. ● Vesículas: elevações do epitélio < 1 cm de diâmetro, com conteúdo líquido e transparente. ○ Geralmente encontram-se agrupadas. ● Pústula: lesão com relevo e conteúdo purulento. ● Úlcera: “rompimento” da pele - pode ser por vesícula, bolha, pústula… Consequências das buloses: ● Perda das funções completas de uma pele íntegra. Mecanismos para formação de bolhas: ● Acantólise: separação das células da camada espinhosa da epiderme. ○ Ex: pênfigo. ● Espongiose: edema intercelular na camada espinhosa que pode levar à formação de vesícula ou bolha. ○ Ex: miliária cristalina. ● Citólise, balonização e necrose: destruição da célula (citólise) que causa uma balonização (inchaço) e consequente necrose da célula. ○ Ex: herpes. Buloses: são doenças que possuem manifestações cutâneas com vesículas e ou bolhas, geralmente de forma primária. ● Principais tipos de buloses: autoimunes e genéticos. ● Tipos de bolhas nas buloses: ○ Intraepidérmicas (como no caso dos pênfigos) → são bolhas formadas mais “superficialmente”, da camada basal para cima (epiderme). ■ Pênfigo foliáceo (IgG). ■ Pênfigo foliáceo endêmico (IgG). ■ Pênfigo vulgar (IgG). ■ Pênfigo induzido por drogas (IgG). ■ Pênfigo herpetiforme (IgG). @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ■ Pênfigo paraneoplásico (IgG). ■ Pênfigo por IgA. ○ Subepidérmicas (como no caso de algumas dermatites e penfigóides) → são bolhas com formação mais profunda. ■ Penfigóide bolhoso. ■ Penfigóide de membranas mucosas. ■ Dermatose bolhosa por IgA. ■ Epidermólise bolhosa adquirida. ■ Dermatite herpetiforme. Pênfigos - Intraepidérmicos Características gerais: ● São bolhas intraepidérmicas que decorrem de um processo acantolítico, induzido por autoimunidade contra desmogleínas, desmocolinas ou desmoplaquinas. ● Tipos de desmogleínas: ○ Desmogleínas 1� PELE + mucosa em menor quantidade. ○ Desmogleínas 3� MUCOSA + parte basal da pele. ● Tempo e prognóstico: ○ Tempo: costumam ter caráter crônico e ilimitado. ○ Prognóstico: o prognóstico geralmente varia de acordo com cada caso. Tipos de pênfigos: ● Vulgar (é o tipo mais comum). ● Foliáceo. ● Paraneoplásico (ocorre simultaneamente com uma neoplasia) ● Induzido por drogas. Pênfigo vulgar: ● Conceito: bolhas flácidas, não pruriginosas e de tamanhos variados, que surgem em pele normal ou eritematosa. ○ Processo patogênico: processo acantolítico, com destruição dos desmossomos e separação dos queratinócitos. ■ Possui distribuição crânio caudal. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ● Anticorpo e antígeno: ○ Anticorpo: IgG. ○ Antígeno: desmogleína 1 e 3. ● População mais acometida: ○ Ocorre mais em pessoas entre 50-60 anos. ○ Não tem predileção de gênero ou de raça. ● Quadro clínico: ○ Lesão típica: bolhas flácidas, de aspecto claro e que ulcera e deixa um aspecto de “bife sangrante”. ■ Essas lesões possuem um odor característico de “ninho de rato”. ○ Acomete pele e mucosas (desmogleína 1 e 3), mas predomina nas mucosas. ○ Ocorrem lesões bucais semanas ou meses antes das bolhas cutâneas. ■ As lesões orais iniciam como úlceras orais e evoluem para lesões extensas e dolorosas. ○ Pode haver prurido e dor. ○ Acometimento de áreas extensas. ○ Apresenta sinal de Nikolsky positivo: descolamento da pele quando faz-se uma dígito pressão na pele. ○ Apresenta sinal de Asboe-Hansen positivo: extravasamento do líquido que estava dentro da bolha ao pressioná-la gentilmente. ○ Locais mais comuns de aparecimento: mucosa oral, lábios, língua, orofaringe, fac @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ● Diagnóstico: clínica + histopatológico + imunofluorescência. ○ Histopatológico: apresenta descolamento intraepidérmico na área epitelial, acima da camada basal, criando o “sinal das lápides”. ○ Imunofluorescência: apresenta acúmulo de IgG na imunofluorescência indireta, sendo que os desmossomos são atacados como se fossem antígenos (doença autoimune). ■ Imunofluorescência direta: avaliação pela pele. ■ Imunofluorescência indireta: avaliação pelo sangue. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ● Complicações: ○ Infecções secundárias → sepse → choque séptico (principais complicações). ○ Desnutrição → comprometimento do estado geral → caquexia. ○ Na gestação: ■ Pode precipitar ou agravar o pênfigo vulgar. ■ Com o feto: retardo no crescimento, prematuridade, morte uterina e pênfigo neonatal. Obs: osteoporose, DM e HAS aumentam o risco de mortalidade. ● Tratamento: ○ Corticosteróides sistêmicos (orais): prednisona em doses imunossupressoras. ■ Dose: 2 mg/kg/dia por 6 semanas, até estabilização do caso. ■ Deve-se associar com um protetor gástrico (ex: omeprazol) e com um poupador de corticóide (ex: azatioprina). ○ Verificar se o paciente tem Strongyloides stercoralis, porque os corticosteróides causarão uma imunossupressão e esse parasita pode proliferar de forma extrema e complicar o estado geral do paciente. ○ Casos mais graves: associação com plasmaférese ou com imunoglobulina intravenosa. Pênfigo foliáceo clássico (doença de Cazenave): ● Conceito: bolhas subcórnicas (bem superficiais, estão na camada granulosa.), que ocorrem por processos acantolíticos autoimunes. ○ Processo patogênico: é associado ao HLA. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ○ Curso e prognóstico: pode ser localizado por anos, até evoluir para a forma generalizada, eritrodermia esfoliativa. ● Anticorpo e antígeno: ○ Anticorpo: IgG. ○ Antígeno: desmogleína 1. ● População mais acometida: pessoas entre 40-50 anos. ● Quadro clínico: ○ Lesões mais comuns: lesões eritematosas dispersas, com crosta e bem demarcadas. ○ Locais mais comuns: face, tronco superior e áreas seborreicas. ○ Pode haver ardor, queimação e dor. ● Diagnóstico: clínica + histopatológico + imunofluorescência. ○ Histopatológico: apresenta uma zona de clivagem na superfície da epiderme. ○ Imunofluorescência: (direta e indireta) mostram autoanticorpos IgG contra a superfície celular dos queratinócitos (desmogleínas 1) - como no pênfigo vulgar. ● Complicações: infecções secundárias → sepse → choque séptico (principais complicações). ● Tratamento: ○ Corticosteróides sistêmicos (orais): prednisona em dose de 1 mg/kg/dia. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ○ Em caso da doença de forma mais localizada, faz-se uso de corticóide tópico. Pênfigo foliáceo endêmico: ● Conceito: bolhas subcórnicas, que ocorrem por processos acantolíticos autoimunes. ○ Processo patogênico: ■ Pode ser induzido por alguns fármacos (penicilina, d-penicilina, rifampicina, propranolol e captopril). ○ Acredita-se que o mosquito Simulium nigrimanum pode causar esse tipo de pênfigo. ● Anticorpo e antígeno: ○ Anticorpo: IgG. ○ Antígeno: desmogleína 1. ● População mais acometida: crianças, adolescentes e adultos jovens. ○ Há predileção para populações ribeirinhas. ● Quadro clínico: ○ Apresenta lesões em salpicos de lama, manchas e erosões crostosas. ■ Suas lesões são mais superficiais que a do pênfigo vulgar e raramente acomete as mucosas. ○ A lesão primária é uma vesícula ou uma bolha flácida, mas, como são de localização mais superficial, as bolhas tendem a romper, então geralmentenão se vê bolhas ou vesículas íntegras. ○ Lesões mais comuns: lesões eritematosas dispersas, com crosta e bem demarcadas. ○ Locais mais comuns: face, região malar das bochechas, couro cabeludo, tronco superior e áreas seborreicas. ○ Pode haver ardor, queimação e dor, mas geralmente os pacientes não estão em estado grave. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ● Diagnóstico: clínica + histopatológico + imunofluorescência. ○ A imunofluorescência direta e indireta mostram autoanticorpos IgG contra a superfície celular dos queratinócitos (desmogleínas 1). ● Complicações: infecções secundárias → sepse → choque séptico (principais complicações). ● Tratamento: ○ Corticosteróides sistêmicos (orais): prednisona na doses de 1 mg/kg/dia. Pênfigo paraneoplásico: ● Conceito: é uma doença bolhosa autoimune rara e grave, com lesões cutâneo-mucosas, que surge na presença de neoplasias benignas e malignas. ○ Processo patogênico: está associado a linfomas não hodgkin, leucemia linfóide crônica, CA de mama, CA de pulmão, CA de pâncreas, doença de castleman e sarcoma pouco diferenciado. ■ É uma mucosite erosiva e dolorosa. ● Anticorpo e antígeno: ○ Anticorpo: IgG. ○ Antígeno: desmogleína 1 e 3; plectina; desmoplaquina 1 e 2. ● População mais acometida: ○ Varia, pois é uma doença rara e relacionado com câncer. ● Quadro clínico: ○ Tem uma manifestação intensa e grave, que pode levar a óbito. ■ Principais causas de óbito: intenso acometimento da traqueia, dos brônquios e dos pulmões. ○ O primeiro sinal da doença são úlceras orais em 45% dos casos. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ○ A mais constante característica clínica é a presença de uma estomatite intratável. ○ Lesões mais comuns: lesões ulcerosas orais. ● Diagnóstico: clínica + histopatológico + imunofluorescência. ○ Clínica: mucosite crônica e lesões cutâneas polimorfas, com neoplasia oculta ou confirmada. ○ Histopatológico: evidencia infiltrado linfocitário em banda, acantose epidérmica, necrose de queratinócitos e dermatite vacuolar de interface. ○ Imunofluorescência: direta - depósitos de IgG e de C3 intercelular e de IgG na zona da membrana basal; indireta - depósitos de IgG intercelular (substratos: esôfago de macaco e epitélios simples, colunar e transicional) e autorreatividade para desmogleínas 1 e 3, desmocolinas 1, 2 e 3, desmoplaquinas I e II. ● Complicações: infecções secundárias → sepse → choque séptico. ● Tratamento: ○ Uso de corticosteróides sistêmicos e tratamento do câncer. ○ Em casos mais graves, faz-se uso de plasmaférese e de imunoglobulina endovenosa. Pênfigo eritematoso: ● Conceito: é uma forma benigna e localizada do pênfigo foliáceo, também chamado de síndrome Senear-Usher. ○ Processo patogênico: pode ocorrer na fase inicial ou regressiva do pênfigo foliáceo. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ● Anticorpo e antígeno: ○ Anticorpo: IgG. ○ Antígeno: desmogleínas 1. ● População mais acometida: ○ Tem baixa incidência e a maioria dos casos foram relatados em adultos entre os 30-50 anos. ● Quadro clínico: ○ Apresenta-se como placas eritematosas ou eritematocostrosas bem definidos. ○ Possui aspecto e distribuição seborreica (face, pescoço e tronco), agravadas pela exposição ao sol. ○ Lesões mais comuns: ○ Locais mais comuns: face, pescoço e tronco. ■ Tem a lesão no dorso do nariz e na região malar, com asas de borboleta, como no lúpus eritematoso. ● Diagnóstico: clínica + histopatológico + imunofluorescência. ● Complicações: infecções secundárias → sepse → choque séptico (principais complicações). ● Tratamento: ○ Uso de corticosteróides sistêmicos. Penfigóides - subepidérmicos Conceito: ● É um grupo de doenças autoimunes raras caracterizadas por bolhas subepidérmicas. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ● É semelhante, no aspecto geral, ao pênfigo, mas, diferente do pênfigo, o penfigóide não causa perda de conexão entre as células da pele e sim com a camada basal. ● É obrigatório realizar a imunofluorescência para o diagnóstico. Tipos: ● Penfigóide bolhoso. ● Penfigóide cicatricial. ● Penfigóide gestacional. Penfigóide bolhoso: ● Conceito: ○ É uma doença cutânea autoimune crônica com bolhas subepidérmicas generalizadas. ■ Diferente dos pênfigos, NÃO há acantólise. ○ Tem raro envolvimento de mucosa. ○ Há a presença de eosinófilos. ○ Processo patogênico: autoanticorpos agem contra antígenos penfigóides, causando o descolamento e a formação de bolhas com acúmulo de eosinófilos, mas não se tem uma causa específica, apesar de poder ocorrer em certos contextos: ■ Uso de certos medicamentos:como furosemida, espironolactona, omeprazol, antipsicóticos e penicilina. ■ Traumas físicos: traumas mecânicos e radioterapia. ■ Doenças de pele preexistentes: psoríase e líquen plano. ■ Outras doenças preexistentes: DM, artrite reumatóide, colite ulcerativa e esclerose múltipla. ● Anticorpo e antígeno: ○ Anticorpo: IgG. ○ Antígeno: hemidesmossomos e penfigóides 1 e 2 (AP1 e AP2). ● População mais acometida: idosos > 60 anos. ○ D-penicilamina, captopril e furosemida podem causar @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so penfigóide bolhoso em pessoas mais novas. Obs: pode ocorrer em crianças, mas não é comum. ● Quadro clínico: ○ O primeiro sintoma costuma ser o prurido e pode não ocorrer lesão de pele durante vários anos. ○ O aparecimento das bolhas podem ocorrer em pele normal ou podem ser precedidas por placas eritematosas ou por áreas com pápulas urticariformes. ○ As bolhas são tensas, grandes, duradouras e ocorrem na pele do tronco, em áreas de flexão e intertriginosas (onde duas áreas da pele podem se tocar ou se esfregarem). ■ As bolhas podem ter conteúdo citrino ou hemorrágico. ○ Geralmente as bolhas não se rompem, mas quando acontece elas cicatrizam rapidamente. ○ Locais mais comuns: ■ Áreas flexoras - face interna da coxa, virilha,abdome inferior e axila. ■ 24% dos pacientes apresentam bolhas orais. ○ Sinal de Nikolsky negativo. ● Diagnóstico: clínica + histopatológico + imunofluorescência. ○ O diagnóstico é por biópsia cutânea e testes de imunofluorescência da pele e soro. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ○ Histopatológico: presença de bolhas subepidérmicas com degeneração da camada basal e deslocamento da camada epiderme. ○ Imunofluorescência direta e indireta: evidencia depósitos de IgG com padrão linear na camada basal. ● Complicações: infecções secundárias → sepse → choque séptico (principais complicações). ● Tratamento: ○ Corticóides tópicos e sistêmicos, em doses moderadas de 0,5-1,0 mg/kg/dia, por 1 a 2 semanas. ○ A maioria dos pacientes requer terapia de manutenção de longo período, podendo haver a necessidade de imunossupressores. Penfigóide cicatricial: ● Conceito: ○ Doença bolhosa subepidérmica inflamatória crônica e autoimune que afeta principalmente áreas mucosas. ○ Patogênese: união de autoanticorpos contra hemidesmossomos da camada basal. ● Anticorpo e antígeno: ○ Anticorpo: IgG. ○ Antígeno: hemidesmossomos. ● População mais acometida: idosos e mulheres. ● Quadro clínico: ○ Lesões bolhosas frágeis dolorosas, seguidas de um processo cicatricial. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ○ Locais mais comuns: mucosa oral e mucosa conjuntival. ● Diagnóstico: clínica + histopatológico + imunofluorescência. ● Tratamento: ○ Corticosteróides sistêmicos em altas doses, podendo associar com citotóxicos, como a ciclofosfamida. ■ Principalmente para evitar cegueira e estenose. Penfigóide gestacional (herpes gestacional): ● É uma erupção polimórfica vesiculobolhosa que ocorre durante a gestação ou pós-parto, podendo ser de efeito autoimune contra antígenos da camada basal da epiderme. ● Geralmente inicia durante o 2º ou 3º trimestre, mas pode começar no 1º trimestre, ou logo após o parto. ● Costuma ocorrer em gestações subsequentes e em mulheres que fazem uso de contraceptivos orais em aproximadamente 25% das mulheres. ● Podem ocorrer recidivas em 24 a 48 horas pós-parto. ● A maioria dos fetos não são afetados. ● Quadroclínico: ○ Lesões muito pruriginosas que geralmente começam em torno do umbigo e, em seguida, generalizam. ○ Pode haver vesículas, bolhas e placas eritematosas. ○ O exantema piora durante o trabalho de parto ou imediatamente após o parto, regredindo em poucas semanas ou meses. ● Locais mais afetados: palmas das mãos, plantas dos pés, tronco, região glútea. ○ Geralmente não se afeta a face e as mucosas. ● Tratamento: corticosteróides sistêmicos. Buloses genéticas Conceito: ● São doenças genéticas e hereditárias raras, provocadas por alterações proteicas que alteram a configuração da estrutura da pele. ● A manifestação pode ocorrer desde o nascimento. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so Tipos: ● Epidermólise bolhosa simples. ● Epidermólise bolhosa juncional. ● Epidermólise bolhosa distrófica. ● Pênfigo familiar benigno (doença de Hailey-Hailey). Epidermólise bolhosa adquirida inflamatória ● Conceito: ○ Doença aguda de lesões eritêmato-urticadas e vesicobolhosas subepiteliais. ○ O exame anatomopatológico evidencia bolha subepidérmica com infiltrado inflamatório neutrofílico. ● Anticorpo e antígeno: ○ Anticorpo: IgG. ■ Ocasionalmente IgA e IgM também. ○ Antígeno: mutações no colágeno tipo VII. ● População mais acometida: pode ocorrer em todas as faixas etárias. ● Quadro clínico: ○ As manifestações iniciais são variáveis, às vezes semelhantes ao penfigóide bolhoso. ○ Há prurido acentuado. ○ Após o tratamento, geralmente ficam cicatrizes, mílios (cistos superficiais epidérmicos) e hiperpigmentação. ○ Locais mais comuns: as lesões bolhosas geralmente ocorrem em áreas mais sujeitas a pequenos traumas, como as regiões extensoras dos cotovelos e as regiões dorsais das mãos e dos pés. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ● Diagnóstico: clínica + histopatológico + imunofluorescência. ○ Histopatológico: apresentam bolhas subepidérmicas com neutrófilos. ○ Imunofluorescência direta: mostra depósitos lineares de IgG e C3 e ocasionalmente de IgA e IgM na zona da membrana basal. ● Complicações: infecções secundárias → sepse → choque séptico (principais complicações). ● Tratamento: corticosteróides sistêmicos e dapsona (diaminodifenilsulfona), da classe das sulfonas. Dermatite herpetiforme ● Conceito: ○ Está relacionado com a doença celíaca e é associada à presença de depósitos de IgA granular na derme papilar. ○ Também é chamada de dermatite de duhring-brocq. ○ Evidenciam-se microabscessos na papila dérmica, com a presença de neutrófilos. ● População mais acometida: pessoas entre 20-50 anos, principalmente homens. ○ A maioria são descendentes da região norte européia, sendo raro em asiáticos ou em africanos. ● Quadro clínico: ○ Possui início insidioso. ○ Há prurido e ou queimação e ardor intensos, as lesões são eritematosas e com aspecto urticariforme e com bolhas de tamanhos variados. ■ Crescimento centrífugo. ○ Locais mais comuns: regiões extensoras como cotovelos, joelhos, sacro e base do couro cabeludo. ■ As lesões na face e na boca são raras. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ● Diagnóstico: clínica + histopatológico + imunofluorescência. ○ Imunofluorescência: presença de padrão granular de IgA na papila. ● Complicações: infecções secundárias → sepse → choque séptico (principais complicações). ● Tratamento: ○ Dapsona (diaminodifenilsulfona), da classe das sulfonas. ○ Retirada do glúten. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so Observação Pop. mais acometida Camada da pele Anticorpo Antígeno Pênfigo vulgar 50-60 anos bolhas intraepidérmicas área epitelial, acima da camada basal IgG desmogleínas 1 e 3 Pênfigo foliáceo clas. 40-50 anos bolhas intraepidérmicas área subcórnica, na camada granulosa IgG desmogleínas 1 Pênfigo foliáceo end. crianças a adultos jovens população ribeirinha bolhas intraepidérmicas área subcórnica, na camada granulosa IgG desmogleínas 1 Pênfigo paraneoplá. depende do câncer bolhas intraepidérmicas IgG desmogleínas 1 e 3 desmoplaquinas 1 e 2 pectinas Pênfigo eritematoso 30-50 anos bolhas intraepidérmicas IgG desmogleínas 1 Penfigóide bolhoso > 60 anos bolhas subepidérmicas abaixo da camada basal IgG hemidesmossomos penfigóides 1 e 2 (AP1 e AP2) Penfigóide cicatricial mulheres e idosos bolhas subepidérmicas na camada basal IgG hemidesmossomos Penfigóide gestac. mulheres grávidas bolhas subepidérmicas na camada basal IgG antígenos epidérmicos Epidermólise bolhosa não tem idade + acometida bolhas subepidérmicas IgG relacionado com o colágeno tipo VII Dermatite herpetif. 20-50 anos bolhas subepidérmicas IgA transglutaminase epidérmica @p�sitivamed
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