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Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros Exames complementares Os exames de imagem são fundamentais para investigação diagnóstica das doenças torácicas Dentre os exames de imagem existentes, a radiografia é o mais utilizado e é o primeiro solicitado, haja vista seu menor custa e a maior disponibilidade Outros métodos são indicados quando os achados radiográficos são insuficientes para definir a extensão do processo patológico Pneumonia com infiltrado bilateral Derrame pleural à esquerda e infiltrado à direita Caverna, podendo ser fúngica, por tuberculose Faz diagnóstico diferencial com abcesso → no abcesso haverá um nível hidroaéreo no interior Pneumonia miliar típica da tuberculose Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros Doença fúngica pelo paracoco Asa de morcego Radiografia com condensação em asa de morcego Tromboembolismo pulmonar → “triângulo da morte” Clínica: falta de ar e cansaço súbito, dor lancinante, hipotensão, taquicardia, dessaturação, taquipneico Diagnóstico: dissecção da aorta, aneurisma da aorta que se rompeu O borrado em torno do cajado da aorta é sangue na cavidade torácica, o qual é muito irritante Massa em ápice pulmonar, sugestiva de tumor de Pancoast RADIOGRAFIA DE TÓRAX Deve conter: - Identificação do paciente - Identificação do lado correto e da incidência utilizada → é importante para avaliar se a imagem é de um paciente que possua situs inversus, por exemplo - Identificação das estruturas, principalmente pulmão e coração A exposição à radiação deve ser com a dose adequada, a imagem deve ser bem centrada de forma que os campos pulmonares sejam completamente visíveis desde o ápice até os ângulos costofrênicos, com escápulas fora dos campos pulmonares Deve ser realizado após uma apneia inspiratória máxima - Quando infla o pulmão, o coração tende a se localizar mais à esquerda É possível identificar de 9 a 11 costelas posteriores projetando-se sobre os campos pulmonares Incidências 1. Posteroanterior (PA) Paciente mantém a parede torácica anterior junto ao chassis e os raios x penetram no tórax em sentido Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros posteroanterior, o que minimiza falsos aumentos da silhueta cardíaca É a incidência solicitada para avaliação de área pulmonar 2. Anteroposterior (AP) Incidência usada para paciente gravemente enfermos, imobilizados no leito e internados em unidades de terapia intensiva A silhueta cardíaca poderá ser falsamente aumentada Com relação aos derrames pleurais, que no decúbito tem localização posterior, pode não haver obliteração dos seios costofrênicos, ou se somar à projeção dos campos pulmonares, proporcionando falso aumento da atenuação pulmonar, que simula doenças parenquimatosas PA AP Ortostatismo: melhor para ver pequenos derrames pleurais e pneumotórax Maior nitidez Menor magnificação de estruturas Inspiração profunda Pacientes debilitados Decúbito dorsal ou sentado Inspiração insuficiente prejudica avaliação do parênquima Magnificação do coração Diafragma elevado 3. Lateral/ perfil A parede lateral esquerda fica em contato com o chassis Permite identificar se a alteração é no mediastino anterior ou posterior 4. Decúbito lateral com raios horizontais/ Laurell Importante no estudo de derrames pleurais e pneumotórax Derrame pleural: paciente deitado sobre o lado afetado para avaliação Pneumotórax: avaliação ocorre com paciente deitado do lado oposto ao afetado → observa-se linha pleural sob as costelas e o ar, na face lateral do hemitórax Derrame pleural Pneumotórax 5. Incidências oblíquas para arcos costais e esterno Casos de trauma torácico, com o objetivo de identificar fraturas Suspeita de lesões ósseas de natureza neoplásica ou infecciosa Incidências em perfil e em posicionamento oblíquo procurando expor este segmento ósseo 6. Incidência apicolordótica Minimiza a dificuldade de visualização da área pulmonar, uma vez que o paciente é posicionado em lordose dorsal acentuada, afastando as clavículas e as costelas da projeção dos ápices pulmonares, o que facilita a identificação de possíveis anormalidades nesta região Interpretação A. Vias aéreas: traqueia, brônquios Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros B. Boa respiração: parênquima pulmonar C. Circulação: mediastino D. Diafragma E. Esqueleto F. FAT: partes moles G. Ghost: acessórios, sondas, roupas Mediastino Anterior: timo, tecido adiposo, linfonodos Médio: coração, pericárdio, vasos da base, nervos frênicos, traqueia e brônquios Posterior: tecido adiposo, esôfago, aorta descendente, linfonodos, nervos vagos e linfáticos Do mediastino surgem muitas metástases para o pulmão Coração Na incidência PA, à direita, delimita-se a parede lateral do átrio direito, inferiormente a parte do ventrículo direito e à esquerda é caracterizada a parede lateral do ventrículo esquerdo No perfil, seu contorno anterior corresponde à parede anterior do ventrículo direito e, posteriormente, à parede posterior do átrio esquerdo A avaliação das dimensões do coração é feita com base na incidência em PA, estudando-se o índice cardíaco - Corresponde à relação entre o diâmetro transverso cardíaco e o diâmetro transverso da caixa torácica na incidência PA, sendo que em indivíduos adultos normais a relação aproxima- se de 0,5 Vasos da base Aorta Tronco da artéria pulmonar Diafragma e seios costofrênicos Cúpulas diafragmáticas Partes ósseas e partes moles do tórax Padrão radiológico das lesões pulmonares Padrão alveolar: oriundo de causas infecciosas à nível de alvéolo Infiltrado reticular: indica espessamento do interstício pulmonar → processos de fibrose no parênquima pulmonar - Tuberculose, COVID, pneumonia estafilocócica grave Nódulos: opacidade focal arredondada menor que 3cm Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros Escavação: espaço com conteúdo aéreo dentro do nódulo, massa ou consolidação pulmonar, geralmente por necrose - Tuberculose, doenças fúngicas Consolidação demarcada pelo derrame pleural: espessamento branco sem visualização adequada do parênquima pulmonar Observação dos campos pulmonares na radiografia Simetria dos volumes pulmonares Transparência pulmonar Padrão de vascularização → direcionado para o terço médio e base de pulmão. Quando essas porções são afetadas, a vascularização se direciona para o ápice, de forma que haverá uma inversão do padrão circulatório pulmonar Altura hilar Densidade hilar Traqueia e brônquios Pulmões na radiografia Pulmão direito: 3 lobos e 2 fissuras Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros Pulmão esquerdo: 2 lobos e 1 fissura Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA É o exame de maior sensibilidade para avaliar lesões no parênquima pulmonar e sua extensão Merece especial atenção à angiotomografia (angio-TC) do tórax, em que há injeção intravenosa do meio de contraste → angio-TC consegue trazer precisão de um TEP Utilizando-se protocolos específicos, a angio-TC possibilita a avaliação tanto do sistema arterial pulmonar (tronco da artéria pulmonar e ramos) quanto das ramificações arteriais e venosas pulmonares, veias pulmonares, aorta e ramos supra-aórticos Padrão em vidro fosco característico do COVID Visível no edema agudo depulmão Sequela de entraves fibróticas → evolução de um processo infeccioso grave Não necessariamente uma nodulação perfeita será visível, mas pode ser visto processos infecciosos RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Tem se mostrado equivalente ou até melhor que a tomografia no estadiamento do carcinoma brônquico Apresenta melhor sensibilidade na detecção de invasão de estruturas mediastinais e da parede torácica, por exemplo, no estudo de neoplasias do sulco pulmonar superior (Pancoast) Ainda com relação aos tumores pulmonares, alguns estudos têm mostrado que a RM apresenta sensibilidade equiparada à do PET-CT na avaliação de metástases linfonodais mediastinais Para avaliação de neoplasias mediastinais, a RM é considerada o padrão-ouro BRONCOSCOPIA É a endoscopia respiratória Permite visualizar o sítio da lesão e realizar biopsia Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros TESTE DE FUNÇÃO PULMONAR/ ESPIROMETRIA Por meio da espirometria, é possível medir todos os volumes e capacidades pulmonares contidos na capacidade vital Capacidade vital (CV) é o máximo volume de ar que pode ser exalado dos pulmões a partir de uma inspiração completa e expiração completa Indicação Contraindicação -Identificação de doença ou de envolvimento pulmonar -Quantificação de doença -Detecção precoce de doença em paciente tabagista -Investigação de dispneia -Acompanhamento e resposta ao tratamento -Avaliação de exposições ocupacionais -Avaliação de incapacidade -Avaliação pré- operatória -Hemoptise -Pneumotórax (não pode fazer esforço respiratório) -Instabilidade circulatória, IAM recente ou TEP recente -Aneurisma cerebral, torácico ou abdominal -Cirurgia ocular recente -Náuseas ou vômitos no momento do exame -Cirurgia torácica ou abdominal recente -Hipertensão arterial não controlada Para um teste adequado, é fundamental que o paciente realize uma inspiração máxima seguida de um esforço expiratório máximo nos segundos iniciais da manobra e que mantenha a expiração por um tempo adequado, até que ocorra um platô na curva volume-tempo, mostrando que não há mais alteração de volume Funções da espirometria: - Fazer diagnóstico de doença → obstrutiva e restritiva - Dar prognóstico ao paciente - Acompanhar a melhora do quadro do paciente O normal do VEF1 é acima de 80% A linha verde é a desejada para o paciente, a azul é a que o paciente obtém com o exame e a vermelha é a obtida após uso de broncodilatador Pacientes que tem restrições mecânicas tem doença restritiva mecânica → pulmão não expande adequadamente Distúrbio ventilatório obstrutivo Indivíduos normais elimina, em geral, mais de 75% da capacidade vital forçada no primeiro segundo da expiração forçada Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros Sempre que ocorre redução do fluxo em relação ao volume disponível para expiração está caracterizado o distúrbio obstrutivo → ar entra sem nenhum impedimento, mas tem dificuldade para sair Isto implica um estreitamento da via respiratória durante a expiração e é definido pela redução da relação VEF1/CVF em relação ao valor previsto A capacidade vital forçada será mantida, mas o volume expiratório forçado no primeiro segundo irá diminuir Na asma, em que há secreção brônquica, a musculatura consegue permitir a inspiração, mas a força dos músculos expiratórios não é o suficiente para permitir a saída do ar Distúrbio ventilatório restritivo Caracteriza-se pela redução da capacidade pulmonar total (parâmetro não medido pela espirometria) abaixo do limite inferior da normalidade, e com relação VEF1/CVF normal → a capacidade vital é medida pela espirometria, que é a quantidade de ar circulante no pulmão com uma inspiração e expiração máxima Dificuldade para inspirar, culminando em dificuldade para expirar também Tanto o VEF1 quanto a CVF do paciente estarão reduzidos Ventilatório obstrutivo Ventilatório restritivo VEF1 Reduzido Reduzido CV Normal Reduzido VEF1/CV Reduzido Normal Prova broncodilatadora Resposta ao broncodilatador refere-se a mudanças que excedem a variabilidade ao acaso dos parâmetros medidos Realizada para um paciente que está sintomático Serve para diferenciar distúrbio obstrutivo do restritivo - No restritivo, a alteração não melhora → fibrose - No obstrutivo, o uso de broncodilatador melhora a espirometrial → asma Administra-se um broncodilatador, geralmente salbutamol ou fenoterol na dose de 400 ug e repete a espirometria em 15 minutos Melhora de 12% do VEF1 ou aumento em 200ml do fluxo de ar do primeiro segundo da VEF, o paciente tem distúrbio obstrutivo Se melhorar menos que 12%, indica um distúrbio restritivo Prova broncoconstritora Indicada em pacientes com suspeita clínica de asma e que apresentem espirometria normal → pacientes que no momento do exame não tem nenhum sintoma Para realizá-la, obtém-se uma espirometria basal e, a seguir, repete-se o exame após doses crescentes de uma substância broncoprovocativa diluída até que a dose limite seja atingida Se em algum momento o VEF1 cai 20% ou mais em relação ao valor basal, a prova é positiva → diante de uma doença broncorreatora, mais alérgica, típico de doença obstrutiva - Se não há nenhuma queda, pode estar diante de uma doença restritiva ou não existir doença Diversas condições resultam em hiper-reatividade brônquica, como sinusite crônica, rinite alérgica, bronquiectasias Uso de histamina, carbacol ou beta-colina A prova não pode ser utilizada para discriminar entre asma e outras doenças obstrutivas em doentes com espirometria anormal OUTROS EXAMES PULMONARES Exame das secreções broncopulmoanres: lavado broncoalveolar, bacilo álcool-acidorresistente (BAAR) Exame citológico Exame do líquido pleural Biopsia pulmonar: broncoscopia Pletismograma: volumes pulmonares e parâmetros relacionados à oxigenação Ergoespirometria: parâmetros respiratórios como consumo de oxigênio, produção de gás carbônico, frequência respiratória e ventilação pulmonar
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