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Cadu – 8°β / TIII AGUDAS HIPOGLICEMIA - Glicemia < 70. - Sintomas podem estar presentes em valores mais elevados de glicemia, visto o costume do organismo com valores mais elevados, de modo que pequenas variações são identificadas. • Comum em uso de secretagogos e insulinoterapia. - βB e neuropatia periférica aumentam o risco. • DM2 de longa data é mais comum. - Dificuldade de liberação de glucagon e catecolaminas. - APRESENTAÇÃO CLÍNICA • Sintomas adrenérgicos - Sudorese. - Parestesia. - Palpitação. - Taquicardia. - Hipertensão sistólica. - Ansiedade. - Tremores. • Alteração de nível de consciência - Coma em casos graves. - GRAVIDADE • Leve - 54 – 70. - Assintomático ou sintomas leves. • Moderado - < 54. - Borramento visual. - Fraqueza. - Cansaço. - Sonolência. - Cefaleia. - Dificuldade de concentração. - Confusão. - Convulsão. - Déficit neurológico. • Grave - Alteração do nível de consciência. - Convulsão. - Coma. - Incapacidade de agir por si. - DIAGNÓSTICO • Tríade de Whipple - Hipoglicemia sérica. - Sintomas compatíveis com hipoglicemia. - Reversão ao uso de carboidratos. - TRATAMENTO • Leve - moderada - Orientar o reconhecimento pelo paciente. - 15 - 20g de carboidratos simples, VO, podendo repetir de 15 em 15min. • Grave - Glicose 20 – 30g, EV, bolus, podendo repetir de 15 em 15min. COMPLICAÇÕES DO DIABETES MELLITUS Cadu – 8°β / TIII - Glucagon, IM, se não houver ou conseguir acesso. - Carboidratos complexos após resolução. • Se quadro frequente, revisar medicação. CETOACIDOSE DIABÉTICA HIPERGLICÊMICA • Condição em que há deficiência grave de insulina. - Situações: sem diagnóstico, tratamento inadequado, não adesão à insulinoterapia, quadro infeccioso, etilismo, drogadição, medicações, jejum prolongado e gestação. • Diagnóstico por gasometria venosa - Arterial também pode ser feita. - ADA • Glicemia > 250. • pH < 7,3. - Bicarbonato sérico ≤ 18. • Cetonemia. - β – hidroxibutirato ≥ 3 ou cetonúria (por fita reagente). - SBD - Critérios mais sensíveis. - Considerada. • Glicemia > 200. • pH < 7,3. - Bicarbonato sérico < 15. • Cetonemia ≥ 3 ou cetonúria (tiras reagentes) ≥ ++. - FISIOPATOLOGIA • Deficiência de insulina. • Aumento dos hormônios contrarreguladores. - Glucagon. - Catecolaminas. - Cortisol. - GH. • Indução de proteólise, glicogenólise e gliconeogênese. • Hiperglicemia. - Devido à deficiência de insulina, ocorre acúmulo de glicose no sangue. - Sangue é filtrado e parte da glicose é perdida na urina. - A presença de glicose na urina aumenta a perda de água e eletrólitos. - Desidratação e distúrbio hidroeletrolítico. • Hormônios contrarreguladores também aumentam a lipólise. - Aumento de AG livres que, pelo fígado, são convertidos em corpos cetônicos. • Corpos cetônicos são ác. - Alteração do pH sanguíneo. • Cetoacidose. - APRESENTAÇÃO CLÍNICA • INICIAIS - Náusea. - Vômito. - Dor abdominal. - Polidipsia. - Poliúria. - Perda ponderal: quadro prolongado. • ALTERAÇÃO NEUROLÓGICA - Sonolência. - Torpor. - Coma. Cadu – 8°β / TIII • DESIDRATAÇÃO - Pele seca e fria. - Enoftalmia. - Extremidade frias. - Face hiperemiada. - Hipotonia muscular. - Pulso rápido. • Respiração de Kussmaul. - Inspiração profunda, expiração profunda, apneia. - GRAVIDADE • LEVE - pH 7,3 – 7,2. • MODERADA - pH 7,2 – 7,1. • GRAVE - pH < 7,1. - Cetonemia > 6. - Bicarbonato < 5. - ECG < 12. - PAs < 90. - Sat < 92. - Ãnio gap > 16. - TRATAMENTO • REIDRATAÇÃO - SF 0,9%, 15 – 20ml / Kg, 1ª hora. - Manutenção (desidratação leve – moderada): 250 – 500ml / h. - Manutenção (choque ou desidratação grave): 1L / h. - SF eleva o Na. Então, se hipernatremia após a 1ª hora fazer NaCl 0,45%, 250 – 500ml / h. - Quando glicemia ficar < 250, fazer NaCl 0,45% + SG 5% 150 – 250ml / h. • CORREÇÃO ELETROLÍTICA - K < 3,3: KCL 10 – 30mEq / L / h. - K 3,3 - 5,2: KCL 10 – 20mEq / L / h. - K > 5,2: não repor e avaliar a cada 2h. - Bicarbonato se pH < 6,9. - Fosfato não precisa corrigir. • INSULINOTERAPIA - Apenas se K ≥ 3,3, visto que a insulina manda o K para o MIC, de modo que há risco de hipocalemia. Caso contrário, repor K primeiro: KCL 10 – 30mEd / L / h. - Insulina regular ou ultrarrápida, 0,1UI / Kg / h, em BIC. Fazer diluição em que 1UI para 10ml de SF. - É esperado que com essa dose de insulina ocorra redução de 50 – 70mg de glicose / h. Caso necessário, pode ser feito incremento de 1UI / h. - Quando glicemia atingir 200 – 150, reduzir insulina para 0,02 – 0,05UI / Kg / h. - Após resolução / atingida meta glicêmica, aplicar insulina basal antes de descontinuar a EV. - Em pacientes com quadro leve pode ser feita aplicação de insulina regular SC ou BIC e longa duração já no início da abordagem. - CRITÉRIOS DE RESOLUÇÃO • Glicemia < 200. • pH > 7,3. - Bicarbonato > 18. • Ânion gap < 12. • Resolução da cetonemia. - CUIDADOS COM O PACIENTE • Reforçar adesão. • Iniciar insulinoterapia SC. - Insulina 0,3 – 0,6UI / Kg / dia. • Liberar ingestão VO de carboidratos. Cadu – 8°β / TIII CETOACIDOSE DIABÉTICA EUGLICÊMICA • Glicemia < 200. - Devido perda ou alto consumo da glicose ou baixo consumo de carboidratos. • pH < 7,3. • Cetonemia > 1,6. • Ânios gap > 10 – 12. - FATORES PREDISPONENTES • Gestação. • ISGLT2. • Hapatopatia. • Pancreatite. • Etilismo. • Drogadição. • Gastroparesia. - FATORES PRECIPITANTES • Vômitos. • Desidratação. • Baixa ingesta de carboidratos. • Etilismo. • Drogadição. • Atividade física prolongada e vigorosa. - TRATAMENTO • Reidratação. • Correção hidroeletrolítica. • Suspensão de precipitantes. • INSULINOTERAPIA EV - 0,15UI / Kg / h ou bolus de 0,1UI / Kg om manutenção de 0,1UI / Kg / h. ESTADO HIPEROSMOLAR HIPERGLICÊMICO • Apenas DM2. - Comum em idosos e acamados. - APRESENTAÇÃO CLÍNICA - Evolução lenta. • Hipotensão. • Choque. • Oligúria. • Arritmia. • Sonolência. • Torpor. • Coma. • Sem dor abdominal. - DIANGÓSTICO • Glicemia > 600. • Osmolaridade efetiva > 320. • pH > 7,3 • Sem cetonúria e cetonemia. - TRATAMENTO • Hidratação vigorosa. • Insulinoterapia. CRÔNICAS • Resultam de hiperglicemia prolongada. - Gera danos e sintomas. - RASTREAMENTO • 5 anos após o diagnóstico de DM1. • Assim que feito o diagnóstico de DM2. Cadu – 8°β / TIII - REAVALIAÇÃO • Anual. NEUROPATIA PERIFÉRICA • Disfunção nervosa, difusa ou focal. - Afeta fibras sensitivas e motoras, comprometendo sensibilidade térmica, tátil, dolorosa e propriocepção. • Crônica mais comum. - Polineuropatia autonômica. - Radiculopatia. - Mononeuropatia: SD do túnel do carpo ou do túnel do tarso, fibular... - Polineuropatia sensitivo – motora: mais comum. - DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS • Hipovitaminose B12. • Etilismo. • Hipotireoidismo. • SD do túnel do carpo. • Intoxicação por metais pesados. - RASTREAMENTO - Maioria dos pacientes é assintomático. • Monofilamento de 10g. - Baixa sensibilidade e especificidade. - Avalia apenas sensibilidade tátil. • Biotesiômetro. - Específico para testar a sensibilidade. • Sensibilidade térmica. - DIAGNÓSTICO - Após rastreamento positivo. • Escore de comprometimento neurológico. - Avalia sensibilidades térmica e vibratória, dor superficial e reflexo de Aquileu. - 0 – 2: sem neuropatia. - 3 – 5: leve. - 6 – 8: moderada. - 9 – 10: severa. - TRATAMENTO - Objetivo: reduzir a progressão e prevenircomplicações (insônia, depressão, úlceras do pé diabético, artropatia de Charcot e quedas). - Reduzir 30 – 50% do quadro álgico do paciente. • Controle - Glicemia. - Fatores de risco cardiovasculares. • Restaurador - Ác. alfa – lipólipo. - Fiisoterapia. - Reposição de vits. D e B12 se déficit. • Sintomático - 1ª linha: tricíclicos(amitriptilina, nortriptilina, imiprapina), duloxetina, venlafaxina e gabapentina. Cadu – 8°β / TIII - 2ª linha: pregabalina ou associação de antidepressivo com gabapentina. - 3ª linha: estimulação medular, acupuntura e terapia tópica. PÉ DIABÉTICO • Condição em que, devido ao comprometimento nervoso, ocorre a formação de úlcera ou destruição dos tecidos moles. - Alteração nervosa, insensibilidade, perda de propriocepção e do movimento articular. • Nem sempre é infectado. - FATORES DE RISCO • Perda de sensibilidade. • Doença arterial periférica. • Deformidades dos pés: artropatia de Charcot. • Amputação. • HPP de ulceração. - PERFIL DO PACIENTE QUE POTENCIALMENTE APRESENTARÁ O QUADRO - Necessidade de rastreamento com o monofilamento de 10g anualmente. • SINAIS E SINTOMAS DE ALERTA - Dor ao deambular ou em repouso. - Parestesias. - Claudicação. - Não uso de calçados. - Uso de calçados inadequados. - Alteração de cor e temperatura da pele. - Edema. - Infecção fúngica superficial. • FATORES SOCIAIS DE ALERTA - Isolamento social. - Acesso deficiente aos cuidados em saúde. - Restrições financeiras. - Más condições de higiene. - Limitação para autocuidado com os pés. - Baixo reconhecimento sobre o cuidado com os pés. - PREVENÇÃO • Identificação do pé em risco. • Exame regular dos pés. • Orientação. • Uso rotineiro de calçados adequados. • Tratamento dos fatores de risco. - CRITÉRIOS PARA INFECÇÃO - 2+. • Edema. • Enduração local. • Eritema marginal. - > 0,5cm. • Sensibilidade ou dor local. • Aumento da temperatura. • Secreção purulenta. - GRAVIDADE DA INFECÇÃO • LEVE - Eritema < 2cm. • MODERADO - Eritema 2+cm. - Envolvimento de tendão, m. art. ou osso. • GRAVE - Sintomas sistêmicos. Cadu – 8°β / TIII • OSTEOMIELITE - Perda de córtex ósseo, padrão trabecular, esclerose óssea ou reação periostal à radiografia. - TRATAMENTO DO INFECTADO • LEVE - Ambulatorial. - Cefalosporina de 1ª geração, macrolídeo, meticlina e oxacilina. • MODERADO – GRAVE - Internação. - Desbridamento, se necessário, em casa de não responsividade. - Amoxicilina + clavulanato, ampicilina + sulbactam, cefalosporina de 2ª ou 3ª geração. RETINOPATIA - FATORES DE RISCO • DM de longa data. • Mau controle glicêmico. • Hipoglicemia. • HAS. • Dislipidemia. • Anemia. • DRC. • Gestação. - RASTREAMENTO - Fundo de olho. - Anual. • DM1 - 2 – 5 anos do diagnóstico. - Iniciar a partir dos 11 anos. • DM2 - Assim que feito o diagnóstico. - TIPOS • PROLIFERATIVA - Neovasos no disco óptico ou retina. - Hemorragia vítrea. • NÃO PROLIFERATIVA - Sem neovasos. - Leve: apenas microaneurismas. - Moderada: microaneurismas + alterações que não se encaixam na grave. - Grave: hemorragia, dilatação venosa e alteração vascular intrarretiniana. - Muito grave: 2+ das alterações do quadro grave. - TRATAMENTO • Controle - Glicemia. - Comorbidades. • Fotocoagulação a laser. - Proliferativa. - Não proliferativa grave. • Injeção intraocular anti – VEGF ou cirurgia. - Se edema macular. NEFROPATIA - RASTREAMENTO - Exames: albumina urinária ou relação albumina / creatinina + TFG estimada por CKD – EPI. - Testes devem ser repetidos em pelo menos 2 – 3 amostras, com intervalo de 3 – 6 meses. Necessidade de 2 – 3 amostras alteradas com intervalo de 3 – 6 meses, sendo TFG ≤ 60 ou albumina ≥ 30 ou relação albumina / creatinina ≥ 30. Ex: amostra alterada, fecha diagnóstico se nova alteração após 3 – 6 meses. Cadu – 8°β / TIII • DM1 - Após 5 anos. - A partir dos 11 anos. • DM2 - Assim que feito o diagnóstico. - TRATAMENTO • Controle glicêmico. • Limitação da ingesta de sal. • ISGLT2 - Reduz a progressão do quadro, pois reduz creatinina e aumenta a TFG. • Antagonista do receptor GLP-1 - Reduz a progressão do quadro, pois redução da albuminúria. • IECA ou BRA - Para redução da albuminúria e do risco de progressão. • Se grave ou pré – dialítica (TFG < 30) - Restrição proteica de 0,8Kg / Kg de peso ideal / dia.