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Pirâmide de Kelsen_SES5_UFPE

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE MEDICINA SOCIAL
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA
SAÚDE, EDUCAÇÃO E SOCIEDADE 5
IVONEIDE MARIA DE MELO ZIMMERMANN
IRANI DE FARIAS CUNHA JUNIOR
Discente: Dayvson José Vitor do Nascimento
Pirâmide de Kelsen (hierarquia das leis): conceito a reflexão
Baseado no princípio da hierarquia normativa, Kelsen pontuou que as
normas poderiam ser escalonadas, e que as normas inferiores retirariam seu
fundamento de validade a partir da norma superior, e por isso ele cunhou sua teoria
denominada "Pirâmide de Kelsen". Dessa forma, a norma que ocupa o topo da
pirâmide é a Constituição Federal (CF) que é o objetivo do estudo constitucional e
norma fundamental do sistema. Além da CF, as emendas constitucionais também
ocupam o topo da pirâmide, que é o instrumento normativo responsável por
modificar formalmente a constituição; responsáveis por propor e realizar alterações
na constituição, complementando o que já existe na CF. As emendas constitucionais
são fruto do poder constituinte reformador e, em consequência, possuem natureza
constitucional. Outro componente do topo da pirâmide, e também uma
peculiaridade, são os Tratados Internacionais de Direitos Humanos (TIDH); isso
implica dizer que mundialmente precisa-se ter algumas combinações que vão além
das combinações do próprio país; as nações entre si se interagem e para isso
deve-se estabelecer acordos para que não haja guerras.
Tudo relacionado a direitos fundamentais e direitos humanos tem uma importância
especial nessa classificação do TIDH. Esses tratados são revisados por uma
comissão e se forem aprovados e tiverem o quórum necessário eles se enquadram
na porção de constitucionalidade da pirâmide. Estes compõem a porção do bloco
constitucional.
Ademais, há as normas supralegais que ficam na porção abaixo da
constituição. Os TIDH que não foram aprovados para se enquadrar na porção da
constitucionalidade entram nas normas supralegais. Abaixo estão as normas legais
ou infraconstitucionais, como leis ordinárias e complementares que são elaboradas
pelo poder legislativo, bem como as leis delegadas que são elaboradas pelo poder
executivo para que sejam aprovadas pelo legislativo. Outro componente são as
medidas provisórias (MP) que embora não seja uma lei possui força de lei.
Teoricamente é criada para ser utilizada em caso de urgência (o que nem sempre
acontece), elaborada pelo executivo com a necessidade de aprovação imediata, é
encaminhada para o congresso e os senadores e deputados votam. Apesar das MP
não serem leis elas podem ser convertidas em leis em até 120 dias, caso contrário
elas perdem a validade e param de valer. Além disso, há os decretos que são
realizados pelo poder legislativo, há os tratados internacionais (que tratam de outros
assuntos não referentes a direitos humanos) e as resoluções.
Ademais, na base da pirâmide, há as normas infralegais compostas, por
exemplo, pelos decretos regulamentares realizados pelo executivo, as portarias
elaboradas por órgãos públicos, as circulares, etc. Todas as normas presentes não
são leis mas regulamentam as leis. A exemplo, uma lei superior que fala sobre a
declaração de imposto de renda, e impõe as obrigações que se deve fazer. Todavia,
as normas inferiores não impõe algo a ser feito, mas são normais descritivas, ou
seja, para uma lei haverá um decreto que detalhar essa lei oferecendo, por exemplo
data da declaração, como fazer, onde fazer, etc, em outras palavras os atos
administrativos. Dessa forma, todo esse conjunto de normas fazem parte do Estado
democrático de direito.
Infere-se, portanto, que a Lei 5.081/1966 regulamenta o exercício da
odontologia no Brasil. Ela se enquadra na pirâmide de Kelsen como uma lei
ordinária, ocupando um lugar abaixo da Constituição Federal e acima dos decretos
e normas infralegais. Essa lei foi criada pelo Congresso Nacional brasileiro. As
normativas do Conselho Nacional de Odontologia (CFO) e do Conselho Regional de
Odontologia (CRO) no Brasil se enquadram como normas infralegais, ocupando um
lugar abaixo das leis ordinárias na pirâmide de Kelsen. Eles são regulamentos
profissionais e normas administrativas, não possuem o mesmo nível hierárquico das
leis, estando abaixo delas na hierarquia jurídica. O CFO é o órgão criado com o fito
de zelar pelo pleno e bom exercício da profissão bem como assegurar o bem-estar
das pessoas que buscam o serviço odontológico. Regula a atividade profissional,
apura e conduz sobre os processos de má conduta do profissional, por exemplo. O
CRO é quem recebe denúncias de comportamentos antiéticos e fiscaliza a
atividade profissional bem como por meio dele o profissional solicita registro. Tanto o
CFO quanto o CRO são classificados como autarquia, uma vez que são
administrativamente e financeiramente autônomos.

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