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SP 2.1 – E a vida continua 
TUTORIA
PATOLOGIA
▶ Existem alguns fatores que influenciam a formação 
patogênica do Ca. de mama. Dentre eles estão: 
Alterações genéticas, influências hormonais e fatores 
ambientais.
▶ Alterações genéticas
↪ Inativação dos genes supressores de tumores 
⇢ BRCA I e BRCA II: sua função é a reparação do 
DNA; quando mutado as chances carcinogênicas são 
maiores. 
⇢ TP53: proteína de função pró-apoptótica; uma 
mutação em sua expressão provoca maior proliferação 
celular, já que a célula não sofre apoptose. 
⇢ PTEN: sua função é para a divisão celular quando 
existe alguma alteração; uma mutação em sua 
expressão provoca proliferação de celular mutadas. 
↪ Superexpressão do gene HER-2 (ErbB2): essa 
alteração aumenta a divisão celular.
▶ Alterações hormonais 
↪ O Estrógeno e Progesterona estimulam a proliferação 
celular.
▶ Fatores ambientais 
TIPOS
▶ Existes 2 TIpos de Ca. de mama: o Carcinoma in situ e o 
invasivo. Essa divisão se baseia em aspectos morfológicos. 
↪ Carcinoma in situ
⇢ Tipo mais comum de câncer não invasivo
⇢ Mas tem potencial para tornar-se invasivo
⇢ Ductal e lobular 
↪ Carcinoma invasivo 
⇢ Invade tecidos adjacentes
⇢ Tem um potencial metastático grande 
⇢ Ductal, lobular e outros 
▶ Alterações moleculares, o Ca. de mama pode ser dividido 
4 principais tipos: 
↪ Luminal A 
⇢ HER-2 (-)
⇢ RE(+)e/ouRP(+) 
↪ HER-2 negaDvo 
⇢ HER-2 (+) 
⇢ RE(-)
⇢ RP(-)
↪ Luminal B 
⇢ HER-2 (+) ou (-)
⇢ RE(+)e/ouRP(+) 
↪ Triplo negaDvo 
⇢ HER-2 (-)
⇢ RE(-) 
⇢ RP(-) 
SINAIS E SINTOMAS 
Nódulos palpáveis, retrações de pele e do mamilo que 
deixam a mama com aspecto de casca de laranja; saída de 
secreção aquosa ou sanguinolenta pelo mamilo, chegando 
até a sujar o sutiã; vermelhidão da pele da mama; 
pequenos nódulos palpáveis nas axilas e/ou pescoço
DIAGNOSTICO 
O diagnóstico pode ser feito por meio da anamnese 
clínica e conjunto com alguns exames solicitados: 
▶ Triagem por mamografia
▶ Ultrassonografia (US)
▶ Biópsia (exame padrão ouro para o diagnóstico) 
▶ Ressonância: consegue identificas metástases 
ESTADIAMENTO
O estadiamento é feito por meio das características 
histológicas das células, e para isso, muitas vezes, 
as Classificação BI-RADS auxilia o direcionamento 
por meio dos exames de imagem. 
OBS: BI-RADS sozinho nāo faz estadiamento apenas 
auxilia na tomada de decisão para as próximas 
condutas. 
↪ O estadiamento é feito por meio da técnica TMN e) 
Biologia tumoral (alterações moleculares). 
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL 
▶ O diagnóstico diferencial é quando você intende a 
patologia da paciente e se existe alguma possibilidade de 
que ela desenvolva aquela doença”. 
▶ Cistos mamários: tipicamente macios, moveis e 
geralmente muda de tamanho durante o ciclo menstrual
↪ Fibroadenoma: bem definidos, moveis e firme ao 
toque.
↪ Mastite: características inflamatórias 
↪ Lipomas: geralmente são macios ao toque, moveis, e 
normalmente não adere aos tecidos secundários 
PROGNOSTICO 
▶ O paciente pode ter um pior prognostico 
de acordo com as principais 
características:
↪ Carcinoma invasivo
↪ Metástases a distância presentes
↪ Metástase nos linfonodos sentinelas
↪ Tamanho do tumor
↪ Carcinoma inflamatório
↪ Idade (graças a alterações hormonais) 
POLITICAS PUBLICAS
▶ Programa viva a mulher 
▶ Outubro rosa
▶ DCNT 
FATORES DE RISCO
▶ Fator de proteçāo - amamentação pois estará menos 
exposta ao estrogênio 
▶ Fatores de risco elevado (risco relativo quatro vezes 
maior)
↪ Idade superior a 50 anos
↪ País de origem (Estados Unidos, norte da Europa e 
Escandinávia)
↪ História familiar: antecedentes familiares de câncer 
em parentes de primeiro grau e história de câncer na 
pré-menopausa BRCA 1 e 2 
↪ Síndromes genéticas: Li-Fraumeni, ataxia-
telangiectasia e outras
↪ Hiperplasia atípica (especialmente quando associada 
à história familial)
▶ Fatores de risco moderado (risco relativo de duas a 
quatro vezes maior)
↪ Qualquer antecedente familial de câncer da mama
↪ Estimulação estrogênica prolongada: nuliparidade, 
menarca precoce, menopausa tardia, primeira gestação 
tardia (após 35 anos)
↪ História pessoal de câncer do ovário ou do 
endométrio
↪ Exposição à radiação ionizante
↪ Hiperplasia ductal usual (sem atipias)
▶ Fatores de risco baixo (risco relativo de uma a duas 
vezes maior)
↪ Reposição hormonal na menopausa
↪ Ingestão de álcool
↪ Obesidade após a menopausa
↪ Estatura elevada na adolescência
↪ História de doença benigna da mama
TRATAMENTO
▶ Pode ser locar ou sistêmico. 
O local pode ser feito por meio da cirurgia e 
radioterapia. E o sistêmico é feito por meio da 
quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica. 
O tratamento se baseia de acordo com as alterações 
morfológicas e moleculares, mas principalmente as 
moleculares. 
▶ Algumas complicações:
↪ Questões psicológicas 
↪ Linfedema 
↪ Ter que retirar uma parte maior da mama do que 
planejado 
↪ Tumor infiltrado em musculo e vísceras 
↪ Demora para a colocação do implante 
↪ Menos sensibilidade nas mamas 
↪ Dor do membro fantasma algumas mulheres fazem o 
uso hormonal mesmo após a cirurgia
LAB MORFO
ANATOMIA 
EXAME DE IMAGEM
▶ Aumenta o colágeno na parte da massa pois o corpo 
tenta encapsular como forma de proteção - aumento de 
área fibrosa no tumor. Se tiver metástase nos linfonodos 
estão atrofiados. 
▶ Fibrose = aumento de colágeno em um local podendo 
ser causada por um trauma
Cada glândula mamária 
consiste em 15 a 25 
lóbulos de glândulas 
tubuloalveolares 
compostas, cuja função 
é secretar leite para 
nutrir os recém-
nascidos. Cada lóbulo, 
separado dos vizinhos 
por tecido conjuntivo 
denso
Glândula mamária normal
D
Adenocarcinoma da mama. O carcinoma da mama é o tumor maligno mais freqüente no sexo feminino (30% de todos os 
cânceres) e afeta uma em cada nove mulheres ao longo da vida. A grande maioria corresponde ao tipo carcinoma ductal 
invasivo, que é usado aqui como exemplo. O tumor é pouco diferenciado. As células formam cordões sólidos que infiltram 
difusamente o tecido mamário. É característico que haja extensa reação desmoplásica do tecido infiltrado, ou seja, 
proliferação fibroblástica e produção de colágeno, o que dá ao tumor consistência dura na macroscopia. Na periferia, o tumor 
é mal delimitado e sem cápsula, infiltrando o tecido adiposo e o tecido mamário pré-existente. 
CARCINOMA DUCTAL INVASIVO DA 
MAMA : PARTE CENTRAL DO TUMOR
Produção excessiva de 
tecido conjuntivo
 INFILTRAÇÃO NA PERIFERIA
*
#
Adenose: na adenose ocorre 
o aumento do volume dos 
lóbulos mamários por 
aumento númerico dos 
ácinos. Isto pode 
acompanhar-se ou não por 
fibrose intralobular. 
 A displasia mamária ou doença fibrocística é a 
doença mais comum da mama. Inicia-se entre os 
20 e 40 anos, com máxima sintomatologia antes 
da menopausa. As causas incluem excesso de 
estrógenos ou uma maior resposta do tecido ' 
mamário aos estrógenos circulantes. A doença 
fibrocística tem comportamento benigno. Contudo, 
quanto mais acentuados os fenômenos 
proliferativos do epitélio, maior o risco de 
transformação carcinomatosa. 
 Histologicamente, a doença fibrocística 
caracteriza-se por hiperplasia tanto do estroma 
quanto do epitélio mamários, em proporções 
variáveis. Pode haver fibrose tanto do estroma 
interlobular como do intralobular. Ainda outro 
importante componente da doença fibrocística são 
cistos pequenos ou volumosos, derivados de 
ácinos, e cujo epitélio de revestimento apresenta a 
chamada metaplasia apócrina. Detalhes a seguir.,
HIPERPLASIA DASCÉLULAS 
MIOEPITELIAIS. Na adenose 
há preservação da dupla 
população celular dos ácinos e 
ductos, como já descrito na 
mama normal. As células 
mioepiteliais, que se situam na 
parte periférica do ácino, podem 
hiperplasiar-se e tornar-se mais 
proeminentes que no lóbulo 
mamário normal
 
Diz-se que estas células apresentam metaplasia apócrina, por se assemelharem 
às de glandulas sudoríparas da axila. Metaplasia apócrina é uma alteração 
benigna, às vezes encontradatambém na mama normal. A formação de 
projeções papilíferas, como observado aqui, não altera o bom prognóstico
Fibrose
Na figura a seguir, você encontra um mapa da anatomia da 
ultrassonografia da mama, sendo a pele (setas pequenas), 
gordura subcutânea (F), parênquima (P), gordura 
retromamária (R), músculo peitoral maior (M) e a parede 
torácica (setas grandes)
▶ Com o apoio das imagens apresentadas anteriormente, 
analise a figura abaixo e determine:
↪ Quadrante varrido
↪ Pele (setas pequenas)
↪ Gordura subcutânea (F)
↪ Parênquima (P)
↪ Gordura retromamária (R)
↪ Músculo peitoral maior (M)
↪ Parede torácica (setas grandes).
HISTOLOGIA 
Em anexo 
LAB MED
DNA
▶ As unidades do DNA sāo formadas por um nucleotídeo 
que é composto por um açúcar (pentose), uma base 
nitrogenada (purina ou uma primitiva) e um grupo fosfato. 
▶ As bases nitrogenadas no DNA:
↪ Adenina
↪ Timina
↪ Citosina 
↪ Guanina
Podem se ligar por pontes de hidrogênio. 
A mutaçāo do cancer normalmente ocorre na etapa de 
compactaçāo do DNA em cromossomos 
BRCA1 e BRCA2
BRCA1 
▶ Normalmente atual restringindo o crescimento celular 
nos seios e quando mudada funciona como uma 
predisposição para o câncer de pulmão. 
▶ Ocorre no cromossomo 17q21 
▶ Mutaçāo aumenta a chance de cancer de ovario 
▶ Pior prognostico quando mutado
BRCA 2
▶ Gene supressor de tumor, aumenta chance de 
desenvolver cancer de mama e de ovario 
▶ Ocorre no cromossomo 13q12.4
▶ Mutação aumenta o risco de câncer no pâncreas e 
melanoma. 
▶ Progenostico menos pior 
PERFIS IMUNOFENOTÍPICOS
▶ Sāo usados para classificar molecularmente através da 
imunohistoquimica dos tumores de mama
▶ Expressāo de proteinas na superfice da celula 
▶ A imuno-histoquímica é a técnica mais utilizada, e tem 
como princípio a detecção da expressão de receptores 
celulares nas células tumorais, que são os receptores 
hormonais de estrogênio (ER), receptor hormonal de 
progesterona (PR), sobre expressão do Receptor 2 do fator 
de crescimento epidérmico humano HER2 e a proteína 
indicativa de proliferação celular Ki-67. 
▶ Essas técnicas, em conjunto, têm identificado cinco 
padrões moleculares nos cânceres mamários: luminal A, 
luminal B, normal, basal-símile (triplo negativo) e HER2 
positivo 
CASO DE APLICAÇĀO 1 
Uma mulher de 32 anos com histórico familiar de câncer 
de mama procura aconselhamento genético por conta de 
preocupação com o risco hereditário da doença. A avó e a 
tia materna foram diagnosticadas com câncer de mama 
em idades precoces. Fez mamografia, que não mostrou 
alterações, mesmo assim optou por realizar testes 
genéticos.
1. Como é feito o exame genético, já que a paciente não 
tem uma lesão suspeita?
2. Quais são os principais genes associados ao risco 
hereditário de câncer de mama que estão sendo 
testados nesse paciente? 
3. Caso esses genes fossem encontrados nos exames, 
qual seria a conduta clínica preventiva e 
aconselhamento para essa paciente? 
Subtipos moleculares do câncer de mama: os tumores 
Luminais, caracterizados pela presença dos receptores 
hormonais ER e PR, estão associados a um bom 
prognóstico, menor grau histológico e respondem bem ao 
uso de terapia endócrina. Os tumores HER2+ apresentam 
características intermediárias tanto em relação ao 
estadiamento quanto em relação ao prognósticos, e ainda 
viabilizam a utilização de terapia específica, enquanto os 
tumores TN apresentam o pior prognósticos e 
estadiamento, além de não responderem às terapias 
específicas 
CASO DE APLICAÇĀO 2 
A. Paciente de 47 anos retirou um nódulo palpável na mama 
esquerda. A biópsia do nódulo foi realizada. O exame 
histopatológico diagnosticou o câncer de mama. A análise 
imuno- histoquímica revelou os seguintes resultados:
• Receptores de estrógeno (ER): positivo (ER+); Luminal
• Receptores de progesterona (PR): negativo (PR-); B
• Receptor 2 do fator de crescimento epidérmico humano 
(HER2): positivo (HER2+).
Responda:
I. Qual é o subtipo molecular do câncer de mama dessa 
paciente com base nos resultados da imuno-histoquímica?
II. Como esse subtipo molecular pode influenciar o tratamento 
desse paciente? 
III. Qual é o prognóstico esperado para esse subtipo molecular 
de câncer de mama? 
CASO DE APLICAÇĀO 3 
Paciente de 52 anos de idade apresenta uma lesão na mama 
direita detectada em uma mamografia. A biópsia foi realizada, 
e a análise imuno-histoquímica revelou os seguintes 
resultados:
 • Receptores de estrogênio (ER): positivo (ER+);
 • Receptores de progesterona (PR): positivo (PR+);
 • Receptor 2 do fator de crescimento epidérmico humano 
(HER2): negativo (HER2-). 
Responda:
 I. Qual é o subtipo molecular do câncer de mama dessa 
paciente com base nos resultados ?
II. Quais são as principais características clínicas desse 
subtipo molecular?
III. Quais seriam as opções de tratamento recomendadas para 
a paciente? 
CASO DE APLICAÇĀO 4 
Uma mulher de 38 anos com histórico familiar de câncer de 
mama foi diagnosticada com câncer de mama em estágio 
inicial. Ela realizou testes genéticos que revelaram uma 
mutação no gene BRCA2. A análise imuno-histoquímica do 
tumor mostrou o seguinte resultado:
• Receptores de estrógeno (ER): negativo (ER-)
• Receptores de progesterona (PR): negativo (PR-)
• Receptor 2 do fator de crescimento epidérmico humano 
(HER2): negativo (HER2-).
Responda:
I. Qual é o subtipo molecular do câncer de mama dessa 
paciente com base nos resultados da análise imuno-
histoquímica e na mutação no geneBRCA2?
II. Explique as características e implicações clínicas desse 
subtipo molecular e da mutação no gene celular BRCA2?
III. Com base no subtipo molecular e na mutação 
identificada, quais seriam as opções de tratamento 
recomendadas para essa paciente?
TBL
INCIDÊNCIA 
▶ O câncer de mama é o mais incidente em 
mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas 
nas regiões Sul e Sudeste
▶ É a primeira causa de morte por câncer na 
população feminina em todas as regiões do Brasil, 
exceto na região Norte, onde o câncer do colo do 
útero ocupa o primeiro lugar
▶ Doença rara em mulheres jovens. Sua incidência 
aumenta a partir dos 50 anos. 
SEMIOLOGIA 
▶ Conjunto de procedimentos que tem por objetivo um 
diagnóstico do que é normal e do que é patológico, a 
partir de interpretações de sinais e sintomas obtidos por 
meio da anamnese e do exame físico. 
↪ Anamnese 
↪ Exame físico
↪ Exames complementares (mamografia, ecografia, etc.)
▶ A triagem para o câncer de mama é recomendada 
para mulheres adultas, sem manifestações clínicas de 
doença nas mamas, que fazem parte do grupo etário 
(50-69 anos) cujos estudos mostraram benefícios do 
exame de imagem periódico de rastreamento. 
▶ Mamografia e ultrassonografia mamária são os 
principais métodos de imagem para estudo das mamas.
↪ Mamografia de duas incidências: 
⇢ Método de escolha para rastreamento do câncer 
de mama.
⇢ Único método cuja efetividade como triagem foi 
demonstrada por estudos controlados e randomizados. 
⇢ Aumenta o número de tumores identificados e 
reduz o número de mulheres chamadas para reavaliação
BI-RADS
▶ É um sistema de padronização de laudos de exames de 
imagem da mama (mamografia, ultrassonografia e 
ressonância magnética), no qual o resultado de cada exame 
é classificado em uma categoria que determina qual é o 
risco desse exame evidenciar um câncer de mama. 
TRATAMENTO 
▶ 1.Cirurgia:
↪ Mastectomia: Remoção completa da mama afetada. 
Pode ser simples (remoção apenas da mama) ou radical 
(remoção da mama, tecido linfático e músculo peitoral).
↪ Cirurgia conservadora: Também chamada de 
lumpectomia, quadrantectomia, mastectomia parcial ou 
mastectomia segmentar, consiste na retirada do segmento 
ou setor da mama que contém o tumor. Retira-se o tumor 
junto com algum tecido normal adjacente como margem de 
segurança. O quanto da mama é removida depende do 
tamanho e localização do tumor e de outros fatores. 
Geralmente, é seguida de radioterapia.
▶ 2. Radioterapia: uso de radiações de alta energia para 
destruir células cancerígenas ou inibirseu crescimento. 
Geralmente, é administrada após a cirurgia conservadora 
ou em casos específicos após a mastectomia.
▶ 3. Quimioterapia: Uso de medicamentos 
anticancerígenos para destruir ou inibir o crescimento 
das células cancerígenas. Pode ser administrada antes 
ou após a cirurgia, bem como em casos avançados ou 
metastáticos.
▶ 4. Terapia hormonal: indicada para tumores que são 
sensíveis a hormônios, como receptores de estrogênio ou 
progesterona. Os medicamentos, como os inibidores de 
aromatase ou tamoxifeno, são usados para bloquear a 
ação hormonal no câncer de mama. 5. Terapia-alvo: 
terapias direcionadas para células cancerígenas 
específicas. Ex: o trastuzumabe* (Ac monoclonal) é 
usado em pacientes com câncer de mama HER2-
positivo.
▶ 6. Imunoterapia: uma abordagem emergente que 
envolve estimular o sistema imunológico do corpo para 
combater o câncer de mama.
▶ 7. Terapia neoadjuvante e adjuvante:
↪ Neoadjuvante é administrada antes da cirurgia para 
reduzir o tamanho do tumor e facilitar sua remoção.
↪ Adjuvante é administrada após a cirurgia para reduzir 
o risco de recorrência.
▶ 8. Cuidados paliativos: Fornecidos para aliviar 
sintomas e melhorar a qualidade de vida em casos 
avançados ou metastáticos, focando no alívio da dor e no 
suporte emocional. 
DRENAGEM LINFÁTICA DA MAMA 
▶ Os linfonodos dos lóbulos mamários, mamilo e 
aréola drenam para o
plexo linfático subareolar. 
▶ Dali, cerca de 75% da linfa (principalmente dos 
quadrantes laterais da mama) drena para os 
linfonodos axilares.
▶ Comumente no câncer de mama pode ocorrer o 
acometimento dos linfonodos axilares, e um processo 
cirúrgico de dissecção pode ser necessário. 
▶ Esse tipo de cirurgia indicará a possível presença de 
metástases e influenciará prognósticos e terapias. 
▶ Entretanto pode acarretar dor, formação de seroma, 
redução de mobilidade do braço, alterações sensoriais e 
linfedema. 
BIOPSIA DO LINFONODO SENTINELA
▶ Identificação do linfonodo sentinela: linfocintilografia, 
consiste na injeção na mama de um marcador (corante ou 
líquido radioativo), que percorre a rota linfática. 
▶ Este material é escoado pelo sistema linfático e para 
no(s) primeiro(s) linfonodos a receberem a drenagem 
linfática da mama. 
▶ Seguindo o caminho do marcador injetado é possível 
saber qual é o primeiro grupo de linfonodos a receber a 
drenagem da mama. 
▶ Este grupo é chamado de sentinela. 
▶ Até 1994, todos os gânglios axilares eram retirados em 
todas cirurgias por CA de mama. Isto causava efeitos 
colaterais graves e em cerca de 70% o procedimento era 
desnecessário. Hoje é possível avaliar a presença de células 
tumorais na axila sem necessidade de cirurgias maiores. 
▶ O linfonodo sentinela segue para biópsia no momento da 
cirurgia. 
VASCULARIZAÇĀO DA MAMA 
▶ Ramos da artéria axilar suprem a parte lateral da 
mama.
↪ Estas são as artérias torácica superior, 
toracoacromial, torácica lateral e subescapular. 
↪ Ramos perfurantes da artéria torácica interna, 
entram na mama pelos 2, 3 e 4 espaços intercostais 
(próximo à lateral do esterno) suprem a parte medial 
da mama, junto com as artérias mamárias mediais. 
↪ A artéria torácica lateral forma ramos mamários 
laterais superficiais. 
↪ Ramos perfurantes da segunda, terceira e quarta 
artérias intercostais contribuem com a vascularização 
de todo o seio. 
▶ O retorno venosos é feito por veias que 
acompanham as artérias correspondentes. 
NERVOS DA MAMA 
▶ Os nervos da mama derivam dos ramos cutâneos 
anteriores e laterais do 4° ao 6° nervo intercostal. 
▶ Os ramos dos nervos intercostais atravessam a fáscia 
peitoral que cobre o músculo peitoral maior para chegar à tela 
subcutânea superposta e à pele da mama. 
▶ Os ramos dos nervos intercostais conduzem fibras 
sensitivas da pele da mama e fibras simpáticas para os vasos 
sanguíneos nas mamas e músculo liso na pele e papila 
mamária sobrejacentes. 
AXILA E MAMA 
▶ CBN=nervo intercostobraquial 
▶ LTN=nervo torácico longo
▶ LPN=nervo peitoral lateral 
▶ MBCN=nervo cutâneo braquial medial 
▶ NMP=nervo peitoral medial 
ANATOMIA EXTERNA DA GLANDULA MAMARIA 
▶ Papila Mamária - Mamilo – É uma pequena projeção que 
contem uma coleção de ductos provenientes das glândulas 
secretoras; 
▶ Aréola – Área pigmentada que circunda o mamilo, pode 
variar de tamanho e cor. A aréola possui glândulas 
sudoríparas (suor), para manter a temperatura da pele, 
glândulas sebáceas (sebo), para manter os mamilos 
hidratados, lubrificados e limpos e folículos pilosos, localizado 
ao redor da aréola. 
↪ As glândulas sebáceas têm formato redondo e pontual e 
formam pequenas proeminências chamadas de glândulas 
(tubérculos) de Montgomery. 
↪ Substâncias presentes nas secreções podem servir de 
estímulo olfativo para o recém-nascido durante o aleitamento. 
▶ Pele – É composta por tecido de sustentação e 
revestimento que protege a glândula mamária. 
ANATOMIA INTERNA DA GLÂNDULA MAMARIA
▶ Lobos – é o conjunto de vários lóbulos
▶ Lóbulos - conjunto de vários alvéolos
▶ Alvéolos – unidade funcional da mama onde 
encontramos as células produtoras do leite
▶ Ductos lactíferos– são vasos que conectam os 
alvéolos de um lóbulo até a ampola
▶ Ampola ou Seio lactífero ou galactóforo –reservatório 
de leite; 
▶ Ligamento de Cooper – tecido fibroso que promove a 
sustentação da glândula mamária. 
MAMAS
▶ Estrutura mamária: 
↪ Estroma: tecidos conjuntivo denso não modelado e 
adiposo: consistência firme da mama.
↪ Após a menopausa predomina tecido adiposo.
↪ 10 a 20 Lobos: formados por vários lóbulos associados 
a um ducto lactífero que se conecta com seios lactíferos.
⇢ Em cada lobo, existem LÓBULOS menores, que 
contém os alvéolos secretores de leite na mama ativa. 
⇢ Os alvéolos convergem para ductos lactíferos.
⇢ O lume de cada ducto lactífero se expande próximo 
à papila e forma um seio lactífero, armazenador do leite. 
↪ Lóbulos: um ducto lactífero e ácinos alveolares (células 
epiteliais/epitélio glandular e células mioepiteliais) 
↪ Composição dos ácinos:
⇢ uma camada interna de células epiteliais 
⇢ uma camada externa de células mioepiteliais 
(função contrátil para ejeção do leite) - citoplasma claro. 
TRATAMENTO 
▶ Tamoxifeno 
↪ É uma medicação frequentemente usada no tratamento 
do câncer de mama, especialmente em casos em que o 
tumor possui receptores de estrogênio (câncer de mama 
receptor hormonal positivo). 
↪ É um modulador seletivo do receptor de estrogênio 
(SERM), o que significa que ele interage com os receptores 
de estrogênio nas células. 
↪ Nas células tumorais da mama ele é antagonista: 
bloqueando os efeitos do estrogênio. 
↪ No endométrio ele é agonista: estimulando os efeitos 
estrogênicos no crescimento do endométrio, 
gerando hiperplasia e aumentando do risco de câncer de 
endométrio. 
↪ No carcinoma de mama evidencia-se um papel diferente 
da ação estrogênica entre RE-α e RE-β. 
↪ Apesar do RE-α estar predominantemente expresso nos 
carcinomas da mama, a maioria destes tumores 
também expressa o RE-β. Estudos demonstram que a 
expressão do RE-β diminui progressivamente durante a 
carcinogênese mamária. Aparentemente, o RE-β parece 
atuar como um supressor do câncer de mama e, em 
contraste, o RE-α tem sido associado à proliferação 
mamária, resultando em crescimento e progressão de 
tumores. 
↪ Portanto, mulheres que usam tamoxifeno estão em maior 
risco de câncer de endométrio em comparação com a 
população em geral. 
↪ O uso de tamoxifeno é uma decisão complexa e 
individualizada, os benefícios do tratamento do câncer de 
mama com tamoxifeno podem superar os riscos. 
DENSIDADE MAMARIA E O CANCER 
▶ Densidade = quantidade de tecido glandular e de tecido 
conjuntivo (denso) versus tecido adiposo (gorduroso) nas 
mamas. Mamas menos densas têm mais tecido adiposo.
Mamas densas contêm mais tecido glandular e conjuntivo 
denso, e podem aumentar o risco de câncer de mama por 
várias razões: 
▶ Dificulta a detecçāo pois a mama mais densa pode 
mascarar pequenos tumores. Assim sendo os tumores 
podem estarescondidos dentro do tecido mamário denso. 
▶ O melhor exame no caso de mamas densa é a 
ressonância magnética pois faz uso do gadolínio que é uma 
contraste que vai funcionar realçando as áreas suspeitas, 
tornando o tumor mais visível. 
TIPOS DE CANCER - CLASSIFICAÇĀO PATOLOGICA
▶ Carcinoma Ductal:
↪ Carcinoma Ductal “in situ” (CDIS): ou carcinoma 
intraductal, é considerado não invasivo ou câncer de mama 
pré-invasivo. É uma proliferação neoplásica confinada ao 
ducto mamário com uma tendência não obrigatória de 
progredir para invasor 
↪ Carcinoma Ductal Invasivo (CDI), 70 a 80%. É 
infiltrante, se inicia em um duto de leite, rompe a parede 
desse duto e cresce no tecido adiposo da mama. 
▶ Carcinoma Lobular:
↪ Carcinoma Lobular “in situ”: as células cancerosas não 
se desenvolvem através da parede dos lobos.
↪ Carcinoma Lobular Invasivo. 10 a 15%. Começa nas 
glândulas produtoras de leite (lobos) e pode se espalhar 
para outras partes do corpo. 
▶ Doença de Paget do mamilo: começa nos ductos 
mamários e se dissemina para a pele do mamilo e para a 
aréola e representando cerca de 1% dos casos de câncer 
de mama. A lesão caracteriza-se geralmente por uma 
erupção eritematosa unilateral com uma fina crosta 
escamosa.
▶ Tumor Filoide: é muito raro, se desenvolve no estroma 
(tecido conjuntivo) da mama, em contraste com os 
carcinomas, que se desenvolvem nos ductos ou lobos.
▶ Angiosarcoma: inicia-se nas células que revestem os 
vasos sanguíneos ou vasos linfáticos, raramente ocorre na 
mama. 
▶ Tipos Especiais de Carcinoma de Mama Invasivo: são 
subtipos do carcinoma ductal invasivo: carcinoma 
epidermóide; carcinoma cístico adenoide; carcinoma 
metaplásico; carcinoma medular; carcinoma mucinoso; 
carcinoma papilífero; carcinoma tubular. carcinoma 
micropapilar; carcinoma misto (tem características de 
ductal e lobular invasivo). 
▶ Câncer de mama em Homens: o tipo patológico mais 
comum é o carcinoma ductal invasor em torno de 80%, 
seguidos de 5% do carcinoma papilar, 4% doença de 
Paget, 2% Carcinoma lobular, 2% do medular, 2% de 
células escamosas. O restante não são tumores invasores 
(mais comumente, carcinoma ductal in situ). Cerca de 80 a 
90% das neoplasias em homens possuem receptor de 
estrógeno positivo e 7% existe receptor de progesterona 
positivo. A supexpressão HER-2 em homens ocorrem em 
aproximadamente 29% dos casos (pior prognóstico). 
CASO DE APLICAÇĀO
Paciente de 55 anos, menopausada, recebe o exame imunohistoqímico pós quadrantectomia com o seguinte quadro:
• Carcinoma ductal invasivo de 2 cm no maior eixo.
• Grau Nuclear II e Grau Histológico II de Nottingham. 
• RE positivo.
• RP negativo.
• Ki 67 de 10%.
• Her2 negativo.
• Linfonodo sentinela negativo. 
1) A que classificação tumoral pertence esta imunohistoquímica? 
2) Deveria ter recebido tratamento quimioterápico neoadjuvante? 
3) Deve receber tratamento radioterápico?
4) Deve receber tratamento quimioterápico adjuvante? 
5) Deve receber tratamento hormonioterápico? Com tamoxifeno e/ou inibidor da aromatase?
6) Deve receber tratamento com terapia alvo (trastuzumab)?

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