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SP 2.1 – E a vida continua TUTORIA PATOLOGIA ▶ Existem alguns fatores que influenciam a formação patogênica do Ca. de mama. Dentre eles estão: Alterações genéticas, influências hormonais e fatores ambientais. ▶ Alterações genéticas ↪ Inativação dos genes supressores de tumores ⇢ BRCA I e BRCA II: sua função é a reparação do DNA; quando mutado as chances carcinogênicas são maiores. ⇢ TP53: proteína de função pró-apoptótica; uma mutação em sua expressão provoca maior proliferação celular, já que a célula não sofre apoptose. ⇢ PTEN: sua função é para a divisão celular quando existe alguma alteração; uma mutação em sua expressão provoca proliferação de celular mutadas. ↪ Superexpressão do gene HER-2 (ErbB2): essa alteração aumenta a divisão celular. ▶ Alterações hormonais ↪ O Estrógeno e Progesterona estimulam a proliferação celular. ▶ Fatores ambientais TIPOS ▶ Existes 2 TIpos de Ca. de mama: o Carcinoma in situ e o invasivo. Essa divisão se baseia em aspectos morfológicos. ↪ Carcinoma in situ ⇢ Tipo mais comum de câncer não invasivo ⇢ Mas tem potencial para tornar-se invasivo ⇢ Ductal e lobular ↪ Carcinoma invasivo ⇢ Invade tecidos adjacentes ⇢ Tem um potencial metastático grande ⇢ Ductal, lobular e outros ▶ Alterações moleculares, o Ca. de mama pode ser dividido 4 principais tipos: ↪ Luminal A ⇢ HER-2 (-) ⇢ RE(+)e/ouRP(+) ↪ HER-2 negaDvo ⇢ HER-2 (+) ⇢ RE(-) ⇢ RP(-) ↪ Luminal B ⇢ HER-2 (+) ou (-) ⇢ RE(+)e/ouRP(+) ↪ Triplo negaDvo ⇢ HER-2 (-) ⇢ RE(-) ⇢ RP(-) SINAIS E SINTOMAS Nódulos palpáveis, retrações de pele e do mamilo que deixam a mama com aspecto de casca de laranja; saída de secreção aquosa ou sanguinolenta pelo mamilo, chegando até a sujar o sutiã; vermelhidão da pele da mama; pequenos nódulos palpáveis nas axilas e/ou pescoço DIAGNOSTICO O diagnóstico pode ser feito por meio da anamnese clínica e conjunto com alguns exames solicitados: ▶ Triagem por mamografia ▶ Ultrassonografia (US) ▶ Biópsia (exame padrão ouro para o diagnóstico) ▶ Ressonância: consegue identificas metástases ESTADIAMENTO O estadiamento é feito por meio das características histológicas das células, e para isso, muitas vezes, as Classificação BI-RADS auxilia o direcionamento por meio dos exames de imagem. OBS: BI-RADS sozinho nāo faz estadiamento apenas auxilia na tomada de decisão para as próximas condutas. ↪ O estadiamento é feito por meio da técnica TMN e) Biologia tumoral (alterações moleculares). DIAGNOSTICO DIFERENCIAL ▶ O diagnóstico diferencial é quando você intende a patologia da paciente e se existe alguma possibilidade de que ela desenvolva aquela doença”. ▶ Cistos mamários: tipicamente macios, moveis e geralmente muda de tamanho durante o ciclo menstrual ↪ Fibroadenoma: bem definidos, moveis e firme ao toque. ↪ Mastite: características inflamatórias ↪ Lipomas: geralmente são macios ao toque, moveis, e normalmente não adere aos tecidos secundários PROGNOSTICO ▶ O paciente pode ter um pior prognostico de acordo com as principais características: ↪ Carcinoma invasivo ↪ Metástases a distância presentes ↪ Metástase nos linfonodos sentinelas ↪ Tamanho do tumor ↪ Carcinoma inflamatório ↪ Idade (graças a alterações hormonais) POLITICAS PUBLICAS ▶ Programa viva a mulher ▶ Outubro rosa ▶ DCNT FATORES DE RISCO ▶ Fator de proteçāo - amamentação pois estará menos exposta ao estrogênio ▶ Fatores de risco elevado (risco relativo quatro vezes maior) ↪ Idade superior a 50 anos ↪ País de origem (Estados Unidos, norte da Europa e Escandinávia) ↪ História familiar: antecedentes familiares de câncer em parentes de primeiro grau e história de câncer na pré-menopausa BRCA 1 e 2 ↪ Síndromes genéticas: Li-Fraumeni, ataxia- telangiectasia e outras ↪ Hiperplasia atípica (especialmente quando associada à história familial) ▶ Fatores de risco moderado (risco relativo de duas a quatro vezes maior) ↪ Qualquer antecedente familial de câncer da mama ↪ Estimulação estrogênica prolongada: nuliparidade, menarca precoce, menopausa tardia, primeira gestação tardia (após 35 anos) ↪ História pessoal de câncer do ovário ou do endométrio ↪ Exposição à radiação ionizante ↪ Hiperplasia ductal usual (sem atipias) ▶ Fatores de risco baixo (risco relativo de uma a duas vezes maior) ↪ Reposição hormonal na menopausa ↪ Ingestão de álcool ↪ Obesidade após a menopausa ↪ Estatura elevada na adolescência ↪ História de doença benigna da mama TRATAMENTO ▶ Pode ser locar ou sistêmico. O local pode ser feito por meio da cirurgia e radioterapia. E o sistêmico é feito por meio da quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica. O tratamento se baseia de acordo com as alterações morfológicas e moleculares, mas principalmente as moleculares. ▶ Algumas complicações: ↪ Questões psicológicas ↪ Linfedema ↪ Ter que retirar uma parte maior da mama do que planejado ↪ Tumor infiltrado em musculo e vísceras ↪ Demora para a colocação do implante ↪ Menos sensibilidade nas mamas ↪ Dor do membro fantasma algumas mulheres fazem o uso hormonal mesmo após a cirurgia LAB MORFO ANATOMIA EXAME DE IMAGEM ▶ Aumenta o colágeno na parte da massa pois o corpo tenta encapsular como forma de proteção - aumento de área fibrosa no tumor. Se tiver metástase nos linfonodos estão atrofiados. ▶ Fibrose = aumento de colágeno em um local podendo ser causada por um trauma Cada glândula mamária consiste em 15 a 25 lóbulos de glândulas tubuloalveolares compostas, cuja função é secretar leite para nutrir os recém- nascidos. Cada lóbulo, separado dos vizinhos por tecido conjuntivo denso Glândula mamária normal D Adenocarcinoma da mama. O carcinoma da mama é o tumor maligno mais freqüente no sexo feminino (30% de todos os cânceres) e afeta uma em cada nove mulheres ao longo da vida. A grande maioria corresponde ao tipo carcinoma ductal invasivo, que é usado aqui como exemplo. O tumor é pouco diferenciado. As células formam cordões sólidos que infiltram difusamente o tecido mamário. É característico que haja extensa reação desmoplásica do tecido infiltrado, ou seja, proliferação fibroblástica e produção de colágeno, o que dá ao tumor consistência dura na macroscopia. Na periferia, o tumor é mal delimitado e sem cápsula, infiltrando o tecido adiposo e o tecido mamário pré-existente. CARCINOMA DUCTAL INVASIVO DA MAMA : PARTE CENTRAL DO TUMOR Produção excessiva de tecido conjuntivo INFILTRAÇÃO NA PERIFERIA * # Adenose: na adenose ocorre o aumento do volume dos lóbulos mamários por aumento númerico dos ácinos. Isto pode acompanhar-se ou não por fibrose intralobular. A displasia mamária ou doença fibrocística é a doença mais comum da mama. Inicia-se entre os 20 e 40 anos, com máxima sintomatologia antes da menopausa. As causas incluem excesso de estrógenos ou uma maior resposta do tecido ' mamário aos estrógenos circulantes. A doença fibrocística tem comportamento benigno. Contudo, quanto mais acentuados os fenômenos proliferativos do epitélio, maior o risco de transformação carcinomatosa. Histologicamente, a doença fibrocística caracteriza-se por hiperplasia tanto do estroma quanto do epitélio mamários, em proporções variáveis. Pode haver fibrose tanto do estroma interlobular como do intralobular. Ainda outro importante componente da doença fibrocística são cistos pequenos ou volumosos, derivados de ácinos, e cujo epitélio de revestimento apresenta a chamada metaplasia apócrina. Detalhes a seguir., HIPERPLASIA DASCÉLULAS MIOEPITELIAIS. Na adenose há preservação da dupla população celular dos ácinos e ductos, como já descrito na mama normal. As células mioepiteliais, que se situam na parte periférica do ácino, podem hiperplasiar-se e tornar-se mais proeminentes que no lóbulo mamário normal Diz-se que estas células apresentam metaplasia apócrina, por se assemelharem às de glandulas sudoríparas da axila. Metaplasia apócrina é uma alteração benigna, às vezes encontradatambém na mama normal. A formação de projeções papilíferas, como observado aqui, não altera o bom prognóstico Fibrose Na figura a seguir, você encontra um mapa da anatomia da ultrassonografia da mama, sendo a pele (setas pequenas), gordura subcutânea (F), parênquima (P), gordura retromamária (R), músculo peitoral maior (M) e a parede torácica (setas grandes) ▶ Com o apoio das imagens apresentadas anteriormente, analise a figura abaixo e determine: ↪ Quadrante varrido ↪ Pele (setas pequenas) ↪ Gordura subcutânea (F) ↪ Parênquima (P) ↪ Gordura retromamária (R) ↪ Músculo peitoral maior (M) ↪ Parede torácica (setas grandes). HISTOLOGIA Em anexo LAB MED DNA ▶ As unidades do DNA sāo formadas por um nucleotídeo que é composto por um açúcar (pentose), uma base nitrogenada (purina ou uma primitiva) e um grupo fosfato. ▶ As bases nitrogenadas no DNA: ↪ Adenina ↪ Timina ↪ Citosina ↪ Guanina Podem se ligar por pontes de hidrogênio. A mutaçāo do cancer normalmente ocorre na etapa de compactaçāo do DNA em cromossomos BRCA1 e BRCA2 BRCA1 ▶ Normalmente atual restringindo o crescimento celular nos seios e quando mudada funciona como uma predisposição para o câncer de pulmão. ▶ Ocorre no cromossomo 17q21 ▶ Mutaçāo aumenta a chance de cancer de ovario ▶ Pior prognostico quando mutado BRCA 2 ▶ Gene supressor de tumor, aumenta chance de desenvolver cancer de mama e de ovario ▶ Ocorre no cromossomo 13q12.4 ▶ Mutação aumenta o risco de câncer no pâncreas e melanoma. ▶ Progenostico menos pior PERFIS IMUNOFENOTÍPICOS ▶ Sāo usados para classificar molecularmente através da imunohistoquimica dos tumores de mama ▶ Expressāo de proteinas na superfice da celula ▶ A imuno-histoquímica é a técnica mais utilizada, e tem como princípio a detecção da expressão de receptores celulares nas células tumorais, que são os receptores hormonais de estrogênio (ER), receptor hormonal de progesterona (PR), sobre expressão do Receptor 2 do fator de crescimento epidérmico humano HER2 e a proteína indicativa de proliferação celular Ki-67. ▶ Essas técnicas, em conjunto, têm identificado cinco padrões moleculares nos cânceres mamários: luminal A, luminal B, normal, basal-símile (triplo negativo) e HER2 positivo CASO DE APLICAÇĀO 1 Uma mulher de 32 anos com histórico familiar de câncer de mama procura aconselhamento genético por conta de preocupação com o risco hereditário da doença. A avó e a tia materna foram diagnosticadas com câncer de mama em idades precoces. Fez mamografia, que não mostrou alterações, mesmo assim optou por realizar testes genéticos. 1. Como é feito o exame genético, já que a paciente não tem uma lesão suspeita? 2. Quais são os principais genes associados ao risco hereditário de câncer de mama que estão sendo testados nesse paciente? 3. Caso esses genes fossem encontrados nos exames, qual seria a conduta clínica preventiva e aconselhamento para essa paciente? Subtipos moleculares do câncer de mama: os tumores Luminais, caracterizados pela presença dos receptores hormonais ER e PR, estão associados a um bom prognóstico, menor grau histológico e respondem bem ao uso de terapia endócrina. Os tumores HER2+ apresentam características intermediárias tanto em relação ao estadiamento quanto em relação ao prognósticos, e ainda viabilizam a utilização de terapia específica, enquanto os tumores TN apresentam o pior prognósticos e estadiamento, além de não responderem às terapias específicas CASO DE APLICAÇĀO 2 A. Paciente de 47 anos retirou um nódulo palpável na mama esquerda. A biópsia do nódulo foi realizada. O exame histopatológico diagnosticou o câncer de mama. A análise imuno- histoquímica revelou os seguintes resultados: • Receptores de estrógeno (ER): positivo (ER+); Luminal • Receptores de progesterona (PR): negativo (PR-); B • Receptor 2 do fator de crescimento epidérmico humano (HER2): positivo (HER2+). Responda: I. Qual é o subtipo molecular do câncer de mama dessa paciente com base nos resultados da imuno-histoquímica? II. Como esse subtipo molecular pode influenciar o tratamento desse paciente? III. Qual é o prognóstico esperado para esse subtipo molecular de câncer de mama? CASO DE APLICAÇĀO 3 Paciente de 52 anos de idade apresenta uma lesão na mama direita detectada em uma mamografia. A biópsia foi realizada, e a análise imuno-histoquímica revelou os seguintes resultados: • Receptores de estrogênio (ER): positivo (ER+); • Receptores de progesterona (PR): positivo (PR+); • Receptor 2 do fator de crescimento epidérmico humano (HER2): negativo (HER2-). Responda: I. Qual é o subtipo molecular do câncer de mama dessa paciente com base nos resultados ? II. Quais são as principais características clínicas desse subtipo molecular? III. Quais seriam as opções de tratamento recomendadas para a paciente? CASO DE APLICAÇĀO 4 Uma mulher de 38 anos com histórico familiar de câncer de mama foi diagnosticada com câncer de mama em estágio inicial. Ela realizou testes genéticos que revelaram uma mutação no gene BRCA2. A análise imuno-histoquímica do tumor mostrou o seguinte resultado: • Receptores de estrógeno (ER): negativo (ER-) • Receptores de progesterona (PR): negativo (PR-) • Receptor 2 do fator de crescimento epidérmico humano (HER2): negativo (HER2-). Responda: I. Qual é o subtipo molecular do câncer de mama dessa paciente com base nos resultados da análise imuno- histoquímica e na mutação no geneBRCA2? II. Explique as características e implicações clínicas desse subtipo molecular e da mutação no gene celular BRCA2? III. Com base no subtipo molecular e na mutação identificada, quais seriam as opções de tratamento recomendadas para essa paciente? TBL INCIDÊNCIA ▶ O câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas nas regiões Sul e Sudeste ▶ É a primeira causa de morte por câncer na população feminina em todas as regiões do Brasil, exceto na região Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa o primeiro lugar ▶ Doença rara em mulheres jovens. Sua incidência aumenta a partir dos 50 anos. SEMIOLOGIA ▶ Conjunto de procedimentos que tem por objetivo um diagnóstico do que é normal e do que é patológico, a partir de interpretações de sinais e sintomas obtidos por meio da anamnese e do exame físico. ↪ Anamnese ↪ Exame físico ↪ Exames complementares (mamografia, ecografia, etc.) ▶ A triagem para o câncer de mama é recomendada para mulheres adultas, sem manifestações clínicas de doença nas mamas, que fazem parte do grupo etário (50-69 anos) cujos estudos mostraram benefícios do exame de imagem periódico de rastreamento. ▶ Mamografia e ultrassonografia mamária são os principais métodos de imagem para estudo das mamas. ↪ Mamografia de duas incidências: ⇢ Método de escolha para rastreamento do câncer de mama. ⇢ Único método cuja efetividade como triagem foi demonstrada por estudos controlados e randomizados. ⇢ Aumenta o número de tumores identificados e reduz o número de mulheres chamadas para reavaliação BI-RADS ▶ É um sistema de padronização de laudos de exames de imagem da mama (mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética), no qual o resultado de cada exame é classificado em uma categoria que determina qual é o risco desse exame evidenciar um câncer de mama. TRATAMENTO ▶ 1.Cirurgia: ↪ Mastectomia: Remoção completa da mama afetada. Pode ser simples (remoção apenas da mama) ou radical (remoção da mama, tecido linfático e músculo peitoral). ↪ Cirurgia conservadora: Também chamada de lumpectomia, quadrantectomia, mastectomia parcial ou mastectomia segmentar, consiste na retirada do segmento ou setor da mama que contém o tumor. Retira-se o tumor junto com algum tecido normal adjacente como margem de segurança. O quanto da mama é removida depende do tamanho e localização do tumor e de outros fatores. Geralmente, é seguida de radioterapia. ▶ 2. Radioterapia: uso de radiações de alta energia para destruir células cancerígenas ou inibirseu crescimento. Geralmente, é administrada após a cirurgia conservadora ou em casos específicos após a mastectomia. ▶ 3. Quimioterapia: Uso de medicamentos anticancerígenos para destruir ou inibir o crescimento das células cancerígenas. Pode ser administrada antes ou após a cirurgia, bem como em casos avançados ou metastáticos. ▶ 4. Terapia hormonal: indicada para tumores que são sensíveis a hormônios, como receptores de estrogênio ou progesterona. Os medicamentos, como os inibidores de aromatase ou tamoxifeno, são usados para bloquear a ação hormonal no câncer de mama. 5. Terapia-alvo: terapias direcionadas para células cancerígenas específicas. Ex: o trastuzumabe* (Ac monoclonal) é usado em pacientes com câncer de mama HER2- positivo. ▶ 6. Imunoterapia: uma abordagem emergente que envolve estimular o sistema imunológico do corpo para combater o câncer de mama. ▶ 7. Terapia neoadjuvante e adjuvante: ↪ Neoadjuvante é administrada antes da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor e facilitar sua remoção. ↪ Adjuvante é administrada após a cirurgia para reduzir o risco de recorrência. ▶ 8. Cuidados paliativos: Fornecidos para aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida em casos avançados ou metastáticos, focando no alívio da dor e no suporte emocional. DRENAGEM LINFÁTICA DA MAMA ▶ Os linfonodos dos lóbulos mamários, mamilo e aréola drenam para o plexo linfático subareolar. ▶ Dali, cerca de 75% da linfa (principalmente dos quadrantes laterais da mama) drena para os linfonodos axilares. ▶ Comumente no câncer de mama pode ocorrer o acometimento dos linfonodos axilares, e um processo cirúrgico de dissecção pode ser necessário. ▶ Esse tipo de cirurgia indicará a possível presença de metástases e influenciará prognósticos e terapias. ▶ Entretanto pode acarretar dor, formação de seroma, redução de mobilidade do braço, alterações sensoriais e linfedema. BIOPSIA DO LINFONODO SENTINELA ▶ Identificação do linfonodo sentinela: linfocintilografia, consiste na injeção na mama de um marcador (corante ou líquido radioativo), que percorre a rota linfática. ▶ Este material é escoado pelo sistema linfático e para no(s) primeiro(s) linfonodos a receberem a drenagem linfática da mama. ▶ Seguindo o caminho do marcador injetado é possível saber qual é o primeiro grupo de linfonodos a receber a drenagem da mama. ▶ Este grupo é chamado de sentinela. ▶ Até 1994, todos os gânglios axilares eram retirados em todas cirurgias por CA de mama. Isto causava efeitos colaterais graves e em cerca de 70% o procedimento era desnecessário. Hoje é possível avaliar a presença de células tumorais na axila sem necessidade de cirurgias maiores. ▶ O linfonodo sentinela segue para biópsia no momento da cirurgia. VASCULARIZAÇĀO DA MAMA ▶ Ramos da artéria axilar suprem a parte lateral da mama. ↪ Estas são as artérias torácica superior, toracoacromial, torácica lateral e subescapular. ↪ Ramos perfurantes da artéria torácica interna, entram na mama pelos 2, 3 e 4 espaços intercostais (próximo à lateral do esterno) suprem a parte medial da mama, junto com as artérias mamárias mediais. ↪ A artéria torácica lateral forma ramos mamários laterais superficiais. ↪ Ramos perfurantes da segunda, terceira e quarta artérias intercostais contribuem com a vascularização de todo o seio. ▶ O retorno venosos é feito por veias que acompanham as artérias correspondentes. NERVOS DA MAMA ▶ Os nervos da mama derivam dos ramos cutâneos anteriores e laterais do 4° ao 6° nervo intercostal. ▶ Os ramos dos nervos intercostais atravessam a fáscia peitoral que cobre o músculo peitoral maior para chegar à tela subcutânea superposta e à pele da mama. ▶ Os ramos dos nervos intercostais conduzem fibras sensitivas da pele da mama e fibras simpáticas para os vasos sanguíneos nas mamas e músculo liso na pele e papila mamária sobrejacentes. AXILA E MAMA ▶ CBN=nervo intercostobraquial ▶ LTN=nervo torácico longo ▶ LPN=nervo peitoral lateral ▶ MBCN=nervo cutâneo braquial medial ▶ NMP=nervo peitoral medial ANATOMIA EXTERNA DA GLANDULA MAMARIA ▶ Papila Mamária - Mamilo – É uma pequena projeção que contem uma coleção de ductos provenientes das glândulas secretoras; ▶ Aréola – Área pigmentada que circunda o mamilo, pode variar de tamanho e cor. A aréola possui glândulas sudoríparas (suor), para manter a temperatura da pele, glândulas sebáceas (sebo), para manter os mamilos hidratados, lubrificados e limpos e folículos pilosos, localizado ao redor da aréola. ↪ As glândulas sebáceas têm formato redondo e pontual e formam pequenas proeminências chamadas de glândulas (tubérculos) de Montgomery. ↪ Substâncias presentes nas secreções podem servir de estímulo olfativo para o recém-nascido durante o aleitamento. ▶ Pele – É composta por tecido de sustentação e revestimento que protege a glândula mamária. ANATOMIA INTERNA DA GLÂNDULA MAMARIA ▶ Lobos – é o conjunto de vários lóbulos ▶ Lóbulos - conjunto de vários alvéolos ▶ Alvéolos – unidade funcional da mama onde encontramos as células produtoras do leite ▶ Ductos lactíferos– são vasos que conectam os alvéolos de um lóbulo até a ampola ▶ Ampola ou Seio lactífero ou galactóforo –reservatório de leite; ▶ Ligamento de Cooper – tecido fibroso que promove a sustentação da glândula mamária. MAMAS ▶ Estrutura mamária: ↪ Estroma: tecidos conjuntivo denso não modelado e adiposo: consistência firme da mama. ↪ Após a menopausa predomina tecido adiposo. ↪ 10 a 20 Lobos: formados por vários lóbulos associados a um ducto lactífero que se conecta com seios lactíferos. ⇢ Em cada lobo, existem LÓBULOS menores, que contém os alvéolos secretores de leite na mama ativa. ⇢ Os alvéolos convergem para ductos lactíferos. ⇢ O lume de cada ducto lactífero se expande próximo à papila e forma um seio lactífero, armazenador do leite. ↪ Lóbulos: um ducto lactífero e ácinos alveolares (células epiteliais/epitélio glandular e células mioepiteliais) ↪ Composição dos ácinos: ⇢ uma camada interna de células epiteliais ⇢ uma camada externa de células mioepiteliais (função contrátil para ejeção do leite) - citoplasma claro. TRATAMENTO ▶ Tamoxifeno ↪ É uma medicação frequentemente usada no tratamento do câncer de mama, especialmente em casos em que o tumor possui receptores de estrogênio (câncer de mama receptor hormonal positivo). ↪ É um modulador seletivo do receptor de estrogênio (SERM), o que significa que ele interage com os receptores de estrogênio nas células. ↪ Nas células tumorais da mama ele é antagonista: bloqueando os efeitos do estrogênio. ↪ No endométrio ele é agonista: estimulando os efeitos estrogênicos no crescimento do endométrio, gerando hiperplasia e aumentando do risco de câncer de endométrio. ↪ No carcinoma de mama evidencia-se um papel diferente da ação estrogênica entre RE-α e RE-β. ↪ Apesar do RE-α estar predominantemente expresso nos carcinomas da mama, a maioria destes tumores também expressa o RE-β. Estudos demonstram que a expressão do RE-β diminui progressivamente durante a carcinogênese mamária. Aparentemente, o RE-β parece atuar como um supressor do câncer de mama e, em contraste, o RE-α tem sido associado à proliferação mamária, resultando em crescimento e progressão de tumores. ↪ Portanto, mulheres que usam tamoxifeno estão em maior risco de câncer de endométrio em comparação com a população em geral. ↪ O uso de tamoxifeno é uma decisão complexa e individualizada, os benefícios do tratamento do câncer de mama com tamoxifeno podem superar os riscos. DENSIDADE MAMARIA E O CANCER ▶ Densidade = quantidade de tecido glandular e de tecido conjuntivo (denso) versus tecido adiposo (gorduroso) nas mamas. Mamas menos densas têm mais tecido adiposo. Mamas densas contêm mais tecido glandular e conjuntivo denso, e podem aumentar o risco de câncer de mama por várias razões: ▶ Dificulta a detecçāo pois a mama mais densa pode mascarar pequenos tumores. Assim sendo os tumores podem estarescondidos dentro do tecido mamário denso. ▶ O melhor exame no caso de mamas densa é a ressonância magnética pois faz uso do gadolínio que é uma contraste que vai funcionar realçando as áreas suspeitas, tornando o tumor mais visível. TIPOS DE CANCER - CLASSIFICAÇĀO PATOLOGICA ▶ Carcinoma Ductal: ↪ Carcinoma Ductal “in situ” (CDIS): ou carcinoma intraductal, é considerado não invasivo ou câncer de mama pré-invasivo. É uma proliferação neoplásica confinada ao ducto mamário com uma tendência não obrigatória de progredir para invasor ↪ Carcinoma Ductal Invasivo (CDI), 70 a 80%. É infiltrante, se inicia em um duto de leite, rompe a parede desse duto e cresce no tecido adiposo da mama. ▶ Carcinoma Lobular: ↪ Carcinoma Lobular “in situ”: as células cancerosas não se desenvolvem através da parede dos lobos. ↪ Carcinoma Lobular Invasivo. 10 a 15%. Começa nas glândulas produtoras de leite (lobos) e pode se espalhar para outras partes do corpo. ▶ Doença de Paget do mamilo: começa nos ductos mamários e se dissemina para a pele do mamilo e para a aréola e representando cerca de 1% dos casos de câncer de mama. A lesão caracteriza-se geralmente por uma erupção eritematosa unilateral com uma fina crosta escamosa. ▶ Tumor Filoide: é muito raro, se desenvolve no estroma (tecido conjuntivo) da mama, em contraste com os carcinomas, que se desenvolvem nos ductos ou lobos. ▶ Angiosarcoma: inicia-se nas células que revestem os vasos sanguíneos ou vasos linfáticos, raramente ocorre na mama. ▶ Tipos Especiais de Carcinoma de Mama Invasivo: são subtipos do carcinoma ductal invasivo: carcinoma epidermóide; carcinoma cístico adenoide; carcinoma metaplásico; carcinoma medular; carcinoma mucinoso; carcinoma papilífero; carcinoma tubular. carcinoma micropapilar; carcinoma misto (tem características de ductal e lobular invasivo). ▶ Câncer de mama em Homens: o tipo patológico mais comum é o carcinoma ductal invasor em torno de 80%, seguidos de 5% do carcinoma papilar, 4% doença de Paget, 2% Carcinoma lobular, 2% do medular, 2% de células escamosas. O restante não são tumores invasores (mais comumente, carcinoma ductal in situ). Cerca de 80 a 90% das neoplasias em homens possuem receptor de estrógeno positivo e 7% existe receptor de progesterona positivo. A supexpressão HER-2 em homens ocorrem em aproximadamente 29% dos casos (pior prognóstico). CASO DE APLICAÇĀO Paciente de 55 anos, menopausada, recebe o exame imunohistoqímico pós quadrantectomia com o seguinte quadro: • Carcinoma ductal invasivo de 2 cm no maior eixo. • Grau Nuclear II e Grau Histológico II de Nottingham. • RE positivo. • RP negativo. • Ki 67 de 10%. • Her2 negativo. • Linfonodo sentinela negativo. 1) A que classificação tumoral pertence esta imunohistoquímica? 2) Deveria ter recebido tratamento quimioterápico neoadjuvante? 3) Deve receber tratamento radioterápico? 4) Deve receber tratamento quimioterápico adjuvante? 5) Deve receber tratamento hormonioterápico? Com tamoxifeno e/ou inibidor da aromatase? 6) Deve receber tratamento com terapia alvo (trastuzumab)?
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