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2. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO 2.1 COMPETÊNCIA MATERIAL DA JT: • ART. 114, CF: Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I- as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; II- as ações que envolvam exercício do direito de greve; III- as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; IV- os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; V- os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; VI- as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; VII- as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; VIII- a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; IX- outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. §1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. §2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. §3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. − Competente para julgar não somente causas referentes à relação de trabalho, mas também as oriundas da relação de emprego; − Relação de trabalho ≠ Relação de emprego: Relação de trabalho é gênero e relação de emprego espécie (relação que envolve uma atividade exercida por pessoa natural, destinada a um fim lícito e proveitoso a outrem); − Competência para processar e julgar ações que envolvam o exercício do direito de greve (II, 114); − Competência para processar e julgar qualquer ação que envolva sindicatos, sindicatos e trabalhadores e sindicatos e empregadores (III, 114); − Competência para processar e julgar mandado de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o tema questionado abranger matéria trabalhista (IV, 114); − Competência para processar e julgar ações cujo pedido envolva indenizações por dano patrimonial e/ou moral, desde que referidos danos decorrentes da relação de trabalho (VI, 114); − Competência para processar e julgar litígios cujo teor envolve penalidades administrativas, impostas pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho (VII, 114); − Competência para executar as contribuições previdenciárias decorrentes de suas decisões → Os valores devidos à Previdência Social, que foram reconhecidos em decisão trabalhista, deverão ser executados de ofício pelo magistrado trabalhista (VIII, 114); − Inciso aberto para incluir eventuais relações jurídicas, de índole trabalhista, que não se enquadrem nas hipóteses dos incisos anteriores → Deve ser interpretado em conjunto com o inciso I da mesma lei (IX, 114). • DISSÍDIO COLETIVO: − Competência para julgamento do dissídio coletivo: §§1º e 2º, 114, CF; − Competência para julgamento do dissídio coletivo de greve: §3º, 114, CF. 2.2 COMPETÊNCIA TERRITORIAL DA JT: • É uma competência relativa → Qualquer manifestação sobre a incompetência territorial deve ser arguida pela reclamada (réu) quando do momento para a sua resposta (exceção de incompetência); • Não pode o juiz declarar de ofício a incompetência em razão do lugar; • REGRAS DE DEFINIÇÃO DA COMPETÊNCIA (651, CLT): Art. 651- A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. §1º- Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. §2º- A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. §3º- Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. − A competência é fixada pelo local de prestação de serviços; − Empregado agente ou viajante comercial (§1º, 651): Exerce em várias localidades → Regras para identificar o foro competente: ▫ Será competente a Vara do Trabalho da localidade que a empresa tem agência ou filial na qual o empregado esteja subordinada, e, na falta desta, será a Vara do Trabalho em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima; ▫ Alcança também outras modalidades de trabalhadores, como trabalhador autônomo externo e o representante comercial autônomo. − Competência internacional da JT (§2º, 651): As Varas do Trabalho têm competência para dirimir conflitos ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, devendo o empregado ser brasileiro. − Empregador itinerante (§3º, 651): Empregador promove atividades fora do lugar do contrato de trabalho → Pode o empregado propor ação tanto no foro da celebração do contrato, quanto no da respectiva prestação de serviço.
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